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PMU ENE Paulo José Modenesi Alexandre Queiroz Bracarense STU Rey NEL a FUNDAMENTOS E Bese ee 3° Edicao Atualizada Y Peony ite) PAPA AARAMAAMAARAARAAMALRADLMAM AMMA AAA AMM */ Universidade Federal de Mines Goria foe Canna Paulo Villani Marques Paulo José Modenesi Alexandre Queiroz Bracarense SOLDAGEM FUNDAMENTOS E TECNOLOGIA 3" edigéo atualizada ‘1° reimpresséo BELO HORIZONTE | EDITORA UFMG 2011 OOOO MAA AAA AAA AAA AM AM A MD DM MH MH MH HM / Certo ‘Konus El ae da Muto Ciera deteto Inara ees Fenineramszo Moat rm ae Roo eudncepmar Neat lsc eo snotngirogan Koester eee Sha ‘renga Pa Sonia Famiagoeapi Ware tac Tren gata arena © 205 Pade Wn args Pad ak Motes Nowe ir Bacrese (© 205 ena HG (8200, Bed ceam (© 209, a 221, rage seta capa eno pl sepa nang et oi. 15) Neer SESE STE toe ‘Sea ‘estar ve aro ‘cite as Ce ante ea dhora UFMG het ah 6627 ea Bete Creo ap arpa: GP 127050 te eon 1-953 2440 | Fa 158 068 eg | wag ‘SUMARIO PREFACIO A PRIMEIRA EDICAO PREFACIO A SEGUNDA E TERCEIRA EDIGOES ‘APRESENTAGAO PARTE 1 FUNDAMENTOS DA SOLDAGEM Capitulo 1 Introdugao a Soldagem 1. Métodos de unio dos metsis 2. Definigdo de soldagem 2. Formagéo de ume junta soldade 4, Processos de soldagem 8. Comparago com outros processos de fabricagso 6. Breve histérico de soldegem 7. Exerelcios Coptulo2 Terminologia © Simbologia da Soldagom 1. Introdugo 2. Terminologia da soldagem 3, Simbologia da soldagem 4, Exerclcio Capitulo 3 Principios de Seguranga em Soldagem 1. Introdugao 2. Roupas de protegso 13 4 5 ” 18 19 2 23 Fy a 30 36 a £B 8. Choque elétrico 4, RadiagBo do arco elétrico 5. Incéndios ¢ explosdes 6. Fumos e gases 7. Outros riscos 8, Recomendagées finais 9. Exercicios Capt 4 0 Arco Elétrico de Soldagem 1. Introdugéo 2. Caracteristicas elétricas do arco 3, Caracteristicas térmicas do arco 4. Caracteristicas magnéticas do arco 5. Exercicios e préticas de laboratério Capitulo 5 Fontes de Energia para Soldagem a Arco 1. Introdugo 2, Requisitos bésicos das fontes 8, Fontes convencionsis 4, Fontes com controle eletrénico 5. Concluséo 6. Exercicios Capitulo 6 Fundamentos da Metalurgia da Soldagem 1. Introdugo 2. Metalurgia fisica dos acos 3. Fluxo de calor 4, Macroestrutura de soldas por fus8o 5. Coracteristicas da zona fundida BESS 49 49 eee Ssxe2a8 al 82 88 92 6. Caracteristicas da zone ter 7. Descontinuidades comuns em soldas. 8. Exercicios e préticas de laboratério, mente atetada Capitulo 7 Tenses Residuais e Distorgées em Soldagem 1. Introdugao 2. Desenvolvimento de tensdes residuais em soldas 8. Consequéncias das tens6es residuais, 4, Distorgies 5. Controle das tensdes residuais e distorgo 6. Exercicios Capitulo 8 ‘Automagéo da Soldagem 1. Fundamentos 2. Equipamentos 3. Programagdo de robds para a soldagem 4, AplicagBes industrials 5, Exercicios Capitulo 9 Normas e Qualficagao em Soldagem 1. Introdugéo 2, Normas em soldagem 3. Registro © qualificagso de procedimentos e de pessoal 4 Exercicios Captus 10 : Determinagao dos Custos de Soldagem 1. Introdugao 2. Custo da mao de obra 100 2 113 8 ng 121 123 125 127 130 133 134 135 137 139 vat 145 151 182 we EEE VE wUEWEUEUU UUW UwU EWE WUwEdUwwY. AAA AANA EAA EA MA OO MH a Oa mm AMORA ee 3. Custo dos consumiveis 4, Custo de energia elétrica 5. Custo de depreciagso 6. Custo de manutengso 7. Custo de outros materiais de consumo 8. Consideragdes finais, 9. Exemplo 10. Exereicio PARTE 2 PROCESSOS DE SOLDAGEM E AFINS Capitulo 11 Soldagem e Corte a Gés ‘A~Soldagem a ts 1. Fundamentos 2. Equipamentos 8. Consumiveis 4. Técnica operatéria 5. Aplicag6es industriais 8-OxiCone 1. Fundamentos 2. Equipamentos 3. Consumiveis 4. Técnica operatéria 5. Aplicagées industiais 6. Exercicios e priticas de laboratério, Capitulo 12, Soldagem com Eletrados Revestidos 1. Fundamentos 2. Equipamentos 153 185 185 186 186 188 187 159 161 162 167 170 173 174 178 176 7 179 180 181 183 3. Consumiveis 4. Técnica operatéria 5. AplicagSes industriais 6. Exercicios e préticas de laboratério Capituls 13. Soldagem TIG 1. Fundementos 2. Equipamentos 2. Consumiveis 4, Técnica operatria 5. Aplicagbes industiais 6. Exercicios e prtics de laboratrio Capitut 14 Soldagom e Corte a Plasma ‘A Seldogem 3. Consumiveis 4. Técnica operatéria 5. Aplicagdes industrais 1. Fundamentos 2. Equipamentos 3. Consumiveis 4. Técnica operatéria 5, Aplicagdes industriais 6.Exercicios 186 198 202 203 205 2 24 27 27 219 21 25 227 228 228 230 230 232 232 cae . 4 Téence operatiia 283 5. Aplcogées industa Soldagem MIG/MAG e com Arame Tubular oe: ald Satan lets ‘Slee GNA 1. Fundementos 288 1. Fundamentos 233 2. Eavipamentios 289 2. Equipamentos 2a ; cae 209 3. Consumives 248 4. Téenlc operat 290 4. Trica operetia 252 6: Aoicagiasindusiois 290 5. Aplicagdes industriais 254 6. Exercicios 291 8 Satage cam ames tures 1, Fundamentos ‘255 Capitulo 18 2. Eauipamentos 256 Soldagom por Resisténcia 3. Consumiveis 287 1. Fundementos 283 4, Técnica operatéria 261 2. Equipamentos 296 5. Apicegbes industas 261 oe, ats 6. Bercos e prtes de aboratrio 261 a noleosbe rues ae | 5. Bercicios 308 ‘Soldagem a Arco Submerso Capitulo 19, 1. Fundamentos 263 Processos de Soldagem de Alta Intensidade 2. Equipamentos 265 fu ‘3. Consumiveis 268 ae ee 4. Teoria opeatca zm 1. Fundementos oor 5. Aplicagdes industriais 275 2. Equipamentos cae 6. Exercicios e préticas de laboratério 275 8, Técnica operatéria cu : 4. poiagies indstiats 312 Cao 17 8 Salta com i dls Soldagem por Eletroescéria e Eletrogas ‘oes ie 2. Equpamentos 313 A Sagem per etoa 2. Téenica operat” 314 1. Fundamentos ca 4. Apicogées industais 216 2. Equipamentos 278 5. Exercicios. 35 3. Consumiveis| 281 Rr eer ee a eg FN EAN GN FN FN IN NN Am FA) FR (ON FO) FR FOR FI FR AR A A (OR A MH EH LO HR MM / a Capitulo 20, Outros Processos de Soldagem 1, Soldagem por friego convencional 317 PREFACIO A PRIMEIRA EDIGAO 2. VariagBes recentes da soldagem por friegSo 320 ‘3 Soldagem por explosso 323 ‘4, Soldagem por aluminotermia 326 ae Em uma era de constantes mudangas, quebras de peradigmas e crescentevelorizago 5, Soldagem a f ee o capital intelectual, a Universidade, através dos autores de Soldagem — fundementos € 6. Soldagem por uitrassom 330 tecnologia, transcends o conceto de Academia — balvante da cicia pura — disporbil 7. Soldagem por laminagéo 331 7andosbldos emademos conhecimentos na rea de sadagem. A tio cobrads e mencionada Responsabildede Socal esté aqui perfetamente demonstrada no pleno engejemento dos 8. Exercicios 333 autores, pesquisadores renomados, difundindo ricos ensinamentos obtidos 20 longo de anos de estudos @ pesquisas. Capitulo 21 Com este live, busca-se uma forma mais abrangente de divulgagso, acessivel a toda A 2 sociedade. a0 contrério das apostlas, que possuem um piblicolimitado e exclusiva. rasagem ‘A soldagem, tema caracterzado por ata complexdade, porém de importincia@ apfcagio 1. Fundamentos 335 inquestiondvel em todos 0s setores da indistia, 6 aqui tomada féci, de entendimento imediato,e perfetamente ajustada &s auiénticas necessidades dos leitores. A sequencia 2. Equipamentos : a7 ‘apresentada pormite 0 entendimento do tera de forma gradatva e constante, iia se 3. Consumiveis, 338 pelos conceit fundementaiseterminoloias: ntroduzinformagbes drecionadas sobre eee ee {isica do arco elie e eetcidade;defre os equipamentose cispositvos de sldayem, 05 riscos ea forma segura de operagio. A metalurgia da soldagem é apresentaca com uma 5. Aplicagbes industrials 349 linguager clara e objetva, permitindo a assimilagso de sua dinémica. lve concui 8 6. Exercicios 349 ‘esta carina pelos conhecimentesnoassunto com uma arpa abordagem dos processos de soldagem. Todo o contado &enviquecdo com ilustragdes de nitdo carder explcaiva, ‘As quest6es apresentadas 20 final de cada capitulo permitem ao leitr avalar 0 grau de tentendimento e avangaralém do text, inctando-o a expor suas ideias ‘Aadequaco desta obra realidede ézereita, No momento em que. mercado enige, BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR. 361 4e forma contundente, profssionas abertos 20 aprendizado permanente, alerts pars ceptar tendéncis ou inventar téricas apropriadas para contommarriscos © aprovetar 353 ‘oportunidades, Soldagem - fundements @ tecnologia tora-se um recurso inestimdvel {wore aLraBénico pare se atingir um nivel de exceléncia, cumprindo © seu papel de cifundirideias com soene os auTonés 2a en Eng? Hier Avis Novos PREFACIO A SEGUNDA E TERCEIRA EDICOES: No momento em que nosso pals discute o Programa de Aceleragao do Crescimento (PAC), langado pelo Governo Federal, e comega a trabalhar com @ perspectiva de resolver seus graves problemas socials ancorado no crescimento da economia, & mais, {ue oportuno o langamento de uma nova edigSo de um livro que traz 160 importantes contribuigées ao deserwolvimento cientifico e tecnolégico. Soldagem & um dos mais importantes processos de fabricagao e esté presente no dia- -e-dia de todos nés. £ parte integrante dos curriculos de cursos de Engenharia MecSnica, Nuclear e Metalirgica em praticamente todas as Escolas de Engenharia, além de ser destacada érea dos cursos técnicos em MecSnica © Metalurgia. (Os Doutores Paulo Villani Marques, Paulo José Modenesi e Alexandre Queiroz Bracarense, professores da Escole de Engenharia da UFMG e pesquisadores de reconhecida competéncia, no Brasil no exterior, tiveram a louvével iniciativa de produit Um texto didético genuinamente brasileiro para atender &s necessidades de estudantes de profissionais que trabalham nas dreas afins.° Os conceites s8o apresentados com clareza e de forma didética, permitindo aos leitores um fécitentendimento dos conceitos e uma aprendizagem consistente dos mais, ‘modemos processos. Além disso, so apresentados os equipamentos @ consumiveis, utilzados através de desenhos de excelente qualidade. © cuidado dos autores na abordagem ampla e precisa dos diversos aspectos ligados ‘ essa drea salta aos olhos. Além dos aspectos técnicos,olivro dedica especial atengao ‘208 prncipios bésicos, a historia, terminologia, 8 seguranga, &s normas técnicas @ 20s, ‘custos ligados & soldagem. Os diversos processos contemplados em capitulos especiticos so apresentados de forma simples, dirata e objetiva. A diviséo uniforme dos capitulos em secbes = Fundamentos, Equipamentos, Consumiveis, Técnica Operatéria, Aplicag6es Industria, Exercicios e Préticas de Laboratéro - apresenta-se como ferramenta de fundamental importincia para 0 entendimento dos processos. Destacarn-se as préticas laboratoriais © 08 problemas propostos que complementam e criam a habilidades necessérias 20 ‘exercicio desta atvidede. Esta obra reflete os esforcos de profissioneis que alm da competBncia técnica 6 cientfica demonstrom excepcionel espfito piblice e indiscutlveis qualidades didéticas. Nao hé vidas de que os leitores terdo muito prazer na leitura deste livro e que inimeros estudantes de Cursos Técnicos de Engenharia se interessardo por esta érea do Cconhecimento. Prot. Mio Zviet Dito Exeuto Fundgto de Deservolmenta da Fesquse APRESENTAGAO Este texto surgiu do desojo eda necessidade de ampliare tualizar uma obra anterior, publicada em 1981. Muitos foram os avangos obtidos no campo da soldagem desde entdo @. particularmente no Brasil, muitas novidades surgiram com a abertura do mercado, 2 Parti de 1994. A oportunidade foicriada quando a PROGRAD - Pré-Reitoria de Greduagio dda UFMG langou um edital para a selecéo de projatos de produgio de material didético para a graduagéo, em meados de 2003. Contudo, como esta no seria uma tafe fécil, pois soldagem 6 um tems muito abrangente, convidel os colegas da UFMG Prof. Or. Paulo José Modenesi e Prof. Ot. Alexandre Queiroz Bracarense pare dividrem comigo esta empreiteds, ‘Tendo por base o texto de 1991, decidimos que esta nova obra seria dividida em 21 Capitulos, tendo cada um de nés assumido a produgio de sete deles. O Prof. Modenesi ‘se responsabilzou pelos Capitulo 1,2, 4, 5,8, 7 €9; 0 Prot. Bracarense pelos Capitules 8, 16, 17,18, 19, 206.21, e0u, pelos demas, isto 6, os Caphulos 3, 10, 11, 12,13, 4e 16. Esta Poga de fusto Net dbase casio epoca de asso Chems-se junta a regiso onde as pogas sergio unidas por soldagem. A Figura 2 ‘mostra 0s tipos bésicos de junte comumente uszcos. 0 posicionamento das pecas para unido determina os vérios tipos de junta Entretanto, muitas vezes, as dimensdes das pogas, a faciidade de se mové-las 25 necessidades do projeto exigem uma preparacio des pecas pare soldagem, na forma de cortes ou de uma conformacdo especial da junta. Estas aberturas ou Sulcos na superficie de pega ou pegas a serem unidas e que determinam o espaco para conter a solda receber 0 nome de chanfro. ces dd fopo. Angulo Canto Ea “bs ‘Aresta Sobreposta 05 tipos de chanfro msis comuns usados em soldagom de juntas de topo so rmostrados na Figura 3. Figura ilustra a aplicagao destes chanfios em diferentes tips de juntas. Figura untas de ‘Canto’ Juntas de ‘ta unas |sobrepostas| Fiouraa (Chto usados geralmotte com os deena cs dents © tipo de chantto a sar usado em uma condigo de soldagem espectfica é esco- Ihido em fungdo do processo de soldagem, espessura das pecas. suas dimensbes € feciidade de mové-las facildade de acesso 8 ragiao da junta, tipo de junta (Figure 4), custo de preparagéo do chanfro etc. Chaniros em | so ulizados quando as con a ove te ise Bove cone Meso 25-160 ous Peseta >150 Sue 'Nos anos 1990, surgiam méscares eletrOnicas, baseadas na tecnologia de cristal liquido. Este tipo possui um visor que é claro quando néo hi arco aberto @ permite enxergar normalmente. Cuando um arco 6 iniciad e ha emiss8o de radiagéo, o visor ‘escurece em milésimos de segundo, ferecendo assim uma protegdo adequada, sem ‘que haja necessidade de nenhuma a¢ao do soldador. Exister disponiveis no mercado lsat a Base Base "aace 1 1 (a) (b) (©) Fun 2 ‘Start ido erdlogo a um tans depots a quando a cornte na Base(\) 6 ‘lao ceuto pineal pomarecsnteompco, pte ur cate a Corrente pinpal€ poparceal sy) pe, maior Go quo su slor ge saueogao | ‘entepncipal passa resrarte 2 ra epensendo co valor do coonte na base do forma como esia¢ vatads, 9 transistor pode operar como uma resisténcia varivel ou uma chave li enistor pode on ime chave liga-desiga, bier caso cca quando, émantd ene oe, Figur 12(6) 0 segundo caso ‘quando somente dois niveis de , sio usados 10 eI). Figura 12 (a) e(c. Em uma fonte de energia analégice, transistores operando em série com um ttensformador‘etificador controlam continuemante a saida de fonte através de uma Corrente de base menor que o seu valor de saturagdo (Figura 13). Foes 9 Pino de funcionsmerto de uma font resistrzdsaralica 4.3 ~ Fontes transistorizadas chaveadas ("Choppers") ura 12} questo Nos fontes chaveadas, os transistarastrebatham como chaves (Figure 12) que si aberiase fechadas a uma elevade velocidade, A sada da fonte@ controlada pela razB0 dos tempos em que os transistores permanecem abertos ou fechados (Figure 14), Tom © sea Tebnas de medulagso para conicle da sald: 0) modulated roqvcis (b contol ds togarco puto Emborao circuto basco estas fontes (Figura 15) seja muito similar a0 das ante- sires, a utlizagao dos transistores no modo chaveado permite um grande aumento {de efcigncie ne uilizecéo da energie pela forte e, om varissaplicagbes, autizacdo de resiriamento aor. A maior eficiéncia permite também uma construgéo mis simples, ‘Com manor nimero de transistores e menares dimensbes, o que reduz 0 prego da fonte. 0 processo de chavesmento gera um ruido na salda do equipamento, mas, 0 a frequéncia de chaveamento for suficientemente elevada, esse ruido néo tem renhum efeito negativo no processo, Frequéncias de chaveamento de 1 2 30 ki. ‘ou mesmo superiores, s80 comumente usadas. Frc e unconamento dum font vasistrzade chvendo inns ncnnon s88 |T7 velocidad de resposta da fonte também depende da frequéncia de chaveemento Fontes com alta velocidade de chavearento so capazes de responder em poucos ‘microssegundos, sendosignficantemente mais rpidas do que es fontes convencionsis de soldager. 4.4 Fontes inversoras Ostipos de fontes apresentados acima usam um transformador convencional para reduzir a tensao da rede até o valor raquerido para s soldagem, Este trensformedor ‘opera na mesma frequéncia da rede (50/60 F2. As fontes inversores trabalham com um transfor mador muito menor, 0 que é possivel quando a frequéncia da corrente alternada € grandemente elavads, melhorando, assim, a sus aficiéncia, A Figure 16 ilustre 0 funcionamento bésico de uma fonteinversora. 50/60 Hz cc | CA S000 50.0002 | Co cs Fou 16 Pre de fucionamento de ume fone nversora Nestas fontes, a corrente alternada da rade ¢ retiicada diretamente, ea corrente Continua de tens8o elevada 6 convertida em corrente alternade de alte frequéncia (6350 kHz, ou mais| através do inversor. Devido & sua elevada frequéncia, a tenséo ade ser reduzida eficientemente com um wransformador de pequenas cimensoes. Acicionalmente, a saida da fonte 6 controlada stuando-se no inversor. A velocidade de resposta ¢ bastante slevade, dependendo, dentre outros fatores, da Ireauénce de ‘peragio do inversor A salda do tansformador énovamente railicada pare a obten;é0 da corrente de soldagem continua. Reetores ou capacitores séo usados pare reduzir © nive! de ruidos da forte. A Figura 17 compara a variagdo ds corrente de soldagem durante a sberture do arco com uma fonte tiristoiaada e com uma fonte inversora 78) Fontes woo Controle por Tistor Controle por Inversor El soe} @ ) Campari de vlcade do subi da corn na aber do opal uma fonts "toad ee ume font ote era segundo yr. en argo publeago ro Hela Alevade frequéncia de aperagso do transformador permite, nas fontes inverso- ras, uma significative redugo do consumo de energiaelétrica, O controle da font no primario permite também uma grande redugdo na dissipagao de energia quando ‘a fonte ests operanco em vazio (que pode ser cerca de 80% menor do que uma fonte convenciona). 4.5 — Fontes hibid Uma tendéncia recente tem sido @ combinagio dos tivos de fonte de energia ‘cima descritas de modo @ aumentar 0 desempento a um menor custo. Citase, por ‘exemplo, a ullizago de controle por transistores na said de uma fonte inversora de forma a se obter caracteristicas operacionsis especials ‘A Tabela | compara as caractersticas das fontes convencionals estéticas © das fontes com controle eletrénico. roses soma |79 ‘Tabola | ~ Caractrstcas de Fontes convencionais «el “a ams] pes |e wom) || = lee) ee Convecional Jresposta lent. som | Razobvel |robusta,eresi'| 1 [SMAW manual, esubtesei0 ca ede tent aa wee al Teeemctbces] —funcaene| —|oamoraa | go do rede, ute ate-| PEE! | vercionais equi manual, Qualidade raise |Stomiacee| ue |Seueract| « |amconns alta reprodutibilidede aoiotaae deseavolvimenta, veciével ereprodutivel,| Muito boa |reirigeragao pelo| 4 | “walidade rmédin @ aoa versie [attra | soon | PRES OME] g 5. Concluséo Existe, atualmente, um grande némero de opgdes, em termos de modo de. ‘uncionamento e de custo, de fontes de energia para soldagem em uma dada apl cagio. Na selego de uma fonte, itens como tipo de pracessa de soldagem, nivel de corrente @ posigio de soldagem, ciclo de trabalho, disponibilidade de energit elévrice € tipos de equipamentos auxliares, partcularmente 9 necessidade de In- terfaceamento com robds @ outros dispositvos, devem ser considerados. Pontos Adicionais que néo podem ser esquecidos inciuem o custo de equipamento, sub eficiéneia eltrce, facilidade ou, mesmo, disponibilidade de manutengéo adequada para 0 tipo de fonte considerada e, ainda, a exporiéncia e confiabilidade do seu fabricante e fomecedor ne OOS eS --S r-Cr rl Sr Cr Crh CT hr 0) tts nema &. Brorccios 4}, Desenhe esquematcamente as curvascaracteristeasesttices de fontes cle tenso corrente constante Para cade caso, sebreponna uma curvado arco eincique a porto ‘operecional Dina “Ciclo de Tiabulno". Estime, para uma forte de 200 A.0%, a maior corrente reccmendade pare» 50 operagio continua por um longo periado de tempo, » Vocé dispde de uma fonta esttica tipo transformador de comente constante com lima cotrenta neminalicio de trebalho de 160 M603. Dosenhe a curva caractersica festa fone indlaue ote de corrente que ela formece. Diseuta a possibilicade do liso desta fone em uma apicago que necessita de utlzagSo continue da fonte por tra hora ocd aise de uma fonte esttica ipo ransformadorretficador de terséo cons- tanto com uma corente naminaiclo de trabalho de 360 A700%, Desene & curve ccaractristica deste forte @ indique © tipo de cortente que ele fornece, Discuta & possibiidade de uso desta fonte em uma aplcagio que necessta de ure corrente ‘0 A00 A ‘Apresente, de forme simplifiada, © funcionamento de uma miquina de soldagom rotativa@ de maquina estitica cnvencional.Discut a aplicagao decade um destes pos de equi. > |) Compute. er termos de su funeionamentoe caacteristicas operesionsis, ums fonte scomonsieal tia tensiormadoeretficador ¢ ume fate inversor. CAPITULO 6 FUNDAMENTOS DA METALURGIA DA SOLDAGEM AA soldagem geralmente ¢ realizada com a splicagdo localizada de calor efou ddoformagao plstica, Como resultado, alteragbes das propriedades do material, nem sempre deseléveis ou acetévels, podem ocorrer na regiéo dajunta. Amaiotia destas altoragdas depende das reagdes ooorrdas durante a soliificago e resfiamento do cordao de solda @ de sua microestrutura resultante, Assim, 2 compreensdo destes fenémenos metalirgicos é importante em muitas aplicagdos da soldagom. Neste capitulo, serdo discutidas aspectos metalirgicos relevantes para as opera- {¢bes de soldagom e corte térmico. Paraisso, uma breve revisdo de metalurgafsica ‘serdfeita, De modo geral, a discussdo se basearé nos agos, embora os principios bisicos possam ser aplicados @ outros metals o suas ligas. 2.1 ~Rolagéo estrutura - propriodades Ume caracteristica fundemental dos sélidos, e em particular dos metzis, 6 @ rande influéncia de sua estrutura na determinacao de vérias de sues propriedades. or sua vez, @estrutura 6 determinada pelos processamentos sofridos pelo material durante @ sua fabricagSo. isto é, pela sua “histéria”. A Figura 1 mostra um exemplo ‘deste principio fundamental, para um ago com 0,8% de carbono, apés tratamento ‘térmico 2 800°C. . 41000. a y Limite de Escoamento (MPa) 8 Gor en Tt 4801000 Y0000 Velocidade de Resfriamento (°C/s) Powe ‘lagi do finite de encanto com a veloidde de resameno de um ago com 0.5% C, ‘nomente aqueio 00°C por ume Nos ‘A msioria dos processos de soldagem causa, nes partes que estéo sendo unidas, variagdes de temperatura e deformagées plésticas que resultam em alteragSes ne estrutura dos materials da junta sendo soldada e, portanto, de sues propriedades. ‘Assim, sob cartos aspectos, a soldagem pode ser considerede um tratemento ter ‘momecénico violento,cujo efeito nas caractersticas metalirgices do material deve ser euidadosamente considerado, Muitas dessas alteragdes podem comprometer o desempenho em servigo do + tera e. assim, dever ser minimizadas pela adequagSo do processo de soldagem {2 “natetial a ser soldado ou peta escolha de um material menos sensivel alteragbes €uturais pelo processo de soldagem, 2.2 —Niveis estruturais termo estrutura pode compreender desde detalhes grossoiros(macroestrutura) até detathes de organizacio interna dos stomos festrutura eletrénica). A metalurgia fisica interesse-se,principalmente, poo aranjo dos étomos que compdem as diversas fases de um metal (estrutura crstalina) e pelo aranjo destas fases (microestrutura) Diversas propriedades mecdnicase algumas das propriedades fisicas equimicas dos ‘metais poder ser estudadas nestesniveis estruturais. A Tabela| lustra os diferentes niveis estruturais com exemplos de detalhes observades nestes niveis, ‘Tabola|- Nias estas, exempos de tenis ususs do estudoo de detathes quo podem sar bservados Tie Dineses | Ene dao de Dat cone enainl | eetnads cute ve | > 10mm |ecroprata, Roce Seoreasite, vince, ceradas Macross = aa Raciogao Tama | Mressopi Gce (MOL TIC anne de gra mis capa eowénica de varie Microesirs mm _ |e untes, msroineas. [osm eoanm|Mirosopia sletrice de wans-[Peciptadossubmicrsaipr risséo Men eos cts da dantocagos. = te oanm fra Ceo unas, patria Esivaracrisaina | thm 0:iom [Dtagto ge ios x esos ies. a cmuaetntnce | CO(g), ave node causar porosidade; um s6iido ou um liquide ingokivel na poga que, se for capturado pela frente de solidficagao, resultaré em inclisdes na sold A formagso de porosidade, devido a reagdes do oxigénio com © ‘carbone © a formagéo de inclusées, sua forma, tamanho e quantidade, dependem do processa e do procedimento de soldagem, da composigao do meio de protegéo da poga de fusdo @ do arco (gases ¢ escérias} e des composigoes do metal de base € do adiga0, em particular, do tear de elementos desoxidantes. ‘A extensBo das reagdes que ocorrem na pags de fuséo depende, também, des caracteristicas quimicas da escéria em contato com o metal iquido, quando esta & sade. Por exernplo, ne soldagem @ arco submerso, 0 teor fal de oxigénio na solda «, portanto, o volume de inclusSes, tende a diminuir com o aumento da proporcdo {de 6xidos bésicos na composigSo do fluxo, como mostra a Figura 13. Nesta figura, 0 termo "Indice de Basicidade” 6 uma ralago entre os teores (em peso} dos Gxidos bbisicos e 05 bxidos &cidos existentes no fluxo da seguinte forma: 000 My +Ntg0-+kz0 Caf +121 F00+Mn0) 54 W2[ AO +70, +20) Ea.) on Toor de Oxigini (hom paso) —=— Indice de Basicdade —e Four 13 le de basicidade destin no eo de oxiginio de ora funde 5.2 ~Solidificacao da poga de fuséo Na parte posterior da poga de fusdo, 0 motalliquido se solidfica dando erigem ‘a0 cordao de sold. O processo de solidificagdo determina diversas caractersticas macro © microestruturais do cardio, tendo, assim, um importante eleito sobre as propriedadas e 0 comportamento da solde, Embora, em muitos aspectos, um pas- 5@ de solda possa ser considerado como uma poquene poca fundide, esse possui carecteristcas préprias que resultam em diferengas sigrificativas em termos de estruture de solificacéo e, consequentemente, de propriadades, ‘AFigura 14iustra a estrutura de soliciicagdo tipica de um lingote ou pece fundi- da, A regiso mais externa (zona coquilhada| é formade no inicio da soliificagao da eva, quando existe uma grande diferenga de temperatura enire 0 molde e 0 metal liquido. Esta diferengs causa um forte resfriamento do iquido em eantato com @ pparede do mold propicia a nucleaglo de um grande nimero de gros que formam esta regio. A zona eolunar ocorre apés 8 formagao da zona coquilhada, quando, deride & liberagao de calor latente de solidicagso e ao afastamento da interface Sblido-Squido da parede do molde, a terpperatura do Iiquido préxime desta interface 8 aproxima da temperatura de fuse do metal. Como conseauencia, o nimere de novos graos nucleados ¢ fortermente reduzido @ 0 soe passa a ser formado prin- sipalmente pelo crescimento de gra0s jé existontes ern diregéo ao liquido. Como Fesultado, 0s g1dos assumom o formato colunarcaracterstico desta zona. Nas etapas ‘insis da soliificagso, a rejeigo de solutes e impurezas, que ocorre durante toda @ soldificagSo, causa 0 aparecimento de inclusdas e de outros pontos que faciitarn @ 95 96) Hiern ‘ocoréncia da nucleagdo de novos gris. Além disso, na parte central da pega, onde 2 salidificagéo final, em geral, ocorre, o calor & extraido de forma aproximadamente igual em todas as diregbes. Desta forma, os novos grdos formados tendema crescer com um formato equiaxial, resultendo na zona central. Zona Coquihade ‘Zone Colunar Zona Central Em um cordio de solda, metal liquido da poge de fuse em contato com 0 ‘metal de base (a “parede do molde") nao é fortemente superrestiado pois 0 metal de base foi aquecido até 2 sua temperatura de fusdo pela fonte de calor. Assim, 3 formacéo de um grande nimero de novos grB0s nio tende a ocorrer a zona cogui ‘hada ndo ¢formada 80 cordéo de soda é constituide predominantemente por uma zona colunar. Na soldagem com elevada energia de soldagem, quando 8 poca de fuséo apresenta grandes dimensées, uma zona central pode ser formada, contudo, ra maioria das aplicacoes esta nao 6 formada. Come a formagée de novos gréos & muito limitada, 0 inicio da solidificagdo na paca de fusao acer principalmente pelo crescimento de graos do metal de base que estéo na linha de fusdo (fronteira entre 8ZF €@ZTA), assegurendo a continuidade ‘motalurgiea entre a ZF © 8 ZA [Figura 15}. 17h 0 2F de um aga incidéve! feta mostando sera | 97 Devido as elevadas velocidades de solidficsgo em soldagem, @ segregacéo (variagio de composigao entre aiferentes pontos do material solisiicado ocasionads pela solicificagao| ocarre em menor escala do que em um lingote ov pece fundida Esta segregacéo, contudo, é suliciente para causar vatiagbes localizadas de micro. estrutura, propriedades, e, mesmo, problemas de fissuragSe, oarticularmente, co centro do cordéo, Como as pegas fundidas em geral, a zona fundicia & caracterizada por ume est tura priméria de gra0s colunares © grosseiros. Este tipo de estrutura pode confer uma menor tenacidade ao material 5.3 — Formagdo da estrutura socundéria Apés sua solidiicacdo, a zone funcida pode softer ainda atoragbes até oretriomento fina & temperatura ambiente ver Figure 10}, Estas elteragées podem incur por exemplo, © orescimento de gro a formagao de cartonetos,nitretos @ ouvas tases intermetiicas a transformagio de uma fase om outa). Nos agas carbono e agos de baixa lig, por exemple, a poga de fuséo normalmente se solffica como ferita deta, que lago se transforma em austonita. Com 0 seu resfiamento, asta sa transforma em uma risture ccomplexa de consituintes, om fungio de fatores como 0 tamanho de ardo eustentc, comeosigéo quimica, velocidad de restriamento e composicio, iamanho e quantidade de incusdes. Na soldegem com vérios passes destes agos, a microestrutura é ainda mis com plexa, pois cada passe pode afetar os passes imediatamente abso, causando a sua reaustontizacdoe subsequente ansformagao desta no resframento, assim. alterando (refinando) parciaimente a sua microestrutura A Figura 1Bilustra este efeito em uma solda de varios passes de um aga caraono, Fura 16 2ade em um 90 de sn ettona ‘As propriedades de zone undida dependerso de sua estrutue fina. incuindo as micro- * estrutuas de soldficagéo e a secundiia, bem como a presence de descontinuidades. Caracteristicas da Zona ymicamente Afotada ‘As caractersticas de ZTA dependem fundementaimente do tipo de metal de base e do processo e procedimento de soldagem, isto 6, dos cicios térmicos e de tepartiglo térmica (Figures 6 @ 7). De acordo com o tipo de metal que esté sendo soldedo, 08 efeitos do ciclo térmico poderdo ser os mais variados. No caso de me- tals no transformaveis (por exemplo, o aluminio ou 0 cobre) no estado recozido, ‘2 mudanga estrutural meis marcante seré 0 crescimento de gréo. Caso 0 material esteja encruado, a ZTA epresentaré,além de uma regio de crescimento de gréo ‘adjacente & ZF, urna regio recristalizada localizada um pouco mais afastada, Em metais ransformévels, aA seré mais complexa. No caso dos agos carbono «© agos boixa liga, esta apresentaré diversas regioes caracteristicas, iustradas no Figura 17 e discutides a seguir: Te ra Te ratura Nem eee Uquido epapepe] we %C Teor de © (%6) 117 tats ZA ceum ae dts ctonotegpems) Reg decent do Sy ada etc © ape tan eros pas re xls Sea ioe = Regio de crescimento de gréo Compreende a regio do metal de base mais proxims da solda e que foi sub- ‘metida a temperaturas entre cerca de 1,200 °C @ a temperature de fuséo. Nesta situagéo, 2 estrutura austenitica sofre um grande crescimento de gréo, Este cres- cimento dependeré do tipo de aco e da energia de soldagem (processos de maior ‘energia resultaréo em granuiago mais grosseira). A estrutura final de transforms ‘glo dependeré do teor de carbono e de elementos de liga em geral, do tamanho de gro austenttco e da velocidade de restriamento. A granulagéo grosseira de austonita dficuta 2 sua transformagéo durante o resfriamento (isto 6, aumenta 2 ‘ua temperabilidade), o que pode ser acentuado se 0 af0 for igado ou tiver um ‘maior teor de carbono, De um modo geral, este regiéo & caracterizada por ume ‘estrutura grosseira, com a feria epresentando uma morfologia em placas ea pre- ‘senga de bainita. Condigbes de soldagem que resultem em uma maior velocidade de resttiamento, particularmente em agos ligados ou com maior teor de carbone, podem resultar, nesta regio, em uma estrutura completamente martenstica, Esta regiéo tende a ser a msis problemética da ZTA de um aco, podendo ter baixa ‘enacidade e ser um local preferencial pare a formagéo de tincas. Para um dado material, espessura e tipo de junta, as condig6es de resfiamento e, portanto, 8 roestrutura desta regido, poderdo ser alustadas pela selegso adequada das condigses de soldagem, particularmente a energia de soldagem @ a temperatur de pré-aquecimento da junta 6.2 ~ Regio de refino de gréo ‘Compreende a porgo da junta aquacida a temperaturas comumente utiizadas ‘na normalizagdo dos agos ou um pouco acima destas (00 até cerca de 1.200°C). [Apbs 0 processo de soldagem, esta regio 6 caracterizade, geralmente, por uma cestrutura fina de feritae perita, no sendo problemética na maioria dos casos. 6.3 ~ Ropido intercritica Nesta regio, a temperature de pico varia entre 727*C (temperatura eutetoide) ea linha A3 linha GS, na Figure 2), sendo caracterizada pela transformacso parcial da estrutura original do metal de base. Nesta faixe de temperatura, somente uma parte do material é austentizada e, portanto,alterado pel ciclo térmico, Em alguns ceas0s, particularmente na soldagem com vérios passes, consttuintes de elevada dureza e batxa tenacidade podem se formar nesta regi80. Regides mais afastadas do cordio de solda, cujas temperaturas de pico foram infe- ‘lores 2 727°C, apresentam mudancas microestrturis cada ver menos perceptveis. 7. Descontinuidades Comuns em Soldas Neste texto, serd considerado como descontinvidade uma interrupgéo ou uma viola¢ao da estrutur tipica ou esperada de uma junta soldada. De acordo com as texigéncies de qualidade para a junta soldade (baseacas em normas ou em um con- ttaio), uma descontinidade pode ser considerads como prejudicial parse utlizagao {ture da junta, constituindo-se, desta forme, em um defeito e exigindo ages cor. retivas. Devide ao alto custo dessas agbes, a presenca de defeitos deve sempre ser tvitada. Apresenta-se 8 seguir ume clasificagao das descontinuidades em soldas, baseada no lic Welding inspection, da American Welding Society, que considere 11és categorias basicas de descontinuidedes: + Descontinuidades cimensionais - Distorgao -Dimenstes incoretss da soida Peel ncoceto da sold «+ Descontinuidades estruturais - Poresidaces -inclustes de tungsténio Foto do fsbo Falta do penetagso Mordedura “Tineas © ouvas + Propriedades inadequadas = Propriedades mectnicas = Proprodades quimicss € = Outras 7.4 — Descontinuidades dimensionais ‘Sao inconformidades nes dimensdes ou forma dos cordéas de solds. Sus gravi- dade varia com a magnitude e a aplicagdo, cu processamento posterior que a pega ‘oldada vai ser submetida, sooner men 28 | 101 1.1.1 Distoreao (Figura 18) Origern So alteragdes de forma @ dimensdes que componentes soldados sofrem como resultado de deformacdes plésticas devides ao equecimento ro uniforme e loce- Tzado durante a soldager, Causas préticas Soldegem em excess, soldagem em juntas livres faquelas em que es peces podem se mover facilmente), selegao incorreta do chanfroe da sequencie de soldagem ac. Consequéncias ‘Mudangas de formas e dimansées, Medias corrativas, A distorgb0 pode ser redutide durante e soldogem, diniinuinlu-st e quand e calore metal depositado, pela ulizaco de dispositivs de fixaggo, pela martels- ‘mento entre passes, escolha correta do chantro e da sequéncia de soldagem etc. A ‘orregdo da distoreéo em soldas prontas exige medidas, ern geral onerosas, como desempenamento mecénico ou térmico, remogso da solda e ressoldagem etc Fora 19 Farts inca de dstorgo om ia aide: (9) Congo anova, (ojcorvaco engtunat a (l astogse yagusr 102| ‘tts women 7.1.2 - Dimensio ineorrota da solda loprjeto de une extra, os dransoes ds soln to especticndas de mado alondors slum out, pot exer rsslniarmecineas apse, mensbes fo sales ada conigurm deltas de saege ue era (Sis dona deatrder esc equlsios. As Cimensbes dour sole sto verea Gee, em gr uma nape vou com o axa de gotaios, 17.1.3 —Porfl incorreto da solda Esteve secondo re om gn vringbos geome buscas ae como concerns do toss, snd rari eo oroero deed is nadequads de sides Conexiade ‘Agua 19 most algune examples deport nee Ceca orene ses ralpases poder ade sd nes Sc essa apne Em uve tas os cata, un geindeaudo de coro do 0.80, 0 metal éconsideradoaltamente sonsivel, attr, Ylho, Cr NE , CU , HP CE = 4 Sl Mlle BE 5 4.6) + evede soitagao mecinica: a aconéncie destas e de ours formes do fssuragio 6 ‘acitade por quaiequerftores que sumentom a intensidade da solictagso mecdnics ro rego sensivel vo problems, Assim, a soldagom da pecas de maior espessurs, ‘com menor failed de se deform, ou de pecaspresas em disposes de fxagSo fara rininizaredstorg,tondo a sor mai Sonsivol isuregso do que a soldagem ‘aqueles casos em que s solitagbes mecdrios s8o mais facimonte acemodades. + temperature: fissuragb pel hidrogéno ocore onto corca 40-1006 200°C. Assim, ‘2 manutengao de sola acima dese aia de ternperature por um periade adequado de tempo pode pormite a cussa do hicrogénio para fora da junta e, deste fo:ma, redusira chance de formagéo de vines, 7.28 Outras continuidades estruturais Citamse, sinds, como descontinuidades estruturais: furos na junta, cordbes de ‘agpecte iregular ete 7.3 Propriedades inadequadas As soldas pertencentes a um dado equipamento ou estrutura soldada devem possuir propriedades mecthicas (e, em alguns casos. propriedades quimicas,elét tas etc} bem determinadas, Estas caractersticas séo, em geral, especticadas por rrarmas @ cédigos, ou pelo projetista. Soldas incapazes de atendor 3s exigéncias Iminimes em termos do propriedades mecdnicas ou outras relevantes so entéo Consideredas defeituoses, exiginde ages corretivas. Estas propriedades so nor- almente avaliadas pela execugo de chapas de teste, de onde slo retirados os compos de prova para ensaios. wawarcsonenun saan [V1 1.3.1 ~Propriodades mecénicas Entre 2s propriedaces mecénices que podem ser avaliadas incluemse: resistencia ‘3 tracéo, mite de escoamento, cuctlidade, dureza eresisténcia 20 impacto, Os proce- ‘imentos pare 3 execuco de chapas de testo, retirada dos corpes de prove, confeccéo estes e execugdo dos enszios so especificados nos diversos abcigas e normas, 17.3.2 —Propriodades quiicas A resisténcia & corrosio da solda deve ser avaliada para as aplicagdes om que ‘esta caracterstica 6 ncispensivel. Os problemas de perda de resistencia 8 corroséo Tense (MPa) 8 oo a0 ao 00 sto oo Temperatura (°C) ‘Ere essuerdico das tenses inwras om hinged emporaturs na bars conta Fue voters come 8, 117 Continuandio-se.o aquecimento, a ilatagdo térmica tende e prosseguic Entretento, ‘como 0 nivel de tensGes internas atingiu o limite de escoamento, @ barra central 'passe a se deformar plasticamente (doformago perrranente) em compresséo, Isto (quer dizer que a barra sofre, pela deformacao plistica, uma diminuigso em seu ccomprimento © um aumento em sua sepéo transversal, o que & compensado pala diatacao térmica. Este processo continua até que cesse o equecimento (ponte C), ‘quando a barra estaré submetida a esforgos de compresséo, da ordem do limite de ‘escoamento em compresséo na temperatura do final do aquecimerto. Cessado 0 aquacimento, a barra central onde a restiar ¢, consequentemente, 2 se contr termicamente. Assim, quando a temperctura comega a cairo estorge de compressio sontide pola barra tende a diminuir, té se enula, para uma dade ‘temperatura acima da temperatura inicial (ponto D). Entretanto, 8 temperatura continua 2 abaixar © @ barre quer continua’ a diminuir de comprimento, mas. como este foi diminuldo por deformagao plastica durante. aque- cimento, a contracéo é restringida pelas baras transversais eleterais, Assim, a barre Central passa a sant um esforco de tragéo e uma defermagao elastica crescents, & ‘medida que s temperature continua caindo, até que o limite de escoamentoem'racéo sejaalcangado (ponto EA partir dala barra passa entéo a se deformar pasticamente fem tragdo, até que a ternperature volte 20 valor da terrperature ambiente [ponto Fl Portanto, ao final do processo, a barra central qua inicialmente nao estava subme- tida a nentium esforgo interno, agora apresenta tenséesinternas (chamadas tenses residuais| da ordem do limite de escoamento& tracdo. Para manter 0 equilibria, come | ciscutido, as barras latorais estio suites a tensdes de compresséo, Em soldagem, 0 cordéo de solda eas regides adjacentes secomportam de forms similar barra central, o as rogids mais afastadas [metal de base), de forme similar as bartes latereis do exemplo acima. A cistribuigdo de tens6es longitudinais numa junta soldada ao longo da dirogdo transversal 6 mostrade esquematicamiente & com parada com a mantager das trés barras na Figura 5. A regio da solde esté sujeita 2 tensdes de tragSo cujo valor maximo é prévimo do limite de escosmente do material. Estas tensbes reduzem de itensidade, passando para valores negatives (compressio] para regides mais atastades do solda, Tenses residuais também séo desenvolvides 20 longo da solda e, no caso de soldas am pevas espesses, ao longo da espessura, 118) ites newman Ax ¥ a) seu ecto Fons Fee ene tress drei aroragem dos barat eres (Ai Engudmss emai oings coco tena ge wa s008 Gey pm so ‘Se a pege soldede tem poucs possibilidade de se mover ou de deformar por seu préprio volume e resisténcia ou por estar ixada por dispositivs proprios de soldagem bu ligads # outros componentes da estrutura dz-se que ela esté vinculeda, Quanto mais intense a vinculagBo, maiores o8 esforgos desenvolidos durante o proceso {as tonsoes residuals, que, por sua vez, induzem maiores consequéncias para 9 pega ea estrutura. Como as tensées residuals atingem valores préximos do limite {Ge escoamento, componentes de materiais de maior resisténcia mecénica tendem 8 apresentar valores mais elevados de tensbes residuais. ‘As tenses residues tém importante influéncia em civersos aspectos do compor- tamento de componentes soldados ver préxima segSol. Esses tensdes podem ser medidas por métodos destrutivs (por exemplo, pela medida, com extensbmetros tléticos, de deformagio que ocorre quando uma pega contendo tensbes residuals 6 cortada) ou nao destrutivos (por exemplo, por difragSo de reios X). O desenvolv- ‘mento das tenses tosidusis em uma pega pode, também, ser simulado por téonicas huméricas, destacando-se 0 método dos elementos finite. msi nsnuscosorees mas [119 —Variagos nas tonsdes residuais dovido a um carregamento ostético de ‘ragéo Quando um componente soldade, contendo uma distribuigée inicial de tenses residuais € cartegado por tensGes de tragao, as tensbes residuaistenddem a se somar astensdes de carregamento, Assim, as regides submetidas a tenses residusis mais clevadas atingem primeiro as condigdes de escoamento, defotmando-se plastica- ‘mente. Esta deformacéo localizada diminuias diferengas de dimensao raspansévels poles tensoes residuaise, cesta forma, reduz essas tensbes quando o carragamento ‘extemo é retirado, Esta andlise permite trar as sequintes conclusbes: + tensdes residuais afetam de forma significative apenas fendmenos que ocotrem com tenses apcadas relatnaments babs (inferior 80 mite do escoamento do ‘material como, por exemple, na fratura fg na reglizngdo peo hcrogénio © em ortosto sob tenséo: ‘om estruturas submatidas a carregomento, quanta maior ocaregamento, menor © feito das ensdes residuas: se a estrutura ¢ carregada além de seu mite de escoamento, oefeto das tensbes residuais se toma desprenivel: © ‘métodos que uilizam alguma forma de sollitagae mecinice podem ser usados pare ninuir a5 tenséesresiusis de um componente goldado 3.2 Comportamento em [A prosenga do tensGes residuais do compressdo na supericie de um compo: nent é um fator para redugéo da chance de iniciacdo de trncas de fadiga. Em um ‘componente soldado, as tenses residusis de tracdo podem ter um efeito negative no seu desempenho fadiga, embore néo existem resultados claros quanto @ este feito devido, possivelmente a: (2) sob a agdo de cargas variévels, as tensoes resi-

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