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Copyright © Autor ¢ Onganizador wo Qe pte tyr mp nei ee eee ‘cord tc Os nie So Cr: et J is, ISHN eeas.omsaee7 1. bung 2. Estados de Linge. 3 Flo da Lingugen Astor Tila cov-si0 ores: Paro Amaro de Murs Bro & oo Roig de Mar eit Revi do Tet Cami Caacli Scr Marna ober de ines Cone letifn dP Je Etre ‘cto Pn (oa lo Wand Cra Une ea Na F.C echo UR Marae de Mars (UTS eee ede Cs (USCay Rg ge UP ‘ SUMARIO INTRODUGAO-O mundo ndo nos é dado, mas constr Too Wanderley Geral |. Pra alm do socal: Um esa sabre a tera freudana (1925) 2 Palavea na vida a palavia ra poesia Introdugto a problema da posi soled (1928) 5. As mais events tendéncias lo penser Tngusico cent (1928) 4. Que éa ingen (1920) 5A construgi da emis (1930 6A polar e suas ngs sais (1850) 7. Sobre a fronias entre a pdt inguin (1920) 5. Algumas idias-guia pra obra Mersin Fils da Lingua avénices 1. indie de “0 problema da tansmissio do dcutso allo: um Tso em pesquisa soilinguisticn"(1925-196) 2. Iaice de “Marisa fost da inguager” (1927-1928) 1 re a compreendida se se presinde dos signfiadose dos valores ideoldgicay {que a preenchem completamente. © processo de formacio linguistic ‘como qualquer outro processo gerativo histrie, pode ser percebido ‘como uma necessidade ceya e mecinica, mas pode tambm tornars uma “necessdade livre”, uma vez que tenha se transforma numa. necessidade conscente e desjada, 5) A estrutura da enunciagSo & uma estrutura puramente social: A ‘enunciago enquanto fal se di entre falantes. A enunciagio individual (no sentido estito do terono individual) € uma contradicts i acto © INT 0 leor rota que etn pamugem, com pousas mates equiva A sa de own © Fade Lagan (G0 Pak Hace, 13 127) cio Hants deta obra we eu tag fans, ag 8 alan ara que pote dieters era, ‘QUE EA LINGUAGEN?' Chwidade conta pda por oman do tata printivo de Sessa (Lig Noe. 1. corigem dalinguagem Um autor se dispe a escrever algo, senta-sediante da mesa e oa linpotente a folha de papel em branco diante dele. Antes de pegar a foneta-@ disporse = escrever, tinha tantas ideias em mente. Preisamente ontem, havia contado a um amigo, com riqueza de tales o conteido de sua futura primeira novela. E agora, qualquer frase com que pensa comecar sua obra the parece estipida, tore, cstranha e artifical, Além disso, reaém havia comeyado a escrever “xquela novela que em sua mente parecia jf ter tomado uma forma “lfinitva e imediatamenteteve que eafrentar uma série de problemas. rm que pessoa fazer a natragio? Deve ser ele proprio, autor, oquele ‘que nara ow algum dos personagens da novela? se 0 narador & um tlos personagens da novela, qual deve ser a linguagen? De fato, inclusive o proprio autor pode usar a chamada linguagem “Iiteriia”, fou pode elegertravestinse de um narrador ignorante, semianalfabeto, © reste caso dever falar nama linguagem absolutamente distints, (© jovem escrtor se encontra, portant, com um mtimero enorme de problemas que deve resolver antes de escrever sua obra. Pode-senotar que esses problemas se divider, de modo amplo, em dois grupos. © primeiro grupo inclui tudo © que ests ligado: & Tinguagem mesma, 2 esol das palavras. O outro grupo esti igado & ‘muncinga desses palavas, refag da obra intra, em outras palavras, \s composgdo da obra. Num e noutro aso, 0 autor sente quealinguagem TW Hi uma orate deve tena ictamene do so par 0 fants seazada por Ptick Sn ma Tyhowal Agra entre os anes de Marne Prop Lng edi linge de amb Lican 00 Nessa eso ote ‘star le geo ga justia poe dans pe fo de ie 8 paleo a gts tntotngua quanto guage 13 habitual que usa para conversar com outras pessous, essa linguagem ‘com que reflete o sonfa em momentos de soldio, parecelhe ago fendmeno estranhamente dificil ¢ complexo, Antes de comega tefletie sabre a linguagem, tudo Ihe pareia simples linear, Mas, nem them comega a escrever uma obra litera, esa linguagem se toma pak © autor pesoda, informe, com ela & muito dificil consteuir uma frase bela, elegante e, sobrotdo, que transmita aguilo que quer realmente ‘expressar_ A linguager parece te-s transformado num enorme Moco ‘de mérmore, no qual € necessirio esculpir a figura deseads, A. linguagem tornou-seo mera da criatiidade artistca. [Na verde, o mairmore,aangila au as tntas que servem de material a ‘ccuitorese pintores se dferencam substancaimente do material verbal, (0 escultor pode, com efeito, dar a0 mirmore ou 3 argila qualquer forma, pode trnsformar as menoes patculas sua vontade, obedecenda somente sua fantasia ciadora ou 3 um projet elaborado nos minima etaes. A palavra, a0 contri, no possui essa maleabilidade au ‘condatvidade exterior. Nlo se pode reduetla ot larga, nem se pode otvibuir arbtrariamente um significado absolutamente impréprio, lmprevisto, Quando caversamesanimadamente, quer notamos até ue onto a regras linguistics so obrigatrias eseveras. Sequer pensamos a0 penguntar “Como esti tempa?”. Nunca nos ocoreria perguntat “Hoje corresponde a qual dos tempos?". Ninguém compreenderis « todes [ensariam que estamos brincando ou que estamos lcs, Existem, pois, es lingusticas que no podem ser inringidas, ow a compreensi reciproca se toraria impossvel Tudo o que apontamos contempla apenas as regras gramatcals,¢ fem particular a sintaxe ito ¢, a disciplina que estuda as regras de sombinagio das palavras em expresstes de sentido completo, Mas existe ainda uma difeenga mais profunda entre o caniter do material vrlu eo de qualquer outro material exclusivamente fs ‘Se confrontarmos uma palavra com um bocado de argila, por ‘eemplo, veremos que 2 palavra, diferentemente da argila, tem um, signicado, denota um objeto ou uma ago, ou tum acontecimento, ot 1m, uma experiéncia paiquica, Aegila, a0 contro, tomada isoladamente, ni signfice nada, Assume um significado somente na totalidade da tba: pode ser, por exemplo, a mio de uma esta ou martelo ‘mandjado por eta mio. No entanto, o escritor no trabalha com um material isco destituido de significado, mas com partes que j6 s© ‘ecomtram elaboradas, com elementos lingustcos preparados, com 0s ‘quals pode constuir uma totlidade somente se tem presente todas as rogras.eas lis que no devem ser transgredidas quando da organizagio ses material verbal No entanto, aio poderia 0 esertor, de qualquer modo, madificar as rogras © a8 leis lingustcas, © cre novas? Na realidade,existram na Russia zarsta, 0 muito antes da Revoluc3o de Outubro, poetas que tenfaram inventar uma nova lingua, e que escreviam versos deste tipo! Nemotiche los enemiche (Chama viskiuaes soe! "Ecom novo rumor de expodas Le responder buduschel” Um exemplo ainda melhor: *Goosnieg kid Metotulbs| Siu auksel Vertu dich Para evitar que o escritortenha a sorte cesses poetas, para evitar «que entrem para a histéria como anedota,e para que ocupe um lugar sério e digno, & necessério que compreenda que é a linguagem, este material io caracersico e particular da criatividade artstica INE] A vendo en espanol que eta manssande trai pena a pls i wads pare 2 portage: Baminande edo alana (t Lng a Sm ac pion rm a 13 Se io compmendemon 2 esncla da linguagen, se compreendens ig eden Yue tem maids sol, posemon sur crete que utmost ‘sj Wee mena de sonst da obtain “ples stor qu ass convert ested upp Cnioumsimple sonal dove once neenaamet ue guopent O melhor mod declan umferdmeno & cera © poet se su frm dsrnrnenteltlmente no que ds ree lingugem. ese camo esomplc pe fio den emi a prima caps dew denlvineno prceern ana eps igus milfs de anon. Asim mesme, apes de sue ang tse tena imagiaro maint do inguaems Na vedo homers sempre tara de compensa sas ices copra cn lends “plese abating um exame tis cm pon ng tng vn No ota, av tugs dYedae Seine impcean, «hom per arr cad le chservar in que indian, os tmpos em ue» Inguage ‘humana estava em formagio, — “es O que se observa A lingua no apr no scelae humana por acid sobreatrl. nam comoinveng” ene edad ‘puns pear no sul XV En tenon datas nes ris a nd he 2 origem da inguogem erm as epics ear da nmap 2atera dais Semmens © primeiro grupode ors la sustnclmente quo home to de repro o on prods pls nia os ns ou somata eras fata le do vent gous ta foobar de um ovo Ess enemas, pois o modo rata de daar os een sue pus ey ist haviam se tra plo Deve fra a piel ep tm mimeo mito lina de paaves topo ave dence soe Slee de nai pala ont lomo some mess Sa ho mevinento dos ice females parclamente Lge lands em et sno, eum geo le. © segundo grupo de teorastratou de demonstear que os primeiros sons da linguagem umana foram a exclamagies ~ interes lnwolunivias ou, como habitualmente as denominames,reflexas, que o homer emita sob a influénca de sensagbe fortes produzidas nele por gum objeto. Ao reptiremse, essas exclamagies s¢ converteram em Sipnos fsb, sigificantes desses objets, se transformaram assim em poles, Frses dvs grupos de toras estio hoje ultrapassads, até porque se cxplicavam convincentemente a origem de algumas palavras de ngsumas linguas na verdade, muito poucas;esss teorias no postiam tselarecer nem a efetivaeseéncia da linguagem como fendmen social, etn outros problemas de excepcional importancia Tem 1875, Friedrich Engels elaborou uma saida excepcional, sclarando em que diregio se deveria buscar a resposta ao problema da ‘rigem da linguagem: se rp an ct te narra Tage tame tera etcetera Saanecen eine ssmmencine Soe ete teen wi svar antscemec mares Ss Sede em smum ese ar cr ae dnt Sompeen eh nemaogoee eee eee repre errs ee a pons eee ee era wear SINT Ha tndaces raseas dee 48, gue ample 6 leo “Diskin a rate de Engle as Independentemente de Engels, ‘contemporined seu, 0 estatosa slemio Ludvig Noire, chegava a mesma ieia de que “a linguagem a Vida cointelecto nascem da atvidade eonjunta dirgida por um objetivo comm, do trabalho primitive de nossos antepassadon” Essay ieian tiveram uma eonfirmacio especiaizada,linguistca, nos trabalhos de: lum estudioso russ, o académico N. I Marr. Suas investigagdes ~ comumente chamadas de “teoria javetica” = firma sem sombra de dividas que «9 fnguagem fi crada durante inamerives miios soe 3 base dle um instinto de sodalzagio de mass que se embastva non presupostos das nesidades econdmicas” eda orgaizagio ‘conimica. (Mar, NL Otani nto ert 1926 p28) Cbviamente, em seus primeirissimos estigios, a linguagem no se precia com nenhuma das linguas contemporineas, nem com outras "mais antigas. Nascida no processo de luta obstinada do homem contra a rnatureza, lula em que o homem estava armado somente com mos fortes e instrumentos de pedta toscamente trabalhados, a linguagem recorreu ao mesmo processo de desenvolvimento que a cultura material ‘econdmicae tele, Segundo os suposigdes de N. I. Mat, anda antes que se passasse & lingujgem sonora, artculada, a sociedade humana ~ ume sociedade de jsupos de eagadoes ~ deve ter crado um meio de comunicagSo mais simples © acessvel, uma linguagem feita de gestos e de mimica, a ‘hamada linguagem gest ‘Muitos milénios se passaram antes que a esta linguager, que se twsava_na vida cotidiana, se acrescentasse a linguagem sonora, a linguagem da magia, do eulto magico, ‘Os homens da idade da pedra, que conheciam apenas os métodos ‘mais simples para procurar alimento a colheita de vegetais ‘omestives © a caga de animals selvagens - contentaram-se por largo. ‘emp com a linguagem gestual, a que poderiamos” chamar ‘onvencionalmente de linguagen das mis, que nea 0 movimento das ‘now desempenhava um papel fundamental. Evidentemente, sons Posteriam acompanhar essts “enunciagdes” mimicas, gestuais, mas 136 —— ‘ram ainda inarticulados ¢ consstiam_principalmente em gritos de “emo, cae, expressavam um esta de nim de forte exctagt. Portant, a aparigio da linguagem aeticulada nao fi provocada pela pecessidade de comunicagio social, 8 que exstia ma Kinga nals simples, feita de gestos e de mica — a Tnguagen das mos. E preciso buscar a origem da linguagem sonora nas condi peculiaes do trabalho na vida da humanidade primitiva. A essas condigies deve também sua origem a. arte, que por longo tempo conformou-se na srssociagi indivisivel da danga, do canto e da musica, com sons de ‘nstrumentosrudimentares. Tanto Hinguagem sonora quanto ess arte triplicet2m uma base comum: a ages migies que, aos ols da obscura ‘atrasada conscncia do homem daquele perc, pareciam eondigbes rncessirias a0 éxito de sua atividade produtiva, © por isso scompanhavam sempre todos seus trabalhos coletivos. £ dessa omplexa ago magica, que compreendia tanto movimentes migicos tas mas e de todo 0 corpo quanto gritos magicos que desenvolveram tradualmente os Sryos de fonasio, que se origina a linguagem f@niea ‘ticle, [Ni esquesamos que para o homem da primeira idade da peda, © sito magico era um ato ligado 3 economia, uma forma de acho sobre a raturesa, gracas a qual esta deveria dar a0 homem seu bem mais Importantee fequentementetinico 0 alimento!.Portanto, os primeiros lementos da linguagem sonora humana, ber como os da ate, eram lementos de um process de trabalho, estavam ligados a necssidades fecondmicas © fepresentavam o resultado da organizagdo produtiva da soviedade, Essa organizagio extremamente primitiva, que vinha se tornando ‘complexa gradualmente, gerou sucessivos estados da comprerisio do ‘mundo citcundante © da relagio com ele, em outras palavras, da {para una nfomodto mais deta sce a magi print au base extn, ‘sje 0 ap corespnsnt do vo de Ni (Ochs eit perso 17 estogia' em formagio do homem, experimentando reciprocamente Wluéncia, io da caltura humana em que aparece a linguagem fone chama magico. Nesseestigi,elaboram-se os elementon ling fundamentais que em geral se encontram na base. de. qu linguagem fEnica, Nio se trata ainda de paler, no sentido que atribuimos a esse termo, nem de denotares fGnicas: nda se trata signos que denotem um fendmeno ou um grupo de fendmencs, maa lum conjunto de sons bem determinados que acompanha, un "magico, que por sua vez & uma forma da processo de trabatho coletivy No comego, segundo sabemos, eram gritos migicos que, com ‘oriter iterative, desenvolveram as cordas vocais € outs dries fonagio,Fatava somente um passo para que esses complexosfonicos transformassem em polecras. Bastaria que o homem tivesse tide a necessidae, empurado pola exigéncas econdimicas, de compreende, dle explcarse, Uma ver alcangada a possibliae de refrir com essa log : Tes grupos de sgifcados se divdem cm novos grupos, pe empl: “gun © clu toma sentido de "auvem * Tamas + ‘Seat go ca shia "Ie + replendor +a" asin “ceivanen Be ffx mato poe plas sors Snquanta 6 nimero de con que eno no hodtzonte mental do h E \em aumenta sempre mais, gragas ao desenvolvimento da atividade “und, Havers pseromente a vanterénca de siglca de uh fendmeno complexe, por explo“, asian partes cota Sc as pn ano vr ara nos ings chamaria on dc : . No entanto, esses complexos finicos nio rare eee rum linguagern se cm as novas lps do desenoWimen. da Iivkade ecnmica mo houveseaparecido um novo Fenbmeno que didn sre da Inguagem humana: o proces de enreeconeno Ungutie. : Een qe so fen tee vad i xis ls nos no tena ido macentade de er uma Iinguager como ne tena cra qualquer ett em ge Na base do desenvolvimento cult mano otrabalo eit a nese de ise une, em soma mi din “necrurmento de tipo print, Junto com enrecrzamen 5] © mimzaene nse gn mi fo So a ol te AEoeminamos oro “erprisimo Engi” 9 qe supe tm 18 ‘Brupos humanos completes (extenos: tes, mages inten profisionais, de clase) corte © enteccruzamenty de el Linguistcos, que serdo distintos para cada reagrupamento, renultado, '@ bagagem lexical se enrguece, spactem sw paae ntecruzados,consituids por alguns elementos fandamentas, Noy {me Paavros novas.ecompletas que podem por sua ver servis mae ‘base para a formagao de outras palavra, A taps sequinte do desenvolvimento. da tinguagem serk senttida pels conuncio des palms em frases, 0 ue comers sxorrendo de manera mut simples ~ isto sem que we einen * formas cas palavras, Logo se arescentaram determinadas pariocan ‘evtsis que dfinem arelgio que a plavea em na frases fale % teansformou a forma mesma da palavra ~ por exemplo, com ‘onjugagio ea dectinacio, De ud © que disemes fic claro o papel que leve a ongaizagbo Rua do trabalho no nascimento © desenvolvimento da Inguagene ‘oxdemos perceber essa relacSo no $6 no campo dos signee’ des Pslavras-a chamada semintica - mas também na iea da oat Tomemos inicialmente um exemy |W Habitats phic da Ge rp ds ebponean Asim ee nim «ome da tribe dos “kolchow", do Céucaso, celebrada w lendas da antiga Grivia, em georgian ‘eamponis, “escravo”, depots de eb se (0s temos tas ~ as denominagdes incuindo os totémicos,sfrem uma revi, so valrizadoe sundo a pongo socal das divers {roe que, 20 enecruzater-se no proceeso de formagso de now tipos enices de populaie, se tansformaram em classes sais Portanto, 0s terms. sodas, nfo. x6 ax denominasbes de case, represenlam antgas deneminaies tits (Mar, N.L bem, p10) Come evemplo de repeseriagho grant dae wages sells posse refers bformagio das partes do darn, faperalente Inet, para noon pros a frmagio dos prone, mem 9 apc peri Egan, propio ial ¢ tae pried 0 comege or promme ndicoran ‘mer ata, da bee totem 04 depois se deus proton dos Sits de propre dese gro vaca determina Somente cm a aparici da popriedae privads, deliiase a prima pes de nme snglar~ "x" ~ ea segunda © terela Pesos, coiaposas ela“ “le / 10 que expsemon bai para convencer qua linguagem nb & um om divi nem wm preset da mater Epa de aa Inmen ct © fle em lnk ees cert tno € ona scotmiccome saci desolate qn goo 2. A fungio da linguagem na vida socal Em nossas conclusdes i, no entanto, uma lacuna substancial. Nao tocamos no problema, que se impie por si mesmo, da relagio entre linguagem e persamento social. A seguir, falaremos disso, mas antes cenfrontaremos outro problem, ‘Sea linguagem, como vimos, é produto da vida social, sua eriagio & sua represenagio, entio que papel tem a linguagem no provessa de desenvolvimento da pripria vida social? Em outras palavras, linguager, que em certo sentido é uma superestrtura das relagtes ut ‘clas tem por sua ver influbncis inverse sobre ens telagdes gue Aleram origem? Esse problema é cnsideravelmente mais simples que o problema, gem da linguagem,e por iso sremon muito concinos Quaker «que no tenka préuizoscompreeneclaramente enorne papel 0. linguagem na organizacao da vida seca, Ji 2 primes mio ou liner, cujos tragos se conservam até nossos dias como mad tsi, usando junto com a linguagem, na gestculagio habitual das mios ¢ na'mimica facial durante a\conversagio, essa. primeira Hnguogem representa js uma brusca sparagio do mundo natural c 0 ‘omego da ctiagso de um mundo novo, 0 mundo do home soxil, ‘unio da Wistiria social E insuticiente ter como limite entre eases dle rundos a asio de gelpear com o primeit instramento rida pelo homer, a tasca de peda. Era necessirioreforgar essa nova posigie do animal “bipede que rio instrament” e smente se poela rete’ la pines (Spo desu formas, as vel lingulicos dos omens eta Sirtamert gas comets formas de ages acai As eos gutsy racer mum terreno comm 2 todos o8 ips de rlagS Aqucledasselales profi. A comunicagio verbal sempre eve gaa, com veremos, 4 situaio eal da via, bs abe reas dos omens abort aay dase outas mats Que corre enquonlo thom consifla do. omen? Desenvlverse, tale, independetemente da comunikasio verbal cx hi um waco er Gln? Nese cas gue tp de vinclo? Poese demonstar qo © Crecment Gn covsiéci determina @crcireno da Unguge Gqumade de palsy de expesien Aso uma Peta de Srciénca conse apenas expetada, pode seirse eum Tngungem ea‘ evoida, com wna enorme bagagen de plas atin de frases consi com previo © de expresses can? ‘Obviamente, no. Gris a ess aprons obvedade, frequent tal em ero, um er absltamente Kin age em que svi a us. ‘humanidade até os notiveis descubrime Seidente que 0 sl "sa tos de Copéenio’, final, ni "se pie" todos on dias © que, portato, li 40 redor da Terza? Esso evidéncia, no entante naw é sre une ‘oss sents: na relidade &a Terra que gra 0 redor do Sol cn juntirio. A mesma “evidéncia ocorte pars quem observa o prebl sas relagdes existentes entre a linguageme a conscience Tratemos, antes de tudo, de defini que a nossa consciénia, Fechemos os olhos e comecemos a refer sobre esse problema, A, Frimeira coisa que captaremos em nds mesmos seri uma espicie de Huxo de palavras, as vezestigadas a frases definidas, parte das vezes soltas numa dana interrupts de ensamentos de expressdes habitus, de impresses geaisprovecada Por ebjets ¢ por fendmenos da vida fundidos num tne conjunte, ssa multicolor calga verbal se move o tempo todo, gut alastande, sw er apronimando-s 2 tema fundamental o problema sabe equal ‘stamos refletindo. Mas tratemos de separarltalmente as paves (Que poderemos observar? E (ssivel que aparecam representagdes visusis ow acistics, ‘etalhos de imagens da natureza ou fagmentos de meladiae eeumatan Esquesamos também isso, Provavelmente sentiremos agora se batidag sto “coragio ou ouviremos 0 rumor “do sangue ow naweeae representagdes relacionadas com o trabalho de nosios miscelos ae shamadas representagSes “motoras’. Mas se ‘conseguirmes, com “cepeiona sores separa também essas representa motores ue estar de nossa consciénca? Nad, ‘A completa falta de ser, similar ao esta de inconscigncia, ou a0 sono sem sonhos. Para voltr ao estado normal “conacente” deveremes romper ese muro do nlo-ser, regresar& conus viva das palovine¢ cas imagens com que tomam corpo nostos pensamenton,denjos ¢ ‘entimentos; deveremos promunciar palavras para nis meemon eves "que sea somente uma peguena palavra, “eu mmucdlangas de a rovers opti do cen ins «tedide 146 Chamaemos a esse to de plata que dservamos em ie mesmo le liighagen inferior, Se-dbservarmos atentamente nos Iinerior veremos que, no fim das contas, nenhum ato de comseénca Sue sree le ser relado sem la, Inve quando surge ct silica = por exempl, aseangio defame ou xe ~ pata cas taser prt tomar cma dla devon tesa preside gm Map ode ue neces mote da inguagem intern. Esa expres Poraente fsa ets concn donde © ce oa Vl voto soda peo smblente em que vvemos como est tab assensagio 5.A-*Sensagio” ea “expressio” apne aed eae peptic "i itraremos nunca {ns ites oe akan none clhow some depls det Se ee eee determina enna, com ama. gentclag deteminada. Asim, ard om arse pin dot amo * nn poe crt Se he pri a ogame at emg attade que pode Sr tropa owsa expression minima de uma necessdade biol ‘nevtavelmente uma ol bene si dasa nisl do flan ¢-2 da stoace a “concreta em que a enunciagie ocorreu., “ Tite de Supsimir toss ert que a forma sv ett 31 HOSS expresso de fome, . 7 a oma, esque dang wad, depois da et vo do gst ee namentnosenconraremos na staat sa cranes ge queria enema nieo da ea Observeron com mals an imedita na gual prenuncins eprenia da non il mesa, na ial pronanco apes dp de ‘rnin a forma cng. Resaten ce penning xm tii cao rin aga oe mes lscuso iy concen qu deverene ger uc At asa gem oft evden se dng ener Se faa com a pessoa que emo deve eames lm servo ete. ~ exes se dejo na for de ua one ae lata entonagio imperativa, ou ainda de uma maneira gentil,faré Pesto, mas certo de sua imediata satisfagio. _ | sell eta pear at que ot io itis evans as fms SRSSEETE tiem mcr dao dence Swi joe sent: so hops de msn pripia cas ses rm eta oe hum enn sec Tanbn ¢ rane dns tentonagtes de vezes que ressoam na her i cal : rang and no cata don ams culos mos nal da ooo“ pe ee aac Wah” em to deseaperndo de Heo “Tene aa lerrivel! Endo estou mentindo!”, ane van @e® Patani, quota puramentfisgic da ome yor rom no peer una expesabore neato guc cogent ee ez oo atig “Acar da emunca” qu ompe et ‘etn Not de Guile Blt nga ovelume edad em ea us cho sociale hstrca bem definida. © elemento decisive & fem companied quam? representado pelos penguntas: quem tem fom Cte que pssrs? Em eteas plata, toda express tem uma orient ‘evil Ein consequéncia, ela & determinada polos participants do nisinento consttaido pela enunciagio, partcipantes proximos « femotos. A Interagio entse os participantes. desse acontecimento di forma 8 enunciagSo, faz com que soe de uma determinada manera © ‘nde outa: como pedida peremptrio ou como silica, fazendo valer Gs prdprios direitos ou suplcando um favor, com wm estilo simples ou lissonante, com seguranga oom timidez Procisamente essa dependéncia da enunciagio s circunstincias| fonoretas em que ocoree fem para nosso exame um significado de tstrema importincia, Se no levamos em conta essascircunstincias se ‘no temos em conta @ eortelagio de clase exstente entre os flantes, thio poderemos colocae correlamente os problemas que para nis si0 ‘mais importantes: os problemas da estlistica artstica, $6 quando tivermos estudado a relagio existente entre 0 tipo de intercimbio comunicatvo social e a forma da enunciagio, quando tivermos visto {que qualquer “expressio” de qualquer “sensagio” representa o testemunho de um fato socal, sb entdo os problemas de estilistica poderdo ser exlareidos em profunidade ‘Anda temos que enfrentar outeatarefa. Como vimos, a expressio de qualquer sensagio necesita anes de tudo da linguagem, entendida fem seu sentida mais amplo, isto é, come linguagem exterior e interior. ‘Sema linguagerm, sem uma enunciagio bem definida, verbal ou gestual, indo existe expresso; assim como nio existe expresso sem uma real situagio social com participantes reais, ‘Mas, e-a sensagio? Também ela tem necessidade da linguagem? Nossos sentimentos, « amor, o dd, a flcidade, tem também essa receasidade de apoio da linguagem e sem ela ndo podem alcancar sa plenitude na canscincia do homem? Responder a essa pergunta ni & Sli, Em realidade, até a tomada de consciéncia simples, difusa, de {qualquer sensagio, mesmo da fome, inclusive 20 caso de no haver ‘qualquer express exterior, necesita de uma forma ideoligien. Asim, “qualquer tomada de consciénca tom necessiade da ingungem interior, ‘de uma entonagi inferior ede um embsionsrio estilo interior: a tomada uw a da pripria fome ponte ser te A expresso cant, core, en roma moa ds cso, a seguir aclarando a orientagio social da. linguagem interio ‘entonagies que jd estio nela contidas ae a Tratemes de aera experinca de inrospeega Andina Provan ode ; oj experiment un sesaco d a nonv Inanen ee Pordaets sges orto sem cperila uma bon tsa. de um eb nose sonra ‘mete. "Qul” inert snr denna ag? Sem diva tao gue ad "spt dase acer ide yn ina hi contra ue eins Cec sao “rests de um acrid. A ptr de rena presse termo rr por gu nportant endo «chat atu © eno cess pra ss wag, oma seconp a evi Ars doe uae lc fntmenosIigaon nnw ogaisme 9 ropa te coro bat com mar eqn hi movinenton most dae de eer as mon ~ te. Chamarcmos de rags eine ooo Cont defor gue representa cp emp cate deo rn sf exe ma reas orginics, cas modifica a = corres do organism cus plan da sco vera ard ssi Sa tren en gn vn soar net plo anode lingungem inter, gaara al psemos ene ‘Nis mesmostudo.oque etd ocorrenda, il Nomomento nes no em ue ems es fo pode ai a0 extion, a linguagem exterior, sob a forma de exclamagies de alegia, que INT] Ne i em gu expan aparece mst prgato ums ioe 9 ny om me td ng np Cantos sent doar, enn sn, Poet te ate ea ‘nem 3 inerény, pn to a ere ‘sto em rants tain ccna no om ge alg = Ns mao ite dan ven pls ada us nd cas aa dna ds persnagens etna ovate depois se transformam mun dicurso com cma forma mais precisa € Glemaica, Nao existe uma diferenga quaitativa entee a paimeira Feo do coragio gue bate ante tio esperada resenha € om rnmetades jf clarome distin que comeyamos a roca com quem quer {he sea talvez depois de alguns minutos. ovens dizer que todo campo da vida interior, odo © mundo posats sensagies, move-se numa drea que o situa entre o estado Tebologico do organismo © 2 expressio exterior. Quanto mais se Uprovima este mundo das sensagies a seu limite mais baixo tanto mais coisa e obscura € a sensagio e por isso tanto mas confuso e obscure seer eeu conhecimento, sua percepyio. Mas quanto mais 10s “froximamos do seu limite superior ~ a expressio acaboda ~ mais Simple € sensagio, mas a0 meso tempo express toda @ SGmplexidade da situagao social com maior clardade, com maior Giguere maior plenitude, A linger interior xfer, ocmpo ot 9ue0 senomo passe do ambiente fio a) xia. Nelo se di toda & iRtologizagio de todas as reagese manifestacbes organics. “Gpviamente nos estigios mais ckementares de desenvolvimento, «a expresto verbal pode ser substituida por outros melo: a Tinguagem dic pom, rites inrtculados, mas enfonados de modo expresivo ele ‘hwolacdo ene sensagoe expresso, mesmo nesses casos, permanece & vaema, Uma consciéncia que no se encara no material ideologico da Palavra interior, do esto, do signo, do simbolo, no existe au no pode existe 6.4 deologiacotidiana Fstabelegamos o acordo de chamar de ideologia ctidiana a todo conjunto de sensagbesctiianas ~ que refleter erefratam a realidade Seer ebetva eas expresses exerores mediatamente alas igadas. ‘Rideologia coidiana di significado a cada ato sso, a cada agio nossa ea cada sim de nossos estados “onscentes’. Do oceano instivel € pativel da ideolopiaafloram, nascem gadualmente as snumerdvels has continentes dos sistemas ideokgios: a cnc, a arte, a filsofia, as tori politias. 151 ges sistemas aio, no fim das. comtas, um produto desenvolvimento econsimics, am preluty do enriquecimento Gen sconimico da sociedade. Por sua ver, esses sisfemas exereem influéncia fortissima sobre aideologia cotiiana e na maior parte vezes the dio 0 tom dominante, Ao mesmo tempo, esses prod 'eoigicos em formagdo conservam sempee um vineulo visto 4 ideologia cotidiana, se nutrem de seus jogos e, separados dela, \eterioram e morrem. Nio se crea que a ideologia do cotdiana seja uma coisa in ‘monolitica,uniforme em todas as suas partes. Nela devemos distin uma série completa de estratos, desde os mas baixos que se mover © ‘woxtfcam mais facimente até os superiores que so limitrofes diretoy ‘los sistemas ideolgicos. Neste momento, estamos pouco interessalos nos estratosinferiores, ‘sto & em todas as sensagdes e pensamentos confusos, pouc

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