Unvocos, equvocos e anlogos.

Aristteles chamava de homnimos aquelas coisas tais que tem apenas o nome em comum
(ex: homem real e homem pintado. Ex. do prprio Aristteles). E de sinnimo aquelas coisas
que, alm do signo verbal, possuem a mesma significao (no sentido eidtico). No medievo
as palavras foram substitudas por unvocos e equvocos.

Uma idia unvoca, a idia de "homem" no pode significar duas coisas diferentes, no se pode
dizer "homem" e pensar em um "gato", como pena de ferir o princpio lgico de Parmnides:
"uma coisa no pode ser outra diferente ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto". A
significao apenas uma. J os gestos e a comunicao fsica de atributos psquicos so
equvocos. Usando o exemplo de Raeymaeker: pode-se levantar da mesa em uma reunio tanto
para falar, quando para protestar. O gesto o mesmo, a significao diferenciada. O que vale
aqui a materialidade, o modo como se preenche o gesto ou comunicao escrita e falada.

A analogia, por sua vez, designa duas formas: metfora (ou analogia de proporcionalidade) e a
analogia de atribuio. A metfora se caracteriza pela atribuio de "termos acessrios" sob os
quais dois seres distintos se parecem. Exemplo: o leo o rei da selva. O leo no est investido
de realeza, porm, por algumas de suas qualidades semelhantes s do rei, a afirmao no est
errada. Analogia de atribuio, por sua vez, caracteriza-se pela atribuio de uma idia a um
termo secundrio, cujo qual conhecemos em sua plenitude o ligando naturalmente ao termo
principal. Utilizando-se do exemplo de Aristteles: a palavra "so" pode designar um estado de
conscincia desprovido de perturbao, assim como algo saudvel. Se eu digo "esta comida
saudvel", o termo principal no a comida, mas sim o homem que a come. Ela far bem, ser
saudvel para aquele que a comer.

O que se faz, ento, quando se diz que algo anlogo? Se pega o universal e o atribui duas
coisas diferentes, porm, com algumas semelhanas. Os unvocos tem significao igual, e os
equvocos so distintos.

Nota: Anlogo "se aplica a vrios sujeitos em um sentido nem totalmente idntico nem
totalmente diferente. Assim, a sade uma noo analgica enquanto aplicada a um alimento,
ao rosto e ao corpo. Com efeito, o alimento produz a sade, o rosto exprime a sade, e s o corpo
a possui"