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Poucos patses sito to dependentes das variacdes do tempo e do clima quanto 0 Brasil. A Amazénia, quente € timida, contrasta-se com 0 Nordeste semi-drido. A sucesso das estacoes seca e chuvosa do Planalio Ceniral distingue-se da quase regularidade das chuvas da Regido Sul. Os climas Saudéveis de montanha contrapoem- se as depressoes quentes, timidas € pouco ventiladas. Apesar de tantas diversidades climéticas, num pats em que 0 desenvolvimento esté. subordi- nado ao manejo adequado dos recur- sos naturais, dentre eles o clima, a Meteorologia ainda nao é estudada e praticada intensamente. Nesse con- texto, 0 livro “Metcorologia Basica e Aplicacées" pretende contribuir para acelerar 0 desenvolvimento da cién- cia meteorolégica no Brasil, ¢ capa- citar profissionais de dreas afins para 0 melhor entendimento dos mais di- versos fenémenos atmosféricos. A lin- guagem facil e 0 detathamento expo- Sitivo tornam a obra totalmente acesstvel ao leitor comum, desde que possuidor de conhecimentos bésicos de fisica geral e de célculo elementar; ara os que nao possuem este instru- ‘mental, a parte qualitativa do texto podéré contribuir para a aquisigao de conhecimentos titeis & compre- ensiio dos fendmenos atmosféricos do dia-a-dia. A ordem dos capitulos foi cuidado- samente planejada, visando Q expo- sicdo seqtienciada de assuntos que se encadeiam dentro da légica do pen- samento cientffico classico. No primeiro capitulo, procurou-se caracterizar 0 sistema Terra-Atmos- fera, no que se refere a.aspectos as- trondmicos e fisico-quimicos. Comparando a atmosfera a wna imensa maquina térmica de baixo rendimento, estudou-se, no segundo capitulo, a termodindmica deste sis- tema, A principal fonte de energia do sis- tema Terra-Aimosfera, a energia so- lar, foi estudada no terceiro capttulo. Além do tratamento fisico, dedicou-se atencao especial a aplicacoes envol- vendo a energia radiante, No quarto capttulo, discutiram-se 08 efeitos do fornecimento de energia ao sistema termodinémico Terra-At- mosfera, ou seja, foram estudados os movimentos aimosféricos. Revisa- ram-se conceitos bdsicos de Fisica e derivaram-se as equacdes do movi- mento para a atmosfera, seguindo-se de algumas aplicacées teéricas e pré- ficas. ‘As técnicas usadas pelos meteoro- logistas para, estudar os fenémenos atmosféricos, ‘bem como os insiru- menios wilizados, foram apresenta- das no quinto capiudlo, cielminando com a discussiio das técnicas de pre- visio do tempo. 0 sexto capitulo dedicou-se aos fendmenos meteorolégicos mais im- portantes ¢ suas aplicagées imediatas na vida prévica, com énfase maior as ocorréncias no Brasil. Finalmente, dedicou-se sétimo capitulo a climatologia. Os principais conceitos e as classificacdes climéti- cas mais usados foram discutidos e exemplificados. Enfocaram-se, tam- bém, aspectos da climatologia sindti- co-dindmica da América do Sul e da climatologia do Brasil. Encerrot-se 0 livro com uma discussdo sobre simu- lacao e mudancas climaticas. Os autores esperam que este livro- texto sirva como uma ferramenta pa- rao ensino da Meteorologia e da Climatologia, acxiliando docentes discentes dos cursos que exigem co- nhecimentos e aplicacdes destas Greas cientfficas. Profissionais. de Greas correlatas ¢ outros cidadéos poderdo, também, beneficiar-se desta obra, fai Universidade Federal de Vigosa Luiz Sérgio Saraiva Carlos Sigueyuki Sediyama [Nilda de Fétima Ferreira Soares Pré-Reltora de Extensio e Diretora da Biitora UFV Conselho Editorial ay Mi Pimentel Campos Pereira, Paulo (Associagée Brasileira de Editoras Universitérias) RUBENS LEITE VIANELLO Professor Aposentado da UFV DS. em Meteorologia, 1980 — INPE-SP P. Doc. em Meteorologia, 1987 —CNRM ~ Toulouse ~ Franga ALVES: ito da UFV 187 ~ Purdue University — BUA Ph. D. em Cigneias Atm: METEOROLOGIA BASICA E APLICACOES Editora UFV Universidade Federal de Vigosa 2000 © Rubens Leite Vianello ¢ Adil Rainier Alves F edigdo: 1991 reimpressio: 2000 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicago pode ser eproduzida sem a autorizagio escrita € prévia dos detentores do copyright. Impresso no Brasil Ficha catalogrifica preparada pela Segtto de Catalogacto e Classificagao da Biblioteca Central da UFV wrologia bisica e aplicagdes / Rubens Leite il Rainier Alves. ~ Vigosa : UFV, 2000, ISBN: 85-7269-073-5 Inclui bibliografia 1. Meteorologia. 2. Climatologia. I. Alves, Adil Rainier. I Titulo, CDD 19.ed. 551.5 CDD 204. 551.5 reimpressio e acabamento :a Universitiria da UFV ‘Universidade Federal de Vigosa 36751-000 Vigosa, MG, Brasil Tel, (31) 899-2220 E-maileditora@mail.ufy-br O primetro autor deste livro 0 oferece a sux esposa, Maria da Gloria, & a seus filhos, Silvana, Rosana, Marcelo e Marcos. O segundo autor o faz a seus pais fe Maria Abadia, a sua espasa, Antonina, € a seus filhos, Danilo e Diogo. «A esséncia do conhecimento cientifico € a sua aplicagao pratica.» Conticlo (51-479 aC) PROLOGO DA 1." EDICAO “Apesar dos grandes avangos tcnicos sleancados pelo homem, 0 seu bem-estar econémico ¢ social continua dependendo grandemente do clims, sendo bastante provavel que esta dependéncia continue no futuro. A de- pendéncia do homem 20 clima hnal do importante papel reservado A cigncia meteorol6gica. J em 1873 criou-se a Organizacdo Meteoroldgica Intemacional, com 0 propésito de res, ocorra o treinamento de pessoal capacitado para essa tarefa cientfica © para a aplcagio dos novos conkesimentosgerados. destina 8 formaci cigncia meteorols fs, ecdlogos © ni seus respectivos cam lima agricultura, vis tecnistas, em clima de stuacSo: agrénomos € fitotecnistas, nas relacdes rodeo e da produtividade; z00- imrigacso, zoneamentos florest ‘ros iro encontrar no present suas atividades: engenheiros tas, oceandgrafos etc. , engenheiros ambientais,fisicos, acronau- ccertamente, para motivar o leitor, levando-o a admirar e respeitar ainda mais ja fascinante, que desafia a curiosidade humana desde os tempos {ra importante proposta deste livro-texto 6 0 preenchimento de uma |. Em plena era tecnoldgica, em que a meteoro- lacuna imperdodvet no Togia utiliza, nos princi cas publicadas na’ prépria lingua. A meteorologia te. Nio hd, sequer, um tinico texto em Meteorol ‘gua portuguesa, com as caracterfsticas deste. ral de Vigosa, em especial dos professores Hélio Alves Vieira e José Eduar- do Prates, além do constante incentive por parte dos professores Dirceu Tei- xeira Coelho, Gilberto C. Sediyama, José Maria Nogueira da Costa © Laz Ciéudio Costa, As imperfeic6es apontadas pelos colegas © até mesmo pelos estudantes bem aceitas, com 0 propésito de aperfeicaar o texto em suas Os préprios autores sentem que a obra completa: 2s sua aplicagdo e para seu melhoramento sic. incontéveis. ‘Mas urge que o texto venha a piblico, expondo-se & ct Vigosa, novembro de 1991. Os autores: SUMARIO, CAPITULO 1 ‘© MUNDO EM QUE VIVEMoS CONSIDERAGOES COSMOLG: O SOL E 0 SISTEMA SOLAR EXERCICIOS PROPOSTOS BIBLIOGRAFIA CAPITULO 2 ‘TERMODINAMICA E ESTATICA DA ATMOSFERA INTRODUCAO VARIAVEIS DE ESTAD( As Varidveis de Estado EQUACAO DE ESTADO DOS EQUAGAO DE ESTADO PARA O VAPOR D'AGUA, PARA O AR SECO, E PARA © AR UMIDO .. VAPOR D'AGUA NA ATMOSFER; Pressio de Saturacio do Vapor D’égui Pressio Real de Vapor D'égua . Quantificacao da Umidade Atmost ‘Temperatura do Ponto de Orvalho 0 Céleulo da Umidade Atmostérica eu Pips! RICO PROCESSOS ADIABATICOS ‘Temperatura Potencial Raziio Adiabitica Seca 28ss ggessen Razio Adiabética Saturada DIAGRAMAS TERMODINAMICOS Diagrama Skew T-log P .. Nivel de Condensagio por Elev ESTABILIDADE ATMOSFERICA VARIACOES DA TEMPERATURA, DA UMIDADE RELATIVA E DA PRESSAO ATMOSFERICA ‘Temperatura do Solo. ‘Temperatura do Ar Pressio Atmosférica EXERCICIOS PROPOS BIBLIOGRAFIA ... CAPITULO 3 RADIACAO SOLAR E TERRESTRE. RELACOES ASTRONOMICAS ENTRE © SOL EA TERRA Sistemas de Coordenadas Celestes As Estag6es do Ano... © Triangulo Astrondmic: RADIAGAO ELETROMAC spectro de Beer-Bouguer-Lambert IRRADIANCIA SOLAR NO TOPO DA ATM ESTIMATIVA DA RADIACAO SOLAR QI PERFICIE DA TERRA Espalhamento da Radia BALANCO DE ENERGIA Balango de Radiagto & Superficie do Balango de Energia do Sistema Terra: EXERCICIOS PROPOSTOS . BIBLIOGRAFIA CAPITULO 4 MOVIMENTOS ATMOSFERICOS: ASPECTOS FISICOS E OBSERVACOES INTRODUGAO ... REVISAO DE ALGUNS Velocidade Angular EQUACAO DA. DIFICULDADES NA SOLUCAO DAS EQUAGOES VENTOS OBSERVADOS ‘Sistemas de Ventos Locals Sistemas Globais de Ventos ‘Medigdies e Variagées dos Vei QUESTOES E EXERCICIOS PROPOSTOS BIBLIOGRAFIA CAPITULO 5 PRINCIPAIS TECNICAS USADAS NOS ESTUDOS DIAGNOSTICOS E PROGNOSTICOS DO TEMPO MYTRODUCAO satneace cect same siles wast «2 iea0e SISTEMA DE OBSERVACOES METEOROLOGICAS, ORIGEM E ESTRUTURA DA ORGANIZACAO_ Sistema Mundial de Observagdes CAPETULO 6 PRINCIPAIS FENOMENOS ATMOSFERICOS INTRODUCAO ... ‘TEMPESTADES LOCAIS SEVERAS CLASSIFICAGAO DE THORNTHWAITE Balango Hfdrico Proposto por Thomthwaite em Balango Hidrico Proposto por Thornthwaite ¢ Mather em 1955 OUTROS METODOS PAR: PIRACAOQ..-.eeeeeees EXERCICIO PROPOSTO. Classificagdo de Gaussen DINAMICA NA AMERICA DO SUL, CAPITULO © MUNDO EM QUE VIVEMOS CONSIDERAGOES COSMOLOGICAS pelo homem abrange milhdes ¢ mi- 50 existem incontéveis galdxias - saves e part sroseépicas de pociras césmicas. © Sol nada mais € que nodestfssima estrela pertencente A classe especial G2, © que significa ‘que sua temperatura situa-se na média entre as mais altas © as mais baixas, ser superficie, da ordem de 6,000 K, enquanto préximo ao centro é \éxia, o Sol situa-se a uma ‘que nossa Galféxia tem uma estrutura espiralada. Atualmente, considera-se a nos trés bragos espirais, num dos quais se encontra 0 igo do Sol dentro da Via Léctea. ium perfodo de aproximadamente 220 mithoes de nos. Assim, © Sol esté girando em volta do centro galéctico # uma veloci- dade de cerca de 290 km $1. Representagéo Observada Representagéo dos Bragos Espirais (ALARSA, F. etal, 1982). 0 SOL E 0 SISTEMA SOLAR © Sol 6 a estrela que se encontra mais préxima da Terra. Seu diémetro & de aproximadamente 1.400.000 km, e, visto por um observador na Terra, su= Angulo de 33 minutos. A massa especifica do Sol é de 1,41 ¢ ‘A dimenso do Sol em relaco aos planetas do Sistema Solar pode ser vvisualizada na Figura 2, a seguir: puurao neruno O urano ° ou Terra vews @ MercuRio + Comperoedo entre os dimensées do Soi ¢ dor plonetos FIGURA 2 Comparagio entre as Dimensées do Sol ¢ dos Planetas do Sis- ema Solar (ALARSA, F. et al, 1982). De uma forma simplificada, pode-se con: ‘contra-se no estado gasoso. Entretanto, esses que a matéria esto a temperat clevadas que apresentam peculiaridades de tum outro estado da ma ‘nominado plasma. Por andlise espectrosedpica, constata- 0 principal constituinte, com cerca de 75% da matéria senta-se com 23%, sendo, portanto, @ segundo element restante corresponde a dezenas de outros elementos qusimi ‘A partir do centro do Sol, podem-se considerar as seguintes camadas: Niicleo, Zona Convectiva, Fotosfera, Camada Inversora, Cromosfera e Co- roa, como se vé esquematicamente na Figura 2. FIGURA 3 Estrutura Esquemética do Sol (ALARSA, F. er al, 1982). (© micleo € a regio mais interna, com um difmetro da ordem de 1,100,000 km, onde se concentra a maior parte da massa solar, com uma densidade da ordem de 135 ¢ cnr3. Sua temperatura & de aproximadamente 20,000.000°C. Em razo desta altssima temperatura e da fortfssima press (da ordem de 10° atmosferas), ali ocomem as reag6es termonucleares que transformam Hidrogénio em Fé ‘numa bomba H. ‘A Zona Conveotiva € responsdvel pelo transporte de energia do ntcleo até a “superficie” do Sol. formada de colunas de gases em movimento, sendo sua ra da ordem de 150.000 km. ‘A rexido visfvel do Sol € denominada Fotosfere, de onde provém a maior parte da energia radiante que chega & Terra. Sua espessura & de apro- ximadamente 300 km. Embora o Sol seja essencialmente um sistema gasos0, ‘a Fotosfera € tratada como a “superficie” do Sol, encontrando-se @ uma temperatura de aproximadamente 5.770 K. ‘A Camada Inversora a regio do Sol responsével pelo aparecimento, ‘no espectro solr, de raias escuras indicadoras dos elementos quimicos ali cexistentes. Sua espessura é da ordem de 2.500 km e sua temperatura é infe- sor 8 da Fotosfera, estando em tomo de 4.000°C. Alguns autores conside- ram a Camada Inversora como parte da Cromosfera. A Cromosfera & a camada de coloragio avermelhada, somente observada por meio de instrumentos especiais ou por ocasiso de eclipses totais do Sol. Sua temperatura aumenta gradativamente, desde a Camada Tnversora, atin- ‘gindo 50.000°C. Sua espessura é estimada entre 6.000 ¢ 15.000 km. ‘A camada mais extema é a Coroa. Sua extensSo nifo pode ser determina dda com precisio, por ser muito variével e dependente da atividade solar. ‘Acredita-se que se estende até atinge valores da ordem de 1.000. pode ser observada durante eclipses totais ou com 0 uso de aparethos deno- ‘minados coronsgrafos. circundam, sendo, por isso, menos Iuminosas. As dimensées das Manchas variam entre 1,500 © 150.000 km e as temperaturas da parte central, mais es cara (umbra), variam entre 2.500 e 4.500°C. A penumbra, regio externa da Mancha, que citcunda a umbra, possui temperaturas intermedisrias entre a lumbra © as demais regides da Fotosfera. Mediante o estido das Manchas, foi ossfvel conhecer a variagio da velocidade de rotagéo do Sol. © Equador ‘Solar gira com um perfodo de rotacéo de 25 dias, enquanto nas tesiGes pola- es 0 periodo € do 32 dias, Os Griios siio formagées observadas na Fotosfers, possuinde gumas dezenas de minutos de duraclo. Tais formagdes so os topos das co- lunas de matéria ascendente da Zona Convectivae possuem dimensdes ene 200 1.500 km, aproximadamente, As Féculas sio regides da Fotosfera com temperaturas acima daquelas ‘encontradas usualmente na superficie solar. Sto, por isso, mais luminosas e. em geral, surgem antes das Manchas Solares. Os Esp(culos so formacées que ocorrem na Cromos As Protuberincias ocotrem nas camadas superi (Cromosfera © Coroa). Séo colunas de gases “mais, cundante © 80 ‘almo". O nifmero de manchas sola- solar. Quando ocorre Sol Ativo, , de Faculas e de outras atividades tinge 0 valor maximo. Nessas ocasies & comum ocorrérem grandes ex- plosées na Cromosfera e Coroa, com consegiiente liberacio de grandes quantidades de energia © emanacio, pratic témicas, principalmente prétons e elétrons. inte em algumas ativida- Existem pesquisas que com as variagées das chu- ‘vas & superficie da Terra. A Figura 5 mostra as varingées do niimero de Manchas Solares observadas de 1730 a 1972, evidenciando-se uma periodi- cidade de aproximadamente 11 anos. Em comparacéo com as dimensGes do Universo, nossa Galéxia possui dimens6es insignificantes © o Sol nada 6 além de uma modestissima estrela, FIGURA 4 Variagio da Forma da Coroa com a Intensidade Solar (ALAR- SA, F. eral, 1982). FIGURA 5 Atividade Solar Evidenciada pelo Numero de Manchas (LIOU, KN, 1980). 3. Entretanto, relativamente a0 senso quantitative do 1,989 x 1027 toneladas. Em conseqiléncia dessa “enorme” massa, 0 Sol nal de grande intensidade, o que justifica sua ‘Sistema planetério no qual estamos contidos: 0 Si esse Sistema conhece-se, atualmente, a ¢' ccujas principais caracterfsticas encontram-se na Tabel (Os planetas gimm em torno do Sol, como se vé na Figura 6. dos Planetas do Sistena Solar (ALARA, F. et al, 1962) Marte Jlpiter Satueno Urano Pianeta 30,44 50,06 266,80 248,40 54.01 246 0,056 0,047 0,009 0,003 Excentrleidade Massa (Torra = 1) bianotvo equatorial (Terra = 1) 1,55 Nensidade Gibitos dos olanetas mesirando suas vosio¥es om 10 de margo de 1982 fostrando suas Posigées em 10/03/82 ). FIGURA 6 Grbitas dos PI (ALARSA, F. A TERRA A Tetra & o terceiro planeta do Sistema Solar por ordem de distancia 20 trando-se a cerca de 150 milhées de quilémetros daquela estrela. ‘as teorias existentes para explicar a origem da Terra, mas nenhu- ‘viride das dificaldades de se conhecerem as condigées de sua formagio. Em goral, as teorias concordam que a Terra deve ter-se originado aproximada- ‘mente na mesma épaca de formago do Sol e dos demais planetas do Sistema Solar, hé cerca de 5 bihées de anos, por meio da condensagio do gas e da poeira interestelar existente dentro alia. ‘Através de investigng6es reali _geofisicos € gaslogos, a estra- tura e a constituigéo da Terra sto Imente bem conhecidas. Esquema- ticamente, pode-se considerar a Terra dividida em quatro regiGes principals: ‘0 Nicleo, 0 Manto, a Crosta e a Atmosfera, conforme demonstra a Figura 7. (© Niicleo é a parte mais intema da Terra. Os conhecimentos acerca do riicleo (e do manto) sao obtidos principalmente através da Sismologia. Ape- sar da existéncia de muitos estudos, ainda nfo se possuem conclusées defini tivas com relacéo 20 estado em que se encontra o nifeleo, As iftimas eviden- ‘cias fazem supor que haja um ntfcleo extemo com aproximadamente 2.000 FIGURA 7 A Bstrutura da Terra (ALARSA F. et al, 1982). km de espessura, que se encontra em estado Iiquido, ¢ um niiclea interno integrantes da Crosta Terrestre. ‘A camada mais extema da Terra € a A\ inicia-se junto & Crosta, onde sua densidade é méxima e vai ‘vez menor & medida que se afasta do solo, até, finalment atmosfera esté confinada nos primeiros 20 km e 99,9% nos primeiros 50 km. ‘Acima de 100 km de altitude existe apenas cerca de um milionésimo da mas- 2 a total da atmosfera, ¢ acima de 1.000 km uma fragto de apenas 10°13 de ‘sua massa total. Diferentes regides podem ser definidas, tendo-se em vista as diferentes propriedades fisicas © quiiicas da atmosfera. A maioria dos fendmenos de interesse meteoroldgico, entretanto, ocorre na baixa stmosfera, uma camada denominada Troposfera, que compreende cerca de 75% da ‘massa total da atmosfera. ‘Algumas caracterfsticas fisieas e geométricas da Terra so mostradas na Tabela 2, a seguir: ‘A ATMOSFERA TERRESTRE A constituiglo da atmosfera € massas Ifquidas © elementos gasosos peculiares, Somente em circunstincias es} pmo ocorTe nas reae6es fotoquimicas; de res ‘mistaras mecdinicas. Os gases rarefeitos da temperaturas, caracterizam outro estado da matéria ~0 plasma, concentande quantidades extraordindrias de energin ~ verdadeiro (08 fisicos que se dedicam 0 estudo desse a 1s da atmosfera sho tio complexas que cer sui simulé-la fiekmente em laboratério. Mesmo dispondo de razodvel acervo cientffico acerca dos fenémenos atmosféricos e de uma tec~ nologia bastante sofisticada — satélites meteorolégicos, computadores ¢ tele ‘comunicagées ~, 05 cientistas no conseguem ainda equacionar, desejavel- josfera. As condig6es de con- generis": particulas sétidas, complexo 0 fechamento des modelos fisico-matemst putadores ainda esto muito aguém das necessidades meteoroldgicas, obri- fgando os pesquisadores a simplificar as equacses diferenciais que regem 0 ‘comportamento da atmosfera. A enorme variacdo das escalas espaciais € temporais dos fendmenos meteorol6gicos — desde segundos até milhares de anos de duragio: desde centimetros até dezenas de quilémetros de escala es- pacial — complica ainda mais os estudos meteorolégicos. Uma outra grande dificuldade na modelagem ica se refere A composicfo do ar atmosfé- rico: a presenca de todos os estados da matéria, as mudancas de fase, as iferentes re- Leg ia (EIR). Fisicas © Geonétricas da Terra (VAREJAO-SILVA, M.A. CEBALLOS, 1382) de Internacional de Refer TABELA 2 ~ CaracterSsticas COMPOSIGAO DA ATMOSFERA entre todas as camadas que constituem a Terra, a atmosfera 4 a mais 333 35 F528 : : ener seamen 000,000 oe eres menor ca assed pan 9 3a2 0 33 GS5S fh To a oe denldae, mesmo oo nivel do a, onde € min clea 6 Bes 088 2885 3 ORE 2s Te aan de deride ds rochas, Cement 9 composite Be esee g 25 ‘da atmosfera tem variado desde sua origem, embor nfo seja facil de © eae a aot tancanente Je gases na tinorfes pelos valeses, 0 Tong0 do =F ] . tempo geoldgico, fornece subsidios que sustentam sua variabilidade. ” "Atualmente, a maior parte da massa atmosférica é constitufda de um re- oo Seer ior evsta i grande mimeo de cons tuintes ocupande relativamente um diminuto volume. Existe, na atmosfera, ferupo de gases com concentracdes aproximadamente consta ide 90 kin de altitude). S40 os chamados gases “permanentes”” ott sidveis", Os demais, que no apresentam concentragéo fixa, so denomi= hhados gases “variéveis"”. A Tabela 3 mostra os mais importantes componen- tes “niko-varigveis"” e a Tabela 4, os “varigveis”. TABELA 3 - Constituintes "Ndo-varidveis" do Ar Atnosféric Be CFLEAGLE © BUsINGER, 1960) coe Gone ituinte Coneetdo (+ por volume) ae Es Nitroginio ~ ¥ 78,088 ae a3 Oxigenio - 20,948 ee Arginio =A 0.934 ea ees NeGnio = Ne Lian x 10° eneee Wille + He sia x 10-4 ee etano —- Gly ax a0 : E Beeuae cripténto - Kr had x 1074 ie a gagtce sikdeognio - Ul, 015 x 107 cet cages et Kenéalo- x6 voe? x 10° | ge 08a eegtecedee see Epeeet eee PEERS ES Eo sen 8 BE 4 ~ Consestuinee: Si a8": Siesgege gee o"busiicEn, ap CSEESG2 1) | igggesS bcd 3 323 Constieuintes Conteddo (i per volune) Reggae Sess: : giedeSazee, 6838 ada oe seagessie# i? SSig33425 33028 Didxido de carbono = 0,033 gasucee y peragepersaese ace os f SSESSEES GEEEREGSSSESSS S38 ee ees ce v z Sxido de nitroginio - x0, 0 0,000002 . Lips Para fins metcoroldgicos, portm, & importante saber o que ocorr na ‘Troposfera, qe € primeira canada da atoafr one ocome mmr doe fendmenos metcorolégicos. Em termos de composts 3 le composicfo quimica, a Tabela $ apresenta uma detalhada relacéo dos componentes troposfricos do ais A predominincia de N> © Oe a presenca dos gases ineves Ar. Ne, He, Kr Xe so consideratas restarts de una seqiéncia evlucondia na stefe- rm He gases possiem “tempo de residéncia” extremamente longo, sendo_ 106 anos Para He, o mais curto dentre os sete, Em contras 1 iso, odor os demas ests da Taba 5pateipam de kos quien ret vamenterépidos e tm tempo de residencia m atmosfera da ordem amet ips rmosfera ds ordem de poueas ” {As particulas presentes na atmosfera apresentam raio variando de 10°3 a ais de 10% ua O termo “aerosol” 6 usualmente reservado para partfculas ‘cam gua ou gelo. Ox aeroscis so importantes na atmos- ‘de condensacéo e de cristalizacto, como absorvedores ¢ iagdo e também como paricipantes de vérios ciclos qui- micos. ‘Alguns constituintes da atmosfera desempenham papel pec ‘condo consideragées adicionals. O vapor d’agua é um exemplo, por ser matéria-prima na formacéo das nuvens mas também como vefculo pas tno transporte de calor na atmosfera, conduzindo-o sob a forma latente ¢ li- berando-o como calor sensivel. Tanto vertical quanto horizontal tmnsporte 6 de importincia capital no tempo meteorol6gico. ‘atua como agente termorregulador, em virtude do “efeito estu ‘ransparente que € 2 radiaglo de onda curta e absorvedor eficiente dingo infravermetha. ido de carbono, por sua ve7, embora presente em peque porcées, desempenha, também, a exemplo do vapor d'égua, o papel de ter~ norregulador, sendo absorvedor eficiente de radiacio de ondas longas. A crescente emissio de CO2 para a atmosfera, em razio do uso generalizado de combustfveis {6sseis, representa uma preacupac: Teme-se que o aumento de CO? na atmosfera posta c bastante reduzida, podendo, entretanto, -ntada na prosenga de atividades industriais e com a queima de com- is. Neste ca%o, é considerado poluente, em virtude de seu po- ssatide animal. Suas tude, como se vé na Figura 8. Embora em termos quantitativos © ez6nio ndo ocupe uma posigio de destaque, esse elemento desempenha um relevante papel parg os seres vivos. Ele absorve madiagio ultravioleta na faixa de 2.400 a 3.200 &, impedi morte de organismos unice superficiais de plantas © nts com a intenaldade de radio nna faixa entre 2.900 a 3.200 (0 ozénio derempenha também um importante papel no aquecimento da riores (50 2 100 km). E 37] chove: $ yol_ + reastade do mode 25°F = covervacoés-ot. médias 20 FIGURA 8 Concentragées Médias Globais de Oz6nio, das por Foguetes nas Latitudes Médias 1975). A Teoria Fotoqufmica de Chapman (1930) tem sido utilizada para expli- car os mecanismos de formacdo, destruicio e absorgdo de energia no ciclo do oz6nio. Séo quatro as reacées mais importantes, 01 seo: ott Ge 2th - 0+ 0 ay Esta equagio, denominads fotodissociacio do oxigénio, ocorre a uma al- titude aproximada de 50 km, onde a radiacio ultravioleta quase toda ab- sorvida e a temperatura atinge cerca de 280 K. O+0,+M + oO, +m reagio 2 Reago que ocorre principalmente entre 15 © 30 km, e exige a presenca de oxigénio atémico, liberado na primeira resco. A temperatura nessa ca- ‘mada € da ordem de 220 K. M é um catalizador (uma molécula néo-reativa). © oz6nio formado tem um tempo de vida muito curto durante o dia, em raziio {da fotodissociacdo que ocorre a seguir ©. 03 + hy Q < 11,000 8) + 0, +0 reacio 3 Esta reaclo representa a fotodissox ozbnio. Em virtude da pre- senga suficiente de oxiggnio molecular 30 km, © oxigénio atémico berado nesta reacio pode voltar a combinsr com O3, formando 03, de acordo com a reagao 2. 0 +0, > 0, +0, janet ‘ozdinio numa seqlidncia de reagées do tipo: cl+0, + clo +0, clo +0 + cl +0, ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA {errestre possui uma estrutura vertical extremamente varié- \smeros aspectos: composicdo, temperatura, umidade, pressio, fins académicos, costuma-se dividir @ atmosfera em vé- isso, o que ocorre na superficie esté relacionado com as cam: Essa € a razdio porque os estudos meteorolégicos, tanto diagn presentadas na Figura 9 no Outras fontes poderso, eventualmente, apresentar divisdes e denominacbes diferentes; trata-se, portanto, de questo meramente académica. FIGURA 9 Estrutura Vertical da Atmostera Terrestre até 110 km de Altura (US.Navy Weather Research Facility). Troposfera Ea camada que se encontra em contato com a superficie da Terra. Atin- ‘ge uma altitude aproximada de 15-18 km no equador, ¢ de 6-8 km nos pélos, ‘endo sua espessura varidvel com as estagdes do ano. Corresponde ao invé= 08. mais iy ida principalmente pela absorcfo de radiagio de sntos de onda de 3 a 200 am) emitida pela superficie ‘4 qual, por sua vez, se aquece pela absorsao da radiagio solar (on- 1s — comprimentos de onda de 0,2 a3 um). Por esta razso, a superff- .olo & cansiderada como fonte de calor para a troposfera. Hé oc sides, em geral durante a noite, nas quais se observa 0 fenémeno denomina- INVERSAO TERMICA, invés de diminuir, a temperatura do cespessura da camada de inversso € dda superficie em relagio & camada de ar com a qual ests em contato. O fondmeno da inversso térmica resulta normalmente do resfriamento ieradiati- -vo do solo, isto a superficie do solo perde energia radiante para 0 espaco a uma taxa maior do que recsbe, caracterizando, assim, um saldo negativo de rdiacio & superficie. Tal fendmeno € observado de forma mais intensa du- ante as noites de e6u Timpo, e raramente durante 0 dia. ‘Uma ontra caracterfstica importante da Troposfera € 0 fato de que apro- da atmosfera e, praticamente, {odo 0 vapor «d'Ggua encontram-se e1 Tropopausa a regio de transigio entre a troposferae a estatesfea, Sua principal caractersticn é a isotermin, Nas latitudes médias, a temperatura da topapan- ‘sa varia de -50 a -55 °C, e sua espessura é da ordem de 3 km. Estratosfera Nesta camad, cujo limite superior encontra-se aproximadamente a 50 km de altitude, a temperatura cresce, atingindo, no topo, valores méximos ppréximos de 0°C. Esse comportamento € atribu(do & absorgéo da radiacio tltravioleta pelo ezénio, presente nesta regio. ‘Quanto aos movimentos atmosféricos, vale ressaltar que, nesta camada, fem razio de seu perfil estével de temperatura — “frio” por baixo, “quente”” por cima =, observa-se uma auséncia quase completa de movimentos verti- 2 Bseratopausa ssa 6 a regio de transicfo entre a estratosfera e a mesosfera, Caracteti- za-se, em relacéo & temperatura, pela isotermia (temperatura em tomo de 0°C) c, em relagéo & composicéo qutinica, por uma queda acentuada na con- centracdo de oxigénio molecular. Sua espossura média € de 3 a 5 km. Mesosfera Como a troposfera, esta camada & aquecida por baixo (pela comada de oz6nio). Portanto, a temperatura também decrescerd, neste caso, a de 3,5°C por quilémetro, atingindo, no topo da camada, 80 kim valor mais baixo de toda a ra, em média, 90°C negativos proporefo entre nitrogénio © o: seja considerada constante nesta ca- ‘mada, a presenca de moléculas torna-se cada vez mais rara, a partir da base, Sendo os elementos encontrados mais na forma monostémica. O vapor dé. gua © 0 COz praticamente jé no existem mais a partir dos 60 km aproxima- damente. Nessa regio, onde sfo observadas as auroras, predomina ‘ocorréncia de fons © particulas livres. Em raziio do perfil de temperatura semelhante a0 da troposfera, os mo= ‘Vimentos verticais, embora ténues, existem. Mesopausa Ea regio de transicfo entre a mesosfera e a termosfera. Como ss outras repides de transicfo, apresenta isotermia. Possui uma espessura iédia de 10 km, com limites entre 80 ¢ 90 kin, Termosfera ‘A partir de 90 km de altitude, a termosiera estende-se por centenas de quildmetros em directo a0 sendo seu limite superior considerado como © “topo da atmost a horétio. Nos primeiros 50 km da tenmosfera encontra-se uma camada com pro- priedades peculiares, a ionosfera. Pela agio fotoqusimica da radiagao solar de baixos comprimentos de onda, a ionosfera apresenta considersvel quantidade de tomos ¢ moléculas ionizados, bem como os correspondentes elétrons li- ‘res, 0 que the confere a propriedade de refleir eficientemente as ondas de ridio. ‘A Tabela 6 mostra os valores de alguns parimetros atmosté latitudes médias, baseados na Atmosfera-Padrio dos Estados Unidos TABELA 6 de 0 até 600 kn de Altura raw cata ‘Tropostera Estratosfera soo COMPARAGAO ENTRE A ATMOSFERA TERRESTRE E OUTRAS ATMOSFERAS PLANETARIAS {errestre, 0 estudo comparativo das atmos- feras planetérias fornece sut vvaliosos para melhor entendimento da at- mosfera da Terra, Por meio da comparacéo de observagses colhidas de vf- ios planetas, adquirem-se novas idéias sobre a maneira pela qual os movie mentos atmos do planeta, da distincia em relaco ao Sol e da composicao da atmosfera. ‘O envio de espaconaves aparethadas para observar os planetas de perto e to de instrumentos cada vez mais aperfeicoados para as obser surgi es astronémicas tém concorrido para progressos considerdveis acerca vagées das atmosferas planetérias. Far-se-& aqui uma andlise comparativa bastante Superficial, deisando no lilo aaefa de realizar estos mal profundos © wh commen te ton, in sie agent te gall qpal'c paca a va smbstes fora icahonre frmados, Fl pha como Mure e Véous, Zora tim oma bao fic bem nfs, ex tacerizada pola brusca area massa gases, que comp6e a atno®- fea, ea parte aida da super, sobre a qual atosiera repos. Por ov- u {0 lado, mio ba limit planctas exteriores — bsicos claramente definidos para as atmosferas dos tmosteras desses planetas, referir-se-4 3s regi entre a atmosfera ¢ 0 resto do planeta. Na Ter ‘oceanos complica um pouco, em conseqiiéncia da contfnua t —,—) (8,808 5) (0,78 m) 108 om? an N P+ 101825 —5 + 101325 Pa. No Sistema CGS a pressio seré: 3 om P = pgn = (13,598 —g) (980,58 5) (76 em) om 8 dyn P= 1,01325 « 108 = en’ — Em milibars, sabendo-se que 1 mb = 103 dyn/em?, a pressfo seré de 1013,25 mb. [Em Meteorologia, o milibar € a unidade mais usada. Entretanto, para se abalhar n0 Sistema Internacional de Unidades, sugere-se que se substitua 0 lar pelo seu equivalenteno SI, que € 0 hectopascal (hPa). 5 hPa 6 considerade a pressso ‘pressdo varia nas tés di- E bom destacar que a pressio de atmosférica média ao afvel do mar. Ni mensées espaciais e no tempo. Os locai conhecidos como CENTROS DE BAIXA PRESSAO. Tais centros sio ca tacterizados por movimentos ascendentes do ar, que normalmente se encon- tra mais aquecido, e, por conseguinte, menos denso. Por outro lado, 0s locais de valores supetiores de pressio so chamados de CENTROS DE ALTA PRESSAO, onde normalmente predomina o ar frio que, por sua vez, € mais ddenso e tende a descer. Essas variagdes espaciais e temporais da pressfio atmosférica refletirio ‘as mudangas do tempo meteorol6gico, como serd visto posteriormente. LELDE BOYLE Esta lei resultou de experimentos realizados pelo fisico irlandés Boyle, no século XVII, ¢ estabelece que: “’Numa transformacéo Isotérmica (tempe- sanstante), a presséo eo volume de um gs sio inversamente propor- =... = constante (2.5) P,&, = Pa &> =... = constante (2.8) Rospoctivas Conversiex TABELA 10 - Untdadas de Prossio © j on é pelisri, 2 8 2 sende: Pee Gi a engi | oat a aoe P = pressio, oo V = volume, oS] oe we . s oe © ‘a = volume especffico do gas (volume por unidade de massa), fo3 = 3 Graficamente,a lei de Boyle pode ser representada conforme demonstra a Figura 11. * ee 2 P| = E A Tes = e gues -~ $ 4 = 7? | Saigeols . FIGURA 11 Lei de Boyle (Transformasio Isotérmica). S a £ LEIS DE CHARLES — GAY LUSSAC é a: ee ee : 0 fisico francés Charles, no século XVEIL, determinou experimentalmen- \e/ 3 a Sete ae was rl Calin e a 8 | 33 Constante), © pressio ¢ temperatura (nas transformacées a volume constan- 4 | #3e tc), Suns conclusses foram contirmadas cerca de duns décadas mais tarde pe- iy To francés Goy Lassae, e sfo expressas pelas seguintes lei: “s 8 : oo sa 1) “Numa transformagao isobfrica (a pressio constante) * icp On baa fo. gee peratura absoluta de um g4s so diretamente proporcion eC 2 aes = ...'= constante (2.7) aa 4] god c+. = constante, 8 3 5 eee ee. | EG sendo a temperatura (T) expressa em graus Kelvin. Bl. Eira. 2b eg |e "A visualizacto grea da Tei de Charles ~ Gay Lussne, sobre a transfor ™ magio isobérica, € vista na Figura 12 (a eb). PB; a v / (Pi

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