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Sob o corao da noite

Sob o corao da noite


os mortos aprendem
a ser todas as coisas.
E o sol noturno
toca lgubre cano.
Harpas feitas com a carne
das aves agourentas.
Defuntas vozes
libertas do cho.

Ao descer-subir pelo vazio,


roar o avesso
da grama, da terra, do rio,
o esprito desiste da solido
de querer ser s.
Espraiado, o esprito sonha
sua inteireza. Cosmiciza-se.

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