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DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, ECONOMIA POLITICA DO MEIO AMBIENTE EA PROBLEMATICA ECOLOGICA DA AMAZONIA Maria Célia Nunes Coelho Este trabalho contrasta duias perspectivas tedricas.ou linhas de pensamento ecoldgico quesurgiram dos mavimentos sociais dosanos60 e70. Umac freqitentemente chamada de “ecodesenvolvimento” ou “desenval nto sustentivel” © a outra ~ecopolitica” ou “economia politica da met mei te".' Cada uma delas apresenta uina abordagem distinta das relayes ent volvimento econdmico ¢ meio ambiente. Com este trabalho pretende-se demonstfiir como estas duas corentes do Pensamento ecoldgico diferem cntre si, investiganda suas origens ¢ analisando conceitos e teorias nos quais elas se apdiam. Pretende-se ainda mostrar como a compreensdo baseada numa ou noutra perspectiva tedrica resulta em diferentes diregdes na andlise ¢ nas solugées da problematica ambiental, Finalmente, busca-se cam este (rabalho um arcabougo tedrico mais consistente 4 discussdo das questes conlemporaneas relativas as relagdes entre sociedade ¢ natureza na Amazinia. ORIGENS DIFERENCIADAS DAS DUAS PERSPECTIVAS Nao obstante recentes, cada uma das correntes analisadas associa-se a raizes histéricas diversas, Atris de cada uma delas hd um conjunto de idéias ¢ teorias diferenciadas, ainda que alguns autores (Schumacker) sirvam de inspiragdo aambas. Ecodesenvolvimenta ov Desenvolvimento Sustentivel O ecodesenvolvimento ou desenvolvimento sustentavel surge da exigéncia de ‘compatibilizar desenvolvimento com a ndo-agressda ao meio ambiente no final da 2 Ofato ds tomarmas as duascorrenteacitadassorns dias grandes inhas do pentamento ccoligico nlaimplica ignorarnem adiversidadesle facgdesno interior de cada wana delas nem a existinciadeoutras linhas. 382 sAmazénia « @ Crise da Moderizagaa década de 60.? Busca-secom esta abordagem acrescentara condicao de sustentabilidade, entendida como aute-manutencdo, estabilidade (equilibrio) ¢ durabilidade do descnvolvimento, pelo menos trés dimensées consideradas fundamentais, quais sejam, a social, a ecolégica ¢ a econdmica. As raizes historicas desta corrente encontram-se em diferentes vertentes do Pensamento econémico ¢ filoséfico que tém ¢m comum a busca permanente de equilibrio ecoldgico, Esta linha do pensamento é, principalmente, fortemente infuencinda pelo anarquismo, pelas idéiasde Malthus, pelos filésofos orientais, pelos defensores do atendimento as necessidades basicas da populagdo ¢ pelos critics das idéias de progresso dominantes no mundo ocidental. Entreos anarquistas destaca-sea inMluéncia do gedgrafo PeterKropotkin (1842- 1921) que - baseado nas idéias dos pensadores anarquistas, Proudhon (1803-1865) e Balcunin (1814-1876) - advoga a jusiica social ¢ a harmonia entre seres humanos e natureza. Destacam-se também as influéncias dos ideais de Ghandi (1869-1948), um anarquista pacifista, que defende uma transi¢o pacifica e harmoniosa de uma sociedade desigual para uma igualitaria.* A influéncia de Thomas Malthus (1766-1834) ¢ de seus seguidores, os neo- malthusianos, faz sentir-se principalmente no velho debate sobre as relagdes entre crescimento populacional e recursos, baseado no principio de que populagdondo pode exceder os recursos sem provocar fome ¢ doengas aos quais ¢ acrescentada contemporaneamente a deterioragdo da qualidade ambiental. Ao direcionar suas afengdeés para a finitude dos recursos naturais, os neg-malthusianos (como Garret Hardin, da Tragédia dos Comuns (1968) e Ethlich de Eco-catastrophe (1969) advogam que ¢ preciso controlar a populagdo ¢ conservar os recursos para que 0 equilibrio ndo seja rompido. Alguns dos mentores do ecodesenvolvimento ou desenvolvimento sustentavel criticam os valores, altitudes ¢ compoftamento ocidentais, buscando inspiragdes na andlise dos valores das culturas orientais, principamente do sul asidtico (culturas hindu, budistas e taoisia) que apregoama harmonia entre seres humanos ¢ a natureza, e dos seres humanos entre si. Este é exemplo de Schumacker (1973) coma economia 2 Edmuitacontravgenia quanto a primeize vex queos temas ecodesenvolvimento edesenvelvimento foram tilizados. Caldwell (1984:299) sugere quea origem do termodesenvolvimentosustentivelestivassociado saduas conferéncias realizsdasem 1968,ada"Biosfera”¢ ade “Os Aspectos Eoalégicos do Desenvolvimento Intemacional”” A primeirateve hugarém Parivea segunda ems Washington, DC O termaecodesenvolvimento, por sua vez, foi proposto por M. F. Strong, diretor executivo do Programa Ambiental das Nagdcs Unidas: (UNEP), no primeire eneontra do consetho sdministrativerealizads na Suign cra 1973, Depoia disso,o use, deste terme foi populasizado porlgnacy Sachs quesobre eleescreveu vArics artigoxe publicou livroscomo: Strategies de 1" écodeveloppment em 1980, Ecodesarrolio, Desarrollo sin Destrwcion em 1982, Ecodesemvolviménio « Crescér sem Destruigde em 1986, entre outros. = 3 Ao discurse anarquints, alim das iddias de jumtiga social e distribuigo igualitiris dos recursos, associ também a Gafase dada nesta corrente a temas ceric descentralizagii c plancjamenta participative, Desenvolvimento sustentével, economia politica io meio ombieuts ea problematicaecalégica 483 budista (Buddhist Economics), Alguns autores, nos quais os ecologistas tém buscado inspiragao, assumem inclusive uma postura mistica, como pode ser verificada, por exempla, ém Frijof Capra (1982) que fala em Tao ¢ Buda. Defensores da ecodesenvolyiments ou desenvolvimento sustentavel basciam seus pontes de vistas nas argumentagées dos economistas ¢ outros profissionais que criticam as idéias ocidentais do progresso ¢ desenvolvimento econdmico. Segundo Fritz Schumacker, em sua obra Surall is Beautifil de 1973, os valores moldam as economias, eas solugdes para as “crises” ambientais dependem de uma mudanga nos sistemas de valores ocidentais, A maior importincia atribuida ao trabalho de Schumacker (1973) bem coma ao de Dickinsop (1979), esté em sua proposta de reijeigdo da “dura” (hard) tecnologia (intensiva em capital) ¢ ao estimulo ao desenvolvimento de tecnologias alternativas (intensivas em trabalho). Qs criticos do modelo de desenvolvimento econémico ¢ do planejamento econémico baseados nas teorias liberais ¢ neo-liberais das décadas de 60 ¢ 70 acentuam a concentragdo de renda ¢ a miséria agravada nos paises perifericos, além da deterioragdo ambiental. As metas de colocagdo da populacde em primeira lugar & as prioridades aos pobres na frente de tudo sao expressas claramente nos tabalhosde Dasmann (1985) ¢ Chambers (1986). Assim, para as defensores do desenvolvimento sustentivel € necessirio voltar o planejamento para a satisfagio das necessidades basicas da populagio, redirecionando as prioridades para os pobres e para a ccologia A Gilosofia do determinismo associa-se a visdo malthusiana ¢ neo-malthusiana das relagSes entre seres humanos € natureza, resultando no desenvolvimento de uma abordagem deterministica dos ecossistemas. Tais influéncias aparecem claramente nos trabalhos como Limits of Growth (1972) ¢ o Blueprint for Survival (1972) Todavia, embora aceitem as idéias de que existem fortes barreiras naturais ao crescimento econdmico, os ecologistas ¢ planejadores encontraram no ecodesenvolvimento ou desenvolvimento sustentavel uma formula magica para rejeitarem as propostas do crescimento econdmico zero.’ Por fim, a criticismo da abordagem ecossistémica tem conduzido muitos autores (como Capra, 1982) a buscaremumaabordagem maisproxima da Teoria Geral dos Sistemas (Von Bertalanffy 1968) que contém uma visdo sintética, holistica das relagées entre seres humands ¢ natureza. H i 4 De acorde com Sachs (1982), o mais valiosn beneficio da Conferéncia de Estocolmoe dos trabalhos nels ‘inspirados foi a negas4o das posipSes dos defensores do desenvolvimenta baseado wo crescimento scandmico, de um lado, e dos defensoret do crescimento zero, de owtra. O resultado das propostas gcologisias de concifiar desenvolvimento e Ecologia foi x slaboragho de ums nova abotdagem do desenvalvimento odesenvolvimente econdmicasustentével ouccodcscnvelviment-umapolitica ema estratégiaque buseam o desenvolvimento sem destruiro equibrioambiental, a “ x n ica do meio amb en comum com @ ecodesenvolvimento ou desenvolvimenia sustentavel o rompimento como modelo linear de crescimento ¢ com as teorias de modemizagio aplicadas aos paises periféricos. Mas a economia politica do meio ambiente ¢ sabretudo uma reagio 4s andlises ndo-dialéticas, a-histéricas ¢ a-espaciais das relagSes entre seres humanos ¢ natureza, comumente encontrada nos trabalhos de ecologistas (com excegdo de alguns, como ¢ 0 caso de Barry Commoner). A ecopolitica ou economia politica do meio ambiente constitui uma linha de pensamento que emerge do reconhecimento da necessidadede integrara Preocupagao. ecoldgica @ economia politica baseada nas idéias de Marx e Engels, Parte-sc principalmente da idéia de natureza como a fonte primeira de todas os meios eobjetos de trabalho. Bascia-se também no fato de que 0 cardter unitario € insepardvel das relagdes da sociedade com a natureza acha-se presente em todos os trabalhos de Marx (Schmidt 1971 ¢ Smith e O'Keefe 1980:80). Todavia, critica-se o fato de Marx no ser ter preocupado com a problematica ecolégica (poluigio e outros) agravadas na Inglaterra pela expanso industrial Os ecopoliticos sdo também influenciados pelos trabalhos de Ruldof Bahro (1978), dosantropélogos que trabalhammo campo da ecologia cultural (especificamente, Geertz, 1963), e do ecologista Barry Commoner (1977). Também esta corrente sofre influéncias de Schumacker e Dickinson, na defesa das tecnologias alternativas eda pequena escala. ‘Yapa (1980), como geégrafo, contribuiu para a expansdo da ecopolitica ao the Acrescentar a preacupagdo com o espago geogrifico, entendido camo espago das relagGes entre sociedade ¢ natureza. Assim, para Yapa, a ecopolitica baseia-se nas implicagdes das forcas de produgao, nas relagdes de producao e nas relagdes de ‘consumo (categoria nfo considerada importante na época de Marx) que devem ser examinadas ¢m suas dimensSes sociais, ecolégicas ¢ espaciais. Em resumo, para Yapa, ecopolitica é um estudo das relagdes sociais, ecolégicas ¢ espaciais. Redclift clarificou as diferengas entre desenvolvimento sustentivel defendido por Sachs ¢ outros eo desenvolvimento sustentavel baseado nas idéias de Marx. Para Redclift (1984:5), d segunda diz respeito a uma aplicagio da economia politica que reconhece a especificidade histérica das formagdes sociais, mas busca explicar as variagées estruturais de acordo com um arcabougo tedrico interpretativo. «A abordagem ecopolitica ilustra como os processos econdmicos ¢ politicos determinam a maneira como os recursos naturais tem sido explorados nos paises ,Periféricos, considerados formagées sociais especificas na economia global, dada a -hatureza global da economia capitalista, Coerentemente, seus defensores concentram ©sforgos no ‘entendimento de que maneira as questées ambientais s4o socialmente Constrinidas sob o capitalismo’ Os impactos ambientais do desenvolvimento possuem Struturais com asrelabes desiguaisdesenvolvidas entrepaises centrais epaises eee esi an Bahk : & “i Desrwolvimento sustentével, aconcmia politica do meio ambiente e a problemitica eroligica “385 if Os ecopoliticos, entreeles (Yapa 1980) tomam emprestadoteorias de “economia politica mundial” (Wallerstein 1977) que explicam as origens do desenvolvimento da “economia-mundial européia”, ‘de “desenvolvimento do subdesenvalvimento” (Gunder Frank 1967; Santos 1967, 1970 ¢ Marini 1969, 1973) edo desenvolvimento dependente (Cardoso e Faletto 1979) que por sua vez tentam explicar 0 desenvolvimento nos paises periféricos. Entretanto, ao enfatizarem o peso da expansdo capitalista na definigdo de relagdes de dependéncia entre centroe periferias, tais teorias falham em ndo demonstrar o papel das elites dominantes nacionais e locais que sempre trabalharam para conectar seus interesses com aqueles do sistema internacional. O CONCEITO DE ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS: ANALISE COMPARATIVA. Na visio marxista classica, as recursos naturais so todos aqueles que sio de uso potencial para os seres humanos. Eles sdo socialmente determinados no sentido que seus valores so relacionados as tecnologias usadas para explori-los © 4 existéncia dapopulaga que os consome. Baseado nisto, os proponentesda ecopolitica 1ém eriticado muitos dos ecologistas do desenvolvimento sustentavel divulgadores do mito malthusiano de escassez de recursos naturais. De acordo com Perelman (1979), na época de Malthus 0 conceito de escassez era muito simples: era ele sindnimo de falta de comida (p.80), Perelman enfatizou que “o elemento comum a ambos, Malthus ¢ Ricardo, permanece intacto, entretanto escassez era representada como uma condi¢do natural da sociedade” (p.82), Perelman também frisou que "Marx nao tratou ¢scassez como uma categoria independente, mas em relacdo aos modos de pradugdo” (p.84). O papel dos recursos naturais precisa ser visto neste contexto. Pclo menos cm teoria, a solugdo da velha questo relacionada com populacao, recursos ¢ desenvolvimento pode ser alcan¢ada com o desenvolvimento cientifico e tecnolégico voltada para o encontro das necessidades sociais. Todavia, segundo os ecopoliticos, o problema se cncontra na fate de que, sab o capitalismo, tecnclogia é parte do mecanismo de produgiio, de sobre-lucro, endo tem como prioridadea solugao dos mais graves problemas da humanidade (fome ¢ falta de moradia). As duas correntes do pensamento ecolégico diferem entre si nas solugdes da problematica. Ainda influenciadospelo mito de escassezde recursos, muitos defensores do desenvolvimento sustentavel apresentam solugdesno sentido de regulara utilizagdo dos mesmos. Porém tais caminhos sdo criticadospor ndo contribuirem para mudangas de cariterestrutural. Os ecopoliticos, Pporsua vez, apresentam solugdesradicais. Ando perspectiva de mudaneas estruturais a curto prazo tem conduzido muitos a uma inoperincia. De um lado, os defeasares da eserulblticies sustentivel, imbuidos de uma filosofia malthusiana (mecanicista-deterministica); ¢ do outro, os ecopoliticos, impregnados de uma causalidade estrutural, tém trabalhado com conceitos de sas ‘ NSCAULON te Amarr fa # a Cruze da Modernizagio ‘evolugdo ¢ equilibrio aos quais se assaciam apenas 4s mudangas regulares. Falta-lhes, ‘entretanto, considerar também as mudangas ésiruturais causddas pelas evolugSes Tonge do Equilibrio, aos quais os sistemas complexas estifo sujeitos. E nesse seiitida que as relages complexascntre sociedade enatureza eo mito de escassez derecursos ‘tém que ser repensados. +i» We TEAST ‘CONCLUSOES: NOVOS CAMINHOS PARA SE PENSAR A AMAZONIA? As necessidades contemporineas de revisdo critica das teorias liberais, neo- liberais e marxistas de desenvolvimento sio evidentes diante de suas incapacidades de explicar realidades onde ag relacdes econdmicas, sociais, politicas, culturais ¢ ambientais se tomam cada vez mais complexas, Neste sentido, as correntes do Pensamento ecolégico tém que ser também objeto de rigorosos exames ¢rcexames se se quer entender a dindmica contida na complexidade e diversidade do mundo em permanente evolugao. A busca por uma abordagem teérica coerenteao examedas questdes ecolégicas da Amazénia requera compreensdodos problemas ambientais como parte fundamental de um processo social mais complexo profundamente influenciado pelo desenvolvimento cientifico-teeno légico, pela expansdo do sistema econdmico mundial ¢, a0 mesma tempo, pela cvolugdo dos sistemas continental, nacional ¢ local Uma das quest8es cruciais é saber se o desenvolvimento sustentavel e a economia politica do meioambiente constituem ou ndo uma nova visio demundo que tem resultado numa nova forma de pensar, e ou de fazer ciéncia, Embora tais Perspectivas tedricas ndo constituam em si mesmasnenhum novo paradigma, onovo aparece sob a forma de um esforgo de substituicdo do paradigma cartesiano poruma visdo holistica, sistémica e dindmica. Neste sentido uma outra questao importante é saber se e como os defensores de ambas as linhas de pensamento vém enfrentando anecessidade de revisdo de conccitos basicos (equilibrio, escassez de recursos etc) imposta pelas mudangas répidas do mundo, Ainda, a ambas perspectivas, coloca-s¢ a necessidade de incorporagiio dos avangos das ciéncias contemporaneas, dentre as. quais se ressallam a nog&o de Caos, associada a aleatoriedade e os estudos das mudangas irregulares como as cadticas__-' 1”. eee - "Em Stina, enquanto 6 desenvolvimento sustentivel baseia-se num conceito normative, a ¢conomiapolitica do meia ambienteapéia-senumarcabougo interpretativo, “histori -estrutural das relagoes entre sociedade e natureza, ainda longede apresentar ‘respostas ‘pati s desafios ecolégicos. Apesar de seus avangos individuais ‘enhuia delas'contém tim arcabotico coerente que findamente a investigagdo para . solugSes “As Velhas ‘¢ novas questées = que “apresentam hoje novos desafios ao Pidésen jo Sustentavel da Amazénia - as quaisas comanidadescientificas terdo pete Novas respostas. Por iltimo, a necessidade de se repensar hoje as questSes stasileira'e'especificainiehteaimazGnicas, precisa Sér considerada a fim de evitarmos Seotocags ea ol ges que se apdiam numa realidade ja ultrapassada pela rapidez com lecnologia éstdo avancando € Com que o mundo esta mudando. et Desermotvimento sustentin el, econo:nia politica do melo ambiente ¢ a problemdtica ecoldgica | 387 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BAHRO, R. 1978. L* Alternative. Paris: Stock. BAHRO, R. 1984. Fromm Red to Green. London: New Left Books. BRUNDTLAND REPORT. Our Common Future. Oxford. BURSZTYN, M. (org.). 1993. Para Pensar 0 Desenvolvimento Susteniavel. 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