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o que ns vemos das cousas so as cousas - Caeiro explica que as coisas so como

as vemos e nada mais para alm disso, pois querer ver para alm das coisas,
raciocinando, iludir-se.
O essencial saber ver, Saber ver sem estar a pensar - o essencial ter
conscincia de sentir(saber) sem raciocinar(pensar).
No 10 verso o poeta contempla-nos com a metfora Alma vestida em que o eu
potico lamenta o peso dos nossos ensinamentos e convices que, tal como uma
roupa vestida, protegem a nossa alma e impossibilitam a viso das coisas tal como
elas o so. Caeiro d nfase naturalidade e espontaneidade excluindo o excesso de
reflexo e pensamento. A roupa e tudo o que nos cobre os olhos e os sentidos, so
imposies culturais, filosficas e religiosas que nos impossibilitam de ver a
realidade como ela .
Nos trs ltimos versos, as estrelas e as flores so como que uma expresso de fuga
para a simplicidade da Natureza, aqui est implcito a simplicidade das coisas elas
so o que os olhos vem, so apenas elas mesmas
O paradoxo : uma aprendizagem de desaprender diz respeito libertao
peso da metafsica em que foi tradicionalmente formado. Trata-se de um novo
processo de aprendizagem que pressupe a libertao de todas as convices e
pensamentos adquiridos. Paradoxalmente, para aprender preciso abandonar as
formas e contedos pr-impostos e pr-concebidos, pensando menos para libertar-
se de tudo o que possa alterar a captao da realidade.

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