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Primérdios Com os dados hoje disponiveis. a primeira referéneia 4 uma Loja magdnica brasileira que se tem noticia teria sido em aguas teriforiais da Bahia, em 1797, em uma fragata francesa La Preneuse, denominada Cavaleiros da Luz, sendo pouco tempo depois transferida para a Barra, um baitro de Salvador. Contudo. a primeira Loja regular do Brasil foi a Reunio, fan- dada em 1801. no Rio de Janeiro, filiada ao Oriente da Ilha de Franca (Iie de France), antigo nome da Ilha Mauricio, & epoca possessao francesa e hoje britanica, Dois anos depois o Grande Oriente Lusitano, desejando propagar, no Brasil, a “verda- deira doutrina mag6nica”, nomeou para esse fim trés delegados, com plenos poderes para criar lojas regulares no Rio de Janeiro, filiadas aquele Grande Oriente, Criaram, entio, as Lojas Constineia ¢ Filantropia, as quais, junto com a Reunio, serviram de centro comum para to- dos os magons existentes no Rio de Janeiro, regulares e irregulares, tratando de iniciar outros, até ao gra de Mestre, Apesar de controvérsias a exigir maiores pesquisas nesta area, essas foram as primeiras Lojas oficiais e consideradas regulares, pois jai existiam, anteriormente, agrupamentos secretos, em moldes mais ou menos magénicos, funcionando mais como clubes, ou academias, mas que mio eram Lojas na acepeio da palava. Depois da fundagio daquelas trés primeiras Lojas “oficiais”, espalharam-se, nos pri= meiros anos do século XIX, Lojas nas provincias da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janei- 10, livres, ou sob os auspicios do Grande Oriente Lusitano e do da Fraga. Convém salientar que 05 govemos coloniais da época tinham instrugdes precisas para impedir o funcionamento de Lojas no Brasil. Tanto assim que aquelas Lojas ~ Consténcia e Filantropia — foram fecha- das em 1806 no Rio de Janeiro, cessando as atividades magonicas nesta cidade, mas continu ando ¢ se expandindo, principalmente na Bahia ¢ em Pemambuco. © Rio de Janeiro, conmdo, nto podia ficar sem uma Loja, ¢ apesar desta proibicdo os trabalhos prosseguiam com as Lo- jas Sao Jodo de Braganca e Beneficéncia, Um fato importante para a histéria do futuro Grande Oriente do Brasil foi que a Loja] Comércio ¢ Artes, fimdada em 1815, conservaram-se independente, adiando sua filiagao a0 Grande Oriente Lusitano, porque os seus membros pretendiam criar uma Obediéneia brasilei- 1a, Convém ainda salientar que no ano de 1817 ocorreram dois fatos de suma gravidade em termos de crime de lesa-majestade. Estouraram duas revolugdes: i) a Revoluefio Pernambuca- na de 1817, um movimento revolucionério, de carter fortemente nacionalista, feito no senti= do de implantar a Repitblica em Pemambuco: ¢ if) Conspiragao Liberal de Lisboa de 1817 liderada pelo nosso It. General Gomes Freire de Andrade, ex-Grio-Mestre do Grande Oriente Lusitano, Dado esse clima de sedigao, tanto em Portugal como no Brasil, houve a expedicao do draconiano alvari de 30 de margo de 1818, que proibia o flmeionamento das sociedades seeretas, As Lojas resolveram entiio cessar seus trabalhos, até que pudessem ser reabertas sem perigo. Os magons, todavia, contimuaram a trabalhar secretamente como no Clube da Resise téncia, fundado no Rio de Janeiro. Estoura a Revolugto Liberal do Porto em 1820, liderada pelos magons portugueses, exigindo a volta de D, Joo VI para Portugal. A partir de entdo os acontecimentos comesam a se precipitar. Também é desencadeada na Espanha a Revolugto de 1820. A vaga liberal (ma- ‘gOnica) comegava contestar 03 Estados Absolutistas da Peninsula Tbérica. No Brasil, 0 ano de 1821 comegou com uma série de acontecimentos politico-mititares que culminariam na Tnde- pendéncia do Brasil. Como naquela época inexistiam os partidos politicos, foi necesséria uma organizagao que coordenasse e mobilizasse 0 descontentamento politico e a Magonaria bra: leira emprestou sua organizacao para tal fim. Voltava, entao, a plena atividade. © primeiro fato foi a sedigao das tropas a 26 de fevereiro que impunham ao rei D. Joao ‘VI o juramento 4 Constituigtio portuguesa, 0 que provocou o inicio de intensa conspiragio, entre os quais muitos magons, visando a independéncia do Brasil. Os acontecimentos seguin- tes foram os de 20 ¢ 21 de abril, quando houve a sedigao dos eleitores, exigindo a permanén- cia do rei no Pais, o que provocon a pronta reagao das tropas portuguesa, que garantiram 0 embarque da familia real, Todos esses fatos atrairam a atengio policial contra os macons. 0 que no impediu, todavia, que a Loja Comércio e Artes voltassem a trabalhar secretamente, reerguendo suas colunas a 24 de junho de 1821, Agora com o nome de Loja Comércio € Ar tes na Idade do Ouro, sob os auspicios do Grande Oriente de Portugal, Brasil e Alearves. A afluéncia de adesdes foi to grande nos meses seguintes que logo se pensou em criar ‘uma Obediéneia nacional, 0 que aconteceria @ 17 de junho de 1822, com a subseqtiente divi- sto do “Comércio ¢ Artes”, formando o trio de Lojas findadoras do Grande Oriente, partir deste momento, a Magonatia brasileira deixava de ser um grupo heterogéneo de Lojas espar= sas ou ligadas a algumas Obediéncias Estrangeiras para se transformar em mais uma eéhila do sistema obedigueia mundial. © episédio do “Fico” - 9 de janeiro de 1822 - foi feito, no Rio de Janeiro, sob a lide- ranga dos magons José Joaquim da Rocha ¢ José Clemente Pereira e com a representagto de diversas provineias ao principe, prineipalmente a Provineia de Sio Paulo. cujo motor princi- pal era 0 Tr. José Bonifacio de Andrada e Silva, 0 fururo Patriarca da Independéncia, no senti- do de que desobedecesse aos decretos, permanecendo no Pais. Comegava, neste momento, 0 processo de aliciamento do Principe Regente — D. Pedro + que comecava a pereeber a forga do Grande Oriente, o qual continuaria, logo depois, quando ‘0s macons fluminenses, resolvia, a 13 de maio de 1822, outorgarmos-Hhe o titulo de Defensor Perpémo do Brasil, numa cartada politica a qual nao faltavam, porém., interesses das lideran- ‘sas, que pretendiam melhorar seu prestigio politico junto ao regente e até suplantar o respeito de que José Bonificio, jé entéo 0 ministro todo-poderoso das pastas do Reino e de Estrangei- 108, desfintava junto a ele, As escaramugas entre os grupos de Gongalves Ledo, de tendéncia ‘mais republicana ¢ de José Bonificio. de tendéncia mais mondrquica constitucional, ja come- avam a se propagar, © Apostolado e o Grande Oriente viriam a representar facgdes diferentes da Magona- ria brasileira, a primeira, sob a lideranga de José Bonificio, que teve papel importante na His- toria do Brasil, ¢ a segunda, sob a de Gongalves Ledo, com papel considerdvel na Histéria da Magonaria, ambas defendendo a emancipagio politica do Pais, mas sob formas diferentes de govemo ¢ maneiras diversas de encarar a questa. O grupo filo republicano de Ledo, Clemen- te Pereira, Francisco Nobrega € cénego Januari Barbosa defendia o rompimento total dos aos com a metrépole monérquica portuguesa ¢ um regime que o aproximasse mais daquele dos demais paises latino-americanos, que, paulatinamente, iam conseguindo sua independén- cia da Coroa espanhola. © grupo de Bonifacio, presente no Grande Oriente, mas encastelado principalmente no Apostolado, pregava a unio brasilico-Insa, ou seja, tima conmunidade Is0- brasileira de paises anténomos, que englobasse as colénias e nao admitisse a escravizacao dos negros ¢, mais tarde, a uniao do Brasil em tomo da figura imperial de D, Pedro 1, Crucial para entender o Zeitgeist da época so as Anotagdes & Biografia de Vasconcelos de Drummond, escritas pelo proprio. José Bonificio foi o primeiro Griio-Mestre do Grande Oriente, sendo, pouco depois, sucedido pelo proprio Imperador no griio-mestrado. Apés a Proclamagao da Independéncia por D, Pedro I em 7 de setembro de 1822, 0 mesmo resolveu fechar 0 Grande Oriente em 25 de outubro do mesmo ano, permanecendo adormecido até 1831. Trabalhos magénicos continuaram, contudo, a ser executados em lojas individuais. O proprio Imperador chegou a montar uma Loja no palécio. (Os macons depurados a Assembléia Nacional Constituinte continuaram atuando em forte oposigao ao Imperador que resolveu fechi-la e outorgar uma Constituigsio em 24 de margo de 1824 que durou todo o periodo imperial. Depois disso, 0 magom do Grande Oriente © 05 dos apéstolos, que tinham visto suas entidades serem fechadas pelo imperador. uniram-se contra ele, em um processo de solapamento do trono, 0 qual viria a culminar na abdicagio de 7 dz abril de 1831, apés a qual foi reinstalado 0 Grande Oriente. Movimento de nitida inspiragdo magénica, a Revolugto de 1824 teve, como um de seus prineipais lideres, 0 frei Caneca — Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca -, frade carmelita, magom e republicano, que ja havia sido um dos expoentes da Revoluao Pernam- bucana de 1817 que, entre dezembro de 1823 ¢ agosto de 1824, fez intensa pregacao repu- blicana em 29 mimetos do Typhis Pernambucano, jornal que publicou no Recife, desferindo campanha contra 0 imperador, desde a dissolucao da Constituinte e a imposigtio da Constitui- gio de 24 de fevereiro de 1824. Neste periodo regencial, as correntes politicas organizavam-se em diversos grupos. ‘razendo instabilidade ao regime: 0 grupo dos exaltados queria chegar, logo, a reptiblica € a0 federalismo: temendo esses excessos. os reacionsrios (chamados de restauradores, ou “cara~ ‘murus") desejavam a volta do imperador, enquanto se formava a corrente preponderante, a dos moderados, liderada pelo magom e jomalista Evaristo Ferreira da Veiza. Quando foi tomada a decisto de substituir a Reyéncia Trina pela Reyéncia Una, o Ir Feijé foi eleito, a 7 de abril de 1835, Regente do Império, com 2.828 votos, ante 2.251 dados a Holanda Cavalcanti, futuro Grio-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Assistia-se. mais uma vez, 0 etemo embate entre magons liberais e conservadores. Com 9 acirramento das lutas entre os restauradores, 0s exaltados 08 moderados, os regentes, no mais podendo suportar a pressao, retiraram. por decreto de 1833, José Bonificio da tutoria, apés o que ele foi preso € posto em sua casa, onde ficaria confinado, sendo Grio- Mestre do Grande Oriente do Brasil, cargo para o qual fora eleito a 6 de novembro de 1832. Embora confinado — ja ostentando o 33° gran, recebido a 5 de margo de 1833, do Supremo Consetho criado por Montezuma -. ele continuaria com a autoridade do cargo. Ainda durante esse periodo, teria inicio, em 1835, a Revolugto Farroupilha, movimen- to autonomista que se estenderia até 1845 e que, tendo sido liderado pelo magom Bento Gon- salves da Silva, teve entre os seus expoentes outros dois magons: David Canabarro e Giusep- pe Garibaldi, que iria posteriormente Intar pela unificagao italiana A 1° de janeiro de 1842 era dissolvida a Camara dos Deputados, ainda durante as ses- sdes preparatérias, o que enfureceu os liberais, ocasionando as revolugdes armadas de Minas Gerais ¢ de Sao Paulo, esta tltima chefiada, pelos magons padre Feijé e senador Vergueiro. A9 de setembro de 1850, sucedendo a Holanda Cavalcanti, tomava posse, como Grao-Mestre do Grande Oriente do Brasil, o entio visconde — depois marqués — de Abrantes, Miguel Cal- ‘mon du Pine Almeida, Em 1863, quando 0 Grande Oriente do Brasil, que fiancionava agora na Rua do Lavra dio e era conhecido dai por diante como Grande Oriente do Lavradio, livre das divisées, de pois de absorver o Grande Oriente do Passeio, preparava-se para um periodo de pujanga inter nna ¢ extema, eis que surge uma grave cisto, com o afastamento de cerca de 1.500 magons, ‘que, sob a lideranga de Ir. Joaquim Saldanha Marinho findou uma nova Obedigncia, a qual tomou o nome do local onde funcionava: Grande Oriente do Vale dos Beneditinos ou, sim- plesmente, Grande Oriente dos Beneditinos. No tocante ao movimento republicano, nfo foi menor a atuagao no periodo, ja que, como fiuto desse trabalho, era langado, a 3 de dezembro de 1870, o manifesto republicano. de inspirago magSnica, liderado por Saldanha Marinho ¢ redigido pelo também magom Quint no Bocaytva, fururo Grao-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ficava, assim, ctiado 0 Parti= do Republicano, que iria crescer extraordinariamente nos anos seguintes. Em 1870, como ministro dos Estrangeiros, no gabinete, do marqués de Haborai (Joa quim José Rodrigues Torres, que havia sido Grande Orador do Grande Oriente do Passeio), Paranhos havia assinado o tratado de paz com Assungao (Paraguai), o que the valen a nomea- ‘so para o Conselho de Estado ¢ 0 titulo de visconde do Rio Branco, Aletns dias antes de assumir 0 Grio-Mestrado do Grande Oriente do Brasil, ele se tornaria presidente a presidéncia do Consetho de Ministros, tendo seu Gabinete, sido o de mais longa duragio de toda a historia do Império. de 7 de margo de 1871 a 25 de julho de 1875, © mandato do visconde do Rio Branco no GOB representa um dos pontos altos da ‘Magonaria brasileira. A gestio de Rio Branco, a frente do Gabinete, foi das mais proficuas do Segundo Império. Do ponto de vista magSnico, entretanto, sta contribuigdo mais notavel foi a apresentagiio da lei aprovada a 28 de setembro de 1871, a qual declarava livres, dai em diante, as criangas nascidas de escravas e que passou 4 historia com © nome vulgar de Lei do Ventre Livre (embora tenha, legislativamente, sido denominada “Lei Visconde do Rio Branco”). Sob presto nfo so magéuica, mas também politica, por parte dos que viam, nessa lei, uma alter- nativa ao caos que representaria uma imediata ¢ extemporanea extingdo total da escravatura, Rio Branco, aproveitando a viagem do imperador ¢ da imperatriz Tereza Cristina a Europa, com a conseqtiente regéncia entregue a princesa Isabel, apresentow a lei, que levou seu nome. A campanha republicana, por seu lado, era incrementada pela Questo Militar, que, na verdade, consistitt em uma série de atritos, acontecidos entre 1883 ¢ 1889, entre politicos ¢ militares, causados pelo brio destes e pela inabilidade de politicos e ministros. Esses atritos iriam eriar uma atmosfera propicia para 0 levante militar final, em 1889, 0 qual resultaria na implantagao do regime republicano, sob a lideranga de magons militares como Manuel Deo doro da Fonseca e Benjamin Constant Botelho de Magalies. Apesar da intensa movimentagao, os velhos militares, com patente de major para cima, tinham grande respeito pelo imperador, que, durante a guerra do Paraguai, se mantivera firme a0 lado dos alvos nacionais da campanha sustentada pelas forgas armadas. Os postos inferio- es, entretanto, estavam preenchidos por jovens alunos das escolas militares, os quais, além de no experimentar sentimentos semelhantes aos dos oficiais mais antigos, estavam altamente doutrinados pelo professor de maior prestigio da Escola militar, aquele que viria, por sta atu- agdo, a ser cognominado “o pai da Republica”: o magom e positivista tenente-coronel Benja- min Constant, que fazia aberta apologia do movimento republicano e era um dos mais eatego- rizados criticos do governo imperial. Implantada a repiblica, Deodoro assumiria 0 poder. como chefe do Governo Provis6- rio, com um ministério totalmente constituido por magons: Quintino Bocayuva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do Interior; Benjamin Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da Justiga; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; ¢ Demé- trio Ribeiro, na da Agricutara, Esses homens foram escolhidos pelo fato de representarem — com excegao de Ruti Barbosa -, a nata dos “republicanos histéricos”, que, por feliz coincidén- cia, pertencia ao Grande Oriente do Brasil, em uma época em que a Magonaria abrigava os ‘melhores homens do Pafs ¢ a elite intelectual da nacao. A 19 de dezembro do mesmo ano de 1889, pouco mais de um més apés a implantagio da repiblica, Deodoro, sendo chefe do Governo Provisério, era eleito Griio-Mestre do Grande Oriente do Brasil. A partir desta data, a “matriz Benjamin Constant* positivista toma © poder no GOB. Durante o periodo da Replibliea Velha — 1889/1930 — assistir-se-4 a um changer de place na Presidéncia da Repiblica entre dois grupos magSnicos: a matriz positivista e militar de Benjamin Constant e 0 micleo civil ¢ liberal do Estado de Sao Paulo, O final desta época ‘culmina também com a grande cist do GOB de 1927, inicio do declinio institucional da Ma- ‘sonaria brasileira, que perdnra até os dias atuais. Antes de 1927 a historia da Maconaria estax va imbricada com a historia do Brasil, para nto dizer que eram a mesma, a partir de entao as duas se separam. A.24 de fevereito de 1891, 0 Congresso Constituinte aprovava e promulgava a primei- 18 Constituig#o da Repiblica, a qual instituiu o presidencialismo. o laicismo e 0 federalism. Dois dias depois, a assembleia elegia os govemantes definitivos, colocando, portanto. fim a0 Govemo Provisério, que marcara a etapa de transigao. Uma das chapas que se apresentaram & leigao tinha, como candidato a presidéncia, o marechal Deodoro, Grao-Mestre do Grande Oriente do Brasil, e, como candidato a vice-presidéncia, o também magom almirante Eduardo ‘Wandenkolk, enquanto a chapa de oposigto era encabegada pelo magom Prudente de Moraes tendo, como candidato a vice-presidente o marechal Floriano Peixoto. Deodoro venceu por estreita margem de votos (129 a 97). enquanto Floriano derrotava Wandenkolk. A partir de ‘entio a Marinha iria contestar o Exéreito que detinlia as rédeas da Repiblica. Terminado 0 govemno do Ir, Pradente de Morais, o poder permaneceria, pacificamente, nas maos das oligarquias rurais — como, de resto, ocorren até 1930 — com a eleieao do Ir ‘Campos Sales. expoente da Maconatia do Estado de Sao Paulo, cujo govemo foi caracteriza- do pelo grande realismo na politica econdmico-finaneeira do magom Joaquim Mustinho, mi- nistro da Fazenda, Em fevereiro de 1901, realizadas novas eleigdes, no Grande Oriente do Brasil, eta elei- to, para o cargo de Grio-Mestre, Quintino Bocaitiva, que no dia da Proclamagao da Repiblica, cavalgou ao lado do Mal. Deodoro, ¢ tendo como Adjunto Henrique Valadares, diseipulo na Escola Militar de Benjamim Constant. A matriz positivista mantinha 0 seu controle sobre 0 GOB. Anexo 1 Grao-Mestres do GOB © José Bonifficio de Andrada e Silva ~ Ministro - 1822 © D. Pedro I- Principe Regente e Imperador— 1822 ¢ José Bonifacio de Andrada e Silva — Ministro - 1831 a 1838 * Antonio Holanda Cavalcanti — Vise. de Albuquerque - 1838 a 1850 © Miguel Calmon du Pin 2 Almeida - Marqués de Abrantes - 1850 a 1863 ¢ Honordrio Luiz Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias - 1850 a 1863 ¢ Bento da Silva Lisboa - Barao de Caynt - 1863 a 1865 © Joaquim Marcelino de Brito — Sup.Tribunal de Justica - 1865 a 1870 © José Maria da Silva Paranhos - Visconde do Rio Branco - 1870 a 1880 ¢ Francisco José Cardoso Junior — Marechal - 1880 a 1885 * Luiz Antonio Vieira da Silva - Visconde Vieira da Silva - 1885 a 1889 * Jodo Baptista Gongalves Campos - Visconde de Jary - 1889 a 1890 Manoel Deodoro da Fonseca - Presidente do Brasil - 1890 a 1891 ¢ Antonio Joaquim de Macedo Soares — Conselheiro - 1891 a 1901 Quintino Becayuva - Ministro de Estado - 1901 a 1904 Lauro Nina Sodré ¢ Silva — General e Senador - 1904 a 1916 Interino Francisco Glicério de Cerqueira Leite — General - 1905 Verissimo José da Costa Jinior — Almirante - 1916 a 1917 Nilo Procépio Pecanha - Presidente da Repitblica - 1917 a 1919 Thomaz Cavalcanti de Albuquerque — General - 1919 a 1922 Mario de Carvalho Behring - Engenheiro e Jornalista - 1922 a 1925 Interino Bemardino de Almeida Senna Campos - 1925 Vicente Saraiva de Carvalho Neiva - Ministro do STF - 1925 a 1926 Joao Severiano da Fonseca Hermes - 1926 a 1927 Octavio Kelly - Ministro do STF - 1927 a 1933 José Maria Moreira Guimaraes — General - 1933 a 1940 Joaqnim Rodrigues Neves - 1940 a 1952 Benjamin de Almeida Sodré — Almirante - 1952 a 1954 Cyro Wemeck de Souza e Silva — Advogado - 1954 a 1963 Alvaro Palmeira — Professor - 1963 a 1968 Moacir Arbex Dinamarco — Médico - 1968 a 1973 Moacir Arbex Dinamarco — Médico - 1968 a 1973 Osmane Vieira dz Resende — Odontdlogo - 1973 a 1978 Osiris Teixeira — Senador - 1978 a 1983 Jair Assis Ribeiro - Empresario - 1983 a 1993 Francisco Murilo Pinto — Desembargador - 1993 a 2001 Laelso Rodrigues — Empresatio — 2001 a 2008 Marcos José da Silva — Funcionario Piblico — 2008 a 2013.

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