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PARECER/SAGES/COGES/SCI/N° 252/2009
Referência: Processo Administrativo N.º 31.941/2009.
Assunto: Tempo de Serviço. Médico Residente. Averbação. Revisão.
Aplicação da Lei n. 9784/1999. Entendimento do TCU, STJ e
STF sobre a matéria. Considerações.
Senhor Secretário,
4. É o relatório.
12. Nesse sentido, vale destacar o teor do voto proferido pela Ministra Eliana
Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, nos autos do Mandado de Segurança n° 9.112-DF
(2003/0100970-9), in litteris:
“Ora, até a Lei 9.784, a Administração podia rever seus atos, a qualquer
tempo (art. 114 da Lei 8.112/90). Ao advento da lei nova, que estabeleceu o
prazo de cinco anos, observadas as ressalvas do ato jurídico perfeito, do
direito adquirido e da coisa julgada (art. 5o, XXXVI, CF), a incidência é
contada dos cinco anos a partir de janeiro de 1999. Afinal, a lei veio para
normatizar o futuro e não o passado. Assim, quanto aos atos anteriores à
lei, o prazo decadencial de cinco anos tem por termo a quo a data da
vigência da lei, e não a data o ato.”
13. Pelo entendimento acima, sendo o ato pretérito à lei, o prazo decadencial,
considerando que o diploma legal teve vigência a partir de janeiro de 1999, teria se
exaurido em janeiro de 2004, não podendo mais a Administração revê-lo.
14. Porém, cumpre destacar que, na Decisão Plenária n° 1020/2000, o TCU veio
trazer o entendimento de que o referido dispositivo não tem aplicação obrigatória sobre os
processos de competência originária do Tribunal de Contas, definida pelo art. 71 da
Constituição Federal, in verbis:
15. Essa posição do TCU, no entanto, não vem sendo corroborada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), tendo prevalecido naquela Suprema Corte a tese da
segurança jurídica, conforme se observa no recente julgado que ora se transcreve:
MS n° 26405
Voto do Ministro Relator
“(...) as contas da ECT, atinentes aos períodos em que se verificaram as
respectivas movimentações de pessoal, foram apreciadas e aprovadas pela
Corte de Contas mais de 05 (cinco) anos antes do acórdão que as
anularam.
Tais ascensões funcionais são, pois, atos perfeitos, que já não podem ser
alcançados pela revisão do Tribunal de Contas, após o quinquênio legal
previsto na n° Lei 9784/99 (art. 54), por força da decadência, nem,
ademais, sem ofensa aos subprincípios da confiança e da segurança
jurídica, como em caso idênticos já vinha reconhecendo esta Corte, em
decisões monocráticas (MS 26.237, Rel. Min. Sepúlveda Pertence , DJ de
19/12/06; MS n° 26.393, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJ de 21/02/07, e MS n°
26.406, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 23/02/07), e agora, em data
recente, o decidiu o Plenário, por unanimidade, no julgamento do MS. n°
26.353 (Rel. Min. Marco Aurélio, DJ em 06/09/07)
Do exposto, concedo a segurança, para, tornando definitiva a liminar,
cassar os efeitos dos acórdãos n°s 108/2004, 1024/2004, 1082/2006
1597/2006 do TCU, confirmando a validez das ascensões funcionais dos
impetrantes.”
8.112/90. Dessa forma, os anuênios que foram deferidos em razão do tempo de residência
são indevidos.