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Torgao Esto capituly & deuicado ao estudo da torcao @ das tensoes e deformagSes que ela provoca. Na usina hidrelétrica mostrada aqui, as turbinas aplicam torques nos eixes verticais que giram os rotores dos geradores de energia elétrica. Fi.23 ermitird usando a lei de Hox submetido a um dado torque, supondo novamente que as de Fig. 35 Na Segdo 3.7, vocé estudar o projeto de eixos de transmissdo. Para poder projetar eixo em termos de sua velocidade de rotagio e da poténcia a ser transmitda As frmulas de torgio no podem ser usadas para determina prenderé a determinar as caracteristicas fisicas neces! cargas torgoras so aplicadas ou préximas a uma sega mudanga abrupta no didmetro do eixo. essas formulas aplicam-se somente dentro da regiéo eldstica do material levar em conta concentragdes de tenstes no didmetro do eixo. Nas Segdes 3.9 4 311, consideraremos tenses e deformacées em eixos circitlares feito de tim main: Fial dictil, quando 0 ponto de escoamento do material € ultrapassado, Voob entio a determinar as deformagdes plsticas permanentes 28 ten ois de ter sido carregado aléem do ponto de escoamento do material Nas tiltimas secdes dest pitulo, vocé estudari a torglio de elementos nit circulares (Segdo 3.12) e analisaré a distribuiglo de tenses em eixos nao circ Tares vazadas de paredes finas (Seco 3.13) 3.22. DISCUSSAO PRELIMINAR DAS TENSOES EM UMA, BARRA DE SEGAO CIRCULAR Considerando a barra de segdo circular AB submetida em A e B a torques iguais e opostos Te T’, cortamos a barra por um plano perpendicular ao seu cixo longitudinal cut alguin ponto arbitrarlo C (Fig. 3.4). © diagrama de com livre da parte BC da barra deve incluir as forgas de cisalhamento elementares df, Fig. 34 Perpendiculares ao raio da barra, que a parte AC aplica em BC quando a bara 6 torvida (Fig. 3.54). Mas as condigdes dle equilfirio para BC requerom que @ sistema dessas forgas elementares seja equivalente a um torque interno T, © oposto aT’ (Fig, 3.5b). Designando por p a distincia perpendicular da forga 44F 20 eixo da barra e supondo que a soma dos momentos das forcas de cisalhe mento dF em relagio ao eixo da barra seja igual em intensidade ao torque Tes Sear =1 ou, como dF = 7 dA, onde 7 € a tensio de cisalhamento no elemento de Sra aA, Solr dA) = T G0) Embora a relagiio obtida expresse uma importante condiedo que deve ser satisfeita pelas tenses de cisalhamento em uma sego transversal do eixo, el ndo nos informa como essas tensbes so distribuidas na sec%o transversal Fe in os —_—_ —_ 4 ccap.3 Toreac 127 srvamos, entiio, como jé 0 fizemos na Segdo 1.5, que a distribuigio real de -onsiderado na S ser determinada pelos m odos da estatica. No ais produzidas por uma forca nte distribuidas, verificamos depois trada axial eram uniformer que essa suposigiio era justfi exceto nas vizinhangas das forcas io circular eléstica seria incorreta, Devemos macdes produzida Isso Mais uma observagio deverd ser feita neste ponto. Conforme indicamo: Segio 1.12, a tensio de cisalh plano. Considere um pequ Fig. 3.6. Sabemos que 0 torq) mento niio pode ocorrer somente em um barra, como aquele mostrado na o barra produz tensdes de cisalhameni tudinal da barra. Mas as condigdes 2 requerem a existéncia de tensoes iguais ecpendiculares a0 eixo I uilfbrio diseutidas na Seg 1 nas faces formadas por dois planos conte ‘o eixo da barra, Pode ser demons do que essas tenses de cisalhamento realmente ocorram na toredo, con: siderando uma “barra” feita de tiras separadas fixadas por pinos em ambas as m a discos, como mostra a F que as tras deslizam uma em relagdo & outa, midades da “barra Jidade no ocorra em uma barra o, a tendéncia ao deslizamento exis yeorrem tensfes em planos longitudinais, bem como em lares ao cixo da barra.t “Ja, Se forem pintadas marcas em duas ras adjacemtes, observa quando sdo aplicados torques iguais © opostos na (Fig. 3 eta com um material homogénc tir, mostrando q planos perpendicu Fg.37 128 esistncia dos Materais Fig. 310 3.3. DEFORMACOES EM UMA BARRA DE SECAO CIRCULAR Considere'uma barra de segio circular presa a um suporte rigid em ua de suas extremidades (Fig. 3.8¢). Se um torque T & aplicado a outra extrem dade, a barra sofrerd rotago, com sua extremidade livre girando de um angulo chamado de dngulo de torgao (Fig. 3.8b). A observagio mostra que, dentro de um certo intervalo de valores de 7, 0 Angulo de toredo ¢ € proporcional aT. Ela mostra também que # € proporcional ao comprimento L da barra. Em o1- tras palavras, o ingulo de toredo para uma barra do mesmo material e mesma ga0 CrunsVersi, Mas duas Vezes mul long, Sera duas veces uralor sub mesmo torque 7. Um dos objetivos da nossa andlise seré encontrar a rel existente entre ¢, Le T; um outro objetivo serd determinar a distribuigdo das tensdes de cisalhamento na segio transversal da barra, que no conseguimos obter na segio anterior com base apenas na estitica Neste ponto, deve-se notar uma importante propriedade das barras circu Jares: quando uma barra circular é submetida & torgo, toda secdo transversal indeformada. Em outras palavras, embora as varias se transversais ao longo da barra girem através de diferentes valores, cada segio transversal gira como um disco rigido. Isso estéilustrado na Fig. 3.9a, que mostra a deformagdo em um modelo de borracha submetido A torgiio. A pro priedade que estamos discutindo & caracteristica das barras circulares, sejam elas cheias ou vazadas; ela no vale para elementos de segdo transversal nio cireu- lar. Por exemplo, quando uma barra de segdlo transversal quadrada é submetida a toredo, suas vérias segdes transversais empenam (sofrem deslocamentos Jogi tudinais) e nao permanecem planas (Fig. 3.90). As soges transversais do uma barra circular permanecem planas ¢ indefor- smadas porque uma barra circular é axissimérrica, isto 6, sua aparéncia permanece a mesma quando ela é vista de uma posigio fixa e girada sobre seu proprio eixo por um Angulo arbitrario. (Barras quadradas, por outro lado, mantém a mesma aparéncia somente se forem giradas de 90° ou 180°.) Conforme veremos «a axissimetria de barras circulares pode ser usada para provar teoricamen suas segdes transversais permanecem planas e indeformadas. Considere os pontos C e D localizados na circunferéncia de uma ceria segflo transversal da barra, e sejam C’ e D’ as posigdes que eles ocupario de pois que a barra for girada (Fig. 3.10a). A axissimetria da barra e do carregie ‘mento requer que a rotaglo que colocaria D em C agora coloque D' em C Enido C’ e D' devem ficar na cireunferéncia de um circulo, e 0 arco CD’ deve ser igual ao arco CD (Fig estio C’ e D' é diferente do cfrculo original. Vamos supor que C' ¢ D' este- jam em um cfreulo diferente e que o novo circulo esteja localizado & esquerda do efreulo original, como mostra a Fig. 3.10b. A mesma situagdo valerd para qualquer outra segao transversal, pois todas as segBes transversais da barra es- tio submetidas ao mesmo torque interno T. Um observador olhando para a barra da sua extremidade A concluiré que 0 carregamento faz que 0 cireulo desenhado na barra se distancie dele. Mas um observador localizado em B para o qual aquele carregamento & 0 mesmo observado por A (um momento no sentido horério em A c um momento no sentido anti-horério em B), chegert a ‘uma conelusdo oposta, isto é, de que o circulo se move em direpio a ele. ES contradigio prova que nossa hipétese € errada e que C’ e D' esto no mesmo efreulo em que esto Ce D. Assim, quando a barra é torcida, o circulo origi nal apenas gira em seu pr6prio plano. Como o mesmo raciocinio pode ser apli- cado a qualquer efrculo menor e concéntrico, localizado na segio transverst em consideragiio, concluimos que a segio transversal inteira permanece plata plana permanece plana 3.105). Examinaremos agora se o cfreulo no qual ‘© argumento acima nao impede a possibilidade, para os varios efrcilos eo 3.11, girarem por diferentes valores quando a barra & torcida centricos da Mas, se ssim fosse, um dado didmetro da seco transversal seria distorcido em uma curva que pode ter a aparé vador olhando para essa curva a corcidas do que as camadas internas, enquanto um obser- ador olhando a partir de B chegaria a uma conclusdo oposta (Fi ). Essa inconsisténcia nos leva a concluir que qualquer didmetro de seedo transversal permanece reto (Fig, 3.12c) e, portanto, que qualquer sego transversal de uma barra de sego circular permanece plana e indeformada cia daquela mostrada na Fig. 3.12a. Um obse partir de A concluiria que as camadas externas barra ficam Fig. 8.12 Nossa discussdio até agora orou © modo de aplicagio dos momentos torgores T e T’. Se rodas as segdes da barra, de uma extremidade a outra, de vem permanecer planas e indetormadas, precisamos garantir que 0s momentos m aplicados de maneira que as extremidades da barra permanegam planas © indeformadas. Isso pode ser conseguido aplicando-se os momentos T e T’ a dis: jo presos solidamente &s extremidades da barra (Fig, 3.134) ter certeza de que todas as segGes permanecerdo planas ¢ inde- formadas quando o carregamento for aplicado e que as deformagbes resultantes io de mancira uniforme em todo comprimento da barra. Todos 0s cft= culos igualmente espacados mostrados na Fig. 3.130 girardo a mesma quanti- dade em relago aos seus vizinhos, e cada uma das linhas retas seré transfor mada em uma curva (hélice), interceptando os fngulo (Fig. 3.134), As deduces apresentadas nesta e nas préximas segGes serfio baseadas na hipdiese de barras de extremida contradas na pritica podem ser muito diferentes daquelas correspondentes 20 modelo da Fig. 3.13. O grande mérito desse mod um problema de toredo para o qual podemos obter uma solugao exata, como 0 node ides apresentado na Segio 2.17. Nessa seelo foi possivel definir um problema de forga axial que poderia ser resolvido com facilidade e preciso. Em virtude do prinefpio de Saint-Venant, 0s resulta os obtidos para nosso modelo idealizado podem ser estendidos para a maioria as aplicagées de e a mente com 0 modelo especifico mostrado na Fig. 3.13. Vamos agora determinar a distribuicao de deformacdes de cisalhamento em uma barra circular de comprimento L e raio ¢ que foi torcida através de um angulo @ (Fig. 3.14a), Destacando da barra um cilindro de raio p, consi deramos 0 pequeno elemento quadrado formado por dois circulos adjacentes adjacentes tragadas na superficie do cilindro antes de aplicar (qualquer carregamento (Fig, 3.140), Como a barra é submetida a um carrega: mento torcional, © elemento se deforma transformando-se em um losango (1 agora da Sego 2.14 que a deformagao de cisalhame: variagdo dos ngulos formados pelos lados ddaquele elemento. Como os efrculos que definem dois dos lados do elemento Podemos enta rios efreulos com 0 mesmo es rigidas. As condigdes de carregamento en- que ele nos ajuda a defi de placas rigidas nas extremi jenharia. No entanto, devernos ter esses resultados associa- ceduas linhas 3ulde). Recordamos toy em um elemento € medida pel Cap.3. Torgdo 129 Fig. 3.13 130 pesisténcia Fig. 3.14 f idl ih i Fig. 3:15 considerado aqui permanecem inalterados, a deformago de cisalhamento deve ser igual ao angulo entre as linhas AB e AB. (Lembre-+ ser expresso em-radianos.) Observamos da Fi ue, para pequenos valores de , podlemos ex: pressar o comprimento do arco AA Ly. Mas, por outro lado, temas AA’ = pxb. Segue-se qui cde que doy pb Mr onde p © ¢ sdo ambos expressos em radianos. A equaga i podiamos prever, que a deformaco d obtida mostra, como io y em um dado ponto de ‘uma barra circular em torgdo & proporcional ao fngulo de torgo ¢. Ela mostra também que + € proporcional a distncia p do eixo da barra até o ponto em con sideragio. Assim, a deformagdo de cisalhamento em um circular varia lnearmente com a distancia do eixo da barra Conclui-se da Equagio (3.2) que a deformago de cisalhamento € méxima ha superficie do eixo, onde p @3) Eliminando $ das Equagdes (3.2) e (3.3), pod mos expressar a deformagdo de cisalhamento y a uma distancia p do eixo da barra como 2 ee 3.4, TENSOES NO REGIME ELASTICO Nao foi considerada até aqui nenhuma rela o particular tensio-deformaggo circulares em torgdio. Vamos agora considera 6 ®8o quando o torque T é tal que todas as tensbes de cisalhamento na barra pet ‘manecem abaixo da tensiio de escoamento 7», Sabemos do Capitulo 2 que, para t stensBes na barra circular permanecerdo ‘0 do limite de proporcionalidade e abaixo do limite elAstico também, Ax sim, vale a lei d priticos, isso significa Hooke ¢ no haverd deformagio Recordlanvla a lei de Hooke tensiio ¢ deformagio de cisallauneu dt Segiio 2.14, escrevemos onde G € 0 médulo de elastic nsversal do material. Multiplicando am: bos os membros da Equagio (3.4) por G, escrevemos Gy = 2 ey, ou, usando a Bqt i G6 A equacio obtida mostra proporcionalidade) nga sej que. destle que a tenstio de escoamento (ou limite ‘de excedida em nenhun sdo de cisalhamento na barra circular varia linearmente com a dis parte da barra circul wo 131 3,15a mostra a distribuiglio de tenses em ui ‘ircular cheia de raio c, ea Fig. 3.15b em uma barra circular vazada com raio in- lemo ¢, ¢raio externo c,. Da Equa (6), encontramos que, nesse dltimo cast (Saeaee Nuit J J Fig. 8:18 (repate L gora da Sego 3.2 que a soma dos momentos das forgas el mentares aplicadas em qualquer segio transversal da barra circular deve ser igual Hintensidade T do torque aplicado & barra circular fp(r da) = an Substituindo r de (3.6) em (3.1), eserevemos » tltimo membro representa o momento polar de inércia J ‘com relago a seu centro 0. Temos, portant T= 7 G8) revolvendo para 7, Te Boe G9) em (3.6), expressamos a tensio de cisalhamento qualquer do eixo da barra circular como 7 As Equagées (3.9) ¢ (3.10) sto conhecidas como férmulas da toredo no regime Wistco. Recordamos da estética que o momento polar de inércia de um circulo joc éJ No caso de uma barra de segao circular vazada de raio in tern externo ¢, 0 momento polar de inércia é fem usadas as unidades métricas SI na Bquagdo m N + m, ¢ 08 p em metros, e J em m*; verificamos que preset em N/m, om Seja, pascals (Pa, Seforem usadas as unidades inglesas, 7 ser expresso em Ib « pol, ¢ ou p em pol com as tensGes de cisalhamento resultantes expr 132 Recietncie dos Materais ‘Uma barra circular vazada de ago cilindrica tem 1,5 m de com- primento e didmetros interno ¢ externo, respectivamente, iguais 2 40 mm e 60 mm (Fig. 3.16). (a) Qual € o maior torque que pode set aplicado & barra circular se a tensfo de cisalhamento no deve exceder 120 MPa? (b) Qual é 0 valor minimo corres- pondente da tensZo de cisalhamento na barra circular? G2) Lembrando que o momento polar de inércia J da seo transyer sal € dado pela Equagio (3.11), onde ¢, = §(40 mm) © ¢; = }(60 mm) = 0,03 m, escrevemos d — ef) = 4r(0,03* — 0.024 .021 x 10° mt 1 a Suibstituindo Je ray, em (3.12), € fazendo c= ¢; = 003 m a a oy pro Lous _ (4021 X 10-4 m')(120 x 10"Pa) O70 e 0.08 m : mm, = 4,08 kN +m Fig. 318, (b) Tensao de Cisalhamento Minima. 0 valor mi ‘mo da tensio de cisalhamento ocorre na superficie interna de barra circular. Ele € obtido da Equacdo (3.7), que expressa que 4s © Tix SHO respectivamente proporcionais ac, € ¢ (2) Maior Torque Permitide. © maior torque T que pode ser aplicado a barra circular € 0 torque para qual Tyg = 120 MPa. Como esse valor € menor do que a tens de es coamento do material da barra cireular, podemos usar a Equagio (3.9), Resolvendo essa equagio para 7, tems (120 MPa) = 80 MPa As férmulas de torgao (3.9) ¢ (3.10) foram deduzidas para uma barra de segio transversal circular uniforme submetida a torques em suas extremidades. No entanto, elas também podem ser usadas para uma barra de segdo transver sal varidvel ou para uma barra submetida a torques em localizagBes que nid sio suas extremidades (Fig 3.172). A distribuigdo de tensdes de cisalhamento em uma dada secZo transversal $ da barra circular é obtida da Equagiio (39) onde J representa 0 momento polar de inéreia daquela scgio, ¢ onde 7 repie senta o esforge solicitante de torcdo ou esforro interno de torgao naquela sega valor de T € obtido desenhando-se o diagrama de corpo livre da paste da barra circular localizada em um dos lados da segtio (Fig. 3.17b) e escrevendo que a soma de torques aplicados Aquela parte, incluindo o esforco intemo de zero (veja 0 Problema Resolvido 3.1), Até aqui, nossa anélise de tensdes em uma barra circular esteve limita a tensdes de cisalhamento, Isso porque 0 elemento que selecionamos esta orientado de forma tal que suas faces eram paralelas ou perpendiculares a eixo da barra circular (Fig. 3.6). Sabemos pelas discussées anteriores (Seybel Ll © 1.12) que podem ser encontradas tenses normais, tensdes de cist Ihamento, ou uma combinagdo de ambas sob as mesmas condigdes de eam gamento, dependendo da orientagdo do elemento que foi escolhido. Consi 08 dois elementos a e b localizados na superficie de uma barra circular sabe metida & torg2o (Fig. 3.18). Como as faces do elemento a sfio, respective mente, paralela ¢ perpendicular ao cixo barra circular, as énicas tensdes ad elemento serio as tensdes de cisalhamento definidas pela Equagio 3.9), cap.3 Torgie 133 sea, tye = Te/J. Por outro lado, as faces do elemento b, que formam angu: los arbitrarios com 0 eixo da ba circular, estardo submetidas a uma com- isalhamento ‘Vamos analisar o caso particular de um elemento ¢ (no mostrado) a 45° do das tenses normal e eo barra circular. Para determinarmos as tenses nas faces desse elemento, con- sideramos os dois elementos triangulares mostrados na Fig. 3.19 ¢ desenhamos seus diagramas de corpo livre. No caso do elemento da Fig, 3.194, sabemos que 5 tenses exercidas nas faces BC e BD sio as tensbes de cisalhamento Ty, = Te/J. A intensidade das forgas de cisalhamento correspondentes € e onde Ay representa a drea da face. Observando que as componentes nas'taces Fig. 9.19 BD e BC das duas forgas de cisalhamento sio iguais e opostas, a forga F ima forga de plicada em DC deve ser perpendicular aquela face. E P = 2(tnavAo)608 45° = TicoV2 Observando que A = Ay\/2, escrevemos lente € obtida dividindo-se a forga F pela érea A da face DC F _ trio V2 nie oats = Tax @.14) A AyV2 ‘Uma andlise similar do elemento da Fig. 3.19% mostra que a tenstio na fa 0 = ~Ta. Concluimos que as tensdes exercidas nas faces de um elemento ¢ 445° do eixo da barra circular (Fig. 3.20) so tenses normais iguais a =, Assim, enquanto o elemento a na Fig. 3.20 esté em cisalhamento puro, 0 mento ¢ na mesma figura esti submetido & tensio de tragio em duas de suas r faces, € a fensdo de compressdo nas outras duas. Notamos também que todas as 1 lensdes envolvidas tém a mesma intensidade, Te/J. Fig. 820 ‘Como foi visto na Segtio 2.3, os mater do submetido & torgio, um corpo de prova J feito de um material dictil rompe-se ao longo de um plano perpendicular ao seu eixo Jongitudinal (Fig. 3.214). Por outro lado, materias frgeis falham mais em trago do que em cisalhamento, Assim, quando submetido & torgiio, um corpo de prova {gil tende a se romper ao longo das superficies perpen a diregio na qual a tensio de tragiio € maxima, isto 6, ao longo das su: yrilicies que foram um aagulo de 45° com 0 cixo longitudinal do corpo de ais ducteis geralmente falham e1 cisalhamento, Portanto, qui prova (Fig. 3.216), Fig. 3.21 eases em clementos de orien mo 6 elemento da Fig, 3.18, serio disc 134 esietncia dos Materials PROBLEMA RESOLVIDO 3.1 O eixo de seedo circular BC é vazado com difimetros interno € xterno de 90 mm, © 120 mm, respectivamente, Os eixos eso circular AB e CD so cheios e tém diimetro d. Para o carregamento mosirado na figura, determine (a) as tenses de no eixo BC, (b) 0 didmetro d necessésio para os salhamento acnissivel nesses eixos for de 65 MPa, eixos AB e CD, so. tensio de SOLUGAO Equagies da Esté a. Chamando de Tyy 0 torque no eixo AB, cortamos AB e, para o diagrama de corpo livre mostrado, EM, = 0: 6kN +m Cortamos agora uma seedo através do eixo BC e, para 0 compo livre mostrado, EM,= 0; (GKN-m)+(I4KN*m)—Tpo=0 Tae 20KN +m BC. Para esse eixo cir vazado temos [(0,060}* — (0,045)*] = 13,92 x 10-® m* Tensao de Cisathamento Maxima, Na superficie externa, temos Tacs _ (20 KN + m)(0,060 m) 13.92 % 10 me Cisathamento Ménima. Escrevemos que as tenses sio propor: 4a eixo, Tie _ 45mm, 86.2MPa ~ 60mm MPa < , Bixos AB e CD. _Notamos que em ambos os eixos a intensidade do torque T= GKN + me Tuy = 65 MPa. Chamando de ¢ © raio dos eixos, escrevemos (OKN + me 65 MPa = = 58810 m= 38,9 x 107m = 2(38,9 mm) mm € L cap.3 Torpto 135 PROBLEMA RESOLVIDO 3.2 © projeto preliminar de um grande eixo conectando um motor a um gerador de terminou que o eixo a ser escolhido seria vazado com didmetros interno ¢ extemo de 100 mm e 150 mm, respectivamente, Sabendo que a tensio de cisalhamento admissfvel € de 82 MPa, determi ie maximo que pode ser trans mitido (a) pelo eixo conforme o projeto preliminar,(b) por um eixo de segio cheia ‘com o mesmo peso, (c) por um eixo de segZo vazada com © mesmo peso e com 200 mm, 1 0 valor do tor didimetro externo d soLugao d= Z(— = (0.075 m} ~ (0.080 my] ~ 399 10° Tes vars = _10U>) : , Bixo de Segao Cheia de Mesmo Peso, Para! sig tenham 0 mesmo peso e comprimento, suas freas de se¢lo transversal de ‘o cixo projetado e 0 eixo Ag = A -x{(0,075 my — (0,050 m)?) = are 3 = 0,056 m Como 7,39 = 82 MPa, escrevemos Tes (0,056 m) 82 MPa = t (0,056 my Eixo Vazado com 200 mm de Didmetro Externo. Para ter 0 mesmo sfrcas das segdes transversais dever ser iguais. Determinamos o diametro interno do eixo escrevendo A 17{(0.075 m)? — (0,050 m)"] = [(0,100 mf — e§] es = 0,083 m Para cy = 0,083 me ¢, = 100 mm (0.100 m}* ~ (0.083 m)*] = 8,25 x 10° m# Com Tygy = 82 MPa e ¢, = 100 mm Te 110,10 m) ton = 82 MPa = m< i 825 x 10°? mi 136 Resistncia dos Meters Fig. P3.7 © P38 3.1 (a) Pata o eixo vazado e o care 1ento mostrado na mine, para o mesmo carregamento da parte 4, 0 difmeiro de um eixo cheio para 0 qual a tensao de cisalhamento maxima é a mesma que na parte a. igura, determine a tensfo de cisalhamento maxima, (b) De diémetro de 90 mm sem que se exceda a tensdo de cisalhamento admisstvel do ma terial do eixo de 70 MPa, (b) Resolva a parte @ considerando que 0 substitido por um eixo vazado de mesma massa e dimetro interno de 90 mn 0 cheio sea 3.3. Determine 0 torque T que provoca uma tens 80 MPs no eixo cilindrico de ago mostrado, do de cisalhamento méxima Fig. P3.3 0 P34 34 Para o eixo cilfndrico mostrado, determine a tenstio de cisalhamento mé xima provocada por um torque de intensidade T= 1,5 kN - m, 3 regamento mostrado, determine a tensio de cisalhamento méxima, (b) Determine 0 didmetro interna da barra cilindrica vazada, com 80 mm de didmetro extemno, para fo qual a tenstio méxima & a mesma que na parte 4 (@) Para a barra cilindrica de segio cheia de 60 mm de difimetro © 0 ca: Fig. P35 3.6 (a) Determine 0 torque que pode ser aplicado a um eixo cheio com idmeto de 20 mi, sem exceder a tensio de cisalhamento admissivel do material do eixo de 80 MPa, (b) Resolva a parte a considerando que o eixo cheio foi subst tudo por um eixo vazado com a mesma érea de sega transversal e com um didmetro ual A metade de seu proprio d tro extero. 3.7 O sistema da figura € constitufdo por um eixo cheio de ago AB com dditmetro d = 38 mm e tensio de cisalhamento admissivel de 82 MPa, e por um tubo CD feito de lato com uma tensio de cisalhamento admissivel de 48 MPa, Deter- nine 0 maior torque T que pode ser aplicado em A. 3.8 O sistema da figura é constitufdo por um eixo cheio de ago AB com uma tensdo de cisalhamento admissivel de 82 MPa, ¢ por um tubo CD feito de latio com uma tensio de cisalhamento adimissivel de 48 MPa, Determine (a) 0 maior torque T que pode ser aplicado em a, se a tensto de clsalhamento aamissfvel do material do tubo CD nao deve se eixo AB, ‘excedida, (b) 0 valor ‘orresponclente necessdrio para o didmetro Cap.3 Torco 137 2.9 Sabendo que cada um dos eixos AB, BC € CD consiste em barras circu- cheias, determine (a) 0 eixo no qual ocorre a tensao de cisalhamento méxima, (#) a intensidade daquela tensio. 8.10. Sabendo que foi feito um furo de 10 mm de difmetro em cada um dos © AR_RC » C1, determine (a) o eixo no aval ocorre a méxima tensfo de cisa- mento, (6) a intensidade daquela tensio, 3.11 Os torques mostrados so aplicados nas polias A, Be C. Sabendo que bos 0s einos so cheios, determine & tensdo de cisalhamento méxima no (a) eixo S00 = 40mm 1200.N-m Fig, P31 © P3.12 “3.12 Os cixos do conjunto de polias mostrado na figura deve ser projetado ente. Sabendo que a tensdo de cisalhamento admissfvel em cada eixo & de 60 nine o menor diametro admiss{vel para (a) 0 eixo AB, (b) 0 eixo BC. Sob condigoes normals de operayav, v uiotvr ekétrico apliea um torque + mno eixo AB. Sabendo que cada um dos eixos é cheio, determine a ten- 138 esisténcia dos Materials / =a la 48 m0 7 ie A Fig. P3.13 9.44 Para reduzir a massa total do conjunto do Problema 3.13, estésendo cans siderado um novo projeto no qual 0 didmetro do eixo BC seré menor. Determine o menor didmetro do eixo BC para o qual o valor méximo da tensto de cisalhamento rho conjunto nio ser aumentado, 3.15 Ocixo cheio mostrado ma figura é feito de latdo para o qual a tensio de cisalhamento admissfvel & de $5 MPa. Desprezando 0 efeito das concentragies de tensto, determine os menores didmetros dy, € dye para 0s quais a tensio de css mento admissivel nfo & excedida 2.16 Resolva o Problema 2.15 considerando que a direglo de, ce invert din 8.17 O cixo AB é feito de um ago com uma tensio de cisalhamento admis sivel de 90 MP2 e 0 cixo BC é feito de aluminio com uma tensfo de cisalhamenio admissivel de 60 MPa, Sahenda que. difmerro do eixo BC & de 50 mm e desprezando 0 efeito das concenttagses de tenslo, determine (a) 0 maior torque T que pode ser saplicado em A se a tensio admissfvel nfo deve ser excedida no eixo BC, (b) 0 diémeto comespondente necessério para 0 eixo AB. Fig, P3.18 © P216 Fig. P3.17 © P3.18 9.48 Ocixo AB tem um didmetro de 30 mm e é feito de um ago com tensio de cisalhamento admissivel de 90 MPa, enquanto 0 cixo BC tem um difmetro de '50 mm e é feito de uma liga de alumfnio com uma tensfio de cisalhamento admis: sivel de 60 MPa, Desprezando 0 efeito das concentragGes de tensfo, determine @ maior torque T que pode ser aplicado a A. 3.19 A tensio de cisalhamento admissivel é de 100 MPa na barra de ago AB dde 36 mm de didmetro e 60 MPa na barra BC de 40 mm de dimetro. Desprezando © efeito das concentragdes de tensfo, determine o maior torque que pode ser pl: cado em A 8.20 A tensto de cisalhamento admisstvel 6 de 100 MPa na barra de ago AB © 60 MPa na barra de lato BC. Sabendo yue uu wryve de intensidade 7 — 900 Nm aplicado em A e desprezando o efeito das concentragdes de tensio, determine @ Fig. P3.19 e P3.20 iimetro necessério da (a) barra AB, (6) barra BC. cap.3 Torgso 139 Dois eixos cheios de ago silo conectados por engrenag’ T= 900 N + m no eixo AB. e 5 MPa e considerando so: imetro necessétio para (a) 0 eixo AB, aplicado um torque de intensid Sabendo que @ tensio de cisalhamento admisst O eixo CD é feito de uma barra de 66 mm de difmetro ¢ esti tado ao eixo AB de 48 mm de didmetro, como mostra a figura, Consid sabendo que a tensio de cisalhamento admissive ermine 0 maior torque T que pode ser aplicad intensidade T = 900 KN - mm 6 apl Um torque mostra figura, Sabendo q 1 ditmetro do eixo AB é de so de cisalhamento do eixo CD & de 45 mm, determine AB, (b) eixo CL Fig. 73.23 @ P3.24 | 4 Um torque de T= 900 kN - mm é aplicado em D, como mostra. figur Sabe termine o diimetro necessétio do (a) eixo AB, (b) eixo CD. Jo que a tensio de cisalhamento admissfvel é de 52 MPa em cada eixo, de Sob as condigées de operagio normais, um motor aplica um torque d ntensidade T= 150 N - mem F. Os eixos sio feitos de ago para © qual a tens0 | a cis ad '5 MPa. Sabendo que ns tém as di nensées rp = 200 mim e rq = 75 mm, determine o didmetro necessirio do (a) eixo (CDE, (b) eixo FG 140 — Resiténcia dos Materials Fig. ?3.27 0 P3.28 Fig, P3.25 e P3.26 Sob condieses normals de operagtio, um moto uum torque de in tensidade T, em F. Os eixos s80 fetos de um ago para o qual & ten Ihamento admissivel é de 85 MPa e tém didmetros dng = 22 mm e d, Sabendo que rp = 150 mm e rg = 100 mm, determine 0 maior valor admissivel 3.27 Os dois cixos cheios estio conectados por engrenagens, como most a figura, esto feitos de um ago para 0 qual a tensdo de eisalhamento admissivel € de 60 MPa. Sabendo que intensidade T,. = $65 kN + mm é aplicado em Ce que 0 conjunto esta em equilfbrio, determine 6 didmetro necessirio do (a) eixo BC, (b) cixo EF 3.28 Os dois eixos cheios estio eoneet los por engrenagens como voot pode ver na figura, ¢ silo feitos de um ago para o qual a tensio de cisalhamento admis: Ede 48 MPa, Sabendo qu dyc = 40 mmm € dgy = 32 mm em C 0s ditmetros dos do ermine © maior torque T,. que pode ser apicado 3.29 (a) Para uma da i tensdo de cisalhamento admissfvel, determine a re do torque T maximo admissivel e © peso por unidade de comprimenta w para 0 eixo vazado mostrado na figura. (b) Chamando de (Z/w), 0 valor dessa re lado ps tum eixo cheio com 0 mesmo raio ¢, expresse a relagao T)w para o eixe azado em termos de (T)¥)y € ¢\/¢ Fig. P3.20 3.30 Embora a distribuigho exata das tenses de cisalhamento em um ex cilindrico vazado 1 Fig. P3.30a1, pode ser obtido um valor apr ximado para sssumindo que as tensGes so uniformemente distribufdas sobre & Fig. P3.30b, e supondo ainda que todas m a uma distancia de O igual ao raio mé a segdo transversal. Esse valor aproximado serd ado, Determ , n tensa aproximada para valo 1,00, 0.95, 0,75, 0,50 e 0 rea A da sesio transversal, como mostra 7 = T/Aty, onde T cisalhamenta 6 0 torque ap es de o,/oy, respectivan 3.5. ANGULO DE TORGAO NO REGIME ELASTICO. Nesta segiio, ser determinada uma relagio entre o fngulo de torcao ¢ de um eixo circular e © momento torgor T aplicado no eixo. Vamos considerar que ‘ cixo em qualquer parte permanega clistico. Considerando primeiro 0 caso de um ixo de comprimento L € de segio transversal uniforme de raio ¢ submetido a um momento torgor T em sua extremidade livre (Fig. 3.22), lembramos da Segio 33 que o angulo de torgdo # € a deformagao de cisalhamento maxima Yai &- tio relacionados da seguinte forma: 2 Yeni = L G3) Mas, no regime elistico, a tensio de escoamento nfo é excedida em nenhum ponto do eixo, assim aplica-se a lei de Hooke da seguinte forma: Yq. = Taae/G- Dessa relago e da Equacdo (3.9), obtém-se mie _ Te Yois = GG @B.15) das Igualando os dois membros direitos para @ escrevemos Equagies (3.3) ¢ (.15), e resolvendo TL IG ‘onde ¢ € expresso em radianos. A relagdo obtida mostra que, dentro do regime elis- tico, 0 dngulo de torcio é proporcional ao momento torcor T aplicado no eixo. Isso esté de acordo com a evidéncia experimental citada no inicio da Seco 3:3. A Equagao (3.16) nos proporciona um método conveniente para determi- nar o médulo de elasticidade transversal de um material. Um corpo de prova do material a ser analisado, na forma de uma barra eilindrica de diémetro e comprimento conhecidos, € colocado em uma maiguina de teste de torgao (Fig. 3.23). Sao aplicados ao corpo de prova momentos de torgdo de intensidade T cada vez maiores e registrados os valores correspondentes do angulo de torgao ‘ em um comprimento L do corpo de prova. Enquanto a tensao de escoamento do material nao é excedida, os pontos obtidos em um grafico de T em funcao de ¢ estario em uma linha reta, A inclinago dessa linha representa a quan- tidade JG/L, por meio da qual pode ser calculado 0 médulo de elasticidade transversal G. 6 G.16) Fig. 9.22 Fig. 3.23 Maquina de teste de torcdo. Gap.3 Torao 141 142 esistincia dos Mates Qual o torque que deverd ser aplicado & extremidade do eixo . ¢ lembrando do Exemplo 3.1 que, para a sego transversal do Exemplo 3.1 para produzir um ngulo de torgio de Use dada, 0 valor G = 77 GPa para o médulo de elaticidade transver yest 5 ed sal do ago, Resolvendo a Equagdo (3.16) para T, esereveros ite ne, IG = o- T=6 (ULL x 10 myCP X10" Pa) % ; 34,9 X 10" rad) ubstituindo 0s valores dados ism G=17X10'Pa k= 15m 1,829 X 10° N+ m = 1,829 KN > m 2 PER) = 349 x 10° ad EXEMPLO 3.3 Qual o Angulo de torgio que eriard uma tensio de cisalhamento _ Twn _ 70 X 10°Pa = = 909 x 10 de 70 MPa na superficie intema do eixo vazado de ago dos EF 92ire Exemplos 3.1 € 3.2? Lembrando a Equagiio (3.2), que foi obtida expressando o com- na Fig. 3.14¢ em termos de © db temes método de abordagem para resolver este problema que Pimento do arco Ad’ em A mente, em primeiro lugar, 6 usar a Equagio (3.10) para © torque T correspondente ao valor fomecidoder,e a Equagio (3.16) para ain _ 1500 moma (009 x 10°*) = 68,2 x 10° rad ¢ 20mm erminar 0 Angulo de torgo & corres: scabamos de encontrar. Para obtermos o Angulo de torgdo em atanto, pode ser usada uma solugo mais direta, Pela 7x) $= (682 x 10° nad pondente 20 valor de T que Jel de Hooke, primeiro calculamos a deformagio 391° mento na superficie interna do cixo: ar ad A férmula (3.16) para © Angulo de torgao s6 pode ser usada se 0 eixo for homog (0 transversal uniform ‘com carregamento somente nas suas extremidades. Se o eixo estiver submetido torques em outras localizagdes que ndo as suas extremidades, ou se ele con: i partes com diferentes segSer transversais © pocsivelmente em diferentes materiais, devemos dividi-lo em partes componentes que satisfagam individualmente &s condigdes necessérias para a aplicagio da Equagdo (3.16), No caso do eixo AB mostrado na Fig. 3.24, por exemplo, devem ser considera das quatro partes diferentes: AC, CD, DE e EB. O Angulo de torgio total do Angulo pelo qual a extremidade A gira com relagio & extremidade Fig. 3.24 B, 6 obtido somando-se algebricamente os angulos de torgo de cada parte com: ponente, Chamando, respectivamente, de T,, Lj, J, € G, 0 momento torgor interno, © comprimento, © momento polar de inércia da seccHo transversal ¢ 0 m6dulo de elasticidade transversal correspondente A parte i, 0 Angulo de torgio total do eixo é expresso como cixo, isto Ce yee G17) 7 1G, © momento torgor intemo 7; em qualquer parte do eixo é obtido cortando-se uma segdo do eixo através daquela parte ¢ desenhando o diagrama de corpo livre da parte do eixo localizada em um lado da segdo, Esse procedimento, que ‘if foi explicado na Segdo 34 e ilustrado na Fig. 3.17, aplicado no Problema Resolvido 3.3. No caso de um eixo com uma sega circular variével, como mostra a Fig. 3.25, a Equagao (3.16) pode ser aplicada a um disco de espessura dr. O Angulo segundo o qual uma face do disco gira com relagao a outra é, portanto, Td a-"s ‘onde J € uma fungio de x que pode ser determinada. Integrando em x de 0 a L, ‘objemos o angulo total de tore do eixo: G.18) eixo mostrado na Fig, 3.22, usado para deduzir a Equacio (3.16) e 0 eixo da Fig. 3.16, discutido nos Exemplos 3.2 ¢ 3.3, tinham ambos uma das extremidades engastada a um suporte fixo. Em cada caso, portanto, 0 angulo de torcio ¢ do eixo era igual ao angulo de rotagdo de sua extremidade livre. ‘No entanto, quando ambas as extremidades de um eixo giram, 0 &ngulo de torcio do eixo € igual ao Angulo pelo qual uma extremidade do eixo gira em relacdo a outra. Consider, por exemplo, a canjunta masteada na Fig 326, que consiste em dois eixos eldsticos AD e BE, cada um deles com compri- ‘mento L, raio ¢ e médulo de elasticidade transversal G, que esto ligados a en- ‘grenagens acopladas em C. Se for aplicado um torque T em E (Fig. 3.266), ‘ambos 08 eixos sofrerdio torgdio. Como a extremidade D do eixo AD esti fixa, © Angulo de torgdo de AD é medido pelo Angulo de rotagao , da extremidade A, Por outro lado, como ambas as extremidades do eixo BE giram, 0 Angulo de torgdo de BE ¢ igual a diferenca entre os angulos de rotagdo bp © dp, isto 6,0 angulo de toreao € igual ao Angulo segundo o qual a extremidade E gira cm relagio a extremidade B. Designando esse Angulo relativo de rotagao por ejm escrevemos T™ bea = be ~ b= 36 ‘Gap. Torgse 143 144 Resiténcia dos Mat Eaeoee) ever ser Para o conjunto da Fig. 3.26, sabendo que r, = 2rp, determine Observando que os arcos CC’ e CC” na Fig. 3.26 Jo de rotagio da extremidade E do eixo BE quando é nis, eserevemos ruby = Fa © ObtemIOs ado 0 torque T Temos. portant. Considerando agora o eixo BE, lembramos que o Sngulo de torgo do eixo igual ao Angulo segundo 0 qual a ex: tremidade E gira em relagio 2 extremidade B. Temos Primeiro determinamos 0 torque Tp aplicado ao cixo AD. CObservando que forges F e F” iguais ¢ opostas sdo aplicadas as duas engrenagens em C (Fig, 3 rando que ry = 2r Concluimos que o torque aplicado no eixo AD € duas vezes maior do que 0 torque aplicado no cixo BE; assim, Ty = 27 xtremidade D do eixo AD esti fixa, 0 Angulo de 6 obtido escrevendo-se (© fingulo de rotagiio da ext 0 cengrenagem 4 € igual ao Angulo de wrgao do eixo, e € obtido escrevendo-se 4, - ma 4m, TL _ ST IG IG * IG" IG 3.6. EIXOS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS Vimos na Secao 3.4 que, para determinar as tensoes em um eixo, era nevessério primeiro calcular os momentos torgores internos nas varias secdes do eixo, Esses momentos eram obtidos através da estitica, desenhando o diagrama n um lado de uma dada segiio ¢ es entos exercidos naquela parte era 2er0. corpo livre da parte do eixo localizada endo que a soma dos mon No entanto, ha situagdes nas quais os momentos de torgao int ser determinados somente pela estética. Na verdade, em tais casos os (0s extemnas, isto & os torques aplicados no eixo pelos apoios préprios momen mnexSes, nio podem ser determinados pelo diagrama de corpo livre do eixo inteiro. As equagdes de equilfbrio devem ser complementadas por relagdes envolvendo as deformagSes do eixo e obtidas considerando-se a geometria do problema, Devido a estitica ndo ser suficiente para determinar os momentos ex. ternos e intemos, dizemos que 0s eixos so estaticamente indeterminados. O Resolvido 3.5 mostrartio como ans exemplo apresentado a seguir e 0 Problem: lisar eixos estaticamente indeterminados.

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