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O governo de Minas prometeu em 2009 o reposicionamento na carreira criando, como

sempre, um estardalhaço na imprensa anunciando tempos fabulosos com muito dinheiro no bolso e
saúde prá dar e vender neste ano da Graça de Nosso Senhor de 2010. Era tudo mentira. E vejam os
ilustres leitores que o então governador Aécio Neves publicou um decreto, assinando, carimbando e
datando a farsa. Em Minas não vale o que está escrito.
A brincadeira de gosto duvidoso foi desfeita no dia 30 de junho quando a secretária Renata
Vilhena reuniu os sindicatos em seu gabinete e de forma debochada afirmou: Sorriam vocês estão na
sede do governo!
Para piorar o quadro poucos dias antes do aviso da nova pegadinha governamental os
subservientes deputados da situação haviam aprovado o novo plano de carreira possibilitando,
dentre outras maldades, congelar os vencimentos, demitir contratados e efetivados conforme
denunciamos no artigo “Lei 18975 permite congelamento de salários”. Para completar o humorístico
sem graça o síndico do Palácio Balança Mas Não Cai determinou a elaboração de um comunicado
aos servidores informando que: “O aumento decorrente do posicionamento na tabela do subsídio é
variável, pois dependerá do nível da carreira em que o servidor estiver posicionado em 31 de
dezembro de 2010.” Perceberam o golpe? O governo vai retirar o direito de acesso ao nível
imediatamente superior daqueles portadores de graduação (situação de professoras com antigo curso
normal e funcionários burocráticos) especialização, mestrado e doutorado e também dos demais
funcionários que teriam a prerrogativa de promoção em função da conclusão do ensino médio
situação observada – principalmente – entre os auxiliares de serviços gerais.
O sindico do Palácio Balança Mas Não Cai ainda determimou a destinação de cinco das 10
horas reservadas ao planejamento – para a jornada de 30 horas – a substituição de docentes.
Perceberam a outra pegadinha? O governo não vai precisar contratar substituto, por exemplo, nos
casos de licenças médicas ficando o grupo de professores de 30 horas com a responsabilidade de
suprir a falta. O professor Euler Conrado trata deste ponto em seu blog vale consultar clicando
.

Em minha última coluna observei o silêncio do candidato Hélio Costa diante da situação dos
professores. Pouco tempo depois os jornais publicaram declarações do senador criticando a política
salarial do governo Aécio/Anastásia e acabei recebendo muitos emails pedindo para comentar o
tema. Minha opinião: O senador continua devendo uma proposta de política salarial aos funcionários
da Educação e ficar declarando que o professor tem baixos salários é conversa de todo candidato,
portanto eleitoreira. Vamos falar sério: O quadro econômico internacional apresenta claros sinais de
aprofundamento da crise ficando o Brasil como sério candidato a “bola da vez” tendo em vista a
preferência dos tais investidores internacionais por nossos títulos da divida em função dos elevados
juros pagos em nossa auri-verde nação. Recentemente o Banco Central amargou o cancelamento de
leilões de títulos – de longo prazo – indicando problemas para o pagamento dos papéis com
vencimento de curto prazo. O sinal está claro e será necessário no próximo ano ampliar os cortes nos
gastos públicos para pagar o títulos comprados por banqueiros e fundos de investimentos. O que
temos com isso? Perguntem aos professores da Grécia, Espanha, Portugal e Itália. Aqui pergunto ao
senador Hélio Costa: QUO VADIS

Utilizei nesta coluna o título de um antigo programa de humor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro
o Balança Mas Não Cai. Acredito que muitos jovens leitores não devem conhecê-lo, por isso estou
disponibilizando o quadro Primo Rico e Primo Pobre bastando clicar .

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