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Anova historia da cartografia Durante muito tempo considerada essencialmente européia, hoje a cartografia é reconhecida como uma linguagem visual de todas as civilizagées. face Mapa-mindidotipo (1100), Esses ma torma ovside ou retengula sigs ene sean alipse, do mange astaviano Beate de Uicbane (eéeulowil © leaieemeuans. aes Sappinini cop panacaaea wo teechumansAtpocuts sence nti cept frm una sr dio ‘coe ele pds dour Sree cue. meee eae Take cools peo ge Ira reper enous docaarin epson opel osapen cea ccucrined grasa Ac eaetien ote oe ee arog pane ate saat Pree um ani mc do wa pee petted eeepc bis = pene gehen gee Be oe verso que trouxe inumeréveis conseqincias. Os ‘mapas precederam aescritura a nolacéo matems- tica em muitas sociedades, mas somente no século XIX foram associados as disciplinas modernas cujo conjunto constitui a cartografia. Mas isso néo im- pede que os mapas de épocas anteriores remontem, as proprias raizes de nossa cultura, (O mapa auténtico mais antigo foi elaborado a ‘orca de 6000 a.C. Descoberto em 1963, durante uma escavagio arqueolégica em Catal HyUk, na regio centro-ocidental da Turquia, representa 0 povoado neolitico do mesmo nome. © tragado das ras e casas, conforme os vestigios resgatados,ti- nhaao fundoo vuleso Hasan Dagemerupsio. Esse ‘mapa primitivo guarda algumasemelhangacomas plantas das cidades modernas, mas sua finalidade era totalmente distinta, Ositioem que foiencontra- do era um santuério ou local sagrado, e ele foi criado como parte de umato ritual, como um "pro- duto de momento’, sema intengio de ser preserva- do apés 0 cumprimento do rito. Uma visao eurocéntrica Somente hi alguns anos mapas como os de Catal Hyik ~ e gravagées e pinturas similares em r0- chas da Africa, das Américas, da Asia e da Euro- pa ~ comegaram a ser estudados como uma cate- goria da pré-hist6ria cartografica. Isso teflete néo apenas as dificuldades para identificar mapas das sociedades primitivas, mas tambéma tendéncia na hist6ria da cartografia a tornar mais rigidos os ccinones dos mapas considerados "aceitéveis" Desde oséculo XIX a hist6riadacartografia foi basicamente assimilada A da tradigSo ocidental, que tem suas origens no Oriente Préximo, no Egito ‘enaera greco-tomana, e que, enobrecida pelo con- tatocoma Europa atinge seu auge no atual mundo desenvolvido. A evolugio dessa hist6ria da carto- sgrafia ~apesar de uma interrupséona dade Média, de pequenos retrocessos e de grandes revolugées — parliu de formas rudimentares para aleangar um nivel superior de aplicacio numérica ‘Os mapas eram considerados marcos significa- tivos da evoluséo da humanidade; por conseguin- te, aqueles que nao indicassem algum progresso rumo a objetividade deixavam de ser seriamente estudados. Mesmo alguns dos primeiros mapas produzidos pela cultura europsia, como osgrandes planisférios da Idade Média Crista, eram conside- rados indignos de atengio cientifica. No inicio des- te século, Charles Raymond descreveu os principais mapas da baixa ldade Média ~o Hereford © 0 Ebstorf ~ como "monstruosidades néo-cientifi- cas, absolutamente initis”. (Os mapas das culturas néo-curopéias eram ‘considerados ainda mais estranhos a epicentroda ‘artografia. A opinido tradicional sobre a histéria da cartogratia isKimica, por exemplo, realga a ten- doncia dos europeus de ver o mundo segundo sua propria imagem. Os mapas do Islé eram tidos como o fruto da heranca grega, sem se levar em conta até que ponto as tradug6es drabes de obras como o Almagesto e a Geografiade Ptolomeu foram inteligentemente adaptadas aos objetivos da cultu- rae da religidoislamicas. Os mapas arabes - como ‘osda Escola Balkhi, por exemplo~eramanalisados segundo 0 critério ptolemaico, ao invés de serem apreciados como uma fuséo de tradigdes cartogrs- ficas em que se integravam tanto elementos persas quanto gregos. Os mapas de culturas nio-curopéias $6 rece biam certa atengio da parte dos historiadores oci-

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