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Marx e Gramsci: sua atualidade como educadores Edmundo Femandes Dias © tema da ‘verdade’e da relagio entre verdad ¢ politica € um terreno crucial: & necessério libercarse seja da inéreia nlista do relatvismo © do progressivo empobrecimento do pensamento, seja da fascinacio das sintesestotalizantes ¢ das conciliagdes definitivas. Enfrentar o tempo da modernidade como tragédia das contradigies irresolives, como responsabilidade da decisio ‘que ‘separa, produz confit, seleciona interesses valores. O campo da pesquisa esi deinido por esta tenslo; a partir dela pode ser redefinida uma ‘dentidade dos intelecuais que ilo os distolva na apologia do existente ou 05 constitua em “gios™ do processo econdmico-social. (BARCELONA, 1994, p. 79) 1. Por que a direita quer matar Marx, aqui, agora e sempre? Um fantasma ronda permanentemente 0 mundo burgués B preciso matar Mars A propia burguesiaé afrmou, ‘epetidaswezes no apenas a mort do revoluconstoalemio, emt rt ay ‘MARX, ORAMSCIE VIOOTSKI: APROXIMAGBES. mas a vittia definiiva do capitalismo. Marx irvitantemente para ela permanece atual. E, permanece porque apesar dos discursos apologéticos burgueses 0 capitalismo nao resolveu, e nem poderi, sem se negar, as contradigdes que levam este mado de produ «de vida a set incompativel com 4 imensa maioria das populagGes em escala planetiria, O capitaismo para existr necessitadestruir, sem cessar cultura, historicidades, modos de vida. Porque nio consegue climinar scus opositores? Guevara questionado sobre seu radicalsmo respondeu que no eta radical, realidade é que era. Fé essa sadicalidade — produzida pela tencativa capitalista de tornar dispensivel a imensa maioria do planeta — que permite — ‘exige, melhor dito — que povos e cultura, historicidades e cexperiéncias de classe no apenas sobrevivam, mas entrem em contradigio ¢ luta com seus dominantes, Nio podemos negar que, através da habilidosa ‘combinagio de ps-modernidade e reestruturagio capitalist, cxista hoje uma espécie de pensamento nico que vem se impondo, da academia aos governos passando pelos ‘meios de communicagio de massa. Para tanto a “adaptacio” transformista de certos tipos de “esquerdas”faz-se necessiria. [Em uma linguagem pouco académica isto pode ser chamado de “sindrome do violinista": segura-se com a “esquerda” & toca-se com a direita. Precisamos dar exemplos? Eles vio do senhot Luis Inacio a Tabaré Vasquez, de Massimo D’Alema A Jospin, Felipe Gonzalez ete. ‘A aparéncia social-democritica & como dizem ‘Marx e Gramsci, uma aparéncia necesséria. Ela no apenas faz parte do real, mas é umm dos seus constituidores. Ainda assim essa aparéncia, essa Ieitura “mitica” de um passado classsta, requer bases materials Por isso proclamam-se a8 cchamadas polticas pibicas que deveriam ser corretamente chamadas de politicas governamentais (DIAS, 2007, p. 24 -MARX, GRAMSCIE VIGOTSKE: APROXINAGOES: 43-46). De piibicas elas no tém nada, sio a forma pela ‘qual os governos podem impor sua visio de mundo, seu projeto de dominacio, Isto atualiza o clissico: “decifra-me ‘ou te devoro”. Decifrara estrutura da dominagio significa ctiar as condigdes de iniciar 0 proceso de libertacio. E, por ‘outto lado, nos coloce a tarefa de construir politcas piblicas socialistas que encaminhem as necessidades reais do conjunto das classes subalternas e preparem a sua emancipacio: “aceleraro futuro” na linguagem gramsciana, A politica aparece como universalizadora e uniformizadora da sociedade capitalista. Ao propot a ‘igualdade juridica formal —a cidadania — como padrio dia atividade social e 20 mostrat essa igualdade como algo “natural”, escondem-se as cisdes, fissuras, contradigdes ¢ lutas. Assim, cada individuo, sendo igual aos demais, acaba por “transformar-se” em parceiro, a conteadicio e a luta em harmonia. A luta de classes é, entio, apresentada como algo “demonfaco”, inventada pelos que querem destruir a ‘vida social, Basta exeminarmos mais de perto a cena politica ppara ver 0 que é 0 “didlogo entre parceitos”: um didlogo tentte a guilhotina deles e © nosso pescogo. As ideologias dos dominantes sio sempre projetos, teorias, ete, nunca ideologias; as dos antagonistas sio ideologias “malditas” © nunca projetos. Inversio altamente esclarecedora, O tembate de projetos é apresentado como um choque entre 1 “verdade” (dos dominantes) eo “erro” (dos antagonistas) ‘ow mesmo como uma guerra entre o bem ¢ o mal, quiga, lum “choque de eivilizages”. Ao viver o modo butgues esse tipo de “esquerda” torna-se ele préprio... burgués, A idadania de campo de luta passa a ser defendida como cconstrutora de consensos. F uma das formas privilegiadas de subalternizar os subalternos que se pensamn como iguais 0s seus dominantes. ‘MARX, ORAMSCIE VICOTSKI: APROXIMAGUES, 2. Construir a inteligibilidade do real.Ciéncia para que e para quem? Entender como se constitu o real para além das ideias-forgas com que se pretende manieti-lo s6 é pos ‘pela andlise dos movimentos das classes, das suas luca, das suas formas-projetos de construsio de uma sociabilidade, (O real, pata os marxistas, a atualizagio permanente das relagoes de forga e das Conjunturas no interior de uma determinada formagio social. E necessério ter sempre presente afitmagio de Mars em O Dexate Bram) segundo ‘a qual os homens fazem a hist6ria, mas a partir de condiges| determinadas. O real é assim, o produto das lutas de classe que determinam os movimentos histéricos. A hist6ria é, portanto, um ptecioso laboratério para a consirucio do ‘novo. Nio podemos, infelizmente, nos limites deste texto, ‘examinar elementos fandamentais desse processo: ONGs, terceiro setor, economia solidria etc, ‘Toda formagio social ¢ um conjunto articulado de estrututas contraditérias que € necessitio conhecer. A. primeita delas (a mais abstrata) refere-se a0 modo proprio pelo qual as condlicies materiais de existéncia, as formas de vida, se produzem ¢ reproduzem, Na sociedade capitalsta a relagio de produgio (e sua correlata reprodugio), produz fe reproduz as classes ¢ seus antagonismos. O chamado Capitul Iniito de O Capital demonstra como essa totalidade se exptessa em uma contradicfo entre a apropriagio privada dos resultados do trabalho humano ea producio socializada do mesmo. |A forma pela qual se dé a extragio do sobre- trabalho é decisiva na decftacio do “mistério” da dominagio, das formas e das estruturas a partic das quais € possivel cconstrui a inteligbilidade do real. A ‘Teoria do Valor, 20 MARX, GRAMSCIE VIGOTSK: APROXIMAGOES demonstrar @ unidade indissolivel explotacio-opressio, ‘marca a forma mais geral do antagonisino das classes. ‘As classes so criadorase criatuas dessas relagdes. © antagonismo no é uma invencio criada por seres que bbuscam introduzir conflitos no real, como afirmam os capitalistas, mas, é produzido pelo desenvolvimento desse mesmo modo de produgio; ado é figura de uma ficgio petversa e pervertida dos contrisios i ordem, mas, elemento central dessa mesma ordem. O simples ato de produzir ‘marca nlo apenas as mercadotias produzidas, mas, a propria cxisténcia das classes (figuras centrais da sociabilidade da Ordem do Capital). Elas existem, apesar de serem negadas no plano juridico-estatal vigente e se consubstanciam em selagdes socials, ‘As telagdes sociis enunciadasacima determinam. as estruturas € 0 conjunto de relagies que a conformam, Falamos aqui das formas contraditérias pelas quais as classes se apropriam dessas mercadorias ¢ das possibilidades ‘materais: as relages sociais de consumo, Estas determinam formas particulares de insergio das classes na totalidade social; tanto pelo consumo de bens supérfluos, quanto daqueles extremamente necessirios& vida das pessoas, como sate, educagio, informagio. ‘As contradigoes classstas tém aqui um momento © uma forma particular de existéncia, Se no plano da pproducio material nfo hi espaco para a igualdade (mesmo ‘que puramente forma), aqui, no reino da circulacio, esse fetiche da igualdade gana uma principalidade na vida das pessoas. O que é vulgarmente entendido como politica (ai ‘ompreendidos os aparelhos privados de hegemonia) ancora- seem um cotidiano e usufrui sbundantemente do fetiche da jgualdade de possibilidades entre todos os individuos de tuma sociedade determinada. Esse conjunto articulado de 27 (MARX, ORAMSCIE VICOTSKI: APROXIMAGOES, relagbes sons e suas contadgdes se materializam naquilo «que Gramsci e "Trotsky chamam de wads de ida, forma pela {aalesaa toraidade se transforma em cordiano, fac expecial Aa tutade castes "Aqui vale una clarfcagio. A Ina de asses no como muitos fatasam, 0 enconto de dos exécts easistas {eseus anos) em uma plaice, representa mien de ua totalidade abstata, onde ocorrenia 0 enconteo fatal, Essa Ju, pelo contri, se exereedondinamet, paca a maria dda populago: és forma pela qual os habitos os saberes, 0 costumes dos dominantes assumem 0 carter de orgie in, Eno eoidano, no agi cagors, que radia o espago fem gue as formas de vida dos dominants so pasadas para fs dominados como as ncas formas de pensar, agi, seni, labora conhecimentose estate O dominio de uma dase (ede sex loco de pode) determina o que pens, 0 que esta até mesmo como amar ox cular 0: mortos ‘Exemplar disso é 2 ago do mais bral aparelho dle hegemonia e poderoso construtor de subordinasio: a televsio. Pensemos o caso das novela. Lé, em quase todos os eaptuls se process a aparente ertca das formas ddominantes. Os bargueses so apresentados, ormalmente, como opornonisss, voladoes dos valores mons (sempre se busca enganar 0 outro, da rlagio erétca as formas de apropriagio da riquera), Esta €3 amzda novela, Contudo, 0 eda cna qf: os valores bargueses da conguista dos ‘bens materi propaganda do consume). F de wm eonsuroo «que A massa da populago € tendencialmente interditado. Hi uma dialéca entre a necessdade eo deseo, 1a qual se relgam os descjose se recleam as necessidades Os dominados compartem um horizonte subjetivo sem terem amenot chance devvé-lo no cotdiano:quaos vias aparentement inconciiivcs, ma, soldados pel ideologia da 28 MARX, GRAMSCIE VIGOTSKE: APROXIMACOES. iqualdade e do mérito, onde tudo & possivel. Isto ¢ ocultado € no se resolve em conflito aberto gragas a um discurso universal (que vai do “sempre foi assim” até 0 “tem que ser assim”), a partir do qual o que é violéncia simbélica e fisica vira padio eterno e universal de comportamento que busca transformar conflito em harmonia: no haveria mais cconflitos, mas.. parcerias. Chamamos a isso conformagio «de um modo de vida, predispondo a servidio voluntéeia das classes trabalhadoras, Ito ¢ fatal? Nao, no €. Romper com ssa estrutura ongistico-consumista exige, contudo, uma ‘enorme capacidade critica e um projeto de nova sociabilidade. ‘O mesmo se poderia dizer do aparato escolar e da Vida fabri, Em todos esses imbitos constr6-se nfo apenas uma sociabilidade, mas, ao mesmo tempo, captura-se a subjetividade do antagonista. Esse é 0 primeiro passo para a tentatva de cconstrugio da hegemonia dos dominantes. A caprura da subjetividade do antagonista se revela como impedimento da cconstrusio do saber dos oprimidos, dos dominados. Vernos assim que economia e politica, no pensamento gramsciano, ‘fo indissoliveis,enquanto que para os liberais, os capitalists, cesta cisio é uma necessidade istiica. ‘A investigagio da realidade supe construir a “unidade na dversidade”. Vale dizer: iralém das aparénias. Uma das facetas da construe da dominacio, como vimos acima, é nada mais nada menos que a transformacio do projeto politico vigente em horizonte ideol6gico onde se move as classes em ‘confionto, Se 0 atualé tnico verdadeito fica vedada a propria possibilidade de superacio da realidade classista, torna-se ‘mpossivel pensar a emancipacio dos trabalhadores. Raul Mordenti® coloca, a nosso juizo, a questio cessencial: pode o subalterno falar? (MORDENTI, 2007). debate que ele propde, a partir de Gramsci, é exatamente © da supressio da fala, das historicidades, das experiéncias, MARX, GRAMSCIE VIGOTSKI: APROXIMAGOES das classes subalternas. Quando, por exemplo, alguém fala fem “dar vor a quem nio tem vor” no apenas nega que 0 subalternos possam ¢ devam se expressar enquanto sujeitos, com identidades prdprias, mas vai mais além: di a sua vor, Isto & substitui a possibilidade dos subalternos se cconstituitem como sujeitos hist6ricos de emancipagio, nega Ihes o direto & revolugio, ‘A mnattiz da dominagio capitalista esta, no plano te6rico, explicitada na “invengio da tradigio” (DIAS apud LOMBARDI; SANFELICE, 2007b). Os te6ricos liberais (CHATELET, 1962) transformaram em verdades universais ¢ imutiveis @ que era historicamente determinado’. Os pprocedimentos politicos e econdmicos da prtica mereantil- burguesa foram plasmados como natureza humana, como algo inerente ao ser humano, Nesse processo apagaram-se as diferengas, obviamente. No plano mais visivel —e repetido ‘ad nansean — afiema-se que “todos os homens sio iguais| pperante lei”, Marx, em 1843-1844, demonstrou nos Anais Franco-Alenies a falsidade dessa assertiva (DIAS, 2007). Para ele a grande questi era adistingdo entre o boargeis€ o ityen. Nessa separagii “analitica” marcava-se a diferenga centre 0 bonrgeoir como aquele que exercia o comando da vvida social ¢ 0 igyen como aquele que estava submetido & lei do. bourgeois ‘A reivindicagio moderna da cidadania, apesar do _quemuitos pensam, éa formade subordinagio “sem violencia” da maioria & minoria. A igualdade abstrata proclamada serve, servi e serviri, para ocultar a desigualdade conereta “Todo esse processo de construio da “igualdade” revela produto de uma abstragio formal, sem historicdades, sem determinagdes. A desigualdade real expressa, contudo, uma negacio dessa opressio classistaapresentada como “natureza, ‘humana” e como “regra do jogo”. A ideia de “natureza ‘MARX, GRAMSCIE VIGOTSKE: APROXIMAGOES Ina é dei, Por ela alam a hstriciades ei concrete avoa do abltrmn Constr intlghlidade do proceso sign decir es Gnge catia. Como admit em si conselinca ‘ii da haronia oc ede gualade formal Psemos foe compart (0 no props dos instruments bios da prog) com os gue dona nossa sociedad Pode 0 “ZE Ning?” (eit ser compativel sos multblionse sssociaos a0 capital nance mundalado?Sogamente te fers eh erga vereioe um sors ionic © tango no orto do opdmido, Masa epetso consante desea stint far com que wo peso abe seins este "modo de pent” como osm Sabemos quanto te gust nos moe de commsicaio de mass eno peneor depropagands para vender, por explo imagen vpn suo presente da epics "umn bras i Marx (1959) afirmos que 0 capitalismo é a contra om proces e que erie da dominao et na forma ‘ele qul sexta o sobre sor, Or, & exatamente sobre estes dois pontos que os eapitalistas mais atuam ao formula suas ‘deologas, que aio sio como qucrem tanto wim “modo de fazeracabeeu” dos dominados, mas wma arma poderosissima de captura da subjtividade antagonist, de conformacio da discipina/obediéncia, Vale a pena ver o video produzido por Noan Chomski (Making Consens) pata temo clareza da eatratégia de “conquista de coragdes e mentes”, pela qual os ddominantes “dio sua vor a quetn no tem vor”, ‘A captura da subjetividede antagonista pois, elemento decisivo para o exercicio da dominacio. A linguagem é fundamental. nela e por ela que se passa das grandes claboragies ideoldgicas a0 saber das massas. Mordenti explicit an (MARX, GRAMSCIE VIOOTSKI: APROXIMAGOES. © polo oposivo do subaerno & evidememente © poder (gramscianamente: 0 16 dominio/ hegimonin), e como “subakerno’ é asénca de plivra, ati ‘poder’ também (no quer dice scima de ido) pore elingagem de pals, poder hegemnico de arial um dco ato- legtmante, de insti fr vantage pripri, els i eid, de dar ide cos (ot tnehor: de in) ede nap al marti pie tomo ‘ens cman” das tases. E Gramsci 0s fensina que's lita hegemdnica entre at fe desenvolvepreismente em torno a0 “se20 ‘comm: éhegeménico quem encontr, control, tere 0 sentido com; por isto ta narativa poliea compaithads € 0 hgat da hegemoni, tm gio del, uma arcu deci de) Echegado 0 momento no qual or revolcionisios ascuimam o problema da constisio do wtide Como o mas decisvo dos problemas. Sendo nos termos da produgio de uma narava oposts © especilar en lagi & nareativa do poder (ete & rane, complica ta do cont poled {que no ¢possel isu aqueagors) 0 menos nos termos da eapacidae de ot anaraiva dd pode com a fiaiade de sbreinse a ela (MORDENTI, 2007) Construgio do sentido, construgio da vor e do ‘projeto, Ou como afirmamos em outta ocasio: “desafinar 0 coro dos contentes, afinar 0 coro dos descontentes” (DIAS, 1999, p. 9). “Tenho, contudo, uma diferenga com a formmulagio. de Mordenti sobre o contra-poder, que encontramos em ‘MARX, GRAMSCIE VIGOTSKI: APROXINAGOES: ‘tos tedreos soba forma da contra hegemonia. Nas rat «men ver, dn cnr mas den nora: 0 90s cobretm que isto € ura questio de lnguagem pouco importante na agi0 pritia, ao agr poco. A questo agi em exame referese 20 fio de que ao falar em “contra” estamos respondendo as questies colocadas pelo osteo!. Quando se responde is «questdes eolocadas pelo outro corr-so isco de dssolver se odiseuso erica. I preciso no confuneli “discurso etic” com “discus polémico", Omarssmo recusase ase um discurso pokémico porque se quer ertico,recusa a polemic, porque a0 esponder, ponto a ponto, as ponderagdes do pensamento aye a nega, perderia sua identidade,concedendo a0 outro a centraldade da questo, se descaractriza e no consti sea proprio campo submetendo sus intelectans& pulverizagio das ideas concitos,Acabati, assim, prsioneio do dscerso do adversirio. Um belo exemplo disso & 0 AntiDibning. Aqui Engels dissolvew a estruturasio do pensamento marsiano ao submeterse is questdes do adversiio Perdeu 2 intligiblidae do ral sem conseguir convencer/derrotar © pensamento do adversico. I preciso reconhecer que quem determina 4 pergonta, em grande medida determina o campo de possibilidade das resposta, Esse embate hegemdnico € decsivo, pois 20 aceite a questio do outro pode perder se o horizonteestratépico, O marxismo no ¢ apenas mais uma iterpretagio do mando, Quer sera mati de intlgiidade das priticas de transformagio desse mundo. O discurso critico €radicalmente necessico, o discurso polémico é, normalimente, fonte de confusbesideoldgicas.Lembremos, Por fim, 0 tempo © a enetgia que se gestou para “rebatee™ 2 celebremente fas questio da perda da centaidade do mundo do trabalho. Isto no impede, pelo contritio, que 33 MARX, GRAMSCIE VIGOTSKE: APROXIMAGOES. se trabalhem as questdes dos outros autores / crtticos / Astaciagio Internacional doe Tabulhadotes, a Internacional * Aquiarealdade como que se “ving” dos ideSlogos eat ede una

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