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Alckmin retoma cobrana de imposto e

preo da carne deve subir em SP


Governo volta a cobrar ICMS sobre o alimento a partir do
prximo sbado (1), depois de sete anos.

Por G1 So Paulo
29/03/2017 07h14 Atualizado h 9 horas
Governo de SP acaba com iseno do ICMS e preo da carne deve aumentar
O preo da carne deve subir em todo o Estado de So Paulo a partir de sbado (1),
quando entra em vigor um decreto assinado pelo governador Geraldo Alckmin no
fim do ano passado. O tucano determinou a volta da cobrana do Imposto sobre
Circulao de Mercadoria e Servios (ICMS) sobre o alimento, o que no acontecia
desde setembro de 2009.
O decreto vai acabar com a iseno do ICMS na venda de qualquer tipo de carne. O
comrcio varejista, como supermercados e aougues, ter que recolher 11% do
imposto. Os frigorficos tambm vo pagar a conta, mas de forma diferente: ganham
desconto na hora de comprar os produtos e, depois, recolhem o ICMS na revenda.
Eles sero tributados em um total de 4%
O consumidor, que j anda ressabiado com a qualidade da carne por conta
das irregularidades encontradas em frigorficos pela Operao Carne Fraca, da
Polcia Federal, deve ser um dos mais impactados com a mudana.
Esse aumento deve ser mais ou menos de uns 8 a 9%, imaginando que uma parte
desse aumento de impostos vai ser absorvida pelo varejo, pelo supermercado, o
aougue. Provavelmente, eles no vo conseguir repassar tudo, porque seno os
preos sobem muito e a as pessoas comeam a demandar muito menos carne,
explica a professora de economia do Insper, Juliana Inhasz
O decreto foi recebido a contragosto pelas empresas do ramo, que questionam o
aumento da carga tributria em um momento de queda de consumo no setor.
Associaes e sindicatos pedem que o governo estadual suspenda a cobrana ou ao
menos faa mudanas no decreto, criando, por exemplo, uma alquota nica.
Cesar Vincenzi, dono de um restaurante na Zona Sul da capital, mostrou-se confuso
com a medida, mas disse que, caso o preo dos cortes subam muito, vai ser obrigado
a repassar o aumento para os clientes. "No o desejo de ningum. Nem do
consumidor e muito menos do restaurante. A gente que coloca a comida no prato
quer sempre entregar o melhor custo-benefcio, mas tem um limite", completou.
A Secretaria Estadual da Fazenda afirmou que a crise econmica motivou a reviso
de alguns benefcios concedidos, e que o ajuste no imposto sobre a carne mantm um
patamar reduzido de tributao - um dos mais baixos do pas, segundo a pasta.

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