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FACULDADE PITÁGORAS – CAMPUS BETIM

ÚLCERAS DE PRESSÃO: ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO. REVISÃO DE LITERATURA

Karina Lúcia Gomes de Oliveira

BETIM
2010
2

KARINA LÚCIA GOMES DE OLIVEIRA

ÚLCERAS DE PRESSÃO: ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO. REVISÃO DE LITERATURA

Projeto apresentado à disciplina Trabalho de


Conclusão de Curso I, como requisito parcial para
a obtenção de créditos necessários à aprovação no
Curso.

Professora: Luciani Dalmaschio

Betim
2010
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SUMÁRIO

1. TITULO DO PROJETO.............................................................................. 4
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................4
3. JUSTIFICATICA .........................................................................................5
4. PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................................. 5
5. HIPOTESES .................................................................................................6
6. OBJETIVOS .................................................................................................6
6.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 6
6.2 Objetivo Especifico ...................................................................................6
7 REFERENCIAL TEORICO .......................................................................7
8 METODOLOGIA ........................................................................................14
9 CRONOGRAMA .........................................................................................15
10 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 16
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1 TÍTULO DO PROJETO

ÚLCERAS DE PRESSÃO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO. REVISÃO DE LITERATURA.

2 INTRODUÇÃO

Úlceras de Pressão, são lesões cutâneas que surgem em resposta à falta de irrigação
sanguínea adequada à agressão à pele, são áreas de isquemia e necrose tecidular, que se
desenvolvem pela compressão prolongada dos tecidos moles, em áreas em que há
proeminência óssea, as regiões mais vulneráveis para o aparecimento das UP são as regiões
sacra, ísquia, trocanteanas, calcâneos, joelhos, escapular, cotovelos e occipital, são causadas
por fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente. O desenvolvimento de úlcera por pressão é
um grave problema, associado a forma inadequada da assistência prestada, podendo ter
natureza de formação multifatorial, e, portanto, a responsabilidade pela sua formação,
desenvolvimento e tratamento não é exclusiva dos enfermeiros, mas de todos os profissionais
que participam do processo de cuidar do paciente. A prevenção é a melhor forma de evitar o
surgimento desse tipo de lesão, e medidas simples podem ser implementadas pelas equipes de
enfermagem, O diagnóstico das úlceras de pressão, é realizado por cuidadosa inspeção diária
da pele dos pacientes acamados, que permite detectar os primeiros sinais de ulceração,
evidenciados pela vermelhidão do local,as lesões se classificam em estágios,esses são
importantes no planejamento e implementação de estratégias terapêuticas. O tratamento é com
auxílio de medicamentos tópicos,utilizados após limpeza completa do ferimento, controle do
estado nutricional do Paciente. As intervenções de enfermagem para a prevenção consiste em
orientação ao paciente e à família voltadas para higiene corporal, mudança de decúbito,
posicionamento no leito e em cadeira de rodas, denotando pertinência ao diagnóstico
elaborado.
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3 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho torna-se relevante em prevenção. Tratamento e assistência de


enfermagem em pacientes com ulcera de pressão, em razão do índice elevado de pacientes
acamados com UP que esta relacionada a formas inadequadas da assistência prestada
relacionada, podendo ter natureza de forma de formação multifatorial, gerando preocupação
com o paciente, podendo agravar a situação na qual o paciente foi hospitalizado levando mais
um cuidado a ser prestado. Sabe-se que a ulcera de pressão e um problema de saúde pública,
que aumenta na medida de tempo que o paciente esta hospitalizado, gerando uma elevação
das ocorrências de infecções hospitalares, desbridamento cirúrgicos e enxertos de pelo, a
reinternação de pacientes por estes motivos, levam a redução da qualidade de vida do
paciente, podendo gerar custos elevados. A prevenção e a melhor maneira de evitar futuras
complicações ao paciente a equipe de enfermagem pode implementar medidas simples como
estar atento a sinais da pele de pacientes com problemas de imobilidade física e etc. Deve ser
avaliado rigorosamente o tratamento para cada tipo de UP, para que não haja uso inadequado.
Quanto ao plano de enfermagem e de grande importância orientar o paciente e seus familiares,
para que seja feita higiene corporal mudança de decúbito e várias medidas que podem ser
tomadas.

4 PROBLEMATIZAÇÃO

Deve-se haver a prevenção para que não se forme uma UP no corpo do paciente, logo
após a sua hospitalização, observando os fatores de riscos para o seu desenvolvimento.
Quando encontra-se instalado a UP, procurar o tratamento adequado para cada estágio. Que
tipo de assistência deve ser realizada pela equipe de enfermagem para a prevenção e o
tratamento?
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5 HIPÓTESES

Com medidas simples do controle pode ser evitada a UP, e fundamental o apoio da
família e dos profissionais da área da saúde. Na medida que aumenta o tempo da
hospitalização do paciente, eleva os fatores de risco, como por exemplo um paciente com
dificuldade de mobilidade ou imobilidade física totalmente deficiente, levando a compreensão
prolongada dos tecidos, surgindo em resposta, a falta de irrigação sanguinea adequada.
Podendo assim levar o paciente a desenvolver a UP, acarretando a mais um tratamento, além
do qual ele foi hospitalizado. Devendo adequar um tipo certo de tratamento do paciente.

6 OBJETIVOS

6.1 Objetivo Geral

Identificar a atuação da assistência de enfermagem em pacientes com UP.

6.2 Objetivo específicos

Analise pela equipe de enfermagem a pacientes com problemas mobilidade ou


imobilidade total, para a prevenção e o tratamento da UP. Medidas simples de prevenção,
como as mudanças de decúbito, não deixar o paciente com corpo úmido, não causar força de
tração ou fricção no paciente, O tratamento com uso de coberturas, Limpeza e
Desbridamento das Úlceras de Pressão, para um melhor resultado de uma possível cura.
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7 REFERÊNCIAL TEÓRICO

A Ulcera de Pressão (UP) segundo Medeiros et al (2009, p.224). ´´E definida por
qualquer lesão causada por uma pressão não aliviada, cisalhamento ou fricção que podem
resultar em morte tecidual, sendo freqüentemente localizada na região das proeminências
ósseas, que alem de ocasionar dano tissular, pode provocar inúmeras complicações e agravar
o estado clinico de pessoas com restrição na mobilização do corpo.`` Sendo as regiões mais
vulneráveis para o aparecimento das UP são as regiões sacra, ísquia, trocanteanas, calcâneos,
joelhos, escapular, cotovelos e occipital. Sua etiologia é dependente de fatores extrínsecos
(pressão, força de tração, força de fricção, maceração / umidade excessiva) e intrínsecos
(imobilidade, alterações da sensibilidade, incontinência urinária ou fecal, alterações do estado
de consciência, idade, má perfusão / oxigenação tecidular, estado nutricional) (OLIVEIRA, et
al, 2009, p.245). Isso pode levar a um quadro de debilidade progressiva com conseqüente
baixa na resistência imunológica, o que pode possibilitar a entrada de microorganismos
nocivos, como, por exemplo, estreptococos, estafilococos e Escherichia coli. Quando não
fatais, essas infecções prolongam a doença e aumentam os dias de internação do paciente
(MOURA, et al, 2005, p.276).
As úlceras por pressão por muito tempo foram descritas como sendo um problema
estritamente de enfermagem, decorrente de cuidados inadequados por parte desses
profissionais. Várias estudos mostram que a UP podem ter vários fatores, assim não sendo da
equipe de enfermagem a total responsabilidade do paciente desenvolver uma UP. São
consideradas problema de grandes repercussões, tanto para o enfermo quanto para os seus
familiares e instituições prestadoras de cuidados. É imprescindível que os profissionais da
área de saúde atuem para prevenir essas feridas, adotando medidas profiláticas fundamentadas
em conhecimentos científicos, pois é sabido que um bom trabalho de prevenção pressupõe o
conhecimento da etiologia e também da realidade institucional em que o paciente encontra-se
inserido. Encontra-se em Carvalho et al (2007, p.81) que ´´Essa realidade aponta para a
necessidade precípua da sensibilização de todos os profissionais de saúde, para a adoção das
medidas profiláticas das UP, desde a internação do paciente até a finalização do seu preparo
para a alta hospitalar``. A prevenção da úlcera por pressão é mais importante que as propostas
de tratamento, visto que o custo é menor e o risco para o paciente é praticamente inexistente.
Porém, este processo deve envolver uma equipe multidisciplinar integrada para a obtenção
dos melhores resultados. O conhecimento e entendimento da definição, causas e fatores de
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risco por parte dos profissionais da saúde se faz necessário, a fim de se implantar medidas de
prevenção e tratamento mais eficazes (GOULART, et al, 2010). Os indivíduos restritos ao
leito ou cadeira, ou aqueles que são incapazes de se posicionar são os mais propensos para a
formação de úlceras por pressão, portanto devem receber atenção sistematizada para evitar
fatores adicionais que resultem na lesão do tecido (GOULART, et al, 2010). Estima-se que
programas preventivos, baseados em pesquisa e guiados pela avaliação do risco do paciente,
podem simultaneamente reduzir a incidência em até 60% e diminuir os custos da prevenção
(COSTA, et al, 2004).
A prevenção das Ulceras de Pressão, e realizadas com intervenções da equipe de
enfermagem e pode ser feitas com as seguintes formas:

• O enfermeiro possui ações determinantes na prevenção e tratamento das ulceras por


pressão;
• Assistência individualizada para cada paciente, criar protocolo para a prevenção da
UP;
• Escala de Braden pode ser utilizadas, para a avaliação de risco, e adaptada para a
língua portuguesa;
• Quadro ilustrativo contendo as regiões mais propensas ao aparecimento de UP;
• Uso de colchões de poliuretano (caixa de ovo), para pacientes com déficit de
mobilidade;
• Observar os fatores de risco e direcionar o tratamento preventivo, modificando os
cuidados conforme os fatores individuais;
• Mudança de decúbito de duas em duas horas, realizar massagem de conforto;
• Colocar travesseiros em forma de rolos entre as regiões que tenham saliências ósseas
para proteger;
• Registros das alterações da pele do paciente seguindo os estágios de classificação das
úlceras por pressão proposto pela NPUAP (National Pressure Ulcer advisory panel)
em 1989;) (MEDEIROS, et al, 2009);
• Tratamento da pele antes que acha a UP, a fim de prevenir a lesão;
• Checar as áreas vulneráveis da pele de todos os pacientes de risco, e fazr prevenção
com uso de cremes a base de ácidos graxo, nutrição adequada e etc.
• Verificar as intervenções e os resultados obtidos;
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• Implementar medidas simples para proteger, evitar complicações adversas de forças


mecânicas externas;
• Explicar cuidados a serem seguidos para pessoas que tomam conta do paciente fora do
hospital ;

Percebe-se a importância do conhecimento de toda a equipe envolvida no cuidado e também


do bom senso das unidades de saúde para o controle do problema que pode ser evitado
(GOULART, et al, 2010).
O diagnóstico das úlceras de pressão é realizado por meio de métodos visuais
(CARVALHO, et al, 2007, p.80), e de extrema importância que se classifique a UP, para
haver um tratamento adequado. A classificação mais utilizada da UP é a proposta pela
National Pressure Ulcer Aadvisory anel(NPUAP) e está relacionada ao nível de
comprometimento dos tecidos envolvidos definidos em quatro estágios distintos (BEZERRA,
et al, 2009, p.5298).
O tratamento consiste quando a prevenção não foi adequada ao paciente, segundo
Moura et al (2005, p.281) para que se obtenha reparação tecidual satisfatória, é necessário
favorecer condições locais por meio de terapia tópica adequada para viabilizar melhor
cicatrização. Processo de reparação tecidual e delineada pelos seguintes princípios: remover
tecidos necróticos e corpos estranhos do leito da ferida, pois esse tipo de material favorece a
contaminação do tecido e dificulta a reparação do tecido lesado. Deve-se, também, identificar
e eliminar processos infecciosos, absorver o excesso de exsudato, manter a ferida limpa e
seca, manter úmido o leito da ferida, promover isolamento térmico e proteger a ferida contra
traumas e possíveis contaminações. A limpeza e a cobertura caracterizam as etapas da terapia
tópica ( MOURA, et al, 2005, p.281).

Limpeza

A limpeza da ferida deve ser feita, de preferência,


utilizando-se métodos que consistem na aplicação de líquidos anti-
sépticos procurando minimizar o risco de trauma mecânico ou
irritação da lesão. As soluções utilizadas na limpeza devem ser
aquecidas previamente para que a temperatura nas bordas da ferida
não seja reduzida. Acredita-se que uma temperatura próxima da
temperatura corporal, ou seja, aproximadamente 37 graus, é ideal
uma vez que estimula a multiplicação celular no local da lesão
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acelerando e otimizando as fases de cicatrização. A limpeza deve


ser feita sempre no início da lesão e deve ser repetida quando da
troca de curativos. Materiais, como gaze, compressas ou esponjas
são os mais indicados uma vez que minimizam o trauma local e a
lesão. Substâncias citotóxicas, como, por exemplo, água oxigenada
ou solução à base de hipoclorito de sódio (líquido de Dakin) devem
ser evitadas, pois sua ação química retarda o processo de
proliferação celular. A utilização de solução salina a 0,9 % é a mais
indicada para a limpeza da maioria das úlceras de pressão. A
pressão de irrigação deve ser empregada com seringas esterilizadas
com agulhas que permitam alcançar a pressão de, aproximadamente,
4 a 15 libras por centímetro quadrado. Acredita- se que, abaixo
desse valor, a pressão de irrigação seja insuficiente para a limpeza
da ferida (MOURA, et al, 2005, p.281).

Desbridamento

O desbridamento é o processo pelo qual objetos estranhos e


tecidos não viáveis são retirados do local da lesão, limpando-a no
intuito de proporcionar ambiente ideal para a cicatrização. O mais
utilizado é o autolítico, que consiste no uso das enzimas encontradas
no organismo humano para remover o tecido necrótico. Essa forma
de desbridamento quase nunca provoca dor, o que o torna mais
confortável e menos traumático. Tem a ação lenta, mas é bastante
seletivo. Essa técnica é contra-indicada em caso de lesões
infectadas, em grandes áreas de necrose e em pacientes
imunodeprimidos. O desbridamento autolítico é conseguido
utilizando-se hidrocolóides, hidrogel e filmes transparentes (
BLANES, 2010).

Coberturas

A oclusão com uso de coberturas e importante na terapia tópicasbridamento.


Classificação das coberturas se dão em primaria e secundaria. Primaria permanece em contato
direto com a lesão, a secundaria fica sobre a cobertura primária, podendo ser gazes,
chumaços, entre outros
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Tipos de coberturas:

Filme de Poliuretano

Cobertura estéril, composta por filme transparente de


poliuretano com espessura de 0,2mm, semi-permeável, ou
seja, possui permeabilidade à gases como o O2, CO2 e vapor
de água e é impermeável à líquidos e bactérias. Devido a sua
transparência, permite a inspeção contínua da ferida ou a
visualização da inserção de catéteres. A película possui
propriedade elastomérica e distensível, sendo, portanto
facilmente adaptável a áreas de contorno do corpo. É
constituído de adesivo acrílico hipoalergênico, permitindo
aderência somente à pele íntegra e não aderindo à superfície
úmida, evitando o trauma durante a sua retirada. Deve ser
colocado 1 a 2 cm além da margem da ferida. Os filmes
transparentes são versáteis, podendo ser utilizados tanto como
coberturas primárias quanto secundárias. Estas coberturas são
indicadas para tratamento de feridas superficiais minimamente
exsudativas, sendo benéfico para áreas doadoras de enxertos
cutâneos com baixa exsudação; proteção de feridas cirúrgicas
sem complicações; fixação de catéteres; curativo secundário;
prevenção de lesões de pele por umidade excessiva ou atrito
(ex: úlcera por pressão e lacerações). Para catéteres deve-se
utilizar os desenvolvidos especificamente para essa finalidade,
a fim de evitar acumulo de umidade nos mesmos. Os filmes de
poliuretano reduzem a dor e promovem a epitelização das
feridas. Algumas contra-indicações são feridas infectadas ou
exsudativas e a presença de sinus. A cobertura deve ser
avaliada diariamente, podendo permanecer no local por tempo
indeterminado quando em uso profilático de lesões de pele, e
deve ser trocada quando houver acumulo de exsudato ou
descolamento do mesmo. Se manipulado de maneira incorreta,
podem aderir a si próprios ( BLANES, 2010).

Hidrocolóide

Cobertura estéril, composta por espuma externa ou filme de


poliuretano (permeável ao vapor) unida a um material interno, sendo
mais comumente a carboximetilcelulose, gelatina e pectina Em
contato com a ferida, o hidrocolóide interage com o exsudato para
formar um gel. Esse gel cria um meio úmido na superfície da ferida,
que estimula a síntese do colágeno e acelera o crescimento e a
migração das células epiteliais. O gel evita a aderência à ferida e
proporciona alívio da dor, por manter úmida as terminações
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nervosas. A camada impermeável à água e gases promove


isolamento térmico e meio hipóxico, que estimula a angiogênese. A
inibição do crescimento bacteriano é potencializada pelo
microambiente ácido promovido pela oclusão com este polímero. O
meio úmido desencadeia a ação das enzimas que liquefaz o tecido
necrótico,atuando na limpeza e desbridamento autolítico. Deve ser
indicado para quaisquer feridas com volume pequeno ou moderado
de exsudação. Não se recomenda a utilização dos hidrocolóides
tradicionais em ferida clinicamente infectada. Os hidrocolóides têm
diferentes apresentações, em placa (com diferentes espessuras e
tamanhos), pasta ou pó, que facilitam o uso, tanto na aplicação como
na remoção sem trauma, bem como uma infinidade de indicações.
Ao aplicar a cobertura, deve ser assegurada margem de
aproximadamente 2 cm, para aderir à pele íntegra. As trocas são
simples e relativamente indolores. A cobertura pode permanecer por
até sete dias, dependendo da avaliação diária, e deve ser trocado
quando houver extravasamento do gel ou descolamento das bordas.
O gel criado pelo curativo é, em geral, “purulento” na aparência,
com odor acentuado e não deve ser confundido com infecção (
BLANES, 2010).

Hidrogel

É um gel transparente, formado por redes tridimensionais


de polímeros e copolímeros hidrofílicos compostos de água (78 a
96%), uretanos, polivinil pirrolidona (PVP) e polietileno glicol3,28.
Está disponível em forma de placa e gel e requer a utilização de
cobertura secundária. Reduzem significativamente a dor, dando uma
sensação refrescante, devido a sua elevada umidade que evita a
desidratação das terminações nervosas. Esse ambiente ajuda na
autólise, ou seja amolece e hidrata tecidos desvitalizados, facilitando
sua remoção. Em feridas livres de tecidos desvitalizados, propicia o
meio ideal para a reparação tecidual. São indicadas em feridas com
perda tecidual parcial ou profunda, feridas com tecido necrótico,
áreas doadoras de pele, queimaduras de primeiro e segundo grau,
dermoabrasões e úlceras. Devido a reduzida capacidade de absorção,
é contra indicada em feridas exsudativas. No entanto existem alguns
produtos que associam o hidrogel ao alginato de cálcio, ampliando
seu uso para feridas com moderado exsudato. As trocas devem ser
realizadas entre 1 a 3 dias ( BLANES, 2010).

Papaína

Nos últimos anos tem-se dado muita atenção ao papel


desempenhado pelas enzimas proteolíticas no processo de reparação
dos tecidos danificados e seu efeito na retirada de tecidos necróticos,
desvitalizados e infectados da lesão. A papaína vem sendo utilizada
há algum tempo em estudos clínicos, com resultados favoráveis.
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Enzima proteolítica, de origem vegetal extraída da Carica papaya, é,


após o seu preparo, um pó de cor leitosa, com odor forte e
característico. Sua molécula é constituída de 17 aminoácidos
diferentes com massa molecular relativa de 20900. É solúvel em
água e glicerol, mas praticamente insolúvel no álcool, éter e
clorofórmio; é inativada ao reagir com reagentes oxidantes como o
ferro, oxigênio, derivados do iodo, água oxigenada e nitrato de prata.
Por ser uma enzima de fácil deterioração, deve ser mantida em lugar
fresco, seco, ventilado e protegido31. É armazenado em geladeira
para maior segurança da manutenção de sua estabilidade. Em um
estudo experimental de reparação tecidual de feridas cutâneas
utilizando a papaína a 2% foi observado o desenvolvimento de
tecido de granulação mais exuberante, apresentando maior número
de fibroblastos e fibras colágenas, em relação ao grupo controle. A
papaína atuou de forma eficaz nas fases inicial e de fibroplasia das
feridas tratadas. É adquirida por meio de manipulação, sendo
utilizada em pó, ou pasta. Na forma de pó, deve ser preparada
imediatamente antes da realização do curativo em concentrações que
variam de acordo com a característica da ferida. A solução de
papaína a 2% é utilizada para promover a granulação e epitelização
da ferida, e a 10%, no desbridamento de tecido desvitalizado. É
utilizado no amolecimento e remoção de tecido desvitalizado,
particularmente em pacientes nos quais esses tecidos são produzidos
logo após o desbridamento cirúrgico. Estudos afirmam que a
papaína não danifica os tecidos íntegros, em virtude da ação da
antiprotease plasmática, a 1-anti-tripsina, que impede a ação das
proteases nos tecidos saudáveis, não interferindo na integridade do
tecido viável, porém deve-se ter precaução com o produto da
digestão desta enzima, ou seja, o exsudato da ferida contendo esta
substância, pode ser irritativa sobre a pele íntegra, sendo necessária
trocas freqüentes de curativos, para evitar lesões na pele ao redor da
ferida ( BLANES, 2010).

Carvão ativado

Cobertura estéril, composta de tecido de carvão ativado


impregnado com prata, envolvido externamente por invólucro de
não-tecido poroso feito de fibras de náilon, selado em toda sua
extensão. É produzido pela carbonização de raiom de viscose.
Possui um sistema de poros no tecido capaz de reter bactérias, que
são inativadas pela ação da prata, diminuindo a contagem bacteriana
e, consequentemente odores desagradáveis. É uma cobertura
primária e requer cobertura secundária, sendo usualmente com
gazes, que deve ser trocada diariamente ou mais de uma vez ao dia,
porém o carvão deverá ser trocado assim que atingir o ponto de
saturação. É indicado para feridas infectadas ou não, deiscências
cirúrgicas, úlceras vasculogênicas, feridas fúngicas, neoplásicas,
úlceras por pressão e aquelas com drenagem de exsudato moderado
ou abundante. É contra indicado em feridas secas e recobertas por
escara. Em lesões com pouco exsudato, o carvão ativado pode aderir
e causar sangramento durante sua remoção, principalmente nas áreas
com tecido de granulação. Não deve ser cortado, pois tem risco de
dispersão de partículas de carbono no leito da ferida que atuarão
como corpos estranhos ( BLANES, 2010).
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Alginatos

Os alginatos são polissacarídeos derivados do ácido


algínico, que por sua vez é obtido principalmente, de algas marinhas
da espécie Laminaria. É utilizado há algumas décadas devido a suas
propriedades hemostáticas. O sódio do exsudato e o cálcio do
alginato sofrem troca iônica formando um gel solúvel de alginato de
sódio. Esse gel não é aderente à ferida. A geração de íon livre de
cálcio amplifica a cascata de coagulação conferindo propriedade
hemostática. É indicado para feridas exsudativas, uma vez que o
exsudato é necessário para transformar o alginato em gel. Também
são utilizados para o tratamento de feridas de espessura total, como
deiscência de ferida cirúrgica, úlceras, etc. É de fácil aplicação, tem
duas apresentações, em placa ou fita. Pode ser repartido para se
moldar ao tamanho da ferida, porém deve ser bem avaliado quanto
sua indicação por ter custo elevado. É classificado como cobertura
primária, sendo necessária uma cobertura secundária. O alginato
precisa ser trocado apenas quando estiver bem saturado. O gel emite
um odor forte e tem aparência purulenta que não deve ser
confundido com infecção( BLANES, 2010).

É claramente perceptível que para uma boa assistência de enfermagem necessita de


uma equipe multidisciplinar integrada que ofereça apoio, a prevenção e tratamento com um
atendimento integral e humanizado.

8 METODOLOGIA

O presente estudo será realizado através da pesquisa exploratória, tendo como


finalidade, assistência que a equipe de enfermagem pode oferecer ao paciente com problemas
de mobilidade ou imobilidade total, levantando as formas de prevenção e os tipos de
tratamento, será realizado através de revisão bibliográfica, utilizando-se livros nacionais,
artigos científicos, simpósio e revistas.
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9 CRONOGRAMA

ATIVIDADES F M A M J J A S O N D J F M A M J J
E A B A U U G E U O E A E A B A U U
V R R I N L O T T V Z N V R R I N L
1 Contato c/orientador x x x x x x
2 Preparação da pesquisa x x x
3 Escolha do assunto x x
4 Esboço do plano x
5 Metodologia X
6 Pesquisa Bibliográfica x x x x x X x x x x x x x x
7 Plano Definitivo x
8 Revisão da Documentação x x
9 Revisão Manuscrito X x
10 Revisão Referencial x
11 Digitação final X X
12 Defesa perante a Banca X

10 REFERENCIAL
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BEZERRA, Sandra Marina Gonçalves; LUZ, Maria Helena Barros Araújo; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista.
Prevalência de Úlcera Por Pressão em Pacientes Acamados no Domicilio. 61º Congresso Brasileiro de
Enfermagem, Fortaleza Dezembro 2009. Disponível em <http://www.abeneventos.com.br> acessado em 06 abril
2010.

BLANES, Leila. Tratamento de feridas. Disponível em < http://www.bapbaptista.com/feridas_leila.pdf >


acessado em 27 abril 2010.

CARVALHO, Lucimeire Santos; FERREIRA, Suiane Costa; SILVA, Cátia Andrade; SANTOS, Ana Carla
Petersen de Oliveira; REGEBE, Célia Maria Costa. Concepções dos Acadêmicos de Enfermagem Sobre
Prevenção e Tratamento de Úlceras de Pressão. Revista Bahiana de Saúde Publica, v.31, n.1, p.77-89, jan/jun.
2004. Disponível em <http://www.saude.ba.gov.br > acessado em 23 março 2010.

COSTA, Idevania Geraldina ; CALIRI, Maria Helena Larcher . Incidência de Úlcera de Pressão em centro de
terapia Intensiva de um Hostpital niversitário e Fatores de Riscos Relacionados. Revista Paulista de
Enfermagem, São Paulo, v. 23, n. 3, 2004. Disponível em < http://www.praxiseducativa.com.br > acessado em
03 abril 2010.

GOULART, Fernanda Maria; FERREIRA,Juliana Assis; SANTOS, Katiúscia Aparecida; MORAIS, Valeria
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acessado em 23 março 2010.

MEDEIROS, Adriana B.F; LOPES, Consuelo H. A. de F; JORGE, Maria S.B. Analise da Prevenção e
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MOURA, Carlos Eduardo Maciel; SILVA, Luciana Leite Melo; GODOY, José Roberto P. Úlceras de Pressão :
Prevenção e tratamento. Universidade Ci. Saúde, Brasília, v.3, n.2, p.275-286, Jul/Dez. 2005. Disponível em
<http://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/PrevencaoDeUlcera.pdf> acessado em 23 março 2010.

OLIVEIRA, Maria Rita Marques; MENASSI, Andréia Perin; KOND, Koitishi; RAVELLI, Michele Novaes;
MERHI, Vânia Aparecida Lenadro. O Estado Nutricional na Prevenção de Úlcera de Decúbito em Pessoas
Acamada. Revista Brasileira Nutrição Clinica, v.24, n.4, p.244-248; 2009. Disponível em <
http://www.sbnpe.com.br/revista/ > acessado em 25 março 2010
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