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= Z Gg oF S oe a Antonio Moliterna caderno de MUROS) wa AY 2" edicio revist: ALei de Direito Autoral (Lei no 9.610 de 19/2/98) ho Titwlo VII, Capitulo I diz — Das Sangées Ci Ant 103, Avt. 104 titular cuja obza seja faudulentamente reproduzida, ‘ou de qualquer forma mlilizada, poders requerer a aprecnsio dos cexemplares reproduzidos ou a suspensfio da divulgago, sem prejulzo da indenizagio cabtveb Quem editar obra terra, anfstica ov cienffica, sem sutorizagiio do titular, perders para este os esemplares que se apreenerem e pagar Ihe-& 0 prego dos que tiver vendido, rrsigafo nico. Nio ss conhecendo o minnero de exemplares que cconstittem aedigie fraudulenta, pagaréo transgressor o valor de {uds mil exemplares, kgm dos apreendids. (Quem vender, expuser 2 venda, acultar, adquiti, distribu, ttver fem depésito ou utilizar obra ov fonagrama reprodurides com fraude, com a finalidade de vender, obtor ganho, vaniagenn, proveito, lucro dizeto ou indivelo, pata si ou para Outeem, ser solidaviamente responsive com © cantrafator, nos termos dos artigos precedente, espondendocomo contratatores 0 impostador ibuidor em enso de repredugio no exterior ANTONIO MOLITERNO Engenheiro Owl, Professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, Faeuldade de Engenharia da Fundagio Armando Absares Pentendo e Faculdade de Engenharia Sto Paul, CADERNO DE MUROS DE ARRIMO 2° edicio revista Revisao: MARCEL MENDES Engenheiro Civil, Professor da Kscola de Engenharia da Universidade Mackenzie. EDITORA EDGARD BLUCHER www. blucher.com. bi CONTEUDO. I—1NrRopugAo — ESTABILIZAGRO DAS ENCOSTAS [2 — ESTABILIDADE DOS TALUDES ..... 12.1 — TADUDES EM SOLD 7 SUTALUDES EM ROCHA 272... 1— MBTODOS PARA SE AUMENTARCA ESTABILIDADE DOS TALUDES 131 ~ pmavurego Da mcuinacko 13.2 — DRENAGEM Sa 133 — BeRMas. 134 — ISTAQUEAMEN TORO i BO FALtiBE 13.3 — MUROS DE ARTIMO 136— CHUMBAMENTO. 1G 7 — WEVESTIMENTO 3:8 — ONSTRUCAO DE FISSURAS. 139 INEGOES Tl —MUROS DE ARRIMO. ILI — CONSIDERAGOES PRELIMINARES - I.2 — EMPUXO DETTERRA F 12.1 — CAUSAS DO ENIPUXO ATIVO 2100S 113 — CALCOLO DO EMPUXO. seeseen : 113.1 — TEOWIA DE COULOMB. 13.2 — DETERMINAGAO DO EMPUXO ML — TIPOS DE MUROS DE ARRIMO IL — TIPOS DE MUROS DE ARRIMO POR GRAVIDADE OU PESO Mlb — PERE RETANGULAR o.oo = PERELL TRAPEZOIDAL = PERFIL ESCALONADO TLL — ESERUTURA be Pons ILLS — MUROS CONTRAFORTES OU GiGANTES -MUROS LIGADUS A ESTRUTURA 1,2 — TIPOS DE MURO DE ARRIMO DE CONCRETO ARMADO UL2.1 ~ MUROS ISOLADOS, W121. ~ MUROS CORRIDAS OU CONTINGDS Hi212— MOROS Colt cloaNzRs Qu con raAitiis 2.1.3 — MUROS LIGADOS AS ESTRUTURAS IV — ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE ARRIMO . 1V.1 — CONSIDERACOES PRELIMINARES 1V.2— CONDIGOES DE EQUILIBRIO. 12.1 — EQUILIDRIO ESTATICO (22 — EQUILIBRIO ELASTICD W28— soLUEAO GieAriCa 192.4 — THNSAO MAXIMA BXCLUINDO & ZONA THACIONADA 1V.3 — MUROS DE ARRIMO POR GRAVIDADE. ” 13.1 — 18 PANTE— VERIFICACAO DO CONUNTO ws... AT 1V'3.2 — 2 PAICTE — VERIFICACAD DAS HINTAS. 3 1V333— EXEMPLO PRATICO ~ CALCOLO DO PROJETO Dit UNE AitiRO DE ARHINO DE CONGRETO CICLOPICO s.sse- 01+ + 38 13.31 — DADOS NEI 3a 1312 — Rixacao Bas binnEMONS 3 1V3.33 ~ VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE. TnL ao IV — MURO DE ARRIMO FLASTICO DE CONCRETO ARMADO — TIPO CoREIDO OU CONTINUO 6 Wa. CONSIDERACAO PRELIMINAR aia 56 103 — CaRGAS SOLICITANTES. : 8 13 — MARCHA DOS CALCULOS e IV — PHOJETO DE. UN MICO DE AitiniG DE CONCHRETO AIIMADO — TIPO CORRIDO. ie HPO] IV.4.4.1 — DADOS BF ESPECIBICAGOES » » 1V.4a2 — PRorero ESTRUTURAL n IVS ~ MURO DE ARRIMO COM GIGANTES OU CONTRAFORTES .. ” 1V.5.4 — MUROS COM GIGANTES — TUNDACAO DIRETA .<-..00-... 97 182 — EXEMPLO DE-UMMURO DE ARIINO COM GIGANTE#S — FUNDAGAO DIETA. 109 13.21" DADOS SEI gos) 13.22 — PRE DINENSIONAENEO CD Mo Wve 110 1V8.2.22 — Vesiengio da estaba do conto — Pane m1 1V'32.4 ~ CALCULO DOS ESFORGOS INTERNOS Souci antes 6 Prakr0 ba AaNacio — ale os giantess 1.5.2.3. — Vigna corement 1.8.2.3 — Caleta da pain IVS.23-4 — Vige de anenragem | ns 158.2358 — Gigante 13.24 ~ OUTRAS VERIEICAGO 1.5.2.1 — Finager conta 13.2422 — Gone 18243 — Flsuragio— Nb Oi 1V.S..44 — Comprimonts de ancoragen 3 — MUROS COM CONTRAFONTES OU GIGANTES — FUNDAGAO SOBRE ESTACAS ‘7 1.531 ~ ConPienewracio D9 Eouitisio EsTATICO — DESLIZAMENTOE ROTACAO os onccscesevees 140 1V53.2 — CONSIDERACOES PRELINIINARES ut 1VS333— Manet Das OPERACDES Pana Viti ACHO BO DESLOCANENTO F ROTAGA 1534 ~ DETERMINACHO DOS ESFORGOS SOLiCHEANAES we INTERNOS NAS RSTACAS Ms 1V53.35 — QUTRAS PROPOSI 146 Wv.s4— EHOIETO DE UM MURO DE ARRIMO COM GiGANTES — TUNDAGAO SOBRE TSTACAS...-.- pone 9 IS. DADOS ddd I W.S.41.1 — Deseo domuro CO gp W342 — Rateon petals sonar] T8413 — Sato. 19 IV54.2 ~ VERIFICAGAO Da ESTABILIDADE DO COMIUNTO 151 1.5.4.2. — Cielo doen 1st 1V8.422— Esabidedseatiiee do etaqcamenio 2152 15.4.3 ~ CALCULO DO CARREGAMENTO NAS ESTACAS .-. 385 W541 — Cangas vets eesceseeesssesseeses 15S 1V.8:43.3 — Panto de allen da ioral TV.8.4.3.6 — Salltagio nas toes VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE BLASTICA Dieting Brack IV.$45 — CONCLUSAO 154.6 — SOLUCOKS DIVERSAS Pilea MANTER OS TALUDES #STAVEIS {I SOLUCOES) 13 SOLUCAO ~ MANTER 0 CORTE PROTEGIDO, SEM 4 ConsTRUCAO DO MORO DEARRINO: 22 SOLUCAO — MURO DE AiVENARIA BE Tiidio: COM LAIE DE EQUILIDRIO EM CONSOLO ENGASTADA NO PROPRIO HURO. WSAd 156 136 156 ist wr 188 160 160 a s 161 38 SOLUCAO — GIGANTES E CINTAS DE CONCRETO ARMMADO~ PAREDES DE EVEN ARA 16 4° SOLUGHO ~ ALVENARIA AR\ADA BE BIB OS 164 beconeneto “CRB WALL ie = SOLUCAO — KIMO BLoco 7" SOLUGA — TERRA ARMADA (rit ARMEE) : se soLueso — BStAcaA Air (bats RADICE) 9: SOLUCAO — PAREDES DIAFRAGMAS 109 SOLUGAO — CORTINA ATIRANTADA POR EAnOS PROTENDIDOS 118 SOLUGAO — GIGANTES DE FERDS MEALICOS E CORTINA DE CONCRETO OU MADEIRA 128 SOLUGKO — BSTAEAS AN 138 soLugaO — PAREDES DE ESTACOES 60 Tunusons 142 soLucho — GaBiors 2 15! SOLUGAO — SAcos DE Sox CiniENEO |. ss soLucio APENDICES ‘| AL — SONDAGENS 1A2 — PREVISAO APHOXIMADA DAS CARGAS ABMISSIVNS BARA FUNDACOES ‘Ai — FUNDACORS SOBRE ESTACAS erie ‘Ad — BSTACAS INCUINADAS. AS — DETERMINACAO Do cOMPHINENTO BAS ESTACAS eH Ne — PARAMETROS PARA O CALCULO DO EMPUXO. ‘Al — BSTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS orevrs ss 7 ae ‘Ab — CAUSA.DOS ACIDENTES COM ARRINO ian 7 ‘ORTINA LIGADA AS ESTRUTURAS De EDIFICIOS ABACO PARA VERIFICACAD DAS ESTACAS DE CONCHTO CENTHRFUGADS ‘ALL — PLEXAO NOwiMA SS 188 = 1 — INTRODUGAO. A construgio de um muro de arrimo, representa sempre um elevado énus no orcamento total da estrutura de uma obra, Hi inimeros casos, em que esta etapa teve seu custo superior ao da pr6- ria edifcagao. © muro de arrimo nada mais é do que um detalhe localizado, nas obras de estabilizagio das encostas, nas regides montanhosas, junto as edificagdes, estradas ou ras, A técnica atual de atirantamento ¢ ancoragem, embora com certas restri- ‘g0es, tem sido a Unica solugdo vidvel, economicamente. LI — ESTABILIZACAO DAS ENCOSTAS © engenheiro, antes de se decidir sobre a solugdo para atender ao pro- blema de contengio de um talude, deve procurar se identificar com a natu- reza geoldgica da regido onde deverd ser implantada a obra. Convém observar atentamente o comportamento das construgées simila- ‘es j executadas, principalmente em terrenos com ocorréncia de diaclases pre~ ‘enchidas com “montmorilonita” (mica) © no sopé de montanhas constituidas de material alterado classificado como “COLUVIO" (Talus) A contengio dos taludes com predomindncia desses matcriais & ainda bas- {ante cmpirica, conseguindo-se resultados satisfat6rios desde que seja impedida 4 saturagio (encharcamento). Deve ser observado, antes de implantar a obra de contengio, se nao hé ‘ocorréncia de movimentos lentos da encosta (creep), manifestada pela fissura- cio da superficie ¢ inclinagao das arvores, rupturas de canalizagio de esgotos € &guas pluviais. Neste caso, qualquer obra de contengiio sera de pouca confiabilidade, pois dependeré apenas da cessasdio temporaria’ da movimentagio, jé que a sua ma- ifestaglo ¢ ciclica; rompido o equilibrio do manto de solo superficial que 2. CADERWO DE MUROS DE AnRIMO reveste 0 "talus", geralmente por desmatamento ou pequena escavasto para implantagéo de uma obra, teremos deslizamentos bruscos, tornando-se até gra ves, com o desprendimento de matacdes 1.2 — ESTABILIDADE DOS TALUDES Genericamente, a estabilidade de um taiude depende dos seguintes fatores: 1.2.1— TALUDES EM SOLO ) Propriedades fisicas ¢ mecinicas dos materiais ) Forma do talude © macigos adjacentes ©) Influéncia da pressfio d'égua. 1.2.2— TALUDES EM ROCHA 4) Distribuigdio da descontinuidade das camadas ') Tensdes internas no macigo, 13 — MBTODOS PARA SE AUMENTAR A. ESTABILIDADE DOS TALUDES 1.3.1— DIMINUIGAO DA INCLINAGKO (Melhora-se 1 estabilidade, po- rim aumenta-se a frea exposte’& erosdo das gues pluviais) 1.3.2— DRENAGEM (superficial ou profunda) 13.3 — BERMAS 1.3.4— ESTAQUEAMENTO NO PE; DO TALUDE (estacas pranchs) 13.5 — MUROS DE ARRIMO 1.3.6 ~ CHUMBAMENTO (ancoragem e atiramento) 1.3.7 — REVESTIMENTO (gramagio, concreto projetado, solo-cimento, im- primagao asféltica como protegio contri rosie) 1.3.8 OBSTRUCAO DE FISSURAS (cinento ou betume) 1.3.9— INJECOES (cimento, solugio de siicato de sédio, cal, resinas para consolidugio) © escopo deste trabatho, fxur-se-4 apenas, aos casos de mutes de arrimo, Il — MUROS DE ARRIMO IL.1 ~ CONSIDERAGOES PRELIMINARES, © projeto de um muro de arrimo, como acontece com qualquer outro tipo de estrutura, consiste essencialmente’na repetigio sucessiva de 2 passos: Antonio Mowerno 3 a) Determinacdo ou estimativa das dimensdes b) Verificagio da estabilidade aos esforgos atuantes. Para a escolha das dimensdes, o projetista langa mao da prépria experién: cia ¢ observago ou, ainda, pode ser orientada por formulas empiricas. Determinadas as forgas que atuam na estrutura, tas como 0 seu peso proprio, empuxos causados pela pressio da terra, eventuais cargas aplicadas rno topo do muro € as reagbes do solo, podemos ter a idéia da estabilidade. Conhecimentos da mecinica dos Solos, so importantes em duss fases do projeto: a) Avaliagtio da pressto da terra atuando no muro b) Verificagio da capacidade suporte do solo das fundagdes, Esses assuntos nifo sero desenvolvidos, faremos apenas ligeira eborda- gem objetivando aplicagao aos muros de arrimo. IL2 — EMPUXO DE TERRA Chamamos empuxo de terra ao esforgo exercido pela terra contra o muro. © empuxo de terra pode ser ativo ow passive. Serd considerado passivo, quando atuar do muro contra a terra (6comum no caso dos escoramentos de valas ¢ galerias) A) EMPUXO PASSIVO Escoramenta de volo Alicentomento de. encoste 4 CADERNO DE MUROS DE ARRIMO B) EMPUXO ATIVO Q_empuxo ativo, designa-se pela resultante da. pressiio da terra contra or diante simplesmente de empuxo, nos célculos) Muro de orrimo (Por gravidade) 11.2.1 ~ CAUSAS DO EMPUXO ATIVO A) CORTE DO TERRENO Imaginemos o caso de um terreno no seu estado natural de repouso (Fig, 1). © macigo se mantém no seu equilibrio estivel indefinido, desde que niio seja afetado pela erosio. ‘Admitimos @ hipétese de uma construgdo no nivel da calgada; temos, Portanto, um corte no macigo, conforme indica a Fig. 2. Antonio Mottere Perfil do terreno cortodo Figure 2 Decorrido certo intervalo de tempo (dias, meses ou anos), 0 terreno adja vente ao corte, na parte superior, apresenta as primeiras fendas (Fig. 3), Isto representa o inicio da manifestacio do empuxo; observa-se também o comego dda desagregacio do solo, com ligeiro deslocamento da superlicie cortada, 0 que j# € uma situagio de equilibrio instéve. 08 Segue-se, a qualquer instante, a roptura, com o deslizamento de uma cunha de terra, tomando o corte a forma da Fig. 4; nesta situagho a ago do empuxo foi total. 6 cADEANO DE atUROS DE ARAM Observando a superficie de escorregamento da Fig. 4, poderia facilmente ser constatado que o ferreno procurou Se adaptar ao seu estado inicial de re- pouso, isto é voliou a ter sua dectividade, fazendo o mesmo Angulo p com horizontal, ‘como na Fig. 1 CONSIDERAGAO TEORICA (© equilibtio entre os gros de um solo, fazendo-se abstengio da preseaga agua, € expresso pola equagdo de resisténcia, determinada em laboratério: t.-Tensio de cisalhamento 6... Tensfio normal ‘p -Angulo de atrito entre os gritos ‘11. Coesio entre 08 gritos ctowo Desprezando-se 0 valor de ¢ (coesdo), ou admitindo seu valor muito baixo, temos: o-t Para que nfo haja ruptura, € nevessfrio que «<9, sendo p também designado como angulo de repouso do material ou talude natural ou Angulo de atrito interno do material (solo). Na situagio limite, tg ¢ = : B) ATERRO © empuxo ativo, nos casos dos aterros, assemelha-se ao problema anterior, port alé que de a¢éo mais imediata quando se atings a altura prevista no projeto ow um valor de altura critica, caracteristica do tipo de solo. ‘Soja, por exemplo, 0 caso em que se deseja aplainar um terreno, executan- dose 0 movimento de terra pela compensagio do corte C, transportando © dopositando a terra em A (Fig. 5). Perfil do terreno Nivel id Sorbocaness (coida do ‘renggem) Muro de ourimo AA tctirad da terra, naturalmente adensada do corte C, apés a eséava- i, sore expansio. Ao ser langada © depositada como material solto no aterro A, compor- -se procurando um estado de repouso; isto s6 poderé ocorrer em parte ¢ © restante atuaré diretamente como carga no paramento do mura, provo: cando empaxe. ara melhor esclarecer, consideramos 0 caso de uma caixa, onde vamos depositando areia em virias etapas, sem provocar vibracio © somente nive- lando a superficie no final da operagao do enchimento (Fig. 6) Zone em que 0 moh lat provoce | ems nos oreder, Linbe de tolude aoturat Zona em que 0 maeriol geavtor permanece em repouss A medida que a areia vai sendo depositada, naturalmente vai se amon- toando e assumindo a inclinagao de talude, formando o Angulo g com & hor zontal; nesta situagao, as paredes nao recebem empuxo. Prosseguindo-se no enchimento da caixa, © material fora da zona de ta- lude natural passa a fazer pressdo nas paredes da caixa, Fato semelhante ocorre com os aterros junto aos muros de arrimo (em- bora no caso do solo, a pressio seja aliviada em parte pela coesto, lembran- do a equagito de resistencia («=e +0 gg). 8 cADEANO DE MunOS DE ARRIMO Voltando a0 caso do exemplo da Fig. 5, compactando ou apiloando a {erra junto ao muro, podemos chegar as condigdes idénticas de resistencia {= c+ o'tg.), como primitivamente se encontravam os grios de solo no corte {erau de compactacdo 90%). AA boa norma de execucio recomenda o apitoamento com soquete manual ‘ou meciinico.(sapo) em camadas sucessivas dé 20cm, com um grau de umi- dade que dé ad:solo seu maior peso especifico (Fig. 7). Apiioomento em camadae Figure 7 Convém lembrar que 0 excesso de umidade € © encharcamento d'igua no solo, aumentam o efeito do empuxo, razdo pela qual se coloca obrigatoria- ‘mente a drenagem de brita e barbacans (tubos) a0 longo da altura do muro, 11.3 ~ CALCULO DO EMPUXO A quantificagio da intensidade do empuxo de terra, & o dado fundamen- tal para a elaboragdo do projeto do muro de arrimo, ‘As primeiras teorias foram formuladas por Coulomb em 1773, Poncelet em 1840 © Rankine em 1856, conhecidas como Teorias Antigas, ¢ que ainda tem dado resultados satisfatdrios para o caso de muros de peso, construidos de alvenaria ou concreto ciclépico. Abordando o problema do empuxo & luz da teoria matematica da elasti- ‘cidade pata muros eldsticos, construidos em concreto armado, temos as cha ‘madas Teorias Modernas, entre clas as de Resal, Caquot, Boussinesque, Miller Breslau, sendo que, nos diltimos 30 anos, as recomendagoes de Terzaghi ¢ seus adeptos apresentaram resultados prdticos. Pela limitagao deste trabalho, apresentaremos a teoria de Coulomb, pois ‘os modernos conceitos baseados na teoria matemética da elasticidade para ‘océlculo doempuxo de tetra dependem de pardmetros empiricos, os quais mui tas vezes nao sto disponiveis. 1 — TEORIA DE COULOMB A teoria de Coulomb, bascia-se na hipétese de que o esforgo exercide no paramento do muro & proveniente da pressio do peso parcial de uma cunha de terra, que desliza pela perda de resisténcia a cisalhamento ou atrto, © deslizamento corre freqiientemente ao longo de uma superficie de cur- vatura, em forma de espiral logaritmica. Nos casos préticos, & vélido substi- Antonio Mottamno 9 Espirallogori fescorregamonto real luir esta curvatura por uma superficie plana, que chamaremos de plano de ruptura, plano de destizamento ou plano de escorregamento (Winkler), ‘Admite-se como conhecida a direvdo do empuxo; segundo Couiomb, 0 ‘empuxo faz.com a normal ao paramento do lado da terra, um Angulo ,, caja langente 6 igual ao cosficiente de atrito entre a terra e 0 muro. tea. w A diego da componente Q do peso da cunha, forma com @ normal ao plano de ruptura um fngulo ¢, cuja tangente & igual ao Angulo de atrito do teneno. coeficiente de atrito da terra contra © muro 6 chamado &ngulo de rugosidade do muro. 'g @... = cocficiente de atrito terra contra terra. Temos, portanto: © peso P da cunha decomposta em Ee Q. E...atuando no muro. Q...atuando no plano de ruptura, também chamado plano de escorrega~ ‘mento ow deslizamento. Para 0 projeto do muro, interessa-nos saber o valor do empuxo E. A grandeza de E pode set considerada como uma pressio distribuida ao longo da altura do muro, cujo diagrama de disteibuigdo, para simplificagto do célculo, admite-se linear, em analogia com o empuxo proveniente da pres. sio hidrostética, © cuja area representa 0 valor de EF. 10. cADERNO DE AUROS DE ARRIMO Prado rel Le {poraica) Presto odotodo Uineor) Se tivéssemos uma coluna de liquido, oempuxo seria dado pela expressto: ede BS. yh Para levarem conta, no caso do solo, o atrito entre as particulas, a rugosi- dade do muro e a inclinagao do terreno em relagio a horizontal, introduz-se um coeficiente K, a saber: 1 B=}. Kh (© valor do cocficiente K, designado por coeficiente de empuxo ou de Coulomb, é dado pela expressio, segundo Rebhann: sen? (B + 9) 7 [sen(p — asen(o + 0) |* sen Bron o9| + ne Teale to | ...Angulo de inclinago do terreno adjacente. 0..-Angulo de inclinago do paramento interno do muro com a vertical. p= 90-6. ‘9... Angulo de repouso da terra, Angulo de talude natural ou Angulo de atrito interno. . 01... Angulo de atrito entre a terra € © muro ou Angulo de rugosidede do muro. Fazemos usualmente: Ke $1 =0,..Paramento do muro liso (cimentado ou pintado com pize). @; =0,5@...Paramento do muro parcialmente rugoso. @1 = @-..Paramento do muro rugaso. Antoni Matteo V1 SIMPLIFICAGOES DO VALOR DE K 1? Paramento interno liso e vertical %=0 b=0 B= 90° ee £05? post [Jeosa + Jsen( —aseneP 28 Paramento interno liso, inclinado do lado da terra ¢ terreno horizomal % = cos*(04+ 9) cos 0 (cos 0 + sen @)* 32 Paramento interno liso, inclinado do lado da terra e terreno com inclt- nage «= 9. 42 Paramento interno liso, vertical e terreno com inclinagito & K =cos* 12. CADERNO DE MUROS DE ARKIMO 52 Paramento interno liso, vertical ¢ terreno adjacente horizontal (Caso usual dos muros de concreto armado) K=tg? (= $) EMPUXO DE TERRA PARA SOLOS COBSIVOS Nos referimos até aqui aos solos cuja equaco de resisténcia vem tradu vida pela expressio t =o ig 9, isto é, solos arenosos. Nos solos cocsivos, argilas, a equago de resisténcia seré acrescida do valor da coesto C, portanto Ctoep ‘A coesio, pode ser considerada como uma carga negativa, fazendo uma redugdo ao valor do empuxo E. Segundo Coulomb... = 4 y.Kh? —ch K. corg0 negative EA. I} aa feo da Presséo do, Diagroma coeséa terra sem se. pressso Cressi coesdo no ruro nogativa) Na pratica, geralmente nifo se leva em conta o valor da coesio, pois a mesma pode set alterada com 0 decorrer co tempo. Sé sera considerada em ‘obras de controle técnico permanente da drenagem do terreno superficial, como no caso de estradas. Devido as variagGes climéticas do grau de umidade, os solos coesivos va. riam de volume. Antonio Mottena 13 Durante a estaco seca, o solo perde umidade ¢ se contrai, formando-se fissuras. ‘Quando vém as chuvas, a agua penetra no solo; este softe inchamento © exerce nos muros pressdes com agdo do empuxo ativo, muito maior do que aquele inicialmente caleulado, pondo em risco a estabilidade do muro. 11.3.2 ~ DETERMINACAO DO EMPUXO. Face as consideragdes mencionadas a respeito da coesio, ¢ no ve pre- tendendo abordar o assunto que € especifico da mecdinica dos solos, 0 presen- te trabalho se limita ao caso de solos sem coestio, como acontece com a maioria, das areias, o que nos deixa com boa margem de seguranga no célculo da gran- deza do empuxo ativo para os casos usuais. DETERMINAGAO ANALITICA L? caso ~ terreno sem sobrecarga how tn 2) Granten do enpno: = tn b) Diregdo do empuxo: 6 = 0+ @ ©) Componentes do empux Horizontal... Ey = Ecos 5 Vertical... Ey = sen 3 d) Ponto de aplicagio...y -4 ©) Pressiio na base ..p = Kyjgh so. tlm? 14 cAvenNo DE MuROS OE ARAIMO Demonstragao: h pane p=Kyh cad. h "2 Ligne 7 K ae K-—Determinado de acordo com os virios casos, dependendo de , 0, Om 2° caso — terreno com sobrecarga Geralmente nos casos préticos, levamos em considerasio as sobrecargas no terreno adjacente, ¢ circunvizinhancas, provenientes de méquinas, constru- bcs, multid’es, ete, desde que uniformemente distribuidas, Estas sobrecargas (kgf/m? ou if/m?) séo considcradas como uma altura da terra cquivalente fp, para ser lovado em conta 0 acréscimo do empuxo Antonio Motterro 15 4) Diregiio do empuxo...8 e) Componentes do empux 40 Horizontal Vertical... 1 Pressées: No topo:.P, Na base...) Py #) Ponto de aplicagio: Baricentro do diagrama de pressdo Ay 2B Ps, supstituindo-se os valores de P, € Py, temos Pe ph subsitung ores de P, e Pi, temos y em fungdo das alturas, Ay, Kyshy + Ky Ht hy 2hot Hm 3° Kyho + KH 3g H 3° caso ~ nivel fredtico superior ao da base — parte do terreno imersa no lengol d'dgua 16 CADEANO DE MUROS DE AnAIO A) Trecho 1 ~ solo seco @ Angulo de talude natural do solo seco Y11..Massa especifica do solo Allura da terra equivalente & sobrecarga hy » Pressdes — py = ky, hy esses NO topo P= kin (ig + hy) os No nivel ePigua Bmpr vornns By = Shi(P + PY iE 2P.x pf Ponto de aplicagio... ys a B) Trecho II ~ solo submerso Ya. Massa especfica do solo submerso Want l— oy. ma ‘91 Angulo de talude natural do solo seco 1 Angulo de talude natural do solo submerso € 0,3 a 04 indice de vazios Gi Massa especifica do solo seco y= 1 Ym “72 (ho + hy). Pressdes .. p Pu = kyl + I + ha) Empuxo.,. Ey the" +p) , iat weg 2m Ponto de apie nny = ME x 2B? Empuxo total......E = Ey + Ey in E... Resultante de E, e £2, determinacio grifica, ho nivel, dlégua 45 caso — laje horizontal penetrada no terreno junto ao’ muro Antonio Motterso 17 DETERMINACAO DAS PRESSOES Trecho I~ Ate 0 ponto M (interses#o da Iaje com o muro) Py = Ky hy Trecho H —~ Kbaixo da taje. A partir do ponto M, marcamos M/F, com a inclinagio do angulo ¢ (ta- tude natural) Marca-se 0 comprimento d 8=0}, obtém-se o ponto F. Liga-se 0 ponto F ao ponto J, extremidade da laje. Obtém-se o ponto L, ‘a inlersego com o paramento interno do muro, h, (caso particular quando g, =0, a =0, f...medido graficamente Cm Trecho MI ~ Ponto L...p = Kya(hiy + €) ffm? Na base 2 py high seeesese fm? Conhecido © diagrama de pressio, 0 céleulo dos empuxos parciais nio oferece dificuldade. Conhecidos os empuxos parciais obteremos, por solugio gréfica do po- ligono funicular, © empuxo total, € seu ponto de aplicagio. 5, caso ~ carga concentrada aplicada na zona da cunha de escorregamento Escoromento com estocas| ipo Mego |] Apesar de podermes contar com varias solugées.grafo-analiticas para o célculo do empuxo E, € mais prudente se escorar primeiramente a carga P, depois construir o muro, Isto € feito por meio de uma sub-fundagao tipo mega, estaqueamento junto a sapata ¢ alé mesmo atirantamento, dependendo de um estudo especifico para cada situago em particular A titulo de informagio, pode-se avaliar o acréscimo da grandeza do em- puxo, devido @ uma sobrecarga concentrada e sua influéncia ao longo da al- {ura do muro, através do expediente, a seguir apresentado: 18 CADERWO DE MUROS DE ARRIMO Fitss-y) 4 : ing fen ts segue) Pj aesens gateon Considerando a carga P, pontual, temos: ? Z S D BEY Doig em pei Diseaigs em als Antonio Motterno 19 TABELA 1 ‘Cileta_ a aripund pole Tear _de_ Goulet — sieg | Teena et bates] Tevees com FmeCagS 23 t & BE 3 2 3 gerd a]ésh fe Hepte ad g ecg: ee a] shee y fare sha ho ong, hee se ¥ Grondera nem Es ku CH nd) Direpao ‘Componentes Eu E tess Ponte de oplengio yeh Ge No tap0 Pa=0 ParKYino No_bose Pekrim knih inemneloeveniel coat yeora 1920 Feta nTeanly= alaan 03g" Yeramena nero a alnade cost (ony do tode da frase hortentl ‘ere carb raen it 05 44-0. erase inter ho, nals do odo eae ramen nr ao, veoh @ Keay sn adobe eegF GB) $6500 /050 ono Geral dos murs de concatenate) : —— Ei ia FH im zu a ypu a dorugesidade do muro 90 Pavomenta Ts :54.Paromes parlalmente runoxo ax PONE 119050 Sana v0 Cee joni r Benn NY senlgacsenla eT 20. CADEANO DE MUROS DE ARRIMO DETERMINAGAO GRAFICA A grandeza do empuxo pode ser determinada de acordocom varios traga- dos wraficos, sendo bem conhecido entre os engenheiros o Método de Poncele! 18 caso ~ terreno sem sobrecarga Vertical A) GRANDEZA DO EMPUXO Marcha das operagdes: a) Dados conhecidos: Angulo de tatude natural ‘yo Massa especfica aparente do solo ho Altura do talude 4.1, Inelinagio do terreno adjacente ao muro ‘1 Direcio do empuxo (Segundo Coulomb, ¢,, é 0 angulo de atsto entre » a= $00 9 =9) b) Determina-se ¢... Angulo que a dirego do empuxo E faz'com a ver- tical, 2 ‘e) Marea-se 0 Angulo @ a partir da horizontal que passa pelo’ pé do ta- Iude, ¢ tragamos com a diregiio @ a reta AC, sendo C um poato-de interseecio com’ 0 terreno adjacente ao muro. a terra € © muro AntenioMtlterna 24 Esta reta AC, chama-se linha de talude natural. Pois, se 0 ferreno tivesse essa inclinagéo, estaria em repouso portanto sem possibilidade de deslizamento. 4) Marcamos a partir da linha de talude natural (AC), 0 angulo ¢, e temos a rota AR, chamada linha de orientasdo. ©) A partir do ponto B, intersec¢ao do topo do muro com o terreno, tra- ‘amos BD, patalela a linha AR, ficando © ponto D sobre a linha AC. Com centro no ponto M, meio da linha AC, tragamos 0 semi-eireulo AC. 8) Do ponto D, tiramos uma perpendicular a linha AC, até encontrar 0 semi-circulo no ponto E. 'h) Com centro no ponto A, transferimos 0 ponto E para a linha AC, obten- doo ponto F. 4) Do ponto F, tiramos paralela & reta de orientagio AR, até encontrar a superficie do terreno, achando © ponto G. }) Com centro no ponto F, transferimos 0 ponto G para a linha de talude natural AC, tendo 0 ponto L sobre a mesma. 1) A Atea do tridngulo F GL =O, vezes a massa especi fa grandeza do empuxo. Nestas condicd Bm, x area ca Py, Tepresenta B) PONTO DE APLICAGAO DO EMPUXO Para conhecermos © ponto de aplicago do empuxo, basta construirmos, uum tridgulo de area equivalente ao tridngulo FG L. d... Altura (medido graficamente) potas bd 2 p20 22 CADERNO DE MUROS DE ARRIMAO AS... Linha paralela & inclinago do terreno 1... Baricentro do trifngulo de area equivalente N...Ponto da aplicacao do empuxo no paramento interno do. muro. elo ponto N, traga-se uma perpendicular ao paramento ¢, a partir des- ta, marca-sc 0 Angulo @, (rugosidade), ¢ assim temos a diregdo e ponto de apli- cagto do empuxo. ©) VANTAGEM.DO METODO DE PONCELET Além da facilidade que a solugo gréfica nos proporciona para a deter- minagéo do empuxo, este método nos fornece uma indicardo do trecho do terreno que poderd deslizar e provocar 0 empuxo. Isto € de grande utilidade quando se deseja deixar o talude desprotegido temporariamente, adiando a construgo do muro de artimo. Permite limitar 4 frea alastada do pé do talude, como medida de seguranga, ao término da escavago, Aastamento de sequronge Jolude provissio Plano Fe escarego- Fo cestng and 0 fe E Poratie 00 plano de escoramena eo de orcimo a conseuir Para a determinago do plano de ruptura do terreno, basta ligar 0 ponto A do pé do talude a0 panto G da superficie do terreno. Artonio Mottone 23 AG... Plano de ruptura X.... Distancia do topo do muro até o limite da superficie do terreno onde hi influéncia da agdo do empuxo. 28 caso — A construgio gréfica & semethante ao caso anterior, apenas considera ‘mos, como se fez na determinagdo analitica, wma altura hp de terra equiva- lente 4 sobrecarga. Seja 0 caso abaixo: terreno com sobrecarga 9 Hint Dados @-+ Sobrecarga por metro quadrado, no terreno'adjacenté ao. muro. 1. Angulo de rugosidade da parede, @... Angulo de talude natural Yoon Massa especifica da terra, XQ — sendo = Area do tridngulo FG'L. Plano de ruptura ou deslizamento. c 24 CADERNO DE MUAOS DE ARRIMO Ill = TIPOS DE MUROS DE ARRIMO Para se equilibrar a resultante lateral das presses que puxo de terra, Corna-se necessirio fazer com que as cargas verticais sejam pelo fmenos iguais ao dobro da grandeza do empuxo. Isto somente poderd ser obti- flo, em se tratando de muros de arrimo, contando-se com 0 peso proprio do muro, ou entdo,com parte do proprio peso da terrs, responsivel pela carga lateral, No primeiro caso temes o tipo por gravidade, estrutura maciga ou ei clopica, e no segundo caso estrutura elistica, de conereto armado. II1.1 — TIPOS DE MUROS DE ARRIMO POR GRAVIDADE OU PESO IIL.1.1+ PERFIL RETANGULAR Econdmico somente para peque- nissimas alturas, Présdimensionamento: aml 1a) Muro de alvenaria de tijolos: b) Muro de alvenaria de pedra ou eoncreto ciclépico b= 0304 II1.1.2— PERFIL TRAPEZOIDAL fa) Construgdo em conereto ciclop- 0 Pré-dimensionamento: bo = 0,14h h ba bot 5 11.1.3 PERFIL ESCALONADO Antonlo oitane 25 ) Construgdio em alvenaria de pe- dra ou conereto ciclépico Construgtio em alvenaria de pedra 26 CADERNO DE MUROS DE ARRIMO I1L.1.4— ESTRUTURA DE PONTES. Seale A I11.1,5— MUROS CONTRAFORTES OU GIGANTES. MUROS LIGADOS A ESTRUTURA. —" SeegSo AA Antonio Molterno 27 ~~ cigante Cocting ex seep0 8-8 I1.2 — TIPOS DE MURO DE ARRIMO DE CONCRETO ARMADO 1i1.2.1— MUROS ISOLADOS H.2.1.1 — MUROS CORRIDOS OU CONTINUOS A) PERFIL L ~ Utilizados pare alturas até 200m PRE-DIMENSIONAMENTO: cempuxo ... f/m ponto de aplicaséo (brago) m tn 28 CADEAWO DE MuROS DE AnAIMO B) PERFIL CLASSICO — Utilizados para alturas entre 200m ¢ 400m PRE-DIMENSIONAMENTO Jp {10cm ~ concteto com brite ne 2 “0 V1Sem — conereto com brita n? 3 J 1Sem ou 20 em E.., Empuxo de terra... tm Ponto de aplicagaio (brago) m M = By... timim = 10,/M...om Osh {oon 4,>d, 0,08 h hy {on h ©) PERFIS ESPECTAIS ~ Utilizados para alturas de 2,00m até'4,00 m. a [eet ig Lele tamed q i) ‘60 eanpuno do tere Aton Molterno 28 D) MURO ATIRANTADO ~ Para alturas de 4,00 a 600m Hts ‘ncorogem ‘Ancoregem por atite {Ccoguithos @ cone) esse Se ‘coquitha 7 pporede do furo (roena) Estas solugdes apresentadas para muros atirantados, sfo interessantes ape- nas sob 0 aspecto informativo, pois foram superadas pelo cesenvolvimento da moderna técnica das cortinas atirantadas (cabos ou vergalhdes pré-tracio- nados © ancorados) 30 CADERNO DE MUROS DE ARAM 1.2.1.2 — MUROS COM GIGANTES OU CONTRAFORTES Para muros de 6,00 até 9,00m de altura. A) CONTRAFORTES DO LADO DA TERRA Miro om sapolo intermedia no mato do ole 40 gigonte 1B) CONTRAFORTES DO LADO EXTERNO Antonio Molterno 31 ©) CONTRAFORTES SOBRE ESTACAS 0-Estocas verticals Corregonvento no terceno Vn 0 @ 300m Visto A-& 32 CADEANO DE sunOS DE ARRIMO b Estacos inclinados ET x Zi fa Visto oa Ronfesullonte dos apes provenlenies do empuxo @ cargas vertcais ‘Antonio Mofterma 33 M11.2.1.3 ~ MUROS LIGADOS AS ESTRUTURAS A) MUROS JUNTO AS ESTRUTURAS DE EDIFICIOS Té00 ie , ‘ [Plecottine de ortimo GAT | entee uigantes oo “HP | concrete Elevogio Sub-solo Fears do ee 34 CADEANO DE AUROS DE AnRIMO F][ Cortina de ovrimo ‘onire pertis de.ago Corte AA Anta Motierno 3 B) ENCONTROS DE PONTES OU VIADUTOS Enconie varie Sor Sai IV — ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE ARRIMO. 1V.1 — CONSIDERAGOES PRELIMINARE; Os varios tipos cléssicos de muros de atrimo, apresentades no capitulo ‘anterior, podem ser executados empregando as técnicas de construgao em al venarias ou concreto armado, Na verificacio da estabilidade, qualquer que seja a opeao adotada: muro de atrimo por gravidade ou elistico, deve-se considerar primeiremente “Equi- Iibrio Estatico” ¢ em seguida “Equilibrio Eldstico”, tanto da estabilidade do Conjunto como das secsbes intermedifrias ao longo do muro e da fundasao. As secgdes intermedidrias dos muros por gravidade ou peso, consiruidos cm alvenaria, tijolos ou pedras, imaginam-se coincidentes com as juntas de argamassa, pois estas constituem os planos, de menor resisténcia, Portanto, € segundo esses planos que deveremos estabelecer as “Equacdes de Equilibrio” Nestas condigdes, dividimos o muro muma série de secgées ao longo da altura, para tragar a curva de pressdo (ligacto dos pontos de aplicacho das resultantes das forgas parciais, atuando nas respectivas seogdes intermediarias), Como.condigio necessaria e suficiente de estabilidade estética e oléstica, 8 curva de pressdo deverd passar pelo niicleo contral de inércia das varias sec. ‘bes transversais analisadas, Para os muros de arrimo de concreto armado, devemos analisar os esfor- 60s cm algumas seogées intermedidrias ao longo da altura, para cistribuir con- venientemente as armaduras. 36 CADERNO DE MUROS DE ARRIMO MARCHA DAS OPERAGOES [ A verificagao da estabilidade de um muro de arrimo, obedece a seguinte prograinagio: 1 — FIXAGAO DAS DIMENSOES * Partimos dom a estrutura pré-dimensionada, para ser verifcada, As dimensies sio obtidas, através de eritérios empiricos ¢ comparacdo com projetos executados. 2. VERIFICAGAO DO CONJUNTO Definidas as dimensBes, caleulam-se as cargas e verficamos as condigdes de estabilidade em relagéo ao terreno de fundagiio. 3 ~ VERIFICAGAO DAS SECGOES INTERMEDIARIAS Confirmada a estabilidade do conjunto, calculam-se as soli seogGes intermediérias, tanto do muro como da fundagao, Nos muros por gravidade, chamamos esta operagio de verficagio da es- tabilidade das juntas. IV.2 — CONDIGGES DE EQUILIBRIO TV.2.1~ EQUILIBRIO ESTATICO 4 Sabemos da mecinica que um sistema de forgas co-planares, aluando so- bro um corpo rigido, esard cm equilbrio quando forem satisteitas as equacdes: @Drn-0 pel sah @zr-0 cat Estas equagdes ropresentam o equiliio de translagio ou deslizamento. @iM=0 ii eae Esta dltima equagéo representa 0 equilirio de rotagdo. ou tombamento. Para simplificar a aplicago dessas equagécs, admitimos as seguintes res- teigdes: ” Antonio Mosteno 37 1° — O muro de arrimo como corpo rigido (indeformavel), hipotese exala ara os maros por gravidade tolervel para os muros estcos de concreto armado. 22 ~ No plano AC B, junta do terreno, prevalecem esforgos de compres: siio, sendo desejivel auséncia absoluta de esforgos de tracio, Facamos a andlise dessas equacoes: EQUILIBRIO DE TRANSLAGAO EN = 0E necessirio que N, componente normal de K, resultante das for- sas na seogdo considerada, seja’de compressto, e que 0 ponto C (centro de Pressio) caia dentro da junta AB, Z ET =0 Sendo T a componente tangencial da resultante R, ja que no podemos contar com a resistencia de cisalhamento ¢ nem mesmo com a ad réncin no solo, pois isto nos obrigaria a executar ensaios de cisalhamento “ Neste caso, a (nica forga que deve resistir & componente T'é a forga de atrito exercida Sobre o plano ACB, Sendo: F, a forga de atrito: F.=aN 4 Coeficiente de atcito: Valores de i: Alvenaria Apeenatit y= 0,75 a 0,70 Alvenaria ouconereto )_ f5e60...n0. = O55 a 0,50 Solo saturado... = 0,30 Alvenaria Conereto "= 5 Para haver equilibrio, devemos ter Fer: T=uv..@ A cxpressio @) representa a equagto de equillbrio limite, Para seguran- a F,>T, dai termos que adotar um coeficiente de seguranga contra escor- regamento ou deslizamento, Portanto, devemos ter: eficionte. de seguranga contra escorregamento 21S 38 CADERNO DE AUROS DE ARNIKO Vojamos a interpretagdo geométrica da equacio (3) Pela figura tge0 = © coeficiente de atrito 1, pode ser expresso em fungao da tangente.do Angulo de atrito entre os materiais em contato. Neste caso y= tgp, sendo p o fingulo de atrito. A expressfio @) fica: two = 82 Aproximadamente | @ = 2 |@ A expresso o = ©, exprime a condigdo do equilibrio de translacfo, isto 6 que a resultante & faca com a normal a junta A CB; um angulo ©, 6, vezes inferior a0 Angulo p de atrito entre as materiais: Valores de p Alvenaria 4 cap = 35 ‘Alvenaria “"? Alvenatia ou concreto {Sec0....... = 28° Concieto EM =0... EQUILIBRIO DE ROTAGAO A rotagio do muro, coino’‘bloco inde- formével, s6 pode se dar em torno do ponto 4, da junta AB." Temos: ‘Mg .«. Momento de Gem torno do pon- (o A (contra rotaco), ‘Mg ... Momento de E er torno do pon- to A (favor da rotagio) ‘Antonio Mottere 39 Para 0 equillorio devemos ter: Mo = Me Isto significa que a resutante B de Ge E deve passar por A Entretanto, para maior seguranga devemos ter Mg > My, ou seja, R deve cair no interior da junta AB, satisfazendo assim também a condigéo de ausén- cia de esforgos de tragéio, Adotando-se um coeficiente de seguranga e;, chamado de coeficiente de Seguranga.contra rotaso, ou tombamento ante els Para obtermos ¢,, devemos considerar as forgas G e B, nas suas verda- deiras diregoes, e nao pelas componentes, afirmacio que poderlamos chamar de paradoxo estatico, vamos provar: Tomando as forgas nas suas verdadciras diregdes: ¢) = Ma ® Considerando as componentes de E ge Gat Ee ® Lembrando a fisica, pelo Teorema de Varignon, © momento estitico da resultante € igual & soma dos momentos estitices ‘das components. ~ Em = Bye ~ Eyd Eyl = Em + Eye Substituindose na (@) Gt Eve Fy z © OEE. © Comparando-se as expressdes @, © ¢ ©, convém tembrar um teo- rema da Aritmética: “Somando-s¢ 0 mesmo niimero aos termos de uma fragao propria ou im- propria, ela aumenta ou diminui”, ‘Como na expresso ©) temos o valor constante Ke, somado ao nume- rador ¢ denominador, 0 valor es, em relagio a junta AB, niio exprime o coe. ficiente de seguranga real, dessa forma s6 & valido tomando-se as forgas nas suas verdadciras ditegdes, representadas pela expressio @) ca.d. CONSIDERACOES SOBRE 0 EQUIL/BRIO ESTATICO A estabilidade resultamte da aplicacio do Equilibrio Bstético, & uma es- tabilidade incerta e incompleta : Se assumirmos coeficientes de seguranga , ¢ é elevados demais, pode ainda ocorrer uma estabilidade precéria. Este fato se dd quando 0 valor da 40. cADERWO DE MUROS DE AnnIMO forga N, componente de R, se eleva de tal forma que possa produzir esma- Bamento da junta, Existe portanto uma incerteza que deve ser eliminada, estudando-se a es- tabilidade etfstica ou, em outros termos, as tensdes solicitantes devido ao car- regamento, eat I 1V.2.2— EQUILIBRIO ELASTICO . a ~ 4a... seecio transversal qualquer, junta, R... Resultante das forgasqueatuam na secyfo a= | ereegte ki CP....Centro de presséo (ponto de apli- cagfio de R em aa). CG... Baricentro da seco transver- sal a~a. bees S=bd...Area da seogio resistente. Wate Médulo de resistencia, seyso »...Disfincia do centro de gravidade 7 08 bordos, respectivamente Ay © Ay | Teenie TET: ce... Bxoontriidade, Scormesséo uw... Distéincia do CP ao bordo compri- mnido A, | es N.. Componente nomal de & M Y rrexto 4B] f ; = = Raio resistente. é pm 2) Fie. scompesséo Ky, Ky... Pontos nucleares. Lembrando 0 estudo da flextio composta ou presso-flexdo, abordado nos tuatados de resistencia dos materiais. temos at tensbes nes bordos: NM wos ty Antonio Moltemo 41 Como nos problemas que vamos enfrentar deveriio prevalecer tensdes de compressiio, convencionamos Sinal (+) positivo...tensto de compressio Sinal (—) negativo...tensiio de trago Nestas condig6es, para uma seco intermedidria qualquer, teremos: ) Tensiio média (no bariventro da secso)...0m Tensio max Tensio mini Os valores dea, ¢ 3, variam com a relagia -, chamada de médulo de excentricidade. De acordo com a variagio -, podemos considerar os seguintes casos de distribuiso das tensdes, indicadas na Tabela 2. ” CASO — COMPRESSAO SIMPLES. 22 CASO ~ COMPRESSAO EXCENTRICA...e k Dividimos esta distribuigdo de tenses nos seguintes itens: ‘A) Flexo composta com tragio 1B) Flexo composta excluindo tragéo Na Tabela 2, apresentamos as caracteristicas de cada easo de acorco com A relagdo ~, designada por quadro geral das leis de distribuigio das tensBes. 0 CONCLUSAO ~ Pela anise do caso geral da Nexto composta, 61. = Nt MON( Je a N + +() £ a0 concluimos que a compresslo simples, 0, =e Alexdo simples o1.2 = 355, sio casos particulares da flexdo compost, Antonio Mtoterno 43 42 CADEANO 0 sAUROS OF ARRIMO 1V.2.3 ~ SOLUGKO GRAFICA TABBLA 2 Liha de opio de"N" 7 Tageuny 2p eueibeg A opbo1ay05 =p 0509 oe saps top optnquicip ap 2107 aphees sageuey sop ou0.t0:0 este 44 cADERNO DE MUROS DE AnFIMO MOMENTOS NUCLEARES Nas aplicagdes préticas, verificago das tensdes nos bordos dos arcos vigas de concreto protendido, & usual se determinar as tensdes em relagio ‘408 pontos nucleares K, € K3, como se a flexdo composta fosse fexao simples. be orem «= (1+ 2) N(kie iH a M(He) wes s N(k +e} Pela figura, fazemos: w = My, = N(k+e)... Momento em rel Mio a0 ponto nuclear K, Nestas condigdes: Analogamente ‘ ; 7 a8 (-2- Pazendo M,, = N{k ~ e) ‘ o~ Mu i i i CONSTRUGAO GRAFICA ho 1) Numa escala conveniente marcamos b, largura da. secgdo’ transversal ( Sobre 0 segmento b, marcamos © centro C, o¢ pontos nucleares ky ‘i en b i 16 pat Mar¢amos a excentricidade “e”, temos a linha ae agdo,de “N" 3) Numa escala conveniente marcamos CC” 4) Ligamos K, C’ alé interceptar a linha de aso de N, no ponto C,, depois rebatemos Cy na linha do bordo, obtemos A} t 3) Ligamos KC, atéinterceptar a linha de ayo.de N, no ponto C,, depois rebatemos C; na linha de bordo oposto, obiemos Ay: 6) Ligamos 0s pontos Aj ¢ 3, a reta 4, A;, deverd passar por C’, como confirmagto da precisio do. tragado. A figura A,AiCA2A3C, representa 6 diagrama de tensdes procurado. No caso de ¢ > k, procede-se de forma aniloga, como se observa ne figura ao lado. Antonio toteano 5 Substituindo-se N k Sa, ke as Nb ae) Sk Sk=W Nk+ = My, My Portanto a, = Mi. Portanto © segmento ("C= iA, representa o valor da tensio 0}. «gd, Analogamente, demonstra-se que o segmento CC’ = AyA’ representa 0, 1V.2.4 ~ TENSAO MAXIMA EXCLUINDO A ZONA TRACIONADA ‘A matéria a respeito dos materiais no resistentes & tracio é assunto abor- vfs ‘dado na Flexo Composta, estudada nos ‘eursos de resistencia dos materiais, Seja o caso de uma secedo inter- mediria de um muro onde, devido a0 carregamento, ocorre num dos bordos a tensfo o; de trag#o, maior do que aquela que alvenaria ow conereto sim- ples pode suportar. Neste trecho tracionado, evidente- mente, haverd uma trinca, até o ponto onde no for ‘ultrapassada a reduzida resistencia a tragio de que a alvenaria oss Na verificagio da excluso da zona de tragao, procuramos compensé-la com ‘© excesso de compressto Ag,, devido & redugio da largura de b para bi, 46 cADERWO DEMUHOS DE ARAIMO ! 1 Isioequivalea aduitira hipbtese do beet deslocamento da linha neutra (L~N), t Bi Portanto om 0 + Ao I Ade Condieto cram <2 _ a a @,... Tensiio admissivel A compres- 1. Eg sfio da alvenaria ou conereto simples. ‘As mesmas consideragaes so vali ! uly das part a junta da sapata-com 0 ter- 1 [Mode dato, 7 Lfl= Neste 850 Gms $8, L f @...tensfo admissivel no’ solo. al ft " | LA 4 Separepdo do sopota 10 eontato com 0 slo Lembrando a resistencia dos materia; « nova posigd, di tnha newra € dada pela expresso: | Jo _, momento da inércia da Area da seeedo comprimida Zo ~ momento estitico da area da scoséo comprimida ae abe 2 Zs Se to Fo 3b + 2b 2. [bo=3u it Nestas condigdes, temos o C.P. (centro de pressiio), no limite'do nicleo central da scogio comprimida. Antonio Motteno 47 Be sen om 3° et: = 2 endo Sy SD 2N_ | Tensio maxima excluindo tragao, para o caso Resula | Gam —Sadu | da seegto retangular. Condigao’ necessitia aa, < 6 Gu tensBo admissivel A compressio IV.3 — MUROS DE ARRIMO POR GRAVIDADE Vejamos inicialmente um exemplo genérico de um muro de arcimo de alvenaria ou concreto ciclbpico, como marcha das operagdcs ‘© que se faz & admitir as dimensdes conforme foi apresentado no Ca- pitulo III (tipos de muros de arrimo) e em seguida passa-se & verificagto da estabilidade, Dividimos a verficagio da estabilidade em duas partes: 1 Parte ~ Verificacéo do conjunto 2 Parte — Verificagéo das juntas 1V.3.1- 1 Parte ~ VERIFICAGKO DO CONJUNTO. 4G CADERNO DEMUROS DE ARRIMO 1) VALORES DADOS Go... Carga eventualmente aplicada no topo e-Altura do muro q..-Sobrecarga eventualmente aplicada no terreno adjacente g--Angulo de talude natural ‘PiccAngulo de rugesidade da parede «Angulo de inclinagdo do terreno adjacente Gu. Taxa do terreno yro(Massa especifica aparente da terra 2,.Tensio admissivel & compressio da alvenaria ou concreto ciclopico j.--Coeficiente de attito 2, > 1,5..,Coeficiente de seguranga contra escorregamento £,>1.5...Coeficiente de seguranga contra rotagie 2) VALORES ESCOLHIDOS fh... Altura da sapata r.Ponta da sapata 1 .Taldo da sapata ter her 0), 6,...Inclinagio dos paramentos, respectivameate interno {tardoz) € externos. 3) CALCULOS PRELIMINARES A— Blementos geomeétricos i 4) Altura de terra equivalente & sobrecarga if a hye L... am b) Altura total... H=h+ ho i | ‘) Dimensdes — O muro sera calculado para a fixe de 1,00,m de extensio, Largura no topo... be = O)14h y h babot Largura na base n= hig, m= hteo, m=(b—b)—e B— Pontos de aplicagto das cargas 4) Peso proprio do muro ot hay = yin + ) + va Resulta = WE Sy + 303 3b +b) Casos particulares Quando: 8, =0, n m= b— by yw DE by + 8 = 35 1D Quando: 0-0 n=0 0-0 m=0 by 4) Peso da terra sobre 0 aldo Antonio Molter 49 Desprezando-se a inclinagio do terreno adjacemte aed {fare a+ opi =(0- o4{ 5 Resulta: ee if ha +t) 1 Quando 6, aay C ~ Cangas e respectivos bragos a) Empuxo de terra 1 2 42) 2 KEP = Wane fon an i]t Grandeza Diregao Componente Vertical + Componente Horizontal -- Ponto de Aplicagio BO cADEAWO DE MUROS DE ARRIMAO Bragos (y + h,)cosd ~ g,send Gv = bet y188 b) Carga no topo Seer ee reEeeeC EEE eee aonrems ve Hage ©) Peso proprio do. muro Gu guar b= yon 4+ baw. sisuee Beso. préptio pscessestnees BAGO 4) Peso da terra no talto—desprezando-se a inclinasiio do terreno Gre turan ala or=b-%5 . Bago e) Peso préprio da sapata By = BDAY sosssnee seeese Peso da sapate eb. om Brago y..tmassa especifica aparente do material do muro 4) CALCULO DAS CARGAS TOTAIS A—Componente normal N= Gy + Gut G4 Gr + By B ~ Componente tangencial r= 5) MOMENTOS TOTAIS My = Goto + Guia + Gate + Grd et Body ~ Euly + hy) 6) POSIGAO DA RESULTANTE ~ CENTRO DE PRESSAO we Me N 2) EXCENTRICIDADE en iy 2 Aston Moltems 61 8) VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE A~ Equilibrio estético 4) Coeficiente de seguranga contra escorregamento: N amp els 2) Coeficiente de seguranga contra rotagiio o = Oil + Gade + Got + Gite y 5 By B~ Equilibrio eléstico a) Tensio média age 5 b) Tensio’ maxima, = oa(! + *) LS Gy. Taxa do terreno ns, nse hn pee 2 > 0°0U yu, <3, (excluindo zona tracionada) cma Dividimos o muro numa série de seogdes, juntas, ¢ passamos & verificagio, ee eee devendo-se satisfazer as seguintés condigoes nies 4215) Equilibrio a, <0, Equilibrio fa 2, > USL estitico 0, 2 OO dna, < Bef eldstico Junte4 4,...Tensio admissivel & compressio do material ‘A verificagio das juntas pode ser elaboradn analiticamente, ou graficamente, Sonia objetivo consiste no tragado da linha de press. Para melhor visualizagao do problema, mostram-se as diretrizes do cél- culo griico. FIGURA B BA CADERNO DE MUROS DE ARAINO FIGURA C 86 cADEANO DE MUROS DE Anno A escolha da divisto do niémero de juntas € aibitréria; quanto maior © mimero mais preciso se1d 0 tragado da linha de. pressto fica da Fig, A 1) Peso da terra sobre 0 tardoz do muro Lg Junto 0 61 WEB seers BUM ‘ Gy = 4noa ~ 1)188, Junta 2 nto 4 aa Gy, zy AS = B)GO, ceeeeeceeee Junta 3 Janta 2 Gr =n? = 18% Junta 4 Ponto de aplicasio ¢ respect reo do aicle figuras Be C. central de inércio nto 3 K... Pontos: are c) Empuxos parciais: Cm. Ceniros de presséo tea ont 4 By RACE = Byres Tut 1 z com | t 4 Ky (H3 ~ ha)... . Junta 2 wuntos dV ke a 8. Ad = fh = 18) Junta 3 FiGuRA D B= Be = LKQ i. Junta 4 Como condigéo de estabilidade estitica ¢ elistica, a linha de pressio de- 4) Forgas normals Antonio Mokineo 87 Ponto de aplicagio e respectivas linhas de ago, conforme indicagao gri- vas linhas de ago, conforme indicagdes das Hy = hy + hy Hysha thy hy + hy Hy=h+h vera sc situar dentro do perimetro do niicleo central de inércia das seogdes N, = G46, Junta 1 ansvesas des vias juntas fea Neleigs iit N= CALCULO DAS CARGAS PARCIAIS wevte. crear a) Peso proprio dos blocos sobre as juntas: NS = Ny Gs cn Junta 5 1 27h bo + bi) sioedes 3 ©) Resultantes parciais: 1 | RN +E, -. Junta 1 hy (By + by) vn Junta 2 | Roa aaa : | R=N, +E, Junta 2 i it Ra Ny+ By - Junta 3 Gy =F 9s (bo + bs) .. Junta 3 a Ry = Na+ Ey E veseee Junta 4 i q Ry = Ng t Big cesses Junta 5 Ge= 2 yh (bs + ba) Junta 4 Ligando-se os varios pontos de aplicagfio das resultantes parciais nas Gy = Thy serscssenes Hunt 5 respectivas juntas, determina-se a linha de pressio, Fig. D. 5B CADEANO DE MUROS DE ARRIMO IV.3.3 - EXEMPLO PRATICO — CALCULO DO PROJETO DE UM. MURO DE ARRIMO DE CONCRETO CICLOPICO 1V.3.3.1 — DADOS 1) Materiais — Pedras de mao ou rachio, perfeitamente limpas, adequa- damente assentadas, sem juntas verticais superpostas. Os blovos de: pedra rach, deverto ficar ervolvidas por uma camada de concreto com espessura minima de 15cm, scrvindo de material ligante. Isto significa ocupar os vazios da massa do conere‘o, com pedras de didmetros cima das usuais da série granulométrica concteto empregado, devera ser confece reca resisténcia minima de’ fez, = 160 kgt/em’, ilo para uum trago que ofe- 2) Drenagem — Tubos de cimiento amianto ov de PVC ~ rigido, ¢ = 75 mm ou 100mm, atravessando © muro, dispostos nos espagamentos de cada 2,00m no sentido horizontal ¢ cada 1,00m ao longo da altura Do lado da terra, esses tubos deverdo ser tampados com tela de ndilon ou latdo, matha 1/8” Gmm), para evitar & fuga do material filtrante, composto de pedra britada qu 25min © pedrisco, adequadamente colocad. 3) Elementos do. projeto: a) Altura do muro a f= 500m }) Inclinagio do terreno adjacente = 0 (horizontal) ©) Carga aplicada no topo. : Gy=0 4) Sobrecarga no terreno junto ao muro = 400 kgf? ¢) Angulojde talude natural f) Paramento interno (tardoz) vertical ) Angulo|de rugosidade ~ (paramento interno liso) +h) Massa especifica aparente do terreno... - i) Massa cspecifica aparcnte do concrcto j) Taxa do terreno de fandagio =. 1) Tensio admissivel do concreto =. m) Coeficientes de atrito: eomereto gm 2) ‘eoncreto - ‘n) Coeficientes de seguranga 1) Seguranga contra escorregamento ... ¢, > 1,5 2) Seguranga contra rotagdo.. 15 1V.3.3.2 — FIXAGAO DAS DIMENSOES Peril transversal ‘ire front Antoni Mottano 68 Pela NBR 6118/82: oc + 165.55 wan fay = 160 kgt/em? yee = 160 — 1,65 x 70 fax = 44,5 fax 445 Soa = i 15 29.6 Adotaremos fy = 30 60 CADEANO DE MUROS DE AnRINO Formulas empiricas: by = 0.144 by = 0,14 x 5,00 = 0,70m b= b+ 5070 + 5 0,70 4 167 = 237m largura do topo Adotamos: Jargura da base Om hh. altura do muro hh, = 0,30 hh, e- trecho edterrado, servindo de sapata (depende do solo} 1V.3.3.3 ~ VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE PARTE | ~ VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE DO CONJUNTO ~ Gun- ta do terreno de fundagdo} 1) CALCULO DO EMPUXO A) Coeficiente de Colom «0 no Kay (12 020 K=tg (*s 3) eat (ot) aie ly 1 a (KY = Laas (a) -37 ¥) Altura de terra equivalente a so- brevarga hy = 4 = 9400 m fe % (1,600 a ©) Altura total H = he hig = 5,004.05 =5,25m D) Grandeza ... E) Ponto de aplicacio fh Mio tH 500. 20254 5,25 m *ietH %~ 3 * 054505 7h S= 0 +0, =0 73m 05m Antonia Motterno 61 2) CARGAS E RESPECTIVOS BRACOS: A) MURO ... Gy = hy lby + B) = 4x $00 x 22(0,70 + 2,50) Gx = 17,6 ym ogg, 2 bit by + BF Ponto de apliastos xu = "°SG egg — O49 + 2,50 0,70 4.6.25 _ gg 30250 40,70) ONS Brago «oe. du = b ~ Xq = 2,50 — 0,88 = 1,62 B) SAPATA... Gy = h,yb = 0,30 x 2,2 x 2,50 = 1,65 fm 1,25 m 3) MOMENTOS My = Guage + Gag, = 17,6 x 1,62 + 1,65 x 1,25 = 30,57 thn : 1496 «in Mem BY 18 208 oo — eg = a = 1B tn 4) POSIGAO DO CENTRO DE PRESSAO N= Gy + G, = 176 + 1,65 = 19,2510 5) EXCENTRICIDADE 6) EQUILIBRIO ESTATICO a) coeficiente de seguranca contra escorregamento N 19,25 "A 055 Condigio 6, > 1,5 — neeitavel Esta condicéo &a mais trabalhosa para ser cumprida, no caso consideramos aceitavel 62 cADEANO DF wHOS DE ARMM b) Coot me de seguranga contra rotagdo ay Outs + Gay My _ 3057 _ atstex 2 y M, > 1496 2.0> 1,5satist 1) RQUILIBRIO ELASTICO Cétewlos auxiliared Mi N 1928. . Sob 2,50 Tah ‘TENSOES Maxima... 6, -$(: ' Slen70+ 1,06) =15 8m? < 6, N (,_6\_ 4, Minima =X (©) oa — 1,06) = = 05 afm? -% (1 ) TA (1~ 106) = — 5 Wn? <0 (Tragio) EXCLUINDO TRAGKO: 2N 2x19, m3 3x OBE 16 4H7m? < d= 20m? MAX t Antonio Motteno 63 PARTE II ~ VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE DAS JUNTAS ‘Vamos veriticar as juntas indicadas no desenho, para cada 1,25 ma partir do topo do mura, 0 cilculo sera analitico, ¢ os resultados serao resumidos na tabela final FORMULAS ap P= = 045m by = b+ 045m G= th (by + by). fmt x ot bb + 30, + bd g=b-% Mo = Gy B= ER AUP ~ 88) = 4-038 « 16(EP — 025) = 0264 (HP ~0,0825) Hs 3 “H+ 025 Hm ht by = h + 025 84 cADEANO DE MUROS DE AnrIMO My = By M=Mo-Mp u=% e= nan Sno S313 N_G & S78, 1) CALCULO DAS CARGAS PARCIAIS a) EMPUXOS Junta — 1 H = 125 + 0.25 =1,50m H? = 2,25 E = 0264 (225 — 006) = 0,58 tm Junta — A =2,50 + 0,25 = 2,75m 1,56 E = 0264 (736 — 0,06) = 198 um Junta — .. H = 3,75 + 0,25 = 4,00 m ...... E = 0,264 (16.00 ~ 006) = 420 tm Junta = 4 H = 5,00 + 0,25 =5,25m Hi = 27,56 E = 0,264 (27,56 — 0,06) 26 ~ 7,3 confere b) PESOS: Junta = Tes by = bg + AD = 010 + O45 = 115m = 1,25 G = LL x 1,25 x (0,70 + 1,15) = 2,54 fm Junta ~ by = 115 +045 = 160m G = U1 x 2,50 > (0,70 + 1,60) = 633 um ee G =U 3,75. 70 + 205) = 11.34 fm Tanta — 4... by [2,05 + 0,45 = 2,50 G = 1,1 x 5,00 x (0,70 + 2,50) = 17,60 tf/m 2) CALCULO DOS BRAGOS a) EMPUXOS Junta = 1 049m Junta y= O88 x 3% = 081 m Junta — 1,33m Junta — 4 1,75 m Antonio Motterna 65 b) PESOS 0149 + 0,814 1,32 junta — 1 x= 13 og = 11s — 047 = Junt 355 O47... g = 1S — 047 = 0,68 m 912+ junta ~ 2 B - = Junt on a= 1,60 ~ 0,60 = 1,00m Junta +g = 205 ~ 0,74 = 131m 0,49 4 1,754625 Junta — 4... x = OB FES +625 = m ta 0,88 ... g = 2,50 ~ 0,88 = 1,62 3) MOMENTOS a) PESOS:...... Mg =G x g Junta D eesseee Me = 2,54 x 068 = 1,70 thm Junta 2 Mg = 6,33 x 1,00 = 6,33 tim Junta 3 cccees Mg = 1134 x 1,31 = 1486 tim Junta 4 Mo = 17,60 x 1,62 = 28,51 tfm b) EMPUXOS. Sunt T eeseeeee My = O58 x 049 Junta 22. Mg = 1,98 x 091 Junta 3 cece My = 4.20 x 133 Junta 4. Mg = 7,30 x 1,75 4) TABELA GERAL ~ RESULTADOS 4] imo | Came | Ms Gat | Tats 3 ‘io im ‘Bat de seg. | tifm? i f] hg [seo | nt 5 bf} ol ef mof me fw [RO Capel le, 4 tas [128/180] 2,54) 058] 1.70] 028] 142] 086 | op2 |30|60! 24/20 2 | 40|250]2.75 | 63] 108] 633) —190| 433] 022 | aoe {22 [33] sa]ze 3 |295]325 400 /11,34|420] 1486] — 559 927] 042 | oar {19 |ae| ay|22 4 {250} 500] 525 7.88 | 7.20]28,51| ~12,78l15,2a] o9t | 034 [4722 [130] 13 CONcLUSio: 1) Equilibrio estético — Os valores de s, € & esto acima de 1,5 2) Equilibrio elastico ~ Nao temos tragio 0, > 0 ¢ estamos abaixo da tensio admissivel & compressio 0; < fos = 300 tf? 65 CADERNO DE MURS DF ARKIMO 3) Na junta do terreno estamos com o wa,~ 13 tm? < a, = 20 ffm, também de acordo com as condicdes inicialmente especificadas. VOLUME DE CONCRETO POR METRO LINEAR DE MURO = = 15m'/m de muro. ‘AREA DE FORMAS POR METRO LINEAR DE MURO = 10,31 m?/m de muro (no cileulo do prego da madeira, devera ser levado em conta o seu reaproveitamento, minimo de 4 vezes) 1V-4 — MURO DE ARRIMO ELASTICO DE CONCRETO ARMADO ~ TIPO CORRIDO OU CONTINUO 1V.4.1— CONSIDERACAO PRELIMINAR Esse tipo de estrutura, € © que apresenta maior facilidade de execusio, sendo sua aplicagio economicamente vantajosa para alturas até 400 m, embora nada hd em contraria sob o aspecto téenico quanto ao seu emprego para maiores alturas A) TERMINOLOGIA 1) Trecho AB — Muro ou parede b) Trecho CD — Sapata = 9G. ~ Misula d) Trecho EF — Dente de Ancoragem ©) Trecho CE ~ Ponta da sapata — parte que se projeta fora da terra (talude) ) Trecho HD — Talio da sapata — parte que se projeta do lado da terra (talude} 3 Es Antonis Mtotema 87 B) DETALHES DE EXECUGAO Podemos aumentar a resisténcia contra o efeito de escorregamento, re- correndo aos seguintes detalhes construtivos: ) Dente na sapata ~ garantimos maior ancoragem no terreno, b) Inctinando-se convenientemente a sapata ~ Aumenta-se a agio de re- sultante normal, melhorando-se assim, pelas condigées de atrito, a resisténcia ‘contra escorregamento ©) DRENAGEM ~ A fim de conservar 0 terreno enxuto nko provocar avmentos de empuxo, convém colocar, ao longo da intersegiio da sapata com 2 parede, um dreno com derivagdesatravessando a parede em cerlosinervalos Permitindo 0 rapido eseoamento-das dguas para lado externa, Essa saa em muitos casos, € conectada a uma tubulagiio ¢ dirigida para saleria de Aguas pluviais. = eee 68 CADERNO DE MUROS DE AnAIKIO Detalhe da drenagem er 8 Detalhe da armagé Monta de fios de poliéster(Bidim} Pintoro ostética q Pesta witade at 2 ‘Solan do. ene Peora witada n* 1 gem. Tubo 9 75. Terra 88 mim &/ 200 83 eI s° 2 e} 2 non soresten) a et § eS ono 8 3} 2 Existem outros tipos de-detalhes para drenagem, mais eficiente, porém 7 QI z de difillexecugao, conforme indicagio abaixo. Emprega-se apenas areia grossa, 3| ar ¢ que poderd ficar envolvida em manta de fies de poliéser 83 “| a-wrees 27 TO-NTe/25 emit 18 i NI-518106/20 ¢=3,10 7 ° 730 ff Pesto oe : I ce orgome D) JUNTAS DE DILATAGAO ae cim. 8 No easo do muros de grande comprimento, a fim de combater aos esforgos causados pelas variagaes de temperatura, coavém deixarmos juntas de dilata- slo cada 25,00 m ou colocar uma armadura suplementar do lado da face ex- ferna da parede, que esti sujeita a essas variaydes, ‘As juntas de dilatagio poderio ser preenchidas com massa eléstica, pre- parada na base de mastique e silicone, espessura minima 25mm, Formas e drenagem 5 | “Tt g “e } 5 DO g ls § 2) 43 a iE = Fe este $18) 8 (7. 0 c=0,60 BL a Caixa de | 3 alvenario com | ‘Bite nt - ‘Concrete estrutural 3] Pintura fee 135 katem? Lge. eutt 5 Notes: -Execulor 0 face externa do forma do muro,empragondo.placas de modeidit ou similar 2-Pintar os formas. / Desmol 3-Aplicor Plostiment ou Cemix no concrete ara methorar sua plasticidade As08 c 1V.4.2- CA Deialhe da armagdo e1eragéo 25 25,25 25 Pei PY ‘iste de_apo : dl f | ¢ [0 Farr roar 3 { J T pee] a0 8 2] ol ele + 8 g 3) sti $ 7 $ “| 2 Pay + 8} gl N9-4286¢/25(6%) a 8 THAT o 3} 8 0,40 g < 4 ites é$ gs | ti[t 8s) 3 z 4 Tn 2 5 es 2) Let TEN fey let fet 7 HCE = of tel bl Ml rasp ae cA-608 2 fok=135 ig emt 8 Relogdes!(eicas) 9[N8-4i88 ojo, 633 _ GAhg | Snereio” 13° forme 94 _ 654? 1V.4.3— M Ociiler previamente Resum: 1 part 2° par Cumpr cestimativo « 3 part mento das ¢ pastada na ‘4 par sionamento twetaliods Ss 7 Boma g 1 3 7 0 NI-5Is106/20 ¢*310 re" oo aL Pesto oxé- motdoda BEIM ce orgomassa ‘de cim.@ areio 1:3, 2,7 2/25 o NS-a188: = 4,08 Ne-sigi2e.c/25 evagéo 25 485,05, 25 Fe Lista we ago slo Fret] | | 367 [sor cA-£08, fk =135 kat fem? Relagées:(Ye6ricos) ogo B33. 6ako woncrets” TS” Me forme, 84, S5ME concreto 13, uw Dobromento das borras ay 812—DelBem So 9 +10—pe1sem Antonio Motena 69 IV.4.2— CARGAS SOLICITANTES. Carga concentrada, eventualmente aplicada no topo . Empuxo de terra ~ Peso da terra sobre 0 talio + Peso préprio do muro Peso priprio da sapata Reagdes do solo — Diagrama Po Pi soome Presses da terra sobre o muro (carga equivalente ao em- puxo £) ~ Diagrama, 1V.4.3— MARCHA DOS CALCULOS. céleulo &claborado para a extensfo de 1,00 mde muro. A tinica dimensao previamente conhevida ¢ a altura fh do. muro. Resumidamente, a marcha dos célculos obedece as seguintes partes 1? parte ~ Fixagdo das dimensdes ~ elaboragio do projeto da estrutura, 2+ parte ~ Verificapdo da estabitidade do conjumto. Cumprida esta parte, teremos condigdes para elaborar um orgamento estimativo da estrutura 3. parte — Ciilculo dos esforcos internos solicitantes no muro, e dimensiona- ‘mento das armaduras ~ © muro & calculado como uma laje em balango, en- gastada na sapata, A compressio, devida Go ¢ Gry pode ser desprezada. 42 parte ~ Céleulo dos esforcos internos solicitantes na sapata ¢ dimen- sionamento das armaduras — Colocamos armaduras independentes para s pon- {a (aldo da sapata, aproveitando parte para ancoragem da ferragem do muro... 70 cADERNO DE MUROS DE AnRIMO IV.4.4— PROJETO DE UM MURO DE ARRIMO DE CONCRETO ARMADO — TIPO CORRIDO 1V.4.4.1 — DADOS E ESPECIFICAGOES A~ DADOS 2) Pal do tyreno Aiture b= 400m [; Corte tice ») Tipo de solo ~ Pelos resultados de alguns furos de sondagem, o solo foi caractetizado como de profunda camada de argila silto-arenosa. Consultando bibliogratia especializada, adotou-se os seguintes parimetros para o solo: Angulo de talude natural... = 30" Massa especifica aparente da terra... y, = 1,61/m? Fensio admissivel no solo (Cota 95,70) 2 ~ 1,5 kef/em? ©) Cargas adicionais Deverd ser previsto no topo do muro um parapeito de alyenatia de tijolos (espessura de 1/2 tijolo — altura. de 120m). Deverd ser prevista a possibilidade de uma sobrecarga no terreno de 320 gif. B ~ ESPECIFICAGOES 4) Ago — CA — SOB (ago eneruado sem patamar de eseoamento no dia- grama Tenséo-Deform) Resisténcia do escoamento & tragio fy = 5.000 kgffem? Resisténcia de cileulo do ago & tensfo fyg ~ 4300 kgflem? 1, = 1,15 — NBR 6118/82 item 5.3, S314. Antoni Molter 71 ) Concreto — Amassado em betoneira na propria obra. Resisténcia caracterizada do concreto & compressio (antigamente desig- nada oy Sox = 135 keflom? Resisténcia da dosagem — NBR 6118/82 — art. 8.3. Cimento medido em peso, agregados (volume ¢ umidade dos agregados cestimada visualmente, com assisténcia de profissional legalmente habilitado). Jes far ¥ W658, keffem? j= 28 dias 55 = 55, fos = 138 + 1,65 x 55 = 225,75 Feaw = 225 kghfem? COEFICIENTES DE MINORAGAO E SEGURANCA NBR 6118/82 — item 5.4. ©) Controle teenolégico — Verificagdo da resisténcia dos materiais de acordo com as normas da A.B.N.T. i ©) Metodologia execitiva ~ Retirar parte da terra, para construgio do muro no alinhamento determinado pelo projeto arquileténico Construir o muro, respeitando as normas de execusdo para reduzir os efeitos de retragio do concreto, ete. Reaterrar, apiloando o terreno com soquete manual em camadas super- postas de 20cm de espessura Controlar a umidade do aterro, por qualquer processo expedito. Executar a drenagem concomitantemente com o aterro junto ao muro. CCumprir as normas gerais de execugio das estruturas de conereto armado, conforme NBR 6118. 1V.4.4.2 — PROJETO ESTRUTURAL PARTE I — FIXAGAO DAS DIMENSOES A—CALCULO DO EMPUXO DE TERRA a) Altura de terra equivalente & sobrecarga no terreno adjacente ao topo do muro, 72 CADERNO DE MUROS DE AnRIMO b) Coeficiente de empuxo (coefidiente de Coulomb) ‘Tratando-se de obras de grande volto, torna-se interessante 0 estudo das caracteristicas fisicas do solo em laboratério; quando, porém, a importin dia obra for relativa, podemos aplicar diretamente a teoria de Coulomb, ado- tando-se parametros recomendados nos manuais técnicos, ‘Nos casos mais comuns a pratica, fazemos a =0 (nclinagio do terreno =O (despreza-se x inclinagdo do tardoz); =O (considera-se 2 superficio do tardoz lisa). ‘Nestas condigoes, 0 empuxo seré considerado horizontal ¢ o cocficiente 4e empuxo seré calculado pela fSrmula: 6) Altura total... H= I+ ho H = 400 4.0.20 = 4,20m ) Grandeza do’ empuxo Bm Ey (HP = Ha) = 05% 033 x 166420" — 00) B= 47 um c) Diregio... 5 = 9 +o, =0 1) Ponto de aplicacéo: fh yg Do +H _ 400 3 tH 3 Horizontal 040+ 420 0,20 + 420 39 m B— MOMENTO PLETOR NA BASE DO MURO DEVIDO AO EMPUXO: Como foi dito, © muro ser4 calculado como uma laje vertical, em balango, @ engastada na sapata. M=Esy M=47 «1,39 C = PRE-DIMENSIONAMENTO 5.933 tfinfm 1) Base do muro: ~ Altura Gil da segiio de conerctot d= 10 /M = 10/6533 = 25,50 Adotamos d= 27m 7 Cobrimento de concreto — NBR 6118 ~ art. 6.3.3, item ¢ dy=d + om =27 +3 = 30em Antonio Molierso 73 }) topo do muro — (De acordo com a NBR 6118 — art. 8 — inciso 8.1.2.3.) ‘Admitindo o dittmetro maximo do agregado gratido 25 mm (peda n° 2) dy =4 x 25mm = 100mm = 10cm Medias priticas para o topo do muro, alendendo a Norma, de acordo com 0 agregado graiido empregado: Brita no 2 4 Brita m3 a ©) Sapata: 10cm 1Sem Largura ~ A experiéncia nos tem dado valores para b,, entre 50% a 60% da altura do muro e para a ponta entre 1/6 2 1/8 de h. Portanto, temos: b, = 05h =05 x 4,00 =2,00m £ x 4.00 = 6.66 ~ 0.70m (r+ dd Espessura — A sapata poderd ter espessura varidvel 1, Some condigio de engastamento do muro na sapata, € necessirio que No caso temos dy = 300m Adotamos d, = dy = 30cm do ahh opesumas das extromidades sho adotndas ene 10a 30cm; dependen- fo a espessura d,, deve ser dado um chanfro suave na face superior da sepata, Adotamos 20¢m' nas extremidades a o dente de ancoragem ser& oportunamente determinado, na verifcagéie do equilibrio estético. 00 — (0,70 + 0,30) 74 CADERNO bE MUROS DE ARRIMO PARTE 11 ~ VERIFICAGHO DO CONJUNTO PROJETO ‘Antes de calcular os esforgos para a determinacéo das armaduras, serd necessdrio verificar-se, com as dimensées adotadas, se © conjunto apresenta estabilidade. ; Nesta verifieagio, desprezamos as inclinagdes da sapata e a mfsula junto a parede, A = CARGAS VERTICAIS: fa) No topo ~ Parapeito de alvenaria: Go = OIL x 1,20 x 1,6 = 0,21 tm ‘b) Peso do muro: hye (de + di) = i x 2,5 0,10 + 0,30) = 00 ffm Antonio Molter 7% ©) Peso da sapata G, = dpb, = 030 x 2,5 x 2,00 = 1,504f/m d) Peso da terra sobre 0 taldo da sapata a= (+ di) ~ dy = (1,00 + 0,30) ~ 0,10 Gr = Flt + a) = 8 x 160400 + 1,20) = 108m 20m B~CARGA HORIZONTAL Empuxo ativo B47 im © ~ Bragos a) Parapeito Goan * b) Muro xy = Bt dod + dF _ O10? + 00 x 0,30 + 6,302 3ldo + dd F010 + 0,3) doe 1 x= O10 + 0,108 = 0.808 ~(081n) 4 300 oon 4) Tetra sobre o talio da sapate a? batt 2 _ 120° + 120 x 1004 TOP a+) 31,20 + 1,00) Gr = by = x1 = 2,00 ~ 055 = 145m €) Empuxo na... = y + dy 1,394 0330 ~ 169m ©) Sapata seo gs = = 055m D~MOMENTOS Gogo = 0,21 «:0,73).., = 0,157 Gg = 200. x O81. = 1,620 Gag, = 1,50)« ‘00, = 1;500 Gage = J04 x 455. = 10,208 Gogo + Gruty + Gg, + Gyg, = 13485 im M,= by! = 47 x 169 © ~ 794310m M=M,— M, = 5,542tfm E ~ COMPONENTES ) Componente normal: N= Go + Gy + G+ Gy = 1075 thm ) Componente tangencial P= B= 470m 78 CADERNO DE MunOS DE ARRIAO F ~ POSIGAO DO CENTRO DE PRESSAO (Ponte de aplicagio da resultante) aM 55 Ost m N 10,75 u 11 — EQUILIarto Esrértco Conficiente de seguranga, 8) Escorreganento: N 10,75 ean 7S. 1.25 1 Bp = O88 Ge = Ly 1 =055...Coeficieme de atrito, conereto sobre terra seca O cocficiente de seguranga para garantir a estabilidade estatica, adotado pela maioria das normas écnicas, é no minimo 1,5, portanto devemos dentar | sapata, para aproveitar a ago do empuxo passivo. L* Tentativa — Dente de 0,30 m p/ancoragem, mais @ altura da sarata de 0,30 temos @ altura total zp = 2 + h, = 0,60m Coeficiente de Empuxo Passivo: Ky («s + $) e260" YS 93 1,6 3 1,607 = 0,86 fm ea Kort’ Corrigindo @ componente tangencial, temos T= E— Ey = 4,10 —0,86 = 3,84 tf, Nova verilicagio do cocficiente de seguranga contra escorregamento 10,75 6: 0,95 pay 19. Satolaz Antonio Mottemo 7 Corrigindo os momentos, visto que M, aumenta Ponto de aplicagdo do empuxo passive: Eq (eo ~ Yo ~ de) = 0,86 (0,60 — 0,20 ~ 0,30) = 0,086 thn Goo + Gugu + Gag, + Gry = 13,485 tfm : 7.943 im 01086 tfm M, = 80291 M = My — M, = 13485 ~ 8,029 = 5,46 thin Conegao da excentricidade M__ 5A No 1075 =u = 048m b) Rotagiio ow tombamento M, _ 3485 yy fe RWS ee GEE = LT > 1,5 satis 1 EQUILIBRIO ELASTICO 4) Céleutos aunxitiases: N = 5,375 tm? ) Tenséo maxima o, 175 x 2,44 = 13 f/m? (a) 0 <0, = 15th? satishar, (-8) 62 = 5,375(—0,440) = ~ 2,4 tim? <0 (Tragito) ©) Tensio minima, 4) Tenstio maxima excluindo @ zona tracionada: bo =u = 156m 21075 14 ute? 0 ‘ovy,-+Tensio Gitima de cisalhamento 7 We, “Tenstio admissivel t= Para lajés sem armadura transversal wy, = WaT Joy = 135 kgtfem? Jo. = 135 keffom? (vg 241 «para h < 1S ao =e Jia Gan Whos para > Op, = 55) 0001 < p, <0015 7 Para h=15 K 143 Para b= 60 K = 7p = 10 Antonio Masterne 8: Valores’ intermediarios: tas— 2 souls F yg) COM axMadura tronsversal Sern armadura transversal 60 oh QUADRO RESUMO ~ CISALHAMENTO. sete |e Pa fal mn « felalufs Ne | om em? | om? setfem® | gt | cm: | kat | katie? o [ww] - | 2] - Ee ee eer 15 | 193 | 400] 1500] 000[ 39 | 40 ins | 2] 06 520 | 2000 | os] 37 | 1390155 | 1946] 4s 8 820 | 2500 | 0003 | a | 2720 | 295 | 3810) 21 900 | 3000 | 00a] 24s | 47m | ass | ese] 29 s Yor= $00 = 02M, Jig = /05~ 116 CONCLUSAO ~ Fica confirmado que a armadura transversal neste caso € dlispensivel; temos em todas as segdes ty < t, E~ ARMAGAO SUPLEMENTAR Embora teoricamente desnevesséria, sob o ponto de vista da resistencia, deve ser colocado ao lado externo do muro (lace fora da terra) uma armadura suplementar. A escolha, embora a sentimento, pode amenizar os efeitos da diferenga de temperatura entre as faces interna ¢ externa ¢ da retragao do con- crete, 86 CADERNO DE MUROS OF ARRKAO “Temos adotado uma matha, simétrica com a armagio resistente, variando 60041 % 003% da segdo transversal colocada ao longo da altura. Pode set maior ou igual a armadura de distribuigdo, porém nos dois sentidos (po se trata de armadura de pele). a, 0001) ~ 90 x 400 = 8cm* 4 0 30) ees Escolhemos *, =8mmje 25=7,8cm? F ~ CALCULO DOS DETALHES NBR 6118 — Capftulo 4, art. 4.1,, inciso 4.1.6.2.2 Comprimento minimo de ancoragem por aderéncia das barras tracionadas bs 3 106 10eni Syn = 5.000 kgf/cm? Jas = 500. 4 Jae TS : toy = Aderdncia ~ Para... > 15... NBR 6118 — 5.3.1.2, item tn = 09 YP NOW 6118 tem 4.6. —M& ern aw f= 8 953 re Ld so =09 x JOB =09 «21 = 19 ce agen? arc) Fazendo Aya = boy Cileulo de by Para a Sesto 3: Para a Segio 2: Antonio Mottero 87 Para a Secéo 1: Para facilidade na claboragéo dos detalhes, calculamos ¢, ¢ temos 125mm 6, = 50 x 1,25 = 65cm 100mm, 80mm — Ganchos ~ Vamos dispensi-los, cumprindo a presctipio da NBR 6118 art, 6.3, inciso 6.3.4 art, 4,1, inciso 4.1,6.21. ‘Como as barras nao serio dobradas (inciso 4.1.6.2.1) devemos aumentar ‘0s comprimentos das barras de ago + 10 Pos 1g = 125 Pos 2= = 1255 Pos 3~ $= 100 200+ € + 10=2,10+¢ EMENDAS POR TRASPASSE — NBR 6118 item 6.3, inciso 6.3.5.2. L o Para m2 15 {20cm ‘ARMADURA sem gancho” | 1S ‘TRANSVERSAL fae WS 6,=46 NAS EXTREMIDADES DAS EMENDAS Temos a = 25 em @ = 125 = 1.25em i lessat later Portanto a > 10¢ $7 13 Proporgiio de barras emendadas 1/2 (50%) Ws = 1,4 TABELA 3 — Da NBR 6118 ‘Temos para as emendas: b= 125 14 x 65 =90 b= 10 14 x 50 = 70 ba8 1 x 45 = 60 88 CADERNO DE AUUHOS DE ARRIMIO Emendamos a Pos 3 com a Pos | = 10mm...¢ = 70cm Posh poss-810 me Pose pos 1-128 Poe Prolongamos a Pos 2 até a Seco 2 € emendamos com a Pos 4 ... = 8mm. Adotamos ¢ =70cm na emenda da Pos 4 com # Pos 2, para padroniza- ‘do dos detalhes. ETO EM TORNO DA EMENDA ESPESSURA DO CONCK 1,250 em = 11875 ~ 119m Verificagaio de proporcio das barras emendadas numa segéo: Tabela 4 da NBR 6118, item 6.3.5.2. MNNO caso’ Sy. > Sq sto é, a soicitagio caraeterstica da carga permanente corresponde a solicitagiocaracteristica da carga total. Para bitola 4 < 12,5 ~ 1, 1.5 — 1/2 das barras podem ser emendadas. Constiragao Sob u rornade das emendas 6-0 et aastamente, uma mesma segio. "4 wele , portanto as barras so consideradas emendadas No caso, temos 0,2 ¢ na mesma secdo. G = VERIFICAGAO DA FISSURAGIO NBR 6118, a. 42., ineiso 4.2.2. Antonio Moiterno 89 Vamos verificar se hd necessidade de um revestimento do lado da terra, com argamassa dc cimento € areia (trago 1:3 em volume). Nestas condigdes, de acordo com o item ¢ do artigo citado, poderemos chegar com as fissuras de 0,3mm de abertura (pega protegida), °, 1... (a) mmtowt (Ee)> 8) 3. (€) 1s.) gel “(b) “ 13..@ Sag = 00135 thom? Ay = 10,L40m? _ 10,14 Pe = 950) 10135 0,25 x 100 x 30 = 750m? tfjem? @ = 125mm Para fa < 180 Kgt/om? A Ja 135 aia 2 P= A f= Fy = i = 13S kal/em? = 0,0135 t1/em B,=2100ujem? 9, = 1,5, Substtuindo: ~ en & 2m 075 * E, & De acordo com a NB-1, art. 4.2, inciso 4.2.2, o estado de fissuragto exige ‘uma protegao da face tracionada. Pintaremos a face do lado da terra com Un ta betuminosa, aplicada sobre o revestimento com argamassa de cimento ¢ areia PARTE IV ~ PROJETO DA ARMAGAO DA SAPATA AA sapata, sendo 0 elemento de transmisso das cargas quo atwam sobre © muro ao terreno de fundacdo, deverd resistir reagtio do mesmo, descon- tando-se as eargas verticais em sentido contrdrio (peso préprio + peso da terra). A solugio, teoricamente cxata, seria considerar a sapata como placa ou mesmo viga, sobre base elistica, porém tal sohugiio & bastante trabalhosa, ‘Vamos aplicar a solugio pritica, conforme indicada na obra de Marsch (Hormigon Armado ~ Vol. ID), que consiste simplesmente na soma grafiea dos diagramas de carregamento, ‘Vamos considerar scparadamente os varios diagramas, embota podemos superpé-los © hachurar o resultado final 90. cAvenwO DE MUROS DE AnRIMO A CALCULO DOS ESFORGOS NA SAPATA Para simplificar 0 céleulo dos esforgos, admitimos a espessura da sapate constante, SAPATA DEFORMADA @~ REAGAO DO SOLO i+) a, = 14 thm? a, =0 wo, 085 : =n 135 7,7 ffm’ no, 88 Sym? oma O88 Su b— CARGAS VERTICAIS {(-) Napontaay 0,30 x 2,5 re (Precho 13) 4, = 0,7 f/m? No talto 0, = diye + Hy (Trecho 2-4) = 030 x 25 + 420 x 16 6, = — 7Ati/m* c¢~ CARGA NA SAPATA Nine Na ponta Oh onan) = 140—07 ae asia om =F, 7,7 = 0,1 = + 7,0 tif? ry ee No taliio "com. Gy = 04-0, =5—7,4 = 24 fm? Oy =0, — a = ~ 7A thm? Lng yoo | lll s Antonio Moltomo 91 Desprezamos 0 céleulo do trecho 3-4, onde deveria ser descontada da reagio do solo 0 peso proprio do muro. ‘Obscrvamos que, neste trecho, passa-se por um ponto de carregamento nulo (linha pontilhada), devido a indeformabilidade da elistica no entronca- mento da paredé com a sapata, ESFORGOS SOLICITANTES a) = FORGA CORTANTE MAXIMA Corresponde a resultante do diagrama de carregamento, temos: Na ponto 2p = (r+ on) Fl 0 = (133 + 70) 22 = 7,105 um No «aldo Q, 0, = 04S x 764 (14 +24)0275 = 333 + 26 b)— MOMENTO FLETOR. MAXIMO. Brosos: Na ponta... = 5 x oe 070 21334 x 2X133-+70 9.366 m 058 4.045, 3 Taga 7e ~ O86 Feel 0,55 045 oy + (ou + oy) jm = 602 tj zt No taldo = 055 (tub ay) O55 2x 74+ 24 SOND Vout ow)” 3% a+ 2A =032m x= 035 + 9 — ons MOMENTOS Na pont... My= Opty = 7,108 x 0386 = 2,7400m (+) No aldo.” Me = Q'x, = 269 x 033+ 3,33 % 0,775 = 34cm (—) 92. cADERNO DE MUROS DE ARRIAIO Aaa Molterns 98 | a. 2% ©) ~ DIAGRAMAS | y= Sn isys : i ~ Jama"? iat ‘ ee i > E,0~4em M oa 24 ; : t = hy Mm 034 4 0 3 58m % buh = 45 om? i Adotamos A, = Sem? 128 mm 025 1 | I, ; ; Cisalhamemo i ogo crtonte Ty. tem: 2 WMS ey ee 11H \ sno te ES ta NBR OLB — 4.44.4 linw | | Way = id= 99408 FT [cow 11431 : | | ta GEL, = 4 kate | { | NBR 6118, item 5.3.1.2 — Lajes sem armagdo. | to = Ha VI | | i We=29p, para has toy (eeteanrsceet 7 cee Oo Pattee tot Ipordboa ebico E wee loyal | | Vie a | : i \ Ne i Y= KY 0001 1,00 gl (8 Satistaz aa ne ® DESENHO EXECUTIVO 0 desenho executive foi elaborado, admitindo-se a extensiio do muro ser de 10,00, a fim de apresentarmos alguns parfimetros iteis para orgamento, Conhecido o volume de concreto em m, que poder, para estimativa de custo, ser obtido através do pré-dimensionamento apreseniado no inicio do assunto, forma de madeira mi lagi: forma de =. 7 Relagho: ume de concreio a Relagio: #2 = CA — 50 1 ke volume de conereto~ “"" m? IV.5 — MURO DE ARRIMO COM GIGANTES OU. CONTRAFORTES © fator determinante para este tipo de estrutura, condiciona-se principal- mente a0 caso em que 0 solo de apoio da fundagio exigir o emprogo de estacas ou tubuldes, embora nada impega que, para alturas entre 400m até 7,00m, possa ser obtida uma soluglo cconomicamente vantajosa en fundagao direta, ‘quando 0 solo assim 0. permitir. Vejamos as duas solugdes do tipo de fundagio em separado. 1V.5.1~ MUROS COM GIGANTES — FUNDAGAO DIRETA Inicialmente deve ser esclarecido que este tipo de fundagao exige uma ca pacidade minima do solo da ordem de 2 kgf/em?, em contrétio a solugdo perde fm economia por outras alternativas (cortinas alirantadas e fundagbes sobre estacas). 98 CADEAWO DE MUROS DE ARAIIO 4 ~ TERMINOLOGIA Terre arrimage loje vertical Antonio Mottame 99 B— TIPOS DE CORTINA a) CORTINAS DE ESPESSURA ¢ CONSTANTE ogi do cortod Gigontes ' ai = r 1 ALTERNATIVA ~ Laje continua armada numa dirego ¢ apoiada nos sigantes (sentido horizontal) " ALTERNATIVA ~ Laje armada numa ditegio, apoiada ma viga de coroamento © na sapata (sentido vertical) Esta solugdo niio & vantajosa, visto que concentra o carregamento da pressio da terra nos citados apoios, quando a pressio da terra poderis it direta- ‘mente para os gigantes; portanto entendemos ser a L*alternativa mais rantajosa. Vigo de coroomento a i ql Seoata ALTERNATIVA ~ Laje continua armada em cruz (nos dois sentidos, no meio do paine! e no sentido horizontal nos gigantes), 100 canenvo ne MuROS OE AnRIMO Haslet no § mo cman, pol depended outa <2, nna maioria dos casos préticos 0 espagamento f no ultrapassa de 300m e #1 varia entre 6.00 a 7,00m, 0 que nos levaré a introducir vigas intormediérias b) CORTINA DE ESPESSURA e CONSTANTE COM VIGAS INTERMEDIARIAS Presse 60 tea aft % 2 Ms ov Ea] Ps sopote Sepole Antonio Malteina 101 1 ALTERNATIVA — Lajes continuas armadas numa diregfo (sentido vertical). 2+ ALTERNATIVA ~ Lajes continuas armadas em cruz, apoiadas nas vvigas intermediirias € contrafortes vy y; tq yg + 34 S47 £4 7 vf] om) 24 8 3 oe BA ed Be tL 8g gs 4 84 re 4 84 8 US i ee Rao Em ambas as alternativas, o ideal seria termos as mesmas dimensdes para as vigas Va, Vs...ete, € conseqilentemente a mesma ou quase idéntica srandeza de carregamento proveniente da pressio da terga. Isto pod: ser con- 0, distribuindo-se convenientemente as distancias hy, ha, hs, ele, © que € muito simples na 1 alternativa. = 044) Presséo do tert0 ©) CORTINA DE ESPESSURA VARIAVEL Laje armada no sentido horizontal, apoiada nos contrafortes, SP resto oo te 3 Py no cota 102 cADERNO DE MUROS DE ARRIMO PLANTA Plonte ey aecorting Momentos fletores Forgo cortonte ‘Outra altemativa para a cortina de espessuta varidvel. Este detalhamento elimina a variagdo brusca da espessura da cortina 20 longo da altura, solugéo elastica mais. eficiente Antonia Motterno 108 C~ DETALHE DE EXECUGAO a) SAPATA Para este tipo de muro, devido a elevada aco do empuxo, torma-se impera- tivo inclinar a sapata do lado da terra, além da adigio de uma viga de ancoragem. Eq... Bmpuxo ativo sobre a Area de influgneia do contraforte npuxo passivo sobre area de influéncia do contrafort. .-Resultante do. peso proprio atuando. no contraforte. Resultante das forgas Pn Lea Exe G. Frm tayoae Fo orcannen = Ex = Ey..Forga de prea alrito Reuk 1H ..Cooliviente de_atrito sapata-solo Fazendo-se a inclinagio da sapata aproximadamente normal & resultante &, melhoramos consideravelmente as condigdes de atrito solo-sapata A laje da sapata, dependendo do espacamento entre contrafortes e a dis: tancia, conduz as solugoes estruturais seguintes. Cortina Cortina bs eo ' L] gontrotorte T | 1 lp Trecho A Trecho 8 ! 1 ! Loje sostético ‘rtmodo mum dregio “ ei pos — 190 ce bs oncoregem Lye bs 104 cAvEANO DE MUROS DE ARID LAJE CONTINUA ARMADA NUMA DIREGAO APOIADA NOS CONTRAFORTES b+}—*—_+ ong Conteator _Cargns vorticois aoe wwesof [| LE oro Teecho A Trecho & a % Antonio totterne 108 LAJE CONTINUA ARMADA EM CRUZ i T | I} of | | tt T 1 A determinagao dos esforgos na laje da sapata é obtida pela diferenga dos diagramas de carregamento de sentidos opostos, isto 6, cargas verticaisea reagio do solo, Disto resulta a colocagao das armagies tanto na face superior como na face inferior da laje da sapata, nas varias segdes transversais dos trechos A ou B, conforme o resultado final dos esforgos solicitantes internos Usualmente nos casos préticos, adotamos a solugao da laje isostatica, ar- ‘mada numa diregdo, apoiada na cortina c na viga de ancoragem, por facililar a execugiio nessa fase bastante dificil da obra; também porque ha considerdvel diminuigéo de interferéncia entre as armagdes dos contrafortes com a prépria, laie da sapata b) VIGA DE ANCORAGEM Esta viga, além de transferir parte da carga da sapata pare os contrafortes, tem a finalidade de propiciar o aumento da resistencia passiva do eonjunto, a fim de garantir a estabilidade contra deslizamento, A rigor, a sua verificagdo deve ser feita para a solicitago na flexto obliqua ‘mas, usualmente, dimensionam-se as armaduras para o plano de flexio corres- pondente ao carregamento da sapata, adicionando-se armadura suplementar ‘emt ambas as faces laterais, por razdo de simetria, Este critério se justifica, visto que a laje da sapata, dispde de rigidez su- Ficiente para absorver a solicitagio do empuxo passivo. D — GIGANTES OU CONTRAFORTES Os contrafortes so elementos estruturais, que tm por finalidade trans- mitir as cargas provenientes das lajes da cortina (Iajes verticais) & sapata (laje 108 cADERNO DE MUROS DE ARRIMO de fundacio), Trata-se, portanto, de pegas que devem ficar perfeitamente soli darizadas com a cortina e sapata, estas condigaes, obedecendo o eritério proposto por Morsch, a armadura principal resistente deverd se situar na face inclinada do contrafoct, isto é do Jado da terra, Isto posto, vamos determini-ta, através do equilibrio dos esforgos. Ee EA i\ wy la Conn Tan “Sa Momenoe Fors tere Core Pela figura P= Bx b= M, F, Fo Fy fe a Adotando a notagto da NBR 6118, c= scone faeamos Ry = Foe porante f oP x seo = My n= te ' Wk, : A soldarizagto da amadura essen, 4, = 18 com a corti, se ip ‘obtém através dos estribos horizontais de Area A,, = + encerregados de absorver a reagio da cortina no contraforte. Os estribos verticais transmitem a carga da terra sobre a sapata a0 contra forte. No easo dos contrafortes do lado da terra (internos), 0 efeito do peso pr6- prio da cortina ¢ do préprio contraforte, datiam uma pequena redu¢ao 20 es- forco R,,; portanto deixamos le consideri-lo, mas deverfo ser levados em conta no ciletilo da sapata. Contraforte € (racionado, portanto, no tem flambagem. Antonio Motterro 107 Estibos horzonais Estribos vericols As Deve ser esclarecido que no caso dos contrafortes fora da terra (externos), estas simplificagdes nfo sio vélidas; os contrafortes dlevem ser verificados & flexo-compressiio, pela teoria de 2.* ordem, caso nao forem adotadas disposigbes especiais de travamento dos contrafortes, Vigos oe conta Hlambogem 40s gigantes Teno amen “Gigantes do ldo externa pone 108 cADERNO DE ATUROS DE AnAIMIO GIGANTES. PROTENDIDOS Embora nfo se tenha ainda experiéneia sobre essa solusio especifica, a iia merece ser considerada, tendo em conta a redugo da densidade de ago nna zona tracionada da pega, aliada a certa economia no volume de concreto. Para um muro de 7,00 im de altura, com gigantes espacados de 3,00 m, a armagdo é da orcem de 12 barras de = 20mm, CA ~ 25 na segao da base com dimensio de.25 x 300¢m, (eorresponde a ago CP 125/140, 4 cabos de 12 fios $ = 7mm). A colocagao dos cabos & muito importante; deve-se evitar cabos retos, pois se trata de um console e tais cabos criam um estado de coago que Magnel cchamou de momentos parasites. Propomos a disposigéo conforme o exbogo seguinte, Pert Elovagso orogens passivas an Plante 350 — Antonio Malverne 108 1V.5.2 — EXEMPLO DE UM MURO DE ARRIMO COM GIGANTES — FUNDAGAO DIRETA Apresentaremos-a elaboragio de unr trecho intermediério ao longo da extenso do muro, mostrando 6 roteito do célculo da cortina, gigantes € sapata 1V.5.3.1 — DADOS A — Perfil do terreno e sondagem (SPT) Agile poroso, siltose,pauco arenoso, mole © médlo, voriegade,omarela, cinta ¢ vermeiha Asia de gronulogio variada, ergiloso, sugestio pave 12 NA pouco sittoso, Iimplantago do muro » P medianamente a compacta ra [8 © compacta, MOVIMENTO DE TERRA © Material cortado € depositado em (A) (@)Materialretirado para a execugto do muro ¢ posteriormente recolocado B = Bspecificacdes 2) solo Angulo de talude natural g = 30° Peso especifico aparente 7, = 1,7 tim? ‘Tensio admissivel no solo a; = 20 tf/m? ) concreto ~ fox = 150 kglfem? ©) ago — CA ~ SOB ~ f, = $000 kgf/cm? 110 cAvERNWO DE munos DE AnremMo Antonio tosterno 11 4V.S,2.2 — PRE-DIMENSIONAMENTO — 1! PARTE Estimamos as dimensdes, por comparagiio de outros projetos jé executadas. IV.5.2.2.2 — Verlficagdo da estabilidade do conjunto — 28 Parte err ete A ~ Cargas IV.5.2.2,1 — Desenhos Preliminares a) verticais 101515 30 Go 0,40 x 0,10 x 400 x 255 aT Al Ee G- Ce +) X SAS x 0,20 x 2S cree = 3,54 wet ihh\e at oe : Gy = [S45 x O15 + 0,10 x 0,10] x 400 x 2,5 Ga = 3,00 x 0,30 x 4,00 x 2,5 Gs = 0375 x 0,30 x 4,00 x 2,5. Gg = 3,80 x ( + v8) x17 Gy = 75 457, 00 x 17. 155 x 0,80 x 4,00 x 1,7 b) horizontais — empuxos Empuxo ativo: B= KP 2 x17 0.33 x 25 = 10 tne x 400 = 28:6 h= 500m g K,=igt (©-$)-00 8 a o=30" Empuxo de repouo 5 By = Engst = Lc 17 070 x 225 = 13d ume « 400 = 5448 5m s 170 para egies TeoB,— m= neu ‘Nota: Por recomendagio do Prof. Costa Nunes, devemos caleular Ey com © cocficiente de empuxo de repouso em vez do coeficiente de empuxo passivo. 112. cADEANO DE MUBOS DE ARRIO Antonio Mettorna 113 B= Bragos de alavanca Coeficiente de seguranga contra tombamento: Mc 107,068 a= 721s 4 68 ay Me > > 67,133 Valores-medidas no desenho 1,60 C= Momentos estiticos ny rela a lina de rleréncia, pasando pela extremidade da ponta da Accivo sapata ') equilibrio eldstico — Tensio no solo 40 = 0875 m Geos = O40 x 0,875 = 0,350 y= 145m Gig = 354 x 145 = 5.133 Nv 2) o3 7 aise Seles i elas aot (Vs6) <5,=2000 = 0875 m Gags = 828 x O87S = 7.245 i = 150m Gar = 800.150 = 13500 an ete : aay a Gar TiS kes = 3000 2=X(1-6£)\>0 Auséncia de tragd % én = 3626 x 1975 = 71613, ee 7 Gay = 20L x 2233 = 4.488 Tey = 5A tim a Gis = 299x040 = 1,196 5 400 x 3 107,068 tim je 6x 088 ag 500 » 300 v2 P0,775 = 2,441 m @; = 34 x 2.16 = 149 tf? < 20 t}m? = SAX (= 0,96) = = 431 fm? < 0 Tragio Ya = 0,225m 54 x (— 076) = — 4,1 jm? < 0 Tragas yi = 2B x 2A4l = 68,348 Baya = 54 x 0.225 = — Anis __ Verificagao exeluindo tragto EE, = My =~ GL133 mili Mg ~ Me = 39,935 tim sion D ~ Centro de pressdo om dy <% . MO a= 490 a 2X67 pam? ya Ms 062 100m igus 4 lfm’ UN 63, ia v= 062m 3x 400 x 062 Su = 1,86 ~ 190m = 0,62 = 088m JU =a F — Verificardo da estabilidade 8) equiltbrio estatico : Cooficiente de seguranga contra escorregamento a1 1 cocficiente de atrito = comereto. | | aria = 055 7 | Actito 3000 114 cADEANO DE MUROS DE ARRINO 1.5.2.3 ~ CALCULO DOS ESFORGOS INTERNOS SOLICITANTES E PROJETO DA ARMAGAO — 39 PARTE IV.5.2.3.1 — Cortina entre os gigantes Vamos examinar a possibilidade da adogio de um painel armado em cruz Painéis extremos Painel intermedidrio 85 5,00 9685, if 4,00 Foy P Po = Ko}, 0,65 = 0,70 x 1,70 x 0,65 = 0,77 fm? Pressfo passiva ky, 500 = 0,33 x 1,7 x 5,00 = 2,805 tm? —_—_Pressfo ativa Para simplificagéo, vamos considerar separadamente as duas pressdes, embora sacrificando a economia Nestas condigGes, temos: Pressio ativa Pressio passiva 3 | P= ky S65 = 317 ~ 30m? py = 06 x 0.77 = 0.46 tm? Carga triangular Carga uniforme, parcialmente discribuida Antonio Malterme W185: Painel intermedidrio: TABELAS DE PLACAS (CONSULTAR MANUAIS) fy 5,65 1,00 fo dpyt Mate gyn at; =3 x 400? = 48 if Ede Tati PBF NBR 6118/82 — 8.2.5 ¢8.2.6 Joy = fa + 35kgffem? = 150 + 35 = 185 kgffem? B= 21000 185 = 257000 « 0,9 = 250000 kgf/em? [09 — CE.B — Carga de longa duracio} E, ~ 2,500.000 tif? géf = 3.x 2 x D= ees = 732 mit 121 ~ 0.2") _ 708 Som = 000137 a55- 001d m = 14 mm Myqgp= — 00473 x AB = 2,27 tf > dy = LL —> A’, = 8,190m? $ LAscf5 Megay 0153 X 48 = 0,73 mit + dx = 95 —> A, = 29410 $805 Mymn= 0020 x 48 = 1,00 mit dy = 1 Ay, = 3,16em* $815 Nota ~ Apresentaremos daqui em diante, apenas a determinagio dos esforgos, omitinde a justificativa do célculo das armagécs. Jo, = 150 kgt/em? CA 50B $ BENS — A, = 33cm? @IZSCIS A, = 83cm? lecha pela - ~- Me Fecha pla NBR 6118/82 —4.2.3.2.1, Jno = af = 4 = 1.3em Antonia boiterno V7 116 cADERWO DE MUROS DE ARAINO Espessura Carga na ga : vet j suas pur CA = 508 Maal prt inate Th 7 7 , | Corga, ir e— CA nitormente my Ae : tie A4l Wa = 1,487 wo} iad 2—— 12 “| bor os 39 030 | ~ AF 09 ~aats 41> pag gg = 1075 Temos d = 11,5 satisfaz Rr gaan @_ 60 n=40 | TABELAS DE. PLACAS = Ga Sei siim AO Pinel extremo (CONSOLTAR MANUAIS) few ee ee @7 407 1,40 = 1,00/0,70 Poe catty = 48 M, = 00233 x 48 = 112d, = 9° B ~ Eyforgos — Nao estando definida a extensiio do muro, vamos con- Ay, = 4,16eme siderar os esforgos para os dois vos extremos, conforme 0 esquema wy, = onan ig ct = 1 Ty 400 Ay, = 460m? nny ten ae etoers TTD arerrr er sno cos: i 3 = cont satan 355} {cose} ovtcone ae vse 286} +14 —e +52) ee Ae 1V.5.2.3.2. — Viga de coroamento Admitimos o carregamento da Cortina, uniformemente distribuido, para facilitar 0 céleulo das reagdes no bordo correspondente A viga de coroamento. 118 cAveRNo DE MUROS GE ARRIMO Antonia btlterne 118 Momentos de engastamento perfeto Empregando exclusivamente es = 400? a Seu = 32 kgl/em? Man ts x Sip = 2008 Beal ce em? m= 075 x 4 - 100m neath Via 2 Hs 20 M = 075 x AM = 1 s0utm Fazemos %'= 0 Ae Se = LIS te = = LIS x 133 = : Adotamos i Shier 4 ae = 075 x $0” — 930 Adotamos 46,3 e/15 Qo = 15 x20 = 3 set Qo = OS x 20 = 1,510 es B~ Bsquema 400 40 Este 62/66 Esti a6 20715 feito fos, __tstige2esis © ~ Dimensionamento das armaduras M =210 trom fax = 150 kglfem? by = 10cm ch 508 h = 40. om d= 37em Adotamos: 2. 125 Z M > S0tem 01s ous = OS a= 5 10x Aang = Figy % bot = x 10 abe 40 = 06cm? Adotamos 28 = 1,00 em? 2ei2s 288 D = Verficasto ao cisalhamento SsSeeenne teen ee Ree tee ett twa = Vue td Qa 14x 3525 = Pressdo passiva — Cortina calculada como laje armada horizontal = 4935 ket 2 s0,a6ttem 4 4935 sasperem® APO AENI™ Hf pp SO ogrttm <2 kgf/cm? oD a= tisem 1, = 0,25 fy < 45 ket/em? : A, = 283m So x _ 130 Adotamos a armadura {4,,° da pressio ativa, para facilitar a exccustio os G8cf15 = 3,33.em? 120. cADERNO DE MUHOS DE ARRIMO TV.5.2.3.3 — Céleulo da sapata 3s esforgos na sapata resultam como no caso do muro corrido, da diferenga centre o peso da terra e a laje, menos a reagio do terreno, ‘A sapata serd considerada como uma laje armada numa dire¢io apoiada na cortina e na viga de ancoragem, com a extremidade do lado da cortina em balango, A Cargas e ésforgos na sapara La JL b) reagdo do terreno 1.90 aT hime Q=300 Onan 92+ 3,7 = 12,916 87500 Antonio Melterno V2 0.95 Formulas: Kleinlogel — (Termos de carga) P98 My = 25 04IS 1.475 M, = 3,58ttm. oa b we $ [tata 1 patrxa pat 1,00 x 10,3 = 4x 100 « 10, P= 5,6ttm os ops Paras 195 f= 049 ean (LEE an a(Uh) A=3,40 02 "3+ 5) 122 CADERNO DE MUROS DE ARRIMO | Lape 00 fig DIAGRAMAS FINAIS 1 = Carga na sapata 0,875 4,95 -Carga no sopate | a ccf z 8 i Antonio Motterne 123 B — Dimensionamento da armagio Laje armada numa diregao: 700 trem m 150 ketjem? $ 12,5 6/13 50-B = 9,020m? Verifieagiio ao cisathamento NBR 6118/82 — 4.1.4.1 53.126 Q = 13000 kgf Ve = 110 = 14 x 13000 = 18 200 kgf Va ftw by <5h we eh 100 <5 « 20 = 150 1, = 0,25/.,< 45 kgtem* pee 2 Ja 150 a Too 26 7 7 etiom’ fos = = gm OT Kale 7 < 26,78 kgl/em? Suu = 26,78 kgt/em? wi a fee Verificacdo para dispensar armadura transversal: AL 9,62 PA = Tox 30 = 204 124 cADERNO DE MUROS DE ARAIIIO Para hh C13 Ye 2m = 050 Parah = 30 Yu Para h < 60 Tag 2 Ta .,, = 040/150 = 49 katem® cease no poderemos dispensar armadura 15738 pata combater cisafhamento, i eat Nha — 35 = 45 kelfem? = 35 kelfem* Armagdo transversal a) balango — apoio A 0,875 ‘ 15, 4 Fenietde pay once a ferros dobrados a 45° 9.675 a OTH AE 2,22em? A, 15 057 NBR 6118/82 — 4.1.4.2 Syus =0,7 % 4350 = 3045 ke Adotamos: A,, = 2,22em? aac SE ») apoio B 14 x 12000 Hee eg = Saag = 65 Kelfom: t_ = 3,Skgffom? NBR 6118/82 — item 4.1.4.2 wa Via y= MS tee — = @ Be/22 = 2,27 emt Pistribuicde Antonie Moiteno 126 NBR 6118/82 — 6.3.1 1 2 $8 A,> 0,90 oni 1 $ X 9,56 = 1,9 en" Shim Adotamos: $8 .)26 seers 78 — 35 =4kgljem™ Adotamos a mesma armagio do balango IV.5.2.3.4 — Viga de ancoragem a) dimensdes: by = 30, b= 675cm ) carga por metro linear de vigas Reagito da sapata Peso proprio (0,675 0,300) « 0,30 x 2,5 = 12,00 thm 028 ijn g = 1228 tin 126 cADERNO DE MUROS DE ARRIMO ©) cilleulo dos esforgos: Aplicando Cross: Coeiciente de rigider e distribuigao, conforme viga do coroamento. Momentos de engastamento perfeito Hss0[: 99 —~ eSs) « Saitofsare Sa we 16 & Men 24,601 m 23 x My = 40 ~ 164016m 2123 x 400 | 240 _ Q z J 7 93 123 x 400 | 210 Q pie Fay = 9 123 x 400 @ ae ,. (210 = 1498 400 2 = 26400 233 x 400 g = pan -(2 Q= 2,80 D ~ Dimensionamento das armaituras Jeg = 150 katfom? CA ~ SOB d=h~ dem =675 ~ 4 = 635em M = 2110 them — A, = 5620 '= 15,7 om? M = 1400 fem — 4, = 416 = 8cm? Antonio itera 127 Verificasao ao cisalhamento 9.9 tf = 30.000 ker Va = 1,4 x 30000 = 42000 ket Ye gay, Tw, =0,25/,< 45 kel/em? 26,78 kef/em? Qe Bue 42.000 ht 30 O85 Vamos aceitar = 22 kgf/cm? NBR 6118/82 — 4.1.4.2 Armagao no apoio: 416 = 8cm* No Trecho 2h ta MIS tea — tg = HIS 22 — = 20,3 kgl/em? 499 kgifem? Armagio transversal R= by = O81 a9 2 2.40 pe f re t , In Ipo |¥ ie fS 48 angon al Vamos absorver apenas com estribos: FFT R, = 54810 kgf ina R, _ 54810 Aw = = = 12,60m? Syma 4350 ional S= 20cm = So/me S33. Sendo 4 ramos = 4. Asw ,64 cm*/estribo = g 10 = 0,80 cm? Aa = 064 emestebo = 4.19 = 0,80 128 cAvenwo bE muHOS DE ARRIMO Antonis stotterno 129 Armadura de pelo — NBR 6118 ~ 6.3.1.2 1V.5.2.3.5 — Gigantes ops ops Ay Sag + bali = SUS x 30 x 675 ~ 1,01 em? 128 = 1,25em? Os gigantes devem resistir As reagGes da cortina e transmitir esse ofeito a0 100 two : 7 terreno de fandacao. BS oy omy 5420 (0 céleulo rigoroso do gigante, seria consideri-lo como pega solicitada a y7 3 flexio composta, isto é, Nexto devida ao empuxo da terra e compressto devido ‘a0 peso proprio. f Este rigor pode ser dispensado, desde que seja prevista uma armadura ‘ minima, objetivando absorver o efeito do peso préprio, eA soguranga contra a lambagem estas condigdes, vamos considerar © carregamento da press da terra, irelamente no gigante (em ver da reaglo das cortinas e viga de coroamento}. A ~ Cileulo dos esforcos: p= Kyh = 0,33 + 1,7- 5,00 < Px = 28» 4,00 11,22 thm 7 406 2.6128 (ooncos maga 08 oplae 2420 He Formulas: 2420 ‘Armagdo 408 Womot Q=nF =H (ee Ma O= m5 Os~ 0 \ 2416 / 180. cAvERNO DE MURDS DE AnRIMO TABELA DE CALCULO DOS ESFORGOS Ctevios ausitares, yorcos Sega | Altwa | Pressto re [nv ad | | ate | a | Pare | ome Qa | atte. ac | 000 ‘Antone Motieino 131 C= Callewlo das armaduras Armamos 0 paramento obliquo, zona tracionada, da base ao topo, serido suprimidas as barras, | medida que os momentos fletores diminuet, As barras deverdo ficar ancoradas na zona comprimida, junto a cortina, Como a altura itil € muito grande, pode-se determinar as areas das barras pelas seguintes frmulas: © 0 Armadura ae tragio ® | us | aw | ase | eas | om | us | on o zal ad d= 090h 5 20 | soi | 62s | 125 | toa | no] sas @ 2= 085d @ ais [na | iano | ars | 230 wn My = yh = 14a | R 7 ae [o | sco | asm | sicr | 2sps | asrs | coe ® aos | 66.48 Me TABELA 30, oO pa Ot ng Eyorco Momentos | lemenos geomsvices Armas ‘tem o | Seepao u[m fs fa [oe a © Saeed ie vm | 2p20 2420 @ sesgencinaas 2 | oo | a0 | ur | sos | | 94s | 2s | sas | Gas ® aston 7 292 temsi014 100 Soper 4920 4 | arm | ese | 205 | ase | ase | sous [sae | 52 | sao forga_cortante momentos etores __seogdes 5920 ors conta momentos Teter softs 5 6650 | 9310 | 20 | 207 | 176 | 290 Jaquo | ea | asts 182. CADERNO bE MUROS DE AnNMO Lw20 2420 Anmasiio transversal i Verifcagdo a0 cisalhamento: | ve =H Megs rye te[ = Mb to] crm = zor Bt Ty = OFS 45 tg0 = 0335 tye h15m— 1 20 1, — Desprezado ue MS, gq | b, = 20cm 7 Re abt oy ot 4 Ay Para p = fo 4 — Desprezado oe emg saver off ta Soe pasty 8 ites R aoe ay Antonio Matterno 1338 TABELA pe ee .. a atoly | om uw tft | atm elle | oisf an] a amo frm] a pias | 70 | 990 | 0 F000 |2t00 | as us | 160 | 2240 | 2mm] 676 | 16a [2900] 62 |issoo | 207 39.20 | esto | 1252 | aoieo [asso | a3 from | 519 207 | 280 | 2520 | 9x10] 0 | a9200 [ato | 199 fis0 | 990 Adotando-se estribos de 2 ramos 519, 2420 20. 220 134 CADERNO DE MUHOS DE ARRIGO IV.5.2.4 — OUTRAS VERIFICAGOES 1V.5.2.4.1 — Flambagem do contraforte Vamos verificar a resistéacia na seecio do gigante & flambagem. ~ Embora tal ocorréneia seja dificil de acontecer, essa preocupagao existe na fase dda constrigao, ou mesmo se nao for execu tado 0 apiloamento da terra do modo que © confinamento desta seja configvel para garantir o travamento necessirio, ) Comprimento da flambagen: 6, = 0,70 = 0,70 x 5,70 = 4,00em b) Indice de esbeltez: fe 44g 4. fia a6 Gy 09 < 80 NBR 6118/82 — 4.1.1.3.2 ©) Peso proprio do gigante: A= 346 25,70 w= 6, = sm0(0 2) x 2,5 tffm? x 0,20 = 3,95 Nenad 5,53 f — Forga normal 4) Area da secgdo média do gigante Ac = 20 x 140 = 2.800 om? ©) Verificagio: 8) Momento de 1 ordem Excentricidade acidental ¢, = 2m Mya = Noes = 55 x2 = Hemi b) Momento de 2* ordem Aetonio Boltemo 136 5 oosa = 47 em Me = Mug + Myy = 14 47 = 58m Armaduras.simétricas Empregamos a armadura #10 /30 1V.5.2.4,2 — Corte [Na ligagéo da cortina com o gigante, temos que verificar o eleito do corte nna seegiio de intersecgio entre estes elementos. 4,00-—f>—}— 4,00 Extremo 61078 128615 25,00 Intermedia i2ecns | [rsaers si2306. 138. cAvenwo De MuROS DE AKRIMO Carga na faina de 100m a partir do nivel inferior do terreno, P= px 200 = 2,80 « 2,00 = 5,610 Tensio de tragiio no concreto: NBR 6118/82 — 5.2.1.2 tensio caracteri : ica de tracio oy estimada Patt fo gy < 180 kefjem? Facay = 1S glfem? Para fa. = 150 kglfem? Ja _ 18 yom? d= . faa Bom Th = WOT kghiem? d= b= 20) = 15-69 em PAA 5.600 _ Tx 100 ~ 9x 100 9kgfiem? < 10,7 Absorvido pelo conereto Contando-se com a armagio: A, = @MG/15 = 3:3 em? Irn, = 06 fya = 2400 keffom? ne EP eg, <20tgfom = R50 atm? < 240 gem? IV.5,2.4.3 — Fissuragio — NBR 6118/82 — 4.2.2 Pintamos o lado da terra com neutrol — 45 (tinta impermedvel), formando uma pelicula clastica — Abertura permitida 0,3 mm. ‘A fissuragao sera considerada aceitével se for negada pelo menos uma das desigualdades abaixo: 6a (4.4), aera (e+) > $a de, Tn O75,” Se n> LS, 0, = 3iffom?, fu = LOIS ifiem?, p, = 0015 Antonis Mobtere 137 A.4 — Comprimentos de ancoragem ZONA -1 Aduitinde 100% na mesma seedo 4 — ce St, a! fu = 150 keffem? [« = by, = 556 Estes valores devem ser indicados ao desenhista ben bb p, Ase feat AL, = 10¢ Cy = 3em IV.5.3- MUROS COM CONTRAFORTES OU GIGANTES ~ FUNDAGAO SOBRE ESTACAS Esse tipo de estrutura, obviamente substitul a sapata por um bloco rigido sobre as estacas, mocificando findamentalmente © criterio apresentado no dlimensionamento dos gigantes, que poderd ter dimensio mais reduzida e mesmo com seccio constante em toda sua altura. Os gigantes neste tipo de muro de ‘rom ser Yerificados como sendo uma viga em balango engastada no bloco, com pouca margem de erro; assim as armagdes poderio ser calculadas no caso de Mlexdio normal, desprezando-se a compressto devida ao peso propri, © aspecto mais importante nesse tipo de estrotura € sem davida alguma o projeto do “estaqueamento”. A grande dificuldade esta em atender a preferéncia de ordem executiva, cravando estacas vertcais, tendo-se consciéncia © semtimento estitico de que sstacas cravadas verticalmente, nfo deveriam ser solicitadas por cargas hori- ‘ontais (empuxo de terra) em eardter permanente, excegio perfeitamente jus- liicdvel quando tais cargas forem acidentais ¢ de duracio momenténea, como no caso da carga do vento em estruturas com dimensdes em planta bem supe- riores a altura, 138 CADERVO DE MUROS DE ARRIMO © assunto bastante compleso, a8 hipstesescontrovertidas, portant tor- Tee sees nam-se necessirios minuciosos estudos para cada caso em particular, dado 0 7 = da = a9 a envolvimento de uma série de incégnitas tais como: 0 4) Comprimento da estaca e respective ficha de engastamento no solo SO ) Deformabilidade do bloco sobre as estacas 6) Encurtamento das estacas (efeito de mola) 40 = 41 re 1S Valores cateulados: Ht, = 2 (Fig. b) 2 — Area do diagrama Hz = Q — (Fig. i) a a- { Flobdy. Admitimos: W, = W, = Hy — (Fig. k) — Assumimos W, © Wa igual- mente afastados 1V,5.3.4 ~ DETERMINACAO DOS ESFORGOS SOLICITANTES INTERNOS NAS ESTACAS A quantificagio dos esforgos solicitantes, nas estacas carregudas horizon- talmente no topo, tem sido aproximada, adequando-se aos prineipios bascados no cilculo das vigas sobre base elistica ‘Segundo N. V. Laletin da URSS, nos testes realizaclos em estacas longas, a resisténcia as forgas horizontais € determinada pela resistencia a fexio do material da estaca, 1,7 — bragos To = 7 ep — (Fig. j) — Empuxo por metro linear 5 ‘Com éstacas curtas, além da resisténcia & flexio do material, deve-se veri- E-w t=Z ficar a estabilidade do solo confinante que envolve a estaca, proporcional & Hiteiat profundidade, segundo uma curva de reagio do solo de configuragao parabélica, cuja ordenada maxima segundo Berezantsev é dada pela expresso: ~1| sn ‘Neste caso, deveremos contar com a resisténcia passiva do solo, Consideramos duas verificagdes para aquilatar o grau de seguranga: ot ot ¥ a) Empuxo absorvido pelo trecho do muro enterrado, excluindo a cola- abe L a vorag dest ao ity nae Lavery ce | Condigfio: H, > T> | Hyg ~ Carga itima a = (0,14 ~ 0,20) L | ra (+$) D hfe es (*- $) é — Diametro ou lado da estaca K, = Cocficiente de pressio lateral va- rifvel 0,5 até 1, caso de forte com- pressio H ~ Carga de servigo ou carga atuante 1 Haye sendo p= Kyhf bb) Empuxo absorvido pelo conjunt Bloco ~ Estacas ~ Solo envolvido pelas estacas Pelas condigies admitidas na (Fig. k) Coeficiente contra deslocamento ~ 5, > 1,5 Momentos em torno do ponto F. K, EOthtdaTMut btn Wirt), 2m, Trott Coeficiente de sogurana = “i > 2 ¢=(L- a 6 PAs 14 cADERNO DE MUROS DE ARRIMO Momento méximo de flexdo na estaca Segundo esses autores citados, a classificacHo das estacas quanto 20 com- primento: Estacas curtas L< (10 ~ 12) Estacas longas 1 > 12@ Evidentemente esse comprimento L exciui 0 trecho de comprimento corres: pondente a0 engastamento no solo. No caso de uma estaca ¢ = 33m, L= 400m, logicamente para absorver ‘uma carga horizontal, 0 comprimento total da estaca deverd ser no minimo 1200m em terreno de! boa consisténcia GL. 1V.5.3.5 ~ OUTRAS PROPOSIGOES Nao poderfamos deixar de mencionar o trabalho elaborado pelo Eng” Dirceu de Alencar Velloso, publicado por Estacas Franki Ltda, pela grande ‘experiéncia profissional do autor ea confianga que € merecedora a referida empresa, As solugdes propostas, baseian-se na deformagio da estaca € reagdo do solo, aplicando o estudo das vigas sobre base eléstica, admitindo as seguintes condigdes A ~ Coeficiente de recaique lateral do solo constante “K” — apliea-se aos solos coesivos Segundo o Eng.° José San Martin, temos: K — Coeficiente de recalque lateral b — Dimensio da estaca normalmente ao plano de flextio — Médulo de elasticidade da estaca J-= Momento de inéreia da secofo transversal da estaca Antonio Molterno 147 © processo do Eng’ José San Martin ‘admite a reago do solo “4, proporéional 0 destocamento lateral Nestas condigdes q’= Kby Equago diferencial 1 £2 + Kby =0 Fazendo: Solugio: PY 4 aes ae y= Aeteos at, + Be™son cu + Ce-*eos a, + De"sen a, Determinados 4, B, C ¢ D pelas condigdes limites estabelecidas, temos os esforgos: Qo Amat M =~ £) £2 — Momentos tetores #Y _ Fon le 2Y — Forga cortant 8) Estaca trabalhando pela resisténcia de ponta K M = *D (Acoshay senax ~ Bsenhax cosas) = Kb 114 — B) coshax cosax + (A + B)senh ax sen ex] b) Estaca trabathando pela resisténcia de airito lateral ~ “flutwante” M= AD [att ~ C:*)senax ~ 2B sen ax cos 2x] @ se [2B (wonh wx senax — cosh ax cosax) + Ag — CV] Valores das constantes one JE sen [3 + «| weet JF sen [e+e] 148 CADERNO DE MUROS DF AnraKeO [Ol x6 Jad taht ac-ad= 2M he “| T= Ht I M = M = Hy |= aA + aD + aj + ad = ~ 20 a, =e8send ty = ebc0s2 a, = e7sen 2 a = e708 2 a, = e*(cos A'4 sen 2) a = e~* (cos 2 + send) @, =e "(cost — sen J) a, = e¥(cos 2 — sen 2) Resolvendo simultaneamente,determinamos: A, B,sendoC = — AeD = B — Coeficiente de recalque lateral de solo "K” varidvel com a profundidade ~ aplica-se aos. solos nfo coestvos Segundo Miche, para o caso de uma forga horizontal aplicada nn superficie do terreno € a estaea de comprimento infnito. K = Re... Bq, diferencial M y e ey ty at Fann @ = — Kbxy =0 L Rb i U Resolvendo-se.aequagao tipo Laplace ay mere « adaptando aos cxsos de aplicagio imediata ito €, quando a estaca for soli- cilada pelo momento fletor maximo, o,roLH Osun -OLH Diograme de Diagrama de Momentos Forges reocao desbcamentoflelores corlontes Amonio Mottamne 148. Le {2 a, EH ~ Re 2 ET A p- 2a br or Valores de Ke (eg B) max Areia timpa saturada | Wyypx K = 0,150 kgffem* B= 0025 ketfom? é Argile. saturada ro,row. a K = 0015 ketjemt | “4 0,050 kgt/em? ‘i Cota a 1V.5.4 — PROJETO. DE UM MURO DE ARRIMO COM GIGANTES — FUNDACAO SOBRE ESTACAS Verificar as condigdes de estabitidade do estaqueamento. 1V.5.4.1 — DADOS IV.5.4.1.1 — Desenho do muro — Detalhe dos gigantes espagados a cada 400m IV.5.4.1.2 — Estacas pré-moldadas — Fabricaciio SCAC — didmetro exter. no = 33 cm centrifugadas — carga méxima nominal A compressio = = 601 — espessura da parede = 6m 1V.5.3.1.3 — Solo ~ Argila siltosa, mole « média, cinzenta, com 6 a 9 ‘golpes S.P.T. Por recomendagdo de um especialista de fundagies, adotar comprimento das estacas acima de 12,00 m € 08 seguintes parimetros para o célculo do em- puxo: a) Angulo de talude natural — g = 27 ) Peso especifico aparente do solo ~ = 1,7 um? ©) Coesio = 160 CADERNO DE MUROS DE ARRIMO PROJETO. DEUM MURO DE ARRIMO COM CONTRAFORTES ‘Antonio Mofterno 181 1V.5.4.2 — VERIFICAGAO DA ABILIDADE DO CONIUNTO 1V.5.4.2.1 — Ciileulo do empuxo A= Empuxo ativo Kou (# 5) Terreno adjacente horizontal, para- mento irtemo (cortina) vertical Paramento interno liso, Ky = g? (31°30) = (0,613) = 0,376 ‘erreno sem sobrecarga: + Kani = Ff % 0376 x 1.7 x SEU? = 108 thm Ponto de aplicagio h 580 yy yey = 193m Empuxo no gigante: E = 400 x 108 = 43,20 B— Empuxo passive Coeficiente de empuxo: k= (54 g g=m7r ig? (45 + 13° 30) = ty? (58° 30’) = (1,632)? 66 © — Condigito fundamental de equilibrio estdtico Py = 4522 x 2,40 Po = 1085, put. 42 To 35" 75 190 7 Hh hm 3b = 5,70 Nio corresponde ao caso, devido a interferéncia de presses Adotamos 2) = Hy = 4 Pol = 05 x 1085 x 240 Hy = 82th 80m 162. cAvERNO DE MUROS OE Anmmno Antonio Mosterso 163 Pu (r+ a) = 4922 x 465 = 2193 alah 2 Py = 075 Py = 10,68 3 P, = 0,50 Py = 881 fl Ps = 025 Py = 526 . 10 . 350 8 fi Lhe Po=Az2x2,40 ka Po 10,05 8 1,90 =] 17 —T bs1,90 Ieee 8 : leat 70 | 70 251% i) i | t | 4 8 | 95,98 O ys 180 | B20 Temos Hy > Nos casos conmuns, adata- se 1,5b, porém no caso 13,2 > 114 accito, nfo foi possivel. IV.5.4.2.2 — Estabilidade estétiea do estaqueamento A ~ Céleulos preliminares — Presto passiva i= 4522 = 4522 x 2,40 = 10,85 (09 (+ 5) = 4,522 « 3.90 = 17.63 Areas parciais Fo = 1085 x 240 x05 = 13,02 0,5 x 0,75 (10,85 + 10,68) = 8,07 4522 315 = 14,24 F, = 05 x 0,75 (10,68 + 881) = 7,31 OS x 0,75(881 + 5,26) = 528 15 x 0.75 x 526 197 W, = W, = 35 164 cavenno De MuROS OE Anno D = Diagrama das pressies passivas fo fe Fata Antonio toiterno 165 E Equilibrio estdtico do conjumto solo envolvido e estacas a) coeficiente de seguranga contra deslizamento y= 193-4240 = 43 To = UA jem dr = 2 2,60 = 5,20m W, = 35,6 jm (y+ 6, +) = 4233 + 3,00 + 2,60 = 9.93 0 x 35, Tha x 993 ~ a {6 > 15. satistaz ) coeficieme de seguranga contra rotasiio Ply +a) a Hiren? lS Ly + y = 1200 + 4,33 = 16,33m Per = 5,20 5 _%, T= fF = Op = Bhim Wy = 1775 thm oy = TAX NOD 4 > 15. satsfan 1775 x 5,20 1V.5.4.3 — CALCULO DO CARREGAMENTO NAS ESTACAS 1V.5.4.3.1 — Cargas verticats A Cortina e vigas horizons: O,15 x 5,80 (4,00 — 0,60) x 2,500 (0,15 + 0,10) x 0,30 x 3,40 x 2,500 1 Conroe gions Gz = 0,60 x 0,60 x 5,80 x 2,500 = 5,220 tf 0, = }(6¢0 330) 6 2500 1485 C= Bloco sobre as estacas Gy = 190 x 5,20 x 1,20 x 2,500 = 29,640 tF 188 cADERNO DE KIUROS DE ARRIMO D~ Cortina enterrada Gy = 0.25 % 1,20 « 1,90 x 2,500 = 1425° E — Terra sobre 0 bloco 6, — 0 » 6,0 250% 1700 — 13300 Gy = 4 (040 320) « 040 1700 = 101040 Gg = 2,00 x S380 x 0,60 x 1,700 = 11,8320 Gs = (1,90 ~ 0,60) > 5,80 x 2,95 x 1,700 = 97,813 0 F ~ Componente normal 1V.5.4.3.2 — Componente horizontal 1V.S.4.3.3 — Bragos da alat 00 4 0,175 = 2,175 m 00 + 0,30 = 2,30 m 00 + 0,60 + 0:20 = 2,80m 60m 125 m ,00 + 0.60 + 0,30 = 290m 100 + 0,60 + 0,40 = 3,00 m 1.00 = 420m © = y+ 120 = 193 + 1,20 = 3,13 IV.5.4.3.4 — Momentos estitheos Go, Gm 8032 x 2175 = 17,470 5,220 x 2,30 = 12,006 Gygy = LABS x 280 = 4158 Gage = 29,640 x 2.60 = 71064 Menexe Gygy = 1425 x 0125 = 04178 My = 43,2 3,13 Gage = 1,530 x 290 = 4437 Me = 15,22 mil Gig, = 1,010 x 300 = 3,030 Gaga = 11,832 x 4,20 = 49,694 Gogg = 37813 x 3,60 = 136,127 Mg = 304160mtT Antonio Mostero 187 IV.5.4.3.5 — Ponto de aplicagiio da normal _ Mo _ 304,164 wah = SS = 300 Exeentricidade 520 4 ~ 258 950m Transferéncia para 0 centro do bloco Mp = ~ 13522 Nee =98 x 0,50 = 49,00 M =~ 86,22 mir “=a n= 46 = as Gm = = 98 = do no = M1 = Osa aye de = as Mn = 651 J=2309 +39) J = 2[3(606)] = 36,36 m* XL 96.99 x 100 MAP = 8622 x 50h = 24 1 9699 x 225 ° MAP = 8622 « Fog $33 : Férmutas: 604F...Capac, de carga 15...Coeficiente de minoragho 40 tf... compressio 40 1s Carga nas estacas tf... tragho 4 = 65 +53 = M8 < 401 satistaz gu = 65 + 24 = 8,90 < 404 satishaz gu = 6S Gw = 65 ~24 = +2110 >0 nfo hé tragtio Qy = 65-53 = + 12U°> 0 satisfaz 168 cADERNO DE MUROS OF ARRIMAO 1V.5.4.4 — VERIFICAGAO DA ESTABILIDADE ELASTICA DE UMA ESTACA Eldstica de uma estaca fos 00m an {tne 2am l 1 Pan er100 20m 17 jm? 033m Le720m DIAGRAMA I DIAGRAMA It Para determinar os esforgos internos solicitantes numa estaca, empregan- do a solugao aproximada jé mencionada, devemos substituit DIAGRAMA I, do carregamento devido ao empuxo passivo na estaca, pelo DIAGRAMA IL E valido fazer y =0, isto € desprezar M = Hy, porque parte do empuxo ativo neste projeto estd sendo absorvido pelo bloco e cortina enterrada, por- tanto, admitimos 11 atuando no nivel do topo das estaas festas con E sy vaN cose Carga méxima rea Wo, a=% Ups ex ae xt] Antonio Molter 169 anigx12 [206 + x | = 212m? ase 212 x.0,33 x 6.20 = et Maw MEX ON 620 aa ser tee Sonat m=“ Gaxtzel > fy 213 Coeficiente de segurange care Momento fletor maximo na estaca ara t[o oars ptos| 32 an +3) DEH RCerera oe Ge cre ir 3V2an43) 3 2Gxl2ray 1,00 m Mauy = 2.9 X 2,05 = 5,45 © 6,00 Tm. Verificardo da estaca escothida Abaco da SCAC (Ver Anexe 10) ~ NBR 6118 Para N= V= 651 M-=600tIm ——Corresponde d = g = 500m Outra tentativa ~ Reds ndo H. ‘Vamos contar com o empuxo passive no bloco e cortina enterrada para reduzir a intensidade de H. Stikyf? xb = OS x 2,66 x 20? * 1,90 Lou 160. cADERNO DE SunOS DE ARRIMO Mam = 19 « 205 = Ne y= 6st ee ce } Abaco SCAC ~ aevtivel Pataca = 33cm, embors seria mais pradenteadotar & = 42 on. 9000 m IV.5.4,.5 — CONCLUSAO. 1) © exemplo apresentado, mostra como € laborioso o cileulo de veri Ficagiio do estaciueamento nos projetos dos muros de arrimo, com estacas cra vadas na vertical, mesmo tratando o problema da maneira mais simplifcada possivel 2) Pademos aguilatar a exigéncia da grande quantidade de estacas, em tude do carregamento horizontal e, 0 pior de tudo, com aproveitamento ficient, isto &, muito aquém da capacidade nominal recomendada pelo nte da estaca 3) Apesar da margem de seguranga adotada no projeto, sempre existiré uma inevitivel faixa de risco no comportamento da estrutura, face & resposta do solo confinante em torno das estacas (acaba existindo no’ projeto subjeti Vidade na adosio de alguns dos pardmetras © adequagiio dos processos de ‘Alcuto) 4) Nestes casos, recomenda-se prova de carga, com as devidas corregdes para © grapo, como sohusdo de controle dos parimetros adotados. 5) Deixamos de apresentar como alternativa a solugio por meio de esta- cas inclinadas. problema pode ser resolvido, conforme indicagées da Revista Estrutura Ne Le Ne si. 6) Deixames de apresentar 0 céfculo de dimensionamento das armaduras, cujo assunto obedece as normas usuais da Estitica das Construgdcs © espe~ cificagdes da NBR 6118/82. 7) Mencionamos a titulo de referéneia, o excelente desempenho de tu- buldes para cargas horizontais, dependendo das condigdes do solo, nivel 4 &gua, ete. Deixamos de desenvolver esta alternativa, 1V.5.4.6 — SOLUCOES DIVERSAS PARA MANTER OS TALUDES ESTAVEIS (15 SOLUGOES) As solugdes propostas devem ser adequadas a cada caso particular, admi- tindo certa margem de risco maior ou menor, em relagio as solugdes clés sicas anteriormente estudadas. Antonio Motterre 161 L SOLUCAO — MANTER 0 CORTE PROTEGIDO, SEM A. +) CONSTRUCAO DO MURO DE ARRIMO A) TALUDE COBERTO ‘i hoo] (os YC putados sos extamienees) 2." SOLUCAO — MURO DE ALVENARIA DE TIJOLOS, COM LAJE DE EQUILIBRIO EM CONSOLO ENGASTADA NO PROPRIO MURO BY frie tech he Dente de oncoragtin 162. cADERNO DE MUROS DE AnRIMO DADOS PARA PRE-DIMENSIONAMENTO. h<3.00m bz 05h d= 010m hy 05h b> 040m 4,2 15m 1h, > 050m by 2 05h 420751, Hoh +h, r=0,15h fy =H hin tober] hy > 030m 3+ SOLUCAO — GIGANTES E CINTAS DE CONCRETO ARMADO-PAREDES DE ALVENARIA WY Elevogso Fundagao sobre estacas Fundogo scbre 4 ¢—distincla para eli Antonio Mottsino 163 Aplicasiio: Casos de taludes em que a escavagio para a execugao do muro 6 executada por meio de trinchs Para se enfrentar o talude, abrimos trincheiras de aproximadamente 1,20m de largura, convenientemente escoracios. Exccutamos 0s gigantes, deixando os ferros de amarragio das pontas Apés levantados 08 gigantes, podemos escavar de cima para baixo, apro- veitando a prépria terra como andaime (banquetas) e executando cintas e al- venaria, 164 cavEnNO DE MUROS DE ARRIMO 4" SOLUCAO — ALVENARIA ARMADA DE BLOCOS DE CONCRETO A) CoRRIDOS BA “n | on | yf Greet ttt noetd B) COM GIGANTES Tébua_ pore concretagem Flies 50000 svacr2o Gigante conte A-A 51 SOLUGAO — “CRIB — WALL” ‘Trala-se de um muro de arrimo por gravidade, confeceionado com pegas présmoldadas de conereto armado que, montadas, formam uma gaiola ou {¢ Bucira de clementos articulados, cujo interior & preenchido com terra des damente compactada. 165 466. cADEANO BE MuROS DE Anno 64 SOLUGAO ~ RIMO BLOCO Secgs0 Etevoga0 pms u Toe Tao, y+ Pencoagte - ioe, mei eam a eee Estocos tivo. Stoves (broeas) Formecidos pelo detentor da patente: Blocos ~ Tipo A, Tipo B ¢ Tipo C. Vigas_pré-moldadas (Baldrames) Assisténcia técnica MKO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS Blocos pr proprias pegas. Os painéis so ancorados no solo por meio de alavancas moldadas “in toco”, armadas com uma barra de ago (¢ 3/8). A amarragio das alavencas nos locos, di-se por efeito de cunha, enchendo-se de concreto o orificio cBnico entre 0s blocos. © solo € perfurado com trado, movido a motor elétrico. Bsta solugdo apresenta as seguintes vantager moldados com um sistema de encaixe por ajustamento das 4) redugo do peso proprio em relagio aos muros convencionais b) Drenagem perfeita «) Acabamnento perfeito apresentando a formagio de mosaicos 4) Facilidade de colocagio, dispensando pessoas especializadas ©) Sohugao econdmica Empregn-se este sistema para solucionar problemas de execugio de muros de arrimo, revestimento de taludes © de canais, Desvantagens ~ Nao existe uma metodologia tebrica para quantificar os esforgos ¢ demonstrar a estabilidade; tratz-se portanto de uma solugio e nentemente empirica, baseada na experiéncia da firma detentora da patente. Antone Moiteno 167 7.* SOLUGAO — TERRA ARMADA (TERRE ARMEi Solugdo em prineipio seméthante ao rimo bloce, porém, baseado metodologia de execuyio estudada na técnica da Mecinica dos Solos Usilizadas também para construgéo de muros de artimo, encontros de viadutos © revestimentos de taludes e canais Sio fomecidas placas pré-moldadas, com encaixe préprio ¢ eontendo uma tira de ago galvanizado. ‘A aderéncia das tiras de ago com 0 solo, garantem a cstabilidade das pla- cas. Techicamente a solugdo exige a execugio de um aterro rigorosamente controlado entre o corte e 0 tardoz junto as placas, A pesquisa sobre 0 as- sunto foi desenvolvida pelo Laboratério Central da des Ponts et Chaussees 8+ SOLUGAO — ESTACA RAIZ (PALI RADICE) Baseads na anilise da estabilidade da arvore, garantida peli penetracio das raizes, a firma italiana Fondedile S.p.A., patenteou esse sistema de con- tengio de taludes, utitizado também como tipo de fundarao ou para conso- lidagdo de estruturas quando as estacas de grande difmetro se tornam ine~ xeqiiiveis, ‘Thrreno consotidodo Jar elevado wimero e estacos 168 cavenvo De MUROS LE ARRIMO Genericamente, o sistema consiste em perfurar o terreno com equipamento rolativo @ = 4", revestindo o furo com tubo plistico; depois é introduzido um vergalhiio de ago. Segue-se injeyo de argamassa de cimento, ¢ recuperagdo da camisa de tubo plistico, 4 medida que x penetragto da argamassa avanga no sub-solo, conjunto de intimeras estacas executadas no local da obra, resulta numa consolidacio do, solo circunvizinho, que podera ser confirmada por meio de provas de carga. Aprescntam também como grande vantagem a possibilidade da execugio em qualquer inclinagdo para absorver esforgos horizontais, Lo- ‘gicamente, uma estaca isolada desse sistema apresentara pequena capacidade de carga, mas 0 conjunto de varias estacas nos levard a alcangar 0 objetive desejado, 9. SOLUGKO ~ PAREDES DIAFRAGMAS Originariamente empregadas na construgao dos diafragmas das barragens de terta, posteriormente estendidas para as galerias dos metropolitanos (metr de Milo), hoje tem ampla aplicasdo na contengao das terras e até mesmo para suportar cargas como tipo especiico de fundacao, © processo executivo, ef linhas gras, consiste na escavasio de uma valeta pouco profnda ao longo do eixo do muro (valeta-guis), eujas paredes sito revestidas de conereto, profundidade de pouco mais de 1,00m, Depois enche-se a valeta com lama de perfuragio, mistura de bentonita ¢ Agua A escavacio & feita com “clamshel”, e constantemente a vala vai sendc cheia com a lama trixotrépica (bentonita + Agua), até ser atingida a profun- didade indicada no. projeto. ‘Terminada a escavagio, a vala se mantém escorada com a propria lama provocando pressio hidrostitica equilibrante ¢,.a0 mesmo tempo por acto quimica, impermeabiliza as paredes da vala FASES DA EXECUCKO. — ELEVAGKO Concrete tanga Fusit Eseovadela La Tube x TERE zi pI vowel 2 — clamshat + yl 4 ee % an co Conereto depesito ieeeerieaeet rian “armagio merguhoda a tome ane yO BO Antoni Motterno 169 OBRA CONCLUIDA ~ SECGAO a) Em consolo b) Atirantada j = puste \ 4 Tirontes\, I tenadas 7A roids soins H fo toe a om SE 7] ‘escorregamento |b = oI Ato postvo 0 alantaeno permite red sbstoncoiner ‘© comprimento do ficho terra Segue a introdusio da armadura, previamente montada, ¢ em seguida langa 0 concreto, emprezando a técnica da concretagem submersa ‘A medida que 0 concreto imerge, a lama de menor peso especifico aflora 1na superficie, sendo quase que totalmente recuperada para posterior reapro- veilamento, Bxecutam-se paingis de 1,50 m de extensio, com largura variando de 0,40 a 090m, ‘Ap6s a coneretagem de toda a extensto da parede, pode-se iniciar 0 desa- terro objeto do projet 104 SOLUGKO — CORTINA ATIRANTADA POR CABOS PROTENDIDOS seegfo Etevogso teevespetsua de 0)000/5m r 150] EF compimento de 3» 3 e P< ercoregem OL ta a afl [1,600 ancoragem mora, tp0 sempre fore do a a oe cuaha de escore- sgamenio Alirantomento —Cobo pratendido Sletema Freyssimet fu Vergothoes CA-60 170 cAvEnno ve MuROS DE ARrIMO Enchiinento com orsia “LZ Z _Placo de apoio 7 Tirantes hl LBZ Feo e008 0 certo li sii = S o if Ire 0,70 m, quan do se torna necessirio, além de arrimar a terra, escorar uma construgao de porte razodvel, com fuindagéo rasa e influenciada pela cunha de. escorregn- ‘mento, O eéleulo das armagbes dessas pegas depende da quantificagao do em- puxo da terra. 174 cADERHO DE MUROS DE ARRIMO 14 SOLUCAO — GABIOES Constitui um elemento estrutural que funciona por gravidade. Foi ulilizado durante muito tempo como soluglo para desvio dos cursos ddos ris e fechamentos das ensecadeiras nas obras de construgio de barragens Hoje o seu emprego diversificou, encontrando acolhida na execucto de smuros de arrimo, protesdo de margens de rios, revestimento de canais © em ‘obras de emergéncia para contengao de encostas, Trata-se cle um cestio de arame zincado a fogo, ou mesmo arame revestido com PVC. O cestdo & cheio de pera de mio ou seixos rolados de grande nietro. O empilhamento de varias cestas forma um macigo em eondigdes de resist esforgos horizontals, devido 0 seu elevado peso proprio que se con Segue com o cmpilhamento adequado ao problema, Se, durante varios anos de existéncia, comeyar a ocorrer a corrosio dos arames, pode-se aplicar um jateamento de argamassa de cimento ¢ arcia no local, transformanco-se 0 macigo de alyenaria de pedra seca em concrete ci clépico iH Pe (. ps TD HE si YS i Calo che de peda as ip [ Moa tipo Ceo de orome tol oe gtioneia MURO DE ARRIMO Antonio Mottaro 178 18* SOLUCAO — SACOS DE SOLO-CIMENTO Sacos de papel kraft ou sacos de plistico, cheios de solo-cimento no teor de 8 a 10% de cimento, convenientemente empilhados, de cuja composivito resulta um macigo funcionando por gravidade. Esta opsio tem a grande vantagem de ser conhecido peso unitirio dos vrios sacos e, conseqiientemente, condiuz o calculo da estabilidade de maneira mais criteriosa quanto ao aspecto técnico ¢ fem sido empregados sacos para capacidade de 351s (60 kg). “Elevogao Secgao Apéndices A A A A A A A A A A 1 SONDAGENS 2 ~PREVISAO APROXIMADA DAS CARGAS ADMISS(VEIS PARA FUNDAGOES 3 FUNDACOES SOBRE ESTACAS 4 — ESTACAS INCLINADAS— SOLUGAO GRAFICA 5 ~ DETERMINAGAO DO COMPRIMENTO DAS ESTACAS 6 —PARAMETROS PARA 0 CALCULO DO EMPUXO 7 ESTUDO COMPARATIVO DE.CUSTOS 8 — ACIDENTES 9 CORTINA LIGADA AS BSTRUTURAS DE EDIFICIOS 10—ABACO PARA YERIPICAQAO DAS ESTACAS DE CONCRETO CENTRI- FUGADO SCAC. A111 ~ FLEXAO NORMAL Antonie Motterro 7 Al — SONDAGENS F indispensivel, qualquer que seja a importincia do arsimo, desde 200m de altura até 20,00 m, obtermos 3 (trés) ow mais furos de sondagem do local do muro ou cortina. Recomendo usuelmente 3 furos no minimo, sendo 2 alinhados e 0 3° desaliohad, Resultado Perlis: provaveis seperti 22 Pent = se 178 cADERWO DE MURS DE ARRIMO Havendo possibitidade — executar 4 faros. oS 83 ie er — eee — Ss g So © Cortina ov muro e— Sq ‘Tenho por conviegio nfo aceitar interpolagdes jamais extrapolagoes, pois isto € assunto da competéncia de gedlogo. Entendo que o nimero de son- dagens nos muros ou cortinas nao foi objeto de consideragio da NB— 12 (2 de furos minimos, um para cada 200m! de rea construida, ete). O muro de arrimo ou cortina é uma obra de arte, caracteristicamente materializada ‘num local determinado pela arquitetura Al — PREVISAO APROXIMADA DAS CARGAS ADMISSIVEIS PAI FUNDAGO! Evidentemente o critério IRD (indice de resisincia a penctragiio) nos apre- senta um valor estimativo da grandeza da faxa do terreno; o valor mais pré- ximo da realidade deve ser obtido através de provas de carga, E importantissimo ao ser examinada a sondagem, ter conhecimento do tipo de amostrador que foi utilizado; lembro que as firmas de sondagens de- vem declarar nd relatério 0 tipo de amostrador empregado, TABELA I~ TAKA DO TERRENO ~ [PT ‘Texa admiesvel - Fundagéo dire Amostaador IPT — Resstinca & penetragho. Ninerode Carnes Proto adn Solo | eolpes RP vias 3, keffen? <4 mole <10 a wee] ee = 20 & os ie] 2033 > s _ dura, 3s Antonia Motterno 179 TABELA 1 — (Cont) = |] Gusset Piesifo adie jlo | gape RP i Brean” <5 ota — 3 5-9 q| roses 1030 i ot fl u Bl eee fines 25-~ 5 was | 8 pact ‘grosses 30~ 5 >is muito computa >s mole <4 ai Aamosagor |g |r ; B | topencrtvet mb 4 BS | cttentecon | 8 | _ — rota dure D8 ‘Manual Globo ~ 4° volume Edigao 1955 TABELA 2~ CORRELAGAO DE OUTROS AMOSTRADORES EM RELAGAG AO AMOSTRADOR LP.T. Mohr gcotéonis | TevaghPeck | __ IPT Solo] Desominagio [60 atmm | Beets mm | 4 243mm Fatsmm | $= mn 3 | rom @ 24 a xs Muito mole i > a 2x IRP (Mobe-Geot) ERSC— ag Nelson Silveca de Godoy 180. cADERNO DE MUnOS DE AnAuAO Caso 0 amostrador indicado no perfil ndo for do tipo IPT, deve-se re- correr & Tabela 2. Exemplo.~ Suponhamos que se deseje saber a tensio admissivel muma ca: mada de arcia, granulagio média, compacta a resistencia e penetragito indi- cando 12 golpes. Amostrador “SPT” (Standart Penetration Test) ou também conhecida como Terzaghi — Peck. Solupdo pela Tabela 2 ~ Arcias ¢ silles— SPT entre 8 ¢ 18 = IPT 5-10 golpes — Taxa admissivel segundo 0 IPT.—Tabela | Arcias entre 5 a 10 golpes equivale 10 9 2,5 kptiem? 0 8 30 ketfem? Como margem de seguranga, adotamos: arcias de gtios finos as de gros grossos a, = 6, = 2keffem* Observagiio: 1) © amostrador SPT vem sendo cada vez mais difwndido, visto que a maioria das novas firmas de s © estio adotando. Ja se estabelecen lum coeficiente prético de equivaléncia: SPT-~ 1,6 IPT, Recomendamos, por- tanto, atengo no exame do assunto. 2) Alguns especialistas sio frontalmente contrarios A fixagiio da ‘axa admis sivel pelo IRP, principalmente se houver ocorréncia do nivel fredtico (problema dda pressio neutra, mascarando © resultado obtido pelo némero de golpes). OUTROS CRITERIOS PARA ESTIMATIVA DA TAXA DO TERRENO— PUNDAGAO DIRLTA 4) Experincias do IPT pelo Prof. Milton Vargas, 1955. ental ons Para $< IPT < 16 Para IPT < 5, nfo usar fundagito direta Para IPT > 16 adotar 4, = 4 kgffom? ) Experiéncias da Geotéenica — Prof, Alberto Teixeira — Amostrador Mobr-Geotécnica. Para as argilas pré-adensadas da cidade de Sio Paulo. IRD < 4, nao usar fundagao direta IRP > 12, adotar 3, = 4 kgf/em? Antonio bolterro 181 Fundacio profunda, adotar o, = 4kgifem? a, = SED a keffom? et Valido para SPT > 6 Nota geral 1) Os valores sugeridos so para as sapatas enterradas em pelo menos 1,00m do terreno, 2) Na avaliaglo do IRP, deve-se tomar a média dos valores anotados: considerar-se 0 dobro da largura da sapala, abaixo da cota prevista, dando peso 2 a0 primeiro valor da IRP. Exemplo: Sect" ateia de granulagio varia da, argilosa, pouco silto sa, medianamente com: pacta. IRP - 6,75 ~ 6 golpes procura-se a taxa para 6 golpes correspon: dente 20 amostrador es- pecificado. Temos na Tabela 2, que o Amostrador Mohr-Geotéenica de 6 4 11 golpes corresponds ao amostrador IPT de 5 a 10 golpes. Pela taxa admissivel, ogi do o IPT, arcias com 5~ 10 golpes, 2, = 1,0 & 2,5 kgljcm! como temos argila esiltes, aambém segundo IPT, para argiles com 48 golpes, 2, = 1062 kelfem2 Poderiamos admitir 2 keffom?, mas convém aclotar 3,15 kgllem?, #5- sim fiando mais seguro contra 0 recelque devido a preseniga da agile, visto a fundagio ser rasa (sem pré-adensamento), 3) Critério expedido ~ Recomendado pelo Corpo de Engenheiro do Exér- cito dos BUA, 182 cADEANO DE MUROS DE AnRAIMO ‘TABBLA PARA CALCULAR A RESISTENCIA DE SOLOS COFSIVOS penetragioda 7 . ‘i ferramen Consistncia | glen Identiicagio no compo arene {G0Sem) Muitomote | 025 | © punho techado penetra facil: <2 7 mente algamas polegaces Mole 025.030 | © dedo polegar penetia fact. 2 mente algamas polegadas. Média 05:10 | © dedo petorer pode penetcar 8 slgumes polegadas com esforgo rmoderado, Consistente 1920 | faciimente marcedo pelo pole- 9.5 2, que sé penetra com grande tsforge Muitoconsisteare | 20-40 | mares aclinente coma unha do 1630 potegar. Dura > 40 | mates dicimente com a wnha > 30 do potegat, A3 — FUNDAGOES SOBRE ESTACAS Voltamos a insistir, que somente a complementagio através de prova de ‘carga permitiri adotar valores menos conservadores PREVISAO DA CAPACIDADE DE CARGA. A carga admissivel, como & do conhecimento geral, & dada pela soma das duas parcelas, Q=Sut Ry Q ~ Carga vertical admissivel 5, = Area lateral da estaca R, = Resisténcia de ponta J. Attito estaca — solo Antonio Molter 183 Valores admissiveis — Manual Globo— Para esiacas pré-moldadas de concreto ou de madeira, com sego trans- versal de 300 2 1 000 em? e de 5,00 a 12,00m dle cumprimento, ‘Conssticia Avito lateral Resistencia Tipode solo on Foi") ae comparidade ‘ (ponte, Pedegulhos és Poses x10 atcias compactas [=m roles 7 ° Aveta médias ta3 ° jase duras Bas = + Depende da coesio nas arg. © grande problema para au -moldadas € & ocor- réncia de *matacdes” no subsolo, muitas vezes nio revelados nas sondagens de percussio, Outro problema a longo prazo, € 0 ataque das figuas agressivas. Os valores nominais das estacas pré-moldadas de conereto, para a ela: boracio preliminar do projeto, podem ser aqueles publicados pelas revistas Construcio em So Paulo e ou Boletim de Custos, © projeto deve ser sempre assessorado ou examinado por um especia- lista de fundagdes, dadas as varias implicagies de ordem executiva que normal- ‘mente ocorrem, tais como quebra da estaca, desaprumo, ocorréncia de me- tacdes, medigéo errdnea da nega, fixacéo da energia de eravagto ou tipo de bate-estaca, necessidade de recravagao em areia, e prova de carga quando hou- ver qualquer diivida, ete. ESTACAS METALICAS A experitneia com estacas metalicas, de perfil de ago ow tubados (tubos de ago cheios de concreto), esté praticamente com o acervo de conhecimen- tos enfeixados nas maos de alguns poucos executores e consttores de fundagdes, ‘Algumas informagées Trilhos soldados (Em obras de responsabilidade, nio permitir 0 uso de trithos usados devido a0 problema da fadiga). Sold longitudinal 184 cavenno DE MUHOS DE ARKMIO Perfil Duplo T Compasto lo" + Q = 800 Ivo = 10K oot Is" 4 Q = 15018 - Solda Songitudinat Perfil Hf soldado — Inércia equivalent sos duplos T compostes. © rebada Solda tongtudinat maior capacidade (estacas HW) ccamisa de ago com a camisa recuperada oda (0tdN helicoidal) No efeito previsto de corrosio normal nas estacas, considera-se a perda de espessura de 1/16” a 1/8" (J,5 a 3 mm), sto sem a presenga de um meio onde possam existir Aguas agressivas. Ad ~ ESTACAS INCLINADAS SOLUGRO GRAFICA DE CULMANN Antonia Motterne 185 \ oo \ on lo 1 deréncia com ¢ | EHlaco8 de coneraio Efe : ‘oncrelo centrifuged fe ermagio soidode scac |. Ler , © Jeem etn. cepires 614 '463/8 20 25 onyn font c/sem an 26. a0] 33 60 az 90 30_| 130. 60 | “170 + Diregio Le Diregio TT 70 | 230 Compressio nas estacas Diregio TIT... Tragio nas estacas ESTACAS FRANKI {A soluglo com estacas inclinadas & absolutamente convincente estatica- = 350mm Q=55 mente, mas nos levard a uma maior quantidade de estacas, ¢ os empreiteiros @ = 400mm O-1 de cravacéo oferecem grande oposicio a este tipo de servigo com estacas incli- $= 520mm 0-130 rnadas (inelinagio de 10° 2 20° ainda é considerada razodvel; normalmente = 600mm Q=10 adota-se 14" a 15%) / 186 cADERHO ve MUROS DE ARN: NS de estacas: na diego T...1h = ae -compressiio nna diego H...my ‘compressiio nna diregio IL...1y, ragio Q. © Q,—capacidade de carga das estacas, respectivamente A compres sio EA tagio. = AS — DETERMINAGAO DO COMPRIMENTO DAS ESTACAS 1) AVALIAGAO TEORICA Pode-se estimur C coesio, ¢ ¢ anguly de auto interno, a partir do IRP. € substituir nas Kirmulas teéricas da resistencia de ponta e resistércia de atrito fateral. 2) EXPERIENCIA DO IPT — (Manual Globo — volume IV). ‘Trabalhos elaborados pelo IPT, observando o IRP, concluiram: 4) Bstacas Franki~=400 a 520mm, martelo de 2a 3 t, caindo de 1,00m, camadas de penctragio da ordem de 10 golpes por 30cm. b) Estacas pré-moldadas de concreto, com 500 a 1000cm* de Segio, ea madas de 10 a 15 golpes/30cm, ¢) Estacas de madeira ¢} = 25 em, cravadas com martelo de 800 ke, caindo de 1,001, também 10 a 15 golpes por 30cm de penetragao. 1d) Excluindo estacas metéicas, mesmo forgadas, & impussivel eravar es tacas em camadas com penetragio acima de 25 golpes/30 em «) Nunca se deve eravar uma estaca, deixando abaixo da sua ponta cama “as arenosas de mais de 1,00m de espessura, com resisténcia a penetragito imenores que 5 golpes. 3) CRAVAGAO DE ESTACA DE PROVA AA estaca de prova poder ser de madeira, desde que se correlacione a energia de eravacio com a estaca do projeto. Verifiear a nega de 20 a 30 mm/l0 golpes. A6 — PARAMETROS PARA 0 CALCULO DO EMPUXO Esses parametros prestam-se apenas como orientagio para 0 ante-pro Jeto, puns devem ser confirmados através de ensaias de laboratério e da assis tEncia téenica de um engenheiro especializado em solos ¢ fundagies, Antonio Mobterna 187 MATERIAIS Pesoespeciion | Cuesta | Angulode | Resistencia Asis | apatenedoselo | ia talude | acampres Test Koglert | satwalye | “stoayre la 05-08 - or = Muito mole 8 7 2030 Mole 4s os wr Média ut 2030" ia 19 war | 1020 Dura 2 a eo) site iss 038 = ‘Argiaareose 17 2as 2630 = 4 Sujetos a confrmagio de ensaios de tnboratria + Teen Pech ~~ Ansa coi VALORES DE y,(PESO ESPECIFICO) im? ‘cis meanemene fot aeners compacta seca 6 7 18 ‘ida 1s 9 20 saturada 19 20 a VALORES DE g ARENAS c-0 mmedianamenie i compacta paca vwiforme’ Ea we 7 ‘medianamenie ~ a 7 em prada 0 a w + Mesmo tamanko dor grtoe 188 cAveRWO DE AUHOS DF annUD A7 — ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS. Para se opinar qual a solugiio mais evondmica, entre as possiveis alter- nativas do projeto para se execular um arrimo, deverlamos elaborar todos os projefos com os seus respectivos orgamenios. Neste particular, merece citagdo 0 trabalho publicado pelo Instituto de Pesquisas Rodovigrias (IPR — N° 419) de autoria do Eng.° Haroldo S, Dantas. Esse trabalho, aprescnta um esthido comparativo para um muro de 700 metros de altura nas solugdes estruturais: 4) Muro de gravidade de concreto cidl6pico, 4) Muro de concreto armado com gigantes de 3,00 em 300m € cortina armada em eruz, ¢) Cortina atirantada em solo, tirantes de CA ~ 60. Para efeito compa- rativo € tendo em vista a época em que foram orgadas essas obras (unho/67), fixamos 0 indice 100 para o muro por gravidade ciel6pico, Temos: Muro por gravidade ciclépico = 100 Muro de concreto armado ef gigantes = 120 Cortina atirantada em solo = 90 COMPARAGAO ENTRE A CORTINA ATIRANTADA E 0 MURO POR GRAVIDADE DE CONCRETO CICLOPICO, ALTURA (in) ESTRUTURAS 200 | 300 | 4c | sco | Goo | 700 votes Z8ra [ew [eo [es [o [rm a3 ‘ muositiee |Q EL [as [© [@ | | ro con aur pee 18 BP aa pao fae |e Pas | oe miro clei CONCLUSAO ~ Acima de 700m de altura, desde que as condigées geo: ‘téenicas © permitam, a soluedo mais econémica & a cortina atirantada PORTANTO: De 6,00 até mais de 20,00 m — Cortina atirantada Altura de 4,00 até 600m — Muro de sonereto ef gigamtes Altura até 400m — Muro corrido de conereto_armado Muro por gravidade como solugdo executiva mais simples~ i | i i i | i i 2 : i i I Antonio Mottrna 186 A8 — CAUSA DOS ACIDENTES COM ARRIMO De acordo com o artigo publicado pelo Prof. Costa Nunes na revista Fs trutura n.’72, tendo como fonte de consulta 300 casos examninados pelo Bureat de Securitas, a incidéncia ficou assim classificada 1 — Deficiéneia de drenagem raat rg 2— Dimensionamento da base insuticiente 25% 3 = Insuficiéncia esteutural eerie 19% 4 — Fathas de execugdo durante 0 aterro, 7 10% 5 —Falhas nos apoios superiores ou laterais viaccess 05% 6 = Acidentes nos traballOS...creccssstesetisennennnensegee 03% 7 ~ Causas diversas 03% 8 —Corrosio © congelamento coseecccseccincncnnnnnnninn — 0% 100% A9 — CORTINA LIGADA AS ESTRUTURAS DE EDIFICIOS A) PROJETO DAS CORTINAS Dependendo das imposigdes do projeto arquitetOnioo, as cortinas podem ser solidarias com a estrutura ou apenas apoiadas. Neste diltimo caso, é mais interessante o emprego de per vados com a respectiva ficha ou entio cortina dialragma, metilicas era CORTINA SOLIDARIA COM 4 ESTRUTURA DO EDIFICIO Reaterro Térreo, = E Tolude provisério [++ Cortina Sub-solo 190 cADERWO DE MUROS DE ARRIMO Pergelodo— ~~ H eri 60 40 Speen geline Fossayam aro veleulos. = Shb-sclo pa 7 Boldrame Corina dada, apenas ‘poioda nos estruturos B) DETERMINAGAO DA TERRA NA CORTINA att ait/m? Antonio Motierne 19 © ESQUEMAS ESTRUTURAIS DE ACORDO COM A ARMAGHO Apés a programacdo executiva passamos ao esquema estrut a) Cortinas armadas numa diregao, O cfloulo é elaborado para a faixa de 1,00 m, como se Fosse un Jaje sit plesmente apoiada ov continua, Armagao na diresdo horizontal a BS Diviae-se o carregamento em SS iixas ou adota-se a carga UNIF, para 06 p| ‘OEP ea Re Armagiio na divepiio vertical ove 3 ff —=— RA E | phitim M=0,064 ph 192. cavenno DE Anos DE ARRIMO Antonio Mottarno 19 Armagitio em cruz A10 ~ ABACO PARA VERIFICACAO DAS ESTACAS DE CONCRET( CENTRIFUGADO SCAC 250] Th ieee 240 : 230) carmen Festa i T=aaas Siplesmente opoiedo 200) Cooliionte de seguranga dos Foreas normais (N) g TET i JE i _] Gs } 100] -}- 246 81012 416 B20z2242628 30 KM Momentos ‘ietores. (Nxe) SCAC ~ Sociedade Concreto Armado ‘Centefvgid do Brasil $.4. Diagrams de cargas normals x momentos para esincat tipo SCAC com armas padronizada 194 CADEAWO DE MUROS DF ARAM All ~ FLEXAO NORMAL, ‘M...Momento fletor...cm tf by... Largura da secs0...m h., Altura da_seegdo...em Altura Ay...Area da seogio transversal das armaduras, Inseridos nos elementos da tabela, E <4 ae bud? lz anh kd M FORMULAS: dé Ke = (ha)? y= hyd AGO.

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