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a sysonawi HISTORIC i mum de seus esfor, : pagio, ser catgada com ofracassocomum des vost a wes ron de eens pasts, edo 2 fall, a de 1864, em ato pablico re staat sere Internacional Proltdrios de todos 08 pases, uni-vog" ca Hanllesto de langament da Assodaso internacional dos abalhadoyets Obras esclhidas, 1956, . 356) : aditadura do proletariado aparece apenas como uma fase se ser akan: comanisno complet. Aeon ea 2 ‘io serd uma teria da liberdade, do seré uma teoria conceitual da justigg, mat uma teoria hstrico-ialticae socioecondmica. So esses os acentos da reienss manxista; so esses os elementos ciferenciais ecaracterizadores da proposta de kay ‘Marx, em face da cavalgada capitalista desde @ ascensdo paulatina da burgues. na Idade Moderna e o fim do Ancien Régime. 18.3 Marx eo direito Marx introduz novas concep¢es acerca das preocupagdes com o Estado ¢ com o Direito.A primeira constatagao de destaque da teoria marxista é a de que as relagies juridicas nao podem ser entendidas de modo formal, isoladamente de fatores sociais e econémicos. Entéo, toda relacao juridica possui fundo economi 0, € retrata determinada condicao de relagdes socioeconémicas predominante “Minha investigacéo desembocou no seguinte resultado: relacdes jurk «as, rais como formas de Estado, nao podem ser compreendidas nem a parts de si mesmas, nem a partir do assim chamado desenvolvimento geral da es. pirito humano, mas, pelo contrério, elas se enraizam nas relagdes materiais de vida, cuja totalidade foi resumida por Hegel sob o nome de ‘sociedade vil’ (burgerliche Gesellschaft), seguindo os ingleses e mas que a anatomia da sociedad -a" (Marx, Prefacio, In: Os economistas a da economia politica; Salério, prego e lucro; O rendimento e suas fontes), 1982, p. 25). end 1888)" (Marx, Engels TARLAC HST Duncan ERRVOUCI Diante do caos soci jaldade em sociedade, e, ietrista a impossibilida ‘aco do homem pelo lo, do desrespeito de com as, fs senor em face das clases sri camunista 58 pode ser implantads com 4 Sena o homem pelo trabalho ; Aforca da revolugio surge, na verdade, nao com um sistema, mas como uma re-ardo ay sue eg oe adimitira ascensio do proletariads,o 1 mesmo a reduest adic: istria pela acdo humana co da quebra final do consolidads "a 0s primérdios da humanidade “Até hoje, a historia de todas ass tem sido a hit comunista. In: Obras escolhidas, 1956, ta de classes, algo que remoni P. 25), Aqui est um ingrediente imy proletatiado é uma inversio das desde remotos tempos da fan em face dos desvios lismo & sua €poca, pois ¢justficavel qualquer especulagio ou propose politica que fizesse face as regras ca, istas existentes no século XIX. Marx afirma que o Estado prevalece como superestruturac meros aparatos burocraticos de controle social, sendo, Por esse m de dominacao de uma classe social pela outra, mado de prc dominante que tende a sufocar a classe jacente.* Par valer- im, os lideres, de mecanismos muiltiplos de opressao, dada a relagao de subordinacao estabelecida entre o plano em que figura o podet central eo plano ‘€m que se situam os individuos na érbita privada. ante de ini )smecanismo 384 PANORAMA HISTORICO 1 sdo vistos como superestry Nesse contexto, 0 Direito ¢ 0 Estado? slo a Cc somente ratificam a vontade dos dominadores em face dos dominados. 4 ane dé lastro para o desenvolvimento da superestrutura ¢ a economic termina a divisao social rnovas a servigo de velhas de fortalecimento aos interesses “No Estado, corporifica-se diante de nés 0 primeiro poder ideolipig, sobre os homens, A sociedade cria um érgio para a defesa de seus interes comune face 208 ataques de dentro e de fora. Este Srgao é 0 poder do Bstad ‘Mas, apenas criado, esse érgao se torna independente da sociedade, tan, thais quanto mais vai se convertenddo em drgdo de uma determinada clase ‘e mais diretamente impde o dominio dessa classe. ‘Auta da classe oprimida contra a classe dominante assume forgosamen, te o caréter de uma luta politica, de uma luca dis contra 0 dominio politico dessa classe; uta politica tem para com sua base econdmica obscurece-se e pode chegara desaparecer inteiramente. Se assim nao sucede integralmente entre os pri- prios beligerantes, sucede quase sempre entre os historiadores. Das antgas fontes relativas as lutas ocorridas no seio da rept , somente iano nos diz claramente qual era a questo que, em tiltima instancia, al festava em jogo, a saber, a propriedade da terra. Uma vez, porém, que se erige em poder independente face & sociedade, o Estado cria rapidamente uma nova ideologia. Nos politicos profissionas, ros tedricos do direito puiblico e nos juristas que cultivam o direito privado, a consciéncia da relagao com os fatos econdmicos desaparece por complet. Como, em cada caso concreto, os fatos econdmicos tém que revestir a forma de motivos juridicos para serem sancionados em forma de lei e como, para é necessério ter também em conta, como € Idgico, todo o sistem vigente, pretende-se que a forma juridica seja tudo e 0 contetido econdmico, nada. direito pablico e o direito privado so encarados como dois car os independentes, com seu desenvolvimento hist6rico préprio, campos que permitem e exigem, por si mesmos, uma construcao sistematica, mediante extirpaco consequente de todas as contradicées internas” (Engels, Ludwis Feuerbach e o fim da filosofia classica alema. In: Obras escolhidas, 1960; P 202-203). US ue estrutg 5 . que de. Jas classes, Trata-se de dizer que consistem em iden) Teas de classes, que serve de continuacio, bem ce ida classe dominante: com ais postos a servigo de uma ordem institucional, lea Sao expedientes rac ui para a manutengao das diferengas entre as class burocratica, que sé cont __ aL Aa Ton, ovate PRIA DIALETIC seciis. ASSim, Bstado € Direito es fina vex que nd subsistriam apds a diene Ya superestrutura, Por sua propria aurea (e siia superacao das cristaizadan gee 0 Direito no é nem instrumento para + cio da vontade do povo (vligeist nem sa fuperestrutura ideolégica a service das cine nate 08 le pela regra juridica é causa de manutencae noe nantes: fueestdo na base das desigualdades socisive Mtsado e ainda ha Dir prsoria dura do prolets pheito. Apés a ditadura do proletsrna truturas juridicas e burocraticas, passaré oDireito€ algo dispensivel, em face da prope comunhio de tudo. Abolida a porque é mera expresso da dominacio de uma A propriedade nao é vista como um direito natur como uma conguista da humanidade em favre uma forma de dar a cada um o seu conforme seu trabatho. nao é um mal em si, mas 0 uso que dela se faz é suficiente par das classes para a exploracio. A propriedade é vista con diferencia os homens entre si, que causa distorcies ' tvum célebre panfleto politico, o Manifesto comu todo ase unir ea se organizar paraalonge estvessesuperada. A ditaduta do proet indo ainda as Coie fos, 12. ed, 1998, . 42, Recordemos, de Marx, a célebs reals a qual minal a co ‘PANORAMA HISTORICO, me = _ rata-se de uma forma de explo izagio do trabalho; em sums, Tatas waido, Tag, pela sez ena ence 0 possuidor eo despossuide, em face dogg Eire or vdtephnineaepot eae consis mutes telogias e826, Doss seu undo de yer na afirmacao que segue: , “tasena “Horroriza-wos porque queremos abolira propricdade privada, ta, ‘cledade yropriedade privada est abolida para nove décimoy Sorel exe pra vs. Acusaes, portant de querer aboli uma form ge eee go pode existir com a condicao de privar de toda py eee ‘tla da sociedade” (Marx, Engels, Manifesto do pee comunista. In: Obras escolhidas, 1956, P. 39) sua pariipagio no comunismo a ser instaurado apés a ditadura de proletariado ba ar tone para todos & dado o que é de todos: fiver do trabalho dos outros serd uma atitude correspondente ao pass dois havert ‘governo, nem poder do Estado, distinto da prdpria sociedade ‘Agricultura, as minas, as manufaturas, numa palavra, todos os ramos de produgio, organizarse-fo, gradualmente, do modo mais adequado. A centra lizagao nacional dos meios de producio tornar-se-4 a base de uma sociedade formada por associagbes de produtores livres ¢ iguais, que desenvolverao os problemas sociais segundo um plano comum ¢ racional. Esse ¢ o fim humani tdrio para que tende o grande movimento econdmico do século XIX" (Mary, ‘The nationalization of the Land, a paper read at the Manchester Section of 1 Working Men's Association. In: The International Herald, istaurado o comunismo de bens, na auséncia da proprie- ia da distribuicao piramidal dos membros da sociedade A partir de ent dade privada, na ausé civil, na auséncia do Estado, na auséncia do Direito, na auséncia da burocracia, 0 hhomem poderia experimentar sua propria natureza como ser capaz de trabalho. 2) Ariqueca é ndigi Sobre a forma de dstibuicio dos produtos do trabalho. AP Sexe inst ho) cam" ‘rt cos geverd 1 associado a ideia de exploracao s, ato pla necesidade de prods ot M0 rumor livre para reconhecer Sesimesmo. Essa éa propria sintese da thos, etrada do plano dos id: Pproletariado 0 instrumento para alibenagag ye pavéria eda ruptura com o processo de dominsrs, No fundo, a questdo primacial da Feflexio marxis Hetrio comunista para a revolucGo comunista: “0 proletariado utilizaré sua suprema a pouco todo capital & burguesia, para cen produgao nas maos do Estado, dominante, e para aument produtivas. Todavia, nos paises ralmente ser postas em pi 1 ~ Expropriacio da propriedade latfundiria ¢ emprego da renda di terra em proveito do Estado. us 2— Imposto fortemente progressivo. 3~ Aboligdo do direito de heranga, 4 ~ Confiscagio da propriedade de todos os emigrados e sediciosos. 5 ~ Centralizagao do crédito nas maos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopélio exclusivo. 6~ Centralizagao, nas mdos do Estado, de todos os meios de transporte icagao das fabricas e dos instrumentos de produgao perten: 9, atroteamento das tetTa lhoramento das terras cultivadas, segundo um plano ger 8 - Trabalho obrigatétio pat triais, particularmente para a agricul jos, organizagio de es indus: lgava Marx que ess ‘aus de todas a revolugi ‘9 Combinagio do trabalho agricola e industrial, medidas teng, fazer desaparecer gradualmente a distingao entre a cidade © 0 campa'®* 10 ~ Educagio publica e gratuita de todas as criancas, abolici q, balho das eriangas nas fébricas, tal como é praticado hoje. Combinags,t edueagio com a produgio material ete.” (Marx, Engels, Manifesto dg pan it comunista. In: Obras escothidas, 1956, p. 42). ido Eis af sua efetiva relevancia para os estudos juridicos.” E claro, enta 1ndo admite conciliagao com a ideia de justiga natural, que, efetivame, ‘0 marxismo, representa apenas um expediente ideolégi poder. De fato, a critica marxista a este tipo de argumento natut 0, que “A falsa concepgao interesseira que vos leva a erigit em I natureza eda razio as elagdes socials oriundas do vosso modo de producys ‘ede propriedade - relagGes transitrias que surgem ¢ desaparecem no cuss da produgio — a compartilhais com todas as classes dominantes ji desapane cidas. O que admitis para a propriedade antiga, o que admitis para a proprie dade feudal, jé nao vos atreveis a admitir para a propriedade burguesa’ (Man, Engels, Manifesto do partido comunista. In: Obras escolhidas, 1956, p. 39), AR man: 16 = mi DUALETIC ERNOUCg “Homem livre ¢ escravo, corporagio € companheiro, nur tante oposicao, tém vividy man fargada; uma guerra que vermin ® juciondria da sociedad Ou semy (Marx, Engels, Mani 26) Engajado no plano dos poltico-ideol6gica no mund pleno, pois as experiéncias hist tagbes do regime asi repercussbes sobre internacionais entre Estados, de modo que dace © Semrsficagto da sociedad comtempseeaneeoem © pensamento marxi nio ver neste a saida para homem, de sociedade para s expressa as dimensies ex 389 Pode parecer estranho, mas a chave para a soluco dos problemas humanos decorreria de uma solugao econémica para problemas econémicos. Se o problema da exploragao ¢ ecor -se uma solucao também econdmica para o mesmo, Nao hé nenhuma solucao ética, nenhuma postura que parta da consciéncia social, ‘mas um ativismo revoluciondrio para a saida do sistema secular de explorago de homem pelo homem. F, de fato, escreve-se que: «0 de uma ditadura proviséria do proletariado, nem 0 Direito € nem o Estado teriam lugar. “Suprimi a exploracio do homem pelo homem ¢ tereis suprimido a ‘exploragio de uma nado por outra” (Marx, Engels, Manifesto do partido comunista. In: Obras escolhidas, 1956, p. 41), Conclusées ‘As forcas econémicas em interagdo na histéria, a luta de classes como 0 mével da sociedade, a servilizagao do homem pelo trabalho, numa indesculpdvel perversio do papel e) lo homem, so fatores que deste para uma forte critica social. rociedade seg" | poitcamente a sociedad 0, 7.64. 19 Dados Internacionais de Catalogacao na Publicacao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bittar, Eduardo Carlos Bianca Curso de Filosofia do Direito / Eduardo C. B. Bittar, Guilherme Assis de Almeida, - 10, ed, ~ ‘Sao Paulo: Atlas, 2012. Contetido parcial: I. Panorama histérico — I. Tépicos conceituais Bibliografia. ISBN 978-85-224-6965-9 1. Direito — Filosofia 2. Direitos humanos 3. Filosofia - Brasil 4. Filosofia do direito I. Titulo. 01-0093 CDU-340.12 Indices para catdlogo sistematico: 1 Direita: Rilncafia 3an19

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