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  • Apostila de Comunicação e Expressão PDF

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    Texto e intertextualidade Concepcao de intertextualidade A intertextnatidade € um dos grandes temas a que se tem dedicado a Lingllstica Textual, Por essa t2720, hi divetoos eotudos © pesquisas Voltados ao traramento do assunto, Patticularmente, nese capitulo, wataremos da noglo de intertextvalidade Para comegar, 0 que € intertextualidacte? Fssa questo exige de nossa parte que levemos €m conta duas owas perguntas: “ ~? Quamias vezes, no processo de escrita, constituimos um texto fecorrendo a outro(s) texto(s)t ‘Um bom exemple disso é 0 texto-a seguir. Vamos ver E Agora, josé? 7S. ogee iesa koe + Vanda Nari A esquerda deu um to no pé na Uniso Soviética,extacelada som que a Casa Branco the atiasse urs Gnizo mis. Fas por conta da nomentiaura, dos moidomias abusivas das autoridades, d3 arrogancia do paride inico, da contupsao. Assim foi na Nicarégua, onde Kderes ‘sandinistas se locupletaram ‘om iméresexpronriaos pela revcugSo e eniqueceram como gor milagre, Agora, José, € a nossa continca no PT que se vé abalada. O que hd de ira em tuda isso? Por que o partide nao abre sua ? Se houve mesma “mensalbes" e males de dinheiro, '25 pobres militantes e simpatizantes que, em todas as campanhas ‘. Contribuirem, com sactiticio, do préprio bolso? Findas as investigacdes, o PF precisaré vs 8 pibfco e, de cabece erguida, demonstrar que tudo no passou de “denuncismo', de "golpismo”, de armagao (ia escrever “dos inimigos") dos aliados... ou, de cabega baixa, em atitude humitde, reconhecer que houve, sim, melversecso, improbidade, tifico de Inflincie © corruacto. O mois grow, Jo, 6 0 desarcanto qué toda esa “tsuluna* provoca na opinite police, sobretudo na dos mais oven Quando edimitinas que “tados as partidos séo farinka do mesmo saco” foremos « Jono dos comptes, pois quem tem noio de police & goverrode ‘Por ausem nao tem. Se todos se enojarem, sera 0 fim do democadia ¢ da esperarsa de que, ne futuro, venta a predominar a poltica regia per fortes Bardmetres éticas, Forianto 0 desatio, hoje, no & sé piomover reformac estruturais no pals. relormar a prépria politica, de modo a vider os buracos Delos quals a corrupgéo e o nepotism se iniitram, Jomo que per mites cabecas passe aida de. ras proximas eeigces, em 2006, anular 0 voto ou votar em brenco. Sexia um desastte,O volo € une arma pacific, Deve ser usaco com acuidade e sotedbria, Sr fei esse pracesso & precso destacar os poicos que primam pele ica, pel coeréncia de princpios e pela vitéo de um novo Brash sem alarmantes Jlaaladessocis. atonto Cali, em sua titima entrevista exta Fone disse que perdera “todas 2s tatathas*, Zanbém cxperimente, Jost. mutes perdas: @ morte do Chea derote da gueriha urbana contra a dtadire miter a queda do Niro do Berlin € So0ra, €882 fratura no corpo do partido que aiudei a constrult come spalzente © que se gabeve de primar pela ica na politica. No entente {arias tires! Sobrea franca eos EUA no Vetnt; sobre osEUA ea dltadias &e Batsto-en Cuba: a de Martin Luther King contra o racismo americano; & ‘de Heion Mandela contia o avartheid na Atnica do Sut ler ecammoenie: 77 ‘No Basi, 2 extensa rede de movimentos populares. as CEBS, a CUT, OMST, a CFT, 2 CMe @ CMS; 0s mevimentes de direitos humans, mutheres, negres, indigenas; as ONGs, as empresas cbnsclas da responsabilidade social, sobretudo, a eleicéo de Lula & Fresidéncia da Repubtca. ; ‘Nao se pode fogarno io da histéria ted esse patriménio social © poltico. Sem confundir pessoas com instituigées maracutaias com projatos estratégicos, 6 hore de comecar de novo, renover 2 esperanca e, sobretudlo, ‘do permit que tudo fique como antes. - Acrendemas com Gandia fzer hoje, a pani de nosss préticaspessons @ sociais, 0 mundo nove que sonhamos Jegar as gerac6es futures. Deixemos ressoar no coracéo as palavras de Mario Quirtana: "Se as coisas sé0 inatingiveis.. oral? NBo é motiro para ndo quer. .f Que Wists 05 caminhcs, se ndo fora/ A mégica presenca das estrelas!”. Fonte: Cus, Carbs Abeta tibisi, ri at, Flt de Sal, 25 2005. No texo, pocemos fadiimente perceber a intertexualidade, quando © autor recorre a outtos texios, com explicitagao éa Fonte. Yejamos: Entretanto, ‘nem sempre a intertextualidade se corstitul de forma desvelada. No caso do nosso exemplo, além dos textos cujas fontes foram reveladzs, a’ produgao escrita tern como origem um outro texto sem a fonte explicitada, porque o autor pressup6e ser do conhecimento do leitor, © pops titulo ~ IRRRMBRIG - ¢ para nés uma grande pista. Quem nao conhece o texto de Drummond com esse titulo? Vamos recordar a poesia do autor e depois verificar na producio do Frei Beto © fendmeno de intertextualidade. 7B. ger viica Koch + Vind tie as E Agora, José? Cailos Drummond de Andiade to E agora, Jose? oFrs0 nao velo, J0s8, 8 agora? A esta acabou, 1go velo a utopia Se voct grtasse, 2 fz apagou, e tudo acatou 5 voce gemesse, co povo sum, @ tudo tigi 32 vode tocasse a note esiriou, _ étude mofou, 2 valsa vienonse, e agore, Jost? E agora, Jos6? se voc® dormisse, € agi, voce? '5e voe$ cansasse, vocé que ésem rome, Sua doce palavra, se voce morresse. ‘que zomba dos outros, seu instante de febre, Mas voce no morte, voct que faz verso ‘sua gui ¢ jelur, viocé & duro, José! que ama, protesta? sua biblioteca, eagore, 058? sua favra ce ouro, Sazinho no escurc seu terno de viero, qual bicho-dowrrato, sts sem muh sua incowréncia, sem teogonis, esth'sem dacurse, seu dio e agora? sem parede rue std ser carinho, . “Comarchave na mao para se encostar, 8 no pode bebe, quer abrir a porta, sem cavalo preto JA nfe-pode femar, indo existe port ue fuga a galooe, ‘uspir db pode,” . quer mactretine mag. voce marcha; Jase? arial estiiou, ‘mas 0 mar secou José, para oinée? dla no veio, quer ir para Minas, 0 tonde néo vei, Mines no hd mais, ¥ claro que, em sua produgio, fol possivel a:Frei Betto recorrer & outros textos, se considerarmos que todo dizer remete sempre a ource(s) dizex(res) ou, como afirra Bucy (1992:291), que “cada enuncisdo € ur elo da cadela muito complexe de outros enunciados”. Assim, identificar a presenga de outro(s) texto(s) em ume procucio esctita depende e muito do conhecimento do leitor, do seu repet6rio de leitura, Para 0 processo de comprcensio € produgio de sentido, esse conhecimento é de fundamental importincia, ‘Também ¢ importante destacar que a insercao de “velhos" enunciados Mm novos texios promoverd a constituigdo de novos sentidos. £ verdade que a nova produgio trard os ecos do

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