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8 TEORIA DA LITERATURA- UMA INTRODUCHO
de Marvell. Nao ha nenhum artificio “literério” — metont-
mia, sinédoque, litote, quiasmo, etc. ~ que ndo seja usado
intensivamente no discurso diario.
‘Ainda assim, os formalistas achavam que a esséncia do
literdrio era 0 “tornar estranho”. Eles apenas celativizavam
esse uso da linguagem, vendo-o como uma questo de con-
traste entre um tipo de discurso e outro, Mas e se no bar eu
ouvisse algiiém dizer na mesa ao lado da minha: “Essa cali-
grafia € tremendamente floreada!”, Seria uma linguagem
Iiterdria, oundo-literdria? Na verdade, trata-se de linguagem
iteréria”, pois vem do romance A fome, de Knut Hamsun.
Mas como poderia eu saber que é literdria? Afinal de con-
tas, ela nfo exige que nenhuma atengao particular the seja
dispensada enguanto desempenho verbal. Uma das respos-
tas a essa pergunta seria dizer que a frase provém do roman-
ce A fome, de Knut Hamsun. E parte de um texto que leio
como “ficgo”, que se anuncia como um “romance”, que
pode fazer parte do curticulo universitario, e assim por dian-
te, O contexto mostra-me que é literdrio, mas a linguagem
em si nao tem nenhuma propriedade ou qualidade que a dis-
nga de outros tipos de discurso, tanto que poderiamos per-
feitamente dizer isso num bar, sem provocar a adiiragio
dos outros pela nossa habilidade literdria. Pensar na literatu-
ra como 0s formalistas o fazem é, na realidade; considerar
toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalis-
tas trataram da prosa; simplesmente estenderam a ela as téo-
nicas que haviam utilizado para a poesia. De um modo ge-
ral, porém, considera-se que a literatura contenha muitas
‘outras coisas além da poesia ~ por exemplo, obras realistas
ou naturalistas que ndo so lingtiisticamente autoconscien-
tes, nem constituem uma reelizagao particular em si mes-
‘mas. Por vezes, um estilo € considerado “bom” precisamen-
te porque nao atrai sobre si mesmo uma atengao indevida:
admiramos sua simplicidade lacénica ou sua sobriedade. E
.
INTRODUGAO: O QUE & LITERATURA? 9
© que dizer das piadas, dos slogans e refrdes das torcidas de
futebol, das manchetes de jornal, dos amincios, que mnitas
vezes sio verbalmente exuberantes, mas que, de um modo
sgeral, ndo sio classificados como literatura?
Um outro problema concemente ao argumento da “es-
tranheza” é 0 de que todos os tipos de escrita podem, se tra-
balhados com a devida engenhosidade, ser considerados
“estranhos”. Veja-se uma afirmagao prosaica, perfeitamente
clara, como a que se encontra por vezes no metro: “Cachor-
ros devom ser carregados na escada rolante”. Isso talvez no
seja tdo claro quanto pode parecer A primeira vista: significa-
4 que nds temos de carregar um cachorro na escada rolante?
Seremos impedidos de usi-la se nfo encontrarmos algum
vira-lata para tomarmos nos bragos, antes de subirmos ou
descermos? Muitos avisos, aparentemente claros, encerram
ambigiiidades semelhantes: “Coloque 0 lixo no cesto”, por
faca de sinalizagiio de uma estrada inglesa
fa por um americano da California. Mes-
mo se deixarmos de lado tais ambigiiidades perturbadoras,
certamente & ébvio que o anincio do met poderia ser lido
como literatura, Poderiamos nos deixar levar pelo staccato
abrupto, ameagador, dos primeiros vocdbulos ponderosos,
poderiamos surpreender nossa mente, no momento em que
ela deparasse com a rica alusdo suscitada pelo vocdbulo *
regados”, divagando entre ressondncias que sugerem 0 salva.
mento de cies coxos; ¢ talvez pudéssemos até mesmo detec-
tar na propria melodia e inflexdo da palavra “rolante”, uma
alusio a0 movimento de subir e descer da coisa em si. Tal
exercicio pode ser infrutifero, mas ndo ser4 significetivamen-
te mais infrutifero do que pretender ouvir o entrechoque dos
sabres na descrig2o postica de um duelo, e pelo menos tema
vantagem de sugerir que a’ eratura” pode ser tanto uma ques-
que as pessoas fazem com a escrita, como daqui-
ta faz com as pessoas.
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