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Índice:

Introdução ................................................................................................... 2

I. Conceito de deficiência ............................................................................ 3

II. Tipos de deficiência................................................................................. 4

III. O Desporto para a Pessoa com Deficiência........................................... 7

3.1. Desporto Adaptado .............................................................................. 9


3.2 Utilidade do desporto adaptado .......................................................... 10
3.3 Escolha do desporto adaptado ............................................................ 12
3.4 Analise histórica do fenómeno desportivo ........................................... 13
3.5 Práticas desportivas para pessoas com deficiência ........................... 17

Conclusão ................................................................................................. 22

Bibliografia: ............................................................................................... 23

Anexos ...................................................................................................... 24

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Introdução

No âmbito da UC de Sociologia da Deficiência e Reabilitação, fomos


incumbidos de elaborar um trabalho dentro da temática da deficiência. Desta
forma, depois de efectuada uma pesquisa bibliográfica decidimos fazer o nosso
trabalho inserido no tema do desporto. Pois, consideramos que o desporto é
um dos melhores métodos de integração do deficiente na sociedade, pois é um
meio para elevar a sua auto-estima.
Em muitos casos o desporto é uma forma de evitar os malefícios da
imobilidade como, a rigidez articular, deformidades ortopédicas, problemas
tróficos, o aumento do tónus, as dificuldades que existem no movimento e
evitando posturas e atitudes viciosas, etc, (Revista Diversidades, 2004). Ou
seja, o desporto pode ajudar a reestruturar a sua imagem corporal e ajudando-
os a aceitar a sua limitação de uma outra forma. Pode dizer-se que um dos
principais objectivos do desporto para deficientes é o desenvolvimento máximo
das potencialidades de cada atleta, o que facilita de uma forma mais activa a
sua “plena” integração. Quanto mais precocemente a criança com deficiência
iniciar a prática desportiva, mais hipótese ela tem de se aceitar como é (Revista
Diversidades, 2004).
Assim, numa primeira fase, tentamos perceber um pouco melhor o que
era o desporto na deficiência e no que consistia essa realidade, para tal
fizemos uma pesquisa bibliografia referente ao tema. De forma a esclarecer
algumas dúvidas que nos tínhamos sobre esta temática.
Neste sentido, ao longo do nosso trabalho os indivíduos com estas
características serão tratados como uma pessoa portadora de deficiência.

Desta forma, nunca podemos dissociar o modelo médico do modelo


social, pois uma pessoa com deficiência não tem apenas problemas
patológicos e físicos, mas também uma grande dificuldade em se integrar e ser
aceite na sociedade pelos outros indivíduos.

De forma a melhor compreender o surgimento do desporto para


deficientes, é apresentado alguns dos seus aspectos mais importantes que
marcam o seu aparecimento até a actualidade.

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I. Conceito de deficiência

Existe uma grande complexidade em volta do conceito de deficiência,


pois, torna-se difícil saber em que condições é que se pode dizer que uma
pessoa é portadora de alguma deficiência. De acordo com a Classificação
Internacional das Deficiências, Incapacidade e Desvantagens a, “deficiência
representa no domínio da saúde qualquer perda ou anormalidade da estrutura
ou função psicológica, fisiológica ou anatómica” (O.M.S., 1989:35). A
deficiência caracteriza-se, assim, por perdas ou alterações que podem ser
temporárias ou permanentes e que incluem a existência ou ocorrência de uma
anomalia, defeito ou perda de um membro ou outra estrutura do corpo,
incluindo a função mental. Este estado representa a exteriorização de uma
patologia que inclui situações inatas ou adquiridas e, em princípio, reflecte
perturbações a nível do órgão.
Por incapacidade entende-se qualquer restrição ou falta (resultante de
uma deficiência) de capacidade para realizar uma actividade dentro dos moldes
considerados normais para o ser humano. As incapacidades podem surgir não
apenas como consequência directa da deficiência, mas também como resposta
do indivíduo, sobretudo psicológica, a deficiências físicas, sensitivas ou outras.
A desvantagem (ou handicap) traduz os prejuízos que o indivíduo experimenta
devido à sua deficiência ou incapacidade. Subjacente a esta noção, esta a
ideia de adaptação social e de desvantagem, esta só se constitui como
condição face a outrém. (APPC, 2006:21-24).
Contudo, mesmo esta definição do conceito trazia consigo uma série de
inconvenientes, pois eram esquecidos os aspectos físicos e sociais. Assim é
publicada, em 2001, a Classificação Internacional da Funcionalidade, as
Incapacidades e a Saúde (ICF), que engloba dois modelos e uma revisão dos
termos utilizados na versão anterior. São apresentados, assim, o modelo
médico, que considera a incapacidade como um problema inerente à pessoa,
causado directamente pela sua doença ou qualquer outra alteração da saúde,
que necessite assistência médica ou reabilitação; e o modelo social, que é
entendido como um problema de origem social, devido à falta de integração
das pessoas que sofrem as consequências da doença (APPC, 2006:24). Desta
forma, nunca podemos dissociar o modelo médico do modelo social, pois uma

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pessoa com deficiência não tem apenas problemas patológicos e físicos, mas
também uma grande dificuldade em se integrar e ser aceite na sociedade por
algumas pessoas.
Em Portugal, segundo a Lei n.º 38/2004 de 18 de Agosto da Assembleia
da Republica, “considera-se pessoa com deficiência aquela que, por motivo de
perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do
corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas
susceptíveis de, em conjugação com os factores do meio, lhe limitar ou
dificultar a actividade e a participação em condições de igualdade com as
demais pessoas”.
O deficiente é uma pessoa com direitos e deveres. Apesar das
limitações a vários níveis, discrepâncias no desenvolvimento, pode
desempenhar funções que não dependem directamente do seu handicap. O
acesso à prática desportiva é, então, um direito que todos os cidadãos podem
usufruir, independentemente da sua condição. Inicialmente, o desporto para
deficientes foi concebido como uma experiência clínica, porém hoje em dia é
visto de uma forma diferente, isto é, o seu alcance vai muito para lá da terapia
(Silva, 1992:11).

II. Tipos de deficiência

Sendo o nosso tema direccionado para o desporto, iremos fazer


referência, essencialmente, aos tipos de deficiência e os cuidados que se deve
ter com eles nas práticas desportivas, de forma que a pessoa com deficiência
não se sinta incapaz.

Temos, assim, pessoas com incapacidade intelectual, esta caracteriza-


se pela presença de limitações tanto no funcionamento intelectual como nas
suas práticas. Da incapacidade intelectual resultam algumas patologias como:

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 Síndrome de Down, uma pessoa com esta patologia apresenta traços
faciais e físicos característicos, alguns surgem na nascença outros ao
longo do seu desenvolvimento, e um atraso mental;
 Síndrome do X-Frágil, alguém com esta síndrome apresenta uma
capacidade intelectual que se verifica desde a dificuldade na
aprendizagem ate á necessidade de apoios diversificados ao longo da
sua vida;
 Autismo, manifesta-se de diversas formas, dependendo do sistema
nervoso. Alguém com autismo apresenta sintomas ao nível do
comportamento e das funções intelectuais (fraca imaginação e
resistência à mudança), na comunicação verbal e não verbal (ausência
de linguagem e fraca possibilidade de conversação) e no
desenvolvimento de interacção social recíproca (isolamento);
 Síndrome do Miar do Gato, este síndrome provoca na pessoa uma
incapacidade intelectual, dificuldade na linguagem e estreitamento da
laringe, provocando o miar do gato.

Quando lidamos com pessoas com estas característica em actividades


desportivas torna-se necessário dar indicações claras e precisas, com
demonstrações de fácil compreensão; ensinar actividades diversas para a
aquisição de novas competências; estabelecer sessões a longo prazo, para
criar hábitos de trabalho; procurar facilitar o sucesso da pessoa, mas sempre
com a participação do atleta (APPC, 2006:56-63)

Já deficiência visual refere-se a uma situação de perda da resposta


visual, depois de tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de lentes
convencionais. Classificando-se em cinco tipos: cegueira (quando a pessoa
utiliza o Braille como principal meio de leitura e escrita); visão central (perda da
visão periférica); visão periférica (visão distorcida); visão confusa (incapacidade
para visualização de pequenos detalhes); e perda parcial do campo visual
(surgem pontos negros na visão). A deficiência visual pode ser congénita ou
pode ser adquirida ao longo da vida. As pessoas que apresentam este tipo de
deficiência são ou tornam-se, na sua maioria, pessoas inseguras, com medo do
desconhecido, pois não têm conhecimento daquilo que as rodeia, criando uma

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certa dificuldade em estabelecer relações sociais, levando ao isolamento das
mesmas (APPC, 2006:63-66).
Em actividades desportivas não podemos recorrer a sinalizações
visuais, sendo necessária a utilização de métodos verbais ou em que haja
algum tipos de contacto. Por exemplo, numa prova de atletismo a pessoa com
deficiência visual corre com a sua mão atada a outro atlético de forma a guia-lo
no seu percurso. É, também, necessária a presença de alguém quando há uma
mudança de espaço, para dar uma maior confiança á pessoa com deficiência
(APPC, 2006:68).

Existem, também, pessoas com deficiência auditiva, sendo o termo


aplicado há uma diminuição da audição ou perda da capacidade de ouvir sons.
Pessoas com deficiência auditiva acabam por tornar-se um pouco mais
isoladas, pois, ficam mais vulneráveis na comunicação com o mundo
envolvente, refugiando-se, muitas vezes, em grupos de pessoas com o mesmo
tipo de deficiência. Na prática desportiva é fundamental a utilização de
demonstrações visuais ao invés de verbais ou auditivas, e ter um cuidado
especial com as pessoas com próteses auditivas (APPC, 2006:69-72).

A deficiência motora é causada por lesões ou anomalias que afectam o


aparelho locomotor ou o sistema nervoso, podendo produzir certas limitações
físicas, de acordo com o tipo de lesão ocorrida. A deficiência motora (APPC,
2006) pode ser causada por:
ƒ Lesão medular (acidentes, malformações congénitas, doenças);
ƒ Espinha bífida (malformações de coluna vertebral durante a gravidez);
ƒ Poliomielite (Um vírus que ataca as células nervosas, deixando os
músculos inutilizados);
ƒ Amputações (Diabetes, arteriosclerose ou causas traumáticas e
vasculares);
ƒ Paralisia Braquial (afectação neurológica dos nervos dos braços);
ƒ Esclerose múltipla em placas (limitações na informação enviada ao
cérebro e à espinal medula);
ƒ Distrofia muscular (perda de força, causando alterações esqueléticas
devido á falta de mobilidade);

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ƒ Miopatias (manifesta-se primeiro membros inferiores e progressivamente
nos superiores).

No que respeita às actividades desportivas é essencial ter acessos


adaptados e desimpedidos para facilitar as práticas desportivas por estas
pessoas, é necessário que haja um certo espaço disponível, pois a cadeira de
rodas precisa de mais espaço para circular, e que o material esteja ao alcance
dos mesmos (APPC, 2006:76).

Por fim, temos as pessoas que sofrem de paralisia cerebral, esta traduz-
se num conjunto de perturbações no desenvolvimento da postura e do
movimento, devido a um distúrbio não progressivo ocasionado num cérebro
imaturo (Bax e al in APPC, 2006:76). A dificuldade na capacidade motora e de
coordenação característica nas pessoas com paralisia cerebral variam muito
consoante a extensão da lesão e da área do cérebro afectados. As pessoas
portadoras desta deficiência apresentam perturbações, não só na capacidade
motora e comportamental como também a nível sensorial (visual, auditivo,
sensibilidade), intelectual, na linguagem, na percepção espacial e emocional.
Devemos falar devagar e com clareza, não utilizando uma linguagem infantil
para pessoas com paralisia cerebral, e apoia-lo em todas as suas iniciativas, de
forma a favorecer a sua criatividade e a sua auto-estima (APPC, 2006:76-82).

III. O Desporto para a Pessoa com Deficiência

Existem vários autores e publicações que de facto dão ênfase aos


aspectos positivos da prática desportiva das pessoas com deficiência.
Nomeadamente a UNESCO (1978) diz que “ (…) todo o ser humano tem direito
à prática da Educação Física e do Desporto, as quais são essenciais ao
desenvolvimento integral da sua personalidade. A liberdade do
desenvolvimento físico, intelectual e moral através da Educação Física e do
desporto deve ser garantida no sistema educacional e noutros aspectos da vida
social”. Como é do conhecimento geral, a prática desportiva regular

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proporciona condições para uma boa performance em geral. Assim, no
desporto para a pessoa com deficiência, de acordo com o tipo e grau de lesão,
este poderá obter e potencializar as suas competências. Desta forma, pode
perceber-se o papel importante do desporto na deficiência, pois proporciona
uma melhor qualidade de vida, contribuindo também para a sua
reabilitação/habilitação, ao permitir melhorar as suas competências motoras e
facilitando uma melhoria quer ao nível físico quer psicológico (Revista
Diversidades, 2004).
Por outro lado a prática desportiva da pessoa com deficiência pode
contribuir para a inclusão da mesma na sociedade, porque permite-lhe sair do
sedentarismo que é típico nas situações mais graves e, simultaneamente,
proporciona-lhes uma vida social mais intensa e faz com que eles se sintam
parceiros na sociedade (Revista Diversidades, 2004).
Se há muitos anos a prática regular do desporto da pessoa com
deficiência era vista como algo prejudicial, nos nossos dias, através dos
esforços efectuados por diferentes pessoas e organismos, o desporto para
deficientes ou o dito “desporto adaptado”, tomou proporções, ao nível da
recreação e até ao nível competitivo, muito grandes. Todos sabemos que as
alterações das capacidades funcionais dão origem a mudanças na
performance destes atletas, tal como nos atletas ditos normais existem muitos
benefícios, neles há os mesmos e são ainda mais visíveis. Em casos muito
específicos o desporto é uma forma de evitar os malefícios da imobilidade
como, a rigidez articular, deformidades ortopédicas, problemas tróficos, o
aumento do tónus, as dificuldades que existem no movimento e evitando
posturas e atitudes viciosas, etc, (Revista Diversidades, 2004). Ou seja, o
desporto pode ajudar a reestruturar a sua imagem corporal e como
consequência directa ajuda-os a aceitar a sua limitação de uma outra forma.
Em muitas situações há uma partilha de experiências, promovendo-se
intercâmbios, pode dizer-se que um dos principais objectivos é o
desenvolvimento máximo das potencialidades de cada atleta, o que facilita de
uma forma mais activa a sua “plena” integração. Quanto mais precocemente a
criança com deficiência iniciar a prática desportiva, mais hipótese ela tem de se
aceitar como é (Revista Diversidades, 2004).

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3.1. Desporto Adaptado

O desporto adaptado surgiu no início do século XX, porém de forma


bastante tímida. Na primeira década do passado século, iniciaram-se
actividades competitivas para jovens com deficiência auditiva, especialmente
em modalidades colectivas. Em 1920 tiveram início as actividades desportivas
para jovens portadores de deficiência visual, como a natação e o atletismo.
Oficialmente, o desporto adaptado só começou depois da II Guerra Mundial,
entre 1944 e 1952, quando os soldados voltaram para os seus países (Revista
Atletas, 2007).
Com a elevação do ego nacional com a prestação dos atletas deficientes
em Grandes Competições Internacionais, tornou-se necessário continuar a
apoiar estes atletas verdadeiramente. Um trabalho que tem vindo a ser
desenvolvido pela Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Mental,
entre outras.
É do conhecimento público que o desporto tem uma enorme importância
na saúde e no bem-estar dos cidadãos.
Para cidadãos com deficiência, a prática de uma actividade desportiva é
ainda mais importante, pois é acrescida de factores de reabilitação física e
inserção social. O desporto contribui para que o cidadão portador de deficiência
consiga descobrir capacidades e aptidões físicas escondidas, de forma a
fortalecer a auto-estima e a confiança, ajudando-os a vencer as suas próprias
limitações. Para estes atletas as vantagens são muitas, como é o caso do
aumento da resistência.
A Actividade física para pessoas com deficiência é fundamentalmente,
as actividades físicas, que são adaptadas de acordo com as necessidades do
indivíduo em causa. É necessário adaptar:

9 Actividade física, o jogo, as diferentes modalidades;


9 O processo de transmissão de informação (canais de comunicação,
métodos e estratégias de ensino).

Através da adaptação das modalidades desportivas, é permitido que todos


participem dentro das suas possibilidades e tenham acesso ao desporto, o que

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contribui para a motivação dos indivíduos; para o nível de realização; o nível de
compreensão.
A questão da acessibilidade das pessoas com deficiência à prática de
Actividade Física é uma questão, por um lado de atitude e, por outro de
conhecimento técnico-científico, o que requer essencialmente adaptações às
condições do processo de ensino e aprendizagem (Revista Diversidades,
2004).

3.2 Utilidade do desporto adaptado

O desporto para deficientes aplica-se a pessoas que devido à sua


deficiência são incapazes de participar em actividades desportivas sem
algumas modificações, alterações essas que não lhe tirem o carácter
competitivo, organizado, institucionalizado e regulamentado (Dunn, 1980, in
Silva, 1992:12).
Qualquer tipo de lesão ou doença que provoque uma enfermidade grave
tal como a cegueira, a amputação de um membro e a paralisia parcial ou total
devida a uma lesão do sistema nervoso, afecta em maior ou menor grau a
precisão, a economia e a organização normais dos movimentos do corpo. As
anomalias denominam-se paralisia, debilidade, hipertonia muscular, rigidez,
descoordenação (Guttmann, 1977:13).
O individuo que é vitima de uma incapacitação, sente que o aspecto do
seu corpo mudou devido às formas anormais de movimento, sofre
frequentemente tensões psicológicas entre si próprio e o mundo circundante,
tornando difíceis e por vezes impossíveis as relações com as pessoas válidas
que o rodeiam. Pois ele pode sentir que os outros o vêm como um ser anormal,
se sentem que há atitudes incomodas com a sua presença e o observam com
uma certa curiosidade, o deficiente corre o risco de rapidamente atingir um
complexo de inferioridade caracterizado pela angustia, a falta de confiança em
si mesmo e o sentimento da sua indignidade humana. Devido a estes factores
não se torna difícil compreender a razão por que o desporto representa, para o
bem-estar do indivíduo, uma importância ainda maior do que para as pessoas
perfeitamente validas (Guttmann, 1977:13).

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O desporto pode ser auxílio para os deficientes através de três formas
distintas:
• Valor terapêutico: esta representa a forma mais natural de exercício
curativo e pode ser utilizado com êxito como complemento dos métodos
tradicionais da fisioterapia. Contribui em grande parte para o
restabelecimento das forças, da coordenação, da velocidade e da
resistência orgânica. O deficiente luta contra si mesmo, com objectivo de
alcançar melhores resultados, apreendendo a superar a fadiga, sintoma
este característico nas primeiras fases de qualquer reeducação. Isto
tanto se aplica aos amputados e aos cegos, como aos paraplégicos e
aos tetraplégicos.

• Valor recreativo e psicológico: o indivíduo portador de deficiência


deve considerar o desporto não só como um exercício muscular
destinado a fortalecer-lhe os músculos, e a proporcionar-lhes o prazer
da vitória, mas também como uma fonte de prazer. A principal vantagem
do desporto em relação aos exercícios curativos tradicionais reside no
seu valor recreativo, pois oferece-lhe uma motivação adicional ao
deficiente, graças ao regresso à actividade lúdica e ao desejo de
manifestar a alegria de viver, que são inerentes ao ser humano. É um
facto que grande parte do interesse pelo desporto, como forma de
reabilitação, se perde se o interessado não lhe encontra prazer. O
desporto é como que um antídoto contra o comportamento anormal e
anti-social que qualquer mutilação grave provoca, como uma
regularidade consternadora. A prática de desporto acima de tudo
desenvolve o domínio que o indivíduo incapacitado tem sobre si mesmo,
o respeito por si mesmo, o espírito de competição e a camaradagem,
tudo isto é essencial para a integração ou a reintegração dos deficientes
na sociedade. Ou seja o desporto ajuda os deficientes a saírem do
isolamento social em que se encontram. O desporto permite-lhes
adquirirem uma nova imagem da sua própria personalidade.

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• Meio de reintegração na sociedade: o desporto constitui uma força
motora que permite ao deficiente restabelecer o contacto com o mundo
circundante, e lhe facilita e acelera a sua reintegração na colectividade
enquanto cidadão de pleno direito. Existem desportos e jogos que
oferecem aos indivíduos, sobretudo aos que estão presos a uma cadeira
de rodas, a possibilidade de participarem de igual papa igual com
pessoas validas. O caso do tiro ao arco, do bowling, do bilhar e do ténis
de mesa. Mas para indivíduos amputados, cegos e surdos, a natação
permite-lhes competir com pessoas validas.

3.3 Escolha do desporto adaptado

O principal objectivo do desporto para deficientes é levar o deficiente e o


dito “normal” a encontrarem-se num ambiente fortemente motivador. A
sensibilização da população em geral, a integração na sociedade e o
desenvolvimento da auto-estima são os objectivos que a pratica do desporto
pode atingir (Silva, 1992:25).
Como refere Loovis (1978, in Silva, 1992:27) a pratica de desporto traz
ao deficiente vários benefícios, como:
• Habilidade motora;
• Agilidade;
• Capacidade física;
• Integração social;
• Posição social;
• Atenção;
• Destreza.

O tiro ao arco foi um dos primeiros desportos a ser praticado por


indivíduos com necessidades especiais, mais precisamente entre os
paraplégicos e até os tetraplégicos, assim como outros deficientes graves de
todo o mundo. Este trata-se de um desporto ideal para deficientes, sob vários
pontos de vista, pois apresenta um grande interesse terapêutico para o
desenvolvimento dos músculos dos braços, dos ombros e do tronco,

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importantes para que o paralítico se mantenha direito, este desporto tem
constituído um auxiliar incalculável para os paraplégicos com lesões nas partes
média e superior da medula toráxica graças a um treino intensivo (Guttmann,
1977:15).
O tiro ao arco tem efeitos muito benéficos sobre as funções respiratórias
e cardiovasculares dos paraplégicos com fortes lesões. O atractivo deste
desporto é um tanto maior quanto é certo que o atirador, ao contrario do
atirador por exemplo de pistola, deverá basear-se exclusivamente na sua força
e na sua habilidade, uma vez que nada é mecanizado.
O essencial deste desporto é que permite ao paraplégico ou ao
amputado concorrer de igual para igual como um homem valido (Guttmann,
1977:17).
A natação é uma das principais actividades físicas praticadas pelos
amputados, cujo estilo é adaptado consoante a amputação.
Para os deficientes com paralisia cerebral, a modalidade pode variar
conforme o tipo de lesão que o atleta tem. Se for do tipo espástico, a natação é
a mais aconselhada, porque permite uma redução da espasticidade através do
relaxamento muscular, facilitando a função respiratória. Se for atetósito, é mais
aconselhável actividades como o bowling ou os lançamentos. Já no caso da
ataxia, é mais difícil definir a actividade, pois estes indivíduos têm bastantes
dificuldades ao nível do equilíbrio e da coordenação (Silva, 1992:30).

Importa referir que nem sempre são as actividades que se têm de


adaptar ao individuo com deficiência mas sim, este as actividades, pois em
algumas actividades e tendo em conta a natureza da deficiência é necessário a
utilização de ortóteses, ou se próteses (Silva, 1992:31).

3.4 Analise histórica do fenómeno desportivo

Uma das primeiras organizações desportivas para deficientes que surgiu


foi o Sports Club for the Deaf, este foi fundado em Berlim em 1888.
Com a Primeira Guerra Mundial, e com o aumento do número de
pessoas deficientes, o movimento em função do desporto sofreu uma grande

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expansão, introduzindo jogos e actividades desportivas com regras adaptadas
às necessidades dos seus praticantes. Numa atitude generalizada, às
primeiras preocupações em organizar e desenvolver o desporto para
deficientes.
Criou-se na Bélgica (1922) a Fédération Sportif  ês sourds. Em 1924,
foi criado em Paris, o Comité International  ês Sportd  ês Sourds – CISS, o
qual conta actualmente com 44 nações filiadas, entre eles está Portugal.
Desde a criação desta organização que são realizadas, os Jogos Mundiais de
Verão, de quatro em quatro anos, para deficientes auditivos. Em Glasgow, no
ano de 1932, nasceu a British Society of One-Armed Golfers. Desde aí, este
clube tem vindo a organizar campeonatos anuais, os quais têm lugar em
diferentes locais do país. Esta medida descentraliza os jogos e
simultaneamente a sensibilização de toda a população escocesa. Em 1945,
surgiu a American Athletic Association of the Deaf, a mais antiga organização
desportiva para deficientes dos Estados Unidos da América. Hoje em dia
organiza torneios regionais e nacionais em basquetebol e softball e coordena
toda a participação americana nos Jogos Mundiais e Pan-Americanos para
deficientes auditivos.
Posteriormente em 1951, o Comité Olímpico Internacional reconheceu
oficialmente o CISS como sendo o responsável, a nível mundial, do desporto
para deficientes auditivos.
As associações desportivas para deficientes auditivos foram as que
surgiram em primeiro lugar e isto porque a actividade desportiva praticada por
estes indivíduos é aquela que coloca menos problemas em termos específicos
(Silva, 1992:14).

Foi depois da segunda Guerra Mundial que surgiu um elevado número


de deficientes. Os métodos tradicionais de reabilitação não davam respostas
às necessidades médicas e psicológicas dos traumatizados de guerra, dessa
forma tornou-se necessário encontrar uma resposta alternativa. A grande
maioria destes deficientes era portadora de lesões ao nível da coluna vertebral,
estando muito deles dependentes de uma cadeira de rodas. Estes indivíduos
que eram saudáveis e devido ao esforço de guerra ficaram portadores de
deficiência ficaram muito sujeitos a problemas de nível psicológico como

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social. Em 1944 foi inaugurado no Stoke Mandeville Hospital, em Inglaterra, o
primeiro centro de tratamento de lesões na coluna vertebral (Silva, 1992:14-
15). Segundo Guttmann (1977), para o tratamento destes doentes era
necessário uma orientação em todos os aspectos e não uma fragmentação
dos serviços médicos, ou seja o desporto como forma de recreação e lazer
passou a fazer parte da actividade diária dos pacientes, pois era reconhecido
todo o seu valor psicológico, físico e social. Além do desporto estes indivíduos
deveriam ter uma vida tão normal, quanto os restantes membros da sociedade.
Em 1952, criou-se a International Stoke Mandeville Games Federation
(ISMGF) que se ocupava do desporto para paraplégicos. Nos anos que se
seguiram, o tiro ao arco e o basquetebol em cadeira de rodas deixaram de ser
modalidades únicas para passarem a estar ao lado de outras que entretanto se
foram desenvolvendo, como o ténis de mesa e o lançamento do dardo. Já na
década de 60 apareceu a esgrima, o snooker, a natação e a halterofilia. Desde
a realização dos primeiros jogos de Stoke Mandeville, que estes se realizam
anualmente, com excepção do ano dos Jogos Olímpicos. Estas competições
foram designadas por Olimpíadas em Cadeira de Rodas, Para-Olimpíadas,
Jogos Mundiais para Deficientes e finalmente por Jogos Olímpicos para
Deficientes.
Em 1960, realizaram-se em Roma, as primeiras Para-Olimpíadas, estas
contaram com a participação de 400 atletas que representavam 23 países. Em
1964 foram realizadas as segundas Para-Olimpíadas, e em Tóquio o governo
japonês ficou de tal forma sensibilizado que mandou construir uma fábrica
onde pudessem trabalhar paraplégicos e outra para deficientes graves. Este é
um caso flagrante de como o desporto praticado pelo indivíduo com deficiência
pode mudar a atitude da sociedade (Silva, 1992:19).
No ano de 1974, o Comité Olímpico Internacional autoriza que as Para-
Olimpíadas se passem a designar por Jogos Olímpicos para Deficientes. Desta
feita Toronto recebeu neste ano 1700 atletas representando desta feita 50
países convidando pela primeira vez atletas deficientes visuais e amputados a
participarem. Nestes jogos foram estabelecidos diversos records (Silva,
1992:20). Já em 1980, os Jogos Olímpicos para Deficientes foram realizados
na Holanda, e participaram 2500 atletas, de 45 nações. Participaram
deficientes amputados, visuais e portadores de paralisia cerebral.

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As organizações que promoveram o desporto para os deficientes, assim
como dos Jogos Olímpicos para Deficientes, tiveram um valor terapêutico,
psico-fisiológico e social que comportam. Pois estes são uns meios de manter
ou até mesmo de desenvolver as funções lesadas e não como um fim em si
mesmo e isto na medida em que as capacidades físicas constituem para os
deficientes a base das actividades de auto-suficiência e segurança pessoal
para o individuo deficiente (Drowatzky, 1973, in, Silva, 1992:25).

Em Portugal, existe uma organização que promove o desporto para


deficientes, APD – Associação Portuguesa de Deficientes, uma organização de
pessoas com deficiência, constituída e dirigida por pessoas com deficiência.
Baseia-se no princípio de que as pessoas com deficiência são os peritos em
matéria de deficiência, que conhecem melhor que ninguém os problemas que
enfrentam e as soluções para os ultrapassar. Tentam, de alguma forma,
agregar todas as pessoas com deficiência, independentemente das
deficiências, causas e origens, contando com vinte estruturas regionais. É,
ainda, membro fundador da DPI - Disabled Peoples' International, da CNOD -
Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes e da FDLP -
Federação das Associações de Deficientes de Língua Portuguesa. A APD está
ainda filiada na Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e
Recreio e na ANDDEMOT - Associação Nacional de Desporto para Deficientes
Motores.

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3.5 Práticas desportivas para pessoas com deficiência 1

Tipo de Regras (AIFA – Associação Tipo de deficiência


Prática Internacional das Federações
de Atletismo)

Tiro com arco - Disparar flechas contra ƒ Deficiência física e lesões medulares;
um alvo marcado com dez ƒ Paralisia cerebral;
anéis concêntricos; ƒ Amputações.
- Alvo colocado a 70
metros e com diâmetro de
122 centímetros.

Atletismo - As regras são validas ƒ Competem todo o tipo de deficiências;


tanto nos jogos olímpicos Sendo o desporto que mais atletas e
como dos Paralímpicos. provas tem.
Com as devidas
adaptações para cada tipo
de deficiência.

Boccia - O objectivo é o ƒ Paralisia cerebral;


lançamento de bolas azuis ƒ Deficiência motora grave;
e vermelhas, de forma a
ficarem o mais perto
possível de uma bola alvo
branca;

1
Em anexo encontram-se algumas imagens, de forma a ser possível visualizar a prática de cada desporto.

17
Ciclismo - É um desporto adaptado ƒ Deficiência visual;
ao tipo de deficiência em ƒ Deficiência motora (sem deficiência ou
questão; um grau menor de deficiência nos
- Há corridas em estradas membros inferiores;
ou em pistas, dependendo ƒ Paralisia cerebral (Com grau mínimo de
do tipo de deficiência. deficiência).

Futebol de 5 - Equipa composta por ƒ Deficiência visual;


quatro atletas cegos e um
guarda-redes com visão
total ou parcial;
- Tem um guia atrás da
baliza, de forma a orienta-
los no remate;
- Todos têm de ter
vendas, para garantir
igualdade

Futebol de 7 - São aplicadas as regras ƒ Paralisia cerebral;


da FIFA, com algumas ƒ Outra lesão cerebral não progressiva
alterações; com disfunção locomotora
- Duas partes de 30 ƒ Amputações.
minutos, com 15 de
intervalo;
- Não se aplica o fora de
jogo.

18
Goalball - A equipa é composta por ƒ Deficiência visual.
3 jogadores e 3 suplentes;
- A bola é jogada com as
mãos, tendo um guizo;
- O objectivo é rolar a bola
na direcção adversária,
enquanto estes estão a
tentar impedi-la de entrar
na baliza com qualquer
parte do seu corpo.

Judo - Realizado por dois ƒ São admitidas todas as pessoas que


judocas, um de azul e consigam guiar-se pelo tacto
outro de branco; sensibilidade, instinto de equilíbrio.
- No judo paralímpico é
admitido o contacto antes
da prova começar.

Vela - Há ligeiras adaptações ƒ Pessoas com capacidades funcionais


no equipamento de modo como pessoas com deficiência visual.
a este se adaptar às
capacidades do atleta.

Tiro - As regras dependem do ƒ Deficiência visual;


tipo de arma e do tipo de ƒ Outra deficiência em que consigam
deficiência em questão. suportar o peso da arma.

19
Natação - O atleta com deficiência ƒ Deficiência motora;
visual conta com um ƒ Deficiência visual;
assistente que lhe mostra ƒ Deficiência mental.
as bordas da piscina;
- O atleta com deficiência
motora pode começar
dentro de agua;

Ténis de Mesa - Apenas foram feitas ƒ Podem participar todos os deficientes que
algumas alterações para tenham alguma força muscular, equilíbrio
os atletas de cadeira de na cadeira de rodas e capacidade para
rodas. usar a raquete.

Voleibol - O campo é mais ƒ Amputações;


pequeno, por se jogar ƒ Paralisia cerebral;
sentado; ƒ Lesão na espinal-medula.
- No serviço, os pés ou
pernas do atleta podem
estar dentro do campo.

Basquetebol - Iguais ao basquetebol ƒ A pessoa é avaliada pela sua capacidade


em cadeiras normal, a única diferença de lançamento, passe, ressalto, batida e
de rodas é a utilização da cadeira drible.
de rodas

Esgrima em - As cadeiras de rodas são ƒ A pessoa é avaliada pela sua capacidade


cadeira de afixadas ao chão; de movimento e de equilíbrio na cadeira.
rodas - Aqueles que não têm
força de aperto de mão,
podem prender a espada
á mão.

20
Râbegui em - As cadeiras têm de ser ƒ Lesões medulares;
cadeira de leves e de fácil condução; ƒ Paralisia cerebral;
rodas - A cadeira está equipada ƒ Esclerose múltipla;
com pára-choques à ƒ…
frente e nos lados;
- Em movimento, os
jogadores podem levar a
bola ao colo, passa-la a
colega ou driblar a bola;
- Não é permitido o
contacto físico entre
jogadores.

Fonte: APPC

Existem, ainda, outros desportos que podem ser praticados por pessoas
com deficiência, alguns apenas praticados em algumas regiões, outros que
ainda estão a ser adaptados, mas nada que impeça qualquer pessoa de
praticar qualquer desporto. Temos por exemplo (APPC, 2006):

ƒ Ténis de cadeira de rodas;


ƒ Esqui Alpino;
ƒ Hóquei no gelo;
ƒ Futebol em cadeira de rodas eléctricas;
ƒ Andebol em cadeira de rodas;
ƒ Mergulho;
ƒ Dança;
ƒ Bilhar;
ƒ Bowling;
ƒ ….

21
Conclusão

Ao longo do trabalho apercebemo-nos que existia uma grande falta de


bibliografia sobre este tema, essencialmente, na temática do desporto. No
entanto, com a bibliografia encontrada, foi nos possível perceber que muitas
adaptações tinham sido efectuadas nos diferentes desportos, de modo a
ninguém ficar impossibilitado de os pratica, independentemente da sua
deficiência.
O melhor tratamento para a sociedade relativamente aos deficientes
mudou bastante nos últimos anos, tendo sido o desporto a contribuir em grande
medida para esta alteração.
O desporto para deficientes é sem duvida uma área ainda em
construção, porém já com grandes avanços. O desporto deixou de ser visto
apenas como terapia, para passar a ser visto como um meio de
desenvolvimento da performance dos deficientes, o que levou a uma maior
aceitação por parte do publico, pois transmitiu informações positivas sobre os
deficientes e sobre as verdadeiras competências destes, e ainda uma tomada
de consciência das grandes vantagens que traz a pessoa com deficiência,
factores estes que são decisivos para que o individuo se sinta integrado na
sociedade.
Contudo, ainda convivemos com práticas muito distintas na nossa
sociedade, pois, por um lado, presenciamos práticas de exclusão social de
pessoas com deficiência que permanecem, por toda uma vida, fechadas dentro
de casa sem o convívio com pessoas de fora da família. E, por outro lado,
podemos encontrar práticas que apontam para um processo de inclusão,
envolvendo pessoas com deficiência, familiares e a sociedade mais ampla.

Mesmo uma pessoa com deficiência tem, muitas vezes, uma maior força
de vontade para continuar em frente do que muitas pessoas que se dizem
“normais”.

Os benéficos do desporto, são cada vez mais visíveis, este cativa


também um maior número de indivíduos, e funciona plenamente com as
diferenças de cada um, o que leva a um grande respeito pela diferença.

22
Bibliografia:

APPC – Núcleo Regional do Centro, Desporto para deficientes – Manual para


acompanhantes desportivos, Projecto Leonardo da Vinci, Setembro 2006;

Guttmann, Ludwig, O desporto para deficientes físicos, Ministério da Educação


e Investigação Cientifica, Lisboa, 1977;

Revistas Atletas – Desporto Adaptado, ANDDI-PORTUGAL - Associação


Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, 2007; (URL1) (on line em
Abril: http://anddem.org.pt/noticias1/arqui2007/provasnac/revistaateltas/view)

Revista Diversidade, “Desporto adaptado – direito ou oportunidades”, nº4,


2004, Funchal.

Silva, Maria, O porto e o desporto – desporto para deficientes, Câmara


Municipal do Porto, Porto, 1992;

Lei 38/2004 de 18 de Agosto da Assembleia da Republica [On line em Abril de


2008] http://www.igf.min-
financas.pt/inflegal/bd_igf/bd_legis_geral/Leg_geral_docs/LEI_038_2004.htm

23
Anexos

24
Tiro com arco

Atletismo

25
Boccia

Ciclismo

26
Futebol de 5

Goalball

27
Vela

Natação

Ténis de Mesa

28
Voleibol

Basquetebol com cadeira de rodas

29
Esgrima em cadeira de rodas

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