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uff econ rent Concerros pe Lrreratura & CuLrura. Euridice Figueiredo (organizadora) sxc em iors UEJE /EAUEF ns Hisrmo, Hisripismo £ Hieripizacao Stelamaris Coser Universidade Federal do Espirito Santo Pareco Cabo-verdiana pareco Antithana pareco Martiniquenha pareco Jamarcana pareco Brasileira pareco Capixaba pareco Baiana parecgo Cartoca pareco Amerwana Elisa Lucinda* que preto, que branco, que indio o qué que branco, que preio, que indio 0 qué que indi, que preto, que branco o qué SOMOS O que somos, inctassificdveis. Arnaldo Antunes** A cultura tem sido insistentemente associada ao fendmeno ‘1odemografico das migragées e deslocamentos desde as tltimas iccadas do século XX, momento em que as preocupacées da critica tural se voltam com freqiiéncia para as possiveis implicagdes de 2 tsa Lucinda, Constatagao. In Euteama ¢ suas estréias. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 86. \rnaldo Antunes. Inclassificdveis. In: O Siléncio, BMG Brasil, 1996. CD. miplos movimetas mission dentro de umn mesmo pas atavés ‘de fanterasnacionais nrc continentes Quasar eansen enc desesdestocamentos ps pases do primero muni, habitvados 4 eatalogar separadan categoria race Gnas (ow Pstden Unidos, or exer ps0: eadiionalmente consideraos braneos hommes Iglerna? Que eontewe coma cular ie pales do “ervey” quando, inten saitenternacional a esters. se tora im fendmena de massa? Cro entender (0% cimbiae ¢ confltos entre povos apressores © uprimidos, ‘ay once eolonizados? Seré possvel e desc}vel eseapar aos erate? Toi quests So mulfacetadase comroversa, fi que © exado tee marginal pode ser hoje a opci natural de meets vcades por grandes universidales metrmpaitanas, mas as pesoas ‘omuns se vem desprotegidas e desesperadas na condi¢ae de Alespatriamento, Uma multidao de emigrants pabies tem sido slescaa a Torga pela globaliracto, segunda dads da Onganizagio Internacional do Trabalho (OFT), geupo imegrante da Onganinagio slay Nagies Unidas (ONU} Ent mio a tai esti € press estos da cultura xém buscando estratégin para alequar-se at Aesatios apeesentadon pea imercukvraldade ¢ mubipolare da fra pOsmoderma © pela necessidade de repens definigies de comunidad © nagio. Dentre oF novos canceitos © abordagens tunis nos pases de lingua ingles, ress valor dain Ade brid rds procesos de hiridago on hibridism em eloiagio ‘eorias monolteas cegorias aig, eupostamente ‘stanques. Parabrasielroselatino-amrica de um modo gera, wconeeito de Ibid remete hing historia de mestigagem « sincretismo caracteriza tanto 08 mitos e ideais macionats quanto suas mais funda dives © deguahlaes Cae endo pengunar at que * onto a ecto contermporanea do conceit de hiro m0 ‘mb para fragmenta e aproprag de utr subateoas pataacigo diaries da vealed donna. lndependte nga em que aes wo ou nerprtad,o ern € set ia crregil ce ambiguhladee pokinicie mercer pensalo oumplo nest desu mies A pinion wo report abioog e prcupagio itradaespéces que allem penjune aren rapes { eurocéntion) de get XIX. pric detain de Wid pina plo Dini Howden Porte (2001, p52) "na pe eeamentin de pagent le expec erento sstatdo” fe urv mu ets etme tea da wot missle eons tani ‘Ao eragar paraels com especies Ibidan de sanimsis etrcis€ plantas debiitadas, a inca europeia divulgou o princi de que Iniseigenagao seria danosa pari i especie enfaizaram que crwamentode rca diferentes restraint “iinferidade mas, principalmente na decompo om degrada os descendentes brides, comsilerados por Robert Knox apd Palmer, 2001) “uma monstruosidade da nt iencia acaaria constatand que as eapécies hibidas da botdnica rmostravam maior vigor resisénca do que as especies puras ue ther deram origemt: apenas perderiam forga 8 medida que suressivos ruzamentos tornanem 2 espécie novamente homogenea (Sts, 10), Mesto assim, na vaio que predominow no aeeulo XIX nos Fstados Unidos em ovtras partes continente american a mistura wana. Cientistas rer". Vntretant, x "ile énica se manteve cn alga datante pergos, indicative da Alegeneragio das especies ‘Apesar da propaginels racist, 3 América anc fi obrigada a ‘encontrar formas de il com a inevivelaproximagio enters Noseulo XX, asocioisiaen higdria norte-americanas debrugara se sobre © indini pretoe brance sob a nova fluc de Frame Boas, também professor e inspiradar de Gilberto. Freyre Principalmente re primeira metade do sécuo, cents sciie dos Fstados Unidos voltaram-se para © eoutrapont brasileiro © sa propslada democaca meal na experangs de entender eamenizar a3 ‘resentes diculdades de evita pica en sex pais: Oseserton He Donal Pierson (102), shes Fark (1942, 1950) e Sankey kins (1939), por exemplo, isstum no contrite Bras ¥stados Unis ¢ ‘dealizavam a realidad brasieea. Mas adie veo hbridarmente ititwlado New pao mem bra, do bistro Cal Deer (171), fi ppremindo por seu estado comparative dis relies rac Bras Estados Unidos, coma tese de qe menor gra de confit brs se devia maior Nesbldade da posi ‘eral do pas. Aradugio para o portaguds de um pacts esta pel eseritor negro norte- american Langston Hughes (1902-1967) asport as consderagoes comparativas sobre 1 Ibvide para 9 ambito da p “Grose” — que, como substantive, pode signifier eruzamento, enctusilhada eeruz — 0 narrador fala de sua condi de mat fil le mie negra epbre «de pai beaneo e sco, Se antes haven ree e rewoka conta 05 paisa mauridade tz agora. deseo de reconilag com a memia Atos pase refloto sobre propria idenidade brid num univers sl cusses soca rigidamenteseparidas por racae cr. O text parece rmesclaro lamento do be om a ion np final Seu elemento ‘rucal (sem intengio de wocadtho) est exatamente no ttle. Ao setter 0 mondlogo para a lingua portuguess, Onwaldino Margves prefere (talvez) abeandar e conferir maior ambighidade a dor, antecipando discusses culuras camtemporaneas an denctninil, Simplesmente, “Hrd” (Hughes, 142-149) teraura. No original ingles, so ¢ Cert incor asco de tema, Hinguagens © musa negras cose le dennis © drama sracteriz a bea de Langston sole revestinse de hanvore levera No pom. a dor et igri Tietamente no tla quesbiepeeeipara sofsionentn de Cristo coma mscgenagie acrid. O pontarinde divers camihos civ por evocartamto aoe de ais cera duper “canoe quam momento de eotha e vida C1 wonder” id ad sige rica de quem xine dit xa toe cg qe fal A raze ben se ifr nicamerte {Regu ema tanto a dor do Cristo quanta amen de eres "enn da Ku Kl Rl Cio eet, por fi agoni ds tata as que pase por bran fo rem igi aka Te mei rac eseapando & gies da miei racial de evn da iia dow txtadoe Uniden. Toravat Se pias sr Ttenade ese una comrade hil perce o,cmo tz 9 poema, sem teronde morrer “cmon cna Mae. (© sistema birrail dos stats Unidos sempre rejetu formas dle classicagio para pessos cle orgetsdupla ou mila tied na), impedtindo 0 ronbedime de “ents raiis mista” (ac, 2988, pl Tada ess cag hina clea & evo mot do poein de Hu tradi tansy tient de hes. verter © 16S Paeaa ligua portgiens, 19 também pra ua Inea eonhecda pela es morenas-€ mulaas da pove e, segue inmeror ‘tudes saihigies, pla maitiplcitade de terms, se permite sp binary racial. Mest so vy tal, spaentemente isle econ mena ang simi, fa Lente vk sea contra a muller negra © a carga de solrimenty € confive que Fisovicamnenteformatsm o irae or outro lado, a alapragio brasileira da poem fz lembrar 30 ‘tro interes ocolgien pels brid ala ar ara esoler ‘torturant em america, ono deseo de eseapa 3 previ Tea por Tocqeile ao vistar us Estados Unidos na primeita mule da ‘ul NIX. seu ver a harmon rail seria moms rail !naquee pas do que em qualquer outra ago da enuna apea Deg, 1971, p.258). A segunda edigio da tradi de Case e+ Senda ‘rv 1966 m0» Estados Unidos comtbuitia para dif os de Gilberto Freyre sone o conteaste entre o Bra 4 Amt inglee, ‘ue, segundo reatiemava Freyecultuavauniformidade abomina a diferenga studos comparativo das diferentes percep der, core ‘classe mukiplicaramse ao longo das cada seuintes ima clog {to sinerético edo rida foi gradativamenteperdendl nga Cam a Ppersintncia da designaldade e da disrnnagio no Brasil falemcea «las proposis asimilaionistay nos Estados Unidos eu crescente alrmacio da dierenca por parte ds afo-descendentes, orc tis «4a populagio irasileca past a ser interpretado cam forms de imasearamento da desigualdade socal e racial perpetunuio do pexier {da hegemonia branea (eg. por Skidmore, 1974, 1 is, dcoromia racial dentro dos tacos Unidos Soi se tornando impraticivel 4 medida que sew siiporte legal era uestionado e demolido e o influx de novor grupos imigrantes icrescentava tons e mitra 30 pais, wn populagi latina origindria ou descendente de iigrantes da America Latina), crdbenha (as ihas do Caribe espanol, rane on ingles) ease oveniente de muitos pues e culras) erecia em mimeros, visbiidade inlagncia.Brguntoseriormerte predominavamn os ‘strangeirs curopens, ss kis décadas do sécil XX a maria dels eva proveniemte de Asa e da América Latina, Unis ineitvel ‘ransformagio cull é estan da entra ctculage cescente pres eesst muiplciade de woaes, wd € estos qe renova © rmodticam a fae a nag. A elasifeagie demogratca comple cola ver mais ji que us novos grupen © 8 scesnvon cramenton ‘scapam ao enguadeamento numa das cinco catexorias ate reeetemsenteadtadas ts formalin do Cer eas inten ica: While: Bh: Asin Paice; Ain tien fr Alan Nati: xpi (branco; prete sitico ow provericate de has a sie indo american on nativo dn Als; hispinie, © jean de gon ta pone ct man cal ta wits Nut dla do ae XX, por enc senna een tk de pesos ods ene el a a ath neh 1986p Seg Nam Zak (195) ads Unis nt poem vi trio kel, ira eu ural par pier peas de rag nit to Bi ariagtes poss hem clmunidadesperminenes onde sabi, Meme asin wal easegregagi so comune Lk forma de pensar 0 pais vem oiigatorintsente muulando. Vint anos atts, 0 antropalogo Vier irner (198% apud Kapehan, 1909, p 240, tradugo livre) leva que “alo que fora consdendg ‘atainade, romieno on impute” e, conseqdenterent, rlegad a plano inferior, extaa se tornand “Toco de atengin nalts poss moderna’. O iniverso intelectual e aculemien des Estados Uniden dt Inglorer ai refer em roprin composi, is euricos pesuias © publcages, a presenga mareante dos novos igre do continuencruzamentosdincose rcs En confmte ‘om visel mudanga demogsicneascuurasdat alia, teres f abordagens de novas producies intele twas © academics wae ‘loridas pela experiéneia vivid on herdada © um creceente ‘eonhecnento de nivuras ulti cept amentnc nomtaanas A ide de Iibridismes desenvolvda pela biogas pons inigrando para outros campos. Os ests lingisticen tonsa ‘empresas para abordar as misturas entre uma lagu euvopeis ‘utra lingua mativa ou afticana que resutaran mas lng eon Estas “se tornaram linguas maternas de eertas temundates ‘esiocultrss” como, por exemplo, no Haiti em Jaa {I Yonaie, 200, p. 871). Mais recentemente,« conesto foi popula inade mate comercial eidustsial,podendo selei-eatiposde mics aparlhos ‘9 soli tecnoigiss. Carros Ibridos lem hoje er wurden susolina © cletrcidade ow tor sistemas eombinadas, No mundo da tecnologia, os equipamentos hibridos atualmente prxlurides pela inddstia de monitotes, por exemple, sdo “aqueles ue tnem vars fungi em win 36 aparelho™ (Gongalves, 200, 2) apropriagae «do conceit vem ons tendo também na etic culal principal para deserever novasculturas cra em regioes de tener se ‘ou expacos de tromcira. A analog no & pete, é que or genes wg lc pub: a da cd th "rwolvidos mum crwzaments bilgi s6 produit das lernativas posses, com um nimero lintada ce eronsomas Formas caltras Midas, por sua ver, adaptamn-c com mai rapier a contextos novos podem apresentar uina infindavel combinacao de tragun © arate (S08, 18. | predic, ati ‘© calturais neorvides mas stinas dadas vem seria ea clues de mova eral e privacy cia epi Alsen esi de id cipro lw touseulturaléaluamente eabarats por peasdonese cottemten ceontaminand is ‘we por veres se misturam, hibridamente, was cunservam =petiiidies © pat Inpira er 1 amb abrir profi dvonlinias curs de Mikal hin, «conc sage :1 pos-ealonal,pricipalniate sn Mable, 2 eu eae cen a Ktunasda ae iio mdo estheonvenicntemtente cites at cos deimigtantes, aaron, sam eee tv, +1 das ats. Hii io i te: hides sos vis, So ada a ees eta a hs eertace ioe at git BLIND. 78 GRANDIS, Res (Org) aps ranula at Rev oa As, fc MAL a platy: peak ——Cateesietnceom he HALL, Sar DE GAY Pd) Que ‘sin ota Lomo age. ‘Sangin weng pore Te Wang Pe aba t8yp Dear 18 go. a pa neni name a Sint ti ors taps ea ey Be ie fonis Cena 08 pT Yi Re MRK N0 tr HOA, mini. ana ag pga ‘knee Oops a0 pi Ics tam, Con Mii, MARQUES. Ow Enis Rouid agree Noe ot JSOMONAAED Ai the nny Mann sy ein Sour aon Rit comin’ weed ee ira ati SH age. ect et St nytt ASU 04971 A at aa se a ath ee PEREZ FIRMAT Cusavo (EL lt Aaah erm ete IEESON, Daal Sign rai sy of ret Rai, SIMONE Tne at ne UULEES Monon (2 Contin ere. tc ta an atin tin loo chap Sento tea an bil, Ace ei Of oe ONL SI MOAT CLSTA te, ne: mt enti gms om lg hte. aan TAMPLE Dey no. en bo Sp 2002. Pipi Ph ele RIEMA. Neon H. iam e aera: cain pra reper hr Neri nk Cn de Pau aera HERS Rash we YOUNG, Rober LC. Cais dir yi in thence aa ce, Laden Hae and el, iad empl Une Pras, 8 Ipentipape Nacional & Toewnipabe CULTURAL Euvidie Figueied Universidade Fedora FninenseiNPq Jovita Maria Gertcim Noronha ‘Universidade Federal de fir de Fora A nocto de identidade ‘O debate sbrea questo davidentiades na moderidade tarda complexe porque, ao se pasir de inna dling que ta sa origern ‘ean um us omoligic, para emprcgun ena vee mas Mion ser tumornos definidos, que va0 do xoiig a antropoligien. dy teviro aw exstencal,eneontrauae pleas politic cur ‘que se referem a visiesessencalsis © até eriticas qe nega Possildade de se coneeher 4 exitnca de wna lente fis No undo contemporaine alse, caver nas, de iertnaes lira ‘om, ainda, de ienitiages, que Leann o carter provsie pore ‘om constame devi. Stuart Hall aponta, pars descrever a evo do ‘conceta de ilentdade, ues coneepydes de sujet to huminit, ‘osujeto scien, fnalmente 0 suo ptm Adenia ‘tari, a com defini Charles Taylor eatreitamente vineulada din de teconberimnente [eden que xe ere perepsio ques esastim de stmesmae daar names tase as deinem como sere manos A ter € que ‘ossideade¢ parce ont plo recone ‘men ou ea aunenciadcecnda plana pee ‘in que os vost dela.) O-reonbecnenta ‘vorecnbermento nudes pode pj econs ‘lia forma de presse, prison cers px ‘se em umn de sels, detormad ou reid (Cylon 1098.14), © termo usado nese sentido & recente eres, segundo Taylor da conjungto de das mudanas. De vm ado, o fim das ierarquia soxiais do Antigo Regime, hsendas na honra (hina). implica, ‘coaseqitentemente, na desigualdade e ma exclusion, que a ondigs hecessnia de sua exstneia€ que nets ts tian aes ae, De ‘out, 4 nogie moderna de digniae, universaita€ igualitaria pia elas soceades demoxrsticas ue, ao conti, inetd, Assn, "a demactaca inauguon igualitvio que lui elifererte formas longo dos anos antes de fetornar sob a forma de exigénuis de gualdade de states para cauluras sexx” Calon, 04, p.-), ‘Um outro itor vl dorara nog de reconticimenta que emerge com a democracia de uma ava dimensio: trauirse ie una cere uncepgio de identidade que surge no fin do seeuly XVI, come a le uma idewidade individalizada, particu, asx ideale autenticidade. Esse ideal de autenticidade, que se insta Principalmente com Rousseau, correspunderia ao que Hall cats de ‘concepgiode Menta do sujet do minis, qual iano centrado €dotado dascaparidades de rari, deconsctniaede ah {Mall 200, p. 10) Rerder.al de acreacentar ada de originale, ‘xtrapolaanogto de dente para ui ida maiscoletivs toma ‘uma feigio que est na orgem do micionalismo moderne, “sn sua das formas ~benigna e malign” Cayo, 14, p40), pis pasease ‘stender aqueles que ransitern cultura, dosquuisseexige Rete Asa propria cultura, Essa nugio de identidade ligida an reconhesimento nio pode ser comprecndida sem que seve em conta, «como propde Taylor, um aspectoesencial da condigio humana que ¢ © “dialogiomo’, pois “nao adquirimos as inguagensnecendrias para awtodefingio de noso eu, somos antes levados a eas por interaga fom as lnguagens dates com quem convivemos® (aylor, 1994, 1250). Na andlive de Hall esta visa da identidade seria + dn supe ‘ocioligico, concebido come um individuo nao auto-suficemte formado nu telagio com os outros, que servem de mediadores transmissores de valores, senidose inbuos, nse, da eutura ‘Como uma identidade nto laborada soladamete, ma ates rnegorala pelo individuo durante taka a vida, e depreende dal immportanca do reconhecimento ness consragi. Hntende se, dese modo, porque a questo identi w imteresa x € reivinicada Dor aqiclesque no si reconhetidos por ses ineslcitones: "Minha propria ktemidate depende vitalmente de minha relages akin ‘ono cuteos (Taylan, LUA, p52). pis em torn da nex de eonnhecimenta que s¢ formar tanto os monimetoshinalsts ‘quanto os monimentos esti as minora ue tame pot Mercer“ iene tment se tora una queso pune est em ‘quando algo que se supie como fio, encrente eestivel € sleslcado pet experidncn da vide dl incertera” (Mercer apa Hal, 2000, p.4. ‘Nasegunds metal do séeulo XX sunge o sce posmaderno smn ser rage ‘oven ow permanente”, i que ele “assume hermes eliferentes em diferentes momentos, iestidades que ns unica ao rede ‘de wm ex? coerente™ (Hal, 20, p13}. Com hi em ns ietdaden ‘ontraditinias, noses idenifeagies extn send enminuamente do, visto “como nao ten ute entiade Fi Aeslocidas,em fungio de elemernon ions cultura, de ener, le clase social, de posigin pica « religions, enfin as vari ilemicages que formar nueite mona de ose. Ps pensar aseilerencas entre dentidate nacional eientlade euler, ‘ero anaados alguns ips de dseursos hndacionis da nagio mo Brasil e no Quebec hem como os referents as idemtidades cul negra da disor, Identidade nacional A iis de nan © nacionalismo comegou a ser mobiizada na ropa a panir do século XVII para designaridemtddade de cada ovo. Entre 1830 1880, momento do Hberaismo trian, havi, Segundo Eric Hobsbawm, “és ertéios que permitian um pove ser firmemente classificado como nagéo, sempre que fosse Sufientememte grande para psstr da entrada 1. "0 primeino deste eitéros era sua astvigio histrica com tum Estado existente ou com um Estado de passa recente ¢ ‘anoavelmente drivel 2, “v segundo critério era dado peli exivénca de ma elite cultural long elec, «ite possnisse win vera sinistral e lero escrito So ere crtéin, que ferment pris ser dt, ctx dado or nna provada capaci para a comguiste (Hobsbawm, hp. 49) eas cn sseudo de tir uma nage et pris, ptt aver im sae posse Hn de demonstarforca militar Foi en tomo dese ees por ormarai ss ilenidades macianaiseavopcon, A eonstgio de uma identidade natal pas, asin, por ie de mediag cs permitem joven do que € comumente shamado de “alma nacional", ou seja. parsmteo in os que funcionam como “provas" da existéncia desse Estilo, owe Aeterminan sua niga: nis lingua comm, ua sve alzcs Sea sn loginguas posses, sm pane de hen tudes acon um flere, sma bane ete i Lane na nature partial, ols ofc on poplaes, Os imegrantes fe cada comunidate sho eonvidacon a welen se eeconecer eles sderi Benedict Anderson diferentemene de Huhawn, considera que ‘0s nacialisnos naseem antes na Amética do que na Enos ono frum de um descolument das elites cus em relagio& Espanta | Inglaterra. independéncia dos Fstidos Unidos (1776), pines epabiea na Ame latino que werd 0 madelo pata as dems replicas cas, que apareceriam 20 longo do scala XIX. suscta sovimento de busea de novos discus queeaprimisie a tonat elidades politica cominente. © Haiti evi, ing les, umes’ pte, We foram os ex-eseravos que promoveram a independénci, Tiderados por Toussaint Louverture, Tadas a elites violas tem ‘que 0 exemplo do Haiti se alatras, o que mio acomteeu, O Bea "umbéo em suas peclardas,posconton coma presen da ma imperial portugues de 1808-41849, endo sao prteine portugues edro 1 quem proclamow a independéncia, Anders “acuse de weucentrsn os pesquiadorescuropess qe perstenn eonsideraada ‘onavionave como umainseno carp eran, LHW 192), amo mostvou Chases Tagline 1 acorn nivel individual. identi oletivse ora pel dalogivnns O space proves de ein de dle evonerimentor [tayo IM, pt) da wig ue eo erate, ele ies ‘nace tes sensi, co a, esheets rela dis interttone seu que deve vespetaresa a O term newest, sin, bara o ae de que este dupa rvonevine nt interac eaten sata ante para a exif Pposerionmente i slrevieenda. 0 1 lange aa hie pag lo XIX pa ler sesohvimenn inten nal tale, por ae es sas ees Tata cons tiie Livi, cmbora idea de ago potmanega eine vwhvente Ss patio smb poste se tansin ini sn ean ex fun de novosobjetivon No ral aquest ie sobre pati ds séeuko XIX cum busca ronnie, ue aa lo contin de nin poderguerer ser portygues Aenea hagas on sca 0 lato paleo da separa de Poriyyal — suite wn ft alta, como bem mosteow Antoni Cini. Aw se anata ‘unsiuigo da lieratra rei, pak ver que, duran uel XIX, otermo que se busca alrmar ude nacional A publica ito tivro de Ferdinand Denis, Resumé de hte de lt liteutos ‘rstenne (1826), foi way aomento fundamental de afrmacao da nacionalidade porque, so uit pe primeira vero erin de tteratora brasileira” (isis da portugues, cle comferia de certo modo uta exiténciaaquiloqueera, até ent, una diva eum ansei, Quand ‘0% rominticos brasleiros x intersogam wbre o caréter nacional, o ‘ch sabre o que distinguia ox braseiros dos portuguese, lene {entandocsiar uma idenidade coletiva, embors como mostou Regina ilbermann, o sintagma "identidade nacional” nao conste aa hisworiografia romantica x6 tendo apsrecida na criten brasileira Posterior, Zibermann faz wm invenario das termos qu designara ‘lentdade nacional no século XIX — cot lca, carter nacional, ‘epiritw nacional, instinta de maciomaidade, no clebne texto de Machado de Assis —, além de levamtar uy raroy uss doy terina iWlentidade nos textos econ du sécalo XIX, em meaty, com sentido talmente diferente (herman, 1999), Now teen cities ito séeulo XIX ji se pode depreender a idein de que » baste € feuto de sa eulura hibrids, quand, por exernplo Sang Nunes Airoafirma quea ‘poesia do tral.) eal das faresta edad ns ells Furopa, onde a su inspira nativa se desenvolwc cm © estudo © comtemplagao de eiéncia © naturera extant (apud Yilhermann, 1999, p. 48). Embora sem falar ete dietamente, a Alorests remetem ao indo, que fund como portugues ‘esa cultura, Asim, o portguésrepresentaaeutuiramicel oo em sas ferentes melioris, mete ao slo america Al ‘lebne precio de Senko dt fire A ert nvional que uta cu se alm a Pita queansnigeo puree wl gene "acai, pepo ss me terra qu he servi de reac: e ca dn eigcre 0 coma deren pn (tency se poh, talon deg A forga da terra — ou sen a nag coneebida como tests, ‘muito mais do que como una entidade politica e cultural tao ‘ontundente em Alencar que ele teriinao seu pref flan das rus do pat © ps0 quechups ocaja,amanga, vcambuce a abu ‘abo poe a um nga cm gual prone meso epi do porn que worse fgo, «pra od Iman ea nespers (Alen fp 1 ‘Acland ef detriment da reconhecimento da ‘onteibuigin do neyro 2 forma da identidade nacional. Is se expla porque, cam se necesitiv etna genealogies ‘xmoginie, vase buscar inspire agree € ene an ‘orignal da terra, enquanto 0 weg, akan ee ser de fora ea p us, E marco pelo eign dt ecravio, Em um quale de eReu next tives cular, ocurred sia exehiso, man momenta em que Aenea calocavs es aponte dos migrates qe nega a chen, Ne Brash, seaigi da racionaliade, expres, wobretude, pel expres “carder nacional, era muito fre, tel sid eel inclusive leva grate ov ala. que fo nualeraann, come sea far de Menta icon. Mtr dle Andrade pret Macvsine (m a falta de ‘ter do brasileiro. Bie que se ieresun por Marana devi 3 = pecenpagin em qe vio de tabla edescolte mai epost seit is pubis conve ea explica a uest fds bras Casa un venta ext uso da palavra “entidade” (© ni identdade), ewja urigen ¢ ‘etdadiramente, ontokgies. ee cones: “Ora desde pelea 0 verique ima eaten patece que certs «basen na tern cater” (Andrade, 1978, p. 218), Esplin que e ‘0 uma “ealidale moval, nus" enti psquiea permanente. se ‘manifestanlo por tude, nos estumes ag exterior rn sentimento tn lingua na Uiséria na andadura, tanto ne bet como 1 wal Andrade, 1978, p. 219). Miri, almiador de Alencar, continua usindo o temo “eariter” no mesmo sentido do sculo XIX, quando ‘Alencar destaca o eardter das mages da Europa em conrasie com © dos pows em Tormacio, que, cme as eriangus,tetulem 2 imitaga, nest necesiia etapa de “amlgama” em que se mescla “agen de itis nacionaidades adveatiiae”, Ou sj, o carter de que falam Alencar © Mario corresponde ao que hoje x chamna de wentidade ‘nacional. Fle considera que“ brasieieo no tem carter porque nig possui nem cvilizago propria nei consciénca tradicional”. Segundo fle, os franceses, o iorubis © 0s mexieanos teriam caster porque powsuem “cvilizagio propria", pelo “perigo iminente” ow pela onscienca de séculs", &, dese wade, que comega ase construir uss identidace nacional braseira, que se ope, desde sua orgem, 4 iia de importagio, ee que somos. entretante como arma Paulo Prado, em Reta do Rraal, grandes aprediadores. ‘Nocontrvie das Ess Unidos, en independéncia & de 176, de tos os pases continental da America Latin, que Baer: independéncas 40 longo do séeulo XIX, o Cana contin sb ominia inglés, chegand aw séenko NXT com um estatuto basa Singulat, como parte do Comn wealth, conserva a iguana {que decoratvs) do Gavernador Geral, repreentante da Rainha, cup foto sind éexampada na moeda lacl (dla eanadense). © Quebet, ica provincia dh Canada cu Inga majordsia € o Hamed, se alrna erm upanigh ao eanadense de lingua inglena desde cess do {ervtdrio Gritiretanha, em 1753, pel Tratad de Pars. primero sade importante a ye obervar ta consrucao Wenitavia do Quebec ‘que » Canadien, que comega 4 crar sa identdade no século XIX ignora w mestigagem comm o povos autictones; sua idemtidade sera sempre uma pura © icontaminada Giliagio a Feanga, Cblematicamente representa pela flor de i, smbolo da resleza testronada edo ancien régime, © paradoxalmente adotada come bandeira do Quehee. Hata identdade serd sempre construda oma reagio € opisigio os vencedores ingles, que dominam politica ‘wonomicanenteo pals além de condituira maioria da popula do Canad ‘A identdade do Quehe, que singe na Revolugao Trangia (1960), se constrsi por oposigie a este Outo, nao mais como simplesmente reativi, mas, agora, de maneiraafirmatva. Ao se poreebere efi como nairians provincia, 0 agora Quebequense, ‘que surge en substtuigdo a0 antigo Canadense francés, dé as cosas fos francéfonos de otras province (Ontario, New Brunswick), ‘bara sa ientidade emane de sua origem francesa ¢ de sua racufoni, Ora,exe 60 eilema la provina: 0 confi lemsells nacional (pravincal) com idemtidade Linguistica, wo consider uchequense 36 © quebequense francfono, cria-se ui grande problema patico, que et onge de ser resolido, Letourneaue Kul fo analisrem os depoimentos prestadis 4 Comivsin Belanger Campeanu, em 1M), exquadrinkam os planos aarrativos e argumentative desta “wma de pala pai" e entarn defini “quem seri quicequense ni epini dis Tranco-quebequenses Hie talenicndosjeanqucbequenseeracometi vgs a se pened edge os sigue dagen, ao mean (Jomo ned (qed Eucbocrec cq nro Quebec Tiiqueteqeeetrienerect hi aereque con (rum oe glen conn earabron da mieGriade Suchen cnn) prenaen ge aee ‘Srscmngue lena de vdentesmanides de Alin Nate. em ceri eo, de ids can ‘inetd rece cc nactinirn nal winkde lar Aermewcm pepe Leama 1D, p28) Hs uma especie de 6 na questo do Queboe- Do ponta de vista tic, tds om qu nascem na provincia, incase cx anglfonos, So quchoquerses, Mas conto a identidade do quebequene 3 define por sas cnigem (cbs prea pea ing races, em oposicho to anglono, este grande Outro, queo peregue desde 1765, quand {Canal ¢ cei 2 Inglaterra, no existe ponsbilidade de wolugso identi. Este 60 verdadero Eatin que subjaz em todoo debate leniitio no Quebec, Como a questo € quae insokveo problema, © cantornado, Ha toda wna producio teoriea sobre questoes Identitirias concernentes a0 primeiro polo, aquees que sto Franeétonos, mas ndo sto descendentes dos clonizadresfranceses, inlsindo nese debate ox chamados excritores migrants, éticos ov como quer que sjam chamados. O outro palo fantastico fea em ‘suspento; or anglfonos esto excluidos do debate idenitrio porque, ina verdad, se cles forem consderados quebeyuemses, identi squcbequense (francesa) desparcee, tormundo-e umm mero getca estado de valor de idemticag. Na ima propos de rlerendo a base poli € o diseuro nacional, que Quebec constiase ‘wn hl de meg cnn ama argue ‘i uma tic be ea Eun cea rica ar esate, nda prs ‘Govdesersem near peta arate em sf tera ea atoll tive leno doanates igmernantesdo mem cea prone {tetany 17,p113) mbora.adner no Queber snd evessints dene cansave debate, 4 nova visio dos histriadores sobre « quchequense, segum {etourneau, evi ss condigaes propia 4 sa aera Ono, 0 ‘que se depreende de viios ets que pow heterogéneafritnica races, americana, americas ror eran cexétian emaquebebeacultnra quebaquense fans pars sworn ‘que cla €* (Leto, 1999, p56) Se os séculos XVI ¢ XIX foram dominados pela identidade Ibaseala no Estado-Naglo, no slo XX iniiowse sm movimento aque anunciaea 6 fim da noo de nacionaidad, privilegianda pats ndo lagos que transcendem o navional Entreanto, as esas no parecem estar de vod mudadas, com Memonstron a reagae de minorins, como 8 dus Indios, wos scomteciments do II de setembro de 2001 ox Pstatn-Unidos. Os ceuropeus, por sua ver, como prope Thiewe, “no ext atl das coisas parecem tao provides de identidades nacionais quanto \desprovidos de ilencidadeeuropeia” (Thess, 1999, p. 288). De modo andlogo, os basliros se sentem, antes de ado, brain, e muito ppouce latino-americanos. Talvex por sua propria natwrera de onstrate, ensinado e inteirizado nutn lento proceso. a idea de identidade nacional nfo parece estar pert dle desaparecer por ‘completo, mas devon de ser ania releréncia, Asim, temo be, le tum lado, entiades como a Unido Kuroptia « Mercosul sa concep cont embors and ama extrutura de Esta — le otto, 0 sujeto péemodern, cum nova emesis ue ‘qerem se haseas em slaves ra Pperteng a una mesa clr, ll 4 eligi, © proces de rachis vind a ila como ger, ase, eet igo de wn identi nacional neva de fer emardigies. prints dela proved fata de qe a0 Ident, eds magi age en eporta a ini nde ne he wong, Nace masini ennai cie Single de ca Monae woman de Ali emetann, dou eee ae sin(Uee, 0.10, Ouura questio, que deriva da primeira, € 4 da b stenticid, sempre prablemtea, pos se ern spas Folelorizag, wm we uma comrade sem Noaso de pes pre pines de nan eat nine dentists fore shu comento de dependéncia cultural, € connum acorrer que pote famos chamar de auorexotizagie. No Brasil por exempl percebe-se que os romintcs, na Ansa desire nossa viginalidade, ciharam eriando wma imagem do pais que repretuzia «visio ds curapens sobre n6s, procedimento que parece lis, prvdurar eM tas de noses auto representaoes. © Quebec eatin lidar comn fifiuldade a sun ideia de nagio dentro de outa nagio, no tend ‘conseguido superar 0 sea eomplexo de inferioridade linguistion em relagin a Franganem tampoueo em elagioao ingles lingva dominant ma América do Norte, numa crise ieentittia que est long do fi, Identidade cultural Fala-seem ientidade cat quando se quer referir a grupos ‘que nao se apciam em um Estade-Naco, mas que reivindicam pertenga a uma euluura eamum, Nese caso, ni se mobliea a referencia geogratia, ¢ 4 tendéncia desses movimentos & ser ‘ransnacona, basco sem catego io diversas con rate, éncro, regio. Tedain, também nese caso, watase de determina {um pattiendnioeamum ein. ews implica navevisio da hina © a0 questionamento da cultura hegeninica, «ie ao inch na Dus de artepassidos, nt riage de cocoths de simolos © até mest, por we7es, no esaletimento, sence me lingua, a0 menos de una lngagern Os process de construe de identi colt, nacional om ‘cltural, so, vdava, similares wo que tange mo elemento de tum modelo com o mesmo fin, oe, 0 reconeximento, O que os sopaaaod ROM sow ontepor ua aque Sousa SepIpHagap ram {e ssepeynoy saud_repinsiar se 0 1 apm nb sauuz0u> epson “pune “sey apo, rormuens 2 sega “uigqury eal“ 2 Soghess ap “ayduiox> aod “oft seasons seaman soma “73 senna pissed HoANOy nun Spey ams wr souapniouna sod soanb 23 eu val psp ee ‘nisqueBewe ugqaieeuanyttnap ‘nyo opeapgou eaNps sp assole omesanury Soougpupay sounns wi vote onoHaN ‘lun sid “spues$ oye 198 sped anb osseioiou ap s9pod ws wai sop "ypeury oN steuepeusoHa soprien snussap He sao ‘soghuoTe 2p oaye opuor ais soe sould stout sophooyue> supquie ‘OuoDpINe 30 “opeyad OB] wn sod sopesoUs ops wHoion 2p soil “oonyod ofof op oon o and sesap enna sora 2p uoodap anb soda wees apepreaps ap send sy epiopt > eng apepiyegrser rio run 9p estou w sy ut uy soap oes ou soda sop fore ap wangapepiac ss apepmuops psenngad, oesoxbyo =p opnuds © ost wo opuedangas“sesnSiau 4 serer“sfeamyn “equSopepANapH pow wes erpmNAE Haton pene uMOD wd up) einepor-onb sanbempunouseioap sup sean aaa oy ss segue sujons un cor 9p sound & epate “no soupiuay sem seamed ono ap wis © onsen sooSax senmn e opep onvautees ouou 0 “earaimeuy) oygud epnle ap somiay wo soqooae ered tueny sopran superey 9 vprany danny ep sone 9d sa seprsSyuy rue stiouta sy “onan > eqn onsen, oysuga 0 “opmaiqox usigo on sabe renpateay ered wren 2 a anao4 veer 9p septnito saoutan enue) “apeatd omg aed sopepanSus.a serrsoinan pyofdn> sod owe stan seni op jeuoonupur wBersoneneap 1 no oLinodsaden a smuopru sopepopos sp oxberyrpM}H run apuousn “eed [Pi moni seer sandy wenuaeadat an seman sep on ‘uo ope ope auounsonapun sept ees 2p sepunte soi 9p sep ye S9794 sen ase epupsop ap sexmod sep 9 ruvnuape apepssiou np ope od snupunnayjuona ¢sonqo tps ox see un qu 9 ‘9c oprsos op anb“oespxa ap soda suosaqp sp sauezgo ‘pe aoumoup assem oxasenyon op Seno “srpesen antl sp oo] oe sepeou stem sag soe ossone op sapepsanninl sens uieioan onb ‘toxin annua ‘so1oq an" 9 stuspus>sop. ‘uyesopiendad ‘seuatiper soSejadod otuo>osbeunstamtp ap ome refs anb no soprepxa soln ered spon apepiuapy ap seated > eam eoBeped eum apeane ores ntotuesenamal ope ‘pultcuturalisaganbou,amém, maior motvagio com a fam gate ide Charles de Gaulle, que, em visit oficial 0 Canad, proferi 3 ‘ombicida exoragio: “Vive le Que ib!” Ness cso, a0 invés de 0 tmuliculturatismo canadense serve 8 concilagso da diversidade sala, fi wsado para diluir-© poder dt minora f Canaad ‘Eni utr necnios utils parareferendarlversiade crural Et, ravés de conten tranlerénce de recurs Financeitos, vem atuando junio w eeterminadas instiiwigbes © ssciagies, Nese set, alums iniciavas, ene Peden serlembradis. Na Canad poser pico concer subse Je ages ge en por ujctvo tmelhorar 9 conbecioento recpraco « 4 coabitin entre d {grup crais lo pl eatadone municipio, Ne Quel, alm de Cclitremar jonas em lingua etrangeris, queso public por ansoriagies de ioniqtados, i progranascomiiron em cds de ‘ide televido aubvencionids pelo governo, ‘Oman ent Sorina de cies pica pain see nas liferentesinicativas toads pelos govern naa contra Facsmo ‘ca xenofbi came, por exenph, implementa de prograas de dura reacts em exes pilin, bein con ering de flepartamentos de eaudos dnios e vac ew vis universiddes ‘to Canad, dos tstados-Unidos e, mais recentemente. do Brasil Asim, aplicar se medias previtas, por exemplo, nas wonstuigbes de exten convo Si Paulo, Bahia © Rio de faneir, acer ene ‘ora, inchs do ems de histia das ch iain acts wo ‘auviculseacoles das reds esta © em alguns municipios Pilmeirus nn implementagh do refexido projet, Revializandonse a ‘omplexitade cla ealidad sca, instaura-e, pois no Bras pres via, 0 debate sobre producto cutral e reconsruio de ientlades, Ibuseando-se, aind, € verdade, um caminho na ciemificidade ‘ontemporanea, Em alguns pases tomate meds para fata an velagiesentre Esta e grips que no fla a ing ofc dl pais onda veito sv que vvem, Ass, escola pions de alguns Exo do sudoeste cstadunidense desenvolvern programas de ensino bilingie, em santo engl, cu cliente € consid por fos de imigrados vispanos, sperar des aclorados debates politicos que cal stuagio vrowoct. No Quebec, como se sabe, embora y idioma oical sea 0 rowets,« gaverno provincial aerece servis também em ings, rant nas uray egies do Canad em vate da forte autononnia lan prose, os nervigns publics des outros gover us provincia os alerecidus pense ingles, spenarda dog dobilingdsmo pela lcs eer Em otis pes, nesses poems oferecdos {ov tnigraniescam sualingua cde oxiger, dcpenende, él, do pews Invepresentain desma ce cada grup an Nowa York, clan Iitrais em deventes Hoga formes em alo por xenipl, Chinmnne Yan, ea alguns bares de forte enside ic extrangeia, a9 aida lca affaann informagoes pias ae ria Hinge earvepndentes ao pricy pubes de 1nd igri No bare Latin dle Manvel agin san Cai Pare Dis, 196 lesa Sea: Lawrr in a aca prawn grande carta ean inca Cais 'Bcoueaie Pia oe Monta Ness gi, tno oni alam, sky cle anes, ten operas i 9 mes reo ateudinent pate ser oferecid, por exempt, is Ung tot © espana, entre outa. Osis mis tpieas ie pol de ica sme, 20 1 ving de musews da iaigragho, a exemplo do de Kills Mand en Nova York, ahem faze pate do programa de conscentagso do rane pic wre icons muliculura das mages. 15, sind Ses que we revel a em cana de interven de autores plies para Fata prea religiosas minoviuiias, como, tab, para mamutengioe cigs relativosao vetusra e aimentarioe b reconhevimentn de feriadosrligkaos, No Canad oss, de rigem india, esto sutorizados a conserva o urbane e 3 port a faea Teadicomal, Enbora esse iniitivas no consti sma fieae da manutengas da diversidade cukura, hi, no entanto, ame Jnvestimentn socal na busca de direitos contra a discriminagio nica, culeural ou racial ic, farse necessiria uma referencia as poitieas pablicas inspiradosnaafimatie ution dos Estados Unidos. Trat-se de medidas nnritucionais freqdentemente adaptadas pela politicas tmatticulturalintas mesmo que inicalmente nan vivem a ohjetivos Cultaras identtiios, Embrionsias nox anos Yewenta, 6 tomaram Corpo apis insttuigha da iguadade racial nos Estas Uni etna tmateria de dicito, consubstancansd sen final da dca de ete, Thx peas investram na garanta dy prinuipiedaiguaklate vendo auumentat, através de weididas expecitiens, partieipagin€ represent the anos teas Gini sroramesicans) wt apres pola Mais tarde, abvigacamse outs muinorias Fara Cnits (sities © Tispanicon e categoria cis deta, como, pr explo, a de er Seat objet principal, que deveria sev a walevizagan da Aiversitade culturabidesitris, dary maior visite sexi a apn sb representa ont previamwenteexetuiasert done nies flasocied fe, torna evidente, na verdad deeisio politica de a vlerar ‘aime le geaposm Facian, qe ainda existems dle maneirs consideravel, Definidas, imal pe fia sigs icialwente, por "quotas radiais © éuicas” proporcia demografica Feal das minorias. representadas (afroramericanos, Istens, higpnicos). as prticasimplementacas pel offirmative action 1» acentuadamnente polite, ¥ re attdnrse hoje, “ontrariande 0 que se Hon Ireqiénda, nina ver que prowvearam ern disensées em debates publics. A garantia de “vaya etnias” ume nunea preenchidas para aces de minors is Universidades, Tonge de eparat uma injustga histrica, cviou problemas jurticos © sociss que agravaram os embates. Essa priica reprodurivse, de Ihaneira eral no aceso aos mercados de trabalho, possibiitando, na flegan de eandidatos de inal qualidade, o privilgio dos que forsem Driundos de grupos de exclusio. No Bras, propostas rovernament pels implantagin de medidas sethantes tama tem sido alvo de vanes polémicas, come, por exemplo, a que se eriou em torn roltica de reserva de 80% das vagas do vesubular nas U seaduais para al ers 1s oriunls de excolas pablicas do Estado do Rc Se Janeiro. Alegislagio, ovestindo em programas de “ag afirmativa’ lomo estratégia governs deni al de definigio de “poliicas de iemnente,o ingresso. Universidade de limos de cases pares, que conta cont um meta elevado de frovdescenlentes. Entretante, « prijto, que parece investir na ‘a garantis evid litiea da “ignaldade de oportumidades. © lanene designs nuda que poesia avorecer uma cert bias 1 pel integra de gre wos partir “penile le acs an ensin saps tae pds ineraninagio eat reprnlngio de etertipos, vse um process {cexcinio, cas nae se eoneretizens we cotidiane Escala MOVs once eg ns. em ere en programas das Fetus encarreydas slo planejamento educacional 1 8 antemplar as diversiiees © desiqualdaes socais com rola desonstrutora de preconceitos elects Ags estos, ain 3 rtversiny cs poltieas da “firma atin, ewenatennaye a dace deesiévis const ios sabre nue base racial, mi sf wnanteve desi ualdadles, nplo, 08 de ganas por parte de grupos adic come, por ex “epingan neous, que se aprovekram dy context bistrico © s construqies ico paltco-culurasfavrsivei como pretexto para Sndamentar au justlicar suas agoes. Assim, a acorréncia de ificuldades de uma incwrporagao igualicivia, que vem Favorecido a ‘epronlagio mimétiea dos stigmas de uma etnicidade vondensve, “upie, necessariamente, a evisi do projeto integraconista para \ substiuigio dos patadigmas monoculturais que impregnam ‘stings ocdentas comm sua tabua de valores. Algumas questoes consideradas importantes na discussa0 do vensamento mulculturalist, como, por exemple, a conciliagio de "ineipisHberais iberdades individuals, justia social e democracia) com 0 reconhecimento de minorias nacionais © comunidades ais, parece continuar na pana de debates politico Elastics através dos quais se tentam referendar propostascoerentes para a Viabilragio de sociedades muliculturais, Nesse Ambito, indaga-se, também, sobre o lugar dos direitos eoletivas na demoeracia tiberal (Taylor, 1997), A ess idenlogia ex ese projeto de weiedade cama se, geralmente, de ssc le identidade rao hard, le questions a concep acional e vai akem da plain superficial presente no multiculturalism tide corn cf, abana eon possibildade de inclusive eos ges étniens wo process de ceinig de idenidates nator os ind, ga date ‘que opie, desde os anos semen, dos cups a eosin Flos Dplitie 9 dos bers eo os"comunitarstan”. Os ier, revelando hima poxigioassimitcionista, reconbecimenta da diversidade call € Mlenticiris espe pablo, Segundo esta concept, its ecto Adu sociedad, € © deve set citi i deveres. Ao contri, para 0 com vide € arma fexigencia tanto omtokigier quanto no tid, im asdes,o veconhciment ds diveitas coletivos par as ni cheyg a representar in problema de principio, porém, sks posigies wn levar seviamente em conta 08 perigos di fechamento e da separacio comunitirins. Desses debates am algunas sade se dest ds lon Hider Uma delas contudo, fa, rebitivimente, hem aceita por uma tmaioria dos grupos em questo. Will Kymlicks (2001), que, propendo va modelo muito elaorado de ddadania muliultural, demonstra qeo Estado no pode man deve ser neutro nos campos das construsies culturais e das polities de inemtidade, pois instinigio dos dieitos hamanos nw compen, Sulicientemente, as disriminaches sofridas pelas minorias. Segundo Kyilick, ma teoria da justiga nas sociedades mulieuburais ever, ak da garantia dos direitos universaisa todos os individuos, neluir Uiritos eu estatatosexpeciais para algumas minorins.Dessa forth, cidadania multicultural seria diferenciada,coneebendo, a0 mesmo tempo, direitos individuais iguais para todos direitos expecifios para as member de alguns mninoria, Kylie ainda defend a ideia de qu determinadlos grupos, que oprimein seus pipes membros, no deve gorar do teconecimento pabien Quanto ae anal dle mere, hi dese comstatar a widen Whe wean Form ee see mento diversi wlvuralidenwiviia, Caracterizade pela pred cia di Seto svivado, que imervém onde o Hato se ausents, « expat pres nee: alga com ps Janie, que 0 mulliculiavalisn de mereade nia sopie tue pica lunes asics co rela con ivi cote on a principio ee recontcinna ds ii Asin, a divensidide é vember, eat wens cena pol stor rival else ue ps represeana i ee prone cena, bora range sien Iie, como vet pa ierenga, pela identi cutis eu dieito dere pats ty das uals podem, conta, prodair eis perverse oi descambar para epistemologias rovocands une distane sqinentagio. Nese centido, umn dos mais graves problemas gerados polar politieas nnduriue as vepresentagies ienttiti & vukicutaraltas, que pantera se coms oda pula, & 0 que se chamna de nati € esencialvagin las culluraseidemtidades, A adogio de uma concepcto tu por alguns mutenituratisas pd conn a ua relativism cultural neat. Essa concepcio supe que as rene catia a uma determinada sociedade nu devem estar sujet a fomparagies. Seus adeptos conccbem a cultura como wm conjunto Taramentedelmitada,fectarlaecoeremtc, de tacos iverson crengas ue dio sentido a existncia dos individuos, det tando seus ritindo-se de geracu em geragio. Para ‘eso individuo possui uma dnieaidemtdade evkural e estar sempre imerso em uma o6 cultura. Fes concebem wm mundo daramente dividido em culeuras eoerentes e distintas, sustentadas por grupos socais de forte homogeneidade interna, Em suas formas extremas, 0 relaivismo cultural atribui o mesmo valor a todas as euleuran Conseqiientemente, todas as culuras e todas as pratias cult lever ser reconhecidas, pois sio equivaentese legitimas. Seguind es lia, toler ‘exemplo, a pritica da infibulagao on a amputacio sexual de mulheres, radigio msntida em algamas cultura, que seria aeatada no come mutiagso, mas como costume cultural se respeitar em deteimento da integridade Fisica © psivoldgica que ddeveria ser defendida como valor univers. Aiea € importante reyiitrar que exisian muitos inividos qe no aceitam as rome culturais prestabelecidas pelayeulturas momnolicss © reivindicam Juma cultura malipla resatante den proceso de mestigager em ‘que so wtores, Para eles a trib, a eomunidade, a tegido, a naga io entidades organizadas em torno de estrutrss,concitos © valores demasiadamente estangues, AMirmando a existencia de am nevcosmopoltismo, eles experimentan um forte semimente de Pertenga a diferentes lngares, soviedades © grupos, Mentiicandose com 0 produto cultural hibrido emergente das novas téenicas de comunicagio e informag Apesir de parecerem ulopicis, € necessirio insist que asaniises dopens nuralistatornam-se sempre nan tease efcazes se fetas a partir de um debate amplo e coneernente at renovagio € 0 fortalecimento da democraca eda justia soil, esse propsito, os process de deterioragio social econ assim como as forcas politieas comprometidas com ideologias ‘monoculturalisias,eonstituem absticulos bem maiones que a grande Iaioria dos movimentos de afirmagao culturalientiivia insritos, feliemente, em um programa democratico, Assim, pode-seia diner ‘que um dos meiow mais efcazes para inibirideologias extremists, {que provocam a separacio énica ea guetoizaio de minoviasculturais, 0 rompimento com a bgiea da exclusioe da desigualdade sot A maioria dos estudiows do multculeuraisino partlha a opiniao de que pensar a diversidade cultural também, wns forma de refletir ire a8 priticas democriticas, Sew objetivo mais nobre se "der de vista respeito a democracia como limite que nto deve ser apassado quando se fala em accitagio de todas as formas de wersidadle cultural. Muitos tries, entretanto,temem que a pica culturalitas possam representar uma nova tentatva de imposighe Paradigms tipieamente ocidentais todo o mundo, Conctuind, viorin dos espedalisias no assuntovaloriza a temtativa de ewig ttemocracia com wma diversiade eultual cada ver muon, sh isto de quueaidentidae mulicult sltraduz umaevolugio sreferéncias naconas quand interrgaa prodiode imagines letivos © ax representagies de series culturas prenentes enn sta sociedad, sem que, necessariamente, sep secret dex democtaci, Avvint, apesar ea veinedéncia da retviea he eto mogene © da prodciw pelos mascmzdia se lingwaens spe Fundindo ws eatin de massa estanulandizada, tabrican “entidades pret fanter, parece psivel icreltar que sempre ver 8 maior da svieaddes modernas, st coewinéncia de ivi pen que re cam pertengas cane ferspeetiva, ox movinenton m luis lferentes, Nessa limentara diversitade, vendo ener nova inmasde identidades ‘ultras enquantooutras desapaterer van peters se signitcae ical As mt permnanencia da diversi ever continua lous sini seal prowavelmente as tentaivas aparentemente i esis le Dprovocando, certamente, sities 1m, prodtucindo « surgimenta de vas idades e progresso social, Osidesis de eonsirugio de uma sociedad plestamente apariguada “ harmoniosa continuam a constitsir um dscurso mip, en » Ponto de parta de toda acio politica voladla para os ideas de volidariedade parece ser a conscientizagio de que a exiséncia da diver ontfinuosas, amas, « solid dade eutural € um fato € que a democracia mulieuleutl pode ‘onsttur-se como protecio contra a amcaga representa pela Wig ‘a purera eoetnocultural ainda ativa em vias regibes da unde. ReteéncasMiliogriicns A. CANADA. RATRINOINE CANADIEN. MULTICULTURALIS-N1 Itiortime reaper, eis Sveriges dete droge tea: Patio cane, 198 A.GHEVEN-RORDE, Hele, TOURNON, Jean Ls iets mango. ‘muiestrane Monies Litarmauan Sto (Cent Jarre Carer Ent: (Ca Loggue polgun) AJACQUIN, Paiippe, ROLO, Dane, WHITFIELD, Stephen. epi emirio ries omigrason, cust dei Pais Sel 200, 4. Usa SABINE Mai are, RICCIARDELLL, Marin, NANO-POLTAS, Ko ‘oman tons aids: eran dar ats Pees Una de France 200, BARIERO, Jess Mari, GILL. Gustavo, Comic, carp curly roe medio tr Dlg dl mani Mie: CAVFELATRCS, 8, BARRIER, René. Lael cl, de aie es bs Pa ‘Amhrpen, 8 AROUIF, da Simon, DE RUDDER, Véronique Mig iat! ais BOURNE Miche Sura Gama gla erat Queen es leaders pinion se prononcent Montrcal ib dew, 185 (allCayder Queieeosen CCANCLINL, Néstor Gari. Ct rer. nate pas BOUTANG, Yann (die) MULTITUDES Haun sou Vie et mondo. Polques dels messize Pri CNL Crune Nana des Lettre pembe 201 (con tsite 6) (GRERIZ, Cllr The aprstin of el, New York: Rai Rooks, 1973. ousercment du Qube. Au Ques fur hr munis Enoncé pique er ‘petetinirn«ineon imate de Commannn ara der tmmigrton (Dvecnon ds comanieation, 200 MALL Sua Cara sues: tw paragns To: DIRKS, ELLY a ORTNER (die) alin oes amy Picea: Prncion Univery Pres, 1504 ESS, Reni, WULF, Chisoph Reo pug tarde de intr Pais Astopon 1990 JUTEAD, Davie Lede des rion etiquette francophone. Is: BAROU, Ida Sion), Stn es dnp dev Et ‘oor denice snes. ae Harman 10 KYMLICKA, Wilf lojmalémalielarli une there ale da dit des Imari Alone Bow 50 AkSADE, Fane ede). Late a inte Sane, ‘hes iar Poe de Une tal 0 {ETIHAD Sana pacar Pa Pree eas 17 ITV Ferma Fy ees Ha Cae: ol de ie Soe, 1 enamine Coat) {FTWTONTO. Unda JUTEA, Dl, MeANDREN Mai Mire re ana at At Rayo, HA] MOUSSA a ‘re etme ot as tape. Sa Mines res de FUnnerinba Quine 1098 (CAT) SOIC sled igen Sema Pai: Fam VADDELL, Ee) edd aos minor. Sin On rarer tam, (CHFAN Cates rms TAME) MINDLIN ey enatadores Sura oda orien tris meta raisin MeN anita San Pann: eA AMA, 196. MINDLIN, Bet org). Mura de matin: won ero, St Palo: Ros don Temper. 187 MIRANDA, Mar hoc, Sto Par Ba vor Tee, 196, NONTALGNE, Mice de, Bn abs Grand iran, 1986. MONTE, Nits ne) Eun dada sind de, Rio Brae sma Poni do See 1081 MONTUMAYE, Cats). Sita tary dra en es cease ses Comcjo Naropa trays Artes 198 MUNDUKURY, Danie edt, So Pao Calin, 200 ut Ato, Ri anc: Fa Bene Bia La, 195 Ferris oe ao se ifomes eo gam, bss MECMAR! aera MONDON, Candido Maran aSibae FARIA oi rb, Bay gmail sabe Ceara rt de aA ne) Bo de ot: per Naa 188 IRUOFR. A. Lavonte Brown, Liars of the Amazon Ins, Chelsea ows Pie 1901 SEHGK, Amon, yd den arcades ts bron, Wi de Janie Comp, 180. ent liu Rio rane: Comino Pn do Acre, 181 Srv temo topes dus GRUFIONS, Lente Bens Tis nae SEEN una p panne e ganrate MECAARUUNESCO, 188 isn Cai Sores Tanda de Bra oP: Noma 198 Tor Dag nor ode J: Mase. NcoalSPAMECSEPSNDS, 185, ‘ZUM OR Pak fry, ie. Qt es Ai Trae, 10. ‘TRANSCULTURAGAO E ‘TRANSCULTURAGAO NARRATIVA Livia de Freitas Reis ‘Universidade Federal Fluminense Una itt nace empre frene awa realidad sri, 0 wend, conta 0 realidad Ta muestra no es vna exept ws ela. St caver singular rside em uta realidad conta ques lesan ena mpi. Nuestra iterate ta respuesta del reali ral de bs americans a a realidad wlpce de Amica. (Octavio Par) 0 teem tn seulturagi surge pela primeira ver em 1940, livro Contrapunic cubano del aay 9 del waco, de Fernando Ortiz. O vociulo tornow-se referencia obsigatéra, sobretudo, na area ds Aaniropologia, para tala rellexio sobre o fendmeno da mestiagen rio apenas ein Cubs, mas, poranalogia, em toda a América Em Cui, Ortiz € chamado o “terceiro descobridor”, depois de Colombo © Humboldt, pois sua vasta obra cienifica fot um dos principaisfatores na formagio identitria de Cuba, Durante sete écadas ele escreven ives, artigos para jornais, proferi conferéncis, triou inimerasrevisias, edzorase nsituiges cultura. © fondament de suas reflexdes 8 matipas facets do peasador ¢ do homem de altura sempre giraramn em torno de wm tema principal: Cubs © dimes de sua formagio socal, econdmiea e cultural, Segundo 6 escrtor cubano, Lisandro Otero, “um dos prime! problemas de Ortiz, no desempenho de sas investgagies, fia fal de instrumentos adequadus & sia nova tarefa: mio existiany precedentes, nem vorabulivio cientifico adequado a descrigao den endmenos que invesigava” (Otero, 1982, p35). A partir da necessiade gerada pela earéncia de wna erninoloys J Sete prvi pane ascents inci sos, Ortiz novos termos como, por exemple, afto-cubano, e aquele mis J conhecido, © que nos imeressa discutir neste moment J transcultaracio, empregada pela primera vez no ensaia em tela “Do fe em Cuba", 60 segundo eapitul, daqucle que vem aser ao lvz0 ma importante ¢ conhecido do escritor cubano: Contraption cubano aztcary dl taban. Nesta obra Orsi analisa a hiséria econdmica de ‘Cuba, imtimamente ligada 3 cultara da cana edo abaco, Por seu eat ho Hiniar entee o Teritio ¢ 0 ens meno social da transcukuragio e de sua imports ico, por sua prosa irdnica « plas freqlentesbrincadeirase jogos de palavras, a ob reduz a distincia entre o olla cientifca © © objeto, Como afm Roberto Gonzales Echevarria, "0 Contapuntio define a cubano a parts do cubano, em um diseurso cubano e mediante uma metodologia ‘cuban (Behevarria, 1996, p. 25) ‘Ao longo dos capitulo, o autor const um jogo dialtico ent 9 agiear © 0 tabaco, prineipais produtos de Cuba, element primordiais no desenvolvis mio da economia cubana, do passide ‘colonial aos dat de hoje, Usiizando o contraponto musical como base de seu texto antropoldgico-tteritio, ele constr wis melodia tex na qual os elementos fundadores da cultura cubana so colocadin ponto contra ponto, nota contra nota © os produts se transformam n entidades abstratas: 0 brance do agiar € 6 marrom do Fumo, « doce eo amargo,eralimento eo veneno, a earie € oespirit, 0 sl lua, 0 dia e a noite, a gun € 0 fogo. O contraponta de elementos cults aladod uma imaginagio exuberante ea uima documentagie clenuiica vasa e precisa, resulta em uaa obra sean igual © ensaio, além de propor 0 uso do conceito tesriewy a transculturagio é, dentro do conjunto do Livro, aquele nisis ‘preocupado com as questies relativas as ciéncae socias, Ao trac luna arqucologa da formagio do poo cubano, oautr vita us divers srupos que se mesclaram e resultaram no que hoje chamamos de cubsnos. Desde 28 origens pre-histricas, marcadas pela presence fliversos povos indigenss, ntivos da ila, em diferentes graus de desenvolvimento, até a chegada dos europeus com sev “furacto cultural” e, por sltimo, dos negrs, oriandos de wirias etnias aicanas, a histrit de Cuba fi histria do encontro maliplo variado, no “apenasde pov, etnias raga, mas, sobretudo, de eulturase econornias Aistintas, em choque permanente ‘© ponto principal ea razdo pela qual Oniz advoga a criagao de lum novo vocibulo sav, segundo sa prdpria argumentacio. a inexisténcia de um terme que possa abarcure signficar este process sempre im movimento, que €0 encontre dos povose de suas culturas, 0 vecabulo propost, transculeuracio, designa snes proceso de tras de umaentturaa outa Haque cate a conse ment er arr saul ‘aclerenecome sagerensentidoexret do vocabuls tng sado, euro, simp tan neces ‘amentea pera on desliganento de uma eutara pre recente, © que podria ser uma de uma parca selva, ale dso, significa aconseqbente ‘lode novos fenbmenne culture perm ‘denomination neculurago, () No conjunto, 0 pre ‘ean €unataneculuragio cose wabulocompreende das ses da ayer. (Ort 98, p90) ate ensaio de Ortiz, bem como grande parte de sua obra. teve ‘como inspiragio o interes do antropélogo/socidlogo pela entra negra que, tansplantada da Africa, Horesceu em Cuba, gerando insmeros fendmenosculearss. Ao ongodo texto, pade-sevishambrav que entre as variadastranscularages, que marcaram a histria de Cha, nena foi mais cruel que a dos negros, pois estes, come o ‘9p sorav0nd 807 of ‘souapod “gg sour s0 pada sami 9 som pis sopep ‘onb gg 9p epE9p ep F404 oF sopy ep wo 01 “nnndoup fo ap 280 E29 e ‘9p seuoo> se sesquist 5 mpeH Wi sod 2 epugusuen rso1o[op ¥ MYUD “Fee eaKd ‘oon Bo. XX. © ponto de partida de Rama, tanto no artigo, quanto no listo + a descrigio ediscusso do confite entre vanguar smo (modernism ‘regionalism, Para Rama a intodugao de novas formas lteraris pelos vanguardistas durante a segunda metade dos anos 80, ni. ‘onglomerados urbanos da América Latin, signilicouo “cancelament ‘do movimento narrativo regionals que predorninava na maioria das {reas do continente e dentro do qual haviam se expressido tanto em reas de médio e excasso desenvolvimento educativo, como a4 ais avangadas” (Rama, 200 modernizadora de inspiagio estrangeira, so «2s as resposias dos regionals: acetacio absolut das nowas formas leva a rigider cultura, que rejeta toda novidde esética, eo que Rama define como *plasticidade cultural” le una produc ters, que integra as nowas estruturas formais sem reeusar as prépris trades, Esta proposta € . 209). Diante do impacto © da press que ele vai chamar de itera de transeulturagio, Rama utiliza o termo, a partir da apropriacia do sentido de transcukuracto definida por Ortiz, Isto & a transe ‘onsisteem adquirr umacaltura, o qu ele entenle como transculuragio implica em process de aculturagao, de desculragao parcial © de neoculturacio. A nogio de processo descrita por Ort agrada a Rama, sobretudlo, porque rar um perspetivismo titino- antericano “inclusive no que pode ter de interpretagio incorteta por parte passiva ou inferior do comtato de cultures, a destinada 3s maiores perdas, sem nenhium tipo de resposta erative” (Rama, 1982a, p. 33), 0 conceito de “transculturagio narraiva” nace na transposigio Alo conceito antropolégica/eulural claboraclo por Orci as obras Tterésias. A partir deste ponto, Rama elabora sew conceito parinds de corregde' no conceito original: para o uruguaio, a visio de Ortiz € ‘geometric, le acordo com tres 1 primeira bs uma desculturagde parcial, que pode ter vitios nives © aleancary diferentes zonas, tanto dentro da cultura como di literatara, embora acarrete sempre em alguma perda de components considerados lultrapassados. Em um seguade momento, hi assimilagbes © incorporacies procedentes da cultura externa em um movimento de reaculturagio. O erceiro momento e caractetiza por uit esforgo de scomodacio, de recompesi¢io dos elementos subreviventes cultura Dvigindria com os influxos uc vém de fora, Este modelo nto atende adequadamente ses aw crtéros de selegio, nem aos de invemividade, postulados srigatrios em todos vscasos de "plasiidade uma vez que ces egitimam a enengia ccacrintividade de uma comunidad. Para Rama, esta selegio obedete 4 ui comportamento peculiar das soca atno-americanas ie a0 se tornatem independentes, ao process de lormagao He se ideniidade, procuraram seleconar justamente os elements que as sociedades européias © a ieanas postergaram em sei process evolutivo, destacindo.os de seus omtedton para os faevem se peragao ariseadae wbstrat, Esta capacidade de selecio,aplicada tambésn na propria cultura faz com que esta sofra grandes pers e mutilagoes. O-empento ma busca de valores resistentes, mas enraizados e fortes osuficlente ara fentarem os perigos de um empobrecimento decorrente do. proceso de transculturagio sio, na verdade, uma expressio da ‘ratvidatle desss elturas, que vao elaborar o que Ortiz chama de rneoculsuragio, truto das duas culturaspostas em arto, Aqui acortem ay perdas, selecées, assimilagaes © redescobertas, operadas simultaneamente, resolvdas em un amplo remanejamento cultural Dentro do process de tansculturagio, esta € a fase de maior fungio ‘riatva, “Utensios, normas, objeto, erengas ¢ costumes, somente cxistem emartculaao viva edinamica, que éaque desenhas est funcional de uma cultura” (Rama, 1982a,p. 30, Aprofundando 0 entendimento da teoria de Angel Rama percebe-se que, para o autor uruguaio, rés operagies fundamentals ocorrem no interior das natrativas por ele consideradas transculturadas 0 uso da Kngua,aestruturasioliteréria ea cosmovist, A primeira operacio ocorte 1 lingua. Desde o final do sécul XIX, com o primeiro impacto modernizador provocado pelo ‘nodernismo na América Hispsinica, a lingua surge como um esc ‘edefesae provada independéncia, O postulade modernist apontou {ois caminhos: um de reconstrugio parista da lingua expantols Hassca e outro que buseava eransformar o registro amerieano de spanhol em norma culta para hiteratura, Osescritores regionals. 1a primes 1 déeada do século XX, se esforgam em tsar am sistema ue permitisse alternar gua culta do modrnisno com « falar Hialetal de seus pertonagens, na matoria urais, comm 0 objetivo de imbienticlos de forma realista, Nios 2 apenas de um regis ‘onético e, sim, de uma revonstrugio sugerida pelo manejo de wnt fico regional, de formagoes foneticas disktais e, em menor grat. ‘onsirugdes sinttieas locals. Para resolver os problemas de diversos eistros regionals, foram niizados alguns recursos que marcassem sas diferencas, como 0 uso de aspas, a adogio de glossirios c .péndices explicaivos para marcaros sos de flares americanos, que Wo faziam parte do Diciondsio da Real Academia tspanhola. Fssas ‘olugées titers demonstram uma geande ambigiidade lings, {© mesmo tempo em que relletem e veforgam a exttura socal tual os escrtores ocupam uss lugar superior com rela aos estratos feriores da sociedad, devide 4 sua educagio € manejo da norma ta do idioma Sob oefeto da modernizagio, no momenta seguinte, os hesdeines transformadores do segivnalismo introduzem mudangas mais, fetivas, Redzem o uso de dialetismos € de termos esrtamente :mericanos,abandonam a fala popular compensande com 0 130 mais, ‘onfiame da fala americana propria de cad escrito. Elmina o uso lo glossrio, por entender que as palavras regionas ransmitem Seu igoificadoa parirdo comestoTingaistico, diminuen a distancia entre {ala do narrador-escrtor da fala dos personagens, provocando uma oaior unidade ingnistiea e aritica na obra, Quant aos personagens ue utiliza algum falar autécione, os narradoves transculturados socuram encontrar uma equivaléncia denir do espanhol,fjando tua lingu afc literaria que, sem quebrar 0 tom unitirio day ‘obra, permita registrar as diferencas do idioma, Com esses meanismos de uso da lingua, os eseritores propuem a unifieio lingusica do texto teririo, com uma evidente concepcio de organicidade seistien mais moderna, gragas a “uma nova ¢impetnosa confianga na Kings americana propria, que o escrito maneja todos os dias (Rams, 19822, pal No aso dus eseritores regional as, em processo de transenleuragho, o lexco, a prosidia ¢ a morfosinuaxe da lingua regional se trinsformaram can ferramenta para realar ov eoncetos “de originalidde eerntvidade, Desa forma solucionsiratn a unidade da ring atin de acord com os da ora modernizante Deixaram de marear a diferenga entre © padrio culto ofl e, a0 sno tempo, esta lingua liverdriaartifial se desta, ocupan ‘otaidade da obra e o lugar do narrador ao expressur sua visio de mundo, st perspectiva na agio Ieratia, Sua legitimizagio se di 0 uso de formas Kéxicas ou sinks pe6peas, caratersticas do espanol Americano, Desa forma, 0 autorse reintegra icomunidade linguistica fe fala a partir do verso cultural americano, descrevendo-s Tivremente através de seus uso iiomiics, O esrtor no tenta imitar a fala regional. Ao sentir-se parte dela, procura elabors:la com finaidades artistas, invest lingua proporci litera do as posibiidades mips que a ingua especii ot para construgio da ui ofendmienn de nectar, com da Ortiz Scoprindpe da unificcas textual da eotrotio de ‘ent agus Inert pein da irengio ein pode responder ao espiitsrationalzador da modernidade, ‘compensatoriumente x perspectia lings, da qual fe astime sien regional do mando, prolonga soa focnemare frmsainda mals fs nero que u {ex expandindo sam a coumovisio origina exo im so memo tempo mnlerrza, maser det ‘leila Rama, 1982,p13) A estruturagao lteréria €, segundo Rama, outro mecanisn uilido pelos narradores transculturados que, neste cas, rivera ‘que enfrentar problemas que pediam solugdes mais complenas que quelasencontradas no avel de uso da lingua, Neste aspecto, 0 at considera qu sods "a distinca entre ax forusistrdicionais (lcs) 1s as estrangeras) era muito maior” (Ram, L982, p. 48). 01 nce regionals, que tinka sido elaborad sobre 0 sede ds ‘naturalismo do século XIX, se é frente a uma varedade de recursos ‘anguarlsta, que jf haviam sido absorvidos pela poesia e logo depois dlisseminados na narrativa us na, especialmente, no caso argentine. ho fanistco. O romance regional era deseendente direto de urns concept «do séeulo XIX, apenas levemente tejuvenescide pel flsotia de in do século. Com esa Gliagio ¢ tradi, ja, racionalista, filo do soiologismo edo psicologism yode-se avaliar o dificil enfrentamento entre 9 romance region Introduzidos pels vanguardas, 12.6 08 novus cnones Ainda no nivel dasestrutuas ltcrias, «regionalism retraced ainda mais 20 manancial da cultura tradicional na busea de “mecanismos lterrios proprio, adaptaveis ts ovis crcunstincias sufcientemente resistentes& erosio modernizadors. A singularidads das respostas corresponde a uma sulil oposigio as propostas modernizadoras" (Rams, 19823, p. 1}, Desta forma, ent ver da Fragmentagio da narracio ao exo de James Joyce, que dominou & panorama das narrativas das vanguardas,Jsio Guimares Rosa, em Grande serio verdes, resgata 0 tradicional mondlogo discursvo, que ‘er suas fontes tanto na marratva elésica quanto na orl de origem popular Juan Rullo, em Pao Péramo, vinveata 6 falar dispersive ddas“comadres", que se intercalam corm vores susurantes, para faze frente 4 justaposigio de pedagos soltos na narragio,utlizados por Huxley ©fohn Dos Passos. Ambas 25 solucbes xe frat na narra orale popular Outro exempla, apontado por Rama, é Garcia Marques que, para resolver a equagéo le conjugar, em um plano de verossimilhanga histérica, as agbes que se vealizavam no plano de ‘maravithoso, em Gem ana de Sodas, encontrow una solacio simples original lembrowse de uma de iistadas, reagia de forma natural, sem o menor sinal de esp {sta naturaidade diante do irrel, do fantistico, do extraordi aliada ts Fontes da narratva oral e de uma visi de mundo que vs Seu comportamento esilitico, fot a chave que © autor colombi uilizaria em grande parte de sua obra. ’Ao lado do éxito da operagio transculturadora no afvel dis tas que, diamte de sina cstraturas natrativas como nos exemplos estudados por Angel Ran ‘6 regionalismo também sofren grandes perdas nw que se refere ix ‘estrturas narrativas Heme ao impacto modernizador. Nautrayou grande part do reper einai. que sé sobrevives em agus eign, cena 18 Tina da narrative socal poner 1990, Estas rds (ora, ssionaimente subsuidas plt aoc de trans naratvas sana as et solves ivitaivasnan rderarm dividend seinen que pro {gna vols entrturas erin perteneentes tad ‘giv atalabetas" (RAMA, M82 p48). Alem nivel das operagiestranaculturadoras que funcionam no inter «is ing € da estrutura trav, a cosmovisio € 0 terveite narrativas, segundo a descr de Rama, e, seu papel € de- 9 imporcincia, pois, ela engendra os siguificados. Neste terren hhedeiros do regional lograram os melhores resultados, pr x a cosmovisio o espace onde se consolidam os vlotes cas ideulogi « ser reduto da resistencia contra as influéncias Homogenizadoras tmodernizagio de origem escrangeira TA vanguarda coutestou 0 discurso lgiew-raconal que rfl ss origens burgess da literatura do séulo XIX, porée tes tendénciss literarias manipulavam este discurso: o romance regionalist, romance social eo realismo eritico. O romance social se manteve sinculado a0 racionalsme logic, conservou o modelo martatv buurgués emborainvertendo sua hierarqua de valores, incorpo tum discurso antiburgués. A narrativa de erica social adoton influéncias vanguardistas tanto na estrutura quanto na excrtura, fazendo com que o impacto modernizante se desenvolvesse na linha dda narrativa cosmopolita e fantstiea, © movimento iracionaisa europeu impregnou miiplas éreas sda atividade intelectual, madelow a renovacio artitica, através do expressionismo alemio, do surrealisna francés, do futuriomo italiano, «edo ponto mésimo da renovagio: 0 movimento dadaista. Iflaencion +ilosoia,» politica, moldou os caminhos doexistencialsmo, chegand a alterar até discptinas natu mente alheias ao movimento, como & antropologia © a psicanalise. “Entre esses aportes, neniium iis vivamenteincorparad i eularae ‘do mito, que, em algumas expresses, pareceu substitute reigies ‘que hasiam sotrido profunda crise no séclo XIX" (Rama, 1824. p 50). 8 incorporagso do mito andlise das sociedades vacionalcadas jnandou oséeulo XX, a partir das revisdes propostas pela anteopologia inglesa, pela pscandise, até mesmo nos estos a religito, pordinea que uma nova visio. ‘Osintelecuais hispano-amevicinos tesidentes na Europ tomam conhes nto desis idias no periodo entre as duas grandes guereas, "O mito, 0 arquétipo, apareteram como categorias vidas para imerpretar as caracteriicas da América Latina, em wma mescia sot seers com esquemassocioligicos, mais ainda, com uit forte decide apelo as crengas populares sobreviventes nas comunidades indigenay ou afro-americanas na América” (Rama, 19824, p. 51), A desculturacio, que as culturas regionalistas softeram com 4 incorporagio deste corpus de wovas idéias, foi violenta e paradoxalmente enriquecedors. Em contato com 0 discurn ligieo racionalista, as culuras regions se vltam para sts fonts locate impregnam delas,analisando esis formas cultura de acordo com suas formas tradicionais. De sua heranga cultural retira sua sobrevivéncia, etabelecendo contatofecude com as fomtesvvas, que Sioinexsinguiveis da invengio mica nas sociedades,sbretude ruraic esta forma, redescobre-se a eritividade dos sistemas narratives apticados ao regionalismo e reconhecem, tanto as posibildades de Aiferentes falates, como a diferentes exiruturas da narrar popular Assim, acaba-se por reconhecer a existéncia de wi universo disperse, de teres asociagies, de infinitainventvidade, que relaciona ideas « ‘coisas, com uma mobildade e ambiguidade nies. Urs universo que na verdade, sempre existiv, mas que permanccew ocult pelos rgidos ‘inones do positivism, que, neste momento, x revigora atraves do racionalista europen do século XX, permitinda 0 reaparecimento das culturas ruras latino-americanas, que agora poviamn ser apreciadas sob novos prisms A resposta a desculiuracio, no nivel da cosmavisio, ow signifcados, que 6 impacto irracionalinta eurupen promove, apenas nsaparéacia parece confimar a proposta molernizadora, rendend se la. Na reaidade “supera-a com uma riguera imprevisive a que Poucor utureadarederatad form eapsedechegro mange Aiton erro que vr oporz0 pena me” (ama, THB, 3, : Nos trés niveis de transculturagio narrativa: uso da lingua, curt rvin¢cnmovii ctf por Rama, fen eae te ot prods qu eum do conan eal da moderna to poem ctr ager runs cnmopolian, ne Ao antigo regionalismo, A mediacho aleangada pelos narradores transculturados foi resultado de sécils de contato € negociagio ‘eltural que gerou um paulating arioulamento, ou assimilagio, das ‘mensagens culturais européias ¢ sua bibridagao a0 longo da historia, © dislgo entre o regionaina eo vanguatisa se fer através de um sistema eri amplo wm campo de Integraioe medias funcional autorepuad. cone ‘wig mao do perc de modernizar (870-1910) tinha preparado esta evenhaidade, 0 construir na Hispano-America um ste Kerio comurn (Ran, 19828, p. 5). Ateoria da transculturacio narrativa, construida por Angel Rasa, se completa com um estudo sobre os quatro narradores, por ele considerados exemplas de ransculturadores, pois em suas obras ‘opera wlan os mecanismos anteriormente apontado, Sio eles: peruano José Mavia Arguedas (1911-1969), euja obra mais div € Las ros profndos; mexicano Juan Rullo (1918-1986), conhecie, pelo romance Fedo Paramo: 0 brasileira Joo Guimaries Rosa (1908. 1968}, autor de Grande serio verdas;¢ eolombiano Gabriel Gatcis Marquez (1928), um dos expoentes do twom da narrativa hispano- americana dos anos 0 © autor de Ciew oss de sda © conceto crisdo por Oniz nos anos 40 € 4 adaptagio para a anaise das na vas do século XX, no continent ltino-americane Hdesenvolvido por Rama nos anos70180, tm sua vigenca confirmacls Pela rede de discusies,reapropringbese mova lelturasque continua 4 surgi por parte da critica cultura e leraria da atvalidade, Nov cemtanto, antes de passar ao examte ce algunas das novas leita, 4 transeulturacio tem merecide recentemente, vale lembrat o creo brasileiro Antonio Candido, grande araigo ¢ int loewor intelectual de Ram, que, ainda nosanos 70, em wim ensaio intialade "Literatura «e subdesenvolvimento”, propds 4 criagho do terme literatura super regional para trabalhar o que ee cham de teceira fase ea na ativa regionalista, Candido elabora sua reflexto 4 partir da conscigneia dl ibdesenvolvimento, que se alastra por toda América Latina depois da segunda guerra mus I Tommando com pontode partida o teas ‘co subdesenvolvimentoe sun repercussiv na consciéieia do esereor ‘-rficooferece um grande pine, de fundo sciolgico, das relagdcs dedeps vdéncia cultural entre as metrépoles europeias € as periferian Iatino americana Discute as aparentes contradigoes que implicam em todo process de criagZ0 no continente, a partir das vanguardas dos ance 20, que oscitam entre a producio original ¢ a copia de modelo ‘estrangeiros, apontando para a existéncia de uma raiz eomum ett ambos os projetoscriadores: "“Sabemos que somos parte de uma ers ‘maisampla, da qual partcipamos como variedade cultural" (Candid, 1972, p. 347). Asvanguardas etéicas dos aos 20, aladasconsciéncia estético-social dos anos 30/40, tencionadas pela crise do desenvolvimento econdmico e pelo experimental sews decadas posteriores, foram, paulainamente, traslon “dependéncia em um tipo de interdepeadéncia cultural, “v2 que ts ‘20s excrtores da América Latina a consciéneia de sua unin s dliversidade, alm de favorece a erigio de obras madras © ‘que serio lentamente assimiladas por outzos pox, nchasive de 2, p. 347 Para.o autor, o regionalism na Amétiea Latina sempre fo uns forga estimulante rmettopolitanese imperialsas” (Candido, | na Tiveratura, Em uma primeira fase, qu corresponde A conscincia de pas novo, a literatura regional se vest lle pitoresca e decorativa e funciona como o descobimente reconbecimento da realidade do pase de temas naconais. Asegunes capa, ado subdexenvolvimento, funciona como cnscéncia ea crise :motivando uma literatura mais documenta, carregada de urgent tempenho politico. Atereeirae tims etapa, que Cndido define com super-regionalista, € marca a permanéneia do regionalismo nas dGvers iterators rais em todo 0 continent, “correspond & conscigneia ditaerada do subdesensolvimento e opera a superacio dem tipo de empiriea de mundo; naturalismo que foi uma tendéncia enética anuralismo que se haseava na referéncit uma visio peculiar a uma época, a qual triunfava a mentalidade burguest + correspondia 8 consolidagio de nossasIteraturat” (Candido, 1972, p. 883). ‘Como exemplos da melhor cepa da literatura sper-egionalista, Antonio Candido inclui aqueles que superam os problemas e contradioes presentes nas etapas anteriores da narraivaregionalisia ‘© que, a0 mesmo tempo, prodkizem uma literatura universalmente valida. Ente os autores ctados,encontratn-se, Gnimaries Rosa, Jone Maria Anguedas, Juan Rulfo e Garcia Marque? (os mest clencados por Rama como expocntes entre os narradorestransculturados) E interessante observar a relagio que se estabelece entre sua reflexao e a de Angel Rams, principal tebrico da transculturagio narrativa. Percebe-se que a proposta de Cindide do super regionalismo latino-americano corresponde, com poueas nuances, a0 ‘categorias, aparentemente complementates, se percebena critica Bi americana em varios momentos, tum artigo de Raul Bueno "Sabri iteraturas heteragénens 0 raion?” (1996), ressalta mais as difere uacontradigio que est na base da conceiuagao de Rama, gone pois coma em iano. Enguanto ocubano ite por parte da euleura acho, estes mesmos siragio, na descrigio de Rama, implicam, incorreta. Mesmo assim afirma que vai ut consideragio eu perspectvismo| ‘mostra a transformagoes dc processos de (ransculturagio, porque sio 08 préprios autores regionalistas que iniciam © processo de renovacio da producio. (eréria, a transculturagio, em momento algum afeta a cultura ominante. Diante desse quadro, Schmidt indaga: “Por que & contradicio entre a pretensio em transmiir o perspectivism latino americano proveniente da teoria de Ortiz por um lado, ¢ apresentacio exclusiva de procestos de transculturagio que no significum nada além de mudancas para as eulturas dominadas?” (Schmidt,1996, p. $8) Em uma inka evtcasemelhanteencontrs-sealeiturado conceito de transcuturagio de Alberto Moreras. O exsaio “0 Fim do realism régico, o signifcante apaixonado de José Maria Arguedas” & uma reflexdio na qual se perccbe uma profunda eriiea a0 conceito de twanseulturagio desenvolvida por Angel Moreiras introdua seu pensamento a par do real {do questionamento smo magico que, parace,€ wma esrita da dsjungto, opondo- se radicalmente & nocio defendida por lemar Chiampi, que v8 o reaismo magico como a excrita da nto dijungio ou da mediacto, Para o mexicano, o principio da contradigio de oposts, presente no realismo magico, nio funciona na cultura latino-americana, "O. realismo magico & um instrumento ténieo dentro de wm aparato maior © mais abrangente de representagho cransculturadora’ (Morciras, 2001, p. 222). Anatisando os dois sentidos de transeulturagio,oantropolégico,a partir de Ortiz, ocritin lero, a partir de Rama, Moreiras levanta uma série de elementos com 0s quais consiréi um contra-discurso a0 conceite elaboradn pelo Se a uansculuragio Ineriia € wma “ranculturago orientada, cla € em jd wamaculturaday to 6 lramcasrigio nfo nomen un fto natural ov prin "Fo, mas €ela propria uma representaciecompromet 4a ito nose rlee simplemente suma rela liga sinrerpretgies etn hierar, es. tends ceonfts de grupos que exiem em outanes ferns dacurana qual real Greenlatapud More, 2001,p-220), Como nao hi transparéncia na transculturagao © por ser rientada, ela et sempre fora de contre fra de a func cone trumento téenico para a integragio das influgncias exteras process de preservagio © renovacto cultural, que &0 sentido dade por Rama, “Como aparato critica genealégico de certa express cultural ehistriea ters extrema difculdade dese proteger da hisris ‘que procura critcar ou dervotar a favor da historia que procs preservar em uma forma mediadla, pois ambas as histrias, 13 apenas a segunda, sio, simultaneamente, parte de sua propris constiuigio: a wanscuturacio no pode stir de st mesma in de estabelecer distingdes claras ¢ objetivas ou descomprometi {Aforeisas, 2001, p. 225). O ertco restalta que, embora Rama parts do conceito antropoligic, ssa rellexio parece ariginar-e no rein daideologia. Aprofundando as erties & conceituagio de Rama, More discute © que Rama denomina transcultsragho “bem sucedida", i 6, aquela em quea cultara dominada écapande inscreverse na.cultars dominance. Para Moreira esta posigio de Rama sugere im fort posicionamemtoideologico, pois implica na aceitagio da modern ‘como uma verdade ideologiae destino do mundo, uma auto sae histvica & modernidade eurocéntrica A reflexio elaborada por Moreiras vai, paulatinamente descom indo ateovia labrador Rama econ com ext sobre a obra de José Maria Arguedas,o xcritr peruano, exemple rmodelar dos procesios de transculurasio narrativa, nos exon de Angel Rama ara Morciasanaratva de Anguedas, na obra psa El srr de aria y ore de aaj, rea eo da wansculuraginparaapresengdo evento Slenion elev O audi de Argued corr, para ‘como even de ingagem. E um evento eg ‘els nosento de queabre uma fasurentelinguagers DeSuaionD o> vp paul 9p oxvod onion TAX o1m995 a e20}91 rupees ap eyUr| ens > et ‘solopepuny‘soonpse sojppou soe nb sonqyn ana o8oqep od ‘que ou 9 BUR] BUPIIY e sooxonb se ent oxsing avd ante an suai ep opedut 2p 04s 0 opm sop rote seu anb e190 exSongny rN pms ‘SP sowiaurenedad. 90 ‘wore soua0U09 so sopauy sOpeN SON “ypetED op o¥Sa2%2 3p T9UDuIY FU anb op FUN] FoUDUIY e weULoyuaD an ‘enpsiona 9 x9 amb soniagpaad sn sean sesso 95-9499 “OHNE ON, soqes op soduwes soiouigu sod ya0v0> sop wosneu endoud w ant x9s vise ‘onxay ap ‘2p souou 2p 599580 seston STEW Seu op ‘ordexmrosumn Hs tuotUDio4, “foyosog) ,(teDoUDP [EOS 9 [eA Ses 9 012038 “s8eP 9p oF you02o1 2p sees 1 “ee egy Hp od eussooou ede © imaginério do mundo colonialjmoderno, Para ele, muitos ioriadores os da cultura foram cogs com relagio diferenga ‘colonial € quanto a subordinagao do conhecimento, Pensar “a partir Ae" foi a expressio que provocou ojuio cfticoe que tertinow por promover a expresso que funciona como espinha dorsal na obra qu {border thinking, pensamenco periérieo on das margens, definicho que procura dar conta do seconhecimento da diferenca colonial de wma perspectiva da subalternidade, que des ira de pensar 1 partir do que emana de wm lugar marginal no mundo colonial Por outso lado, Mignolo aponta para uma série de ganos 1 epistemologia das maxgens, que foram, em uma certa medida, decorrentes do pensamento de Ortiz. O conceito de wanscultaragio comerii te, para mover o discursa sobre ragas para 0 discurso sobre culturas. Neste sentido, produziy um discurso antropologicamente transcult va wa ado av juntar ciéncias sociais © Tteratura de wma manera sed Em um sentido, seu conceited transeltragio fie lum degra importante naconsrgandopensaento de asmargens,apesar das marge qe Ori apago ex Feo nb objeto de etuda ¢ no no seta do cone tmentn.Talvez, Oindotenba person 0 tena Sido pouivel pensar em antropologia cultural er ter ‘mos de pongde hegemnicasesubulternas no capo doconhecinento Mga, 200, p. 160-107). Contudo, a vantagem do terme transculuragio ein rey rmestigagem é, para Migaolo, © poder que permite alsstar-se das ‘onsideragies de ordem racial, a possbilidade de mover-se wa direc da cul a €, a0 mesmo tempo, responder A necessidade do Pensamento das margens Se 0 didlogo tesrico entre Mignolo © Ortiz 6 rico em nuances € argumentagGes, sua visto € mas ertica com relagio& transultaragto nnarrativa de Rama, Para Mignolo,a transculturagio narrativa foi ma Jmportamte contsibuigi, no sentido de alargar 0 conccio de Onir para o campo literério € culural no terceiro mundo, sua ralacho ‘com a hisria universal, além de ser dul para sinteirar algunas de sas ideiase onganizar alguns conceitos que so similares 8 propris twansculturagio de Ortiz, como nogio de consciéncia dupla de Du. Bois, de erioulizagio de Glissant, ¢, mais recentemente, a n0% conscigncia mestgn de ‘Noentanto, Mignoto wala ‘ouro texto de Rama, de 1965, para critieara tradigo do pensaments ‘que vé» América Latina como continente mareado pela exp ‘deol da incependéncia,prinepalmente, pela mentaidade criouls, ‘que acredita que nem as culturas indigenas ow africanas 12 i Ani possbilidade de se desenvolver,sasfatoriamente, no Novo Mundo, ‘que diming, em seu entendimento, a forge vigor do pensamento dl Rama quanto as questoes por cle mesmo formuladas ns ‘wansculturagio naeratva (Os process de transculturagio estio na base da histria cultural do continemte que, como disia Ouivio Paz, “antes de ter exi histérca prépria, comega sendo una idéia européia, um capitulo cs histovia das wtopins européiae” (Paz, 1972, p.16)- Os conceitos de transculturacio antropolégica ¢ iterdria empresiam espe iGricae ajudam a compreender ¢ explicar a fendmens, «we © marca que diaingue os povos das Américas de todos os atti isn planeta ReferncasBiiogrifins AGUIAR, Pv & GUARDINT, Sra oan age Rama tots BEVERLEY, John. 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