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Coleccao Formacao Modular Automovel LUBRIFICACAO DE MOTORES E TRANSMISSOES COCEPRA ee COMUNIDADE EUROPEIA MOPPESSCEPRA/30 FCEPRA a , CEPRA Colecgao Titulo do Médulo Coordenacao Técnico-Pedagogica Direcgao Editorial Autor Maquetagem Propriedade 1 Edicao Depésito Legal Formagao Modular Automével Lubrificago de Motores e Transmiss6es CEPRA - Centro de Formago Profissional da Reparagao Automével Departamento Técnico Pedagégico CEPRA - Direcgao CEPRA ~ Desenvolvimento Curricular CEPRA —Nacleo de Apoio Grafica Instituto de Emprego e Formagao Profissional Ay, José Malhoa, 11 - 1000 Lisboa Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000 147894/00 © Copyright, 2000 Todos os direitos reservados lEFP. 7 eee He Produgdo apoiada pelo Programa Operacional Formacao Profissional Emprego, cofinanciado pelo Estado Portugués, e pela Unido Europeia, através do FSE” ‘Ministério de Trabalho e da Solidariedade Secretaria de Estado do Emprego e Formagio™ Lubrificagao de Motores e Transmisses PCEPRA indice INDICE DOCUMENTOS DE ENTRADA OBJECTIVOS GERAIS E ESPECIFICOS DO MODULO E41 £3 CORPO DO MODULO 0 - INTRODUGAO on 1 - FINALIDADE DA LUBRIFICAGAO 41 2- SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO EM MOTORES. 24 2.4 - LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM SIMPLES, 24 2.2- LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM EM NIVEL CONSTANTE 22 2.3 LUBRIFICAGAO POR CIRCULAGAO FORGADA 23 2.4 - LUBRIFICAGAO POR CIRCULAGAO FORGADA DE CARTER SECO 27 2.5 - LUBRIFICAGAO POR MISTURA - 29 3 - COMPONENTES DOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO EM MOTORES ........3.1 3.4-CARTER a4 3.2-CANAIS 34 3.3- BOMBAS DE OLEO 34 3.4- ARREFECEDORES DO OLEO .... 35 3.5 - VALVULAS LIMITADORAS DE PRESSAO 37 36 - FILTROS DO OLEO 38 3.7 - MANOMETROS so 3.16 4. SISTEMAS DE LUBRIFICACAO EM TRANSMISSOES ..... 44 4.1 - LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM . 44 4.2 LUBRIFICAGAO POR CIRCULAGAO FORGADA 4a 4.3-A REFRIGERAGAO DO OLEO . - AS 5 - DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS oe 6.1 - DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS NOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO DOS MOTORES 54 '5.2- DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS NOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO DAS TRANSMISSOES .... 59 6 - LUBRIFICAGAO - MANUTENGAO 64 6.1 - LUBRIFICAGAO - MANUTENGAO DE MOTORES 64 6.2 LUBRIFICAGAO - MANUTENGAO DE TRANSMISSOES. 66 7 - TIPOS DE OLEOS PARA MOTORES E SUAS CARACTERISTICAS 7A 8 - TIPOS DE OLEOS PARA TRANSMISSOES E SUAS CARACTERISTICAS .....6.1 BIBLIOGRAFIA......0..... ca | SERRE a Lubaiicage de Moronaasainmnemissoes cf FCEPRA DOCUMENTOS DE SAiDA POS-TESTE CORRIGENDA E TABELA DE COTAGAO DO POS-TESTE. ANEXOS, EXERCICIOS PRATICOS. - GUIA DE AVALIAGAO DOS EXERCICIOS PRATICOS. Indice S41 8.10 At Aa FCEPRA DOCUMENTOS DE ENTRADA FCEPRA ES Objectives Gerais e Especificos OBJECTIVOS GERAIS E ESPECIFICOS No final deste médulo, o formando devera ser capaz de: OBJECTIVO GERAL OBJECTIVOS ESPECIFICOS Objectivos Gerais e Especificos PCEPRA Pré-Requisitos PRE-REQUISITOS COLECGAO FORMACAO MODULAR AUTOMOVEL Compare do Mapetsne e Tesolg do Sa onsian aa “pas de tree 0% llewonaeacreoess|| Eiidataisica || ehetrmagnetano. |] THende teres |] Conaaore saat “Sibson Novores ®caracore onpanetne ‘rectmyaaoe, | [Latur repent] errs | ae crocontasese| |e Esquomas coeimugse || caractnsea ao_|| Somes de An herent “tore Sones Setemse de Comae Sans owes” |} simmacionens || atmenarso nor |] sions iancte || Sete dee Tent Caoesaee Setemes os ‘Seman de Aso Sotresintgso ae arte® | gccapmaeranio || eects sitomndo Into reine eee Aedes ¢ omireaa0 set coven [etme exer sures rasan "masons st 9 rics a sia sweatagsoronats || stm do Mecinica © Assistiga de Direcs3e| | Seu Funcionamonto || “**es mo Sinema} | i nad wana Activa rae ‘Seasons || sem Frm toawea||] Bamenicoe | [usaner ence] [Sama an Gomera a) [Eman] so Rermaccen _|[vccmnao som || Somme || Sterns] Speer setwmeticiacr || Sacndone canted ttn SaaS] —aopease este aecasesae || epranen || Repaen en . rwantora> | sauna ‘eapesopctte || sutra comcnaso|| semen Sco revo Cece || “cowrcome og etectnica|| rancanaeodto || ursotsreea]| "rcs e Cate" || Raowtgear || Equpwrenccar || saeore || aaa, recon ar Sema) [RRR come Tncpens || Sergeaneare |] stag Tnswetoas || Mamet” || rants ante meee ronments Caten| | Foreerie OUTROS MODULOS A ESTUDAR Tee ][ mere |f mn ee] onan FCEPRA CORPO DO MODULO PCEPRA Introdugao 0 —INTRODUGAO A industria autom6vel actual evolui de uma forma extraordinariamente rapida, aplicando novas tecnologias € incorporando mecanismos cada vez mais sofisticados, Um automével actual pouco tem em comum com aquele que hé dez anos circulava pelas nossas estradas, excepto que ambos estéo dotados de motor, travées, direcgo, caixa, etc.. Todos estes mecanismos sofreram também uma extraordinaria evolugao. Devido 20 aumento de complexidade destes mecanismos e com vista a aumentar o tempo de vida util dos mesmos, reduzindo assim custos, os varios sistemas de lubrificacao sofreram também melhoramentos assim como os dleos que neles circulam Compreendendo e analisando estes sistemas bem como o seu papel nos varios érgaos que constituem os motores e transmiss6es € possivel diagnosticar muitos problemas de funcionamento. A aplicagao de novas tecnologias neste sector condiciona 0 exercicio de profissSes a ele ligadas, exigindo uma constante formagao dos seus tecnicos. A qualificagdo dos técnicos portanto essencial para que através, por exemplo, da andlise de parametros como a temperatura e a pressao do leo nos diversos sistemas de lubrificago, se possa fazer um diagnéstico preciso que permita resolver mais facilmente os problemas de reparagdo € manutengao colocados pelos motores e transmiss6es. PCEPRA Finalidade da Lubrificagao 4- FINALIDADE DA LUBRIFICACAO Examinando @ vista desarmada uma superficie polida, parece nao existir qualquer imegularidade. Contudo, vista a0 microscépio, essa mesma superficie apresenta uma rugosidade constitulda por irregularidades muito pequenas, cuja forma varia com 0 processo de acabamento dessa superficie. Nestas condigées, para deslocar 0 corpo A sobre 0 corpo B_ (Fig.1.1), preciso aplicar uma forga F superior a resistencia R, que se opde ao movimento devido ao contacto entre as rugosidades: a esta resisténcia chama-se attito, Al aie pe Fig, 1.1 - Deslizamento a seco. Por efeito do calor originado pelo atrito de desizamento, as superficies metalicas em contacto sofrem uma dilatagdo que enfraquece as ligagSes entre os cristais que constituem a estrutura dos elementos acoplados mas, como entre estes ultimos existe sempre uma certa pressSo, 0s cristals das superficies deslizantes tém tendéncia para se interpenetrarem, provocando 0 fenomeno de caldeamento ou gripagem. Se agora, intercalarmos entre as superficies A e B, um fluido adequado (Fig.1.2), 0 deslizamento val fazer-se n&o entre as superficies em contacto mas, sim, através de uma pelicula desse fluido. Agora a forga necessaria para o movimento € incomparavelmente menor que para o deslizamento a seco. Ao fluido usado para suavizar 0 movimento das superficies chama-se lubrificante, Ao emprego dos lubrificantes chama-se lubrificacao. a4 “PCEPRA Finalidade da Lubrificagao Fig. 1.2 Deslizamento Lubrificado, Com 0 uso do lubrificante, para além de se ter reduzido a forga necesséria para o movimento, também se diminuiu 0 aquecimento porque 0 lubrificante, a0 envolver as superticies, transporta uma certa quantidade de calor. A lubrificagao vai reduzir a0 minimo as perdas de poténcia e 0 desgaste das pegas provocando assim um aumento de rendimento e de vida util das méquinas. ‘Temos entéio como principais objectivos da lubrificagao: FCEPRA Finalidade da Lubrifcagso Considerando 0 caso especifico dos motores e de acordo com os objectivos da lubrificagao descritos anteriormente, o 6leo (Fig. 1.3 ) além de lubrificar as partes em atrito, assinaladas ‘em A (paredes do cilindro, cabega e pé da biela, etc.) serve como refrigerante, em 8 (cabeca do pistio, bloco do motor). Serve também para vedar as juntas nas suas folgas (C) ‘ao encher a folga existente entre o pistdo, os segmentos @ 0 cilindro, impedindo a passagem dos gases da explosao para o cérter. Fig. 1.3 Finalidade da Lubrificagao No que respeita & quantidade de lubrificante aconselhada pelos fabricantes de motores, deve-se notar que: FCEPRA Finalidede da Lubrificacao Um inconveniente bastante frequente nos motores @ a contaminagaio do 6leo lubrificante pelo combustivel ndo queimado que, 20 passar entre o pistdo e a camisa do cilindro, vai cair no carter do motor. O inconveniente € muito grave porque 0 combustivel que passa indevidamente transporta @ camada de lubrificante das camisas dos cilindros € diminui a viscosidade do dleo em circulagao, predispondo para a gripagem os érgéios do motor em movimento. FCEPRA Sistemas de Lubrificapdo em Motores 2- SISTEMAS DE LUBRIFICACAO EM MOTORES 2.1- LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM SIMPLES Com o sistema de chapinhagem simples, que é 0 mais antigo, a lubrificagao dos diversos 6rgaos do motor verifica-se do sequinte modo: Durante a rotacdo da cambota, as cabegas das bielas mergulham no éleo contido no carter. Devido pressao originada pelo choque, o dleo entra num orificio especial existente nas cabegas e lubrifica as cabegas da biela. Destas ultimas passa a lubrificar 0s moentes da cambota através de um tubo que para 0 efeito existe na cambota. Colheres especiais, existentes nas cabegas das bielas, recolhem em cada rotag&o uma pequena quantidade de dleo que é projectada, juntamente com 0 que ficou aderente as cabegas, nas camisas dos cilindros e na cabega dos pistées, de onde vai lubrificar 0 cavilhao € 0 casquilho do pé da biela. (© leo projectado sobre as paredes internas do bloco lubrifica por queda os moentes da Arvore de cames que est montada no bloco do motor. Este sistema, adoptado antigamente nos motores lentos, esta _hoje__quase completamente posto de parte porque a lubrificagaoproduzida, 20 depender estritamente do numero de rotagbes da cambota e sobretudo do nivel do éleo no carter, nao & regular. Com efeito, se 0 nivel de 6leo for baixo, a lubrificagao sera insuficiente; se for alto, a lubrificagao sera excessiva, 0 6leo passa em grandes quantidades para a camara de combustao, sujando as velas e aumentando o consumo. © sistema de chapinhagem simples, continua a ser adoptado nos pequenos compressores que fornecem 0 ar comprimido para o sistema de travagem Fig.2.1 - Exemplo de aplicagto do sistema de dos veiculos pesados. lubrifcagao por chapinhagem simples FCEPRA Sistemas de Lubrificagdo em Motores Este sistema de lubrificago por chapinhagem usado por vezes como complemento dos Outros sistemas de lubrificagao mais modernos, surgindo como o sistema utlizado para lubrificar determinadas partes dos motores, como por exemplo quando o éleo no sistema de lubrificagae forgada, que iremos referit, se escapa dos moentes das bielas e € projectado a0 longo das paredes das camisas, assegurando assim a lubrificagao entre o pist&o e a camisa € da cavilha do pistéo, como mostra a figura 2.1 Este sistema € igualmente utiizado noutros érgaos que n&o © motor, como por exemplo caixas de velocidades ou diferenciais, mas com outros fiuidos de lubrificagao, especialmente com viscosidades superiores. No capitulo 4, falaremos destes assuntos de uma forma mais aprofundada. 2.2- LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM EM NIVEL CONSTANTE ‘Como durante 0 funcionamento do motor é inevitével um certo consumo de éleo, 0 nivel no carter tende continuamente a baixar, tormando cada vez mais escassa a lubrificagao por chapinhagem. Para manter 0 6leo a nivel constante e obter assim uma lubrificagao uniforme, recorre-se a0 sistema representado esquematicamente na figura 2.2. FCEPRA Sistemas de Lubriicago em Motores Depésito auxiliar, com vedacao hermética, Camara de ar. Orificio de comunicagdio entre a camara da cambota e a cémara de ar (2) Orificio de alimentagdo do carter. Carter. Fig, 2.2 Lubnificagao por chapinhagem em nivel constante. 2.3- LUBRIFICAGAO POR CIRCULAGAO FORGADA sistema de lubrificago por circulago forgada mediante uma bomba ¢ o universalmente adoptado nos motores a 4 tempos. ‘A bomba de circulagao (5) (Fig. 2.3), accionada através da cambota mediante duas rodas com dentes rectos, aspira 0 éleo do carter através de uma boca de aspirago (4), equipada com um pré-fitro metalico e impele-o para o filtro de dleo (2), de onde parte o tubo principal (6) que atravessa 0 bloco do motor. Do tubo principal ramificam-se os pequenos canais que transportam 0 dleo aos apoios da cambota. Como a cambota possui canais internos, 0 leo sob pressdo vai lubrificar os apoios das bielas. Uma ou mais ramificagées do tubo de distribuigao (6) transportam 0 dleo ‘as chumaceiras da arvore de cames (7) e para os impulsores. Se o motor for de valvulas na cabeca e a drvore de cames estiver montada no bloco, existe outra ramificagao que transporta 0 éleo para lubrificar os eixos dos balanceiros. Através de orificios apropriados, geralmente moldados por fundigéio na cabega dos cilindros ou no monobloco, 0 leo retorna ao carter por gravidade. PF CEPRA Sistemas de Lubrifcagéio em Motores © valor da pressao do dleo no tubo de distribuigao é indicado pelo manémetro (1) 4. Mandmetro indicador da pressao do dleo, 2. Filtra principal ou de distribuigéo. 3. Valvula limitadora da presséo. 4. Boca de aspirago munida de fitro. 5. Bomba de circulacao com engrenagens. 6. Tubo principal ou de distribuigo fundido no bloco do motor. 7. Arvore de ames. 8. Tubo para a lubrifcagao das chumaceiras da arvore da distribuigdo. Fig. 2.3 - Esquema da lubaificagéo por circulagdo forgacia num motor de 4 clinaros em linha. A lubrificagao das camisas dos cilindros dé-se por projecgéo do dleo por efeito da forga centrifuga. Durante a rotacao da cambota grande parte do leo que desce das extremidades das chumaceiras das cabegas das bielas, & projectado pela forga centrifuga sobre as Paredes das camisas, sendo estas lubrificadas eficazmente. O dleo langado sobre a zona interior da cabega do pistéo, pela mesma forga centrifuga, vai lubriicar o casquilho do pé da biela e © cavilhéo do pistio. Noutras solugSes construtivas de motores em linha com 4 Gilindros, existem orificios adicionais, no bloco de cilindros, que injectam éleo a uma presséo mais baixa, para o arrefecimento dos pistdes e lubrificagdio das cavilhas destes 724) [Rutineapto de Motors e Transniesges > PRERIRINEINTTe #CEPRA Sisteiias| de Lubrificagao em Motores Nos modernes motores rapidos esta actualmente excluida a lubrificagae do caviiha do pistéo (Fig.2.4), através de um orificio longitudinal existente no corpo da biela porque, devido ao elevado niimero de rotagdes da cambota, a forga centrifuga produz uma lubrificagdo excessiva Pela mesma razao, nos motores de elevado regime, 2 lubrificagao das camisas dos cilindros € demasiada, pelo que, nos pistées destes motores, montam-se segmentos raspadores de dleo mais eficazes. Note-se que o aumento da velocidade da bomba, como consequéncia do aumento do numero de rotagdes do motor, faz subir rapidamente a presséo do éleo, que atinge valores inaceitaveis. Fig. 2.4 - Lubnificagao do cavilhao do pistao Com efeito, um nivel de éleo demasiado alto produz um excesso de lubrificagdio das camisas dos cilindros e portanto, a passagem de uma maior quantidade de leo para a camara de combustio, sujidade das velas e maior consumo de lubrificante. Do exposto, conclui-se da necessidade de limitar convenientemente a pressao do leo. O sistema mais seguido consiste em inserir uma valvula limitadora (3) (Fig. 2.5), no circuito de lubrificagao. A referida valvula, montada a saida da bomba ou do filtro principal funciona ‘segundo o principio de uma vaivula de seguranga ‘Quando a pressao ultrapassa o valor pré-fixado da carga de uma mola devidamente calibrada, a valvula abre-se e 0 éleo volta para 0 carter, diminuindo a presse no circuito, Deste modo, a pressdo do 6leo no tubo de distribuigo, embora aumentando com o ‘aumento da velocidade do motor, n&o pode ultrapassar o valor maximo previamente fixado pela calibragdo da valvula limitadora. Normalmente, a presséo maxima no circuito, com © motor quente © em regime maximo, situa-se dentro dos seguintes valores: ta2b.. FICEPRA Sistemas de Lubrficaggo em Motores 4. Chupador com fitro de malha. 2. Bomba de dleo. 3. Valvula limitadora da pressao. 4. Canal de retomo de éleo para a admissao. 5. Filo do éleo. 6. Sensor da presso do éleo. 7. Galeria principal de distribui¢a0 do deo. 8. Canal no bioco de distribuigdo do oleo para & cabega do motor. 9. Galeria de distribuigao de dleo na cabepa do motor. 10. Canais de istribuigso do éleo para a arvore de cames. Fig. 2.5 Aplicagao pritica da lubrifcagdio forgada num motor 4 clindros, 16 vatvulas. Nesta aplicagdo da lubrificagao por circulagao forgada, usada por um dos principais fabricantes europeus de automéveis, 0 sistema de lubrificaco € do tipo de filtragem completa do caudal de dleo sob press&o. O carter 6 em liga de aluminio e @ vedag&o entre ele © 0 bergo dos apoios é garantida por uma camada de vedante liquido aplicada na flange do carter. 6leo € puxado do carter, através de um filtro de malha e de um chupador (1), segue para ‘a bomba de dleo (2) com valvula limitadora da pressdo integral (3) accionada pela cambota. O dleo em excesso é desviado para a admisséo (4) da bomba de 6leo. 0 dleo € forgado FCEPRA Sistemas de Librificagao em Motores através do filtro descartavel (6), instalado num adaptador fixo ao corpo da bomba de dleo. 0 sensor de baixa pressdo do dleo (6) também esta aparafusado ao adaptador e regista a presso do éleo na galeria principal deste, no lado da saida do filtro. A galeria principal do 6leo (7) é alimentada através da galeria do dleo por baixo do bergo dos apoios da cambota, a qual incorpora furagdes para dirigir 0 éleo para os apoios da cambota. Furagées transversais na cambota, a partir dos apoios n.° 2 e 4 da mesma, levam © dleo aos apoios das bielas. Uma passagem no corpo da bomba de éleo liga a uma furagso (8) no bloco de cilindros e & galeria do 6leo (9) na cabega do motor. 0 dleo € fornecido a cabega do motor através de galerias (10) a todo o comprimento do berco do veio de excéntricos, lubrificando entao cada touche hidraulica e cada apoio do veio de excentricos. 2.4- LUBRIFICAGAO POR CIRCULACGAO FORGADA DE CARTER SECO Este sistema de lubrificago denomina-se de carter seco porque 0 motor n&o possui carter normal de grande capacidade, que funciona simultaneamente como recipiente de recolha e depésito de dleo. Este sistema é normalmente usado em automéveis de competigao, motociclos e na aviagdo. O circuito de carter seco compreende os seguintes érgaos (Fig. 2.6): CEPRA Sistemas de Lubrificagzio em Motores 1 2 3 1. Radiador para refrigeragao do dleo. 2. Bomba de recuperago. 3. Recipiente de recolha. 4. Tubo de recuperacao. 5. Filo de leo. 6, Bomba de dled. 7. Depésito de leo, Fig. 2.6 Esquema da lubrificagao forcada de céter seco. © funcionamento deste sistema de lubrificagao pode ser descrito da seguinte forma: Em série, no circuito, no tubo de distribuigao da bomba (6), esta intercalado um filtro principal (5), como nos circuitos normais, descritos anteriormente. © dleo do depésito (7), por acgao da bomba de distribuigao (6), passa através do filtro principal (5), entra nos tubos internos do motor e vai lubrificar os eixos da cambota, os da Arvore de cames e 0s orgios de comando da distribuig&0, como nos circuitos vulgares, descritos anteriormente. © dleo raspado das camisas dos cilindros € recolhido no recipiente (3). A bomba de recuperago (2) extrai o dleo do referido recipiente e envia-o para o radiador (1) onde é reffigerado por acgao do ar exterior. Através dos tubos de recuperago (4) 0 leo volta para © deposito (7) € 0 ciclo repete-se continuamente. Os pequenos recipientes para a recolha do 6leo s&o fabricados em ligas de aluminio ou de magnésio, © circuito de lubrificag&o de cérter seco foi adoptado nos motores dos automéveis de competi¢o, bem como nos motociclos e na aviagao, para satisfazer as seguintes exigéncias: 2.8) |Lubrificapao|de!Matoresje Transmiss6es/"" FCEPRA Sistemas de Lubrificagsio em Motores Methorar, aceitaveis a temperatura dos fe que funcionam em regimes elevadissimos, Reduzir a altura do motor, de modo a baixar 0 mais possivel o centro de gravidade, aumentando assim a estabilidade do vefculo. 2.5- LUBRIFICAGAO POR MISTURA Num motor @ 2 tempos, a mistura de ar/combustivel passa pelo carter no seu percurso do carburador aos cilindros do motor. Por tal motive nao é possivel prever um nivel constante de 6leo no carter, pois o lubrificante seria arrastado pela mistura de ar/combustivel para os cllindros, sendo ali queimado. Por esta razo, para lubrificar as partes méveis de um motor a2 tempos, o dleo ¢ misturado directamente com o combustivel, antes ou depois da sua intradugéo no depésito de alimentagao. Quando a mistura de ar e 6leo combustivel penetra no cérter, 0 combustivel, por ser mais volatil, evapora-se e passa ao motor como mistura ar/combustivel, embora néio se consiga evitar que parte do dleo seja também arrastado juntamente com a mistura arfeombustivel e seja queimado nos cilindros. De qualquer forma, boa parte do dleo nao é arrastado, revestindo as partes méveis do motor com uma pelicula de 6leo, ficando estas assim devidamente lubrificadas Na maioria dos motores a 2 tempos, 0 6leo & posto directamente no depésito de combustivel, junto com este. Alguns destes motores contam com um sistema especial medidor de dleo, que a partir de um depésito de dleo de reserva, fornece dleo ao carburador, tendo lugar a mistura na rampa de ar do carburador. Este sistema de lubrificagao € adoptado exclusivamente em motores a 2 tempos de carburagéo com compress4o da mistura activa no carter, porque somente nos motores deste tipo a mistura 6leo-combustivel entra em contacto com os érg&os da cambota, com as paredes do cilindro e com a articulagao da biela com o pistéo FCEPRA — Sistemas de Lubrifeagéo em Motores sistema de mistura, especialmente utiizado nos motores de pequena cilindrada para no Sobrecarregar 0 motor com bombas de dleo e respectivos tubos, exige um doseamento cuidadoso da mistura: FCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificagdio em Motores 3- COMPONENTES DOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO EM MOTORES 3.1- CARTER carter serve de reservatério e deve apresentar uma vedacdo absoluta. Tem um papel importante sobre a temperatura do leo, que, apés a sua passagem pelo motor, é arrefecido dentro dele, Possui um bujéo de descarga e um orificio de enchimento, que esta situado na maior parte dos casos, na tampa das rvores de cames ou dos balanceiros. O carter pode possuir um respirador e um fro. O papel do respirador é evitar as sobrepress6es no interior do carter e esté situado num local elevado, para permitir a condensacao dos vapores de dleo. Nos motores utlizados em atmosferas poluldas, o respirador esta geralmente munido com um filtro especialmente concebido para este fim 3.2- CANAIS ‘S40 ramificag6es fundidas no bloco do motor e na cabeca. Possuem uma seccao suficiente para no serem obstruidos pelas impurezas e para evitar perdas de carga no circuito. No caso de tubagens exteriores aos drgdos, s4o geralmente em lato, cobre ou apo. Aquelas que envolvem os 6rgos, com movimentos relativos entre si, sao flexiveis. 3.3- BOMBAS DE OLEO Podem-se distinguir 3 tipos de bombas de éleo: so SHESSEESSREINY ao constitas por dues seeds com o mesmo diémetro, contidas numa caixa vedada, uma das rodas ¢ falsa, ou seja € comandada pela outra, a motriz, FCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificagéio em Motores A cada rotagao, cada roda transporta uma quantidade de 6leo igual ao volume dos espagos entre os dentes. A partir do momento em que o motor entra em funcionamento, as rodas dentadas da bomba sao accionadas, 0 leo ¢ aspirado do carter inferior, aloja-se entre cada um dos dentes e as paredes do corpo da bomba, ficando assim sob pressdo, De seguida é dirigido para @ canalizagao principal (Fig. 3.1) Camara de | aspiracdo ___Chegada do Carreto | ____Carreto Arrastado Motriz Camarade _| i |Accionamento pela Ejeccao *Arvore de Cames Saidade__-~ | \ Oleo Carter Chaveta Fig.3.1 ~ Esquema de funcionamento de uma bomba de engrenagem Na pratica, devido as perdas causadas pela folga inevitével entre as rodas € 0 corpo da bomba e entre os dentes que engrenam uns nos outros, a forga da bomba é menor do que a encontrada teoricamente. © rendimento destas bombas, dependente do estado de desgaste, varia, em média, de 50 a 180%. Se se quiser ter confianga na acgdo reftigeradora do 6leo, € necessario que a bomba tenha uma forga superior & exigida para obter uma boa lubrificagdo. Normalmente as bombas devem ter a possibilidade de fazer circular cerca de 16 kg de dleo por hora e por cavalo efectivo de poténcia. Estas bombas podem fornecer uma pressdo elevada, mesmo a fraca velocidade, necessitando assim de um mecanismo limitador de presséo. As P (Fig. 3.2) S80 constituldas por um cilindro (5) montado excentricamente na camara do corpo da bomba. O clindro esta provid de uma ranhura longitudinal onde esto alojadas as palhetas (3 e 4), mantidas aderentes a camara cilindrica Pela acco de uma mola. Durante a rotagdo, devido & excentricidade do cilindro, as palhetas deslocam-se radialmente, em sentido contrario e comportam-se como pistes aspirantes ‘compressores. Ao entrarem na ranhura, aspiram 0 éleo a entrada e comprimem a saida o previamente aspirado, impelindo-o para o tubo de distribuigdo, FI cEPRA Ss ae 4. Entrada do éleo, 2. Saida do dleo. 3 4 Palhetas. 8. Cilindro Fig. 3.2 Esquema de funcionamento de uma bomba de palhetas. ‘As bombas de palhetas ja nao se usam, devido ao excessivo desgaste e aos inconvenientes. que apresentam, especialmente nos regimes elevados As Bombarde/Lebulos: (figura 3.3), s80 compostas por 2 rotores alojados no corpo. da bomba. O rotor interno tem o seu velo descentrado e ¢ comandado pelo motor, acciona por sua vez 0 rotor externo. O rotor externo € montade livre no seu alojamento. Os dois rotores rodam no mesmo sentido. [Coton interno Fig. 3.3 Bomba de lobulos FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificago em Motores Relativamente ao funcionamento deste tipo de bombas, consideremos um alvéolo do rotor interno, cujo movimento iremos acompanhar com o auxilio da marca x na figura 3.4. Na fase de aspiragao, 0 volume A esta em frente do orificio de admiss4o do éleo. O rotor roda e 0 volume A aumenta o que vai criar uma depresséo, aspirando assim o éleo. Quando o volume A & maximo, deixa de haver comunicagao com a admissao do 6leo, entramos entéo na fase de ejeocao, na qual o rotor continua a rodar e o volume A é posto em comunicagso com 0 orificio de saida, © volume A comega a diminuir até se tornar nulo, evacuando assim © ble0 sob pressao pelo orficio de saida. Fig. 3.4 Esquema de funcionamento de uma bomba de Iébulos, ‘As bombas de dleo podem ser accionadas directamente pela cambota ou pela arvore de cames através de adequados pares de rodas com denteado helicoidal, para um funcionamento silencioso. Para assegurar uma boa lubrificagdo e obter uma eficaz acco refrigeradora adoptam-se as seguintes relacdes de transmis: no primeiro caso, adopta- se uma relagdo de transmissao de 2/1; no segundo caso, uma relagao de 1/1 Na figura 3.6 esta representada uma bomba de éleo accionada pela mesma arvore que comanda a distribuigao. O pinhdo (1) € accionado por um pinh&o semelhante fixado na arvore de distribuigao. AA titulo informativo, refere-se que o valor da pressdo das bombas de 6leo dos motores & geralmente da ordem dos 3 bars, a um regime de 3000 r.p.m. 4 CEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificagdo em Motores 1. Pinhao accionado pela arvore de distribuicao 2. Arvore de comando da bomba de éleo. 3. Junta de vedagao. 4. Corpo da bomba, 5. Eixo da roda conduzida 6. Falsa toda conduzida 7. Roda condutora 8. Boca de aspragio do leo do depésito, 9. Fillo de rede metalica Fig. 3.5 Bomba de dleo accionada pela drvore de comando da distribuigao. 3.4- ARREFECEDORES DO OLEO Dadas as exigentes condigbes de trabalho dos motores actuais, a temperatura que 0 leo alcanga € elevada, 0 que pode ser prejudicial para os érgos méveis do motor em determinadas condigées de funcionamento. Para baixar a temperatura do dleo podem ser feitas estrias no fundo do carter. No entanto, s@ isto no for suficiente ha que recorrer a0 ‘emprego de dispositivos arrefecedores de éleo. Os mais utilizados s&o os permutadores de calor dleofar ou éleo/agua. Na figura 3.6 mostra-se a disposicao e ligagdes de um arrefecedor de éleo, quer de 6leo/ar quer de dleolagua. Geralmente possuem uma placa de conexéo (1), acoplada ao bloco do motor, canalizagao principal do leo e a uns tubos flexivels que a ligam ao radiador (2) (6leo/ar) ou 20 refrigerador (3) (6leo/4qua), devolvendo o leo posteriormente @ canalizagao principal FCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificago em Motores Quando se usa um radiador, este coloca-se na parte frontal do veiculo, de modo que a deslocagao do ar provocada pela movimentagao do velculo, arrefeca 0 dleo que circula no seu interior. 4. Placa de conexéio 2. Radiador 3. Rettigerador Fig. 3.6 Disposigdo e ligagoes de um sistora de arrefecimento de leo Nos permutadores dleo/agua (fig. 3.7), 0 éleo circula por uma serpentina (3) no interior do refrigerador, rodeada por uma camara 4 qual chega agua proveniente da refrigeraco do motor através de (2), saindo novamente por (4). Esta circulagdo de agua de refrigerago (mais fria que 0 dleo) em redor da serpentina, € 0 que faz 0 arrefecimento do 6leo de lubrificagéo. O refrigerador € colocado neste caso antes do filtro de 6leo, fixando-se juntamente com ele a0 bloco do motor. 4. Valvula estérica 2. Entrada da agua 3. Serpentina 4, Saida da agua mse FCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificacao em Motores 3.5- VALVULAS LIMITADORAS DE PRESSAO No caso das bombas volumétricas que falémos anteriormente a presséo do éleo depende; do regime de rotagao do motor ou da viscosidade do dieo. (© aumento da presséo do 6leo quando aumenta a velocidade de rotacdo da bomba, pode atingir valores tais, que provoque uma lubrificagao excessiva das camisas dos cllindros e da guia das valvulas. Isto provoca um aumento da quantidade de dleo que passa para a camara de explostio, aumentando assim 0 consumo de lubrificante e as velas sujam-se, impedindo que a faisca salte. E, portanto, necessério colocer uma vaivula, devidamente calibrada, que tem a fungao de impor um limite & presso maxima Em geral, para motores normais de veiculos automéveis, @ presto do dle com 0 motor quente mantém-se dentro dos limites seg} ‘A valvula 6 colocada em derivagao no circuito sob presséo e pode ser montada no corpo da bomba, no tubo de distribuigao a saida da propria bomba, no suporte do filtro principal ou no tubo de distribuigdo existente no bloco do motor. Este limitador de pressio € constituldo por uma valvula de esfera. A esfera é mantida na sua sede por uma mola aferida, Quando a presso é inferior a fora da mola, a valvula de esfera permanece fechada (fig. 3.8). Quando a pressao superior a forga da mola, a mola comprime-se e destapa 0 officio de uma canalizagao que permite 0 retorno do dleo ao carter. A pressao desce (fig. 3.9). E importante que 0 condutor seja avisado a todo o momento sobre a pressdo existente no interior do sistema de lubrificagao. Ele dispde de um manémetro de pressao do 6leo fixado no painel ou de uma lampada de alerta que se acende, num vermelho vistoso, desde que a press&o caia abaixo de um valor de seguranga. Por causa disto, o sistema comporta um contacto constituido por uma membrana calibrada submetida a pressao do 6leo do circuito. Esta membrana deforma-se accionando um contacto eléctrico. FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificagaio em Motores Fig. 3.8 - Valvula limitadora de presstio a Fig. 3.9 - Vaivuta limitadora de presséo a pressao normal, pressdo demasiado elevada, pressostato fecha 0 circuito da lampada no momento em que a presséo do dleo n&o aicanga um certo valor ou quando a presséo diminui anormalmente. A lampada acende-se @ adverte 0 condutor. No momento do accionamento ela deve acender-se, a lampada deve apagar-se desde que a pressao normal seja atingida, 3.6- FILTROS DO OLEO Examinemos como se produz a poluigao do 6leo de lubrificagao de um motor e quais podem. ser os inconvenientes ou os acidentes provocados por um éleo contendo impurezas em suspensao Primeiramente, de onde vém as impurezas? E como as classificar? PCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubriicagao em Motores Com efeito, as modificagées de aspecto que 0 6leo de lubrificagao apresenta, apés algum tempo de funcionamento de um motor, no $80 unicamente devidas a decomposi¢ao ou a alteragdo do 6leo, mas resultam sobretudo da sua contaminagso por impurezas provenientes de uma combustdo defeituosa e do desgaste do motor. Os métodos actuais permitem uma andlise bem profunda dessas impurezas e uma separagdo em diversas categorias. Sendo assim 6 possivel determinar a quantidade de matérias siliciosas (areia, poeira) que sao as mais abrasivas e portanto as mais importantes de eliminar. A filtragem nos motores de combustdo interna deve representar tres papéis: FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificag&o em Motores A determinacao de um filtro, sua constituigao @ as dimensées que deve ter no podem ser determinadas senao pelo perfeito conhecimento da granulometria das particulas que deve reter. MONTAGEM Existem duas formas de montagem do filtro de 6le0, correntemente utllizadas: em derivagao ou paralelo a em série. Filtro em derivagao ou paralel Nesta montagem (fig. 3.10) apenas uma parte do leo passa através do elemento filtrante, em caso de obstrugo deste, no 6 necessério existir uma valvula de seguranga. A quantidade de leo assim desviada ¢ pequena em relagao ao caudal debitado pela bomba, evitando assim perdas de carga no circuito de lubrificag3o. No entanto, € necessério um certo tempo para que todo o leo do carter seje filtrado. Em geral, este dispositivo permite uma filtragem de maior pressdo, pois a perda de carga no filtro nao afecta a lubrificagao do motor. Por outro lado, uma grande parte do éleo percorre 0 circuito de lubrificagao muitas vezes, antes de ser fltrado Calibre Canalizagao Principal Para o Carter Fig.3.10 ~ Montagem dle um filtro de dleo em derivaeéo ou paralelo FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificagao em Motores Filtro em séri Nesta montagem (fig. 3.11), todo 0 dleo proveniente da bomba passa pelo filtro. Esta disposigdo implica a existéncia de uma vaivula de seguranga, com passagem secundaria permitindo um curto-circuito do filtro no caso de obstrugao do mesmo assim como no arranque do motor, quando o éleo esta frio, em que a capacidade do fitro é insuficiente para assegurar a lubrificagao normal dos elementos. Esta valvula de seguranga pode ser montada dentro do proprio filtro ou externamente a este, como se pode ver na figura seguinte, Valvula de _ x —Invélucro Seguranga Valvula de Seguranca externa Cs wy a Bloco do Canalizacao. Principal Bomba de Oleo Fig. 3.11 - Montagem de um filtro de 6leo em série Quanto ao tipo de filtros existentes, podemos distinguir dois grandes grupos, os filtros estaticos € 0s filtros dinamicos: 4°=Filtros|estaticos: Podem ser de varias formas: FCEPRA ‘Componentes dos Sistemas de Lubrificagao em Motores De elementos filtrantes de superficie De elementos fitrantes de profundidade De pilhas de discos Estes elementos filtrantes so constituldes por telas metélicas com malhas muito finas, cujas combinagées podem ter definigées de filtragem diferentes segundo as necessidades, © grau de filragem pode atingir § microns (5n). Em alguns tipos, onde se empregam telas metélicas com malhas muito finas, estas incorporadas por especial em suportes de metal leve. Estes fitros tiltimas so processo tipos de aderéncia, as aparam, emulsées de também, por natureza gelatinosa, ou seja, as lamas, que devem ser objecto de uma atenta fiscalizagéo e de uma limpeza periédica, S20 também munidos de uma valvula de seguranga (Fig. 3.12). Filtros magnéticos: ‘A parte essencial deste aparelho um iman. (ou uma coroa de imans) colocado no interior de um cartucho que se insere na circulagao do leo. Este tipo de filtro retém as particulas ferrosas e também as impurezas de bronze ¢ outros metais no magnéticos. A figura 3.13 representa um corte de um filtro magnético, Fig, 3.12 - Disco de um fitro com tela metélica Fig 313 FCEPRA Pilhas de discos: Componentes dos Sistemas de Lubrificagao em Motores Um grande numero de discos de papel ou de metal empilhados uns sobre os outros, com um pequeno intervalo entre eles, constituem uma coluna de filtragem. A passagem do oleo faz-se pelos intervalos, as impurezas de maiores dimensées vo para o exterior da coluna enquanto as impurezas mais finas ficam presas nos _intervalos entre os discos. (Os depésitos acumulados em volta das colunas deixam entre si passagens cada vez menores e constituem os “elementos filtrantes” que aumentam a textura da filtragem, mas diminuem a capacidade. Fig 314 Elementos filtrantes (de superficie: Fig.3.14 — Corte parcial de um filtro de discos ‘com telas metdlicas mostrando 0 ircuto de leo 0 0 funcionamento dda valvula de seguranga intema © elemento filtrante apresenta-se sob a forma de uma folha permeavel. A dimensto dos seus poros condiciona a textura da filtragem. Com vista a reduzir a perda de carga, aumenta-se ao maximo a superficie filtrante que se deve alojar no menor espaco possivel. Por causa disto, a folha € dobrada numerosas vezes sobre si mesma, geralmente em modulago e mantida no lugar, através de uma armagao metalica. ‘Obtém-se assim um “cartucho de filtragem’ que € colocado numa caixa metalica ligada ao circuito de lubrificagao. © material filtrante pode ser de feltro ou de papel especial. O papel € geralmente impregnado com um produto destinado a aumentar a sua resistencia mecanica e também algumas vezes, destinado a modificar as suas propriedades de atracoéo quando em contacto com a agua, a fim de evitar um acumular de residuos muito rapido. FCEPRA Componentes dos Sistemas dé Lubrficagtio em Motores Nos dois casos, o elemento filtrante ndo se pode limpar € 0 cartucho deve ser substituido por um novo, logo que esteja sujo. A figura 3.18 mostra um filtro deste tipo Fig. 3.15 - Filtro de elementes fitrantes Fig.3.16 - Filtro de elementos fitrantes de superficie de profundidade Elementos filtrantes de profundidade : A materia filtrante € constitulda por fibras, de naturezas diversas: I, feltro, 1a de vidro, etc., aumentadas de maneira a formar uma mecha filtrante de grande espessura As fibras, dispostas em todos os sentidos, deixam entre si intersticios de dimens6es muito variaveis constituem uma rede filtrante na qual o éleo deposita progressivamente as suas impurezas, as mais grossas so retidas na entrada, a textura do filtro aumenta com a profundidade da penetragao (Fig. 3.16), Em todos estes casos de filtros anteriormente referidos, devem ser substituidos periodicamente para manter a sua eficdcia. Estes intervalos de mudanga sao estabelecidos pelos fabricantes 2°- Filtros dinamicos: Estes tipos de purificadores sao caracterizados pelos filtros centrifugos. © principio da centrifugagao foi utlizado em diversas aplicagSes, entre outras, para a depuragao de combustiveis liquidos, como os bleos de lubrifcagao. Os purificadores centrifugos exigem uma construgao muito cuidadosa e perfeitamente equilibrada. Sao apareinos dispendiosos geralmente para grandes motores e instalagSes industriais. FCEPRA Componentes dos Sistemas de Librificagao em Motores Filtro centrifugo refrigerado: Este tipo de filtro & constituido por um corpo cilindrico ou por uma caixa fechada por uma tampa, onde se encontra um rotor, que gira sobre um eixo concavo unido a caixa. Este eixo 6 perfurado, colocando em comunicagao com o interior do motor, a canalizagao de chegada do dleo poluido proveniente do motor. Dois canais verticais, provenientes do motor & munidos de um crivo metalico, permitem ao éleo escapar por dois bocais situados sob 0 motor. Como o aparelho esta ligado 20 circuito de lubrificag8o do motor, 0 dleo toma a sair com grande rapidez para os bocais, Por reacgo, faz girar o rotor (Fig. 3.17). A velocidade de rotag4o normal do rotor é da ordem de 45000 a 60000 rpm. Ela é condicionada pelo valor do binario de reacg6es que por sua vez depende das caracteristicas construtivas (diametro dos bocais e distancia que os separa) e das condigbes de uso (valor da pressao, viscosidade e temperatura do dle) Desligando o motor, o rotor deve continuar a roder algum tempo. Deve-se, por isso, escutar um ligeiro ruido. Fig. 3.17 - Corte de um fro centrifugo refrigerado Se este ruido no for audivel, @ porque o rotor parou rapidamente, isto indica um entupimento do feltro ou uma anomalia mecanica. Filtro cieton Este tipo de filtro, cuja utiizagao esta muito pouco difundida, é montado directamente sobre © circulto de lubrificagdo. Ele 6 acoplado a um filtro centrifugo, sendo este ultimo montado em derivagao com 0 circuito de lubrificagao (ig. 3.18) © dle sob press4o penetra primeiro no filtro ciclone onde sto projectadas contra as paredes as suas impurezas mais pesadas, depois elas séo arrastadas em direcgo a0, fundo pela corrente de dleo. Passando por uma canalizag&o interior do filtro ciclone, 0 leo nao purificado passa em seguida no filtro centrifugo onde as particulas estranhas restantes so projectadas contra a parede do cérter, onde elas se depositam. Este dleo limpo retoma ao carter do motor. FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificagsio em Motores © dleo, que se encontra na parte central do ciclone, esté isento de impurezas e € conduzide por uma canalizagao apropriada aos diversos érgaos do motor. 4 -Ciclone 2 - Canal de lubriicagao do compressor 3 ~Conexdo do contacto manual 4 — Carter do fir centrfugo 5 — Conduta de retomo ao carter do motor 6 ~ Canalizagao imitrofe dos érgtos do motor 7 ~ Canalizagao vinda da bomba de leo Fig.3.18 ~Filtro de dleo ciclone associado a um fro centrifugo refrigerado 3.7- MANOMETROS Manémetros para/aimedi fessa0 doll ‘Os manometros para a medida da pressao do 6leo so colocados em derivacio no tubo de Gistribuigao. Os manémetros sao constituidos por um quadrante graduado e uma caixa em que estd alojado um tubo metalico encurvado, fechado numa extremidade. Este ultimo esta ligado a uma seta indicadora por meio de um apropriado sistema multiplicador de alavanca € engrenagens, como se pode ver na figura 3.19, ‘Ao impulso do dleo, 0 tubo metalico, que € muito flexivel, tende a endireitar-se, obrigando a alavanca a movimentar-se e, portanto, a seta indicaré no quadrante o valor da pressé. FCEPRA ‘Componentes dés Sistemas de Lubrificarao em Motores Em geral, o quadrante esta graduado em kg/ cm? ouem metros de coluna de agua. Por vezes, a pressAo maxima © a minima dentro das quais se deve conter 0 valor da pressao, estéo marcados no quadrante com duas linhas vermethas. Em todos 0s automoveis_ um dispositive eléctrico avisa 0 condutor quando a presséo do dleo for inguficiente. Estes dispositivos so constituidos por um interruptor que Fig, 3.19 - Manémetro mecénico permanece aberto até que a pressio do 6leo se mantenha acima de certo valor. Quando a press&o desce abaixo do valor minimo estabelecido, o interruptor fecha-se, provocando o acendimento de uma lampada de luz vermelha, colocada no painel de instrumentos. Nos automéveis mais modernos utilizam-se exclusivamente indicadores de pressdo de comando eléctrico. Estes constituem um apr manémetros de tubo metalico, na medida em que se evitam no sé 0 perigo de ruptura do tubo, que provocava a salda do dleo sob pressao, como também a transmisséo do ruido originado pelo motor ao habitaculo do veiculo, vel aperfeicoamento em relagéo aos (© manémetro eléctrico @ constituldo por um verificador de press © um instrumento indicador. Uma membrana sujeita 2 presséo do leo tende a deformar-se de modo proporcional a esta. As suas deformagées, amplificadas por um sistema de alavancas, comandam um contacto mével sobre uma resisténcia, originando uma resisténcia varidvel coma presséo. E constituido por um ponteiro ligado a uma ancora, por sua vez sujeita ao campo magnético gerado por duas bobinas. A bobina principal é percorrida por uma corrente que depende da tenséo de alimentagao e pela resisténcia do veriicador da presséo. A bobina auxliar € percorrida por uma corrente proporcional apenas a tens&o de alimentagao. Como a accao das duas bobinas sob a ancora se contrapde, 0 movimento do ponteiro ¢ proporcional apenas & resisténcia do verificador de pressao, sendo insensivel as variagbes de tensdio do sistema (Fig. 3.20) FCEPRA Componentes dos Sistemas de Lubrificagao em Motores 1. Membrana. 2. Alavancas amplifcadoras. 3. Resistencia variével. 4. Bobina principal, §. Ancora. 6. Escala graduada, 7, Ponteiro. 8. Bobin auxiliar Fig. 3.20 - Manémetro eléctrico, ‘Manémetros para a medi¢ao da viscosidade do 6leo: Para controlar a viscosidade do dleo que circula pelo motor, certos construtores equiparam 08 seus veiculos com um indicador de viscosidade (Fig. 3.21). Este instrumento € colocado entre @ bomba de 6leo e a canalizago principal. Uma certa quantidade de éleo chega através de um filtro € de um orificio calibrado a uma camara tapada por uma valvula, que ‘comunica com uma segunda camara por meio de outro ofificio calibrado. Dai uma canalizagao conduz 0 dleo ao indicador de viscosidade e uma tubulagao calibrada devolve 0 dleo ao carter. Fig.3.21 ~ Principio de funcionamento de um A pressao na primeira camara € constante, indicador de viscosidace pois depende do regulador da mola e néo da pressao da bomba, a menos que esta seja inferior a um certo valor. Uma parte do 6leo passa a segunda camara e volta ao carter pelos tubos calibrados, Quanto mais viscoso & o dleo, mais dificil € 0 seu retorno pelos tubos € Portanto, a aguiha do indicador de viscosidade acusa a pressfio que reina na segunda camara, indicando sobre o painel o indice de viscosidade do éleo: baixo, normal e alto. FCEPRA Sistemas de Lubrifcagao em Transmissbes 4- SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO EM TRANSMISSOES A lubrificago de todos os elementos giratorios e deslizantes das transmissoes necessaria, nao somente para evitar o desgaste, mas igualmente para assegurar 0 arrefecimento dos mesmos. O 6leo deve separar as superficies deslizantes uma da outra e ao mesmo tempo evacuar 0 calor que se desenvolve na pelicula de dleo. Nao s6 nas superficies lisas se forma uma pelicula de éleo. Isto também acontece entre os dentes das engrenagens. Mas & necessario considerar que para as engrenagens as superficies de contacto séo arredondadas e portanto os fenomenos no se passam como nas superficies lisas, temos uma situag&o de lubrificagao totalmente diferente. © mecanismo de lubrificacdo funciona da seguinte maneira; as moléculas de dleo distribuem-se sobre a superficie das pecas a lubrificar. O dleo aderente é em parte “cagado” no lugar onde a maior forga ¢ aplicada. Como consequéncia a presséo do sleo aumenta por sua vez este aumento da presséo da pelicula de dleo tem como consequéncia um aumento da viscosidade. Como 2 viscosidade aumenta, 0 leo ndo consegue escapar facilmente do espago entre as superficies em contacto. A viscosidade aumenta numa proporeao de 1000 para 10000, até ao ponto em que a pelicula de 6leo fica quase sélida, © que pode ter consequéncias bastante graves para os dentes das engrenagens, podendo mesmo partirem. Em resumo, podemos concluir que no caso das transmissdes nos seus componentes como carretos, veios ou rolamentos, temos presses enormes que reduzem a espessura da pelicula de 6le0 a menos de 1 micron. Deve-se ent&o utilizar dleos especiais, resistentes as grandes press6es que se verificam, o que permitira reduzir 20 minimo o desgaste dos dentes. Normalmente estes dleos possuem aditivos especiais para suportarem altas presses sem perderem o poder lubrificante. 4.1- LUBRIFICAGAO POR CHAPINHAGEM Quase todas as pecas das transmissées s4o lubrificadas e refrigeradas por 6leo projectado pela rotag8o das préprias pecas. 0 leo projectado provém de uma ou de varias engrenagens que rodam mergulhadas num banho de dleo. Este sistema de lubrificagéio por chapinhagem simples apresenta um certo FCEPRA Sisterias de Lubrificagéio em Transmissoes numero de inconvenientes que, nas condigSes de utllizago actuais, se tornam cada vez ‘mais importantes. Quando a viscosidade do éleo ¢ elevada, as engrenagens cavam um sulco no lubrificante e Projectam 0 éleo por centrifugacéo. Mesmo quando a viscosidade do dleo € fraca, é necessario um certo tempo para obter uma pulverizagao de dleo correcta. Mas sobretudo certas pegas que se encontram nos angulos das caixas de velocidades néo séo alimentadas de 6leo correctamente, como por exemplo os rolamentos dos veios primario € secundario ue por vezes nao so bem alimentados de leo. Numa situagao em que uma viatura passa directamente do arrangue a frio, para uma situagao de engarrafamento no trénsito, as engrenagens da transmisséo giram muito lentamente ou até permanecem paradas, durante um periodo mais ou menos longo. Esta situagao no é favordvel & lubrificago, caso haja muito pouco ou quase nenhum éleo projectado sobre as partes a lubrificar. O velo primario gira entretanto na caixa de velocidades fazendo as projecgées suficientes para assegurar a lubrificag&o (Fig. 4.1). Dentes da Fig.4.1 - Engrenagens que giram merguihadas no leo, arrastando este e Ccentritugando-o sob a forma de pequenas gotas. De notar que quando da ‘ubstituicao do 6leo, ela $0 6 feta em relagéo ao leo do carter inferior. Durante a sua rotagao, os dentes das engrenagens mergulhados no dleo encontram uma resistencia. Essa resisténcia consome poténcia e portanto combustivel, ¢ entdo fundamental que se consiga reduzi-la ao minimo. 25) (uBR FCEPRA Sistemas de Lubrificago em Transmiss6es Podemos de resto render-nos @ importancia da travagem devida ao batimento no leo, quando deixamos rodar 0 carro em ponto morto e com as medigbes que efectuamos nesta ‘ocasi8o, demonstra-se em geral que para uma viatura sujeita a baixas temperaturas (-10 °C) a resistencia & deslocagéo a 60 km/h € quase to elevada como para deslocagbes a 100 krh quando © motor, 2 caixa e todas as outras transmissées esto quentes. Estas perdas devidas ao batimento no éleo nao so 56 devidas & rotago das engrenagens no banho de dleo. Na caixa de velocidades existe todo um equipamento de peas de sincronismo que gram proximas umas das outras e umas devido as outras. Cada jogo de engrenagens gira sua velocidade propria, determinada pelas relagdes de némero de dentes e essas rotagSes diferentes levam a atritos por batimento no éleo importantes. 0 aumento das perdas de poténcia por batimento no éleo dependem da velocidade de rotagao, do motor, da velocidade da viatura e também do nivel de dleo na caixa de velocidades Um mau nivel de dleo pode dever-se a varias razées: Existe também 0 caso em que transmissées cheias até ao topo aquecem até um tal ponto que 0 6leo se deteriora, ou sofrem os efeitos da pressdo excessiva que os retentores dos veios cedem. Portanto pode-se concluir que quer um enchimento excessivo quer um enchimento defeituoso das caixas de velocidades ou de qualquer outro tipo de transmissées, originam uma ma lubrificagao. Neste sistema de lubrificagao por chapinhagem, para trazer o 6leo para os locais onde se deve encontrar, s40 utlizados pequenas goteiras e canais de lubrificagdo. As goticulas ccentrifugadas a0 longo das paredes e que por elas escorrem de retorno ao céiter, S40 recuperadas por pequenas goteiras em material pléstico ou em metal e transportam 0 leo através de veios com canais para os rolamentos das engrenagens, com o fim de lubrificar € refrigerar estes. A centriugago do éleo provoca a pulverizago sobre todos os érgaos, projectando-se uma quantidade significativa nas paredes do carter. Este contacto com 0 céirter contribui em grande parte para o arrefecimento do 6leo. PICEPRA Sistemas de Lubrificagao em Transmissoes Por vezes so utilzados rolamentos de rolos cénicos como bombas. Com efeito, gragas & diferenga de dimetro entre 0 exterior @ 0 interior, © leo € propulsionad sobre uma direcgo, E preciso nao esquecer que este sistema ndo funciona bem quando o dleo € muito fluido e & centrifugado pelas engrenagens (Fig. 4.2) 10 1 = Velo primario; 2 ~ Oleo pulverizado; 3 ~ Goteira de leo; 4 — Veio secundétio; 5 — Veio primario; 6 — Passagem do dleo; 7 — Oleo pulverizado; 8 ~ Veio secundario: ‘9 —Tubo de dleo; 10 — Veio secundario. FFig.4.2 - Neste exemplo as goticulas de leo projectadas, $40 transportadas por uma goteira @ por um pequeno tubo. Veios com canais lubrficam as engrenagens da caixa, O rolamento do veio ‘Secundério é lubrifcado por projeceao de éleo. 4.2- LUBRIFICACAO POR CIRCULAGAO FORGADA Para elevadas velocidades de rotaco, ¢ necessario injectar o éleo directamente sobre os dentes das engrenagens em rotagao. © 6leo de lubrificagae € quase sempre arrastado pela centrifugagao provocada pela face dos dentes, Quanto mais quentes se encontrarem as faces dos dentes menor & 0 tempo que 0 6leo projectado para a periferia dispoe para refrigerar os dentes, que receberam um forte aquecimento devido ao atrito E por esta razdo que & necessario prever uma lubrificago por circulag&o forpada. Para se efectuar este tipo de lubrificago, ¢ necessdrio possuir uma bomba de dleo para injectar 6leo sobre as faces dos dentes exactamente no local em que eles se encontram em contacto. PRUE! LUST MOSS (SS EE FCEPRA Sistemas de Lubrifcacao em Transmissbes Quando a velocidade de rotagao aumenta, a quantidade de calor aumenta também e por consequéncia é necessério refrigerar de uma forma mais precisa as faces dos dentes no local exacto onde se desenvolve a maior quantidade de calor. Deste modo utilizam-se sistemas de lubrificagdo e refrigeragdo munidos, em varios pontos, de pequenas tubeiras de 6leo que injectam este na zona de engrenamento de cada jogo de engrenagens. Os rolamentos podem igualmente receber uma parte do dleo de lubrificagao. No entanto, € necessério ser-se extremamente cauteloso na realizacao destas instalagbes, porque a injecgdo de leo sobre as zonas de engrenamento dos dentes, assim como sobre 08 rolamentos € muito importante e deve ser feita nas devidas quantidades, o que pode trazer dificuldades imprevistas. Nas transmissées normais dos automéveis, o sistema de lubrificagao por circulagao forgada 6 ainda pouco utlizado. De facto, as vantagens que este sistema traz no compensam os custos suplementares inerentes a este tipo de instalagSes. Estes custos sao devidos & necessidade de montar uma bomba de 6leo accionada pela transmisséo, um fro de dleo, uma valvula de seguranga e um elevado ntimero de canais de leo no carter da transmisséo. Como no sistema de lubrificagao por circulagao forgada existem tubeiras de éleo, é preciso ter em conta que, quando o éleo esta frio, ¢ necessario um certo tempo para que estas reunam 0 dleo e como um abaixamento do nivel de 6le0 na caixa de velocidades pode verificar-se logo apés 0 arranque, 0 éleo esta de certa forma exposto sobre todas as paredes em vez de se encontrar 2 um determinado nivel no carter. velocidades. FCEPRA Sistemas de Lubriicagdo em Transmissoes No exemplo da figura 4.3, a lubrificagao é feita por circulaga0 forgada, Todos os rolamentos criticos nas secg6es principal e planetaria da caixa s4o lubrificados a pressdo atraves de canais existentes nos veios. A bomba de dleo é accionada directamente pelo velo secundérrio, tendo dimensées suficientes para assegurar a pressdo maxima com o motor em baixa rotago. A caixa de velocidades também tem um sistema de lubrificago por chapinhagem, com os carretos do veio secundario parcialmente submersos num banho de 6leo. 0 6leo de lubrificagao € limpo num pré-filtro, tendo as unidades principal e planetéria bujoes magnéticos para reter todas as particulas metalicas. Uma lubrificac&e segura e éleo limpo 80 indispensaveis para uma longa durago. 4.3 - A REFRIGERAGAO DO OLEO. A refrigeracao'sem radiador: © ar que se desloca ao longo dos carteres das transmiss6es, escoa uma certa quantidade de calor. calor desenvolvido nas transmissées é funcao da poténcia fornecida pelo motor € do nivel de perdas da transmissao (Os dentes engrenados, as engrenagens mergulhadas no dleo, os rolamentos, os elementos de sineronismo e os retentores, todos contribuem para a criacao das perdas por atrto, © 6leo absorve a maior parte do calor conduzindo-o sobre as paredes do carter da transmisséo. Por isso, quando 0 veiculo para, 0 éleo do cérter permanece quente durante algum tempo. E evidente que, quanto mais elevado for o nivel de dleo no carter, mais leo aquece e consequentemente tem de arrefecer. Um nivel de dleo baixo leva a uma temperatura elevada. Com efeito, mesmo que as perdas por batimento no éleo sejam reduzidas, a transmiss4o das perdas por atrito para as paredes superiores do carter da caixa de velocidades efectua-se com mais dificuldade. Este aumento da temperatura do leo no € em caso algum desejavel porque aumenta a transmisséo dos ruidos e a carga térmica do proprio éleo, Quando uma viatura circula em tempo chuvoso, é frequente que o arrefecimento da transmissao seja t8o eficaz que a viscosidade do éleo aumenta fortemente. FCEPRA ‘Sistemas de Lubrificago em Transmissbes Este rapido aumento da viscosidade exerce uma influéncia sobre a lubrificagéo por projecc&o assim como sobre os sincronizadores e muitos automobilistas ja se aperceberam que © sincronismo da caixa do seu carro esta a falhar durante 0 tempo chuvoso, mas sem saberem precisamente que a verdadeira raz8o nao ¢ propriamente a chuva mas sim 0 arrefecimento anormal do leo na caixa de velocidades. A refrigeragao com radiador: Para as caixas de velocidade, especialmente as manuais e com o diferencial no mesmo carter, a quantidade de calor desenvolvida na transmissao pode ser tal que a temperatura do dleo ultrapasse os 170°C. Desta forma o construtor é confrontado perante duas opodes: Ele pode utilizar um radiador de dleo (fig. 4.4) ou utilizar um 6leo lubrificante sintético especial, A utilizagdo de um radiador de éleo pressupée a utilizacao de uma bomba de éleo, mas tal sistema nao é muito simples nem funcional. Quando o radiador de éleo nao tem termostato, a temperatura do dleo pode baixar até um ponto tal, fora das condigbes extremas de grande velocidade ou de temperatura exterior muito elevada, que os problemas de lubrificagao e de sincronismo podem ser comparaveis ‘aos verificades no inverno, em que a viscosidade aumenta muito, aumentando assim as perdas por batimento das engrenagens no 6leo. Uma solugdo interessante 6 constituida pelo permutador de calor, em que o liquido de refrigeragdo serve para reaquecer rapidamente 0 dleo do diferencial e serve ao mesmo tempo para reffigerar esse Oleo quando a temperatura deste ultrapassa a do liquide de refrigerag&o. Evita-se assim quer as perdas excessivas por batimento das engrenagens no 6leo devido ao facto de este n&o ter ainda chegado a temperatura Optima, quer a ma lubrificagao geral inerente a elevada fluidez do 6leo quando a sua temperatura ¢ elevada, FCEPRA Sistemas de Lubrificagso em Transmissées Fig.4.4 ~ Quando se utiiza uma bomba de 6leo para a lubrificagdo, podemos igualmente instalar ‘um radiador de 6leo © ar contido nas transmissées cria também sérios problemas, uma vez que tende a dilatar- se quando a temperatura aumenta, Isto significa que se a transmisséo esta estacionéria a temperatura ambiente, ela fica sujeita a uma pressfo excessiva quando a temperatura no seu interior aumenta e fica sujeita 2 uma depresséo se a temperatura no seu interior diminuir para valores inferiores & temperatura ambiente, Sao utilzadas juntas nas quais os labios so capazes de se deslocar no caso de depresséo, podendo assim permitir a entrada de ar exterior. Quando a transmissao aquece, a presséo no interior do carter aumenta, © que tora a estanquicidade do dleo mais dificil. Os labios des juntas do éleo s&o empurrados fortemente sobre os veios © mesmo que a estanquicidade se mantenha, o atrito © o desgaste aumentam. ‘A purga de ar, de um espago cheio de dleo quente, nao ¢ uma operacao simples. Em geral forma-se uma espuma que provoca uma pulverizacao do leo. A purga de ar para o exterior livre de 6leo & muito dificil. E necessério ter 0 cuidado devido para que nao entrem para 0 interior da transmissao humidade ou impurezas A figura 4.5 mostra 0 caso de uma purga de ar num diferencial, realizada com a ajuda de uma serpentina de desarejamento e de um pequeno depésito de desarejamento, PCEPRA Sistemas de Lubrificagso em Tranemissoes 4 — Roda dentada: 2 — Engrenagem planetaria do eixo da roda; 3 ~ Engrenagem satelite; 4 — Estrutura do diferencia; 5 - Veio do carreto; 6 ~ Tubo flexivel do mecanismo de desarejamento, Fig.4.5 sie iTransmissoes ae FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias 5 - DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS 5.1- DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS NOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO DOS MOTORES (© bom funcionamento do sistema de lubrificagao de um motor é de vital importancia para a durago do mesmo. Por este motivo deve-se controlar periodicamente 0 funcionamento deste ou efectuar reparagdes nos casos em que surgirem anomalias. ‘As comprovagdes que se devem realizar comegam por ume verificagao da pressao no Circuito de lubrificagao, Para isso instala-se um manémetro na canalizago principal de lubrificago, como se mostra na figura 6.1. O controle da presséo deve realizar-se a diferentes regimes de rotagéo do motor, com este quente. Com 0 motor 20 ralenti, a presséo indicada pelo manémetro estar compreendida entre 1 ¢ 2 kg! cm*. Acelerando lentamente, deve-se observar uma subida gradual da presso com a rotagao, sem que se detectem oscilagbes do pontelto. do manémetro. Uma vez chegados a um regime deve proximo das 4000 r.p.m., a presséo indicada pelo manémetro deve ser superior @ 3,5 kg/cm? e no ultrapassar os 5 kg/cm®, Naturalmente este valores so de referéncia. No entanto, as, especificagdes. indicadas variam muito pouco de uns motores para os outros. pelos fabricantes ‘seomanémetroindicarzero: Causas: Fig. 5.1 - Exemplo pritico da instalago de um ‘mandmetro medidor da pressdo 1) Falta de dleo no carter. € a primeira coisa a verificar, pois pode-se ter perdido leo por um bujéo mal apertado ou que tenha caido. FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias 2) Chupador obstruido por impurezas. A bomba costuma aspirar 0 6leo através de um chupador de malha metélica, que pode ser obstruido, por excesso de sujidade. Basta limpar 0 chupador com uma escova e gasolina, Na verdade, este defeito verifica-se antes que © manémetro indique zero, pois de cada vez que se acelera o motor, 0 manometro assinala uma queda de presséo. Isto deve-se ao facto de que, em baixas velocidades & necessério passar bastante éleo para alimentar a bomba e o chupador ‘sujo no deixa passar a quantidade necesséria de dleo quando o motor é acelerado. 3) A bomba funciona mal, as causas podem ser: 3.1) Ruptura do eixo de comando ou engrenagem. 3.2) Mangueiras ou juntas com fuga. 3.3) Defeito interno, por exemplo, ruptura ou desgaste de uma palheta, ou dos dentes da bomba. Se a bomba for de pist8o, as valvulas podem estar a fechar mal devido a alguma impureza que no a permita assentar dirito. 3.4) Nos motores em que a bomba nao fica imersa no éleo do carter, or exemplo, quando a bomba fica situada no veio da arvore de cames e aspira 0 6leo por um tubo, pode ser que a bomba nao esteja a ser alimentada, por haver pouco 6leo no carter ou por existirem entradas de ar indevidas na aspiragéo da bomba, por causa de uma ma vedagao, etc 4) Valvula de descarga mal fechada por ruptura da mola ou atraso do pistéo devido a sujidades tendo como consequéncia o retorno do 6leo para o carter em vez de lubrificar o motor. Causas: 1) Oleo muito diluido, tendo perdido viscosidade, o que pode ser verificado retirando a vereta medidora do nivel de dleo & constatando o estado deste. | 82 [ubilieseseateh tors Trensmuissie a FCEPRA Diagnéstico das Principals Avarias 2) O filtro de 6leo parcialmente obstruido, o que implica a limpeza ou a substituig’o do mesmo. 3) Folga excessiva nas engrenagens da bomba de dle, 4) Vélvula de descarga em mau estado ou regulada para valores muito baixos, 0 que implica @ desmontagem da mesma e posterior regulagao. 5) Casquilhos do motor gastos, pelo que 0 dleo se escapa com muita facilidade pelas folgas excessivas existentes. 8) Cleo inadequado a0 tipo de motor ou & época do ano, o que implica 2 utilizagdo do éleo correcto. r Pressao excessiva|nomanonie Causas: 1) _Valvula de descarga presa, impedindo a sua abertura, © que implica proceder & sua desmontagem e reparacéo. 2) Valvula de descarga regulada excessivamente alta. A modificagéio da regulagdo faz-se modificando a tenséo da mola, Para isso colocam-se anilhas adequadas entre a tampa roscada e a carcaga da bomba, 3) Canalizag6es obstruidas parciaimente, o que implica a limpeza das mesmas, pelo que se deve vazar todo 0 dleo e montar outro mais fluldo, fazendo funcionar 0 motor nestas condigbes durante 30 minutos, no final dos quais se volta a vazar o circuito € coloca-se 0 6leo adequado. 4) Oleo inadequado ao tipo de motor e a altura do ano, neste caso deve-se substituir 0 dleo pelo correcto. FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias Manémetro oscila, caindo a zero varias vezes: Causas: 1) Falta de dieo. Com as oscilagdes do carro em movimento, 0 éleo em pequena quantidade vai de um lado para 0 outro do carter, deixando por vezes a bomba seca, Se 0 chupador desta nao estiver submerso no 6leo, podera ficar sem alimentagao, o que nao deve acontecer. Consumo excessive de éleo, Nas figuras 52 ¢ 6.3 estéo detalhadas as causas mais Provaveis de um excessivo consumo de leo, que pode originar-se por perda ou por combustao nos cilindros. Nas legendas de ambas as figuras enumeram-se as causas FCEPRA Diagnéstico das Principals Avarias | Perdas | 1) Junta do carter da distribuigao. 6) Obstrugéio no tubo de retorno para © carter, desde 0 retentor de dleo na extremidade traseira_ da cambota 2) Tampa do carter da distribuigao 7) Tampao da extremidade da arvore empenada ou partida de cames 3) Junta inferior do carter. 8) Retentor direito danificado: 4) Carter inferior partido, com 9) Junta danificada. fendas. 5) Defeito no retentor de dleo, na 10) Cambota empenada, descentrada, contra extremidade traseira da que bombeia dleo pela junta. cambota. Queimas 11) Segmentos gastos ou sem | 18) Folga excessiva no apoio dianteiro da elasticidade. ‘cambota. 42) Segmentos retorcidos. 19) Oleo dilutdo. 13) Cilindro gasto, _ovalizado, nico. 14) Saia do pistéo (se tiver rasgo) ‘sem elasticidade ou aperto no cilindro. 15) Pistéo com oscilagées. 16) Biela empenada. 17) Folga lateral excessiva na cabega da biela. Diagnéstico das Principais Avarias Fig. 5.3 - Corte transversal de um motor, mostrando mais causas de consumo excessivo de éleo. 1) Junta da tampa de vaivulas. 2) Tampa das valvulas torta ou partida, 3) Guias das valvulas gastas. 4) Tampa ou separago entre o cérter @ os impulsores danificada, com vaivulas na cabega, excesso de lubrificagdo no veio de balanceiros (OHV) ou do velo das cames (HC). PCEPRA Diagnéstico das Principais Averias Queima shih gangiaas 5) Respirador obstrudo. 9) Casquilhio da cabega da biela ovalizado. 6) Segmentos folgados. 40) Casquilho da cambota ovalizado, 7) Furos de passagem do 6leo obstruidos. | 11) Faces laterais riscadas. 8) Cilindro riscado. 12) Mola da valvula de descarga bloqueada por sujidade. Analisando as duas figuras anteriores, compreende-se as razées de cada causa Especialmente deve-se examiner: 1) Todas as juntas ou pontos onde haja gotejamento. 2) Usar dleo adequado e trocé-lo nas alturas devidas. 3) Limpar e manter livres as entradas e saidas da ventilagao do carter. 4) Ajustar, com a valvula de descarga, a presséo de lubrificagao ao valor normal indicado pelo fabricante. 5) Manter correcto o nivel, sem excessos. Quando as anomalias encontradas nestas comprovagbes, impliquem a desmontagem da bomba de dleo procede-se a esta operagdo e limpam-se os components, passando depois fa inspeccionar @ carcaga, que no deve apresentar fendas ou golpes de nenhum tipo Especial ateng&o merecem as superficies planas de acoplamento com outras pegas, que devem estar polidas, sem ranhuras nem golpes, ‘As engrenagens devem encontrar-se em perfeito estado, sem desgastes excessivos, roturas de dentes ou qualquer outra anomalia. Em caso de necessidade de substituiso deverdo ser substituidas sempre as duas. Movendo em separado cada uma das engrenagens em duas direcg6es opostas, com estas montadas na carcaga, pode-se detectar a folga de montagem, que deverd ser medida com um comparador. A folga maxima admissivel é de 0,2 mm e a tolerancia de montagem deve ser de 0,1 mm, FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias Deve-se verificar iguaimente a folga existente entre as engrenagens e as paredes do corpo da bomba, introduzindo uma lamina calibrada entre ambos (fig. 5.4). A folga nao deve superar os 0,2 mm. Caso contrario, deve-se substituir as engrenagens e se for necessario, a carcaga da bomba também. A folga de montagem estabelecida ¢ de 0,1 a 0,15 mm. Deve-se também controlar a folga existente entre as faces superiores das engrenagens © a tampa de fecho da bomba, como mostra a figura 5.6. Se esta for superior a 0,18 mm substitu-se as engrenagens ou a carcaga. A folga de montagem esta compreendida entre 0,01 e 0,08 mm, Uma vez efectuadas estas verificagées na bomba de dleo e reparados os defeitos encontrados, procede-se @ sua montagem, durante a qual se fazem rodar a mao as engrenagens comprovando que néo existe qualquer tipo de entraves a sua rotapdo. Fig. 5.4 - Venificagdo da folga existente Fig. 5.5 - Vertficagao da folga existonte entre entre as engrenagens © as @s feces superiores_— das paredes do corpo da bomba. engrenagens e a tampa de fecho da bomba, No caso de uma bomba de lébulos, deve-se verificar igualmente as gretas, folgas, deformagées, etc., como no caso das bombas de engrenagens. E em particular, o desgaste do rotor interno © do rotor externa, como se verifica na figura 5.6, em dois locais particulares. Os valores encontrados devern estar compreendidos entre as seguintes tolerancias: No caso em que os valores encontrados no estiverem dentro das especificagées, deve-se substituir em conjunto o rotor interno e o extern. FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias Cota A: minimo 0,04 mm, maximo 0,3 mm. Cota B! Minimo 0,02 mm, maximo 0,18 mm Fig.5.6 ~ Cotas de verificagao para bombas de dleo de lobulos Para além destas verificagbes detalnadas do sistema de lubrificagSo, deve-se verificar igualmente se existem fugas de leo através da junta do cérter de leo e érgtios auxiliares fixados ao bloco, como a bomiba de gasolina, o que pode ser detectado através de manchas no exterior. Se for necessério limpam-se as superticies supostamente com fugas e faz-se funcionar © motor até alcangar a temperatura de regime, observando posteriormente as ditas zonas para detectar possiveis fugas. A figura 5.7 mostra os pontos de fuga mais comuns de um motor. Ha ocasiées, em que as fugas de oleo sto motivadas por uma presso excessiva dos gases do carter, devidas geralmente a um irregular funcionamento do circuito de ventilagao do mesmo. Por esta razio deve-se verificar 0 estado dos seus componentes e realizar uma limpeza dos mesmos antes de proceder a deteceao de eventuais fugas de éleo. rer, FCEPRA Diagnéstico das Principais Avarias Retirando a tampa para a colocacao de dleo no motor, com 0 motor em funcionamento, pode-se observar a saida de vapores de dleo através dela, o que significa desgaste excessivo dos segmentos, com uma perda notavel da presséo de combustéo para o carter. Neste caso era necessario reparar 0 motor. 5.2- DIAGNOSTICO DAS PRINCIPAIS AVARIAS NOS SISTEMAS DE LUBRIFICAGAO DAS TRANSMISSOES Apesar dos progressos da técnica construtiva das transmissdes actuais, continuam a existir problemas de passagens de velocidades ou de ruidos. O “arranhar’ nas passagens de velocidades ocorre na maior parte das vezes no tempo frio. Por sua vez, os problemas de ruidos surgem especialmente quando a caixa esta quente. Quando conhecemos as razdes de um problema é mais facil encontrar a solug&o para o mesmo. Os sintomas normais das avarias em transmissées, caracterizam-se por ruldos provocados pela falta de lubrificagéo nos érgdos que deveriam ter sido irrigados, 0 que origina a gripagem dos mesmos como, por exemplo, rolamentos, dentes de carretos e engrenagens Nos sistemas de lubrificagéo de transmissbes por chapinhagem as principais avarias ocorrem por auséncia de lubrificacao, como neste sistema quase todas as pegas das transmissées $40 lubrificadas por 6leo projectado pela rotagéio das proprias pegas, a auséncia completa de dleo no céirter das mesmas ou um nivel muito baixo deste provoca inevitavelmente a ma lubrifcagao de toda a transmisséo em causa, originando o aquecimento excessivo entre superficies metélicas em contacto o que leva a gripagem e/ou quebra das mesmas. Por vezes, com niveis de 6leo baixos, 0 que se passa é que a lubrificagao por chapinhagem da peca que entra directamente em contacto com 0 dieo suficiente, mas 0 dleo projectado que deveria atingit as goteiras e canais existentes em varios sitios da transmisséio, nfo chega aos mesmos e portanto ndo é transportado para os locais de lubrificagéio mais dificeis, provocando, com o tempo, a deterioracao das pecas la existentes. Por estes motivos € de extrema importancia a verificagdo periddica do nivel de dleo nestas transmiss6es. O principal motivo da variagéo do nivel de éleo so as fugas, quer no carter da transmisso quer junto aos retentores. A andlise cuidade da localizagao destas € muito importante, Para nos ajudar a detectar a origem da fuga, é aconselhavel que primeiro se limpe a transmissao e depois se deite no dleo um pouco de aditivo fluorescente. Faga uma prova de estrada e, entéo, localize a(s) fuga(s) com a ajuda de uma luz ultravioleta. FCEPRA Tipos de fugas de dleo: Diagnéstico das Principais Avarias Causa possivel Verificagao ou correcgao Formagao de espuma devido ao uso de lubrificante incorrecto Substituir © lubrificante por um adequado Nivel de lubrificante demasiado elevado Usar s6 a quantidade adequada, fornecida pelo fabricante Juntas com fuga ou inexistentes Substitui-las Bujao solto Apertar Pernos de aperto da transmisséo Apertar soltos Gretas na transmissao Substitui-ta Retentores danificados ou Substituir inexistentes Nos sistemas de lubrificagao de transmissées por circulagao forgada as principais avarias ocorrem, um pouco 4 semelhanga daquilo que jé falémos para motores, se houver canals obstruidos, se a bomba estiver avariada, se 0 filtro estiver saturado ou se houver fugas de 6le0 do sistema para o exterior. No caso de canais obstruidos deve-se retirar todo 0 dleo do circuito e substitul-lo por outro mais fluldo, pr o sistema a funcionar e ap6s algum tempo voltar a colocar 0 6leo adequado. Se 0 problema for do filtro deverd ser substituido ou limpo, No caso da bomba néo debitar 0 caudal suficiente, deve-se verifcar todas as suas dimensSes construtivas como referimos anteriormente no caso das bombas de 6leo dos motores, posto isto reparé-la ou substitui-la, ‘Se o problema forem fugas, os procedimentos a efectuar estéo indicados na tabela anterior. FCEPRA Lubrificagao - Manutenga0 6- LUBRIFICAGAO — MANUTENGAO Manutengao Periédi Por Manutencio Periddica, deve-se subentender um conjunto de operagoes de verificagao sistematica dos componentes ou das fungées, operagées a serem efectuadas em condigbes precisas em periodos bem determinados. Esta defini¢&o corresponde ao que se pode igualmente chamar manutenao preventiva, em oposigao & manuteng&o curativa, que s6 se da apés a avaria ou quando as condigdes de utiizagdo parecem exorbitar no baixo rendimento e no consumo excessivo de combustivel € lubrificantes. ‘A manutengao preventiva 6, em si, relativamente custosa, & totalmente os riscos de incidentes técnicos ou mesmo de acidentes, revela-se, afinal, i, Mas, por eliminar quase extremamente benéfica, por causa de uma satisfagao total das condigdes de exploracao comercial do material em questao. 6.1- LUBRIFICAGAO - MANUTENGAO DE MOTORES ‘A partir do momento em que o dleo é introduzido no motor comega a perder as suas propriedades lubrificantes. Esta perda gradual da qualidade deve-se especialmente & ‘acumulagao de produtos contaminantes, por exemplo, a agua e as lamas. Por outro lado, ‘em consequéncia da combustdo, tendem-se a formar particulas carbonosas, algumas das quais vo parar ao dleo para além das gomas, acidos e resinas que surgem devido a ‘combustéo € no proprio éleo devido as altas temperaturas a que esté submetido. Tambem ha que ter em conta que 0 ar aspirado para a mistura, leva consigo poeiras e apesar do filtro ser muito eficaz, n&o consegue purificd-lo completamente. O motor, além disso, desprende pequenas particulas metdlicas, consequéncia do desgaste das suas pegas. Todas estas particulas e corpos circulam arrastados pelo éleo. A medida que aumenta a quilometragem efectuada pelo motor, acumulam-se quantidades crescentes de todos estes produtos no 6leo e, apesar da fitragem do mesmo, parte das impurezas acumuladas permanecem nele. © resultado € que ao fim de um tempo o éleo vai t40 carregado de sujidade que € impossivel garantir a sua qualidade e basta que n&o ocorra a sua substituigso por dle limpo, que o desgaste do motor aumentaré rapidamente. FCEPRA Lubrificagao - Manutengao Os dleos modernos estéo preparados para “lutar’ contra a sua contaminagéo. Contém produtos quimicos (aditivos) que impedem e reduzem a corrosdo e a formagéo de espumas, a0 mesmo tempo que ajudam o motor a manter-se limpo. De qualquer forma, néo ‘conseguem conservar a pureza e limpeza do dleo indefinidamente. Ao fim de um tempo de funcionamento, 0 6leo esté muito contaminado e deve ser trocado. Este tempo varia em fungao das condigdes de utilizago do motor. Actualmente com os novos lubrificantes e com os modernos filtros, os fabricantes de automéveis, em condigbes de funcionamento favoraveis aconselham que se substitua 0 leo cada 2 meses ou 5000 km (se estes se realizarem antes deste periodo de 2 meses), outros estabelecem intervalos de 2 meses e 7500 km. No caso da utllizagS0 de éleos sintéticos este intervalo pode ir até aos 10000 km, Nao obstante todos recomendarem que Se as condigSes de funcionamento néo forem to favordveis arranques e paragens frequentes, tempo frio, pé, etc., as trocas devem ser feitas mais cede. Os fabricantes de automéveis recomendam igualmente, a mudanga do filtro do éleo cada 10000 km. Mudanga do 61e0 do moto © leo, como ja referimos, deverd ser substituido ao fim de um certo numero de quilémetros, conforme recomendado pelo fabricante. Deve montar-se um filtro novo, igualmente por indicagao do fabricante. Para mudar 0 éleo ao motor, comprove-se que © automével se encontra numa superficie horizontal, visto 0 carter estar projectado para se esvaziar completamente apenas quando o automével estiver nesta posigso. Para recolher 0 éleo (evitando 0 seu derrame) coloca-se um recipiente com capacidade para pelo menos 5 litros, pois @ sua capacidade pode conter todo 0 6le0 esvaziado na maioria dos modelos automéveis, excepto quando se trata de automéveis de grandes dimensoes. Para retirar 0 bujéo de esvaziamento do carter, utilizar sempre uma chave de dimensées adequadas e, de preferéncia, uma chave de caixa ou luneta. Se o bujéo ficar danificado pelo emprego de uma chave imprépria, poderé ser extremamente dificil retié-lo. Alguns bujées apresentam um iman destinado a atrair todas as particulas metalicas em suspenso no éleo do motor. Estes imans so frageis e quebram-se facilmente quando n&o séo manuseados com cuidado. FCEPRA LLubrificacao - Manutengao Antes de se proceder ao esvaziamento do carter, pée-se 0 motor a trabalhar até que se atinja a sua temperatura normal de funcionamento para que 0 dleo fique mais fluido e ‘escorra mais facilmente. As figuras 6.1, 6.2, 6.3, 6.4 e 6.5 representam uma situagao pratica de mudanga de 6leo numa viatura. Fig.61 - Antes de retirar 0 bujgo de — Fig.6.2 - O éleo fluirs mais facilmente se for esvaziamento do carter, procurar um retirado 0 tampéo de enchimento e recipiente adequado para recolher 0 ‘se 0 motor tiver trabalhado até leo do motor. Deve também atingir a temperatura normal de dispor-se de dleo apropriado para funcionamento, antes de ter inicio voltar a encher 0 cérter. o esvaziamento. Mudancaldorfitrodolol6t Quando se desmonta um filtro de 6leo, 0 éleo extravasa assim que se rompe a junta. Para desmontar 0 filtro, quebrar a junta antes de desapertar completamente o parafuso de aperto. Como 0 filtro tem uma mola, podera saltar subitamente, a menos que se quebre primeiro a junta. © novo elemento filtrante vem normaimente acompanhado de diversas juntas, que devem ser comparadas com as que iréo ser substituidas. Montar as novas juntas de dimens6es adequadas no local apropriado no filtro. Para retirar as juntas que iro ser substituldas, indicado recorrer a uma agulha grossa. Ver figuras 6.6, 6.7, 6.8 € 6.9. oh co uveda aie ennai Lubrifieago.e Motores eiTransmisséoja FCEPRA Lubrificagao - Manutengao Fig. 6.3 - Enquanto 0 6leo escorre, retirar a tampa das valvulas e limpé-la. Monté-le novamente, com ‘uma junta nova, para se comprovar que ndo haverd fugas de éleo, Fig. 6.4 - Voltar a colocar 0 bujgo © encher 0 64 ‘motor com o leo recomendado Fazer 0 arranque do motor para verifear se a luz avisadora da prossdo do dle0, no fablier, se apaga rapidamente EE ESE EISSN (a Sse a Fig. 6.5 - Mantor 0 motor a trabalhar e observar se ocorrem fugas de leo, nomeadamente no filtro, as quais poderéo vir a causar graves avarias no ‘motor. Parar 0 motor. Verifcar o nivel de 6leo, que entretanto poder ter descido um pouco. Atestar. Sara Lubrificagao = Manutencao FICEPRA Fig. 6.7 - Para montar um fitro de vaso, desapertar 0 seu parafuso de fixago. Quebrar primeiramente a junta e aliviar a pressao da mola, Fig. 6.6 - Dois tipos de fitros de éleo: um elemento fitrante que & montado vaso do filo (a esquerda) ¢ uma tunidade fitrante completa. Fig. 6.9 - Retirar a junta gasta, comparé-la com ‘as que compdem 0 novo conjunto do filtro © escolher de entre estas uma semelhante. Fig. 6.8 - Retirar 0 elemento fitrante que iri ser ‘substituido e limpar 0 vaso. com potroleo. Guardar a mola e a enitha, 9a Raney pee Lub rIcagao-e Motores eTransmissBo%: FCEPRA Lubrificagéo - Manutengo No caso de em vez de um elemento fitrante existr um fitro completo, 0 desaperto deste faz-se com a ajuda de uma chave de fitros, que abraga este completamente permitindo assim o seu desenroscar. 6.2- LUBRIFICAGAO - MANUTENCAO DE TRANSMISSOES Caixa de velocidades: ‘As caixas de velocidades nao exigem atengo especial, excepto no que se refere a mudanga do dleo da caixa. Contudo, devera haver maior cuidado quando a caixa de velocidades € automatica, pois a utilizagao de um tipo de oleo da caixa diferente do recomendado ou a penetrago de sujidade poderao ocasionar graves danos. © proceso de verificagéo do nivel do éleo da caixa varia de um tipo de caixa de velocidades automatica para outro. Normalmente, pde-se o motor @ funcionar e, com 0 travao de mao aplicado, engata-se uma velocidade baixa para a frente ou a marcha atrés. Verificar entao 0 nivel de valvulina com a vareta e atestar, se necessario. E perigoso encher demasiado as caixas automaticas, pois, neste caso, 0 dleo aquecera excessivamente, podendo chegar a atingir 0 seu ponto de inflamagao. Para efectuar a mudanga do dleo de uma caixa de velocidades manual, assegure-se que 0 automével se encontra numa superficie horizontal antes de atestar a caixa, a fim de determinar 0 verdadeiro nivel do dleo. Retire 0 bujao de enchimento ou de nivel, o que permitira a entrada de ar na caixa de velocidades @ aumentara a velocidade de escoamento, Apés esvaziar a caixa de velocidades, roscar novamente o bujgio de esvaziamento. Verificar se 0 dleo ¢ o indicado pelo construtor. Encher a caixa com éleo pelo bujéo de enchimento e até ao nivel deste. Colocar 0 bujao apenas depois de todo o leo em excesso ter saido. No caso de uma transmiss&o automatica, ¢ absolutamente necessario, ao atestar de éleo ou ao mudé-la, proceder com todo o cuidado para que nao se misturem particulas de areia que poderdo danificar facilmente o delicado mecanismo. Dado que a transmisso automatica possui um conversor de bindrio em vez de uma embraiagem normal, o motor pode, em muitos casos, estar a funcionar ao ralenti, com uma velocidade baixa engrenada € 0 travao de méo aplicado, quando se verifica o nivel de leo da transmissao. As figuras 6.10, 6.11, 6.12, 6.13 e 6.14, mostram uma situago pratica de mudanga da valvulina de uma caixa de velocidades FCEPRA Lubrificagso “ Manutengao Fig. 6.10 - Uma caixa de velocidades aprosenta dois bujes: 0 bujio de ‘esvaziamento (em baixo) @ o bujéo de enchimento ou de nivel, normalmente situado a meio da parte lateral da caixa de velocidades. Fig. 6.12 - Retirar o bujao de esvaziamento da Fig, 611 = Antes de comepar a esvaziar a caika ° a caixa de velocidades. de velocidades, retirar 0 bujdo de enchimento para permitir a entrada dear. Fig, 6.13 - O escoamento tomar-se~é muito mais Fig. 6.14 - Roscar novamente o bujo @ encher a facil s0 0 automdvel tiver funcionado Caixa de velocidades pelo furo de durante um curto periodo de tempo enchimento. antes da mudanga, 8% oy SAREE tea Lubriicacdo e Motores e Transmisséo) FCEPRA Lubrificacao - Manutengo Veio de Transmissao: Num automével de traceao traseira com uma disposi¢ao convencional da transmissao, um velo liga a caixa de velocidades ao eixo traseiro. Deve haver 0 cuidado de néo the aplicar pancadas e evitar que esteja empenado. Verificar todos os 10000 km se os parafusos que fixam 0 veio de transmiss8o a0 eixo traseiro esto apertados. Quando os cardans apresentarem copos de massa, lubrificar todos os 5000 km. Os cardans, contudo, vém, na sua maioria, selados de fabrica e néo necessitam de qualquer manutengao. Se existir uma folga quando se segura 0 veio e se torce para cada um dos lados dos cardans, € sinal de que estes esto gastos. Os automoveis de tracgao a frente ou os de motor atras tém semi-eixos articulados, em vez de um veio de transmisséo convencional. Verficar o fole de borracha que cobre 0 cardan para comprovar que este no esta rasgado nem gretado. Verificar se os semi-eixos ndo apresentam folga, Nos automove Parafusos que fixam 0 cardan ao eixo esto apertados. Em alguns modelos de traccao a frente 0 cardan do lado correspondente ao motor é de metal e borracha e esta fixado por grampos em forma de U e por porcas. Verificar todos os 10000 km se estes estéo bem apertados, de motor atras verificar todos os 5000 km se os Eixo traseiro e diferencial: © conjunto do diferencial transforma o movimento de rotagao longitudinal em movimento transversal para accionamento das rodas. Um conjunto de planetarios e satélites, existente no diferencial, permite que uma das rodas traseiras rode mais rapidamente e percorra Portanto um maior trajecto que a outra quando o automével descreve uma curva. ‘A manutengao do conjunto do diferencial limita-se & mudanga e a verificagao do nivel de valvulina, que deverd ser corrigido quando necessério. Proceder a essa verificagto todos os 5000 km. Ter 0 cuidado de néo aplicar valvulina em excesso, a fim de evitar a ruptura das juntas e fugas para os travoes de trés. FCEPRA Lbrificagéio - Manutencao © enchimento do eixo traseiro (automéveis de tracgdo atras), € feito da seguinte forma utilizar 0 6leo recomendado - vaivulina com determinada viscosidade — ao nivel indicado. Se © eixo traseiro tiver bujao de escoamento, mudar a valvulina com a frequéncia recomendada, Se houver uma fuga de valvulina, colocar uma junta nova. O eixo traseiro no pode ser facilmente ajustado, Se houver ruido excessivo, pode-se elimind-lo até certo ponto recorrendo a um aditivo an iat to, ruido, porém, indica normalmente avaria, desgaste ou que o nivel da valvulina esta baixo © bujo de enchimento do eixo traseiro fica normalmente a meia altura de um dos lados ou da parte de tras do carter do diferencial. Utilizar uma chave de dimens6es adequadas para no danificar © bujao. Utiizar uma seringa para valvulina ou uma embalagem provida de tubo para atestar com valvulina. Ver figuras 6.15 e 6.16. Fig.6.15 — Retirar 0 bujéo de enchimento, que se encontra num dos lados ou atrés do cérter. Se escorrer valvulina , 0 nivel do lubrifcante esté correcto, Caso contririo, 0 iferencial precisa de ser atestado. Utiizar ‘apenas a valvulina recomendada pelo fabricante. Fig.6.16 ~ Para atestar o diferencial é aconselhavel utiizar uma seringa, como a da ‘gravura, ou uma embalagem com tubo. Deicar escorrer 0 excesso de valvulina antes de colocar 0 bujao i) RAR eWbtica pao Motoresie Transmissao, 69 FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas 7- TIPOS DE OLEOS PARA MOTORES E SUAS CARACTERISTICAS Foi nos lubrificantes para motores que se verificou a maior evolugo. Ainda ha alguns anos eram frequentes as intervengdes oficinais para descarbonizar motores. Esta operagdo, dadas as caracteristicas actuais dos lubrificantes ¢, quase sempre efectuada junto com outras reparagées e inspecgbes, realizadas apés um periodo de funcionamento muito longo do motor. ‘A medida que os investigadores vao descobrindo componentes especiais capazes de resolver ou atenuar situages ou degradagSes que até a0 momento nao se tinha conseguido neutralizar (aditivos), os lubrificantes para motores vo realizando a sua fungao cada vez mais eficientemente em termos de redugdo do atrito, duragéo em servigo, limpeza do motor, etc. Estes lubrificantes, de acordo com a classificagdo de viscosidades SAE apresentam-se no mercado nas monograduages 10W, 20W, 30, 40 e 50 e nas multigraduagées 10Wi40, 20W/40 e 20W/50. Nos paises de clima frios aparecem outras graduagdes de menor viscosidade. As condigbes adversas a que S40 submetidos estes lubrificantes fazem com que tenham de ser aditivados, com aditivos seleccionados com fungées de detergente, anti-desgaste, anti-oxidacdo, anti-corrosdo e anti-espuma. Nos leos de multigraduago ¢ ainda introduzido um aditivo melhorador do indice de viscosidade, Tipos de 6leos: Os dleos destinados @ lubrificago dos motores de automoveis devem possuir um certo niimero de qualidades perfeitamente determinadas. Sob 0 ponto de vista pratico, eles s8o caracterizados principalmente pela sua viscosidade, 0 seu ponto de combustao e seu ponto de congelamento, A viscosidade caracteriza as particularidades de escoamento do éleo. Pode medir-se por diferentes métodos fazendo parte de cada um deles um sistema de unidades. O metodo Engler 6 0 mais comumente utilizado. O escoamento de uma certa quantidade de 6leo por um orificio de pequeno diametro € comparado ao escoamento de uma mesma quantidade de agua. A relagao dos tempos de escoamento da, em graus Engler, a viscosidade do leo Por exemplo, um escoamento seis vezes mais lento que o da agua ¢ designado por 6° Engler. FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas A viscosidade pode-se, assim, exprimir por centistock (1/100 de stock). E a viscosidade fisica absoluta do lubrificante, isto é, a resistencia real do deslocamento das suas moléculas, umas em relagéo 4s outras. Determina-se a viscosidade medindo a forga necesséria para fazer deslocar de 1 cm, no seio do lubrificante, uma superficie de tem, a velocidade de icm/seg. Para fazer essa medida, usa-se também a massa especifica do lubrificante utilizado, Este _método moderne de medi¢o da viscosidade pode ser utilizado para todos os lubrificantes, desde os éleos mais liquidos aos mais consistentes, A viscosidade de um dleo modifica-se com a temperatura, Quanto mais elevada a temperatura, menor sera a viscosidade do éleo. A principal qualidade de um éleo deve ser uma viscosidade suficiente para assegurar um atrito liquido a temperatura de funcionamento das pegas do motor entre 80 a 150°C. Com um dleo de qualidade inferior, a viscosidade diminui a tal ponto, com o aquecimento, que a lubrificagao toma-se pouco eficaz (desgaste rapido), (© ponto de combustai serem inflamados. Deve ser 0 mais elevado possivel, de modo a evitar as fugas por vaporizagée quando este entra em contacto com as partes inferiores do pistéo do motor quente. A temperatura de combustéo 6, geralmente, superior a 220°C para os dleos finos € ultrapassa 250°C para os dleos espessos. a temperatura a qual 0 éleo emite vapores susceptiveis de © ponto de congelamento € a temperatura em que 0 dleo ndo escorre mais de uma proveta quando esta € inclinada. O ponto de congelamento deve ser o mais baixo possivel, de modo a facilitar que o motor entre em movimento depois de estacionamentos prolongados sob temperaturas invernais. Nas egies temperadas, o dleo deve possuir um ponto de congelamento de pelo menos 16°C negatives, As diferentes estruturas moleculares dos éleos dao-Ihes algumas qualidades particulares que infiuenciam 0 seu comportamento no motor. A qualidade de aderir a superticies metalicas € denominada untuosidade. Esta qualidade favorece a formagéo de uma pelicula lubrificante e mantém-na continua apesar das cargas fortes. Em certa medida, a untuosidade e a viscosidade so paralelas. A uma viscosidade mais elevada corresponde uma maior untuosidade. Mas, a uma viscosidade igual, a Untuosidade pode ser diferente, conforme a estrutura molecular de cada lubrificante. 728 ~tupri FCEPRA Tipos de Oleos para Motores suas Caracteristicas AA propriedade de combustéo de éleo @ uma caracteristica independente do seu ponto de combustio. Ela evita a acumulagao de produtos carbonizados na camara de combustéo & nos colectores de escape do motor. Esta propriedade de combustao é importante nos sistemas de lubriicagao por mistura de dleo no combustivel (motor a dots tempos). Como uma certa proporgso de éleo passa do carter para a camara de combustao durante 0 transvase dos gases, é necessario que ele seja queimado facil e totalmente. Muitos, dos dleos destinados aos motores de automéveis s40 de origem mineral, Sao faceis de conhecer pela cor de ago cinzenta-azulada do seu refiexo. Estes dleos possuem uma grande estabilidade quimica. Contudo, o seu poder lubrificante diminui rapidamente acima de 120°C, Actualmente, melhora-se 0 éleo mineral adicionando-the elementos quimicos apropriados. Estes aditivos podem ter uma grande concentracdo e ser introduzidos no motor no momento da sua utilizagao. Sao postos no mercado sob o nome de superiubrificantes. s aditivos podem ser adicionados directamente ao leo quando do seu fabrico. Neste caso dé-se-Ihes o nome de dleos aditivos, designados normaimente por éleos H.0. (Heavy Duty). Os éleos H.D. so vendidos no mercado sob diversas designagbes, dependendo estas da proporgao de adigéo que eles contém, ‘Superlubrificantes (Aditivos especiais): Chamam+se assim os éleos € produtos especiais destinados a uma melhor lubrificagao de certos pontos delicados do motor. Sé0 misturados na gasolina ou no 6leo de lubrificago, Incorporado gasolina, o superiubrificante penetra no topo dos cilindros. Melhora a lubrificagao das cabegas do pistéo, dos anéis de compresséo e das partes superiores das guias de valvulas. Estes produtos sao, especialmente, formados por um éleo resistente as temperaturas da camara de combustao. Por vezes, alguns superlubrificantes so completados por um produto antidetonante. Todos os superlubrficantes destinados a seem misturados no éleo do motor contem grafite coloidal. A grafite incrusta-se nas superficies de atrito, mancais, pinos, bielas, arvores de cames, etc., mantendo uma lubrificagdo excelente quando a sua temperatura se eleva exageradamente, De notar que apenas a grafite coloidal fica em suspensao no oleo fornece uma lubrificagao correcta. A grafite em pé ou em pasta é perigosa Ela obstrui os tubos de lubrificago e provoca um desgaste prematuro dos elementos mecénicos. Sé so recomendados produtos de qualidade superior. ESE FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas Um certo numero de superlubrificantes destinados aos dleos de motores contém igualmente aditivos metalicos. A sua acgao nao é imediata. E necessario que 0 motor trabalhe durante horas com estes produtos para Ihes permitir uma melhoria progressiva das superficies de atrito. Por outro lado, todos os superlubrificantes destinados mistura carburada so adicionados com produtos antidetonantes decapantes. Os primeiros asseguram um melhor desenvolvimento da combustao e tém aceao imediata. Os segundos favorecem a limpeza das camaras de combustao. Contudo, para que a sua accao seja eficaz, € necessario pér 0 motor a funcionar durante alguns minutos a plena poténcia e alto regime. © emprego de um superlubrificante no éleo do motor indicado em todos os casos de servigo prolongado a plena carga e altos regimes. A sua acc&o € particularmente eficaz quando 0 dleo do carter ultrapassa os 100°C. Oleos aditivos: Qs 6leos aditivos, conhecides também por éleos H.D., s80 dleos que contém um certo numero de corpos quimicos destinados a dar propriedades especiais ao lubrificante, Os compos adicionados ao dle so, normalmente, compostos por enxofre, grafite, cromo, chumbo, estanho e alguns produtos sintéticos cuja composi¢go s6 € conhecida nas refinarias. Os ingredientes adicionais variam com a marca e dependem essencialmente das propriedades que visam obter. ‘As propriedades obtidas pela incorporaco de aditivos so as seguintes: FCEPRA “Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas Poder dispersante: Como a composigao dos 6leos aditivos varia conforme a sua marca, é fundamental néio misturar 6leos H.D. de proveniéncias diferentes. Poder-se-ia, assim, comprometer @ sua estabilidade, FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas Por outro lado, 0 poder detergente confere ao dleo uma propriedade de penetracao muito grande. Esta propriedade faz com que seja mais dificil efectuar a vedagSo do motor € provoca mais facilmente subidas de 6leos nas cémaras de combustdo, 0 que pode resultar num pequeno aumento de consumo de lubrificante Num motor usado, a introdugao de oleo aditivo origina a dissolucéio dos depésitos. Os elementos moveis e, em particular, os segmentos funcionam muito mais livremente, Deste facto resulta uma melhoria da compresséo e da poténcia, mas, frequentemente, o funcionamento do motor é um pouco mais ruidoso. A introdugo de um dleo aditivo altamente detergente num motor que anteriormente jé funcionou com um éleo comum apresenta certos riscos, 0 éle0 aditive provoca 0 desprendimento dos depésitos de carvéo internos. Estes depésitos, de volume apreciavel, nao se dissolvem totalmente no leo € acumulam-se no fundo do carter, nos fillros e nos tubos de lubrificagao, onde a sua presenga pode criar graves incidentes. Para se beneficiar das vantagens que apresentam os dleos H.0. e evitar os inconvenientes assinalados acima, ¢ necessério tomar algumas precaug6es quanto ao seu emprego. As mais importantes sé: FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas Classificacdo SAE para 6leos de motor e para dleos de engrenagens: No campo dos dleos para motores e sistemas de engrenagens de veiculos automéveis usam-se generalizadamente as classificagdes SAE (Society of Automotive Engineers). Os dleos, segundo estas classificagées, so distribuidos por diversas graduagées de acordo com a viscosidade, num processo que se tem mostrado bem adoptado, constituindo as graduacdes SAE uma indicagéo rapida e simples da ordem de viscosidade de dleos de motor, caixas de velocidades e diferenciais, As classificagdes SAE dizem apenas respeito a viscosidade e nao a outras qualidades que 08 dleos possuam. Dentro de uma mesma graduagdo SAE 30, por exemplo, podem considerar-se diversos tipos de éleos de diferentes propriedades e diferentes campos de aplicagao, embora de viscosidade semelhante, isto 6, dentro do mesmo intervalo de viscosidade Na classificagéo SAE J 300 Jun 89, sdo considerados onze graus de viscosidade, representados por um ntimero SAE, seguido ou nao da letra W, inicial de Winter (Inverno) (Os nlimeros SAE seguidos da letra W, referem-se @ viscosidade de arranque e de bombagem @ a temperaturas negativas, os outros numeros SAE s8o baseados na viscosidade a 100°C. A figura 7.1 mostra uma tabela com os valores limites dos 11 graus de viscosidade SAE considerados. ee Seri ° ‘Arranque (a) [Bombagem (d)__ “Minimo Maximo 2 Be eS aes eS tS he : @ |) Se) SSS my | ee | ES : 20 - - - 56 <93 50, - = 16,3 <219 = : s = Nota: 1cP=1mPas; 1 cSt= tmm*/s (a) ASTM D 2602 (Modificado; simulador de arrangue a frio, CCS) (b) ASTM D 4684 (©) ASTM D 445 (@) Alguns construtores de motores também recomendam limites de viscosidade medidas @ 150°C & 10° st Fig. 7.1 Graus de viscosidade S.A.E, Motoresis Transm FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas \Vejamos, com base na classificagao SAE para dleo de motor, o que se entende por um 6leo multigraduado, Um 6leo di2-se multigraduado quando, tendo uma viscosidade que cai num dos intervalos designado com a letra W (5W, 10W, 20W ou 25W), apresenta igualmente a 100°C uma viscosidade que cai dentro de um dos outros intervals (20, 30, 40, 50 ou 60), ¢ vice-versa. Assim, um 6leo que tenha a -20°C a viscosidade de arranque de 3500 cP (dentro pois do intervalo da graduagao SAE 10W) e que tenha a 100°C a viscosidade de 11,5 cST (dentro ois do intervalo da graduagéo SAE 30) sera um multigraduado 10W30. Os casos possiveis para multigraduados de acordo com as definigses SAE sao os seguintes: 4ow40 10W50 1sw40 | 15W50 (sublinharam-se os tipos mais comuns no nosso mercado). ‘As fungSes € correspondentes caracteristicas requeridas aos lubrificantes so muito diversas, de acordo com os varios tipos de rgaos a lubrificar e respectivas condigbes de servigo Listam-se nas figuras 7.2, 7.3, 7.4 e 7.5, de maneira muito sintética, as principais fungdes e caracteristicas requeridas aos seguintes tipos de lubrificantes FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas Devera notar-se, nos exemplos seguintes, que se omite a referéncia a algumas propriedades gerais exigiveis a todos os lubrificantes liquidos, nomeadamente, poder de adesao as superficies metalicas e elevada resisténcia & ruptura das peliculas lubrificantes sob carga (esta resisténcia aumenta com a viscosidade). Faz-se, contudo, referéncia sistematica & necessidade de se procurer uma adequada viscosidade para @ redugao das forgas de atrito OLEOS DE MOTOR (Auto - 4 tempos) Fungées Requeridas ‘Garacteristicas do Lubrificante Redugo das forgas de atrito Adequada viscosidade no arranque e em funcionamento Propriedades antidesgaste, Prevengao do desgaste anticorrosivas e neutralizantes Poder neutralizante dos Prevengao da corrosdo produtos corrosivos da combustéo, protecc&o das chumaceiras contra a corrosao, propriedades antiferrugem e antioxidantes prevencdo de depésitos Dispersao e suspensao dos produtos da combustao, propriedades antioxidantes Disperséo de calor Capacidade calorifica e adequada viscosidade Efeito vedante na zona dos segmentos Adequadas viscosidades e adesividade Nao extravasamento nem entupimento de ventiladores Propriedades antiespuma Graduag6es mais comuns: SAE 15W40, 20W40, 20WS0, 2020, 30 € 40, Fig. 7.2 Principais caracteristicas dos éleos para motores auto a 4 tempos. FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas OLEOS DE CILINDROS DE GRANDES MOTORES DIESEL (Utilizando combustiveis pesados com elevado teor em enxofre) Fung6es Requeridas Caracteristicas do Lubrificante Redugdo das forgas de atrito Adequada viscosidade, graduacées . mais comuns, SAE 40 e 50 Prevengao do desgaste e da corroso Poder neutralizante dos produtos devida aos produtos da combustio cidos da combustao Remogéo de impurezas, prevengso Poder dispersante dos produtos da de depésitos combustao_ Efeito vedante na zona dos ‘Adequadas viscosidade e adesividade segmentos Fig. 7.3 Principals caracteristicas dos dleos de cifindras de grandes motores Diesel. OLEOS DE CARTER DE GRANDES MOTORES DIESEL Redugao das forgas de ato ‘Adequada viscosidade, graduagao mais comum, SAE 30 Longo tempo em servigo Propriedades antioxidantes Prevengao do desgaste e da corrosao Propriedades antiferrugem, neutralizantes moderadas anticorrosivas Libertagdo de impurezas por Wanutengao dos aditivos na centrifugagao centrifugagao Fig. 74 Principais caracteristicas dos dleos de carter de grandes motores Diesel 7A0 FCEPRA Tipos de Oleos para Motores e suas Caracteristicas OLEOS DE MOTOR A 2 TEMPOS (Mistura com Gasolina) Fungées Requeridas Caracteristicas do Lubrificante Redugao das forgas de atrito Adequada viscosidade, graduagao mais comum, SAE 40 Prevencao de depésitos (anelas de escape) Poder dispersante dos produtos da ‘combustéo Mistura facil e homogénea com 0 combustivel Solubilidade em todas as proporgées com gasolina e petréleo Prevengao do desgaste Equilibrada proporgo de éleos base e aditivos Fig. 7.5 Principals caracteristicas dos 6leos para motores a dois tempos. FCEPRA Tipos de Oleos para Transmiss6es © Suas Caracteri 8- TIPOS DE OLEOS PARA TRANSMISSOES E SUAS CARACTERISTICAS Nos varios sistemas de transmissdo dos automéveis séo os seguintes os tipos de ‘engrenagens mais vulgarmente utllizadas: ‘+ Engrenagens de dentes direitos ou rectos (fig. 8.1) ‘+ Engrenagem helicoidal (fig, 8.2) ‘+ Engrenagem ctnica dentes direitos (fig 6:3) + Engrenagem cénica dentes em espiral (fig. 8:4) ‘= Engrenagem hipoide (fig: 8.5) = Roda de'coroa’e'serrstim (fig: 8.6) As necessidades de lubrificagao das engrenagens tém muito a ver com o tipo de engrenagens montadas. A escolha do éleo ou massa de lubrificagao esté condicionada a factores de poténcia, cargas especificas, velocidades, temperaturas, etc. ‘As engrenagens abertas ou descobertas, s4o geralmente lubrificadas com dleos pretos bastante viscosos e de grande adesividade ou entéo com massa de lubrificagdo. A lubrificagdo a massa ou a dleos é escolhida conforme a dimensao, 0 tipo e a velocidade a que esta submetida a engrenagem e ainda 2o meio ambiente em que esta a funcionar. No caso especifico das transmissdes auto, s6 0 fabricante sabe que tipos de engrenagens usou na construgao dos varios tipos de transmiss6es dos vefculos e por isso deve-se seguir as instrugdes deste para o tipo de dleos a usar. Neste caso de engrenagens utilzadas em viaturas automoveis, @ considerada a classificagao SAE J 306 Mar 85 (Gear Oils), cuja classificago se apresenta na tabela da figura 8.7. {sticas FCEPRA Tipos de Oleos para Transmissbes e Sues Caracteristicas Fig. 8.5- Hipoide Fig. 8.6 - Roda de cora e sem-fim C20 EAE NC Ces Sa eae ‘CEPRA Tipos de Oleos para Transmissbes e Suas Caracteristicas Grau de Viscosiiae douenenee ee Temperatura Maxima °C Minima Maxima 70W +55 “a . 78 -40 “at - 80 W 26 70 . aw “12 m0 . 0 : 135 <240 “a0 . 240 < 44,0 0 . 410 : Fig.8.7 - Graduagao de viscosidade SAE para éleos de transmissées De seguida listam-se nas figuras 8.8 ¢ 8.9, de maneira muito sintética, as principais fungbes e caracteristicas requeridas aos seguintes tipos de lubrificantes Deverd notar-se, nos exemplos seguintes, que se omite a referéncia a algumas propriedades gerais exigiveis 2 todos os lubrificantes liquidos, nomeadamente, poder de adesdo as superficies metalicas e elevada resisténcia a ruptura das peliculas lubrificantes: sob carga (esta resisténcia aumenta com a viscosidade). Faz-se, contudo, referéncia sistematica & necessidade de se procurar uma adequada viscosidade para a redugao das forgas de atrito. PCEPRA Tipos de Oleos para Transmissbes e Suas Caracteristicas OLEOS PARA SISTEMAS FECHADOS DE ENGRENAGENS CONICAS EM ESPIRAL E HIPOIDES (Automovel) Fungées Requeridas Caracteristicas do Lubrificante Redugo das forgas de atrito Adequada viscosidade, graduagbes mais comuns, SAE 80W80, 90, 140. Resisténcia da pelicula as elevadas press6es nos dentes Propriedades EP elevadas a muito elevadas Prevengao do desgaste nas chumaceiras Propriedades antidesgaste, fluidez baixas temperaturas e efeito nao corrosivo dos aditives EP Protecgo contra a acgao da agua Propriedades antiferrugem, boa desmulsibilidade Longo tempo em servigo Propriedades antioxidantes Nota: EP — extrema pressao. FFig.6.8 - Principais caracteristicas dos dleas para sistemas fechados de engrenagens cénicas em espiral e hipdides. LUBRIFICANTES PARA SISTEMAS DE ENGRENAGENS ABERTOS (Automével) Fungdes Requeridas Caracteristicas do Lubrificantes Redugo das forgas de attito Fluidez sob as condigoes de engrenamento Resistencia da pelicula as pressoes nos dentes. Propriedades EP moderadas ‘Manutengdo do lubrificante sobre as engrenagens: Adesividade e facil espalhamento Protecg&io contra a acgao do are da agua Adesividade e facil espalhamento, propriedades antiferrugern Nota: EP — extrema pressao. Fig.6.9 - Principais caracteristicas dos lubnifcantes para sistemas de engrenagens fechados. ‘Lubrificagoide|Motores'e Transmissoes) FCEPRA Bibliogratia BIBLIOGRAFIA SERRA, Maria Armanda; FARINHA, Maria Helena - Quimica Aplicada |, Instituto ‘Superior de Engenharia de Lisboa PAZ, Arias — Manual do Automével, 50° Edigdo, Hemus Editora, Lda. Renault Portuguesa, S.A, ~ 0 Motor a Gasolina — Lubrificagao LUCCHES!, Domenico - 0 Automével, Volume 2, Editorial Presenca 1986. BOULANGER, Pierre; ADAM, Berard ~ Motores Diesel, Hemus Editora, Lda. ALONSO, J\M. ~ Motores, Editorial Paraninfo S.A, 1995. Castrol France S.A. ~ L‘huile et les Transmissions, Delta Press France 1994. ‘Scania Vehiculos S.A. - Catdlogo Caixas de Velocidades GS771. Selecgées do Reader's Digest - 0 Livro do Automével, ACP. GALP — Direccdo de Lubrificantes Desenvolvimento ~ Lubrificantes e Lubrificagéo. BP. Portuguesa - .Lubrificantes. MAGALHAES, Luis; COSTA, Paulo - Motores, CEPRA 1997. CEPRA~ Fung6es e Propriedades requeridas aos Lubrificantes CROUSE, W. H.~ Mecénica de! Automovil, Marcombo Boixareu Editores. FCEPRA DOCUMENTOS DE SAIDA A CEPRA Pos-Teste POS-TESTE Em relagdo a cada um dos exercicios seguintes, so apresentadas 4 (quatro) respostas das quais apenas 1 (uma) estA correcta. Para cada exercicio indique a resposta que considera correcta, colocando uma cruz (X) no quadrado respectivo. 1 = No fenémeno de caldeamento ou gripagem, devido ao efeito do calor originado pelo atrito de deslizamento: a) Os cristais das superficies deslizantes tém tendéncia para se multiplicarem 'b) Os cristais das superficies deslizantes tém tendéncia para se interpenetrarem .. ¢) Nada acontece .. 4d) Os cristais das pegas préximas das superficies deslizantes tém tendéncia para __ se interpenetrarem 2— Um dos principais objectivos da lubrificagao é: a) Aumentar o atrito entre os 6rgaos em movimento... bb) Reduzir o desgaste das superficies em contacto ¢) Actuar como reftigerante, conservando o calor produzido pelo attito.... d) Aumentar 2 corrosdo das pegas por onde circula 3- No sistema de lubrificagao por chapinhagem simples de motores 0 éleo circula gracas: a) A sua baixa viscosidade... b) Ao efeito de uma bomba €) Ao efeito de um compressor 4) A centrifugago provocada pelo movimento dos érgaos do motor. FCEPRA Pés-Teste 4— No sistema de lubrificagso de motores por chapinhagem em nivel constante, usa-se um depésito auxiliar com éleo porque a) Devido a um certo consumo de dleo durante o funcionamento do motor € necessario manter 0 nivel de leo deste constant b) E necessério aumentar a viscosidade do dleo em circulagao no motor. ©) € necessario diminuira temperatura do éleo em circulago no motor 0 4) Evita-se assim utilizar um carter de grandes dimens6es 5 ~ O sistema de lubrificagao de motores que recorre ao uso de uma bomba para movimentar 0 6le0 no circuito, chama-se: a) Sistema de lubrificago por mistura »b) Sistema de lubrficagao por chapinhagem em nivel constante. ¢) Sistema de lubrificagao por circulagao forcada. d) Sistema de lubrificagao por chapinhagem simples. 6 — No funcionamento do sistema de lubrificagao forcada de motores de carter seco, a bomba de recuperagdo serve para a) Fazer circular todo 0 dleo do motor. 'b) Extrair 0 leo do recipiente de recolha para o radiador ¢) Recuperar 0 leo queimado pelo motor ) Alimentar a bomba de 6leo principal FCEPRA Pos-Teste 19 -O ponto de congelamento de um éleo: a) Deve ser o mais alto possivel, de modo a facilitar que 0 motor entre em movimento depois de estacionamentos prolongados a baixas temperaturas.....\_] b) Deve ser o mais baixo possivel, para melhorar o nivel de ruidos de funcionamento do motor ) Deve sero mais baixo possivel, de modo a facilitar que o motor entre em movimento depois de estacionamentos prolongados a baixas temperaturas......_] d) Deve ser o mais baixo possivel, de modo a facilitar que o motor entre em movimento depois de estacionamentos prolongados a altas temperaturas. 20 - Oleos H.D. (Heavy Duty) so: a) Oleos puramente minerais b) Com viscosidade elevada ) Aqueles aos quais se adicionam aditives quando da sua utilizagao ) Aqueles aos quais sao a jonados aditivos quando do seu fabrico, 24 — Um superlubrificante (aditivos especiais) podem ser misturados: a) Na gasolina ou no 6leo lubrificante b) Na gasolina €) No éleo lubrificante. €) No deo lubrifcante e ne liquide de refigeragao Oo ~=s7 Pés-Teste FCEPRA 7—O sistema de lubrificagéo por mistura ¢ adoptado exclusivamente em motores a dois tempos de carburagao com compresséo da mistura activa no carter, porque: a) Somente nos motores deste tipo a mistura éleo-combustivel entra em contacto com os 6rgaos rotativos do motor 'b) Somente nos motores deste tipo se atingem altas rotag6es capazes de bem lubrifiear © motor... LJ ) Nestes motores 0 dleo consegue-se separar do combustivel ) 0 tipo de combustivel usado nestes tipos de motores & compativel com os Gleos de lubrificagao de motores. 8 — As bombas de dleo de engrenagens so constituidas por: a) Trés rodas dentadas com o mesmo didmetro, 'b) Duas rodas dentadas com diametros diferentes, ) Duas rodas dentadas com 0 mesmo diametro 4) Dois 16bulos. 9— No caso de uma bomba de dleo accionada pela arvore de cames, por cada volta completa desta 0 eixo da bomba roda’ a) 2 voltas b) 3 voltas.. ©) 1 volta... 4) % volta. PCEPRA Pos-Teste 10 — Numa montagem do filtro do éleo em derivagéo: a) Todo 0 dleo proveniente da bomba passa pelo filtro, 'b) Todo 0 dleo passa duas vezes pels filtro, €) Nao passa 6eo pelo filtro d) Apenas uma parte do dleo passa através do filtro. LJ 11 ~ Porque razéo numa montagem de um filo do dleo em série, é necessario a existéncia de uma valvula de seguranga: a) Porque este filtro aumenta muito a presse do 6120... LI 'b) Porque permite 0 curto-circuito do filtro no caso de obstrugdo do mesmo assim ‘come no arranque do motor ‘¢) Porque permite usar um filtro de menores dimensdes ) Porque evita que o filtro fique saturado 12. Os mandmetros para a medida da pressdo do leo de um motor sao colocados a) Em série no carter do motor. b) Em derivacao no tubo de distribuigao ©) Em série no tubo de distribuiggo. d) Em paralelo no carter do motor. FCEPRA 13 - Um dos principais problemas do sistema de lubrificagao de transmissées por chapinhagem: a) € 0 de pegas que se encontram em locais mais distantes nao serem lubrificadas correctamente, b) E que ha uma lubrificagao excessiva dos rolamentos das extremidades dos veios . sn c) Sao as fugas de dleo. ) E 0 elevado consumo de dieo. 414 — Uma das principais raz6es para se usar o sistema de lubrifcagao de transmiss6e: circulagao forgada, sto as elevadas velocidades de rotagdo, uma vez que: a) Quando a velocidade de rotagao aumenta, a quantidade de calor aumenta junto as faces dos dentes das engrenagens. b) Quando a velocidade de rotagéo aumenta, a quantidade de éleo aumenta provocando um excesso de lubrificagao LJ ) Quando a velocidade de rotagao aumenta, a quantidade de calor diminui junto sal faces dos dentes das engrenagens d) Quando a velocidade de rotago aumenta, a quantidade de calor aumenta junto do carter da transmisséo. 15 — Se quando estivermos a medir a pressao do éleo de um motor, o manémetro indicar uma pressao insuficiente uma das causas podera ser: a) Excesso de 6leo no motor. b) A valvula de descarga regulada para valores muito altos ¢) Folga excessiva nas engrenagens da bomba de éleo. s por d) Filtro do dleo totalmente obstruido. esate Pos-Teste FICEPRA Pés-Teste 16 - Se num motor as canalizagées da lubrificagao se encontrarem parcialmente obstruidas, ‘© manémetro indicador da pressao do dleo deverd indicar a) Valores baixos. b) Zero coc LI ©) Valores altos, d) Oscilagdes de valores 17 — No caso de uma bomba de éleo de engrenagens a folga admissivel entre as engrenagens e as paredes do corpo devera ser a) Superior a 0,2 mm.. b) Superior a 0,3 mm ¢) Inferior ou igual a 0,3 mm. ) Inferior ou igual a 0,2 mm. 18 - O que entende por ponto de combustéo de um dleo? a) E a temperatura a qual o éleo solidifica b) Ea temperatura a qual o dleo emite vapores susceptiveis: de serem inflamados ©) E a temperatura a qual o dleo se autoinflama d) Ea pressao a qual o éleo solidifica.... SS Lubscagso de Metres TansmissoesimRST NTT FCEPRA 22 - Define-se poder dispersante de um dleo como a caracteristica que da ao dle a possibilidade de: a) Conservar em suspensao todos os produtos dissolvidos e de impedir a sua acumulagao no fundo do carter ou no filtro b) Dissolver todos as impurezas existentes em suspensao e) Conservar no fundo do carter todos os produtos dissolvidos arrastados pelo dleo d) Resistira altas pressées mecanicas, 23 - Quando se utiliza pela primeira vez um leo H.D. nao se deve ultrapassar os a) 1000 km. 'b) 300 km. ¢) 5000 km: 4) 200 km 24 — As classificagdes SAE (Society of Automotive Engineers) dizem respeito: a) A pressao b) A temperatura. €¢) Ao ponto de combustao 4d) A viscosidade Pés-Teste Oo S8 __Lubrificagso de Motores e Transmisstes! "NTA FCEPRA ‘ Pos-Teste 25 - Os niimeros SAE seguidos da letra W, referem-se a viscosidade de arranque e de bombagem e: a) A altas press6es . LJ b) A temperaturas elevadas c) A temperatura de 100°C. d) A temperaturas negativas. FCEPRA Corrigenda e Tabela de Cotacao do Pés-Teste CORRIGENDA E TABELA DE COTAGAO DO POS-TESTE avestao | Gorrecta | COTAGAO 1 b) 08 2 b) 08. 3 d) 08 4 a) 08 5 ° 08 6 b) 08 7 a) 08 8 °) 08. 8 °) 0.8 40 a) o. uu b) 08 12 ) a8. 13 a) 08 14 a) 08 18 2) 08 16 °) 08 7 4) 08 18 ») 08. 19 °) 08 20 d) os 21 a) os 22 a) 08 23 b) 24 25 ¢) 08 TOTAL 20 ‘S10 | Lubrificagso de’ Motores e Transmiss6es FCEPRA ANEXOS PCEPRA Exercicios Praticos EXERCICIOS PRATICOS Exemplo de exercicios praticos a desenvolver no seu posto de trabalho ¢ de acordo com a maté- ria constante no presente médulo, EXERCICIO N.° 1 ~ : PREPARACAO DO VEICULO PARA A MUDANGA DE OLEO DO MOTOR. ~ PREPARAR UM VEICULO PARA A MUDANCA DE OLEO, REALIZANDO AS TAREFAS INDI- CADAS EM SEGUIDA, TENDO EM CONTA OS CUIDADOS DE HIGIENE E SEGURANCA. EQUIPAMENTO NECESSARIO = 1 VEICULO AUTOMOVEL - 1 RECIPIENTE COM CAPACIDADE IGUAL OU SUPERIOR A 5L - FERRAMENTAS DE (DES)APERTO - 1 ELEVADOR TAREFAS A EXECUTAR 1—COLOCAR O VEICULO A TRABALHAR AO “RALENTI”, 2.—ASSIM QUE O MOTOR ATINJA A SUA TEMPERATURA NORMAL DE FUNCIONAMENTO, DESLIGAR O MOTOR 3- ABRIR O“CAPOT”, RETIRAR A TAMPA DE ENCHIMENTO DE OLEO E ELEVAR O VEICU- LO NO ELEVADOR, EM POSICAO HORIZONTAL. 4—COLOCAR UM RECIPIENTE COM CAPACIDADE PELO MENOS PARA SL DEBAIXO DA. ZONA DO BUJAO. 5 — DESAPERTAR O BUJAO DE ESVAZIAMENTO DO CARTER COM A AJUDA DE UMA CHA- VE DE CAIXA OU LUNETA, DE MODO A NAO DANIFICAR O BUJAO. 6 — DEIXAR O OLEO FLUIR PARA DENTRO DO RECIPIENTE. in i ie a ia Lubrificagao de Motores ¢ Transmissées AL FCEPRA Exercicios Praticos EXERCICIOS PRATICOS EXERCICIO N.° 2 - SUBSTITUIGAO DO FILTRO DE OLEO - SUBSTITUIR UM FILTRO DE OLEO, REALIZANDO AS TAREFAS INDICADAS EM SEGUIDA, TENDO EM CONTA OS CUIDADOS DE HIGIENE E SEGURANGA. EQUIPAMENTO NECESSARIO. - 1 VEICULO EQUIPADO COM FILTRO DE OLEO - FERRAMENTAS DE (DES)APERTO -1 CHAVE DE FILTROS = 1 FILTRO DE OLEO NOVO - 1 ELEMENTO FILTRANTE NOVO = 1 JUNTA NOVO TAREFAS A EXECUTAR 1-NO CASO DE SER UM FILTRO DE ELEMENTO FILTRANTE, QUEBRAR A JUNTA ANTES DE DESAPERTAR COMPLETAMENTE O PARAFUSO DE APERTO. 2—NO CASO DE SER UM FILTRO COMPLETO DESAPERTAR ESTE COM A AJUDA DE UMA CHAVE DE FILTROS, 3—NO CASO DE SER UM FILTRO DE ELEMENTO FILTRANTE, MONTAR NOVA JUNTA E ©. ELEMENTO FILTRANTE NOVO. 4—NO CASO DE SER UM FILTRO COMPLETO ENROSCAR O NOVO FILTRO. A2 Lubrificagao de Motores e Transmissdes tt ¥ FCEPRA Exercicios Préticos EXERCICIOS PRATICOS EXERCICIO N.° 3 - ENCHIMENTO DE UM MOTOR COM NOVO OLEO, VERIFICAGAO DO SEU NIVEL E DA POSSIVEL EXISTENCIA DE FUGAS. - ENCHER UM MOTOR COM OLEO NOVO, VERIFICAR O SEU NIVEL EA POSSIVEL EXISTENCIA DE FUGAS, REALIZANDO AS TAREFAS INDICADAS EM SEGUIDA, TENDO EM CONTA OS CUIDADOS DE HIGIENE E SEGURANGA. EQUIPAMENTO NECESSARIO - 1 VEICULO AUTOMOVEL - 1 ELEVADOR - OLEO NOVO EM QUANTIDADE RECOMENDADA PELO CONSTRUTOR, - FERRAMENTAS DE (DES)APERTO TAREFAS A EXECUTAR 1— APERTAR O BUJAO COM A ANILHA NOVA, COM A AJUDA DE UMA CHAVE DE CAIXA (OU LUNETA APROPRIADA. 2- DESCER O VEICULO ATE AO NIVEL DO SOLO. 3~INTRODUZIR ATRAVES DO ORIFICIO APROPRIADO NA PARTE SUPERIOR DO MOTOR, A QUANTIDADE DE OLEO NOVO RECOMENDADA PELO FABRICANTE. 4—FECHAR ESSE ORIFICIO COM A SUA TAMPA. COLOCAR O MOTOR A FUNCIONAR O- TEMPO SUFICIENTE PARA ENCHER 0 FILTRO DE OLEO, POSTO ISTO, PARAR O MO- TOR. 5 — RETIRAR A VARETA MEDIDORA DO NIVEL DE OLEO E LIMPA-LA COM UM PANO, VOL- TAR A INTRODUZI-LA, 6 - RETIRAR NOVAMENTE A VARETA E VERIFICAR SE 0 NIVEL DE OLEO SE ENCONTRA ENTRE OS VALORES MAXIMO E MINIMO INDICADO NA VARETA. 7. POR O MOTOR A TRABALHAR E VER SE NAO EXISTEM QUAISQUER FUGAS. Lubrificapao de Motores e Transmiss6es A3 FCEPRA Guia de Avaliagao dos Exercicios Préticos GUIA DE AVALIAGAO DOS EXERCICIOS PRATICOS EXERCICIO PRATICO N° 1: PREPARAGAO DO VEICULO PARA A MUDANGA DE OLEO DO MOTOR. 2 GUIADE * TAREFAS A EXECUTAR RuEeDe Sanco ce ae ae EXECUGAO : é (PESOS) 4 ~Colocar 6 veiculo a trabalhar ao “ralenti 2 2- Assim que o motor atinja a sua temperatura normal de 3 | funcionamento, desigar 0 motor. 3- Abrir 0 “capot’,retrar a tampa de enchimento de éieo e elevar o 4 velculo no elevador, em posicao horizontal | | 4- Colocar um recipiente com capacidade pelo menos para 61 4 debaixo da zona do bujéo. 5- Desapertar 0 bujdo de esvaziamento do carter com a ajuda de | 4 uma chave de caixa ou luneta, de modo a no danificar 0 bujo. 6- Deixar 0 6leo fluir para dentro do recipient 3 CLASSIFICAGAO 20 A4 _Lubrificagdo'de Motores'¢ Transiriissao _AQCEPRA SoH EXERCICIO PRATICO N? 2: SUBSTITUIGAO DO FILTRO DE OLEO. 1 No caso de ser um fitro de elemento fitrante, quebrar a junta Z antes de desapertar completamente o parafuso de aperto 2- No caso de ser um ftro completo desapertar este com a ajuda ; de uma chave de ftros 3: No caso de ser um fitro de elemento fitrante, montar nova junta 5 © 0 elemento fitrante novo. 4-No.caso de ser um fitro completo enroscar 0 novo filtro. , CLASSIFICAGAO 20 EXERCICIO PRATICO N° 3; ENCHIMENTO DO MOTOR COM NOVO OLEO, VERIFICAGAO DO SEU EXISTENCIA DE FUGAS. 1- Apertar 0 bujao com a aniha nova, com a ajuda de uma chave 3 de caixa ou luneta apropriada. 2- Descer 0 veiculo até ao nivel do solo. 2 3- Introduzir através do orificio apropriado na parte superior do 3 motor, @ quantidade de 6leo novo recomendada pelo fabricante, | 4- Fechar esse orificio com a sua tampa. Colocar 0 motor a funcionar 0 tempo suficiente para encher o fitro de 660, posto 3 isto, parar o motor. 5- Retirar a vareta medidora do nivel de dleo € limpa-la com um 2 pano, voltar a introduzi-la. 6- Retirar novamente a vareta e verticar se o nivel de Gleo se 3 encontra entre os valores maximo e minimo indicado na vareta. 7- Por 0 motor a trabalhare ver se nao existem quaisquer fugas. 4 CLASSIFICACGAO: 20

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