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Capitulo 2 a 2.1 O que é um componente eletrénico? 2.2 Tipos de componentes 2.3 Os componentes passivos 2.4 Resisténcias ou resistores 2.5 Capacitores 2.6 Bobinas ou indutores 2.7 Transformadores Curso Pratico de Eletrénica Moderna» @xmneir 27 SE ees Em Eletr6nica sao utilizados diversos tipos de pegas para construir circuitos de todas as espécies e controlar e manipular a corrente elétrica de formas muito distintas. Neste capitulo, em especitico, nos referiremos as resisténcias, aos capasitores e as bobinas, conhecidos coletivamente como componentes lineares passivos. Conheceremos o que sao, como sao simbolizados, classificados e identificados, e para o que servem. Também introduziremos e explicaremos varios aspectos metodologicos que serdo uma regra ao longo do curso. 2.10 queéum 2.2Tipos de componente componentes eletrénico? Em Eletr6nica so utilizados Os componentes, ou pegas, diversos tipos de componentes so os elementos bésicos para conduzir, controlar, sele- contrutivos dos circui- _cionar, dirigir, interromper, ar- tos, figura 2.1. Em um mazenare, em geral, manipu- circuito, cada compo- lar a corrente elétrica de for- nente cumpre uma masmuito variadas. Neste cur- fungio especifica dependen- so estudaremos em linhas ge- dode seutipoedaformacomo _rais os seguintes componentes: esteja conectado aos demais, Passivos O miimero de pegas utilizadas Resisténcias em um circuito ou sistema pode Capacitores chegar a ser muito grande, Sem Bobinas diivida, s6 existe um ntimero ‘Transformadores limitado de categorias ou ti Eletromecdnicos pos. Neste capitulo e nos que Fios se seguem, os analisaremos Cabos sob esta perspectiva. Interruptores Conectores Os componentes so de gran-Pilhas e bater de importincia dentro de qual- Semicondutores quer sistema eletrdnico. Se Diodos Figuta 2.1 Os componemes ou ualquer um deles falhar, fal- Transistores bipolares pecas (acima) 840 os elementos tar ou estiver mal instalado ou Transistores FET ‘basicos construtivos dos circultos selecionado, isto afetard o sis- Tiristores (abaixo).O ereuito da fotograia co- fo alfoi Tresponde a fonte do um ampines. ‘ema na fungtio para qual foi dor. projetado, € sdutores cuitos integrados 28 mney + Curso Pritico de Ele ica Moderna 2.3 Os componentes Passivos Os componentes eletronicos podem ser ativos ou passivos, dependendo de sua capacida- de de amplificar poténcia. Exemplos de componentes passivos sio as resisténcias, os capacitores, as bobinas, os dio- dos, os conectores, os interrup- tores, as células fotoelétricas, 08 termistores e os crist: Exemplosde componentes ati- Vos silo 0s transistores, os ti- ristores, os circuitos integra- dos € as vilvulas de vacuo. Uma subcategoria muito importante de componentes Passivos so os componentes lineares passivos, assim cha- mados porque se comportam linearmente com a corrente ou a yollagem, ou seja, se a vol- tagem aumenta ou diminui, a corrente também aumenta ou diminui na mesma proporgiio e vice-versa. Os componentes lineares passivos basicos da eletrénica sio as resist@ncias, os capa- citores ¢ as bobinas, as quais nos referiremos neste capitu- lo, figura 2.2. Os componen- tes ativos ¢ outros tipos de componentes passivos espe- ciais sero analisados em ca- pitulos posteriores. Muitos componentes ele- trdnicos siio na realidade va- riantes dos trés tipos basicos de componentes lineares pas- sivos, pode-se reduzi-los a uma combinagao dos mesmos para efeito de andlise, ou tro- cam de comportamento de um tipo a outro sob determinadas circunsténcias Um transformador, por exemplo, é um tipo especifico de indutor e um cristal que se comporta sob determinadas circunstncias como uma re- sisténcia, um capacitor, uma bobina ou uma combinagao destes trés elementos. Assim mesmo, devido a forma como estiio construfdos, uma bobi~ na pode chegar a comportar- se, a partir de determinada freqliéncia, como um capaci- tore vice-versa, Os termos que apurecem su. blinhados em azul (pot fregl brevemente nas caixas explica aicia, ete.) sin definidos tivas que aparece mem algumas das paginas deste capitulo ou do capitulo anterior. A leitura des tas cainas € opeional, mi comendada para uma melhor compreensiio do tema. Figura 2.2 Componentes tineares passives tipicos Curso Pritico de Eletrénica Moderna s eect Ce eed O sistema S! Este curso utliza as unidades do Sistema Internacional, SI, a versie moderna do sis- ‘oma métrico tradicional MKSA, Neste sis tema, as unidades basicas ou fundamen tals so © metro (m), 0 klograma (ka), 0 ‘segundo (s), 0 ampere (A), o kelvin (K) candela (cc), utlizadas respectivamente para espectcar a extensie, a massa, 0 tempo, a correnteelétca, 9 temperatura a ntensicadeluminosa, As unidades para ‘utras cimensbes (resistinci, vollagem, {orga, ec.) 0 derivadasdestas unidados fundamen Ac longo deste curso se adotaril.a ‘mestna metodologia para cada ter ‘mo novo importante que se intro- duza e ndo seju suficientemente explicado no capitulo respecti: Vo, por no ter rela com otema tratado, A definigio formal dos mesmos se dé nos ca: je + Nestecurso adotaram-se as uni dades do Sistema Internacional ou SI mendagdes do mesmo relacio- maior parte dais rece nadas com 0 uso de prefixos, a ‘maneira como os ners ¢ uni dades io escrita cemyprego da reador decimal © outros aspectos formais, os quais serdo explicados gradual mente, a medida em que isto seja necessirio, ~~ S S A 3 8 y 3 a 5 H 5 8 2.3 Os componentes passivos Os componentes eletrénicos podem ser ativos ou passivos, dependendo de sua capacida- de de amplificar poten: Exemplos de componentes passivos so as resisténcias, os capacitores, as bobinas, os dio- dos, os conectores, 0s interrup- tores, as células fotoelétricas, 0s termistores e os cristais. Exemplos de componentes ati- vos siio os transistores, os ti- ristores, os circuitos integra- dos e as valvulas de vacuo, Uma subcategorfa muito importante de componentes passivos so os componentes lineares passivos, assim cha- mados porque se comportam linearmente com a corrente ou a yollagem, ou seja, se a vol- tagem aumenta ou diminui, a corrente também aumenta ou diminui na mesma proporgio e vice-versa, Os componentes lineares passivos basicos da eletronica so as resisténcias, os capa- citores e as bobinas, as quais hos referiremos neste capitu- Jo, figura 2,2. Os componen- tes ativos e outros tipos de componentes passivos espe- ciais sero analisados em ca- pitulos posteriores. Muitos componentes ele- trOnicos so na realidade va- riantes dos trés tipos basicos de componentes lineares pas- sivos, pode-se reduzi-los a uma combinagao dos mesmos para efeito de andlise, ou tro- cam de comportamento de um tipo a outro sob determinadas circunstincias. Um transformador, por exemplo, é um tipo especifico de indutor e um cristal que se comporia sob determinadas circunstincias como uma re- sisténcia, um capacitor, uma bobina ou uma combinagio destes trés elementos. Assim mesmo, devido & forma como esto construidos, uma bobi- na pode chegar a comportar- se, a partir de determinada freqiiéncia, como um capaci tore vice-vers: + Os termos que aparecem su: blinhados em azul (poténcia, giléncia, etc.) slo definidos brevemente nas cai 6 explica tivas que ap wrecem em algumas das paginas deste capitulo ou do capitulo anterior, A leitura des. tas caixas & opcional, mas é re- da para uma mellhor compreensiio do tema. Figura 22 Componentes linearos passivos tipicos Curso Pratico de Eletrinica Moderna ©RKET O sistema SI Este curso ufliza os undades do Sistema Internacional, Sia versdo modema do s- tema metteo tradicional MKSA. Nestea tema, as unidades bésicas ou fundamen. tais sa0 0 metro (m), 0 Klograma (kg), 0 ‘segundo (s), 0 ampere (A), o kelvin (K)2 a candela (cd), utlizadas rospectivamente Para especticar a extonsio, a masse, 0 tempo, a corrente eltrica, a temperatura @alinensidade luminosa.As unidades para ulras dimensdes (resisténcia, voltagem, forga, etc) so dorivadas destas unidades funelamertais. Ao longo deste curso se adotariia mesma metodologia para cada ter ‘mo novo importante que se intr- duzae Jo seja suficientemente explicado no capitulo respecti yo, por nao ter relagio direta com o tema tratado, A definigio formal dos mesmos se dé nos ca: pitulos pertinentes. + Neste curso adotaram-se as uni dades do Sistema Internacional ouSl ea aior parte das reco- mendagdes do mesmo relacio- nadas com 0 uso de prefixos, a maneira como os niimeros ¢ uni: dades sdo escritas, oemprego da ila como mat os aspectos formais, os quais serio explicados gradual mente, & medida em que isto seja Resisténcias tixas ou resistores meio, Na figura 2.4 mostram- se 0s simbolos utilizados nos esquemas eletronicos para re- presentar resistores fixos. Terminal solddve! Cdigo de cores Elemento resistivo Contato metilico R —— Wn Corpo motdedo R ‘ ©) aura 2.5 Construpao interna de uma resistencia de carvio Pipurea ornboigia do Sob essa perspectiva, os prin- A mesma classificagio s resisténcias fixas cipais tipos de resistencias uti-_aplica a outros componentes lizadas emeletrénica sao asde _eletrénicos como capasitores Os resistores variéveis por composigdio de carvéo (aglo- _bobinas, diodos, transistores, meios eletromecéinicos so de-_ meradas), as peliculas de car-_ circuitos integrados, etc. As nominados comumente po- yo (piroliticas), as peliculas pegas de montagem superfi tenciémetros. Por enquanto — metilicas ¢ as de fios enrola- _ cial, em geral, nos referiremos apenas as re- dos (bobinadas), Neste curso pequenas e precisas que suas sist@ncias fixas, Os potencié- trabalharemos principalmente _ equivalentes de montagem por Metros serio brevemente ana- com resisténcias de compo- _ insergdo, lisados na segiio 2.5. sigdo de carbono, figura 2.5. fio muito mai Formas de identificacao. Os mbém Tesistores sdo identificados de +Neste curso slo utilizalos prefe- As resisténcias encialmente os simbolosesque- SAO classificadas leyando-se _ VArias formas, dependendo de iticos recomiendados pelas nor- em conta 0 método de insta- Se tipo. Nos resistores de mericanas (ANSI) Iago ou montagem paraaqual COmPosi¢do de carvao, por para representar componentes, foram projetadas. Sob essa exemplo, os valores da resis- " téncia so codificados utilizan- circuitos,fungBesedemaisitens. perspectiva, as resisténcias 'eneia sio codificados utilizan do-se uma série de faixas co- loridas pintadas ao redor do corpo da pega e colocadas em uma dasextremidades da mes- ma, figura 2-7, mas norte: Outros simbolos alternativos,uti- podem ser de montagem por lizados em esquemas feitos sob insergdio ou de montagem su- outras normas, como a resistén-_perficial. no lado direito da figura 2.4, so indicadas através de um as- As pe 1s de montagem teriseo (*). Estes dhimos sio por insergiio so instaladas Cada cor esté associada a um numero, tabela 2.1. A de- fornecidos somente a titulo de através dos furos existentes informagio, nas placas de circuito impresso, As pecas de montagem su-per- Tipos. Além de sua divisdo ficial, caracterizadas por seu entre fixas ou varidveis, as re-tamanho diminuto, silo sisténcias so classificadas _instaladas e soldadas direta- principalmente levando-seem mente sobre as pistas do ci fA Ae codifica, lor da resi io ou leitura do. va- téncia é realizada conta 0s materiais utilizados _cuito impresso, Na figura 2.6 em sua construgao, pois estes mostra-seo aspecto _tipico stio os que determinam suas de uma resisténc caracterfsticas e aplicagées, gem superficial. de monta Se ee ene en ees Cats a a Mkt. Seer Satins ames} eA ore Curso Pratico de Eletrinica Moderna» @mancir 34 EE te eed da esquerda para a direita se- gundo as seguintes regras: + Presue-se que estejamos lidan do com um cédigo ée cores de quatro faixas. Para 0 e6digo de cinco faixas, muito utilizado em resisténcias de pelicula metélica, segue-se um procedimento simi la 1.A primeira faixa, que é a mais proxima de uma das ex- tremidades do resistor, apre- senta 0 primeiro digito do valor da resistencia 2.A segunda faixa apresenta o segundo digito do valor da resisténcia. 3.A terceira faixa apresenta 0 multiplicador decimal, ou seja, 0 mimero de zet0s ou ca- sas decimais que devem ser acrescentados a direita ou des- querda dos primeiros algaris- mos para se obter o valor no- da resisténcia. Por exemplo, se em um dado resistor a primeira faixa for azul (6), a segunda cinza (8) ¢ a terceira vermelha (x100), 0 ya- lor de resisténcia do mesmo é simplesmente 68x 10? Q, ou seja 6800 © (68 seguido de dois ze- 105) 0u 6.8 kQ. Se a terceira faixa fosse pre- ta (x1), seu valor seria 68 x 10° Q, ou seja, 68 & (68 somente). Da mesma forma, se a terceira faixa fosse dourada (x 0.1), seu valor seria 68 x 10! Q, ou seja, 68% 0.1 Qu 68.268 com o ponto de- cimal uma casa a esquerda). Resisténcias com 4 faixas re 1" Faia 2" Faixa signficatva significatva multplicadora_Tolerancia Resisténcias com 5 faixas LL 1'Faixa — 2* Fata 3" Fara Faas significativa signficaiva significativa multipicadora Tolerdncia Figura 2.7 Cédigos de cores para identificar resisténcias fixas. O sistema de 4 faixas (acima) 6 utiizado em resistencias de carvao © 0 de 5 falxas (abaixo) para resistencias de pelicula metalica. 92 4.A quarta faixa propor- ciona a exatiddo ou tolerfin- cia do valor de resisténcia apresentado pelas trés primei- ras faixas. E especificada como uma porcentagem (%). Porexemplo, se em um re- sistor de 10 000 Q (marrom- preto-laranja),a.quarta faixa for dourada (45%), 0 valor real da resist€ncia € 10 000 Q.+ 5%, quer dizer, pode estar entre 9 500 2(10 000 2 - 500.Q) e 10 500 Q (10 000 Q + 500 9), jé que 500.2 € 5% de 10000. Q. No caso dos resistores de pelicula e de fio enrolado, os valores da resisténcia e a to: lerdncia vém, em geral, dire- tamente mareados sobre 0 cor- po da pega. Algumas vezes, os fabricantes utilizam seus pro: prios cddigos. Por exemplo, muitos re- sistores de montagem superfi- cial trazem impresso um c6- digo de 3 digitos, tal como 103. Neste caso, os dois pri meiros algarismos (10) indi cam os dois primeiros niime- ros do valor da resisténcia e 0 terceiro (3) 0 multiplicador decimal ou niimero de zeros que devem ser agregados. Por- tanto, trata-se de um resistor de 10 000 Q, ou seja, 10 kQ. Outra caracter distin- tiva importante dos resistores € a quantidade maxima de po- téncia que podem dissipar sem aquecer-se demasiadamente, emncir + Curse Pratico de Bletronica Moderna 4 4 | ( ( ( ‘ ( ( ‘ ' ( ( ( ( ( ( ( \ ( ' ( ( ( ( ( ( ‘ ( ‘ ‘ ( ‘ ( ‘ ( ( 4 | i] 4 q 4 Resisténcias fixas ou resistores Para outros tipos de resistén: cias, o valor da poténcia nomi- nal pode vir mareado ou codi ado sobre 0 corpo da pe ou estar especificado no ma- nual do fabricante, Faixas ne Ee eM sce cee) Além da resisténcia nomi. nal (Q), a tolerfincia (%) ¢ a poténcia (W), outras caracte: SO) ticas distintivas importan- Cerne) Rcd tes das resisténcias, que deter- minam su: aplicagao determinada, so 0 coeficiente de temperatura ¢ a voltagem de trabalho. Estes e outros pardme- tros'serio analisados em maior detalhe em capitulos posterio- res deste curso, selecio para uma Tabela 2.1 Cédigo de cores padrao para as resisténcias fixas + Neste curso recome-se frequente- tea uso de exemplos numé: Este pariimetro é denominado nao vem marcada sobre o cor-_ricos para explicar conceitos ge- poténcia nominal po da pega, mas esié relacio- raise pariculares recentemente nada.com 0 tamanho fisico da —_introduzidos, Desta forma, si A poténcia nominal é es- mesma, ou seja, quanto maior propostos exereicios para que 0 pecificada em watts (W). Se otamanho, maior apoténciae —__leitor pratique os conhecimentos durante seu trabalho normal, vice-versa, figura 2.8, audquitidos. Todos os exerefeios uma resisténcia dissipa uma vém com suas respectivas res. poténcia superior & sua potén- As tesisténcias de carvo —_postase explicagdes correspon cia nominal, ela se sobreaque- de 1/4 W (0,25 W), por exem-_dentes cee pode chegar a destruit-se plo, tem normalmente um ou queimar-se. comprimento de 12,7 mm (1/ Ao final do curso apresenta-se No caso das resisténcias 2") e as de 1W um compri- um questiondrio completo de de carviio,apoténcianominal mento de 19,05 mm (3/4”). __avaliagio com perguntas, proble ‘mas priticos ¢ exereicios de and lise. Ao responder esse questio. nério etemetera folha de respos- tas A CEKIT'S. A., vocd opta por vw 1w um certificado de conhecimen- r tos e treinamento em Eletronica Figura 2.8 A poténcia das resisténcias esta geralmente relacionada com tease Nanos: ‘seu tamanho fisico. A fotografia mostra, por order, uma resistencia de 1/4 W, uma de 1/2 We uma de 1 W +De acordo com as recomendagdes Curso Prdtico de Eletronica Modernas Camacho 33 Experiéncia 2. Experiéncia 2.1 Objetivos * Verificar experimentalmen- te a operacdo das resisténcias como limitadoras de corren- te. + Familiarizar-se com o uso do c6digo de cores das resistén- * Aprender a utilizar adequa- damente a baneada de co- nexdes sem soldagem ou protoboard. + Compreender intuitivamen- te os conceitos de poténcia, Aspectos praticos preliminares Este experimento, além de resisténcias, utiliza outros ‘componentes ¢ elementos com 08 quais vocé provayelmente niio estd familiarizado, figura 1. Especificamente, necessita- se de um protoboard para a Curso Prético de ee mar 0 circuito de testes, uma bateria para produzir uma co- rrente através do mesmo, um LED para visualizar 0 efeito dessa corrente, um conector para comunicar a bateria com © protoboarde fios de conexaio para levar a corrente de um ponto do protobard a outro, ver lista de materi: O funcionamento e a for- ma de uso do protoboard sao explicados na Pratica 2 da seco Eletrénica Pratica des- te mesmo curso. Refira-se a essa informagiio se tiver davi- das, As baterias, os LEDs, 08 conectores ¢ os fios de co- nexiio serfo analisados, de um modo geral, mais adiante den- tro deste mesmo capitulo e em forma mais detalhada em ca- pitulos posteriores. Por en- quanto, somente mencionare- ‘mos as caracteristicas gerais Fletrinica Moderna © Xeni A resisténcia como elemento limitador de corrente Lista de materiais Componentes. 1 Resistincia de 100 (marrom-preto-matron-dourado) 1 Resistencia de 220 0. {vermetho-vermelho-marrom-dourad) 4 Resisténcia de 470 0 {amaroloviolota-marrom-dourado) 1 Resisténcia de 1 ka (marrom preto-vermelho-dourado) 1 Resisténcia de 3.3 ka (aranja-aranja-vermelno-dourado) 1 Resistencia de 4,7 ka (amarelo-violeta-vermetho-dourado) 1 Resisténcia de 10 kA (martom-preto-laranja-tourado) 4 Resisténcia de 33 ko (laranie-laranja-laranja-dourado) 1 Resisténcia de 47 ka (amarelovioletalaranja-dourado) 1 Resisténcia de 150 ka (marrom-verde-amarelo-dourado) 1 Resisténcia de $30 kia (laranje-aranja-amarelo-dourado) 1 Resisténoia de 1 MO (marrom-preto-verde-ourado) 1 LED ou diodo emissor de luz 1 Bateria de 9 volts 4 Conector para bateria 4 Protoboard 1 Ponte de fio #22 ou #24 Ferramentas ‘Alicates de ponta plana, alicates de corte, desencapadores Inetrumentos Nenhum 35 eee need Entathe ee Leo Conector para bateria M io negative Catode) | ancdo Resisténcias ellie eho 10K ae ae —i1— 33K Cl Se ee ee 47K 70 eee Ua, 150K Se ee Protoboard ie Baer a yah Wows: 47K so V2 de potinoa eB de torah Figura 1. Componentes necessérios para a experiéncia 2.1 dos mesmos que silo de utili- através dele circula uma co- passa através dele a um valor dade para este experimento, _rrente, atuando como indica- seguro, Caso contrério podem dor de presenga da mesma, destrui Bateria, Proporciona aforga Possui dois terminais chama- clétrica (voltagem) neces: dos catodo (-) c anodo (+), Conector de bateria. Permi tia para impulsionarumaco- catodo é identificado por te extrair de maneira facil, se- rrente através de um circui- estar localizado préximo do gurae confidvel a voltagem da se. to. Possui dois terminais cha- lado plano da capsula. bateria. Possuiem uma extre- mados positivo (+) enegati midade um par de clips meté- vo (-). Estes sinais vam mar- A luz emitida por um licos que se acoplam aos ter cados no corpo da pega. As LED pode ser yermelha,ama-minais da bateria e no outro baterias so especificadasem rela, verde, etc.dependendo um par de cabos: um vermel- volts (V). A requerida neste de sua composigiio.Os LEDs ho e um preto. O cabo ver= experimento é de 9 V. devem ser protegidos median- metho corresponde ao polo te uma resisténcia em série positive (+) ¢ 0 preto ao ne~ D. Emite luz quando para limitar a corrente que _gativo (-). 36 SwNCIT + Curso Pratico de Eletronica Moderna de conexaio. deste tipo para seus experi- _multiplicador (mimero de Proporcionam um caminho mentos e projetos futuros. zeros que devem ser acre- de resisténcia muito baixa scentados) a quarta ou a para a circulagdo da corren- Procedimento tolerancia. te, permitindo levé-la de um Ponto ao outro sem perdas. 1.Classifique sobre sua mesa 2.Instale as resisténcias, 0 Sao feitosde cobree vémre- de trabalho as 12 resistén- LED, o conector da bateria cobertos por uma capa colo- —_cias emordem ascendente, —_e as pontes suspensas no rida de material isolante, ge- ou seja, comegando com a__protoboard conforme indi- ralmente de plastico, de 100 Q(marrom- preto- cad na figura 2. As resis- marrom-dourado) e termi-_téncias devem ser colocadas 5 fios so identificados. nando com a de 1 MQ namesma ordem como fo- Porumntimerooucalibre.Os — (marrom- preto - verde - ram classificadasno passo 1 utilizados nos experimentos —_ dourado). Identifique-as deste curso,devem serdeca- _pelocédigodecores,como _Siga as instrugdes sobre libre #22 ou #24 € sio obti-_explicado na teoria. ou uso do protoboard que sio dos comercialmente sob a oferecidas na Prética 2, Uti- forma de cabo telefonico Lembre-se de que a lize os alicates de ponta pla- multipar. leitura das resisténcias € na para dobrar as pontas das feita da esquerda para a _resisténcias em Angulo reto ¢ © cabo multipar possui _direita, comegando pela 0s alicates de corte para cor- numerosos fios coloridos _faixa que estiver mais pré- _tdlas num comprimento ade- que, ao serem separados e —_xima do corpo. A direita quado, digamos 10 mm. cortados, so titeis para se deve estar a faixadourada. fazerem conexdes entre os As duas primeiras faixa Para garantir um 6timo diferentes componentes de __correspondem aos dois pri-_contato das pontes (jumpers), um circuito. Tenha uma quan- meiros ntimeros do yalor _ retire de 4.a 8 mm do isolan- tidade suficiente de cabos daresisténcia, aterceiraao te das extremidades de cada att “\\aageanereeete| a a a a a a ee a a a a at a «ae Figura 2. Montagem da experiéncia no protoboard 2.1 ) Curso Prdtico de Eletronica Modernae exancitr 37 ' Pen eed —>— —+ Trajetéria seguida pela corrente (circuito) Figura 3. Detathe do circuito de ativagao do LED um deles com um alicate de- sencapador e insira as pontas nos furos correspondemtes do protoboard. 3.Instale a bateria em seu res- pectivo conector para ali mentar 0 circuito. 4.Conecte sucessivamente a ponta do fio “A” a cada uma das extremidades li- vres das resistencias, come- ando pela de 100 22, e ob- serve 0 que acontece com © brilho do Li Vocé notard que a medi da em que se aumenta 0 va- lor da resisténcia conectada, © britho do LED diminui, ¢ vice-versa. Isto acontece por- que uma resisténcia de valor baixo permite que mais cor- rente circule através do cir- 38 cuito que no caso de se ter uma resisténcia de valor mais alto ou que se oponha men A passagem da corrente. is O brilho do LED é uma medida qualitativa da quan- tidade de corrente que esta circulando: quanto maior a corrente, maior o brilho e vice-versa. 5.Conecte agora somente a ponta “A” a extremidade liyre da resisténcia de 220 Qe observe que 0 LED se acende. A razio € simples: yoo’ formou um cireuito, ou seja, uma trajet6ria fechada para a circulagao da corrente. Nes te caso, a corrente (ou fluxo de elétrons derivado da apli- cago de uma voltagem) sai pelo terminal negativo (-) da bateria, atrayessa 0 LED e a resisténcia, e entra novamen- te na bateria pelo terminal positivo (+). A trajetéria seguida pela corrente para este caso em particular é mostrada na figue ra 3, O conector da bateria, 0s contatos do protoboard, os terminais dos componentes € as pontes suspenszs somente servem como condutores e nio apresentam resisténcia & passagem da corrente, 6.Utilizando o mesmo circui- to, toque a resisténcia e ob- serve que ela esquenta, Novamente a raziio é sim- ples: ao circular através de um material, a comente rea- liza um trabalho, ou seja, CHEICAT + Curso Practico de Electronica Moderna uma transformagio de ener- gia. Ao trabalho realizado por uma corrente denomina-se poténcia eé especificado em watts (W), No caso da resisténcia, a poténcia se manifesta na for- ma de calor, enquanto que no LED se manifesta na forma de luz. Esta € uma outra ra- 70 pela qual 0 LED se ilu- mina, 7.Conecte agora a ponta “A” A extremidade livre da resis- téncia de 4.7 kQ, toque a resisténcia e observe que ela se aquece menos que a de 2202 do circuito anterior. Outra vez, a razio é sim- ples: através da resisténcia de 4.7 kQcircula menos cor- rente que através daresistén- cia de 2209 e, portanto, dis sipa menos poténcia na for- ma de calor, Repita a me: ma experiéncia com as de- mais resisténcias e tire suas proprias conclusées. Conclusoes Além disso, sempre 6é visivel, néio importando a forma como a resisténcia esteja colocada no circuito. 2.As resisténcias limitam a passagem de corrente atra- vés de um circuito, Quan- to maior a resisténcia me- nor a corrente (menor 0 bri- Iho do LED), e vice-versa, 3.Quando uma corrente cir- cula através de uma re téncia, dissipa-se a potén- cia na forma de calor. Quanto maior a corrente maior a poténcia, e vice- versa. v javeis As resisténcias varidveis, em dio componentes eletr- nicos cuja resisténcia muda em fungiio de algum fator fisico externo, por exemplo 0 movi- mento mecanico de um eixo, a quantidade de luz que inci- de sobre sua superficie, a tem- peratura do meio cireundante, a voltagem aplicada, ete. Por enquanto nos referire- mos As resisténcias varidveis por meios meciinico: mente conhecidas como po- tencidmetros, figura 2.9. Neste tipo de dispositivo, a resisténcia varia deslocando mecanicamente uma pega me- tilica chamada cursor sobre uma pista circular ou reta de carvao ou fio, comu- 39 ae Divisor de voltajom, me Trimmer Figura 2.10 Simbotogia de potenciometros Os potenciémetros possu- m normalmente trés termi- ais: dois conectadoss extre- midades do elemento resist vo € um conectado ao cursor. Os terminais das extremidades so denominados fixos. O usu- {rio acionao cursor apartir do exterior, girando um eixo ou deslizando uma alavanca. A medida em que 0 cursor é deslocado até uma das extremidades fixas, diminui a resistencia entre o cursor e esse terminal, enquanto aumenta a resisténcia entre 0 cursor e 0 outro terminal fixo. A resisténcia entre as extremida- des fixas permanece constante. Simbologia. Os potenciéme- tros podem ser variaveis ou justaveis, dependendo r pectivamente de se, durante sua operagio normal, a resis- téncia varia sobre uma faixa continua de valores ou sim- plesmente ajusta-se a um va- lor determinado. Na figura 2.10 mostram-se os simbolos Utilizados para representar es- tas possibilidades. Os potenciémetros ajus- taveis so conhecidos comu- mente como trimmers o trimpots. Os trimmers sio empregados principalmente 40 para calibrar equipamentos eletrénicos e compensar os efeitos de envelhecimento de outros componentes, Ao contrario dos potenciémetros comuns, sao normalmente inacessiveis ao usudrio final. Um tipo particular de po- tencidmetro é 0 reostato, no qual © cursor esta conectado internamente a um dos termi- nais fixos. Os reostatos sio utilizados geralmente para controlar grandes correntes. ‘Tipos. Além de sua divisio em varidveis continuas ou sim- plesmente ajustéveis, os po- tenciGmetros slo classificados de outras formas, principal- mente dependendo de sua fungao, da composigao do material resistivo, do nuime- ro de voltas e outras caracte- ristic: Dependendo de sua fun- gd0, os potenciémetros po- dem ser de propésito genéri- co, de semi-precisao e de pre- cisiio. Na figura 2.11 mostra- se a estrutura interna de um potenciémetro de precisio. Os potenciémetros de propé- sito genérico e de semi-pre- ’io so utilizados principal- mente como controles de vo- lume. Dependendo do material defabricagao, os potenciéme- tros podem ser de fio enrola- do, de carvao, de plastico condutor ou de cermet. Este Uiltimo é uma espécie de tin- ta condutora composta por uma mistura de metais preci- 0808 e vidro ou pé cerdmico. Dependendo do nime- ro de rotagées do eixo re- queridas para que 0 cursor ‘Piguea 2.11 Estratura interna de um potenciometro de precisso muttivotta CwmUctT — + Curso Pratico de Eletronica Moderna (eeu percorra 0 elemento resisti- nominal eo terceiro (3) 0 mi- _ neares vém marcados com um vo de uma extremidade a mero de zeros que devem ser «B» ¢ 08 nao lineares com : outra, os potenciémetros acrescentados. Portanto, trata- outras letras. podem ser de uma s6 volta se de um potencidmetro de ou de varias voltas (mul- 100000, ou seja, de 10kQ. — Aplicagies. Os potenciéme- tivolta). Nestes iltimos, 0 tros so utilizados principal- elemento resistivotemuma —_lém da resisténcia no- Mente como reostatos e forma helicoidal. minal (Q), outras caracterfs- Como divisores de volta- < ticas distintivas que devem 8¢™. No primeiro Os potencidmetros po- ser jevadas em conta ao sele._™item controlar a qui dem ser também lineares ¢ nio-lineares. Nos primeiros, a resistencia é proporcional a0 Angulo de rotagao do eixo, enquanto que nos segundos nao. A maioria de potencid- metros nao-lineares sfio loga- ritmicos ou anti-logaritmicos, de corrente que circula atra vés de um circuito e limité-la a um valor determinado, No segundo, que é mais estendi- do, permitem obter qualquer voltagem entre zero ¢ 0 mé- ximo aplicado a suas extre- midades. cionar um potenciémetro para uma determinada aplica- iio so atolerfncia, a potén- cia, a graduagio (linear, loga- ritmica, etc.), a resolugiio e a resisténcia de contato, Estes conceitos serao esclarecidos em capitulos posteriores. ) Também se dispoem de 4, ‘ Os controles de volume i potenciOmetros para monta- Os potencidmetros de yrijizados em televisores € gem superficial e de poten- °@f'V40, por exemplo, que S40 aparelhos de som, por exem- ciOmetros multiplos, forma- 8 Mais comuns, sao obtidos pio, sao potencidmetros atu- dos por dois ou mais poten- OM resisténcia de menos de ando como divisores de vol- } ciémetros individuais aco- 100 2 até mais de 5 MQ tagem, e os controles de velo- ) ) plados entre sie acionados poténcias entre 1/2 We 2 W. cidade de alguns motores so por um mesmo eixo. Alguns Valores comuns de resisténcia _potenciémetros atuando como potencidmetros, inclusive, total sto 500, 1 kQ, 10kQ, — reostatos, Ao longo deste cur- so acionados por um motor. 50 kQ, 100 kQ, 500 KQe 1 soconheceremos mais aplica- MQ, Os potencidmetros Ii {Ges destes dispositivos Formas de identificagao. O: potenciémetros sao identifica- dos de varias formas, depen- dendo de seu tipo e tamanho, figura 2.12. Em alguns casos, o valor da resisténcia nominal, ou seja, a existente entre as ex- tremidades fixas, vem direta- mente marcada sobre 0 corpo da pega (500 Q, 50 K, etc), Em outros vem codificado, por exemplo como 103. Figura 2.12 Exemplos de identitice¢ao de potenciometros. a) b) Neste exemplo, os dois (@#) Potencidmetro linear tiplo de 100 ka primeiros algarismos (10) in- dicam os dois primeiros nime- ros do valor da resisténcia (¢) Timmer de uma tnica votta de 200 ks? de acionamento vertical (b) Trimmer muttivolta de 50 kA de acionamento lateral, Curso Pratico de Eletrénica Moderna» CCE a 2.6 Capacitores Os capacitores, figura 2.13, so componentes que armazenam energia elétrica em forma de voltagem, ou seja, de cargas elétricas, Sio formados basicamemte por duas laminas metilicas chamadas_placas, separadas por um material isolante chamado dielétrico. A tabilidade de um capacitor de armazenar cargas elétricas denomina-se capacitincia e é uma caracteristica intrinseca do dispositivo. tt of 1a) Capacitor fixo_b) Capacitor U ‘do poiarizado varidveis Figura 2.13, Capacitores modernos. Observe a grande variedade de formas, estilos tecnologias de fabricagao. A capacitancia é repre- sentada pelo simbolo C (do inglés Capacity: capacidade) e depende, entre outros fato- res, da separaco entre as pla- cas, da drea das mesmas e do material do dielétrico. + Neste curso, por razdes de cos- tume, nos teferiremos freqilen- lemente aos capacitores como capacitores. Pelas mesmas 708, nos referiremos aos resis- tores como resistencias, ainda que a resisténcia sejana verdade um fendmeno fisico e lum resistorum compo- nente que tem uma re- sisténeia previstvel idade de me- dida. a unidade tL fundamental de ide ai medida da capaci- ©) Capacitor ix.) Capactor tancia no sistema Polarzado —preajustavel (Trimmer) SI 6 o farad (F), Figura 2.14 Simbotogia de capacitores. Comparam-se os simbolos norte-americanos 42 assim denominado em homenagem ao eounpeus, fisico francés Michael Faraday (1791 - 1867), descobridor dos efei- tos magnéticos das correntes elétricas. Na pritica, o farad é uma unidade demasiado grande para a maioria das situagdes reais. Por e: ), Sao utili- zadas unidades derivadas me- nores como o microfarad (\1F) € 0 picofarad (pF), equivalen- tes respectivamente & milioné- sima (1x10) e & bilionésima (1x10) parte de um farad. Um capacitor de 100 UR, por exemplo, pode armazenar 10 vezes mais carga que um de 10 LE Os capacitores mo- dernos tém normalmente ca- pacitncias de menos de | pF até mais de 150 000 j1F, A ca- pacitincia é medida utilizan- do-se um instrumento chama- do capacimetro. imbologia. Os capacitores podem ser fixos, varidveis ou ajustavels, dependendo, res- pectivamente, de se sua capa- citancia € constante, se pode variar continuamente sobre uma faixa de valores ou se se ajusta a um valor determinado. ‘Também podem ser pola dos ou nio-polarizados, de- pendendo de se devem ou nao ser conectados a um circuito com uma polaridade ou orien- taco determinada, Na figura 2.14 mostram- se 0s simbolos utilizados nos ircuitos eletrOnicos para re- presenter as possibilidades anteriores. No caso dos capa- CEICET + Curso Pritico de Eletrénica Moderna Co c) qd) Figura 2.15. Capacitores comuns. (a) Cerdmico. (b) De pelicula de potiéster. (c) Eletrolitico de alumini, (A) Eletrolitco de tantalo citores polarizados, ou termi- nal positivo (+) deve sempre ser conectado a uma voltagem mais alta que o terminal neg tivo (-), Caso contrério podem explodir ou sofrer danos irre- versiveis, ‘Tipos, Além de sua divisdio em fixos, varidveis ou ajustaveis e polarizados ou nao-polariza- dos, 0s capacitores sio class ; ficados de outras formas, espe- } cialmente tendo em conta os materiais utilizados como dik Iétricos em sua construgio. Deste ponto de vista, os principais tipos de capacito- izados em eletrOnic: 0s de pelt cula plastica e os eletroliticos, ; sfio os cerimic« Curso Pritico de letronica Moderna ® a) ‘Terminal de conexéo a0 eletrodo de prata Dialétrico de ge Oxido de Titanio ~~" Eletrotios de prata de dos na parte ‘superior e inferior do disco ceramico b) Laminado fino Papel Conexfio do catodo Laminado tino Anodo Papel Figura 2.16 Estrutura interna tipica de capacitores. (4) Capacitor ceramico. (b) Capacitor eletrlitice de aluminio figura 2.15. Os dois primei- 08 tipos so sempre nio-po- larizados, enquanto que os licarbonato ou poliéster. Na figura 2.16b mostr construgio interna de um eletroliticos podem ser pola~ capacitor eletrolitico de alu rizados ou nfo. Na figura minio. Tamb: 2.16a mostra-se a construgio interna tipica de um capacitor cerdmico. se a m existem ca- pacitores de papel, vidro, mica e outros materiais. Os capacitores podem ser também de montagem por in: sergio ou de montagem super- ficial, figura 2.17. Estes ulti mos, em sua versio cerfmica ou de pelicula, externamente Os capacitores eletroli- ticos, por sua vez, podem ser de aluminio ou de tintalo, e os de pelicula plastica de poliestireno, propileno, po- cunir a ede eee fabricacao, dade dos terminais outros dados. O lado correspondente ao ter nal ne; especificado normal- mente mediante uma faixa de sinais de menos («=»). polai ativo € A voltagem de trabalho, por exemplo 16 V, refere-se a yol- tagem maxima que pode ser aplicada atrayés do capacitor em forma continua sem causar sua des- truigdio, Pode ser de Figura 2.17 Cpacitores de montagem UNS POUCOS Volts até superficial. (a) Chips certmicos. (b) Chps varias centenas ou eletroiticos de aluminio, iuliatee tie valiee slo muito parecidos com as esisténcias de mesma tecno- tolerfincia, por sua logia, Nos de montagem por dica ou erro ou varia- insergao, os terminais podem ¢ao no valor real da capaci- ser de disposi¢fio axial ou ra- tancia em 0 que dial, figura 2.18, est marcado em sua cfpsu- la. E especificado como uma For ». OS porcentagem. capacitores sito identificados de varias formas, dependendo de seu tipo e tamanho, figura 2.19. No caso dos capacitores eletroliticos de aluminio, por exemplo, que sao os maiore pacitancia, digamos 100 WF, est impresso diretamente sobre o corpo ou edpsula. Por exemplo, em um ca itor de 1000 1.F com uma tolerancia de -10/+100%, a capacitaneia real pode estar © valor da c: Sobre a cépsula so especificadas m- bém a voltagem de tr balho, a tolerancia, a maxima temperatura de operagao, a da 4 caxir Figura 2.18 Os terminais dos capacitores podem ide &8!ar-em disposigéo axial ou radial. centre 900 [LF (1000 LF - 100 LF) © 2000 WF (1000 pF + 1000 1F), visto que 100 WF e 1000 [LF so, respectivamen- te, 10% e 100% de 1000 [LF. Poderia ser, digamos, 1230 HIF se mei ‘om um capa- cimetro. Conceito de coeficiente de temperatura © coeficiente de temperatura (TC) de ‘um capacitor especifica como muda a “capacitancia do dispositive com o aumen- to da temperatura. Expressa-se gerel- -mante em ppmAC {partes por mithao por grau ve hoes 8 ro nroh depencer, hegativo (N) ou zero (NPO), depen ‘dod capactanela aumenia.diinuir 1 permaneoer constante ao se aumentara Vemperatura. Os capacitores com coal lente NPO so os mas estavels. Por esta razdo sdo utilizados em circuitos. osciladores para compensar os desvios de treqi devido as trocas de tem- pperatura, Sempre que se troca um capa- Stor, deveverulizade um subsite com ‘omasmo TC, Em outros casos, espe- ialmente em capacitores pequenos de cerdmica, tan- talo ou de pelicula, a capa- citfincia € especifi diante um cédigo. 103 ou 4R7. Algumas vezes, usa-se um cédigo de cores similar ao das resistén exceto que o valor de- cifrado é expresso em picofarads (pI No primeiro exemplo (103), os dois primeiros digitos (10) cortespondem aos dois, primeiros ntimeros do valor da cay ro (3) a0 ntime- rode zeros que devem ser acrescentados. * Curso Priitico de Eletrinica Moderna ‘ 4 ( 4 ( ' ( ( ( ‘ ( ( ( ( 4 4 ( ‘ ( ( 4 4 ( ( ( { ' i i ‘ ( ‘ ‘ \ ( ( ( 4 { ( 4 es ) ) ; O valor é expresso em as picofarads (pF). Portanto, | "xerleo2.2. trata-se de um capacitor de | (a) 0s capacitores certmicos sAo fabricados tipicamente com capacitincias no ; iinais de 1 pF até 2,2 F. Qual 6 a capacténcia nominal em miciofarads de um 10000 pF, ou seja, 10 nF ou | cpsctor certmic tenticado com a feteréncla 473? ; 0,01 uF. R.0,047 UFOs dois primeiros digitos (47) correspendem aos doksprimeiros dik ) 108 do valor da capacitinciae o tercelo (8) ao numero de zeros que devem ser ) No segundo exemplo. | acrescertados, 0 valor ¢ expresso om picotarads (OF), Portia, Wata-se de um , (AR7), 0 primeiro digito (4) | apacorde 47000 pF ou sela 47 nF ot ainda 0,047 UF g corresponde a parte inteira () os orate epoca pigain rata a Sabcaen blcameris ‘com mapaclianel Capactianclas nominals desde 500 pi LF Determine afaixa de valores na ) io Valor ida ca pecH An tes SIGE te) UERGAStaoi on un sarastcr ca poked’ rane hart segundo (R) a posig&io do | coma rteleréncia .22N ) ponto decimal e o terceiro : A. Entre 0,176 iF e 2,64 iF. O valor nominal da capacténcia 60,22 LFA letra N ) (7) & parte decimal. O va- indica que 0 componente tem uma tolerdncia de 20%, Visto que 20% de 0,22 Fé ue lor pode ser expresso em | 0,0444iF a capaciincia ral deve estar entre 0:22 pF i : : AF; ou Se, enro 0,176 uF 0 2,64 uF microfarads (\tF) ou pico- rads (pF), dependendo do _yajor marcado tipo de capacitor. Portanto, _divetamente sobre Voor commecear tateee do uni'capaclion ds) #OmmN numérica ou alfanumérica ; 4.7 WF ou de 4.7 pF. Para a especificagao da tolerancia sao utilizadas " a \ geralmente as letras M, K ey F ; e J, correspondentes, res- pectivamente, a 20% , 10% ; 5%. Assim, um capa \ ) , j ) ceramico identif Cédigos rumérico @ como 221J,temumacapa- de cores combinadas citancia nominal de 220 pF Figura 2.19 Exemplos de identificagao de capacitores To. e uma tolerancia de 5 Aplicagdes. Os capacitores (_ Concelto de carga sadwcupacill io, depois das resisténci.. | ASPAMcuke kindaments dos amos Além da capacitanc! Siio, depois das resisténci- | Spats indamentts do somos voltagemde trabalho eato- as, os componentes eletr6- | ria, tom assoviadn une determine ah et teri : utiliza | auanidade de energia chamada carga Jerancia, outras caracteris- nicos passivos mais utiliza- | Mahia) aus ¢ fave orm neces ticas distintivas quedevem —_dos na pratica. Entre outros | 0s fenémenos elétricos e eletronicos. A ser levadas em conta ao se _usos, sio empregados para | wile demeds de cars nostona selecionar um capacitor — armazenar temporariamen- | emmomenagons cares A Coutom® eal. to os de | (1796-1800) descobride dali que ve Para umadeterminada apli- te pequenas quantidades de | {179 188) ess dae quo cagdo so 0 coeficiente de _energia elétrica, bloquear | pica as inbragbes ente as cargns le ' temperatura, a resisténcia correntes diretas, gerar in- | Me a un amo equivalente serie ¢ 0 fator — tervalos de tempo, etc, No | Quummatal pode ser postive nega de poténcia, Estes e outros. Experimento 2.2, por | ¥#0u neute, dependende de seu nime- Ph fo de elétrons ser menor, maior ou iguel pardmetros serio esclareci-_ exemplo, aprenderemos a | {sounimuro de protons As cargas de dos em capitulos posterio- _utiliz4-los como armazena- | meeme siral 9 repeter © a0 de sina ; res deste curso. dores de carga. Curso Pratico de Eletranica Modernas eaucitr 45 Me ee | Experimento 2.2 O capacitor como elemento armazenador de carga Objetivos + Verificar experimentaimente a operagzio dos capacitores como armazenadores de carga, + Familiarizar-se com a identi- ficagdo dos capacitores ele- troliticos de aluminio. + Compreender intuitivamente as caracteristicas de carga ede descarga de um capacitor. Aspectos praticos preliminares Este experimento, além de ea- pacitores, utiliza varioselemen- tos com os qi j familiarizado desde 0 experi- mento anterior, figura 1. Os ele- mentos necessirios sao relaci- onados na lista de materiais anexada, Setiverdiividas quan- to. aouso doprotoboand, a iden- tificag’io de resisténcias ou a fungiio dos demais componen- ies, refira-se ao Experimento 2.1 antes de continuar. Procedimento 1, Arrume sobre sua mesa de 46 trabalho os 12 capacitores ele- troliticosem ordem ascenden- te de valores, ou seja, come- gando com ode I IF e termi- nando com o de 3300 JF. Lembre-se de que nos ca- pacitores eletroliticos de alu- minio, 0 valor da capacitanci std impresso diretamente bre 0 corpo do componente, juntamente com a polaridadee €a voltagem de trabalho, Este uiltimo deve ser, no minimo, igual a 10 V (preferivelmente 16). 2. Execute sobre o protoboard © circuito da figura 2, insta- Jando no lugar de Cx 0 capa- citor de 47 [UF com a polati- dade indicada. Através deste circuito comprovaremos a capacidade de um epacitore para armazenar cargas elétri- Is ¢ Servir como fonte tem- pordria de yoltagem. 3. Instale « bateria em seu res- pectivo conector para ali- mentar 0 circuito. 4, Conecte a ponta do fio “A” A extremidade livre de R11 duran- CmUCET + Curso Prético de Eletrénica Moderna Lista de materiais Componentes: 1 Capaciter de 1 u FI16V 1 Capacitor de 2,2 F/16 V 1 Capacitor de 4,7 F/16 V 1 Capacitor de 10 p.F/16V 41 Capacitor de 22 1/18 V 1 Capacitor de 47 uF/18V 4 Capacitor de 100 F/16V 4 Capacitor de 220 nFN6V 1 Capacitor de 470 nF/16V 4 Capacitor de 1000 uF/16 V 41 Capaoitor de 2200 jF/16 V 1 Capacitor de 9900 F/16V 1 Resisténcia de 1 kO, 1/2 W 1 Resistércia de 10 kO, 1/2 W 1 LED (qualquer cor) 1 Bateria de 9V 4 Conector para bateria 4 Protoboard Pontes suspensas (jumpers) #22 Ferramentas Alicates de ponta plana, alicate de corte, desencapadores Instrumentos Nenhum Observacdes 41, Todos 0s capacitores sao eletrol- tlo0s, de aluminio, polarizados ‘com ura voltagem de trabalho nominal de 16V ou superior. 2. Todas as resisténcias sfo de carvo, de 1/2 W de poténcia 3% de tolerancia ) ) ) } ) ; ) ) ) ) ; { Figura 1. Componentes necessrios teuns poucos segundos, diga- _gradualmente uma carga Ao conectar 0 Cx ao R2, fe- mos 10.Ao cabo deste tempo, _clétrica as placas do capacitor, _cha-se o circuito como LED. desconecte apontaA” de RI especificamente uma carga _€ © capacitor libera paulati- econecte-aimediatamente a _positiva placa superior (+) ¢ —_ namente a carga amazenada, extremidade livre de R2, Ob- uma carga negativa d inferior _produzindo um fluxo de elé- ; serve 0 que acontece, (-). Diz-se, entio, que Cx esti _trons, ou seja, uma corrente, a q i em proceso de carga, Aofinal da placa negativa até a posi- Notari que brilho do deste processo,avollagementre _tiva, Por esta razdo 0 LED se i LED comega a diminuir as placas de Cx épraticamente—_ilumina. gradualmente a partir de seu igual & da bateria (9V), nivel méximo_ inicial, Y A medida que 0 capacitor apagando-se rapidamente ao Ao desconectaro Cx de R1,as___ libera a carga armazenada, cabo de uns poucos segun- —_placas do capacitor retém —_diminui, paulatinamente a dos. Por qué? armazenada a carga transferida _voltagem entre as placas e, pela bateria ¢, portanto, — portanto, a corrente que cir- Ogqueacontece pode ser — mantém-se a voliagem ou —_culaatrayés do circuito. Por tesumido brevemente assim: diferenga de potencial entre _ esta razdo, o brilho do LED elas. Em outras palavras,oCx diminui_gradualmente. Y Ao conectar o Cx ao RI, converteu-se em uma fonte de Diz-se, ento, que o fecha se 0 circuito com a voltagem. Diz-se, entdo, que capacitor est em proceso bateriae esta tiimatransfere capacitor est earregado. de descarga, Curso Pratico de Eletronica Moderna» Ctawcitr a7 ER eae | V Ao terminar © proceso de _¢ carregado através da yolta- como uma fonte de voltagem descarga esgotar-se acar- gem da bateria (9 V), mas temporaria, impulsionando ga armazenada no capaci- acumula mais carga que 0 uma corrente através de um tor, a voltagem entre as de 47 {1F porque possuiuma —circuitoaié quese esgote acarga placas igual a zeroecessa maior capacitaincia, Por esta —_armazenadta e a voltagem entre @ circulagiio de corrente, razo, demorara mais tempo seus terminais caia a0) volts. Por esta razio, 0 LED se desearregando-se, quer dizer, apaga. Diz-se, entéo, que 0 liberando sua carga armaze- 3.0 tempo que dura a circulagio capacitor esté desea- nada. Repita a mesma ex- da corrente de descarga de um rregado. periéncia com cada um dos capacitor através de um dado capacitores restantes. Tire circuito depende de sua 5. Retire o capacitor de 47 suas prdprias conclusdes. _capacitncia, Quanto maior a LF e instale um capacitor capacitincia, mais lenta é a de 1000 {UF no lugar de descarga, ¢ vice-versa, Uma Cx. Repita entio o passo Conclusdes situacao similar se apresenta 4, Notard novamente que durante arecarga, como veremos 0 brilho do LED comega 1.0s capacitores armazenam em uma futura oportunidade. adiminuir gradualmente a —_energia na forma de cargas partirde um nivel méximo — elétricas depositadas sobre 4.0 tempos de recarga ¢ de inicial, mas se extingue suas placas. Quanto maiora _descarge dependem também mais lentamente que no capacitincia, maior é a car- dos valores de R1 e R2, re: caso anterior. Por qu gaarmazenada,e vice-versa, _pectivamente. Quanto maior a resisténcia, maior o tempo, e arregado atua vice O capacitor de 1000 {F — 2.Um capacitor versa. Ristko, R2=10K0 Lado a rae a a whee Terminal negativo (-) = conexao aurante a carga se Conexio durante a descarga Figura 2, Circuito de testes 48 CwVCET — + Curso Pritico de Eletroniea Moderna Figura 2.20 Bob . jutores As bobinas, também chama- das indutancias ou induto1 figura 2.20, sio componentes construidos a partir de um fio enrolado e que armazenam energia elétrica na forma de ou seja, de campos magnéticos. A habilidade de um indutor para produzir cam- pos magnéticos é denominada induténeiae ¢ uma caracteris- corrent ‘ou Indutores para uso eletronico A indutancia de uma bo- bina depende, entre outros fatores, do numero de vol- tas ou espirais do fio que 0 constitui ¢ do material do niicleo sobre 0 qual o fio é enrolado. A indutancia é re~ presentada através do sim- bolo L (do inglés Linkage: linhas de fluxo magnético) © se mede utilizando um ins- trumento chamado induté- metro. SS lek as ree ¢) y ha Bobinatenucieo ——-Bobina de Bobina de niicleo dear de fer1o ds ferrite Bobina com Bobina variavel Bobina com derivagdes contato desizante de Eletrénica Moderna ® i Bobina ajustavel ATI Bobina polarizada fixos, varidveis e ajustéveis ror Unidade de medida. A ur dade fundamental de medida da induténcia no Sistema In- ternacional (SI) € o henry (HD), assim denominado em homenagem ao fisico norte- americano Joseph Henry (1797 - 1878), inventor do in- termuptor eletromagnético ou Na pritica, ohenry é uma unidade relativamente gra de para a maioria das situ Ges reais, Por esta raza, sfio utilizadas unidades derivada mais pequenas como o micro- henry (iH) ¢ o milihenry (mH), equivalentes respecti- vamente a milionésima (1x10 ®Je a milésima (1x10°) par- te de um henry. Uma bobina de 100 mH, por exemplo, pode armaze- nar 100 vezes mais corrente que uma de 1 mH. Na prati s bobinas podem ter in- dutancias de uns poucos mi- crohenrys até varias cente- nas de milihenrys, e inclusi- Conceito de campo magnético viznhanga Umeampo etic, uma corerte Girulando através de um cendutorprodz 49 S0u Fedor um eampo magnético, Cate campo tom ss mesmas propriodades do campo magnalce produsks por um lms ® pode ser concentrado enrolandos fio-em forma de bobina, © simbolo para dansidade de foxo da um campo magndice 6B» @ sua uniade de medida no sistema Si 6 0 Tesla (7), assim chamada om hhomenagem ao ico croata Nikola Tesla (1856-1949), rentor do maior de Indugso As primeiras dbservagdes soe os ofeos ‘magr@ticos dl corrente foram roalizadas om 1819pin sen cnarar-qids Hane Chratian erated (1777-1851) a9 Figura 2.22 Exemplos de nicleos ve de varios henrys. Além dis- So, so os tinicos componen- tes que podem ser construidos pelos usuarios A medida de suas necessidades. Simbolos dem ser fixas, varidveis ou ajustaveis, dependendo da sua indutiincia ser constante, variar continuamente sobre As bobinas po- uma faixa de valores ou ajus- tar-se a um valor determina- do, Na figura 2.21 so mos- trados os simbolos utilizados nos diagramas para represen- tar distintos tipos de bobinas. Note que 0 simbolo nao somente informa sobre a ne tureza fixa, varidivel ou ajus- tavel do componente, mas que também especifice o materi- al do nicleo. Por exemplo, duas linhas pontilhadas indi- cam que se trata de uma bo- bina de nicleo de ferrite. A variagdo da indutancia em uma bobina é feita geral- mente deslocando-se o nticleo ou selecionando-se o nimero de espirais. Neste tiltimo caso, a selegaio do valor dese- jado pode realizar-se utilizan- do derivagées ou taps previa mente definidas na bobina ou movendo um contato dest zante, que atua como cursor. Umtipo particular de bo- bina € o transformador, constituido por dois ou ma fios enrolados ao redor do Figura 2.23 Estruturas tipicas de bobinas retas @ toroldais 50 sid EE eee Figura 2.24 Exemplos de bobinas blindadas @ nao-blindadas mesmo micleo, porém isola- dos eletricamente, As carac- teristicas gerais dos transfor- madores sao discutidas na proxima seg: ipos, Além de sua divisao em fixas, varidveis ou ajusté- veis, as hobinas silo classifi- cadas principalmente tendo em vista o material do nticleo utilizado em sua construgioe a forma geométrica do mes- mo. Dependendo do material do nticleo, 0s principais tipos de bobinas empregadas em eletronica silo as de ar, as de ferro laminado, as de ferro pulverizado e as de ferrite, Os niicleos de ferro pulverizado, por exemplo, sao compostos de particulas de ferro ou ligas de ferro finamente misturadas com um plastico que Ihes ser ve de aglutinador. EBNF + Curso Pritico de Eletrénica Moderna Figura 2.25 indutores de montagem superticial Segundo sua forma, as bobinas podem ser re toroidais, figura 2.23, a que na pritiea também sejam possiveis outras formas. Em cada tipo, as espirais que constituem a bobina podem estar distribufdas em uma ou varias camadas. As bobinas também po- dem ser blindadas ou nao. As bobinas blindadas, figura 2.24, possuem uma cobertura metdlica de cobre ou aluminio chamada blindagem que as protege de campos magnéticos externos e evita que as mes mas venham a interferir com a operagao de circuitos proxi- mos. Estes conceitos serio analizados em detalhe em ca- pitulos posteriores, As bobinas também po- dem ser de montagem por in- sergilo ou de montagem super- ficial, figura 2.25. Estas lt mas, tal como as resisténcias ecapacitores de mesma tecno- Curso Pritico de Ble ee ee ae ee ee ee ee a ee ee ee Ce ee Se Or logia, nfo possuem terminais ou prolongagées de conexio, mas coberturas metilicas que (0 soldadas diretamente As pistas de circuito impresso. Formas de identificacio. As bobinas encontradas nos cireui- 108 eletrOnicos geralmente nao possuem sobre seu corpo ne- ahum tipo de identificagao. A nica informagao sobre as mes- mas € a que se pode obter exa- minando 0 circuito onde sao atilizadas, ou medindo sua in- dutancia em um indut6metro, Comercialmente, € possi- vel que se se consigam bobi- nas moldadas ou pré-fabrica- das. protegidas em um encap- sulamento semelhante ao das resistencias e com uma série de faixas ou pontos de cores, fi- gura 2,26, Estas bobinas se- guem a mesma codificagao de cores das resisténcias, exceto que 0s valores obtidos sto ex- pressos em microhenrys (j1H). Outras vezes, em lugar de eddigos de cores, se uti- lizam e6digos numéricos ou alfanuméricos similares aos dos capacitores. Novamen- te, 0 valordeterminado é ex- Presso em microhenrys (WH), nica Moderna ® @OsciT Indutores ou bobinas Por exemplo, um indutor moldado identificado com a referéncia 152 tem uma indu- tncia nominal de 1500 UH, ou seja, 1,5 mH. Os dois primei- ros digitos (15) correspondem a0s dos primeiros digitos do valor em microhenrys e 0 ter- ceiro (2) a0 ntimero de zeros que devem ser acrescidos, Além da indutancia, quan- do se seleciona uma bobina para uma determinada aplica- gao, deve-se levar em conta outras caracteristicas distinti- vas como a tolerancia, a cor- rente maxima que podem su- portar, a resisténcia, e o fator de qualidade. Estes pardimetros serdio estudados em detalhe em capitulos posteriores. Aplicages. As bobinas t@m a propriedade de se opor As va- riagdes de corrente, produzin- do como resposta entre seus terminais uma yoltagem que pode ser grande ou pequena dependendo da rapidez da mudanga, Também tém a ha- bilidade de induzir voltagens em bobinas prdximas e de pro- duzir campos magnéticos ae seu redor. Estas e outras propried: des sio wtilizadas nos circui- tos eletrOnicos para uma gran- de variedade de aplicagdes, incluindo a produgao de osci. lagdes, a abertura e fechamen- to de cargas por meios ma, néticos, a transferéncia de si- nais de uma etapa a outra, ete, 51 2.8 Transformadores Os transformadores, figura 2.27, siiocomponentes forma- dos por duas bobinas ou gru pos de bobinas que sao util Jas nos sistemas eletrnicos para aumentar ou diminuir 0 nivel de sinais de voltagem ou corrente, transferir poténcia entre circuitos e outras aplica- ges. As bobinas esto coloca- sobre 0 mesmo nticleo ¢ se denominam primria e se- cundéria, respectivamente A primaria é a bobina que recebe o sinal de entrada e cundaria, a que proporciona 0 sinal de s se- a. Asecundéria pode ser formada por varias bobinas separadasou estar integrada com 4 priméria num mesmo enrola: mento. Os transformadores com esta tiltima caracteristica sao de- nominados auto-transforma- dores. A voltagem da secundé ria pode ser m: igua menor ou Ada priméria, 52 Figura 2.27. Transtormadores para aplicagdes eletrénicas Os transformadores aproyeitam a propriedade das bobinas de induzir uma volta- gem em um condutor proxi i a al op 1 = MO, neste caso outra bobi , quando sio atravessadas por uma corrente varidvel. Esta propriedade, que analisare- mos em detalhe em capitulos posteriores, é denominada indutancia miitua e ¢ repre pelo simbolo LM sentads Simbologia. Na figura 2.28 siio mostrados os principais simbolos utilizados nos es quemas eletrOnicos para re presentar tipos distintos de transformadores. O simbolo informa sobre 0 material do nticleo, a maneira como es- tao distribuidas as bobinas priméria € secundaria, a na~ aridvel ou nao da 9) o hy tureza pega, ete. Figura 2.28 Simbologia de transtormadores (3) De micieo de ar (6) Do nicteo de ferro (c) De nicleo de ternite (d) De indutancia variével (@) Do niicleo ajustavel (9) Blindado (9) Autotransformador (h) Com derivagoes no secundario (@ Com secundévios indepandentes @), (k) Variéveis (variacs) BCA + Curso Pritico de Eletrénica Moderna Eee eee eee Figura voltagem com transformadore: Tipos e aplicagées. Os transformadores podem ser fixos, varidveis ou ajusta yeis, dependendo da sua in- dutancia mitua ser constan- te, poder variar sobre uma faixa continua ou individual de valores, ou ajustar-se a um valor determinado. A variagio da indutancia pode ser realizada deslocando-se 0 niicleo ou mudando o nime- ro de espirais do secundario, seja mediante um contato deslizante ou utilizando de- rivagbes (taps) Adaptadores de Curs nica Moderna ® Os transformadores tam- bém se classil icam de acordo com outros crit xistem, por exemplo, transformadores de micleo de ferro e de niicleo de ferrite, transformadores de fudio-freqiiéncia e de radio- frequiéncia, transformadores de corrente e de volta em, trans formadores elevadores, reduto- res, de acoplamento, ete. Os transformadores de éu- dio-freqii@ncia (AF) foram projetados para trabalhar em baixas freqtiéncias, abaixo de 20 kHz, Sao de nticleo de fer- ro laminado ou pulyerizado. Jo utilizados principalmente em circuitos de éudio ¢ fontes igura 2.29. de alimentagao, Os transformadores de ré- freqiiéncia (RE) foram pro: jetados para trabalhar em altas freqiiéncias, acima de 100 kHz, ‘io de micleo de ferrite e sao utilizados principalmente em equipamentos de comunicagdes, Ostransformadores de vol- tagem, como seu proprio nome indica, foram projetados para converter voltagens ¢ 0s de cor- rente para converter correntes. Estes tiltimos stio muito utili- zados em instrumentagiio para medir grandes correnies. Os transformadores de voltagem, por sua vez podem ser redutores, elevadores ou de isolamento, conforme a yoltagem da secundaria seja menor, maior ou igual a vol- tagem da primaria, Os trans- formadores redutores silo mui to utilizados em fontes de ali- mentagio, incluindo os popu- lares adaptadores, figura 2.30, para obter as baixas vol- tagens requeridas pelos circui- tos eletrdnicos para funcionar Os transformadores eleva- dores, por sua vez, si0 muito Utilizados nos flybacks, figu- ra 2.31, para obter as altas vol: ta as telas dos televisores e mo- fens requeridas pa excitar nitores de video. Transformadores alta voltagem Os transformadores de isolamento so utilizados par evitar a conexio direta de cer- tos equipamentos as linhas de en rgin da rede puiblica de cor rente alternada. Ao interpor um transformador de isola- mento entre a rede eo equipa mento, a armagio metilica deste tiltimo atua como um terra flutuante, prote usuario da possibilidade de receber uma descarga el Outros tipos de transfor- madores muito utilizados em eletrdnica so 0s toroidais, os retangulares ¢ os de pulsi Os transformadores toroi- dais, figura 2,32a, ¢ os re- tangulares, figura 2.32b, sto muito utilizados em equipa- mentos de dudio, video e me- d tores, impresoras, drives de ‘Ses, bem como em moni- discos e outras aplicagdes de baixa poténcia, Os transformadores de pulsos, figura 2.33, por sua vez, sao utilizados para transferir pulsos, ou seja, voltagens ou corren- tes que mudam rapida- mente de valor durante um curto tempo. Muitos dis- positivos eletrénicos, como 0s tiristores e as kim- padas estroboscépicas operam a base de pulsos. 54 Figura 2. ee Figura toroidais (b) Transtormadores retangulares as de identificagdo. Os transformadores sio identifi- cados de varias formas, depen- dendo de seu tipo e aplicagao. Os transformadores de potén- cia, por exemplo, so carac- terizados especificando-se a voltagem da bobina primaria, a voltagem da secundiria e a poténcia, Exemplo: 120V ja=12V Voltagem primar Voltagem secundé Poténcia= 18 W A poténcia se refere a0 produto da voltagem da bobi- na secundaria pela maxima cor- rente que pode ser extraida da mesma de uma forma segura sem causar danos ao transfor- mador. Portanto, um transfor- mador de 12 W, projetado para aceitaruma voltagem de entra- da de 240 V e proporcionar uma voltagem de saida de 15 Y, pode distribuir no maximo uma corrente de 0,8 A, visto que 15V x 0,8A = 12W. A razio da voltagem pri- méria em relagdo & secundaria € denominada relagio de transformacao. O transforma- dorant por exemplo, tem uma relaco de transformagio de 240/15, ou seja, de 16a 1. Isto implica que se a bobina primaria tiyer, digamos, 800 Outros parimetros que sto utilizados para caracterizar os transformadores te de fuga, a faixa de variagio da voltagem de saida, a respos- ta de freqiiéncia, as perdas de insergiio, ete. A corrente de fuga, por exemplo, é de particular importancia nos transformadores de a corren. isolamento, enquanto que a resposta de frequéncia énos transformadores de fudio e de RF. Estes pa- rimetros serao analiza- dos em maiores detalhes nos capitulos posteriores deste curso.

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