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Fig. l-I. Esquema da laringe e das pregas vocais. A. Desenho mostrando a posição da la-
ringe no pescoço. B. Desenho mostrando as pregas vocais, numa visão superior.
devemos imaginar que nessa posição elas estão vibrando muito rapida-
mente. Esse processo vibratório ocorre tão mais rapidamente quanto
mais agudo for o som. Para os homens adultos brasileiros, a freqüência
média da voz, chamada de freqüência fundamental, está ao redor de 113
I-Iz,enquanto que para as mulheres essa freqüência situa-se ao redor de
208 Hz. Isto significa que ao produzirmos a voz, por exemplo, quando
falamos um "a" sustentado, o homem vibra suas pregas vocais em
média 113 vezes por segundo, e a mulher, 208 vezes por segundo. Você
pode sentir essa vibração: inicialmente, coloque sua mão sobre o pesco-
ço e apenas respire para verificar que não ocorre ativação das pregas
vocais; a seguir, emita um "a" prolongado e sinta, através da vibração, a
fonação ocorrendo.
Portanto, você já deve ter percebido que sem ar passando entre as
pregas vocais não há fonação. Você pode comprovar esse fato expulsan- Fig. 1-2. Fotos das pregas vocais na respiração e produção da voz, como são vistas no ("",.
do o ar dos pulmões, fechando firme e simultaneamente a boca e as me da laringe. A. Pregas vocais afastadas, durante a respiração. B. Pregas vocais na linhol
narinas com os dedos e verificando que não se consegue produzir som média e vibrando, durante a produção da voz.
Iélríngeo. As pregas vocais não vibram nessas condições!
O ar é essencial para produzirmos a voz, sendo o combustível
energético da fonação. Convém lembrar que, quando estamos respiran-
do em silêncio, o ar deve entrar pelo nariz, para qp.e possa ser filtrado,
2
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processo chamado de ressonância. As cavidades de ressonância, por- Fig. 1-3. Esquema da produção da consoante "p". A. Observe que para a produção do '1111'
tanto, constituem um alto-falante natural da fonação e são formadas "p" os lábios devem estar firmemente unidos, interrompendo a saída do ar total e mOll1l'nl,I
neamente e, a seguir, abrindo-se e produzindo o ruído de uma plosão. B. Nesse esqu('llloldI I
pela própria laringe, faringe, boca, nariz e seios paranasais. Assim, o interior da boca,observe os lábios fechados, a língua abaixada, o fluxo de ar interrompido c."
som chega ao meio ambiente amplificado, isto é, com maior intensidade úvula fechando a comunicação com o nariz para evitar o escape de ar nasal.
l' com a forma de alguma vogal ou de uma consoante.
Para produzir os diferentes sons de uma língua - suas vogais e
consoantes -, temos ao nosso dispor dois tipos de fonte de som: a fonte
glótica e as fontes friccionais.
A principal fonte de som é a fonte glótica, explicada acima, formada
pela ativação da vibração das pregas vocais, que produz a matéria-
prima principalmente para todas as vogais. Essa fonte é chamada de
glótica, pois localiza-se na glote, que é o espaço entre as pregas vocais.
As consoantes, por sua vez, são ruídos produzidos por um estreita-
~."
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Cavidade
do nariz
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