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Maria Cascdo Ferreira de Almeida Estruturas isostaticas ‘Com muita satisfacao ¢ orgulho, aceitei a tarefa de escrever 0 prefaicio do primeiro volume ~Estruturas Isostaticas - do “Curso de Andlise Estrutural” de minha ex-aluna Maria Cascio Ferreira de Almeida, professora do Departamento de Estruturas da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora, no perfodo de 1994 2002, quando passouaiintegrar 0 Departamento de Mecanica Aplicada e Bstruturas da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ha muito, esto esgotadas as obras de Ademar Fonseca, Sydney Santos e Sussekind. Antes de mais nada, pois, oliveo da Maria Cascio ven suprimir essa falta. O contetido é completo; as linhas de estado e linhas de influéncia das estruturas isostaticas planas e espaciais, dos diferentes tipos — vigas, pérticos, treligas ~ sto detalhadas cuidadosamente, Inimeros exercicios so oferecidos, muitos dos quais, resolvidos passo a paso. Em tudo, a exposicio € extremamente didatica, num estilo de entendimento muito facil, agradavel. Destaco os exemplos introdut6rios com que procura mostrar ao estudante o que significa uma estrutura. O estudo da Analise Estrutural, em seus fndamentos tao bem expostos por Maria Cascio, é indispensavel para que o engenheiro, que se dedicaré as estruturas, possa utilizar com seguranca os imiimeros progra- ‘mas computacionais que, fora de dtivida, sio necessarios, mas que requerem adequada interpretagao. Finalizo este breve prefécio, desejando 4 autora que prossiga na publicacao dos(s) volume(3) dedicado(s) as estruturas hiperestaticas. O sucesso é garantido, Dirceu de Alencar Velloso (in memorian) Engenheiro civil - Dsc, professor livre docente em engenharia ¢ também titular pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Foi presidente da Associacio Brasileira de Mectnica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS) ¢ recebeu titulo de professor emérito da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2005, Profssionalmente reconhecide como engenheiro de fundagoe, onde atuot, or mais de trinta anos, sendo admirado e rospeitado pela comunidade téenica, PREFACIO a gota a Secale en a 2. CONCErOs FUNDAMENTAIS oO aa Concerro Gera pe ESTRUTURAS Wn = 3.2 Concero Esrecnco o¢ Esrurunas 8 & . aa fim deme Gramma sg 4.4 somos ou Acces v7 = : 1.5 Forgas Anuicnoas v7 Dp 2.81 Chama Aly rman, ‘8 n : a7 ESTRUTURAS RETICULARES 19 2 Concerras BAsicos 0A ESTATICA 21 24 Grawoezas Funoawentas a _ aaa Forca 21 2.12 Momento 2 2.2. Sistauns oe Foncas 23 2.2.1. Redugio de sistemas de forgas a um ponto 23 3 Exercicio 2.4 ma 4 Exerccio 22 PY 23° Eauulbuo Esranco 24 23.1 Deilocamentosassodados 24 23.2 Graus de iberdade 2s — 2.3.3. Apoios. 25 23.4 Equagdes do equlibrioestitico 25 2.4 Esquewase Swurtcacoes o€ CAtcino 26 2.4.1 Simplificacdes geométrcas 26 - 2.4.2 Representacio das forea apicadas(arregamentos) 2 2.4'3_ Shnplifacdes analticas 30 2.4.4 Representasao dos apoios a 2.415. Idealzagdo de um modelo 32 2.5 REAGOES DE APcIo, 32 25,4. Viga biapoiada 32 25.2 Portico plano 2 rt 2.53. Cileulo das reagbes de apoio para caregamentosdstibuidos 34 25-4 Cileuo das ragses de apoio para momentos concentrados 36 é exerelio 2.3 36 2.6 ESTATICIDADE ¢ ESTABIIDADE DE Mapetos PLANOS: 37, 2.6.1. Estuturasexternamente sostiticas 7 2.6.2 Estuluras externamente hiperestaticas 37 2.63 _ Estruturas exteramente hipostiticas 38 2.6.4 Estruturas reas 38 3 Esrorcos Souicrrantes INTERNOS a 31. Esroncos Intemwos ea Esteutunas PLANS 44 3.2 CALcUL0 00s EsroRGOs WERNOS En UMA Scho $ 45 Beero 3.4 46 bercco 3.2 2 3.3 REAcOKs FUNOAMENTAS on Es™Anca 50 33:1 Relagio entre exforgos normals e cargas avai distribuidas 1 33.2. Relagé entre carregamento transversal e esforgoscortantes e momentos fetores 1 3-4. FUNGOES € Diacraltas 005 EsroRCOS SOUCHTANTES INTERNOS 53) Fl tn 4 Vicas IsosTanicas 57 4.2 Vioas Siwres 58 4.21 Vigas Biapoiadas 58 Bxercicio 41 58 Exercicio 4.2 60 Bxercicio 4.3, ar) Brercicio 4.4 8 Brercicio 4.5 64 Exercicio 4.6 66 Bxercicio 47 o Exercicio 4.8 68 Exercicio 4.9 70 4.2 Aspectos Retevantes pata 0 Tracaco 00s DIRGRAMAS n 43 Prnicino da Suexrosicso B Bxercicio 410 B 4.4 Vioas Encastanas Livaes 6 Bxercicio4.11 5 Exercicio 412 7 Exercicio 413 B 4.5 Vicks BIAPOIADAS Com BALANCOS 79 Exercicio 414 9 Exercicio 415 80 Exerciclo 4.16 ai 4.6 iors Gexesn at 4.6.1. Equagdes de condigéo 2 4.6.2 Solucio por meio das equagées de condicio 84 Exercicio 417 84 4.7 Vicas INcUNADAS 85 4.74 Carregamentos distribuidos ao longo das projecées 86 4.72, Carregamentos distribuidos ao longo da vga inclinada 7 '5 PorTICos Ou Quanros IsosTATICOs PLANOS 89 5.1 Ex05 GtosAis € Exos Locas 1 5.11 Eixos globais 1 5.1.2 Eixos locais st 5.2 Etemenros 00s Porncos PLANOS 2 5.3 Pomncos Sianues 92 53.1 Portico biapoiado 2 Exercicio 5.1 2 53.2 Portico engastado e livre 94 53.3. Portico triarticulado 94 Exercicio 5.2 95 53.4 Portico blapoiado com articulagioe trante (ou escora) 96 Bxerciio 5.3 96 ‘5:4 PoRTICOs ov QuaoROs cont BaRRAs CuRVAS 98 5.4.1. Einos curvos 99 Bxercicio 5.4 101 5.5 Quaoros Conrostos (EsrauTuras Compostas) 104 6 Treucas IsosTATiCAs 105 6.1 Le1b€ Formacho bas Taetigas SmMmes 408 6.2 METOD0S DE ANALISE DAS TRELICAS 108 6.3 _Estamcinane & EstaBIuDADE DAS TREUGAS 109 — eee Exercicio 6.1 112 6.4 Mét000 00s Nos 112 Exercicio 6.2 113 6.5 —-Méro00 bE Maxwe.t Cremona "4 6.6 Méron0 as Sécoes (Mér000 e Ritter) 116 6.7 Osseavacoes Gerais sore as TRELICAS 118 6.8 TReLUcas com Canoas FORA Dos Nos "9 Exercicio 6.3 120 6.9 Trucs Conpostas 122 6.10 MéroD0 DF ResoLucho OAS TRELICAS CoMPosTas 123 Brerciio 6.4 124 Exercicio 6.5 126. 6.22 TrEugas Comptexas 128 Exercicio 6.6 128 7 Estruturas Isostanicas No Eseaco 131 7A Treugas Eseacias 132 Pad Verificagdo da estaticidade 132 7.2 Lei de formacio das trelicas simples espacials 133 7.4.3. Resolucdo das treligas simples espacias 133 Exercicio 71 134 Tad Classficagio das trelcas espaciais 135 7-2 Greuns 135 Exercicio 7.2 137 Exerccio 73 138 7-3 __ESTRUTURA PLaNa Susnterion A Cantecamenro Qualauer 140 7-4 Poamicos EsonciasIsosranicos 140 Brerciio 2.4 141 8 Linas be InrwWencia oe EsrruTunas Isosranicas 143 8.2 Concao 143 8.2 TaAGADO DAS Linhas oF IvLUENCIA 144 8.3 Mérovos pasa OsrencAo DAS Li bas EstauTuRAS Isosranicas 145 83.1 Método anaitco 145 83.2 Método das deformadas verticais 148 8.4 Vicas Genocn 152 Treucas DerinigAo 00 Tret-Tirc ABUICAGAO DO PRINCIPIO DA SUPERPOSKCAC Pesauisa 00s VaLones MAxiMos (MAX+) © Minos (Max) Odservo as Lynas of InsLuENCia em PROJETOS DF ESTRUTURAS Susmeripas A Cancas Movers Exercicio 8.1 BisuooRarA CONSULTADA 1.1 ConceiTo Geral Dé EsTRUTURAS Uma estrutura pode ser definida como uma composi¢ao de uma ou mais pecas, ligadas entre sie ao meio exterior de modo a formar um siste- maem equilibrio, Tal equilibrio pode ser estatico (estudado na graduacao) ou dinamico (estudado, em geral, na pés-graduagao). Este livro aborda a Andlise Estatica, CONCEITOS FUNDAMENTAIS Uma estrutura é, portanto, um con- junto capaz de receber solicitacées externas, denominadas ativas, absorvé-las internamente ¢ transmiti-las até seus apoios ou vinculos, onde elas encontram um sistema de forsas externas ‘equilibrantes, denominadas forcas reativas. Inmeros so os exemplos de estru- turas (Fig. LD): 4rvore, corpo humano, cadeira, entre outros. Na Engenharia, em particular, 0 conceito de estrutura esta associado a area de interesse, Desta forma sao estruturas: Fic. 1.1 Exemplos gerais de estruturas searygisos| seanynusy navios (Fig. 1.2). © ee Gm aon Sn wn bw omen] - fff fil fit = Seely mpi da Se Fic. 1.2 Navios (engenheiros navais) © Para o Engenheiro Aerondutico: avives (Fig, 1.3). 05kNimT Fic, 1.3 Avides (engenheiros aeronduticos) @ Para o Engenheiro Mecénico: veiculos automotores e méquinas Gig 10), Fic. 1.4 Veiculos automotores ¢ riba come i pads ‘maquinas (engenheiros mecinicos) © Para o Engenheiro Civil: pontes (Fig. 1.5), viadutos, passarelas, partes resistentes das edificacdes (residenciais, comerciais e industriais), bar- ragens, rodovias, ferrovias entre outras. Contravertamento < ransvetsina “contraventamento Fic. 1.5 Pontes Ferrovisrias (engeneiros civis) 1.2 Conceiro Esrecirico pe EstRuTURAS Na Engenharia Civil, especificamente, denomina-se estrutura a parte resis~ tente de uma construgao, 4 qual se aplica o conceito geral apresentado anteriormente. Em um prédio em construgao pode-se claramente distinguir alguns dos elementos estruturais que compéem a parte resistente, ou estrutura, do prédio: vigas, lajes, paredes, pilares, sapatas e blocos, estes g 3 6 5 & | Seaqe}sos| semjnunsg Fic. 1.6 Exemplos de elementos estruturais numa edificagao dois ultimos sendo parte integrante das fundacées. Estes elementos, con- forme ilustrado na Fig. 1.6, podem ser feitos de materiais diversos, sendo, entretanto, 05 mais utilizados: concreto armado (em particular no Brasil), concreto protendido, aco e madeira vigamento secur (texas) Mosconaassodades 3: pMCPA hapa conugadas apcades nesters suportando cergas do telnado, CContraventamento longtudina Sopataem Fechamento lateral concrete resstonto s ‘ cargasdevento | Laledo piso em concreto Na Fig. 1.7 pode-se observar a transmissio interna das forcas, do ponto de aplicacéo aos apoios, através de diferentes sistemas estruturais. (3s sistemas séo selecionados de acordo com aspectos funcionais e arquite- tonicos. Observar que, embora as forcas aplicadas as estruturas tendam a descer devido a acdo da gravidade, os tirantes tém a capacidade de alcé-las (Fig. 17B 1.76) Os elementos estruturais, assim como toda e qualquer estrutura, devem apresentar as propriedades de resisténcia e de rigidez, isto é, serem capazes de resistir cargas, dentro de certos limites, sem se romperem e sem sofrer grandes deformacdes ou variagdes de suas dimensdes originais. Os conceitos de resistencia ¢ rigidez sio importantes e devem ser bem compreendidos. Resistencia é a capacidade de transmitir as forsas internamente, molécula por molécula, dos pontos de aplicacéo aos apoios, sem que ocorra a ruptura da pega. Para analisar a capacidade resistente de uma estrutura é necessario a determinacao: © dos esforcos solicitantes internos — 0 que é feito na Andlise Estrutural ou Estética das Construcées; © das tensées internas ~ o que é feito na Resisténcia dos Materiais. 5 © © Fen a Fic, 1.7 Transmissao das forcas aos apoios através de: A) ponto; B) elemento tracionado; ©) elemento ‘comprimido; D) trelica; E, F, G; H) pérticos diversos Rigidez 6 a capacidade de nao deformar excessivamente, para o 1— Concertos Funcamentais carregamento previsto, o que comprometeria o funcionamento e o aspecto da peca. O calculo das deformagées é feito na Resisténcia dos Materiais. 4.3. Tipos DE ELEMENTOS EsTRUTURAIS Quanto as dimensdes ¢ as direcdes das agdes os elementos estruturais podem ser classificados em uni, bie tridimensionais. © Unidimensionais (ou reticulares): Estruturas reticulares sao estruturas compostas por elementos unidi- ‘mensionais, ou seja, em que 0 comprimento prevalece sobre as outras duas dimensdes. Conforme ilustrado na Fig. 1.8, os elementos u Poricas Telgas Grelhas Mal S Fic, 1.8 Estruturas reticulares formadas por elementos unidimensionais 36 ‘mensionais podem ser simplificadamente representados através dos seus eixos. Este curso é totalmente dedicado s estruturas reticulares, ‘as quais podem ser geometricamente planas (portico e treligas planas, _grelhas e vigas) ou espaciais (pdrticos e trelicas espaciais). Observar que as grelhas (Fig. 1.8), embora geometricamente planas, tém as forsas aplicadas perpendicularmente ao plano da estrutura, @ Bidimensionais Estruturas bidimensionais so aquelas em que duas de suas dimensdes prevalecem sobre a terceira. Exemplos de estruturas bidimensionais, conforme ilustrado na Fig. 1.9: lajes, paredes e cascas. As lajes eas pare- des, embora geometricamente semelhantes, recebem denominagdes diferentes em fungao da direcao das acées. Nas lajes as forcas atuantes sao perpendiculares ao plano da estrutura e nas paredes as forcas atu- antes pertencem ao plano da estrutura. Como a maioria das forgas que atuam nas edificages advém da acao da gravidade sobre os corpos, as lajes sao elementos estruturais horizontais ou inclinados e as paredes ‘sdo elementos estruturais verticais. sagpsos| sem Fic, 1.9 Estruturas bidimensionais © Tridimensionais Sao as estruturas macicas em queas trés dimensdes se comparam. Exem- plos de estruturas tridimensionais, conforme ilustrado na Fig. 1.10: locos de fundacées, blocos de coroamento de estacas e estruturas de barragens. Bloc de estacas loco de fundagso Barragens Fic. 1.10 Estruturas tvidimensionais 1.4 Esrorcos ou AcOEs Os esforcos ou ages, na Engenharia Estrutural, se classificam conforme indicado no Quadro 1.1. No modelo de pértico plano da Fig. 1.11 encon- tram-se representados alguns exemplos. Quaoro 11 Classificagao dos esforgos ou agdes Diretos Ativos (forcas.e momentos) _Reativos ExterNos Souiciranes Indiretos Temperatura, recalque ¢ Esrorgos (andlise estrutural) variagao de comprimento (Ou AGOES Forgas: N, Q, € Qy INTERNOS Momentos: T, My M, Resistentes Tensées normals o ¢ Tangendais ¢ (resisténcia dos materiais) (ou suas resultantes) O objetivo do engenheiro civil é garantir, por meio do célculo estrutural, que os esforcos resistentes internos (ERI) ssejam maiores que os esforcos solicitantes internos (ESI), ou seja: ERI> ESI 3 $ é &é I 1.5 FoRCAS APLICADAS As forcas aplicadas as estruturas sdo também denominadas acdes solicitantes externas ativas, cargas externas, carregamentos ow simplesmente cargas. Na Engenharia Estrutural as forcas a serem consideradas em projeto dependem do fim a que se destinam as estruturas, sendo, em geral, regulamentadas pelas normas. No Brasil, as normas brasileiras sio elaboradas pela AssociacSo Brasileira Fic. 1.11 see eaquemitica de acées externas diretase ‘maitisculas NBR, seguidas de ntimeros associados aos assuntos abordados. _indiretas ‘Anorma brasileira que reguilamenta as Cargas para o Célculo de Estruturas de Edificagdes é a NBR-6120 (antiga NB-S). A NBR 6123 (antiga NB-599) regulamenta as acdes de Forgas devidas ao vento em edificacdes, de Normas Técnicas (ABNT). Estas normas sao identificadas pelas letras Em algumas situagées especiais a definigio do carregamento a ser considerado fica a cargo do engenheiro projetista, de acordo com a ‘empresa contratante. Um exemplo bastante comum é o carregamento din rico oriundo de méquinas ou motores, o qual deve ser obtido por meio de informagdes fornécidas pelo fabricante. [As cargas podem ser clasificadas quanto & posigio, a duracio, 8 forma de aplicagao e a variagao com o tempo. Segundo esta clasificasio as cargas podem ser: 2 © Quanto posicéo fixas: cargas que ndo mudam de posicao, ou que padem ser consideradas como tal. As cargas normalmente consideradas nas edificagbes podem ser dadas como exemplos. méveis: cargas que mudam de posicao. As ages dos vefculos nas pontes viadutos s4o exemplos de cargas moveis. © Quanto a duracio permanentes: ages permanentes sobre as estruturas, tais como 0 seu peso proprio. acidentais: sio as provenientes de agbes que podem ou nao agir sobre as estruturas. Exemplos: sobrecarga (peso de pessoas, méveis etc, em uma residéncia) e a a¢ao do vento, © Quanto a forma de aplicagao concentradas: quando se admite a transmissio de uma forca, de um corpo a outro, através de um ponto. A forca concentrada ndo existe, sendo uma simplificagao de calculo, att ia distribuidas: quando se admite a transmissao de uma forga de forma distribuida, seja ao longo de stl um comprimento (simplificagao de cAlculo) ou, TT através de uma superficie. sean sos] seanynsnsg Este t6pico é mostrado detalhadamente adiante. © Quanto a variagao com o tempo estaticas: sdo aquelas que, para efeito do com- portamento estrutural, podem ser consideradas como nao variando com o tempo. ae dinamicas: quando a variasio da agao 20 longo oh do tempo tem que ser considerada. Exemplos: as agdes do vento, de correntes maritimas, de explo- sbes e de terremotos, Cc pseudo-estaticas: algumas acées_dinamicas CI podem ser convenientemente consideradas por at meio de andlises pseudo-estaticas; é 0 que ocorre Cc ‘muitas vezes com a aco do vento em estruturas que permitam um célculo simplificado desta acao. Dadas as estruturas submetidas a cargas ativas, conforme representadas acima, 0 objetivo da anilise estrutural & a determinacao: * dos esforgos soliitantes internos N, Qyy Qa T, Uma vez conhecida a estrutura e determinadas 1.6 Osletivos DA ANALISe ESTRUTURAL My @ Me a acdes estéticas e/ou dinamicas que sobre ela * das reagdes de apoio V, H e M. * dos deslocamentos lineares ou angulares em alguns pontos da estrutura: D e @. (ig. 1.12): atuam, os objetivos da Andlise Estrutural sio Fic, 1.12 Objetivos da Analise Estrutural 1. Determinasao dos Esforcos Solicitantes Internos (ESI) Necessaria para o posterior dimensionamento dos elementos estrutu- rais, 0s quais dependendo dos materiais utilizados irao requerer conhe- cimentos das disciplinas: Concreto Armado, Concreto Protendido, Ago, Madeira ete 2. Determinagio das reagées de apoio Necesséria, na pr6pria Andlise Estrutural, para a consideragao da aro rmiitua entre os diversos elementos estruturais. As reciprocas das forcas reativas de uma dada estrutura (ou elemento estrutural) sto utilizadas como forgas ativas nas estruturas sobre as quais esta se apoia, 3. Determinasao dos deslocamentos em alguns pontos, As vezes necessaria para a prépria resolugao da estrutura (Método dos Deslocamentos para a andlise das estruturas hiperestaticas). A limita- 40 da flecha maxima nas vigas é uma verificacao exigida pelas normas para evitar a deformacto excessiva. Em algumas situac6es tal limitagao énecesséria por questdes funcionais, como por exemplo acima de jane~ las com esquadrias, cujo empenamento comprometeria a utiliza¢ao, podendo levar as vidracas a ruptura. 1.7. Estruturas RETICULARES As estruturas reticulares s4o constituidas por elementos unidimensionais, simplesmente denominados elementos ou barras, cujos comprimentos pre- valecem em relagao as dimensdes da secao transversal (largura e altura). Na elaboragio dos modelos matematicos para andlise, tais estruturas sao idealizadas como constituidas por barras (ou elementos) jerconectadas por nés, conforme ilustrado na Fig. 1.13. ‘As barras (ou elementos) sao definidas por um né inicial e um 16 final. As barras podem ser de eixo reto ou de eixo curvo e de seco trans- versal constante ou varidvel. (Os nés que permitem rotacao relativa de elementos a eles conec- tados sao denominados nés articulados, e os que nao permitem rotacao relativa sio denominados nés rigidos. 0 angulo formado por elementos interconectados por nés rigidos é o mesmo antes depois da estrutura se deformar. No né articulado a ocorréncia de rotacao relativa faz com que 0 Angulo na configuragsio deformada seja diferente do originalmente definido na configuracio indeformada. 9 1 = Conetrtos Funoamentass seagpysosi sesmjnuisa Trlcas espacial “Telcas plana Portico espacial Sesto consanta cl Sesto varie Eeeeeee i: em eet ae f pianos seins “espe sieseou crs roma ao pane articulados } grelhas wn estrutura vigas Fic. 1.13 Barras ends em estruturas reticulares TATICA 2.1 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 2a Forga ‘A forca é uma grandeza vetorial e portanto para ser completamente caracterizada & necessdrio conhecer: © diresio, @ sentido, © intensidade, © ponto de aplicagao. ‘As forcas representadas na Fig. 2.1A esto aplicadas em pontos distintos, tém mesma diregao, sentidos opostos e intensidades diferen- tes, sendo uma o dobro da outra. No espago, utilizando um sistema CONCEITOS BASICOs DA Es de eixos ortogonais X, Ye Z, uma forca F’ fica caracterizada por suas componentes Fy, F, ¢ F ,, conforme indicado na Fig. 2.1B. © deslocamento associado a uma forca é uma translagao ou deslocamento linear. Fic, 2.1 A) Forca grandeza vetorial; B) Representacio de uma forcaF no espaco:F =F, +F, +F, 2.1.2 Momento ‘momento é também uma grandeza vetorial caracteri- zada por (Fig. 2.2 A) directo, sentido, intensidade, ponto de aplicagio. © momento representa a tendéncia de rota 40, em torno de um ponto, provocada por uma forca. No espago, utilizando um sistema de eixos cortogonais X, Ye Z, um momento M fica caracterizado por suas componentes M,, M, eM, conformeindicado na Fig. 2.28 O destocamento associado a um momento Fic, 2.2 A) Momento MM € uma rotaco, ou deslocamento angular Boe meant O momento M de uma forca F em relacdo a sum momento Mi no Pee M=M.+M, cacao da forca, sendo calculado por meio do produto vetorial (Fig, 2.3): = M-OBAF sendo a. 0 Angulo entre o vetor OP e a forga F, o médu- To de M € obtido como: um ponto 0 é fungao da forca e da distancia, do ponto O ao ponto P de apli- seaneysos| seanynsasy || = [OBE |sen sendo a distancia entre a forca ¢ 0 ponto O calculada [OB| sen o ou simplesmente: M=Fd A utilizacao da regra da mao direita, con: Fic. 2.3 Momento M de forme ilustrado na Fig. 2.3, é bastante util. A direcao uma forca F em relagio ‘a um pont O. € 0 sentido de M sao obtidos pelo dedo polegar quando a palma da mao direita € colocada voltada para 0 ponto O, estando o polegar perpendicu- lar aos quatro dedos que apontam no sentido positivo de F. Observar, na Fig. 2.3, que M 6 perpendicular ao plano definido pelos vetores OB e F. Para auxiliar o estudante a compreender o conceito de momento, citam-se a seguir dois entre os varios exemplos possiveis para ilustrar a sua utilizacao, ‘Abrincadeira de gangorra aplica os conceitos de momento das for- ‘628 pesos dos meninos em torno do eixo O de apoio da gangorra, Conforme slustrado na Fig. 2.4 as criangas desde cedo aprendem, por experimentagao, a dependéncia do momento com a8 forcas pesos e as distancias. As Figs. 2.4, Be C ilustram situacdes diversas na brincadeira de gangorra. oly 201g Fic. 2.4 A brincadeira Na primeira situagdo, os meninos estio em equilibrio, numa de momento na posico horizontal, gerando momentos idénticos em relagao a O (pesos @ B*n#0""* distancias iguais). Na segunda situagao, os meninos tam- ‘bein t&m pesos iguais, mas o momento gerado pelo menino da direita é maior, pois é maior a distancia deste ao ponto O. Na terceira situa¢ao, o equilibrio na horizontal, associado a iguais momentos, s6 € possivel porque o maior peso esta a uma distancia menor Para abrir uma porta é necessario, conforme ilus- trado na Fig. 2.5, a aplicagdo de um momento em relagao a0 & | eixo da macaneta a fim de que esta, por ter a rotagio libe- rada, gire fazendo a porta abrir, Fic. 2.5 Momento aplicado em relagio a0 cixo da macaneta 2.2 Sistemas DE FoRCAS ‘Um sistema de forcas é um conjunto de uma ou mais forsas e/ou momentos. Os sub-indices indicam o ponto de aplicagao das forcas e momentos. Aagio de uma forga F sobre um ponto O, distante d do ponto P de aplicagao da forca F, 6a propria forca F, aplicada em 0, mais o momento M de F em relacéo ao ponto 0. 0 momento M gerado por F em rela¢ao ao ponto O pode ser observado na Fig, 2.3 ‘Aagao de um momento M sobre um ponto O, distante d do ponto P de aplicagao do momento M, 6 0 proprio momento M aplicado no ponto O. 2.2.1 Reducdo de sistemas de forcas a um ponto Reduzir um sistema de forcas a um determinado ponto 0 é, em outras pala- vvras, determinar a ago, em rela¢ao ao ponto O, das forcas e momentos que ‘compéem o sistema, A.acio estética de um sistema de forcas no espaco, em relacio a um dado ponto O, é igual & aco estatica da resultante das forcas e a do ‘momento resultante em relagio ao ponto O. seaypysos| seins A seguir sio dados dois exemplos simples. Exercicio 2.1 Reducio do sistema de forcas indicado na Fig, 2.6, composto por duas for- «a8, a0 ponto 0. Vetorialmente tem-se no ponto 0: “EOE My= OL AF, + 03 0B, Aintensidade da forca resultante em 0 é F=-F+E, e considerando o sistema X-Y-Z, pode-se afirmar que F, é uma forca na diregao ¥, sentido positivo. ae Alntensidade do momento resultante em Oé forca composto de Fy M,=-F,d, + Fd; °F, Neste exemplo, como F; e d; so ambos menores que F e d, pode-se afirmar que My é um momento na direcao Z, sentido positive, Exercicio 2.2 Redug2o, 20 ponto O, do sistema de forcas indicado na Fig, 27, composto por tina forga F # wn Taomnento My i, Mi,-OiaR+M, ‘A intensidade da forca resultante em 0 € Fy--F, podendo-se afirmar, em relacao ao sistema X-Y-Z, que Fy é uma forga na direcao ¥, sentido negativo. Eo momento resultante em 06 M,=-F,d,-M, o gual, em relacdo A situacdo representada na Fig. 2.7, pode Fr. 2.7 Sistema de fergacompostodeF: se afirmar que Wo ¢ um momento na direca0 2, sentido negativo, 2.3 Equitlario Estérico 2.3.1 Deslocamentos associados ‘Uma forca F quando aplicada a um corpo rigido impée a este uma tendén- cia de deslocamento linear, ou translac4o. Um momento M quando aplicado um corpo rigido impée a este uma tendéncia de _Quavro 2.1 Deslocamentos associades __deslocamento angular, ou rotagéo. O Quadro 2.1 ACAO DESLOCAMENTO ASSOCIADO _sintetiza os deslocamentos associados. Fora Translagao Momento _Rotagao 2.3.2. Graus de liberdade No espaco, utilizando um sistema de eixos referenciais, os vetores dos deslo- ‘camentos lineares (translagdes D) ¢ 0s vetores dos deslocamentos angulares (rotacdes 0) s4o expressos por suas componentes nos 3 eixos ortogonais X, Y¥,Z,as quais sto denominadas graus de liberdade e encontram-se indicadas no Quadro 2.2. 25 Qualquer movimento de um ponto no espaco _QuAo#o 2.2 Graus deliberdade 6 perfeitamente definido por meio destes seis componen- DESLOCAMENTOS COMPONENTES tes ou graus de liberdade (Fig. 2.84). Sio portanto seis os Translagao Rotacao 5B, Bye, B.bed, graus de liberdade de cada ponto, ou né, da estrutura, ou A da estrutura como um todo. Nas anélises planas fica-se reduzido a 3 graus de liberdade (Fig. 2.88). Visando impedir a tendéncia de movimento imposta as estrutu- ras pelos sistemas de forcas externas ativas, os seus seis graus de liberdade precisam ser restringidos, possibilitando assim 0 equilibrio estatico. 2.3.3 Apoios ‘Axestrigio aos movimentos de uma estrutura se d4 por meio dos apoios ou vinculos. Os apoios ou vinculos sio classificados em funcio do numero de graus de liberdade impedidos. Nos apoios, nas direcdes dos deslocamentos impedidos, surgem as forcas reativas ou reagbes de apoio. 2.3.4 Equacées do equilibrio estatico (© que impede que as estruturas se desloquem quando submetidas a forgas ativas so os apoios, capazes de gerar forcas reativas nas direbes dos deslo- ‘camentos impedidos. Conforme indicado na Fig. 2.9, as forcas e momentos reativos (reages de apoio) formam com as forcas e momentos ativos (aplica~ dos & estrutura) um sistema de forgas (externas) em equilibrio. O equilibrio das forcas e momentos do sistema, nas diregoes X, Ye Z, fornece, para uma estrutura espacial, as seguintes equagées do equilibrio estatico: G y Fic. 2.8 Componentes do movimento = { de um ponte: A) No espaco (modelos tridimensionais); B) No plano XY { 2 (modelos bidimensionais) Conceitos Basicos pa Estérica 2 26 Equilibrio de Forgas Equilbrio de Momentos ZE=0 TM, =0 BF,=0 XM,=0 3E,-0 DM, =0 2.4 Esquemas & SIMPLIFICACOES DE CALCULO Afimn deestabelecer um esquema de célculo, ou modelomatematico, algumas simplificacoes tornam-se necessérias, as quais esto, em geral, associadas: (© A geometria: representacao da barra por meio do seu eixo; © aosistema de forcas: forcas e momentos concentrados e distribuidos; © Aandlise numérica a ser efetuada: planas e espaciais; ° a representacao dos apoios. 2.4.1 Simplificagdes geométricas Como foi dito, as estruturas unidimensionais, ou reticulares, s4o forma- das por elementos ou barras. A barra caracteriza-se por apresentar uma dimensio, o comprimento, muito maior que as outras duas dimensdes Geometricamente obtém-se uma barra moven- secur do-se uma figura plana ao longo de uma curva. Conforme ilustradona Fig. 2.10,areta (ou curva) definidapelo centro to de gravidade da figura plana que se move é denominado ceixo da barra. A figura plana que tem o centro de gravi- Contr dearavidade | esate dade sobre o eixo e & perpendicular a este é denominada seco transversal. De forma simplificada, as barras serio Fic. 240 Representagio representadas pelo seu eixo. geométrica de uma area 2.4.2 Representagao das forcas aplicadas (carregamentos) ‘As cargas em uma estrutura, conforme indicado no Quadro 2.3, podem ser reais ou aproximadas, classificadas, quanto ao tipo, em forcas e momentos; e quanto 3 forma de aplicagao em concentradas e distribuidas por unidade de comprimento ¢ por unidade de area, cuja utilizagéo, em esquemas estru- turais tipicos, pode ser observada na Fig. 2.11. ‘Quavro 2.3 Cargas ou carregamentos em modelos estruturais Ri Real EPRESENTACAO « Aproximada concentradas Forgas i rg: distribuidas __Uniformes, triangulares, trapezoidais, AS CARGAS PODEM SER es concentrados Momentos gistribuidos args sbi prea sobre aloes © cammsconcenada omega pres Coiga Carga disibuida 7 7 concenras, pordren an ® ©) cargas aistribuidas por comprimento sobre as vigas ce ae ! LI l por comprimerto a] * “rea de nutnca paraaviga cl 7 ae eagaris ae eat estrutura 4 § 8 S | 28 B importante que o engenheiro civil desenvolva, desde cedo, a capacidade de simplificar célculos utilizando sempre o bom senso. Esta habilidade é exigida para a representacio, nos modelos matemiticos, dos carregamentos reais atuantes nas estruturas. A Fig, 2.12 exemplifica bem este aspecto, apresentando trés possiveis formas de considerar a a¢ao dos pneus de um carro sobre laje de uma ponte. A representagio real tridimen- sional é bastante complexa e a sua resolug4o demandaria esforco ¢ tempo bem maiores do que os necessarios em solugSes aproximadas. O nivel de aproximacio mais conveniente depende do problema em andlise, levando- -se em conta aspects tais como tempo de resolugao e preciso numérica. A Fig. 2.13 exemplifica a modelagem estrutural de um telhado. 25k Simensbes 2dimensbes a 4am (rea SeanEsos| seaNjnNS3 Pui) O peso ¢ transferid & pant peo contato ene pew : erabulelo Fic. 2.12 Aproximacées sucessivas num problema técnico Cargas apleadas pels toras (Esquematizacio pare cilule de uma ds esouras) Reacéo da paede’ Peso propio + carga tansmitida pels tehas z, G OI (Esquematizacio para culo de uma das teas) Eee eee eee eee eee eee a ee eee cc 29 Quanto a precisio numérica das solugées na Engenharia Civil, € importante salientar que nao faz sentido trabalhar com excessivos pre~ ciosismos matematicos, tendo em vistas as grandes incertezas associadas, a definicéo do préprio carregamento que atuaré ao longo da vida ttil da estrutura, Cargas em estruturas reticulares Cargas concentradas conceito de carga concentrada (orca ou momento) é uma simplificacao para efeito de célculo. Quando uma forga se distribui sobre uma area de dimensdes pequenas, em comparacio com as dimensées da estrutura que se analisa, esta é considerada como uma forga concentrada. Cargas distribuidas Forcas e momentos podem também ser, de forma simplificada, considera- dos como distribuidos ao longo de um comprimento. Neste caso, uma das dimensdes da rea sobre a qual a forca se transfere é pequena quando com- parada com a outra dimensdo. Em projetos estruturais, as ages das lajes sobre as vigas sto exemplos de carregamentos distribuidos linearmente, conforme pode ser observado na Fig. 2.11. Nas estruturas reticulares (cons titufda por elementos unidimensionais) as forcas ou momentos distribuidos 2 — Concziros BASIcOs A Estarica linearmente so considerados ao longo dos eixos dos elementos (ou barras) que as constituem. Lajes que se engastem em vigas causam momentos dis- tribuidos ao longo dos eixos destas. primento é im tunidade deforca_} N/mm Wdade de comprimento | N/em i i Aunidade de forca distribuida ao longo de um determinado com- } A.unidade de momento distribuido ao longo de um determinado ; comprimento é e ttevin unidade de momento _ | kNm/m dade de compriments | Neve Resultantes dos carregamentos distribuidos A resultante de uma carga distribuida ao longo de um comprimento L, expressa pela fungao q(x), ¢ igual a 4rea delimitada pela fungao q(x) neste intervalo, ou seja Rh qtdax 30 sendo o ponto de aplicagao da resultante R coincidente com o centro de gra~ vidade do diagrama de q(x) A seguir sao indicados, para modelos planos, os carregamentos distribufdos mais utilizados na prética com as suas resultantes e os seus pontos de aplicacao. CARREGAMENTO DISTRIBUIDO RESULTANTES tat { Le { Uniforme 3 u2 naga Triangular 4 t seanpsos| sesmynsa PTs, Trapezoidal 4 4, A F ® Ay=la,-qh2 8 2 a aplicada no CG. do diagrama de qi) 8 wo Qualquer | Re bade 1 & jpeseewQieer FE ECE pSneReaiLae t 2.4.3 Simplificagées analiticas Em fungao de determinadas caracteristicas das estruturas € possivel, em muitas situagdes, simplificar o modelo matemitico a ser analisado. Por exemplo, uma estrutura geometricamente plana, em que atuem somen- te forcas contidas no plano da estrutura, pode ser analisada considerando somente as diregdes de deslocamentos diretamente envolvidas na andlise. Seja um Modelo Estrutural Plano, com a estrutura contida no plano XY. Uma vez assegurado 0 equilibrio nas outras direcoes de deslocamento, as diregdes de deslocamento a serem consideradas numa andlise matemética simplificada sao, conforme representado na Fig. 2.8B (p. 25): © Translagao em X, © Translacao em Y, 3 © Rotacio em torno de Z. As vigas, os pérticos planos e as trelicas planas so casos par- ticulares do modelo de pértico espacial, onde somente estas direcies de deslocamentos estao sendo consideradas na anilise. Numa modelagem plana, com a estrutura no plano XY, 0 eixo Z 1ndo é representado e os momentos (e rota¢des) a ele associados sio represen- tados por setas curvas (Fig. 2.14C) no préprio plano X-¥. 2.4.4. Representacao dos apoios ‘A Fig, 2.14 apresenta, para os modelos estruturais planos de vigas, pérti- 0s ¢ trelicas, os apoios associados a estas direcbes de deslocamento e as formas simplificadas de representé-los graficamente nos modelos matemé~ ticos, Importante observar que os apoios representados nesta figura podem formar qualquer angulo com ahorizontal. Estes apoios sao classificados, em fungi do mimero de deslocamentos impedidos, em: © Apoio simples (do primeiro género ou “charriot”) = Impede a translacao em uma das diresoes. © Permite a translacdo na diregao perpendicular impedida = Permite a rotacao (em torno de 2). © Rotula (apoio do segundo genero ou articulaca0): = Impede as translagies nas duas diregdes (Xe Y). ™ Permite a rotacao (em torno de 2). © Engaste (ou apoio do terceiro genero): = Impede as translagbes nas duas diregdes (Xe Y). = Impede a rotagao (em torno de Z). 2. — Conceiros Basicos Ga Estanca (@ Ape simples (to primero genre ouch) my t = rota (poo do segundo género ouarticulao) i © eroeneouapoin do rere gee U Engaste v Fic. 2.14 Representacio dos apoios em Modelos Planos de Estruturas ‘spaQp}S05) senyns3sg Fic. 2.45 A) Desenho da estrutura real.; B) Modelo da viga AB; C) Modelo da estrutura ABC 2.4.5 Idealizacao de um modelo Saber representar ¢ interpretar os esquemas gréficos associados aos modelos a serem analisados matematicamente é fundamental na Andlise Estrutural - A seguir seré descrita a idealizagao de um esquema de célculo que permita a andlise da viga AB de sustentagao do peso P representada na Fig. 2.15. Como 0 comprimento do olhal, por meio do qual se dé a transferéncia do peso P para a viga, é pequeno quando comparado com 0 comprimento total da barra, 0 peso P pode ser considerado como uma fora concentrada. 0 esquema de célculo cbtido encontra-se representado na Fig, 2.158. Repare que a acdo do tirante BC sobre a viga AB éa forca externa reativa Vp. Visando agora a anilise da estrutura composta pela viga AB e pelo tirante BC, 0 novo esquema de célculo obtido passa a ser o indicado na Fig. 2.15C, Uma comparacao com o modelo anterior per- mite abordar aspectos associados a substruturacao e as diferengas, em fungao do modelo adotado, entre esfor- 508 internos e externos. No primeiro modelo, a acao do tirante BC sobre a viga AB é representada pela forca rea- tiva, a qual neste caso ¢ externa a viga AB, objeto da andlise. Jé no segundo modelo, esta acao se dé através de esforsos internos, uma vez que o objetivo desta andlise é a estrutura ABC. 2.5 Reacoes DE Apolo Uma vez conhecidos os apoios em uma estrutura submetida a um sistema de forcas, as reagdes de apoio podem ser calculadas. As reagdes de apoio sto orcas ou momentos, com pontos de aplicacio e direcao conhecidos ¢ de intensidades e sentidos tais que equilibrem o sistema de forcas ativas aplicado a estrutura. Os sistemas de forcas externas, formados pelas forcas ativas e reativas, tém que estar em equilibrio, 2.5.1 Viga biapoiada Para a viga biapoiada da Fig. 2.16 A, calcular as reacdes de apoio. Para determinar as reacdes de apoio deve-se: Adotar, como indicado na Fig, 2.168, um sistema de eixos ortogonais XYZ (com Z nao representado) Indicar, nos apoios da estrutura, as forgas reativas que estes introdu- zem, arbitrando seus sentidos (Fig, 2.16C) Eee 2 ® Esquema simplificado: © ReagSes de apoio - sentidos arbitrados nae A age =o va Tm 6m ® Sistema referencia 4-2 © Reagoes de apoio vy | pew nae al su, ft 6 sta os LD a iia enim aera be te Fic. 2.46 Vigabiapoiada Le é 3. Calcular as reacdes de apoio com base nas equagdes do equilibrio a estético: 3 @)EPe= 0.4. Hyt5=0 2 Hye Sef § @) EP, = 0 -. Va 12+ Vp" 0%. Vat Ve= 12 e (@) EMa=0 +. Va-12X2 + Vp X80 Vax St 5 De(2)vem: —Va=12-Vp -. Va=9tf 3 O inal negativo na forca Hy, indica que o sentido correto é con- trério aquele arbitrado. O sistema de forcas externas, em equilibrio, pode finalmente ser observado na Fig. 2.16D. 2.5.2 Pértico plano Para o pértico plano da Fig. 2.17A, determinar as reagdes de apoio. @) Sistera reference XZ senidos (A) Eequemadmpticade awoiradospaeasreagoesdeapoio (©) Reagbes de apoio ‘ ' 235kNm 256k! Fic. 2.17 Pértico plano 34 seonys05| sesnjnnsa © Equacées de equilibrio escritas para o modelo matematico representado na Fig, 2.178: @ DE. = 0. Ha+ 60=0 «. Ha=-G6OkN @ ——_-EBy=0 +. Va- 40+ Vp=0 -. Vat Vp=40 XMa= 0 -. 256-40 x 5-60x8+Vax8=0. 8) on 2862 2004498 59 Deo (2) vem: Va= 40-53 -. Va=—13kN Os sinais negativos, obtidos para as forcas reativas Hy e Va. informam que os sentidos sio contrarios aqueles arbitrados, sendo o sistema de forsas externas (ativas e reativas) em equilibrio aquele repre~ sentado na Fig. 2.17¢. 2.5.3. Célculo das reagdes de apoio para carregamentos distribuidos © Uniforme total: EB, =0 2. Vat Va= qb EM q= 0g Le Vob=0 Vor Be Vane © Triangular total: 6 © ‘Trapezoidal: 4, : ttl 8 => => Realy pR=la-ay2 4 6 Sees 4 8 fm fon ees 4 T v a SE,= EM,- 2 Vara (@-a)-L+Vo=0 wat (ep qy- Ex ths vyb=0 2. Vorb (oa) Uh — @r- aW XF + Vel =O «, Var de (ao a) VaStt ak y, = ah +t 35 Concertos Basicos Da Estarica 2 © Axial uniforme (p() =p = constante): 2.5.4 Calculo das reagdes de apoio para momentos concentrados Observar que as forsas reativas formam o binario que equilibra o momento aplicado M e que o binario das forcas reativas seré sempre o mesmo, inde- pendente da posicao de aplicacao do momento. ® DE) =O. VatVe=0 EMa= 0. M+Vpb=0. Vy Va= Vo 2.Vaep seaqe}sos) seamynnysa ER, =O. VatVa=0 Exercicio 2.3 Calcular as eagées de apoio da viga biapoiada da Fig. 218A: Escolher o sistema de eixos referencias. Introduzir as forcas reativas arbitrando sentidos. Para.a determinagao das reagdes de apoio trabalha-se com as resultantes dos carregamentos distribuidos. Para a carga triangular tem-se: Ry= 3 x 6/2 = 9tf aplicada a2 m de A. Resultante da carga uniforme: Ry= 2x 6 = 12tf aplicada no meio do vao, isto é, a3 mde A. Fic. 218 A) Exercicio proposto L 3B) Sistema equivalente para calculo DR=0-. Ha=0 das reagies de apoto. PEC CE REE Eee eee eee Emcee eee reer reer Tete 37 DB, =0v.V, -9-12+ Vp =0 «Vy Vp =21 EMg =0-.-9x2 ~12%3418+ Vp x6=0 -.Vy=6tf Vg =21-Vp-.Vg = 15tf 2.6 Estaricipabe £ ESTABILIDADE DE MODELOS PLANos Os conceitos de estabilidade e de estaticidade devem ser estudados simul- taneamente. Quanto a estabilidade as estruturas podem ser classificadas © Estaveis: quando o sistema de forcas reativas for capaz de equilibrar qualquer sistema de forcas ativas. Para tal as forcas veativas nio podem formar sistemas de forcas paralelas ou concorrentes. © Instaveis: quando as forcas reativas forem em numero insuficiente, ou formarem um sistema de forgas paralelas (incapaz de equilibrar forcas perpendiculares a elas) ou concorrentes (incapaz de equilibrar momen- tos). Quanto a estaticidade as estruturas podem ser classificadas como hipostaticas (sempre instaveis), isostaticas ou hiperestiticas (estas duas iltimas empre estaveis). 2.— Concertos Basicos oa Esténica 2.6.1 Estruturas externamente isostaticas Quando os apoios de uma estrutura, em equilfbrio estavel, s40 em mimero estritamente necessério para impedir todos os seus posstveis movimentos tem-se uma estrutura externamente isostitica. Neste caso, conforme ilustrado na Fig, 219, oméimero a de reacées de apoio a serem determinadas ¢ igual 20 f nimero de equagdes de equilibrio disponiveis ret = Entretanto, as estruturas representadas 777” na Fig, 220, por néo terem satisfeitas a condicso imprescindivel da estabilidade, so classificadas n sYa simplesmente quanto a estabilidade como instaveis, sendo aceito por alguns autores a sua classificac30, quanto & estaticidade, como estrutura externamente hipostatica. 2.6.2 Estruturas externamente Fic. 219 Betruturas hiperestaticas a Quando os apoios de uma estrutura, em equilibrio estavel, so em niime- ro superior ao estritamente necessério para impedir seu movimento a 38 SeoR}S05) seamynuysy t ee Embora o n° de equagdes equilbrio = nede reagdes de apoio, estas estruturas no estéo em equilibro, Fic. 2.20 Bstruturas instavets re: te Wa? tea (2) ZB.=0 Tyedecquactes de equitvio< @) XR,=0 | Nedereagées apoio @ EM,=0 quiero Fic. 2.21 Batrutura externamente hiperestética A Fic. 2.22 Estruturas ‘externamente hiperestéticas e respectivas equacées de compatibilidade de deformasses estrutura, quanto a estaticidade, é classificada come externamente hiperestatica, Neste caso, conforme ilustrado na Fig, 2.21, o mimero de reacées de apoio Gncégnitas) a serem determinadas é superior 20 niimero de equasdes de equilibrio disponiveis, Desta forma, é necesséria a obtencio de outras equactes além das de equilibrio, a fim de tornar 9 problema ‘matematicamente possivel, isto é, n incégnitas com nequacoes, As (n-3) equacdes necessirias para 2 soluséc do problema plano hiperestatico séo obti- das com base na compatibilidade de deformacoes, sendo, portanto denominadas equagées de com- Patibilidade de deformacées. Alguns exemplos de estruturas externamente hiperestaticas com a respectivas equacdes de compatibilidade de defor- ‘macées sao dados na Fig. 2.22. oe 8 OF = Of + 1 oR=0 WIT am Eauacto de compatibiidade de deformacées + equacdes de equilbrio 2.63. Estruturas externamente hipostéticas @ 2B-0 #0. | Nedeequacces equitorio> RD Bes O: 4 teceepurace @ EM=0 Fic. 2.23 Estrucuras externamente hipostaticas ¢ instaveis Quando o ntimero de apoios (ou vinculos) é insuficiente Para estabelecer o equilibrio, a estrutura é classificada, quanto a estaticidade, como externamente. ‘hipostatica. Neste caso, a estrutura é sempre instdvel eo mimero de ‘equacdes de equilibrio estatico ¢ superior a0 nimero de reagdes. Exemplos de estruturas hipostaticas instaveis podem ser observados na Fig. 2.23, 2.6.4 — Estruturas reais ‘Ao Engenheiro Civil somente interessam as estruturas estdveis, portanto, as isostaticas e as hiperestiticas ‘A grande maioria das estruturas é hiperestatica, Este curso inicia com 0 estudo das estruturas isostaticas, também conhecidas como estruturas estaticamente determinadas, uma vez que para serem analisadas basta aplicar as equagbes do equilibrio estatico. 0 Quadro 2.4 sintetiza estas informacées. Quapro 2.4 Resumo Isostaticas (estaticamente determinadas) sao: er ee hiperestaticas (estaticamente indeterminadas) ) IF=0 EFy=0 EF,=0 Estruturas espaciais =M,=0 ZM,=0 =M, é & 3 § a 6 é & iW objetivo da Andlise Estrutural é a determi- nagdo das reagées de apoio e dos esforgos soli- citantes internos. O conhecimento das reagées de apoio, no caso das estruturas isostaticas, permite a determinagéo do comportamento interno da estrutura ‘A interagao de um corpo com os que 0 rodeiam e que se encontram fora dos seus limites se caracteriza pelas forcas externas. O conjunto das forcas externas é constituido pelas forcas aplicadas, ditas forcas ativas, e pelas forgas rea- tivas. As forcas externas podem ser de superficie, quando ha o contato direto entre os corpos, ¢ de volume, quando nao ha o contato direto entre os corpos (a¢ao remota), Embora as forcas de volume ‘jam sobre cada particula que compée 0 corpo elas, sao geralmente representadas por forcas concen- tradas ou distribuidas por linha ou por superficie. ‘Aagao da gravidade sobre os corpos, denominada ‘peso préprio, éuma forca de volume, considerada, muitas vezes, concentrada no centro de geavi- dade. O equilibrio exige que estas forcas externas formem um sistema em equilibrio, Lembrar que as primeiras incégnitas a serem calculadas, isto &, as forcas reativas, sao determinadas através das equagtes de equilibrio A interacdo entre as partes do corpo que est sendo analisado se dé através das forgas, internas. Estas forcas internas surgem entre todas as segées contiguas de um corpo subme- tido a agao de um sistema de forgas externas. ESFORGOS SOLICITANTES INTERNOS seonpises] semyns3sa Fic. 3.1 A) Corpo submetido a um sistema de forcas externas em equilibrio; B) Tensées internas em ‘uma socao genérica S Seja um corpo submetido a um sistema de forcas externas em equilibrio, conforme ilustrado na Fig. 3.1A. Imaginando este corpo seccio- nado em duas partes na se¢ao S, como indica a Fig. 3.18, vé-se anecessidade de introduzir um sistema de forgas internas a fim de manter o equilibrio das duas partes do corpo: a esquerda e a direita da seco S. Observar que estas forcas internas variam dependendo da posigao da secao S. As forcasinternas correspondem a interacio entre as particulas do sélido que se encontram nos dois lados da secao imaginéria S. Segundo o principio da aso € reaga0 estas forcas sao sempre reciprocas (iguais direcdes, intensidades e ponto de aplica¢ao, mas com sentidos opostos). A parte direita do corpo age sobre a parte esquerda e vice-versa, de tal forma que as forras que aparecem em ambos os lados formam também um sistema de forcas, desta vez internas, ‘em equilibrio, conforme ilustrado na Fig, 3.1B. Pode-se ainda afirmar que as forgas internas distribuem-se na segao de tal forma que as superficies deformadas da secdo S coincidam ao se unirem as duas partes (lembrar que a segdo S é imaginaria ¢ que a peca se mantém integra). Esta condigio é denominada de condigao de compatibilidade das deformagées ¢ est asso- ciada & continuidade da estrutura, peca ou elemento. z z, Secdos Na is F i, A ‘A distribuicao das forcas internas no plano da seco $ se dé através das tensdes, conforme ilustrado na Fig. 3.1B. Sendo as estruturas unidimensionais representadas somente através de seus eixos, a repre- sentagdo dos esforcos internos deve ser feita através das resultantes das tensdes referidas a estes eixos. A resultante- destas tenses encontra-se representada na Fig. 3.2. Reduzindo-se ao centro de gravidade da seco obtém-se a resultante das forcas e o momento resultante, representados na 2 Fig, 3.3 para a parte da estrutura a esquerda de S. Considerando, conforme indicado na Fig, 3.4, o sistema de eixos ortogonais local em que o eixo x coincide com o eixo da barra e y positivo para cima, podemos obter as 3 componentes da resultante das forcas R: R,, Ry eR; eas 3 componentes domomentoresultanteMd: M,, Wi, eM,.A estas componentes denominamos Esforgos Solicitantes Internos na segao $, muitas vezes aqui referen simplesmente por ESI. Bee Fic, 3.2 Visualizacao a resultante das ‘tensées internas em uma segdo genérica S Osseisesforcosinternos quesurgem nos pérticos espaciais podem ser observados na Fig. 3.4. A componente da forca E segundo 0 eixo dos x denomina-se esforgo normal e representa-se por N. As componentes de — Esrongos SOLICITANTES INTERNOS segundo os eixos y e z sio os esforcos cortantes Q, ¢ Q,, respectivamente. A componente do momento M segundo o eixo x denomina-se momento detor- ‘s40 (ou momento torgor)¢ representa-se por T, sendo também referenciado ‘na literatura por M,, M, ou My. As componentes do momento M segundo os eixos ye s40 os momentos fletores M, e M,, respectivamente. Fic. 3.3 Regultante referida a0 CG da seco Fic. 3.4 Esforcos Solicitantes Internos (ESI) na genérica S: R eo momento M segdo $ de uma estrutura espacial (Os ESI sao sempre referenciados aos sistemas locais dos elemen- tos que compdem as estruturas. Um elemento k, definido pelo né inicial ie pelo né final j, tem um sistema local com a origem no né inicial i¢ 0 eixo x coincidente com 0 eixo do elemento. Quanto aos sinais dos ESI, entretanto, deve-se observar que estes seguem uma Convencio de Sinais especifica- mente aplicavel aos ESI. © Quadro 3.1 indica de forma resumida: os seis ESI das estruturas espaciais, a Convengao de Sinais, 08 Tipos de Solicitagoes, 0s Tipos de Deformagées ¢ a forma como os BSI devem ser marcados, nos respectivos diagramas, em relagio ao eixo local x (sempre coincidente com o eixo do elemento). Quapro 3.1 Esforcos Solicitantes Internos (ESI) ESI CONVENGAO DE TIPO DE DEFORMAGAO—_DIAGRAMA. SINAIS SOLICITACAO Ng rte Normal tao ‘Alongamento Lawn ve eSrein N SEP e —compressio Enourtamento at wl yt xe ooh OFS 98 ‘Cigalhamento seonF}sos| seams CortanteQ ¥ Deslizamento @QyeQ) 9, | g to, relative das secoes ovens CLE) soa das sees Ee transversais em Fletor M Fle ae tomo de eixos nos (M, em Me qa ») ™, seus planos ion ee Torco T Rotacdo relativa das (M,, My ou segoes transversais My) 3.2. Esrorcos INTERNOS Em ESTRUTURAS PLANAS Na Anélise Estrutural, uma estrutura é dita plana quando tanto ela quan- to as forcas que nela atuam pertencem a um mesmo plano, Desta forma a estrutura pode ser analisada segundo um modelo plano. Considerando uma estrutura contida no plano x-, as diredes de deslocamento de interesse nas anélises sao Dy, Dy, 02. Neste caso, sao tres 60 esforgos solicitantes internos de interesse em qualquer secao $ da estru- ura: Ee ee eee a 45 i ia an pent eo) © cortante: Q, ou simplesmente Q > © momento fietor M, ou simplesmente M Na Fig. 3.54 so indicadas duas formas distintas utilizadas para representar 05 BSI em uma secao S: seja através da Sega, seja através do Elemento infinitesimal contendo fo] ey 5. A representacio através do elemento em S serd amas aasiempregndaporseramaisconci. Aig. 358 os lento em Indica os sentidos positives dos esforgos nor- 7 aoe mais, cortantes e momentos fletores. fs + ve Analisar uma estrutura através de sfrco aaa ou normal posto um modelo plano é também uma simplifica- - reute] | ‘sao de célculo, Na estrutura real, as direcdes 4 o Af of Ofte de deslocamentos nao consideradas no modelo Esfrgo cortante posit ‘matematico plano (Dz, Be Oy, para estruturas tno plano HY) devembar thmbémasiuss‘con~| { ») Mm C is co) ‘ dicdes de equilibrio asseguradas. Momento eto postiva Conhecendo-se as forcas externas [adtag ciredkhenlde apaic) oeteaiercrs Fic. 3.5.8) Dois modos de representar S: solicitantesinternosN, QeM, em qualquer secao transversal, podemserdeter-_Se¢0 ou Elemento: B) minados. Os ESI dependem da posigao da serio transversal Sconsiderada,__Representac3o de N, Qed segundo os dois ‘As variagbes das ESI, no caso das estruturas planas N, Qe M, a0 longo dos elementos que compéem uma estrutura sao representadas grafica~ mente por meio dos Diagramas ou Linhas de Estado dos: © esforgos normais: identificados simplificadamente por N, DN ou DEN; Estoncos Souiciavres Intestios forgas aplicadias e reagbes de apoio) 0s esforcos modos, © esforzos cortantes: identificados simplificadamente por Q, DQ ou DEQ; ‘© momentos fletores: identificados simplificadamente por M, DM ou DMF. 3.2 CALCULO DOs Esrorcos INTERNOS EM UMA SecAo S Conhecidas todas as forcas externas, a determinacio dos ESI pode ser feita por meio de um dos seguintes raciocinios: 1. Considerando a acao das forcas a direita ou a esquerda de S Permite o célculo dos ESI por meio da determinaco da aco do sistema de forcas A esquerda ou a direita de $ sobre a segio ou ponto (sobre o eixo) S. 2. Considerando o equilibrio das partes a esquerda ou a direita de S Permite a determinacao dos ESI por meio da aplicagao das equacses de equilibrio seja parte & esquerda de S ou a parte A direita de. 0 primeiro raciocinio 0 mais direto e répido, sendo, portanto, o utilizado neste curso, Exercicio 3.1 A Fig. 3.6 além de enunciar o exercicio a seguir, visando a determinacao dos esforgos internos nas secbes S; € Sa, ilustra a elaboragao do esquema de cél- culo e faz.a distincao entre segdes S simples, tais como a 5; onde nao existem descontinuidades, e as segdes $ especiais tais como aS, onde, por causa das descontinuidades, duas secdes tém que ser consideradas, Na seco S, esto aplicadas duas forcas concentradas: uma de intensidade 3P vertical e uma horizontal, de intensidade 2P, aplicada no etxo da viga. Fic, 3.6 Exemplo para determinacaodos ESI nas secées, A) Exercicio proposto; B) Modelo matematico; C) Sy — uma tinica seco; D) Sj ~ duas segdes: $} (imediatamente anterior As forcas concentradas) $f (imediatamente posterior as forgas concentradas) 1. Calculo das Reagoes de Apoio: ™ Definigao de um sistema de eixos. © Introducdo das reagdes de apoio, das quais sio conhecidas as dire- ‘9826, os pontos de aplicacao & 08 sentidos sao arbitrados. ™ Célculo das reagdes através das equagdes do equilibrio estatico. @ ZB.=0 Hat 2P=0 . Hy=2P @ LB,=0 +. Va-3P + Vs= 0. Vat Va=3P @) EMa=0 -. -3Px 2a + VexBa= De (2) vem: Va = 3P- Va= 3P-2P ~. V, a 2. Determinacéo dos ESI: Para a determinagao dos ESI em uma dada seco § pode-se optar por: ™ Considerar a agao do sistema de forgas & dieita de S, ou * Consi Estas duas possibilidades conduzem a mesma resposta. A opcdo mais simples é sempre a melhor pois exigiré menos calculos e, por consequén- rar a ago do sistema de forcas a esquerda de S. cia, Neste exemplo, a melhor op¢ao para a determinacao dos ESI na seco S; € a consideracao das forcas & esquerda de S;, por conter um niimero imizaré a chance de erros e seré mais répida menor de forgas. Determinar a acdo de um sistema de forcas sobre uma secio S nada mais é do que reduzir este sistema de forcas ao ponto que representa a se¢io $ no eixo. ESI em'S; (sinais obtidos pela convencao de sinais dos BSI - Quadro 3.1, ped): N= +2P (tracao) Q=4P (sentido horério) M-= 4Pa (fibras inferiores tracionadas) Esrongos SoucitANTEs lireRNos Observagées importantes: a] Em se¢ées onde existam forcas ou momentos concentrados havera des- continuidade dos ESI: ™ Forga concentrada axial acarreta descontinuidade de esforcos nor- mais N, ™ Forca concentrada vertical acarreta descontinuidade de esforcos cor- tantesQ. * Momento concentrado acarreta descontinuidade de momentos fle- tores M. Nestes casos a determinacao dos ESI em Sp exige a consideracio de duas segves: * Uma, imediatamente junto e anterior ao ponto de aplicacao das for- sas concentradas, denominada S} ou S. " Outra, imediatamente junto e posterior ao ponto de aplicagao das forcas concentradas, denominada $} ou Si. No exemplo em questo, na secio S, ocorrem descontinuidades de esforgos normais e de esforgos cortantes. Determinar os ESI na secao Sp exige a determinagao destes esforgos em S} e em S}. = ESI em S} (usando as forcas & esquerda): Ne=H2P ae M=+2Pa = ESI em S¥ (usando as forgas a direita): NP=0 Qe = -2P M = +2Pa (nao ha descontinuidade ‘de momentos pois em S nao ha momento concentrado) b]_Em nés onde ocorrem mudangas de direcio dos elemen- tos que neles convergem também é necessétia a conside- vacao de duas se¢6es, uma para cada elemento: $*e S?. Isto ‘corre, conforme pode ser observado na Fig, 37, devido a mudanga dos eixos locais aos quais os ESI sao referidos. Em nés onde ocorre a convergéncia de 3 ou mais elemen- tos serd necesséria a consideracio de 3 ou mais sesées, uma para cada elemento convergente no n6. A Fig. 2.8 for Fc. 3.7 Nos nece alguns exemplos. Este caso, assim como 0 anterior, € com 2elementos justificado pelo fato de cada elemento ter o seu proprio eixo local, assim convergentes € mudanga de directo; segBes quais deverdo ser calculados os ESI. sendo para n elementos convergentes num né existirao n secoes para as Fic. 3.8 Nés com elementos convergentes: n segées d] Quando um dos sistemas de forcas (@ esquerda ou a direita de S) nao contiver forcas reativas o calculo prévio das reacées de apoio, para a determinagao dos ESI nesta secao, nao é necessério, Isto ocorre em ele- mentos com bordos livres, como ilustrado na Fig. 3.9. Fic. 3.9 Secoes que dispensam a determinacao prévia das forcas reativas, Exercicio 3.2 Determinar os esforgos internos nas secdes S; € Sp do portico plano da Big. 3.10. 1. E necessaria a determinacao das reagbes de apoio? Para a determinagao dos ESI em $; 2m a resposta é nao. Para a determinagio dos ESI em Sy a resposta é sim. 2. Caleulo das reagdes de apoio (modelo indicado na Fig, 3.10): i 340Pd Haglan = Escolher o eixo global. Eizo global para as ‘© Introduzir as reacoes de apoio arbitrando sentidos. reagées de apoio = Equacdes de Equilibrio: @) ER =0-H,+5=0-. Hy =—St @— LEy=0-.Vq +Vg—-10-10=0..V, 4, @) EM, 2,5~(10+ 10).5+10V, De (2) vem: Va te '3.— Esrongos SouictanTes INTERNOS 3. ESLem S;(Fig. 3.12) Considerando o sistema de forgas & direita de; (trecho S;-D-E) e obser- vando 0 sistema local da barra que contém a segao S,, obtém-se: 4, BSlem S, (Fig 3.12) Considerando-o sistema de forcas a direita de S; (trecho S,-B-G-F) e observando o sistema local da barra Pi 318 Bioe ea . 4 5 para os esforcos| que contém a serio Sp, obtém-se: oe Np =—Stf Que -Ite My =SStfm ‘A determinacao dos esforcos internos em diferentes secdes ao longo de uma estrutura permitira o tracado dos Diagramas dos Esforcos Internos, os quais permitem vistalizar as variacdes dos esforgos solici- g tantes internos ao longo da estrutura. O objetivo da Andlise Estrutural 4 portanto, o tracado destes Diagramas ou Linhas de Estado, Para o presente exercicio, a Fig, 3.12A, B e C apresentam os diagramas dos esforgos normais, dos esforcos cortantes e dos momentos fletores, respectivamente. Nestas figuras os valores dos ESI calculados no pre- sente exercicio para as secdes S; e S> podem ser confirmados. O tracado destes diagramas sera apresentado nos préximos capitulos. @ adeoounan Fic. 312 Diagramas ou Linhas de Estado dos. ESI: A) Normais; B) Cortantes; C) Momentos Fletores 3.3. RELACOES FUNDAMENTAIS DA ESTATICA Os esforcos solicitantes internos variam dependendo da posigao x da seco na barra ou elemento, ou seja, os esforcos solicitantes internos s30 fungbes dex. Os ESI dependem também do carregamento ao qual a barra esta sujeita sob forcas ativas nulas os ESI seriam também nulos. As relagées existentes entre os ESI e entre estes € 0 carregamento aplicado sao conhecidas como relagdes fundamentais da estatica. Carregamentos axiais, isto é, na direcao do eixo x, causam esforgos normais ou axiais N(x). Carregamentos trans- versais ao eixo da peca, forcas e momentos, causam internamente esforcos cortantes ¢ momentos fletores. Estas relagSes s4o obtidas considerando 0 equilibrio estético de um elemento infinitesimal da estrutura, conforme descrito a seguir. st 3.3.1 Relagao entre esforcos normais e cargas axiais distribuidas Seja a viga da Fig. 3.13A, sujeita a uma carga axial distribuida descrita pela fungio p(x). Analisando um elemento infinitesimal dx desta viga, represen- tadona Fig. 3.138, o equilibrio exige a introdugao dos esforgos solicitantes internos em ambos os lados deste elemento. O carregamento axial a que esta submetida a viga origina somente esforcos normais internamente. Estes esforcos normais sio também fungdes de x, as quais ao invés de serem representadas por N(x) serdo simplificadamente representadas por N. O equilibrio do elemento dx ao longo do eixo x fornece: @ SR Isto 6, a derivada da fungao N do esforco axial em relagao a x é igual a funcao do carregamento axial p(o) com o sinal trocado. ‘A integracao entre dois pontos 1 e 2 genéricos (ver Fig. 3.13C) fornece: N.-Ny 3 — Esroncos SoueTanres hiteRNos Fic. 3:13 A) Viga submetida a carregamento axial distribuido; B) Equilibrio de um clemento infinitesimal; C) Trecho 1-2 33.2. Relagdo entre carregamento transversal e esforcos cortantes e momentos fletores Sejaa viga da Fig. 3.14A submetida a um carregamento transversal distribuido segundo uma funcao q(x). A relacao entre o-carregamento transversal € 03 esforcos cortantes e momentos fletores é obtida considerando 0 equilibrio do elemento infinitesimal de comprimento dx representado na Fig, 3.148. seayyp}sos} seamyannsg Devido ao carregamento aplicado q(x) pode-se afirmar que os esforcos cortantes e os momentos fletores que surgem a direita e & esquerda do elemento sio diferentes. Na Fig. 3.14B os cortantes (Q e QrdQ) € os momentos fletores (M ¢ M+dM) esto indicados nos sentidos positivos da Convengao de Sinais. Utilizando as equacées de equilibrio obtém-se: Obs.: Q= Q(x); M= M@) GQ) ER, =0: Q-qlaldr- (Q+ dQ =0 +. q)= G2 G)EMa = 0: -M~Q als) + (la) de) BE + (M4 aM) =0 ® Fic. 3.14 A) Viga submetida a carregamento transversal distribuido q(x); B) Equilibrio de um elemento infinitesimal dx Como di é infinitesimal, o termo de ordem mais elevada 48)” pode ser desprezado, obtendo-se entao: au Orie Verifica-se, portanto, que a fungao que expressa 0 carregamento transversal distribuido é igual @ derivada da funcao que expressa o cor- tante com o sinal trocado, ea fungao do cortante 6a derivada da fungao que expressa o momento fletor. ‘A variagao do cortante entre os pontos 1 ¢ 2, de abcissas x; ‘xp respectivamente, pode ser obtida integrando-se a funglo que expressa © carregamento transversal distribuido q(x) ao longo do trecho definido pelos pontos: -Q=-f* adax que indica que a variagao do cortante entre os pontos 1 ¢ 2 ¢ igual a area definida pela funcao do carregamento transversal ¢ o eixo x, entre estes dois pontos. Analogamente, a variac2o do momento fletar entre as pontos 1 © 2, de abcissas x; e xz respectivamente, pode ser obtida integrando-se a funso que expressa o esforco cortante Q(x) ao longo do trecho definido pelos pontos: = M.- My = J Qo)dx que indica que a variacéo do momento fletor entre os pontos 1 e 2 ¢ igual a rea definida pela funcao cortante ¢ 0 eixo x, entre estes dois pontos. 3-4 Funcoes ¢ Diacramas bos Esrorcos SOLICITANTES INTERNOS ‘A melhor maneira de visualizar como varia uma fungdo é representé-la graficamente, Tendo-se em mente que os esforgos internos sto fungdes de x (eixo local), os diagramas ou linhas de estado dos esforcos internos constituem uma forma objetiva de indicar a variacio destes esforcos a0 longo da estrutura. Estes diagramas silo extremamente importantes em projeto, pois fornecem: © Os valores dos esforsos solicitantes em diferentes secdes. © 0s seus valores maximos (positives e negativos). Os diageamas dos esforsos internos podem ser obtidos através: © de suas funcoes ow (© deseus valores em determinadas segbes, onhecidas como segbes-chave [As secées-chave além de delimitarem os diferentes trechos de validade das fungdes dos ESI, constituem pontos nos quais os valores dos ESI devem obrigatoriamente constar nos diagramas Sto consideradas “sesSes-chave” todas as segGes em que ocorrem alteragoes da estrutura e da configurasio do carregamento a ela aplicado. Sio sesdes-chave: © inicio efinal da estrutura, © inicio ¢ final dos elementos (mudanga de eixo local por mudanga de diregao), fe © secdes em que ocorrem forgas ou momentos concentrados, as quais inclem o8 apoios devido As forcas reatvas, © segdes onde se iniciam ou terminam carregamentos de forcas ou thomentos distribuides, se momentos distribuidos, as segdes onde ‘ocorrem mudancas das fungdes que expressam tais carregamentos.. © segdes onde ocorrem os valores maximos e minimos dos ESI. Atencio especial deve ser dedicada a estas secdes pois, embora nao possam ser identificadas a priori como as demais, elas so importantissimas de serem convenientemente indicadas nos diagramas, 53 Esrongos Sovicrtanres lnreRwos Para raciocinar: No céleulo dos esforcos solicitantes em uma dada barra que compoe uma estrutura, a agao de todas as forcas atuantes na estrutura, isto é, inclu- sive as que agem fora da barra em questo, tém que ser consideradas. ‘Tendo em conta esta afirmativa como é possivel determinar 0s esforcos internos em uma determinada barra da estrutura sem determinar os esforgos internos nas outras barras? “N+ pdx +N + dN =0 -. pga G) D&=0:-N+ pode + N+ aN =0 «poo «dh seaqgysosy seumynsysa (2) BB, = 01Q- afeddx-(Q+-dQ) = 0». qi) 42. (3) EMo=0: -M~Q-dx-+ (q)-dx) $+ (Mt aM) =0 Fic, 3.15 Relagdes fundamentais da estatica 2. Osnés das estruturas podem ser rigidos ou articulados e a forma simpli- ficada para representa-los graficamente pode ser observada na Fig. 3.16. Nés rigidos sio capazes de transmitir momentos, ou seja Mya. # 0, € n6s articulados sao incapazes de transmitf-los, ou seja Myo: = 0. Com o auxilio das Figs. 3.17 ¢ 3.18, compare os comportamentos estru- turais de sistemas, de arquiteturas idénticas, nos quais ns rigidos (B) fo utilizados ao invés de nés articulados (A). Neste exercicio é anali- sado o funcionamento de diferentes sistemas estruturais. TH PPP wie ae Fic. 3.16 Representacao de nés: A) rigidos; B) articulados P o=0t 3 — Esroncos Souctanes IvreRNos Fic. 3.17 Nés articulados e nds rigidos; A) Né 2 éarticulado; B) N6 26 rigido Observar: 0 > 8, e Ad, > Ady Lunna deformada Lina deformada PAE eet +I Fic. 3.48 Nés articulados ends rigidos: A) Nés 34 sao articulados; B) Nos 3 ¢ 4 si rigidos Diggrama momento tor Diagrama momento Netor ‘As vigas sto estruturas compostas por barras (lementos unidimensionais) interconectadas por nés, rigidos ou articulados, os elementos tém a mesma direcao. Sho modelos planos, uma vez que a estrutura € 0 carregamento aplicado pertencem a um nico plano. As vigas podem ser lassificadas como simples ou compostas. Nas vigas simples todos 95 nds sao rigidos. Nas vigas compostas os nés podem ser rigidos ou articulados. As vigas com- postas sao também denominadas de vigas Gerber © podem ser consideradas como uma associacao, de duas ou mais vigas simples. A teoria de viga constitui a base do aprendizado do comportamento das estruturas sendo, portanto, a primeira a ser estudada, Os conceitos basicos aqui aprendidos se aplicam, em geval, as demais estruturas. Os nomes das, vigas simples: © viga biapoiada, © viga biapoiada dotada de balancos, © viga engastada e livre. estdo associados as diferengas nas suas condi- Ges de apoios. Uma vez determinadas as reacdes, de apoio, que nada mais sto do que forcas & momentos concentrados, os conceitos utilizados para tracado dos diagramas e determinacao das, fungdes que expressam os esforcos internos 80 absolutamente genéricos e se aplicam indistinta- mente a todos os tipos de vigas. TATICAS VIGAS Isos seaqysos] seumnysa 38 4.1 Vicas Simptes 4.1.1 Vigas Biapoiadas ‘As vigas biapoiadas sao estruturas planas, capazes de serem definidas através de um tinico elemento, Nela, portanto, 0 eixo local coincide com 0 eixo global E conveniente que 0 estudo do comportamento interno das estruturas se inicie através das vigas, pois embora sejam elementos estru- turais simples, os fundamentos tedricos aqui estudados sdo aplicados as demais estruturas reticulares. Armelhor forma de apresentar e sedimentar conceitos teéricos 6 através de exercicios, o que serd feito a seguir. Exercicio 4.1 Para a estrutura da Fig. 4.1, determinar as fungdes que expressam os ‘esforcos internos e tracar seus diagramas. Para determinar as fungdes e tracar os diagramas dos ESI em ‘uma estrutura é necessario: 1. Calcular as reagées de apoio. Para tal: a] definem-se os eixos referenciais, b]_introduz-se as reagdes de apoio, arbitrando os sentidos, )_ ecomas equacées de equilibrio obtém-se: 2. Identificar as secies-chave A, Be C. Bstas secées-chave, conforme indicadas na Fig, 4.1, delimitam os trechos I (AC) e Il (CB), para os quais as fungdes que representam os ESI tém que ser separadamente determinadas. 3. Obter as funcdes representativas dos esforcos internos (I(x), Q(x) ¢ (2) validas a0 longo dos trechos Ie Il. Conforme indicado na Fig. 4.1, para cada um destes trechos considera-se uma secao genérica situada a.uma distancia x qualquer da origem do sistema de eixos adotado, © calculo 6 feito exatamente como aprendido anteriormente, 26 que, agora os ESI nesta seco genérica $ serdo escritos em funcao de x, Pode-se, portanto, considerar a aco das forcas & esquerda ou A divei- ta, devendo-se sempre escolher o célculo mais simples. Observar que a0 considerar as forgas a direita, a distancia de $ ao apoio B seré (L-1), conforme indicado na Fig, 4.1. Tendo-se a fungio eo intervalo de vali- dade da mesma, 0 valor do esforco interno em qualquer secao dentro deste trecho pode ser obtido atribuindo-se o correspondente valor a x. Be q(x)= 22, pois estas rela ¢6es ajudam tanto na determinacdo das fungSes como servem tam- Ter sempre em mente que Q(x bém de verificacio, Importante: Varias sao as formas de checar o desenvolvimento dos exercicios na Andlise Estrutural e tais verificagdes devem ser feitas asso a paso. Trecho |: 0 Qe dx Posigao em que Q(x) = 0 a vB Importante observar que, entre as duas raizes que satisfazem a equacdo acima, somente a positiva serve ao presente exercicio, pois é a que se encontra no intervalo de validade da fungao (0 < x < L). Desta forma obtém-se: 6 4 —Vicas Isosténicas seonasos| sesmynsysa Fic. 4.4 Viga biapoiada submetida a carregamento ‘triangular Observar: |. Tracado dos diagramas: os detalhes dos procedimentos grificos descrites a seguir podem ser observados na Fig. 4.4. Neste exercicio, os valores dos momentos fletores nas secdes-chave extremas sao nulos, mas © mesmo procedimento grafico se aplica quaisquer sejam estes valores. 0 procedi- mento ¢ 0 seguinte: a partir da linha cons trutiva tracejada definida pelos valores dos, momentos fletores nas seces-chave extre- mas ¢ examente na posigéo da resultante do carregamento triangular (@ % da base do triangulo) marca-se (em escala), uma tinica vez, 0 valor auxiliar qli/s. O ponto assim obtido, quando ligado aos valores dog momentos fletores nas secBes-chave extre- mas, permite a obtencio das tangentes & parabola nestas secdes-chave. O ponto de momento maximo (com sua posi¢do, valor e tangéncia nula) fornece as informagées adi- cionais necessérias a0 tracado da parabola de terceiro grau da funcio MG). Para o tracado do diagrama de esforcos cor- tantes (DEC), além dos valores nas secées- chave Ae Be do ponto de cortante nulo, é importante (para a definicio da concavi- dade da parabola ser tracada) observar que a tangente ao DEC se anula na posigao onde © carregamento triangular é nulo, uma vez QW) __ ay. que SP =a) * O coeficiente angular da tangente ao diagrama de cortante em A é nulo, uma vez que, neste ponto, q = 0. © Omomento fletor maximo ocorre onde o cortante se anula, Exercicio 4.5 ‘Tracar os diagramas dos esforgos cortantes Qe de momentos fletores M da viga biapoiada, sujeita a trés cargas concentradas, representada na Fig. 4.5. Fic. 4.5 Viga biapoiada com trés forcas concentradas 1. Reagées de apoio DE, =0..Vq-4-2-74- Vp, =M, 2VqtVp=13 .-12-14-77+13.Vp =0-.Vp =7,9f 2.. Secdes-chave: A, B, 1, 2 ¢ 3, as quais definem quatro Trechos: I, II, Ille wv. 3. Valores dos esforcos internos nas secdes-chave: CORTANTES: ‘MOMENTOS FLETORES: SECOES-CHAVE ha Tost A $5.4 ° ® 5A 51 x3=153 5Ax?-4x4=195 79x2= 5.8 0 4— Vicas Isostaricas Exercicio 4.6 Traar 05 diagramas dos esforcos internos na viga biapoiada da Fig, 4.6 Exemplo andlogo ao Exercicio 4.3 (p. 61), porém numérico, a= ttm seoypsos| seinjnasa Fic. 4.6 Viga biapoiada com caregamento uniforme 1. Reagdes de apoio Ehi-0 2 Hy=0 DE, =0..V,~1.13+Vg =0..V, +V, EM, =02.-1.13. 3 418% = 2. Secbes-chave: A, B, as quais definem o Trecho I, e secao de My. 3. O tracado do diagrama de momentos fletores pode ser facilmente feito através de processo grafico, entretanto a obtensao da funcio é também bastante simples: Trecho |: 0. < x < 13 IL TEx : MG@)=-05x2+6,5x Valores extremos { (fungao do segundo grau) Qe) = MO) _ igs Valores extras { (Gungio linea) Momento maximo: fungio do segundo grau atinge 9 seu maximo (ou m{nimo) quando sua ‘derivada é nul MO) na > AK Posicdo em que Q(x) = 0 13 Sm: Magy == 22d Exercicio 4.7 Para a viga biapoiada submetida a um momento concentrado, indicada na Fig, 47, tracar os diagramas dos esforgos internos, Exemplo andlogo a0 Exercicio 4.2 (p. 60), porém numérico, M=200 em Fic, 4.7 Viga biapoiada com momento concentrado 3 g 3 3 | seonesos| seangnsg 68 1. Reagées de apoio 200 _20kN @ Vp =20kN 10 2, Segoes-chave: A, B e C. Estas segdes-chave, conforme indicadas na Fig. 4.7, delimitam os Trechos Ie Il. 3. Esforcos internos — fungées e valores nas secdes-chave: Trecho |: 0 ore LS Fic. 4.16 Diferenciacio entre né e apoio Reparar a diferenca entre apoio e né que une os elementos: ™ O apoio em B é do primeiro género, o qual permite a translagéo na horizontal e a rotagdo, impedindo somente a translacao na vertical, surgindo portanto a reagao de apoio Vp. ™ O né que liga os elementos 1 ¢ 2 € um né rigido, isto é, capaz de transmitir todos 0s esforsos internos (N, Qe M). Importante lembrar que o tracado dos diagramas dos ESI, apés, a determinacao das reagdes de apoio, da-se da mesma forma estudada anteriormente, uma vez que as forcas reativas nada mais séo do que forcas concentradas. Exercicio 4.14 ‘Tracar os diagramas dos esforcos solicitantes internos da viga biapoiada ‘com balangos indicada na Fig. 4.17. Fic. 4.17 Viga biapoiada dotada de balango a diteita, 1. Céleulos auxiliares i = cos Px = Peoso, Py= Pseng. 2. Reagies de apoio DE =O. Ha = Peosot DE, =0 +. Vy—P+Vp ~Psenar=0 79 4 — Wiaas Isostaricas ~2Pa—4Paseno.+3aV,, =0 P P @+dsena) Va= 36 ) any 3. Segdes-chave: A, B, Ce D (trechos I, Ie Ill). 4, Esforcos internos ~ diagramas: (1-sena) fe P31 sono) Psen + 1 + "Lie PRG sera) Pasenat Fic. 4.18 Diagramas dos esforcos internos Exercicio 4.15 Obter os diagramas dos esforcos internos da viga biapoiada dotada de seagyysos| seumynuysy balangos, indicada na Fig. 4.19. 15hNvem Fic. 4.19 Viga biapoiada dotada de balancos ediagramas dos esforcos interns 7/8 =304Nm "| 1, Reagées de apoio ZR=0-. Hy=0 =e Mg =0 -. 20-120-240+6Vp = Vg -10~60+Vp ~30=0-.Vy +Vp =100 © Vp =56,7KN -. Vy = 43,3kN 2. Segdes-chave: A, B, C, De B: trechos I, Il, Ile 1V, 3. Esforcos internos ~ Para o tracado dos diagramas (Fig. 4.19) determinar (08 ESI nas sesées-chave: atencao as descontinuidades, 4, Distancia de B a posicao de momento fletor maximo: No trecho II: M(x) = -7,5x? + 33,3x-20 QG9) = “15x + 33,3 2m => Myagg, = 17 kN Mnax. > QG) Exercicio 4.16 Obter os diagramas dos esforcos internos da viga biapoiada dotada de balancos, indicadana 47 fim Fig. 4.20, 1. Calculos auxiliares: 5a 4 _ [sena=08 aarca( $= 3.13) Hs i Px=Peosa=6tfe Py=Psena=8tf ia 2. Reagées de apoio ohaeaeeaata Hy = Gt Vp=31,55tf Vp = 29,45¢F al 3. Segdes-chave: A, B, CD, Ee F (trechos I, 1 Ill, VeV). 4. Bsforcos internos ~ Tracado das linhas de estado (Fig, 4.20) através dos valores nas segdes-chave. 4.6 Vicas Gersea As vigas Gerber recebem este nome em homenagem a Heinrich Gerber (1832-1912). Conforme representacio simplificada na Fig. 4.21, estas vigas surgiram por duas razées: (© Estruturais: permitir deformagées, evi tando 0 surgimento de esforsos internos devidos a recalques diferenciais nos. ‘apoios. © Construtivas: permitir 0 langamento de See ep a Yet sehr lin de ao asia lal, Paced aged tio ou de dificil acesso. linhas de estado 4 —Vicas Isostaricns seanyysos| seumjnuysg a2 (Os dentes Gerber nada mais sio do que rotulas (Myce 0) convenientemente introduzidas na estrutura de forma a, mantendo a sua estabil- dade, torné-la isostdtica. Ae vigas Gerber podem, = portanto, ser consideradas como fima associacao de vigas simples (biapoiadas, biapoiadas com Paria vipa Gerber balangos ou engastadas e livres): umas com esta- bilidade propria (CEP) e outras sem estabilidade propria (SEP). Importante ressaltar que as partes identificadas como SEP so também estavéis, entretanto a estabilidade delas depende da estabilidade das vigas sobre as quais se apoiam, AAs vigas Gerber, por serem associagties de vigas isostaticas sim- ples, podem ser calculadas estabelecendo 0 equilibrio de cada uma de suas partes, resolvendo inicialmente as vigas simples que nio tém estabilidade propria (SEP). A determinacao das forcas reativas das vigas SEP permite (pelo principio da agio e reario) a aplicacao da aco destas sobre as vigas simples com estabilidade propria (CEP). Alguns exemplos sio dados na Fig, 4.22. oS 1, « {es MeeIT1 » «3 Ts ee oo ey ar ae eh ie a! ~y we Ll Fic, 4.22 A) Exemplos de vigas Gerber; B) Identificacdo das vigas simples associadas, classificagdo em SEP CEP e sequéncia de eéleulo Visandoa solugao mais econdmica de uma viga Gerber, as posigoes das rétulas devem ser convenientemente escolhidas, conforme ilustrado na Fig. 4.23. 4.6.1 Equagdes de Condigo As vigas Gerber podem também ser consideradas como exemplos de estru- turas hiperestaticas que tornam-se isostéticas devido a introdugao de liberagdes de vinculos internos: no caso rétulas (dentes Gerber) que liberam as rotagées. Vio intermedia Balango Vo extrema - Fie, 4.23 Escolha da melhor posicao das r6tulas para uma solusdo otimizada: A) modelo ‘genérico;B)rolugdo limite como tés vigas biapoiadas; C) solugdo otimizada (|Xp| =M) Contanto que a estabilidade da estrutura seja mantida, a libe- racdo de vinculos em estruturas hiperestaticas permite a consideracio das ados. A incapacidade de transmissio de momentos associada a uma rotula conduz a seguinte equa- equacées de condigao associadas aos vinculos ‘do de condigao: A 8 ic > Mro He Sejaa viga continua de trés vos Ve t fc i representada na Fig. 4.24, onde tem-se: © Numero de reagoes de apoio (incogni- Fic. 4.24 Viga continua com trés vaos: estrutura hiperestatica tas):r=5 © Namero de equacdes de equilibrio: n, =3 ‘é ; A introdugao das rotulas 1 2 (Fig, 4.25) permite a obten¢ao de duas equacbes de condigao: (© Niimero de equagdes de condigdo:ne=2 Fxg, 4,25 Viga Gerber: estrutura isostética 83 4 —Vicas Isostincas 84 ‘Acestrutura pode ser resolvida uma vez que o ntimero de equa- ‘Ges disponiveis: nentn=5 € igual ao mimero de incégnitas a determinar (r = 5), Observar: As equacdes do equilibrio estatico se aplicam a toda aestrutura, uma vez, {que esto associadas ao equilibrio global desta (EM = 0). Lembrar que 0 somatério dos momentos pode estar referido a qualquer ponto, dentro ou fora da estrutura. Por outro lado, as equagdes de condigao estabele- cem que o momento fletor (esforgo interno) é nulo em uma determinada se¢d0 $ (ZM,= 0) aplicando-se, portanto, somente & parte da estrutura ita de S). Reparar que EMs= 0 e Ms= 0 s80 (forcas a esquerda ou a dit equacées distintas. 4.6.2. Solugao por meio das EquagSes de Condigao Exercicio 4.17 Resolver a viga Gerber da Fig, 4.26 1. Reagées de apoio seaqysosy sesnynnysa " Equacées de equilibrio: G@) ER =0 +. Hy -5=0 2. Hy = Stl QEB <0 «. Vy 10+ Vg ~25~20+ Vo-20+ Vp =O. Va + Vp + Vo +Vp =78 (3) Mg =0 -. -10x10+20V, -25x25-20%30+40Ve ~20x50-+60Vy =! Bquacées de condicao: r (a) My =0-.+25V, -10x15+5Vg =0 ©. Vy 0-5V, ‘A obtengao da proxima equacao com as mesmas inicégnitas Vy e Vp facilita sobremaneira a resolu¢ao do sistema de equagées. Considerando as forcas a esquerda da r6tula 2 vem (lembrando que na rotula 1 tem-seM,=0 ea resultante Ry = Vy + Vp - 10-25): (5) My=0 +. (Yq +Vp—10-25)x10-20x5=0 -. Va =45~Vp B,75tf Va =—B,75tf . Vp=7Stf ° Vo =22,5tf 2. Segoes-chave: A, E, B, 1, 2, C, Fe D. Bstas segdes-chave, conforme indicadas na Fig, 4.26, delimitam os trechos Ta VIL Esforcos internos: Conhecendo-se as reagées de apoio, o tracado dos diagramas (Fig. 4.27) pode ser facilmente obtido marcando-se, em escala, 0s valores dos esforcos internos nas secoes-chave, tendo a devida atengio com as descontinuidades. Em seguida, os pontos 85 assim obtidos sao interligados segundo a representacao grafica das fun- ‘g0es vlidas em cada trecho, A determinagao das fungées nao foi solicitada no exercicio, ea sua obtencao seria perda de tempo. Lembrar queas rétulas hem sempre sao secdes-chave, como no presente caso (Forga concentrada além de inicio e final de carregamento distribuido), e que os diagramas (Fig, 4.27) tém que confirmar os momentos fletores nulos nas rétulas. ow & aR ge & as + 4 — Vicas lsosrancas Fic. 4.27 Linhas de estado da Viga Gerber E> De p908 Ove Wk obA TEIMN IpTE WD 4:7 Vicas Incunapas yon Ho Ihe oer E didaticamente conveniente que as vigas inclinadas fechem 0 estudo de vigas e antecedam o estudo dos porticos planos. Nas vigas inclinadas surge, em geral, a necessidade de se trabalhar com dois sistemas de eixos referen- ciais: um global (para a determinacao das reagées de apoio) e um local (paraa determinagao dos esforcos solicitantes internos). No estudo das vigas incli- nadas é de fundamental importancia que se observe: © A direcao da viga inclinada, expressa pelo angulo a. que a viga faz com, ahorizontal, © As orientagdes dos apoios e das respectivas forcas reativas. © As direcbes dos carregamentos aplicados. © A forma de representacao do carregamento distribuido: a0 longo das projedes horizontais Ly, e/ou verticais L, ou "20 longo do comprimento inclinado L da viga. Observar que-o sistema local pode ser utilizado para a deter- minagao das reacdes de apoio, mas os esforcos solicitantes internos sio, obrigatoriamente, referidos aos sistemas locais. seapisost seumynysa 4.7. Carregamentos distribuidos ao longo das projegoes Horizontal (Ly) Fic, 4.28 Viga inclinada com carregamento verti¢al distribuido q ao longo da pproje¢io horizontal Ly 3 y/2isenet Fic. 4.29 Carregamento distribuido referido {a0 sistema local. Duas ‘componentes: uma na diregio do eixo (diresao elocal) ¢ outra na dire¢ao perpendicular ao eixo (@iresa0 y-local) alty/2)seno. f(hy/2icosa Fic. 4.30 Diagramas dos esforcos solicitantes internos Vertical (Ly): Tyatena Fic. 4.31 Viga perpendicular a0 eixo (dtegao y-ocal) 47.2. Carregamentos distribuidos ao longo da viga inclinada 0 carregamento distribuido ao longo da viga inclinada pode ser apresentado com direcdes diferentes. Em geral, o carregamento distribuido é aplicado na directo vertical, corespondente & aco da gravidade, ou aplicado perpendi- cular ao eixo da viga, O exemplo a seguir (Fig, 4.33) analisa uma viga inclinada subme- tida a carregamento vertical distribuido ao longo de todo © comprimento inclinado I da viga. Na Fi 4.34 esse carregamento é decomposto no si ‘tema local para calcular as relagbes de apoio e tracar os diagramas de ESI. 87 inclinada com carregamento horizontal distribuide q 20 longo da projegio vertical Ly Fic, 4.32 Carregamento distribuido referido a0 sistema local. Duas componentes: uma na diregao do eixo (diregS0.xlocal) e outra na direc30 4 —Vicas Isosrancas Fic. 4.33 Viga inclinada com carregamento vertical distribuido a0 longo do comprimento inclinado L ‘at2}cosa Fic. 4.34 Carregamento distribuido referido ao sistema local. Duas componentes: uma na direcio do eixo (iregao x-local) e outra na diregao perpendicular ao eixo (direc y-local) svagyysos| seum|N015] Fic. 4.35 Diagramas dos esforcos solicitantes internos s pérticos planos sio estruturas formadas por elementos (ou barras) cujos eixos, com orientagées arbitrérias, pertencem todos a um iinico plano (plano da estrutura). © carregamento atuante pettence também ao plano da estrutura. Os nés que interconectam os elementos dos. pérticos podem ser rigidos ou articulados. Nas Figs. 51. ¢ 5.2, as linhas tracejadas indicam os eixos das bar- ras na situacao indeformada e as linhas cheias na situacao deformada, sendo 0.0 angulo de rota Nos nés rigidos ha transmissio de ‘momentos entre as barras. Na Fig. 5.1 so apre- sentadosexemplos denés rigidos com: A) 2barras, eB) 3 barras. Conforme ilustrado, os nds rigidos das estruturas deformadas apresentam rotagio, absoluta sendo, porém nula a rotacéo relativa entre os elementos conectados. Na estrutura indeformada, os angulos entre os elementos, que neste exemplo sio de 90°, permanecem os mesmnos apés a aplicacao do carregamento e a consequente deformacao da estrutura. Nos nés articulados nao ha transmissio de momentos entre as barras. Conforme ilustrado na Fig.5.2A, osndsarticulados permitema rotacao relativaentreoselementosconectados. Omomento fletor na rétula (Fig. 5.28) é sempre nulo. Os porticos sao classificados em sim- ples ¢ compostos. © Pérticos ou Quadros Simples Os pérticos simples, conforme exemplificado na Fig. 5.3, podem ser: PORTICOS OU QUADROS ISOSTATICOS PLANOS g g & z M,-My-Mj=0 Fic. 51 Nés rigidos interconectando: A) duas barras; B) trés barras > My portico engastadoe fine Fi, 5.2 Nés articulados 'A) deformada. B) diagrama demomento fletor ee Portico tr-aticulado Posrtica bi apoiada com acculago etante ou score) Fic, 5.3 Pérticos ou quadros simples = Biapoiado = Engastado e livre = Triarticulado Biapoiado com articula¢ao e tirante (ou escora) © Porticos Compostos Sao formados pela associagao de dois ou mais pérticos simples. Vigas simples também podem se associar a pérticos simples para formar por- ticos compostos. 5.4. Exos Gtoea's € Erxos Locals Em estruturas formadas por elementos com orientacdes diversas é neces- sério fazer distingao entre o eixo global da estrutura e os eixos locais dos elementos. 5.1.1. Eixos Globais Para determinar as reagdes de apoio em estruturas forma- das por elementos com orientacdes diversas é necessario definir um sistema referencial global Conforme representado na Fig. 5.4, os eixas glo- bais sao indicados pelas letras maitisculas X, Ye Z. Ao longo deste curso os eixos globais sero sempre escolhidos de tal forma que as coordenadas X, Ye Z sejam sempre positivas. 5.1.2. Eixos Locais LOR Fic. 5.4 Hixos globais: X, Ye Z Para determinar os esforgos solicitantes internos, € necessario que se defina, para cada elemento que compoe a estrutura, um sistema referencial local, Conforme indicado na Fig, 5.5, os eixos locais sao representados pelas letras minasculas x,y €2. Os eixos locais sa obtidos fazendo coincidir os eixosxcom os eixos dos elementos, sendo as origens posi- cionadas nos nés iniciais destes. A imposigao desta tinica condicao, no entanto, permite a escolha de diferentes sis- temas locais. Objetivando uma uniformidade, as seguintes regras (validas para os pérticas planos) serao estabelecidas: © Asdirecdes e os sentidos dos eixos 2-locais devem ser os mesmos do eixo Z-global. © Ossentidos dos eixos x-locais serao tais que a fibra infe- rior do elemento esteja sempre voltada para o interior do pértico, conforme ilustrado pelas linhas tracejadas, na Fig. 5.5. Fic. 5.5 Eixos locais: x,y ez on 5 — Porricos ou Quaokos IsosTAnicos PLanos ‘A primeira destas regras é utilizada sempre. A segunda sera adotada, em particular, no presente curso. 5.2 ELementos Dos PorTICos PLANOS Cada elemento ou barra que compée as estruturas reticulares tem o seu eixo local que, assim como 0 elemento, é definido pelos nés inicial e final de cada ‘um destes elementos. A anélise dos ESI em cada elemento de um pértico plano 6 feita utilizando o eixo local do elemento ¢ a teoria de viga jé estudada. 5.3 PoRTiCos SIMPLES Cestudo dos pérticos planos seré feito através da resolucao de exercicios. 5.3.1 Pértico Biapoiado Exercicio 5.1 Resolver (determinar as reacdes de apoio e tragar as linhas de estado) 0 portico biapoiado da Pig. 5.6. ‘Apés a selegao de um sistema referencial global determinam-se as seanysost se1N4N1953 forcas reativas: ® YE, =0 -. Hy =120F ® SBy=0-.V, +V, =30 G) EM, =0.,-12%2-5x6x3+6V, =0 ©. Vy =19tE “Vy =F Em seguida, para a abtencao dos diagramas dos esforgos inter- nos & necessario que os valores destes esforcos internos (N,Q ¢ M no ‘caso dos pérticos planos) sejam determinados em todas as sesdes-chave, sempre em relagdo aos eixos locais da barra onde se localiza a seco. Na Fig. 5:7 encontram-se indicados 0s eixos locais das barras 0, @ ¢ @ € todas as se¢des-chave do portico plano em anilise: 1, At, At, 2° Gesdo 2 da barra ©), 22, 3%, 3% e 4. A partir dos valores dos BSI convenien- 1 rot Fic. 5.6 Portico biapoiado Fic. 5.7 Bixos locais e segdes-chave temente marcados, em escala, nas segées-chave (observando-se todas as descontinuidades) o tracado dos diagramas pode ser facilmente comple- tado. Por exemplo, o DME para carregamento uniformemente distribuido entre duas secdes-chave pode ser obtido pendurando-se, a partir da linha 2 construtiva tracejada, a parabola, utilizando-se o valor 9& onde Léa 8 distancia entre as duas segdes-chave em questo. Finalmente, resta a determinagao de Myrax Visandoa sua marcacao no diagrama (lem- brar que os valores maximos e minimos devem ser devidamente evidenciados nos diagramas). Qualquer elemento (ou parte da estrutura) pode ser isolado, aplicando-se todas as forcas, externas e internas, qué nele atuam. As forcas internas aplicadas sao as que surgem nas segdes de corte necessérias para se isolar o elemento (ou parte da estrutura), conforme ilustrado na Fig, 5.8. Asta técnica dé-se o nome de subestri- ‘uragao, Cada uma das barras isoladas deve estar em equilibrio e as fungSes que expressam os esforgos internos séo obtidas exatamente como anteriormente estudadas para as vigas. Utilizando-se a técnica da subestru- ‘turagio ¢ isolando-se, por exemplo, a barra2, Fic. 5.8 Subestruturagao conforme ilustra a Fig. 5.8, as fungdes que expressam os momentos fletores M e os esforcos cortantes Q podem ser determinadas para o eixo local indicado na Fig, 5.7. Barra 2: Trecho |: 0. Meng, = 146,7kNm q : Fic, 5.14 Diagramas dos ESI do portico triarticulado 53-4 Pértico Biapoiado com Articulagao e Tirante (ou Escora) Exercicio 5.3 Resolver o portico simples da Fig. 5.15. Reparar que as incognitas deste problema sao quatro: trés externas, reacdes de apoio H,, V; e V2, e uma interna, o esforco normal N®, constante ao longo da barra biarticulada 3. Se N? for um esforco normal de tracao a barra 3 sera um tirante, se for de compressio seré uma escora. © Reagées de apoio e esforgo normal N? na barra 3: ‘Numero de incégnitas: quatro Numero de equagées: n =n, +n, = 4 Utilizando o Sistema Global: @ DE, =0 Hy +3=0 ® Ey =0-.V,-8+Vp @) YM, =0-.-16 +5-12+4V) =0 -. V=5,75tE a Me=0 -3N°+6+5=0 N3=3,7tf Normal de tracao: tirante ABquacio(4) (equacaodecondi¢éo) foiobtidacon- siderando o sistema de forgas a direita do né 6. Importante observar que para a determinacao do momento fletor no nd 6 é necesséria a substituigao da barra 3 pela sua ago sabre os nde 3 ¢ 4. Heta aplo, representada pela forga farraal Ng, npr 0 de tracéo (forca saindo dos nés). 0 sinal positivo, obtido da resolugao do sistema de ‘equa;ées, simplesmente confirma que o normal é de tra¢4o conforme arbitrado, sendo, no entanto, este o sinal da con- vengao. Importante enfatizar que 0 tinico esforco interno que surge numa barra rotulada nos nés iniciale final (barra birrotulada), sem carregamento transversal, é 0 normal N. © Esforcos internos nas segdes-chave 1, 2, 34, 3°, 34, 54, 58, 65 e 65, 47, 4, 45 e MY... (utilizando os Sistemas Locais): am Ny=-2,25ef Q =3¢ My=0 Fic. 5.45 Portico . biapoiadodotado de oy articulago etirante NyP= 3.7 N (ouescora) QF-0 3 i 8 j é 2 g i 4 S,75tf Qe = 0,746 Mo =0 Qut=3ne Observando os valores dos cortantes nos nés inicial ¢ final da barra 6 verifica-se uma inversio de sinal. Isto significa que o cortante esté se anulando entre estas duas segdes-chave, ¢ por conseguinte a posigao eo valor de Myx devern ser determinados. Para. célculo de MSs, utilizando a técnica de subestruturagdo,a barra 6 deve ser isolada do resto da estrutura Os ESI nos nés inicial 5 e final 6 da barra 6, anteriormente determinados, devem ser indicados, assim como o carregamento que ocorre ao longo da barra, conforme representado na Fig, 5.16. Considerando o sistema local da barra 6, as fungdes dos ESI podem ser escritas: 9B 28m N®%) = -0,7 27 MPs) = x2 + 2,25 +7 or 75 Q(x) = -2x + 2,25 aa © o momento maximo obtide QG)=0 = x= 1,186m => Maje=8,3tfi © Tracado dos diagramas: eee Conhecendo-se os valores dos ESI nas segdes-chave, conforme aplicada a barra 6 ‘alculados, 0s tracados dos diagramas dos esforcos N, Qe M na estrutura podem ser facilmente obtidos e encontram-se indicados na Fig. 5.17. swoqyysos} seunynsysg Fic, 5.17 Diagramas dos ESI do pértico biapoiado dotade de articulagio e tirante 5.4 PORTICOS OU QuADROS CoM BaRRas CURVAS Nos pérticos simples podem ocorrer elementos ou barras com eixos curvos, conforme ilustrado na Fig. 5.18. A ocorréncia de elementos curvos nos pérticos em nada altera a sua anélise a nao ser pelo fato dos sistemas locais das barras curvas terem, nas secdes em anilise, os eixos x tangentes e os ‘eixos y perpendiculares aos eixos das barvas. co mo Fic. 5.48 Exemplos de porticos com barras| 5-4-1 Eixos curvos Este estudo terd inicio com exemplos simples de vigas curvas biapoiadas. Semicirculo de raio R: Para a viga biapoiada definida por um semicircu- lode vaio Re submetida a uma forca concentrada P, conforme indicada na Fig. 5.194, determinar 0s esforcos internos em uma secao genérica S.A seco S & definida, em coordenadas polares, pelo raio Re pelo angulo 0 formado com a horizontal. ‘A determinacao dos ESI, em qualquer secio de ‘uma barra de eixo curvo, fica bastante simplifi- cada seguindo o seguinte procedimento: a] Determinar a acZo das forcas, 8 esquerda ow A direita de S, usando um sistema con- veniente, em geral o global X-Y-Z, conforme indicado na Fig 5.19B, obtendo-se: # na direcao Y, a forca: P/2 na direcao Z 0 momento: Ms b] A determinacao desta acao referida ao siste- ma local x-y-2, fornecera os esforcos internos na seso S, Como os eixos Z global e 2 local tém a mesma orienta¢ao, 0 momento fletor permanece 0 mesmo (M = M;). A convengao de sinais dos BSI deve ser respeitada. Fic. 5.19 Viga biapoiada: A) exercicio proposto; B)agao, em S,referida ao sistema global X¥-Z, considerando as forcas a esquerda Nas barras de eixo curvo, para uma se¢ao S qualquer no trecho 1A (Big, 5.19) tem-se: Os diagramas dos BSI, marcados a partir do eixo curvo da barra, podem er observados na Fig. 5.20. Observar: Numa estrutura plana simétrica com carregamento simétrico 0s dia- gramas dos momentos fletores e dos esforsos normais sao simétricos ¢ 0 dos esforcos cortantes é antissimétrico. bP 2 99 Porncas ou Quaonos IsostAricos PLatios 5 O tragado dos diagramas dos esforcos inter- ros em barras curvas fica bastante simplificado se seus, valores forem marcados a partir de uma linha reta (reta 1-2 ligando os extremos da barra na Fig, 5.19A). O dia- grama de momentos fletores, obtido anteriormente, se marcado a partir da reta 1-2 seria conveniente- ‘mente representado por uma funsio linear do valor (R-Rcos0). Isto corresponde a uma mudanca de eixos do sistema local onde x e y sdo tangentes e normais, em cada ponto, correspondente as coordenadas pola- res R-0, para um eixo x’ horizontal e obtido como (Big. 5.21): x'=R(1-cos 0) "com origem em 1, sendo x’ Eixo da barra curva definido por uma fungao qualquer f(x): Seja, por exemplo, a obtencao do DMF de uma barra sean S05] sem} curva definida por uma fungéo qualquer y = f(s) e submetida a uma fora concentrada unitaria no né 2. Considerando-se que M-=-1.y o seu tracado a partir da reta 1-2 6 imediato sendo este delimitado pelo proprio eixo da barra, conforme ilus- Fic. 5.20 Diagramas dos ESI de vigas curvas [eee Fic. 5.21 Diagrama de Momentos Fletores em vigas Fic. 5.22 Diagrama de Momentos Fletores em vigas ‘carvas com o auxilio da reta de substituigto curvas com o auxilio da reta de substituicao 1-2 A determinagao dos esforgos internos em uma barra curva fica bastante simplificado quando decompoem-se os carregamentos em: (© cargas verticais e momentos © cargas horizontais sendo os valores totais obtidos através da superposi¢ao, conforme ilustrado na Fig. 5.23. x01 Exercicio 5.4 Arco Triarticulado: Determinar os diagramas dos esforcos internos do arco triarticulado da Fig, 5.24 euja equasio, utilizando o sistema referencial cartesiano x-y com origem em 1, € 24 =x Q0-x, 52% 20-*) © Reagdes de apoio (Sistema Global): @ DB, =0 2. Hy=-Hy @) BR, =0 «Hy =-Hy ) DFy =0-.V, $V) =34 (@ IM,=0-. V, =15,2tf -.V,=18,8tf My=0-.Hy=14,7tf Hy =-14,71f © Segdes-chave: 1,2, A, BeC. © Fungoes dos esforgos internos (Sistema Global): Sendo: fool 1 Et ceepavetitaia cmomentoh | momentos ACH = cargas horizontais i ngs 5 — Pornicos ou Quaokos Isostaricos PLANOS Fic. 5.23 Superposicao das Cargas Verticais e Momentos © Cargas Horizontais. lv, Fic. 5.25 Secio genérica $ do pértica Fic. 5.24 Pértico curvo triarticulado carvo triarticulado seonyisos| sezmynsasa ,88tfm Emi: x=0 e a=artg “4 =0776 20 « [sence =0,77) jcosa=0,64{""~7 {sencr= Pe ,2te EmA: x=10 e tga=0 ano EmB. 24 2 © tga eta [sence mB: x12 ¢ squs-oat amass { 12<% £16: CV: Vyx-2%12 (8-6) #424 eae 188 x? 22,8 x+144 \ lev: (Wy =24)coso ed ~(;=24)seno] eee atee 5, 2cos0.~14,7 sena $12 e tgu=0,24 a=-135 i= -154Btf Qu = -1,63F Mg =~2,88tfm, EmC: x=16 e tga=-0,72 a: No=-14,94tF — Qe = 4,35tF Mc=4,48tfm 46 2j B44c8 345-8 34628 instavel hipostatica estavel isostatica estdvel hiperestatica Na anélise da estabilidade e da estaticidade global de uma trelica plana, um dos trés casos seguintes pode ocorrer: ESTABILIDADE —_ESTATICIDADE r4b<2j ésempre instavel _ trelicas hipostaticas . r+b=2) +Establidade —_trelicas isostaticas, T+b>2) +Estabilidade —_trelicas hiperestaticas Atengdo Estaticidade e Estabilidade As condigbes expressas por r +b = 2j ex +b > 2) sao condicées necessdirias mas néo suficientes, para que as trelicas sejam classificadas como isostaticas e hiperestaticas, respectivamente, Em ambos os casos, a condigio necesséria da estabilidade tem que ser satisfeita. A instabilidade das estruturas pode ser oriunda: © de formas geométricas criticas, isto ¢, barras da trelica arranjadas de forma inadequada, © de posicionamentos incorretos dos apoios, isto é, forcas reativas for- ‘mando sistemas de forcas paralelas ou concorrentes. © de instabilidade parcial em decorvéncia de trechos hiperestiticos ¢ hipostaticos na estrutura. Exemplos de trelicas instaveis podem ser observados na Fig. 6.6. A instabilidade devido a forma critica (Fig. 6.6A) nem sempre é de facil identificacao. A observasao da regra basica de formagao das trelicas 6 fundamental para a estabilidade das treligas (Fig. 6.6A e C). 6 — Tatuigas IsostAnicas @ roma © Avobosincoevs © tnsaoucade pra 2 4 6 8 0 Ya va iz6 3j=5 b=9 b=8 r¥b=2j reb=2) reb=j Instavel hipostatica Instavel hipostatica Instavel hipostatica Fic. 6.6 Trelicas instaveis Exercicio 6.1 Classifique as trelicas representadas na Fig. 6.7 quanto a estabi- lidade ea estaticidade: @) ® Xx! . Fic. 6.7 Exercicio de claseificacio de traligas quanto a estabilidade ¢ Aestaticidade seaneysos| seanjnsa A)b=13;r=3; => hipostitica Bb-13r = hipostatica ()b=29;r=3;j = isostatica sr +b=16e2)=16 > r+b=2)— estrutura instavel =8 r+ b= 1602) = 1651 +b = 2j= estrutura instavel 6;r+b=32e2j=32—r+b = 2) = estrutura estavel 6.4 Méto00 bos Nos Este método consiste em estabelecer o equilibrio em todos 0s n6s da estrutura baseando-se na premissa de que se a estrutura, como um todo, esta em equilibrio, todas as partes que a constituem, no presente caso os nés, devem estar também em equilibrio. Em um né de trelica os membros que nele convergem introduzem somente forcas concentradas, nao produzindo momentos. Assim sendo, em Fro. 6.8 Reanplo de cada né, conforme ilustrado na Fig, 6.8, as duas equagdes de equilibrio dis- ~ isolamentodeumné _—poniveis sao: DEx=0 Dey=0 Por consequéncia, para determinar os esforcos normais das bar- ras que converjam no né é necessario que nao se tenha mais do que duas incégnitas por n6. Na resolugao das treligas através do método do equilibrio dos nds deve-se: © determinar as reagées de apoio; © iniciar a determinacao dos esforgos normais nas barras a partir de um, 16 que apresente duas foreas desconhecidas (em geral, nés dos apoios); © prosseguir estabelecendo o equilibrio de outros nés onde todas as for- a8, a menos de duas, tenham sido anteriormente determinadas. ‘Observar: © A determinagao dos esforgos normais em algumas barras exige o calculo dos esforcos em outras barras. O método dos nds apresenta o inconve- niente de transmitir erros de um né para os seguintes. © Quando o objetivo ¢ determinar os esforgos normais em apenas alguns elementos recomenda-se utilizar 0 método das secdes. ‘Osmétodos dos nés edas secdes podem, edevem, ser usados intercalados. Exercicio 6.2 Determinar os esforsos normais Nnas barras da trelica da Fig.6.9 utilizando somente 0 método dos nés (lembrar quea utilizagao somente deste método nao é recomendavel). Fic. 6.9 Treliga ideal © Reasées de apoio: (@) ZE,=0 2. H;-30=0 =. H,=30kN 1-V, -20-30+V3 =0 20x4 +30x4-30%4+8V5 =0 °. Vj =10KN -. Vy =40kN © Esforgos normais nas barras (conforme esquemas representados na Fig. 6.10): a ® © ssi No2 1 1 _ oa en sun Ton) Ts os basi — ite vad Fic. 6.10 Isolamento dos nos para resolusao da trelica da Fig, 6.9. A) Né 1 -arbitrando, para calculo, sentidos Positives (tragdo); B) Né 1 - sentidas corretos obtidos ap6s o céleulo; C) No 2 -arbitrando, para calculo, sentidos ositivos (¢ragao); D) N63 - arbitrando, para célculo de Ns, sentido positivo (tracio) 133 6 —Taeuicas Isosraricas 14 N61: Ny G) DE, =0 +.Ngj+30+Ny cos a=0 (@) DFy=0:.40+Ns sena=0 Ny = -56,6kN (sentido contratio - compressio) N, = 10KN (traco) No2: @ UE 10+N2=0 (2) ZEy =0-.Nq-30=0 Np = 10KN (sentido OK ~ tracao) Nj = 30KN (sentido OK - tracao) N63: (2) ZR, =0-.-10-Ns cosc=0 @ Shy =0-.10+Ns sent N, = -14,3KN (entido contrério ~ compressao) Como os esforcos normais séo constantes (desnecesséria) 20 longo das barras, o diagrama dos esforgos nor- seajgysos) seimynysa ‘mais nas trelicas ideais deve ser fornecido conforme Fic. 6.11 Representacao dos esforcas rnormais em uma treliga ideal indicado na Fig.6.11. 6.5 Méropo De Maxwett-CREMONA (© método de Maxwell-Cremona nada mais é do que um processo grafico de resolugao das trelicas baseado no método do equilibrio dos nés. ‘A epresentacao grafica de um sistema de forgas em equilibrio forma um poligono fechado. Observar que na grafostatica as forgas tém que ser representadas em escala. Para que uma estrutura esteja em equilibrio todas as suas partes, devem também estar em equiltbrio. Assim sendo: Um né em equilibrio + todos os nés em equilfbrio—> a estrutura em equilibrio Os poligonos dos sistemas de forgas concorrentes em equilibrio, em cada né do exercicio anterior, sio representados na Fig. 6.12. ‘Observar: © 0 sentido de giro escolhido, horério no presente exercicio, tem que ser respeitado. © 0 tracado dos poligonos tem que iniciar sempre pelas forcas conhe- cidas. ‘Onamero de forcas desconhecidas, por né, nao pode exceder dois. ° © As forcas tém que ser representadas em escala. nas No 2 Se bd s Senso 10g ien, oso “fe «9 al fe aio iz a (+) ” al . ° Tot) any =, Fic. 6.12 Equilibrio dos nts representados Semido graficamente a hora (grafostdtica): cada ZnO forma um poligono a | ie { fechado \. = tee 30 of) {Xo F se No Seem cada né tem-se um poligono fechado, 0 tragado do poligono de forcas de toda a estrutura, também em equilibrio, sera fechado e dispen- sard repetigdes no tracado das forcas Assim sendo, baseando-se no estudo grafico do equilibrio de cada né da estrutura, 0 método de Maxwell-Cremona resolve a estrutura como “TRELigas IsostATicas um todo, reunindo os diversos poligonos de forgas em um tinico desenho ig. 6.138). Na aplicagao do método deve-se observar: ® myc 6 @ A notacio de Bow, conforme ilustrada na Fig. 6.13A, que consiste em identificar por meio de letras as regi es delimitadas pelas forcas externas (ativas e reativas) internas (normais N nas barras). Na Fig, 6.13 encon- tram-se indicadas 8 regides, identificadas com letras deAaH. e { 7 ho © Iniciar 0 tragado por um né no qual se tenha somente das forgas desconhecidas; " © Escolher um sentido de giro (horario ou anti-horario) ® F ‘que seré mantido ao longo de todo 0 tragado; © Iniciar sempre tracado pelas forcas conhecidas, obser- vando as diregoes ¢ os sentidos das forcas, obedecendo a emexala ‘sempre uma escala convenientemente escolhida; @ Identificar as forcas pelas letras das regides que ela FIG. 6.13 Equilibrio da estrutura Pe ae representado graficamente, método de ‘Maxwell-Cremona (grafostatica): A) plo ab se a forca delimita as regides Ae B). Notacao de Bow: B) Forcas normais nas Darras, em escala delimita, obedecendo o sentido de giro adotado (exer Na treliga do exercicio anterior, adotando o sen- tido horario como positivo, inicia-se 0 tragado do poligono spoqyisos| semjnuisa pelo apoio esquerdo. A forca vertical de 40KN (Fig. 6.13A) sera representada no poligono da Fig, 6.13B pela reta vertical f-c, pois delimita as regides F €.A. O sentido da forga ¢ debaixo (f) para cima (a). A partir do ponto a do poligono traga-se, em escala, a forca seguinte do né em questi: forca a-b (horizontal e sentido da esquerda para a direita). A partir do ponto b traca~ -se a ditecdo de b-g e a partir do ponto f (visando o fechamento do poligono de forcas do né 1) a diregio de g-f O tracado forma um poligono fechado, uma vez que o no esté em equilibrio. O ponto ge os sentidos das forgas bige g-f incognita, s4o facilmente identificados, tendo o né 1. como referéncia. © Cné seguinte a ser analisado deve ter, sempre, no maximo duas incég- nitas; © Quando todos os nés forem estudados 0 poligono de forgas da estru- tura em equilibrio seré fechado e todas as forcas em suas barras serio conhecidas. Vantagem dos métodos gréficos: Fornecem facilmente os esforsos normais em todasas barras permitindo uma visio global da estrutura e visualizando o equilibrio (poligono fechado). Desvantagem: A precisio depende do cuidado na elaboracao grafica Conclusao: Como advento e a ampla disponibilidade de equipamentos computacionais, esses métodos S20 pouco utilizados hoje em dia. 6.6 Metopo pas Secdes (MéTopo be RITTER) Seja a trelica representada na Fig. 6.14. Determinando-se inicialmente as reagbes de apoio: Hy =0, V,=75tfe Vo=75tf Fic. 6.14 Resolugto da trelica pelo método das segbes: consideragdes para a escolha da seco de Ritter S ay Escolhe-se a seguir uma secio S - Segao de Ritter - que inter- cepte trés barras nao paralelas e nem concorrentes. Sabe-se que as partes, a esquerda ou a direita de S, estao em equilibrio, Isolando-se uma delas (a mais simples), oefeito da outra parte da treligasobreaparteisolada 6considerado fy oo spapre W/O SB Cee C0nk nip itroduzindo-se os esforgos internos nas barras interceptadas na secao 5. | No caso das treligas as barras interceptadas estao somente submetidas a esforcos normais N. Os esforcos normais N nestas barras podem ser deter- tminados através das trés equagées de equilibria. Para a determinacao dos esforcos normais nas barras 8, 9 ¢ 10 da trelica, considera-se a seco de Ritter indicada. Para 0 equilibrio da parte a direita de $ (@ parte mais simples), conforme representada na Fig. 6.15, tem-se: @ Esforcos normais nas barras 8, 9 ¢ 10: » [sena=0,848 et = aso} Ng No coscr—Nyo =0 ,S—5-Ng senot =0 *, Np = 2,95 tf (sentido ok = tracio) IMs =0..+0,8Ng -5x1+7,5X2=0 Ng = ~12,5 tf (sentido contrario => compressio) *, Ni = #10,94 tf (sentido ok => tragic) Os esforcos normais nas barras 8, 9 € 10 sao: Ny Ng = 2,95 te Nyp= 10,94 tf. Propde-se a resolugdo do exercicio considerando o equilibrio da parte a esquerda da secao S. 6 —Tasuigas Isosraricas 12,5 tf, Observar: © Arbitrando-se todos 0s esforcos normais como de tragao, os sinais obtidos das equa~ ges de equilibrio conduzem a sinal positivo (+) => tragao sinal negativo (-) => compressto de acordo com a convengao de sinais dos cesforgos normais, © 0 método das secdes apresenta a vanta- gem de ndo transpor erros de uma parte da estrutura a outras, como ocorre com 0 meétodo do equiltbrio dos nos. © 0 método das segdes é particularmente itil jig, 6.45 gquiltbrio da parte. dreita da segdo de quando se deseja determinar os esforgos Ritter normais em algumas barras. seaqyysos| seumnasa © Tantas sesdes, quantas forem necessdrias, devem ser consideradas ‘quando se deseja determinar os esforcos normais em todas as barras. @ Na resolucio das trelicas, 0 mais conveniente é utilizar dois métodos: das segies e dos nés. Recomenda-se, entretanto, dar preferéncia ao méto- do das secées, utilizando o método dos nds somente pata conclusoes localizadas dos célculos. Fic. 6.16 Visualizacao do equilibrio dos és: A) N= 0;B) N, = +10 kN 6.7 Osservacdes Gerais SOBRE AS TRELIGAS ‘Observando-se o equilibrio de cada né (método dos nés), pode-se identificar, com facilidade, barras com esforcos nor- mais nulos, denominadas barvas inativas. Por exemplo, con- forme ilustrado na Fig. 6.16A, em nés sem forcas aplicadas fem que convergem trés barras, sendo duas barvas colinea-~ es, o esforco normal na barra nao colinear é nulo, ‘No caso representado na Fig. 6.16B, em que os angulos for- madbos pelas barras sao de 90°, mesmo que haja forca aplica~ daao né, o esforgo normal na barra nao colinear é facilmente obtido, tendo em vista o equilibrio na dire¢ao da barra nio colinear. No caso representado na figura: Nz = +10KN (sentido OK => tragao) . A sensibilidade de como variam os esforcos normais nos elementos de uma trelica (banzos e bielas) pode ser obtida através da analogia com as vigas (Fig. 6.17): Barzo comprimido Fic. 6.17 Analogia das treligas com as vigas 9 03 banzos comprimido e tracionado formam binarios (Ce T) que absorvem os momentos fletores (M = T : h) acarretando, portanto, esforcos normais crescentes em diresdo ao meio do vio, onde os ‘momentos fletores nas vigas sto maiores, ™ as bielas (elementos verticais ou inclinados) absorvem, com as componentes verticais, 05 esforcos cortantes acarretando portanto esforcos normais crescentes em direcao aos apoios, onde os esfor- 605 cortantes nas vigas sio maiores. As componentes horizontais das bielas inclinadas participam no equilibrio das forcas na direco horizontal. 6.8 TRELICAS Com CaRGAS FORA Dos Nos AAs trelicas com cargas fora dos nés sio resolvidas superpondo-se a solucio de uma treliga ideal equivalente com um ajuste localizado somente nas barras com carregamento, conforme ilustrado na Fig. 6.18. A trelica ideal equivalente é obtida determinando-se, para cada barra carregada, as forcas nodais equi- valentes ao carregamento aplicado na barra. Estas forcas serio aplicadas nos nés iniciais ¢ finais de cada barra que apresenta carregamento. Com a resolucao da trelica ideal equivalente obtém-se os esforcos normais N, constantes em todas as barras. Nas barras sem carregamento, os esforcos TReLICAS Loosraricas normais assim determinados constituem a resposta final. Porém, para as 6 barras que contém carregamento, sao necessarios ajustes localizados em cada barra carregada. Os esforcos internos (diagramas de N, Qe M) que solicitam as barras carregadas so, entao, determinados superpondo-se os esforcos normais constantes - obtidos das solucoes das treligas ideais equi- valentes - com os esforgos internos provenientes de um sistema de cargas constituido dos carregamentos aplicados a0 longo das barras + as cargas nodais equivalentes com sentidos contrarios 4s calculadas e aplicadas na treliga ideal equivalente (Fig. 6.18), ‘Austs locals nas Trelga idea barrascaragadas Solugio final Fic. 6.18 Principio da Superposicio: Sohicio Fin ‘Treliga ideal + Ajuste local nas barras com carregamentos Para a barra 7 da treliga anterior, a Fig, 6.19 indica, esquemati- camente, a determinagao dos diagramas dos esforcos internos N, Qe M. A Fig, 6.20 exemplifica a determinacao e representagio das cargas nodais equivalentes para alguns carregamentos tipicos. A, Nw A, wo Fic, 6.19 Ajuste localizado na barra 7 carregada: A) Substruturacio; B) Diagramas dos ESI — an a cequivalentes seaneysos| sesmjnuysg ‘Sumario dos Esforcos Internos em Trelicas com Cargas fora dos Nos © Barras Descarregadas: estao submetidas somente a eaforcos normais N, constantes e obtidos na solucao da trelica ideal equivalente © Barras Carregadas: os diageamas dos esforcos normais (caso este apre- sente variacao ao longo da barra), dos momentos fietores e dos esforcos cortantes s40 obtidos através de ajustes localizados nestas barras. Caso N seja constante basta indicar o seu valor e sinal. Exercicio 6.3 ‘Tracar os diagramas dos esforgos solicitantes da treliga da Fig, 6.21A. © Reacées de apoio: () 3E,=0-. Hy +H, =0 @ ZR Iy-5-5-2=0 2. V>=12tf (5) EM =0..-2Hy -2.25~5.2,5~5.5=0 +. Hy =—21,25tf “Hy =21,25¢f @ Esforcos normais nas barras (conforme esquemas representados na Fig. 6.22): Oe Fic, 6.21 A) Exemplo de treliga com cargas fora dos nés; B) Trelica ideal equivalente [sena.=0,371 Jcosce=0,929 £-=21,25+N, cosa.=0 £-12-Ny ~Ng senct=0 42,9 tf (tracao) £-21,25+Ny +Ng cost £.3,5+Ng senci=0 Nz =-1255 tf (compressao) N= -9,4 tf(compressao) Ng= 12,5 tf (compressio) Ns = +5,0 tf (tragdo) 112,5~Ny cosa= ~5+N,, sena=0 (desnecessaria) Nz = #13,5 tf (tragao) Now Nos t NOS ia © we wi a 2 2 Fic, 6.22 Esquema de equilibrio dos nos 6 — Treuicas IsostAricas se9)9¢}505) seamjnuisa (© Esforcos internos na barra com carregamento: Os diagramas dos ESI na barra 6 encontram-se representados na Fig. 6.234. © Esforcos solicitantes internos na trelica com cargas fora dos nds ~ resposta final: ‘A solugao final para os ESI na estrutura encontra-se representada na Fig. 6.238. Fic. 6.23 A) Ajuste local (substruturagao) e ESI na barra 6 carregada; B) BSI finais para a treliga com cargas fora dos nés 6.9 Treuicas Composras As trelicas compostas so formadas pela associagao de duas ou mais treligas simples (sistemas indeformaveis isostéticos) através de um ou mais sistemas de ligacao isostaticos, podendo ser classificadas por tipos I, IIe II. A Fig. 6.24 exemplifica a associacao de trelicas simples para a formagio de trelicas compostas do tipo I Estes sistemas isostaticos de ligagao das trelicas compostas do tipo I podem ser constituidos: © de trés barras simples nao paralelas nem concorrentes: trelica Ana Fig. 6.24 © deumné e uma barra nao concorrente com este n6:treliga B na Fig. 6.24 ® @ Fic, 6.24 Exemplos ? Y de treligas compostas 6.10 Metopo DE RESOLUGAO DAS TRELICAS Compostas ‘Treligas compostas Tipo | Determinar as reagées de apoio. Identificar elementos de ligacao. ‘Tracar seco de Ritter cortando os elementos de ligacao. Impor o equilibrio das partes. ye eRe Calculando-se os esforcos nos elementos de ligagao através de uma sesio de Ritter que os intercepte, o problema recai na resolucdo das trelicas simples que se encontram associadas. Importante © Verificar sea trelica é composta. © Identificar os elementos de ligagao a fim de determinar as forcas de ligagdo tornando assim possivel a decomposi¢ao das trelicas compostas nas treligas simples que a formam. Observar Se nao se reparar que se trata de uma trelica composta ao tentar resolvé-la ‘nao se conseguird chegar ao fim, pois se esbarra em nés com trés inc6g- nitas Seco de Ritter nos Elementos de Ligacao Alguns exemplos de identificasao das secdes de Ritter cortando sistemas de ligagao de trelicas compostas sdo apresentados na Fig, 6.25. 333 6 — Tatuicas Isosrricas 124 faras _guto-eaulbradas Fic. 6.25 Exemplos de segdes de Ritter em sistemas de ligagao de treligas compostas Exercicio 6.4 Determinar os esforgos internos nas barras 1, 2, 3 e 4 da trelica do tipo I da Fig. 6.26. © Reagées de apoio: () EE, =0 -. Hy =0 (2) EBy=0-.V, +V_-30-10-10=0 ». V,+V)=50kN (3) EMy =0-.~(80-3)~(10-2)~(10-4) + (V, -6)=0 +. Vp =25 KN Vy =25kN © Esforcos normais nas barras 1, 2 € 3 para a Seco de Ritter indicada na ue Fig, 6.27A e estabelecendo o equilibrio da parte da treliga abaixo de $ (ig. 6278), tem-se Ny =0 25+N;-10+25+N3 =0-.N, +N3 = -40kN 0.=(10%2) + (Ns X6)+(25%6)=0 £Ng = -21,7 KN (compressio) N, = -18,3 kN (compressao) © Esforgos internos na barra 4 (conforme esquemas Sean}s05] seaM}nIS3 representados na Fig. 6.28): senot sae { cosa= 21,7 -15-NgXcosc.=0 @) EB=0 -.Ng+Ngxsena=0 Ns = + 11,17 KN (tragao) Ny = -8,93 KN (compressio) Treligas Compostas Tipo II Classificam-se como treligas compostas do tipo II aque- 2m 2m 2m lag nas quais a substituicao de treligas secundérias por barras retas substitutas conduza a uma trelica simples, Fic. 6.26 Exemplo de trelica composta do tipo T conforme ilustrado na Fig, 6.29. 335 Fic. 6.27 A) Escolha da segio de Ritter 5; B) Equilibrio da parte abaixo des am. 7 Anon SEM ORE rmneounv0 @) ® y si " sim z hep £ ae 3 tia sin 13k i a7 z z \ Fic, 6.28.) Equilibrio ow ome don5;B)Acerto a ‘ene barra 4e diagramas fae ———_ dos ESI da Barra 4 No i \ / arae substitutes Telcassecundérias Fic. 6.29 Exemplos de treligas compostas do tipo II 226 Método de Resolugéo Identificar as treligas secundétias e substitut-las por barras retas. 2. Aplicar as cargas nodais equivalentes (dos carregamentos das treligas secundarias) nos nés iniciaise finais das barras retas substitutas. Resolver a treliga simples assim obtida. ‘ Fazer 0 ajuste nas trelicas secundérias de forma andloga as barras car- regadas das treligas com cargas fora dos nés (item 6.8). Exercicio 6.5 Determinar os esforgos internos nas barras 1 e 2 da treliga da Fig, 6.30. Substituindo as treligas secundarias por barras retas e redistribuindo o carregamento, ficaremos com a seguinte trelica equivalente (Fig. 6.31) Sobrepostas a treli¢a da Fig. 6.31 estao as treligas secundarias 1-5-8 e 8-10-11, carregadas como é mostrado na Fig. 6.32. Resolvendo as treli¢as mostradas nas Figs. 6.31 ¢ 6.32 (ebservando se tratar de uma estrutura simé- seonsos| semynasa trica com carregamento simétrico) e aplicando 0 principio da superposi¢ao, obtém-se 0 resultado final da trelica composta Resolugdo da trelica 1-9-1 (Fig. 6.31) i Fic. 6.31 Sub: das tral nda a Fe: SUSIE Eset nse Gg Nj_ocos30°+N,_, =0 (@) DBy =0:.2P +N; » xsen30' Ny_9 =~ 4P (compressao) 2 Ny.g=2P VG (tragio) Por simetria, conclui-se que: Near=Nig ¢ Nei=Nig E, por inspecdo, observa-se que: Ng-9=+4P © Resolucao das trelicas 1-5-8 e 8-10-11 (Fig. 6.32): N61: (@) DB, =0 -.Ny_5xcos30°+Ny.» (@) Sy =0..1,5P +N, xeen30° = 0 . Ny_g =—3P (compressio) 2. Nya =1,5P V3 (tracao) 437 © Aplicando o principio da superposicio nas barras 1 ¢ 2, chega-se a: a +Nyp =2P V3 +1,5P v3 = 3,5P V3 (tracdo) 1-9 +Ny-g =—4P-3P = ~7P (compresséo) ® 1» hse 1s P , P Fic, 6.32 Processo de anslise de treliga composta do tipo II Treligas Compostas Tipo III Sio treligas compostas com comportamento de viga Gerber, conforme iustrado na Fig, 6.33. Método de Resolucao 1. Identificar as treligas simples que encontram-se associadas, classificando- ‘as como com estabilidade propria (CEP) e sem estabilidade propria (SEP). 2. Resolveras treligas simples observando a sequéncia de resolucao, isto 6, 6 — Tasucas Isostaricas inicialmente as SEP e em seguida as CEP. SEPI CEP II { tT TOP Vill Fro, 6.33 Treliga composta tipo III com funcionamento de viga Gerber Sean sos] seanynsysy Fic. 6.34 Exemplo de trelica complexa Fic, 6.36 Trelica modificada correspondente ao carregamento 1 6.12 Treticas Comtexas Nao se enquadram em nenhuma das classificacdes anteriores sendo porém uma estrutura que satisfaz a condigao necessaria, mas nao suficiente, de isostati- Cidade (r+ b = 2)). A situagao de instabilidade devido 8 forma critica (nem sempre possivel de observar-se) ode ser detectada através do Método Henneberg, que €0 método de resolucao das trelicas complexas. Método de Resolugao O exercicio abaixo exemplifica 0 Método de Henneberg Exercicio 6.6 Determinar os esforgos internos nas barras 1,3 ¢4 da treliga da Fig. 6.35, ‘Apés a determinacao das forcas reativas verifica-se a impossibilidade de utilizagao dos Métodos dos Nés ou da Secdo de Ritter, estudados anteriormente. O Método de Henneberg consiste em substituir uma das barras da trelica complexa por uma outra barra, de forma a obter uma trelica estavel eque permita a utilizasio dos -métodos dos nés ou das sees. A telica escolhida, e representada na Fig, 6.36, foi obtida substituindo-se a barra 7 pela barra a, ligando os nds 52 Atrelica obtida deve entao ser resolvida, utilizando os Métodos dos Nos e/ou das Sesées, para os dois casos: Ocarregamento 1 dado, conformeindicado na Fig, 6.36 € cujos esforcos normais sero denominados de N’,¢ O carregamento 2, consistindo de duas forsas unit las, com sentidos opostos, aplicadas nosnés inicial 16 final 4, na diego da barra 7 removida (ver Fig, 6.37A). Os esforcos normais deste carregamento serio deno- minados den’ Solucao do carregamento 1 dado (Fig, 6.36) No1: @) EB =0 -.N'c087°20'=0 @) YR =0-.N', +500 + N’y sen 7920" = 9 Njeo Nj=-500 kN (compressao) N63: (2) EE, =0 «, N'ycos30° +N’; cos 42°=0 (2) DFy =0-. 500 + N'g sen 30°- N's sen 42° = 0 Nj=~391 KN ompressao) Nj= +455 KN (tracio) © Solugio do carregamento 2 (Fig, 6.36A): N61: Ga) DR =O. 1 x cos 42° + n'y x cos 7°20" = 0 () DE =0-.n'y +1 X sen 42° + n'y x sen 7°20" 1n}=~ 0,749 KN (compressio) j= ~0,574 KN (compresséo) N63: (@) DE, =0 -. n'g cos30°+n', cos42°=0 (2) DBy =0-. 0,574 + n’g sen 30°—n'y sen 42° ~0,448 KN (compressic) nj= +0,522 KN (tracao) © Senjé o normal na barra a para o carregamento 2 e se ao invés das for- as unitérias nos nés 1 e 4, estas valerem X (carregamento 3), conforme indicado na Fig, 6.37B, o principio da superposi¢ao permite escrever os esforgos nas barras como : nX Fi. 6.37 A) Carregamento 2 esforyos n); B) Carregamento 3 339 6 — Treuigas IsostAricas seagpysos| seinjnnsa Aplicando novamente o principio da superposicio vé-se que a equagéo NieniX =0 fornece o valor de X que, quando superposto ao carregamento 1 dado, anula ‘onormal na barra a adicionada. Como a barra a é, na verdade; inexistente, ovalor de X calculado é 0 valor do normal na barra 7 removida. © valor deX obtido por ser utilizado para determinagio dos esforgos normais em todas as demais barras. © Calculando-se os esforgos internos na “barra substituta’ (barra a), chega-se ao valor de X: -0,87 Xe- = +953 ¥0,915 © Utilizando-se o valor de X, pode-se completar a tabela abaixo para obtengao dos valores reais dos esforcos internos nas barras 1, 34: x 574-547 047, +455 40522 +497 _——+952 391 427 8 -873 4873 O procedimento utilizado na analise das estru turas reticulares espaciais éandlogo ao utilizado para estruturas reticulares planas. Para 0 caso ‘mais geral das estruturas espaciais (porticos, espactais) tem-se: © Deslocamentos: 5,,,,5,,6,,6, 6, © Forsas: B,8,.8,.M,M, eM, © Esforgos Internos (Fig. 7.1): N, Qy Qu T, M,eM, © Equacées do Equilibro Estatico: =M, O estudo das estruturas reticulares espaciais sera feito na seguinte ordem: trelicas espaciais, grelhas, estruturas planas com carre- gamento qualquer, finalizando com 0 caso mais, geral que € 0 dos pérticos espaciais. Fria. 74 Bsforcos solicitantes internos em pérticos espaciais: N, Q, Qu T, M, eM, ESTRUTURAS ISOSTATICAS NO ESPACO Fic. 7.2 Telia espacial as hastes 1, 2€ ‘3 ndo esto no mesmo plano > 7-1. TRELICAS ESPACIAIS ‘Assim como as treligas planas, as trelicas espaciais so estruturas const tuidas de barras ou elementos, com orlentagées qualquer, interconectadas por nés rotulados, conforme ilustrado na Fig. 7.2. Assim sendo, no caso das trelicas espaciais ideais todos os elementos estio subme- tidos somente a esforgos normais N. No caso das trelicas espaciais com cargas fora dos nés, os diagramas dos esfor- cos normais N (quando variavel), dos esforcos cortantes € dos momentos fietores ~ nas barras submetidas a carrega- mento ~ devem ser adicionalmente obtidos. ‘As treligas espaciais sao analisadas de forma anéloga as treligas planas, sendo que no espaco 0 equilibrio dos nés deve satisfazer as trés seguintes equagdes: TR=0 XE =0 2! 7a. Verificacao da estaticidade Na andlise da estaticidade de uma trelica espacial, assim como em qualquer outra estrutura, além da verificagao da estabilidade o mimero total de incégnitas a determinar deve ser comparado com o niimero de equacdes diaponiveis. O nimero total de incégnitas a determinar é: Rigg +B Sendo r-ontimero de reagées de apoio (incégnitas externas), € 1b —onfimero de barras que compéem a trelica, que é igual ao mimero de esforcos normais N (incégnitas internas). ‘Como cada né de uma treliga, sobre o qual agem somente forsas concentradas, deve estar em equilibrio, sendo no ntimero de equagdes de equilibrio disponiveis por né (treliga espacialn =3)e j-oniimero de nés fo mimero total de equacdes disponiveis para a resolugao de uma treliga é Tyg 5 Na andlise da estabilidade e da estaticidade global de uma treliga espacial tem-se Tae. 7:1 Estabilidade c estaticidade de trelicas espaciais COMPARACAO ENTRE fing € eq ESTABILIDADE _ ESTATICIDADE rab <3} & sempre instavel_treligas hipostaticas re b=3) establlidade _ treligasisostaticas rab>3j “restabilidade __teligas hiperestaticas 43 7.1.2. Lei de formacao das trelicas simples espaciais Aleideformacaobasica das trelicas espaciais simples encon- tra-se representada graficamente na Fig, 7.3. Observar que esta regra refere-se a barras que nao pertencem ao mesmo plano, Bstabelece que: se a qualquer trelica basica isostatica (sistema indeformavel isostético) acrescenta-se um né (trés equagdes) € interliga-se este né a trés nds indeslocaveis entre si através de trés novas barras (trés incégnitas), a nova estrutura continua a ser uma trelica isostatica espa- cial simples. Este procedimento pode ser repetido intimeras, vezes ¢ segundo a imaginacéo do projetista. Os nds indes- locéveis podem ser nés de apoio ou os nés inicial e final de ‘uma barra jé existente da treliga 7.2.3 Resolugao das treligas simples espaciais ‘Método dos nds Analogamente a resolugio das trelicas planas, este méto- do consiste em estabelecer 0 equilibrio em todos os nés da — Estrururas Isostanicas no Espagor estrutura baseando-se na premissa de que, se a estrutura _representadas nao esto no mesmo plano como um todo esta em equilibria, entao, todos os nds esto também em equilibrio. Em um né de treliga os elementos que nele convergem introdu- zem somente forcas concentradas, formando portanto um sistema de forcas convergentes e consequentemente incapaz degerar momentos. Assim sendo, em cada né sao trés as equacdes de equilibrio dispontveis: EE,=0 3B =0 EE =0 Em cada né da treliga espacial, o ntimero maximo de incégnitas a serem determinadas é trés. Na resolucao das treligas espaciais, pelo método do equilibrio dos nds, deve-se: © determinar as reagées de apoio; © iniciar a determinacéo dos esforcos normais nas barras a partir de um, 1n6 que apresente no maximo trés forcas desconhecidas (em geral, nés dos apoios); © prosseguir estabelecendo o equilibrio de outros nés onde todas as forcas, a menos de trés, tenham sido anteriormente determinadas. 334 Observar: © A determinacao dos esforcos normais em algumas barras exige 0 célculo prévio dos esforgos em outras barras. O método dos nds apresenta 0 inconveniente de transmitir erros de um né para o seguinte © Quando o objetivo é a determinagao dos esforcos normais em apenas alguns elementos recomenda-se a utilizacao do método das segées. (Os métodos dos nés e das sesdes podem, e devem, ser usados intercalados. Os esforcos normais N podem ser determinados analiti- camente, através das equacées de equilibrio, ou graficamente através da Grafostatica. Exercicio 7.1 Resolver a trelica simples espacial da Fig. 74 © Este sistema tem a forma de um cubo. Nos vértices 1 e 7 so aplicadas duas forcas P, iguais e opostas, que agem ao longo da diagonal 1-7 (linha tracejada na Fig. 7.4), formando um sistema autoequilibrado. seaqysos| seinjnnsg Fic. 724 Trelia simples espacial (Bxerccio 71) Fro. 75 Identificardo dos nés e das barras © Equilibrio do n6 1 (Fig. 76): Sendo a. = $4,7°, as equacbes de equilibrio fornecem: @ EE =0-.N, ~osise “2 577 B BP. a @ ER, =0 +. No= ~Peosa= (3) BE, =0 «Ny = 0,572 Por analogia, conclui-se que: Ng ~ Na, Np = Nye Nu=Np Fic. 7.6 Anilise do né 1 335 @ Equilibrio do né 8 (Rig. 7:7): 3 8 _os77P G) DB, =0 2, Nyg cos 45°-0,577P = 0 (ey Vase ND : ae o Nyg = 0,816P (tracao) i. -. Ng = 0 (barra inativa) Neo “Naa 0pt6Psen 45° = 0 tes Nyz = —0,577P (compressio) Fic. 7.7 Analise do n6 8 © Novamente por analogia, conclui-se que: Nig = Nag (tracao) VBP _ Nyo =Ni=—~— (compressio) @ Equilibrio do né 4 (Big. 7.8): @) SE, =0 Ny 4M 2. Ng =0,669P V3P_V6P erie uar isu > (3) LE, =0- Bony sen 45°=0 :. Nyy = 0,816P (tragao) © Donde se conclui que: =0,816P (tragao) 7 — EsrnuTURas IsOstATICAS no EsPago 2 a. { at g © Equilibrio doné 5 (Fig. 7.9): = Ns) .. Nig = ~P (compressio) Fic. 79 Andlise do n6 § 7.1.4 Classificagao das trelicas espaciais ‘As treligas espaciais, de forma anéloga as trelicas planas, sio classificadas quanto a lei de formacio, em: simples, compostas e complexas. 7.2 GRELHAS [As grelhas so estruturas planas submetidas a carregamentos que atuam perpendicularmente ao plano da estrutura. As grelhas isostticas sao classi- ficadas quanto as condicées de apoio em: © grolhas engastadas elivres, € © grelhas triapoiadas. Para a grelha engastada e livre representada na Fig, 7.10, consi- derando o sistema global X-¥-Z indicado, tem-se: © Carregamento Ativo (perpendicular ao plano 2): Fy, Mx e Mz © Diregdes de deslocamentos associados: Dy, 0, © 0 236 © Equacdes de equilibrio: EFy = 0, UMx=0eEMz=0 @ Reagdes de Apoio: Ry1, Mx, e Mar Fic, 7:10 Grelha engastada e livre A anilise dos esforcos solicitantes internos em cada elemento feita utilizando-se os eixos locais x-y-z, surgindo, portanto: © Esforgos Cortantes: Q, = Q y © Momentos Torsores: T { © Momentos Fletores: M, = M Os sinais destes esforcos internos Q, T, « M seguem a convengao de sinais (Quadro 3.1) sendo os seus seangisos| seinjnuysa sentidos positives representados na Fig. 711 ‘As reacées de apoio nas grelhas isostaticas tém que impedir os deslocamentos: Fic. 741 ESI nas grelhas T,QeMcom © Lineares em ¥-global: Dy ‘seus sentidos positivos @ Angulares em torno de X-global: 8, i ‘© Angulares em torno de Z-global: 0 Embora as demais diregdes de deslocamentos generalizados Dx, Dz e6yndo sejam de interesse na anilise das grelhas, o equilibrio nestas diredes deve estar assegurado. No caso da-grelha engastada e livre, conforme representada na Eig. 712, 0 equilibrio ¢ atingido através das reaces de apoio Ryy, Myx € Maa que surgem no engaste (n6 1). 712 Reagdes de apoio em grelhas engastadas e livres Mra, Mos e Rea 337 No caso da gretha triapoiada, conforme representada na Pig. 7.13, ‘ equilibrio é atingido por meio das reagdes de apoio Rys, Ryg ¢ Rys que sur- gem nos trés apoios verticais. Observar que os trés apoios nao podem ser colineares, pois nesta situagao a estrutura estaria livre a rota¢ao em torno do eixo formado pelos apoios. Fic. 7.13 Reagdes de apoio em grelhas triapoiadas Ryy, Rys ¢ Rys Bixos locais (x-y-z) em elementos unidimerisionais oureticulares: © cixo x coincide com o eixo da barra ou elemento € 0 sentido positivo vai do né inicial para o n6 fin © cixo y — idealmente vertical (Q e M iguais aos das vigas) observador deve se colocar a frente da barra, tendo a esquerda o né inicial ea direita 0 n6 final, conforme — EsTRUTURAS IsosTATICAS No Eseaco 7 oa : ilustrado na Fig. 714. o Exercicio 7.2 ‘Tracar as linhas de estado da grelha da Fig. 7.15, Fic. 7.14 Posi¢io do observador: le. ReagBds de apoto! ‘n6inicial 1 en final 2 DPy=0.. Ry =11tf EM #0. My =2x84+3x3x1,5-1=18,5 tfim EMz=0 2. My =2% 249% 2=22 thm © Esforcos internos: No caso da grelha os esforgos internos a serem determinados sdo Q, T € M. Como em qualquer estru- tura, estes esforcos internos sio referenciados aos eixos locais. Para o tracado dos seus diagramas os EST devem ser calculados em todas as segdes-chave, néo esquecendo também os possiveis pontos onde ocorram momentos Fic. 715 Grelha engastada e livre seagpisosy senna Secies-chave: 1, 2", 2 e 3. Os ESI nestas segées podem ser determinados considerando-se a a¢ao do sistema de forcas & esquerda ou a aco do sistema de forcas a direita, esco- Ihendo-se sempre o mais simples. Por ser uma grelha com bordo livre os esforgos internos podem ser obtidos independentes da determinagao prévia das reagées de apoio, Acsubstriituracio das barras 1 2 pode ser observada na Fig, 7.16A. (Os diagramas dos esforcos internos das estruturas espaciais devem ser representados espacialmente, conforme indicado na Fig, 7.16B, om @ tm © Fic. 716 Grelha howe A) Isolando as an barras Le 2; aim @plicado B) Diagramas paneer Observar: Aorientacio dos eixos locais Quando, numa grelha, o angulo entre dois elementos que se conectam, em um né for 90°, e nao havendo momento concentrado aplicado neste 1né, 0 valor numérico, em médulo, do momento torsor em uma das barras sera igual ao do momento fletor na outra. Quando os angulos entre as barras sio diferentes de 90° os esforcos internos sio obtidos através de decomposigao. Exercicio 7.3 Resolva a geelha triapoiada da Fig.7.17. © Reacdes de apoio: Tey =0 +. V, +V5+V5=5,83tf Mx =0 1 3x1-2x V3 +2,83%1=0 -. Vp=2,91 tf DMz=0 2. -3x1-2+4«V3-2,83%7+8xV5=0 -. V5= 1,64 tf Wyo d,27 tf © Sedes-chave: 1, A, 2°, 24, B, 3°, 34, 48, 44, 5 e qualquer posigao de Q = 0 que esta associada Mins 339 Fic. 7:17 Grelha triapoiada: A) vista isométrica; B) em planta 2m © Esforcos internos: sero calculados em todas as secbes-chave, segundo os eixos locais de cada barra, considerando, em cada se¢ao, o sistema de forcas a esquerda on a direita (escolhendo sempre o mais simples). A Fig. 7.18 apresenta a subestruturacao das barras 1 a 4. Lembrar qual- quer posigao de Q = 0 (Moxie) 7 — EstnuTuRAs Igostanicas No Espaco. Fic. 7.18 Grelha triapoiada ee beet subestruturagio r Y * tf o | My Ne HEIs ax, : 2 = ‘s © 8 gw > uf : we of NE Aan” 8 * aaetion Bare ® 7 1 iG ous ~ a — ve 1m oS 65 fs SS ino6s dabara Baan us| 340 © Diagramas dos esforcos internos: os diagramas ei dos esforcos internos encontram-se repre- sentados na Fig. 719. 7-3. EstRUTURA PLANA SUBMETIDA. ‘A CARREGAMENTO QUALQUER ‘A aplicagao do Principio da Superposicao a uma estrutura plana submetida a carrega- ‘mento qualquer permite a decomposigao do problema em dois anteriormente estudados: pértico plano e gretha. Conforme esquemati- camente representado na Fig, 7.20, asolucio total é obtida superpondo-se: (ize © A Solugio de Pértico Plano: considerando a 026 estrutura submetida somente aos carrega~ ‘mentos contidos no plano da estrutura, com vm © A Solugdo de Gretha: considerando a estrutu- seaqpisos, seimynns3 ra submetida somente aos carregamentos Fic. 749 Diagramas dos esforgos intermos da gretha que atuam perpendicularmente ao plano triapoiada da estrutura. @ Solio tote Solugio de solugao N00, 4 partie plano degree 5 My mn (N,Q, M) F (eT) Fic. 7.20 Estruturas planas submetidas a carregamento qualquer 7.4 Porticos Espacials IsostAricos portico espacial representa o tipo mais geral das estruturas reticulares, podendo-se considerar todas as anteriormente estudadas (viga, pértico plano, treligas planas e espaciais ¢ grelhas) como casos particulares do portico espacial. Para os pérticos espaciais tem-se: aan Deslocamentos: By, y.Dy.6q.4, ¢6, Forcas: Fy, F,, E,.M,,M, eM, Esforcos Internos: N, Qy, Q., 7, M,e M, Equagées do Equilibro Estatico: ZR =0 IM, =0 EM, =0 LE =0 =M,=0 Na pratica, a resolugio das estruturas ¢ feita, ‘em geral, por meio de métodos automaticos instalados fem computadores. Para a capacitario dos engenheiros, 20 uso destes programas de anélise estrutural é fun- damental um sélido conhecimento dos fundamentos tedricos envolvidos, uma perfeita compreensio de como se comportam os diversos elementos que compdem as estruturas ede como se distribuem os esforcos solicitan- tes internos ao longo destes elementos. Esta importante e fundamental base te6rica, que habilitard o engenheiro a um uso consciente e responsavel dos programas de Esraururas Isostéticas no Espaco anéliseestrutural, éadquirida na faculdade: s6se aprende a fazer fazendo, Com este objetivo serd resolvido 0 portico 7 ‘espacial indicado na Fig, 7.22 e denominado pértico ad fo engastado e livre. © Bquagbes de Equilibrio: A ER=0 =M,=0 V ZR =0 =M, =0 Tor Reagées de apoio (eixo global): Rua Ryn Rar Maa.Myse Meza ixos locais): N, Qy Qe, T, Fic. 7.22 Pértico espacial DE,=0 =M,=0 a Esforgos nas secSes MyeM, Exercicio 7.4 Determinar as reagées de apoio e as linhas de estado do pértico espacial da Fig. 7.22. © Reacdes de apoio: (eixo global) Ry=-3t Ry =-2t Ry ate 16 tim; M,. ‘As reagdes de apoio encontram-se representadas na Fig, 7.22. My =20tfm; My © Esforcas internos: 349 Iniciando a andlise a partir da barra 3 (analogamente & determinacio dos ESI em balancos) e fazendo uso da substruturacao, os ESI nas barras 3,2 ig. 7.23) €1 (Fig. 7.24) sio obtidos. ® OTN 1. ie hs | mim | Fo. 723 Prtc espacial A) BSI na barra B)eSinabare? ee if DN DOA BQEA Term OM, (tf) Ment | i J Fy | y / 4 / / rr | | : y a Kh z roca Fic. 7.24 Portico ‘espacial: ESI na barra 1 TATICAS 8.1 ConceiTo As Linhas de Influéncia (L1) representam grafi- ‘camente os efeitos Es —acées (M, Q,N, TouR) ou deslocamentos lineares (D) ou angulares (0)—em uma dada segao §, devidos a uma carga unitaria (@ =) movendo-2e ao longo de uma estrutura Ew nce LBs= "2 => £9)= BES a | quando? =1 importante observar a diferenga entre os conceitos de Linha de Estado e Linha de Influéncia. Por exemplo, na andlise dos ‘momentos fletores atuantes na viga da Fig. 8.1, tem-se: @®s ® a mae ot eee wets a 7 oo foe Teg liye LUnha de inutncia de Ms © Pot -+move a tsempla de Momentos eres 7 Linde todo eM Pqualquer— fora Ms = ee =P é moval e 5 & xa > Linha de inna de My, LINHAS DE INFLUENCIA DE ESTRUTURAS ISos liam M, >it z= Pode Sj-aus sePéfcaeSémével->Linhadeestadodem Mis? momentofletorem 5 (fet) para uma carga Uunitéria P= aplcada em B (suse) Fic. 8.1 Diferenca entre Linhas de Estado ¢ Linhas de Influéncia 7 244 © Na Fig, 8.18, a Linha de Estado de Momentos Fletores fornece, para a forca P fixa em B, os momentos fletores em qualquer secao S, situada numa posisao x ao longo da peca (S é mével). @ Na Fig. 8.1C, a Linha de Influéncia de Momentos Fletores na: secao fixa S fornece, numa determinada posicao x, o momento fletot que surge em S quando a forca P (=1) unitaria se encontra na posicao x (P é mével). Para este exemplo, a Tab. 8.1 fornece os valores literais da linha de estado e da linha dos momentos fletores Tas. 8.4 Valores dos Momentos Fletores LINHA DE ESTADO LINHA DE INFLUENCIA P—>fixa_S—> mével 5 fixaP—> movel Posigdo da segio x da secto DMF |PosigiodeP=1__xde P= UM zg A o ° A o ut z 8 a ° 8 a a g é = c bos c bas 0 s ite S by te -¢ D Birk 0 D Bree 0 } fae E fa #04 bp ° E bay +04 Eka ee 8.2 TRACADO DAS LINHAS DE INFLUENCIA Fungao Para o tragado da funcao n(x), que expressa o efeito Es em uma dada seco $ para uma forca unitéria mével, deve-se obter as ordenadas em um nimero conveniente de posigdes x da forca. © Nas estruturas isostaticas as linhas de influéncia sio sempre retas, bastando, para o seu tracado, Seco Snacesruturs cer que sejam determinadas as ordenadas da fungio 5 n(x) em algumas segdes-chave das LI. A Fig. 8.2 = fornece exemplos de secées-chave das LIES de TDP Tin ‘uma viga Gerber em duas situages: na primeira, S localiza-se numa parte da estrutura com esta- s bilidade propria (CEP); na segunda, Sse encontra ert eee at ‘num trecho sem estabilidade propria (SEP). la 7 ta © Nas estruturas hiperestéticas as LI sido cur- Fic, 8.2 Secdes-chave para as Linhas de Influéncia vvas e para os seus tracados deve-se determinar as ordenadas das fungdes 1(2) em um néimero conveniente de secdes igualmente espagadas, conforme exemplificado na Fig. 8.3. 12.34.56 7 BQ 10111213 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23:24 25 26:7 Fic. 8.3 Seges igualmente espacadas, Sinais (0s valores positivos das LI serio sempre marcados abaixo do eixo e valores negativos acima do eixo da estrutura (¢ixo x). Unidades ‘A ‘Tab 8.2 indica as unidades das LIEs, com base na Anélise Dimensional, onde as letras F, L, T e M representam unidades de forca, comprimento, ‘tempo e massa, respectivamente. Tao. 8.2 Es=P- Lies Forga—F (N, kN, kaf, tf, etc.) Feito Es _Unidade de Es Unidade de P _Unidade de LIES _ Comprimento—L (m, cm, mm, ete.) R F ‘Adim Q eee ‘Adin. Rotacao ~ red N F ‘Adi. ™ FL L fF ————— dimensional - Adim. T FL L Desoc. L UF Coeficientes de flexibilidade no Rotacio ml rad/E Método das Forcas: deslocamentos que surgem em § para uma forca unitaria em i 8.3, MéToD0s Para OsTENCAO pas LI DAS ESTRUTURAS IsosTariCAS ‘As LI das estrutucas isostaticas podem ser obtidas por meio de métodos: © analiticos > LIEs = n(%) (© grafico (método das deformadas verticais) 83.1 Método Analitico Para a determinacio das funcdes que expressam as LIEs devemos observar as duas situagoes basicas: © Pantes da sesa0$ © depois da secio S 345 {8 — Linnas DF IneLuenciA Df EstRUTURAS IsosTAnicas a6 Levando também em consideragao aspectos relacionados as secbes-chave, Exercicio 8.1 Determinar 2 LIQ, da viga biapoiada pelo" Método Analitico (Fig. 8.4) © Para P antes de S (Fig. 8.5) Nesta situacaoP encontra-se situadana regio 0s x sa, ea fungio que expressa LIQ, nesta regito é obtida por meio da funcao que expressa os esforgos cor- tantes no trecho Il > pois é o trecho Il que contém S. Notrechol: g = 2 (9) Fic. 8.5 Forca unitaria P antes de $ g © Para P depois de S (Fig. 8.6) = ‘Nesta situacdo P encontra-se situadana regio q a pols 6 trecho Il que contéra S. P¢-x) Fic, 8.6 Forca unitéria P depois de S ee & Obtencio de LIQs—> P=1 @ Para P= lantesdeS:0 LIQ,=0 LQ, je, = -2 @ \x=a > UIQ,=-2 @ Para P~ 1 depois deS: asx 1 x) |x=a > 11Q, - > LQ, LIQ, @ LIQ, ‘Obs. descontinuidade de um valor unitario em S paralelismo das retas = por semelhanga de triangulos: 2 a b £2, Fi. 8.7 Linha de infuencia de cortante em $ 147 Exercicio 8.2 © Determinar a LIM, da viga da Fig, 8.8 pelo Método Analitico. Fic. 8.8 Viga biapolada com balancos laterais © Para Pantes de §, tem-se duas situagées: #05 x5 by: (Fig. 89) 1 rs if pf} __ wae op w v Fic. 8.9 Forca unitéria P no trecho em balanco (antes de S) Linas BE INFLUENCIA 5& EstaUTURAS IsostACAS Como $ est no trecho III, tem-se (1-2 UIMg = ~ (643 x) +S? # Sx 5 ota Fig. 8.10) 0 N Fic. 8.10 Forca unitaria P no vao entre apoios (antes de 5) Como $ est no trecho III, tem-se: 4 f=: fest-aa x=fy, > LIMg LIMs = (61 +2-x) b x=tpta 2 LIMg = ° © Para P depois de S, tem-se também duas situagbes: Bye ras Slag +O (Fig. 8.11) seagpisosi seamyusa 348 Fic. 8.11 Forca unitéria P k t t 1 no vao entre apoios (depois 1 " uw eS) Como $ esta no trecho Il, tem-se: (Gor +f—x)a |x £ yy ta——>-UIMg -2 LIMs = x=fy,+£ 3 LIMs =0 th Osc Oo OF Oy (Fig 8:12) Fic. 8.12 Forga unitéria P no + qe ‘trecho em balango (depois ' 0 wow des) Como $ est no trecho II, tem-se: x=lp, + — LIMs =0 (entor=ea fA" ig LIMs t x=tpit!+ly2 > LIMg boa t ‘linha de influéncia de momento fletor em S é indicada na Fig. 8.13, Fic. 8.13 Linha de influéncia de momento fletor em S 8.3.2 Método das Deformadas Verticais Este método é bem mais expedito que 0 Método Analitico. Baseia-se no Principio de Maller-Breslau, 0 qual estabelece: “Bm qualquer estrutura (isostética ou hiperestatica) as ordenadas da Linha de Influéncia de qualquer aco, em dada seco S, sao iguais aquelas da Linha Deformada obtida liderando-se, em 5, 0 vinculo correspondente aco e impondo-se um deslocamento unitério, associado a esta ago, na secao S?” Este principio pode ser comprovado através da Lei de Betti: “O trabalho virtual externo realizado pelo sistema de forcas (P)) da estrutura inicial, considerando-se os deslocamentos (Di) da estrutura com o vinculo liberado, ¢ igual ao trabalho virtual externo realizado pelo sistema de forcas da estrutura com o vinculo liberado (F), considerando-se os deslocamentos da estrutura inicial(Dj).” EPDy = ERD Para a estrutura dada no exemplo abaixo: Py -Ra-l = F-0 Estrutura dada Estrutura inicial Est. vinculo liberado Determinar LIRs RA indicado A= 1 (sentido ~ Ra) ° ¥ te Leide Betti ZPDy= ERD, Forgas—P, Forgas ~F, Py-Ryl=FxO Deslocamentos ~ Dip Deslocamentos ~ Dy onde: Observacées importantes Validas sempre PeR,>P, nel>Dy Qu (F = 0+ estruturas isostaticas e F = 0 estruturas hiperestaticas) 0>Dp (Dy sempre nulo) FOR Explicagao ‘A liberacao de qualquer vinculo em estruturas isostaticas 8.14) as ‘transforma em mecanismos sendo, portanto, retas as suas linhas deforma- das e nula a forca F necessdria para impor a elas 0 deslocamento Dye Estruturas hiperestaticas submetidas a liberasao de vinculo (mantendo a estabilidade) nao se transformam em mecanismos sendo, portanto, curvas as suas linhas deformadas e diferente de zero a forca F necessaria para impor a elas 0 deslocamento Dir 8.4 LINHAS DE INFLUENCIA DE REAGOES DE APOIO ‘As Figs. 8.14 a 8.16 ilustram a sequéncia para obtengao da linha de influéncia da reagio de apoio em A: @ Libera-se em S, ou seja, em A, 0 vinculo associado a Ra, indicando-se esta forca R, com sentido positivo (Fig. 8.15). 249 Linas b€ INALUENCIA DE EsTRUTURAS IsosTATICAS 8 seoqyjsosi seunjnasy 350 © A deformada vertical que define a LIR, é obtida impondo-se um deslo- camento unitério associado ao vinculo liberado Ry, em sentido oposto Aquele indicado (Fig 8.16) © Geometricamente obtemos: 1 _ e aise ky a ® f. Por apace % ae Fic. 8.15 Liberacio em Sdo Fic. 8.16 Linha de Fic, 8.14 Viga biapoiada vinculo associado Ry influencia de Ry Exemplos de LIR uty ue, un, In rita ° Acaeeecaet tecaaeD f F z T = me BAe oy Tia a tae lee Fic. 8.17 Exemplos de LIR 8.5 LINHAS DE INFLUENCIA DE CoRTANTE Para o tragado da LIQ, da viga da Fig. 8.18: © Libera-se em $ 0 vinculo associado ao Q indicando-se 08 esforcos internos correspondentes, com os sentidos positives (Fig, 8.18). © Aplicando-se em $ um deslocamento relative unitério a0 Bt8 Sentidns positives de, associado ao vinculo liberado e em sentidos opostos aos ua, esforgos internos correspondentes obtém-sea deforma —=}s da que define a LIQ, (Fig, 8.19). Observar que: eye Sa ar Fic. 8.19 Deformada que define allinha de influéncia de cortante em $ Acsquerda des Adireita des:+ < a5 © De forma bastante simples as demais ordenadas podem ser obtidas geo- metricamente. Exemplos de LIQ wai os ws, . 2 Fic, 8.20 Exemplos de Lid tlt > Se 8.6 LINHAS DE INFLUENCIA DE MomeNTos FLETORES Fic. 8.21 Viga biapoiada Para o tragado da LIMs da viga da Fig 8.21: © Libera-se em So vinculo associado a M, 0 que corresponde a introduzir 8 — Linaas bE IneLUENCIA DE EstaUTURAS ISOsTATICAS ‘uma rétula em S. Indicam-se, em S, 08 esforsos intermos associados a0 vinculo liberado M, com os sentidos positivos (Fig, 8.22). om Fic. 8.22 Introducio de uma ratula em Se sentidos Ta positivos de M © Aplicando-se em S um deslocamento relativo unitério associado ao vin- culo liberado, ou seja, rotacdo @ = 1, tal que @ = o° + ot e sendo os sentidos de * e # respectivamente opostos aos esforgos internos cor~ respondentes M* e Mi, obtém-se a deformada vertical que define LIMs (Fig, 8.23). Fic, 8.23 Sentidas de giro « deformada vertical que - define aLIMs © Ovalor de n, pode ser obtido geometricamente: Gg +gtat @ Ms = ag" = @ emt): 9! arb f seonysos| seimjrsasg 352 © O tracado da LIMs pode ser observado na Fig, 8.24. uns Fic. 8.24 Linha de momentos Aletores em $ Unidade de LIM; —> comprimento Exemplos de LIMs UM, os T @ (catve) atic} Fic. 8.25 Linha de influéncia de momento reativo em A + gtar um, s - Loic po endacdib. gag t m Age ae ot "SS eb a “ na _ Ms. = Df ae fa |b a+b Fic. 8.26 Linha de influéncia de momento np = 242 fletorem S atb sisi A B c 1D E eee Cy ae obicd gaye dl ae x ng= een gang = gs Wi (2+3)=1 = 2 & el 1 e+d las cd $ a= j8lé > ae edi ad aa Te. Ms % 4 Fe. 8.27 Linha de inlugncla de momento thn fletorem ng = 453 8.7 Vicas GerBer Nas Vigas Gerber (estruturas isostticas associadas), para 0 tracado das LIEs deve-se observar as seguintes situacoes: © A socio S pertence a uma parte da estrutura sem estabilidade propria (SEP). Neste caso, as ordenadas das linhas de influencia em S (LIEs) 56 serio diferentes de zero na propria estrutura SEP onde se encontra S e em ‘qualquer estrutura SEP cuja estabilidade dela dependa. As ordenadas das LIE, nas estruturas CEP, neste caso, sto nulas. A Fig, 8.28 apresenta exemplos. sons oa 8 Mam ta 3 x HE Z 2 cepa tii tiie 5 PP — § 12, 5 4 ° = 2 fa e LIM 2 ST Fro. 8.28 L1Qs, ¢ LIMs, em vigas 7D Gerber: S, eS, em estruturas SEP 8 @ A seco S pertence a uma parte da estrutura com estabilidade propria (CEP), Neste caso, as ordenadas das LIE assumirdo valores ndo nulos a0 longo da propria estrutura CEP onde se encontra $e etn qualquer estru- tura SEP cuja estabilidade dela dependa, direta ow indiretamente, conforme iustra a Fig. 8.29. sei seu Tile Vili cms te Vi (rip Pu 8.29 LIMs, em viga Gerber: Ss fem esteutura CEP sean sos seanynsy Exercicio 8.3 Determine as linhas de influéncia de cortante e de momento fletor na seco 5:5 pertence a CEP, um, Frc, 8.30 Exemplo de ae deverminagao de LIQs ¢ LIMs 8.8 TrELIcAs Para a determinarao das linhas de influéncia dos esforcos nor- ‘mais nos banzos superior (LIS), inferior (LII) ena bielas (LID) das trelicas 0 que se segue basoia-se na Fig, 8.31. ws sims _—— \ | me lb 2 my amet Ms Bares Ba | Bnet ant Bart Fic. 8.31 Linhas de infiuéncia em treligas Linha de Influéncia de Normal — Banzo Superior S Paraa determinagao de LIS duas situagdes devem ser consideradas: @ Para 0 equilibrio da parte remanescente a direita fornece: antes dem —> 0 * $ ap TMyi=0 2 Sh+Vp-byia = 0 ga— me ‘Ve Mmsr h h 155 2 3 5 3 1 LIM, uis=— Mm h © Para P= 1 depois dem +1 ag. $* SL. © equilibrio da parte remanescente & 7 esquerda fornece: us EMper=0 4: -S-b-Va-amy = 0 UMpyet h Lis O tragado final de LIS € ilustrado na Fis. 8.32 Tracado da linha de influencia do normal Fig. 8.32 no elemento do banze superior entre m e m+ Linhas de Influéncia de Normal — Banzo Infeiror | Para determiniacao de LIT duas situacées devem ser observadas: @ Para P=1antes dem 05x < ay, (© equilibrio da parte remanescente a direita fornece: EM,: -T-h+My = 0 r= Mo © Para P= 1 depois dem +1 ap.) $x 0

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