Você está na página 1de 149
Oo FPFLORF. 08.014 PAULO FREIRE -EDUCAGAO E CONSCIENTIZACAC ————— oe ‘Eitno WTEACUTTAL BE DOCU 1 spucagio # conscrentrzagivo (Paulo Freire, Capftulo IV de Biueagio econo pritica de Libentade Ba, Pax @ Terra - 1a, ed, Rio de Janeiro - 1967.) Proccupadas com a questi da denocraticapio da cultura, dentro do quadro geral da denocraticagd> Qindasental, tinhanos necesearianente de dar Stenglo esyeeiai ace deficits quantstatives » qualitativos de nosea w pi, Estes deficits, realmente alammantes, constituen ébices a0 desenvelvinento do Fats © a oriagio de wna mentalidade denocrétics, S¥ tdmos contradi~ tories uo fapeto de eua enancipapo, O ndnero de criangas en idate escolar, sem escola, aproximadanente 41,020,000, @ 0 de ansifabetos, 4 partir da faiza otdria de 1h anos, 15,000,000, @ que se junta a inadequapdo de nossa educapis, jf reforida, falan po: Mf nats 4e 15 anos vinanos acumulando eperidhcias no caspo da edvcag on Areas proleténias ae aut} subproletirias, urbanas @ rurais, Sirprecnidranos @ apenténeia educativa das populagdes urbanas, associada Giretannte d transitividade de sua conscidieia, © certa inapetdicia das rursis, Ligada 2 intransstividade de sua conscidncia. Hoje, on alguaas destas Sempre confidranos no povo, Sempre rejeitéranos 2érmlas doadas, Seapre Gereditranos que tfahanos algo a permtar com dle, nunca exclusivanente 8 ofrecer the, Bxperine ance nétodos, téenioas, processcs de commnieapiS, Superanoe orcedinentos, Wunea, porés, abandonanoe a cenvices® que senpre tivencs, Ge que 26 nao bases populares @ con elas, poderfanos realizar algo de sécio S sutfotice para elas, Daf, Janaie adaitirnos que a tewoeratizags® da eal tara reas a sua vulgarizagdo, co por outro Lado, a dnagio ao pore, do que formdssonos nds sesnos, en nossa biblioteca © que 6 dle entreglssenoe cono preserigses a seren seguidas, Le CUADERNOs Botdvanoe convencicos, com Mannhela, de que "X medida a que os processes de denocratizagio se fazen gerais, se a2 tanbéa cada ver mals diffeil deixar que es masses peraanegan en sea estado de gnordheiat. ((2) Mannhein, Karl ~ Libertad y Planificactén, Pég, 50), Referinéouse a Sete estate de Sgnordneia, nfo se cingiria Mannheis, apenas, a0 anal fabetisno, mas & inexperidheia de participagio e ingerdncia delas, a serem substitul= das pela partictpapio erftica, una forma de satedoria, Participagio ea ‘témos crfticos, stnente cone poderia ser posefvel a sua transforaagi® en Povo, capas de optar © decidir, Boerithelas nats recentes, de hé cinco ance, no Movinento de Cultura Fo- ilar do Recife, noe Levaras ao anadirecinento de convicgéés que vishasos tendo @ alinmtando, desde quando, oven ainda, inteldranos relagsse oon proletérios e subpreletérice, coo educator, Coordendvasos, naquele Movinento, 0 "Projeto de Eiucagid de Adsiton", através do quel Lanpcasos duas instituigdes bfatoas de educagio © de cule tara! popular 0 "Cfreulo de Cultura" © 0 MCentro de Cultural, ((2) De acdrio com as teses cetraie que vino desenvolvendo, pareceu- nos fundasental fessmos algumas superacées, na experichcia que inicidvancs, Assia, om lugar de sscole, que noo parece un conceito, entre nés, desasiato carregado de passividede, en face de noses présrie formagso (wesno quando se lhe af o atritute de stiva), contradiaendo # dindnica tase de trantiqio, Langanos 0 Cfreulo de Cultura, En lugar de professor, con tradigéts forte sents "dosdoras", © Coordmador de Debates, fa lugar de aula disecrsiva, © didlogo, Ba lugar de aluno, com tradiqcte passives, o participante de arise. Bs lugar dos tontoe* de progranas alimmades, prograsaps® coapao ta, Mreduaidat © "eodificada” em unidades de sprendizado), 4a prineira, inetitutranos debates de grupo, ora en buses do aclaranento de situngseo, ora om busca de apd noua, decorrente do aclaranento das afta f A progranagao déssee debates nos era oferecida pelos préprios grupos, atre- go vée do entrviatan cue nantishanos con Glen « de que renutara a anuutragis CcuADERNOS de problenss que gostariam de debater, Mlacionalisno", "Renesea de lucros para o estrangeizo", "Svolugdo politica do Brasil", “desmvolvinento", “analfabetisno', "Dezoeracia", eran, entre outros, tenae que se repetian, grupo a grupo, fee agcuntos, cidos de outros, eran tanto quanto possivel, eaque- matizados e, com ajudas visuals, apresentades aos grupos, en forma dialo- gal, Os resultados eran surpreendentes. Con seis neses de experiénctas, perguntdvames a nés mesmos se fifo seria possfvel fazer algo, com um métato también ative, que nos desse resultados iguais, na alfabetizapdo do adulto, aos que vinhsaos obtendo na andlise de aspectos da realidade brasileira, ((G) A prineira experiacia foi realizade no Recife, con un grupo de cinco analfabotos dos qiais dois desistiran, no segundo ou terceire dia. Bran honens egressos de songs rurais, revelando certo fataliano e certa apatla diante dos probleas, Completanante analfabetos. No 20% dia de de- bates, aplicanos testes de mediglo de aprendizado, cujos resultados foran favorévets (positives), Nesta fase trabalhévanoe cone epidiascépio por nos proporeionar aior flexibilidade na experiéneia, Projetévanos uma ficha em que apareciam duas vasilhas de cosinha, numa escrita a palavra agicas™, noutra "veneno", B abaixot "quel dos dois Vood usaria para sua laranjada™ Pedfanos entifo ao grupo que tantasse Ler & perginta © desse a resposta oralaente, Resyondian rindo, depos de alguns segindost “apicar", © masno procedinente com relasdo a outros testes, como por exeaplo o de reconhecimento de Linhas de Snitus e ediffcios piblicos, Na vigésima primei- ra hora, ua dos participantes exereveu com segurangst "Bi J4 estou espantado comigo mesmo"), Desde logo, afastiranos quelqier hipétese de uns alfabetizasio purasente necinica, Desde logo, pensdvanos a alfabetizaglo do honen brasileiro, em postgdo de tonada de conscidncia, na ecersio qie fizera no proceszo de nossa realidade, tum trabalno com que tentéssenoe @ pronopio da ingensidade en eriticidade, a0 meauo teupo ex qie alfabetiafesenos CCUADERNOS: Pensévanos numa alfabetizapio direta © realnente ligada & denocratizagio ds cultura, que free una introdugio a esta denccratizagso, Muna alfabe- tiaagdo que, por isso mesmo, tivesse no homes, néo Sese paciente do proco- ss0, cuja virtude nica é ter mesno paciéncia para suportar 0 abisno entre sua experidheia existencial @ 0 contefdo que ihe oferecen para sua apren~ Gizagen, mis o sai sujeito, Na verdade shnente com mita paciéicia & pow ssfvel tolerar, apis as direzas ce un dia de trabalho ou de un dia sew erabalho!, Ligdes que falan de ASA - "Pedro viu a Asa! ~ K Kea 6 da Ave", Ligdes que falan de Bvas @ de uvas a hosens que as veres conheces poucas Eras e de uvaa homens que be vdzes conhecen poucas Evas © munes coseran uvas, "Eva viu a uva," Pensdvanos nuna alfabetizagio que fSese en si un ato de eriapio, capas de desencadear outros atos eriador tinagio on que o honea, porque no féese sei paciente, eeu cbjeto, decen- volveese a inpacitheia, a vivackdade, caracterfstica dos estados de proci- ra, de invinglo ¢ rebvindseagio, Muna alfabe- Factfanos de alguns dadoe, a que ae Juntaran cutros, com a eolaboragad vie iowa da egutpe do entlo Servigo de Eetensdo Cultural da Universidade do Recife, na 6poca d:rigido por née, « en ext drbite ve flioa definttivenen- toe aperidncit, Partfanos de que a posigéo normal do honen, cono j6 afimmases no prineiro capttulo ddede trabalho, era a de no apenas estar no min, mas con fe, fie trarr ralagSe pemenerten sm ft mio, ds gue decor pron aon ce crap ererigio, 0 acrezeternto coe Ae far a0 minds sata, rio te, represontaio na realidade cultera, B de que, nostas relagste con f veciidedo e na reslicnde, trava o hoten una relapse eopecttica ~ de sujet~ to para objeto ~ de que resulta 0 conhecimento, que expressa pela Linguagen, ata relagi, cono $4 ficou care, 6 feita pelo hones, indeyendentanante de 0 6 ou nd slfaberizado, Basta oor hoten para realieh-la, basta nea para ser capes de captar o8 dadoe da realidade, Fara ser capen de s8- ber, ainda que seja @ste saber meramente opinativo, Daf que nfo haja igno- réoia absoluta,nen sabedoria absoluta, © homen, contudo, fiao capta o dado Pho ((4) Hingués ignore tudo, Minguéa tudo sabe, A absolutizacio da ‘CUADERN —r Senorancia, adenais de sor a nanifestagio de una conscidieia ingdhua da imordieia ¢ do eater, 6 instminento de que se serve a consci dicks donna dora para a canizilagio dos chanadoe Nineultos", Dos tabeolutanmte igmo- tan da Norientagishy’ da Main roqiots da "eondugio" don que se considersn & oi mesnos "cultos © superiores". rantes! que, "neapages de dirigircel, neces: da realidade, o fendnmo, a situagéo protlenética pira, Ha eaptapio, June ta nite con 0 protilena, con o fendneno, capta tanbém seus news eauseis, Apreende a causalidade, A coapreensio resultente da captagio ser tio mats critica quanto seja feita a apreens%o da causulidade autéhtica, B send tZo nnfpica, na medida ea que se faga con ua afnino de aproensto dessa asulidade, Baquanto para b conseldneia erftica a prépria causalidads auténtica est4 sen 2 subnetida A sua andlise - 0 que 6 autfatics hoje po- ge no ser aman - para a eonscidneta inggaua, © que Ihe parece causalics- ae auténtica j4 nfo &, una ver que Lhe atribui caréter estdtico, de algo J Feito © estabelecide, X consoidneia critica 6 a representagio dee coleas © doe fatos cone ee do a ecisténoia enpirics, lies suas correlagSes caisais © cireunstencisis", “A consciéneis insdnua (pele contréric) se erd superior aos fates, dominan je fora e, por isso, se julga Livre para entend@-Los conforne melhor Lhe agradar." ((5)leira Pinto, Alvaro - Conscifieia e Realidade Nacional - Rio - Isai - Rconsettncia mfgica, por outre Lato, nfo chega a screditarse "superior 08 Patos, dorinando-os de fora, nen "se julga livre pare mtendé-los cone ellior Lhe agradar", Simples inte os capta, emprestando-Lhes um poder su perior, que a donina de fora e a que tes, por isso mesno, de sutneter-se de, £ proprio desta consciéicia o fatalismo, que leva ao cru- wento dos brags, a impossihilidade de fazer algo diante do poder dos com docilid: fatos, s0b 05 quais fica waeide o honem Por isso & que 6 préprio da conseicia critica a sua integra » enquanto que da ingdnua 0 préprio & sua superposigio anos a erescentar dentro das andlises que fizanos no CcURDERNOS. prineire capttulo, a propésite de conseidheia, finalmte que para a cons- cigncia fandtica, cuja patologia de ingenuidade leva ao irracional, © pré- prio & a acorodagio, 0 alustanento, a adartagio, Acontece, porén, que a téda ceapreensio de algo corresponde, cedo ou tarde luna agdo, Captado un desafio, conpreendido, adnitidas as hipéteses de rea posta, o honen ages A natureza da agio corresponde a natureza da conpreen= aH. Se a compreensio & erftica ou preponcerantenente crftica, a apo tan- bbén o ser. Se € migica a cospreensio, nicica serd a apio. © que terfanos de fazer, una soctedade en transigdo como nossa, inserida no processo de descerativapie fundanental, com 0 povo on grande rte ener sindo, era tentar ven aducagie que fosse capaa de colatorar com ele na ine Aispmsdvel organizagio reflexiva de seu pansanento, SducagZo que Lhe pu- sess0 2 disposigdo meioe com oe qusis {dese eapar de superar a captagio sigica ou ingdhua do sua realiéade, por una doainantesente critics, Isto significava entdo colaborar on @1e, 0 povo, para que assunisse posigces cada vez mais identificadas oon o clina dindnico de fase de transigie, Fo- sigSee integradss con se axigineiss da Denoeratizapio fundanental, por isso tmeano, conbatento a inexperiércta demoerdtica, Estdvanos, assin, tentando une educagdo que nos parecia a de que precisévae sos. Tdentificada con as contigies de nossa reslidade, Realmete instru mental, porque dntegrada ao nosso tenpo @ a0 nosso espace @ Levande o hones a refletir sdbre sua ontolégica vocagio de ser sujeito, B se J4 penstvanos en nétodo ttivo que fase capar de erkticiear 0 honen atravda do detate de eituegSer desafiedorss, portan diante do grupo, estar situagdes terlan de ser oxiterciate pars o8 grupos. Fora disso, estar{a- not repetindo os erros de una educagio alionada, por isso ininstrunental, A prépria andlise que vinhanos fazendo da sociedade brasileira, como wae sociedade en transigio, con talo 0 seu jégo de intensas contratigées, nos servia de euporte, ‘cuADERNOS: a Sentfance ~ pemitia-se-nos a repetigto ~ que era urgente una educagio que téooe cazae de contrituir para aquela ine Fido, Ineergio que, apanhando o povo na enersio que fizera com a "rechadu= capaz de promové-lo da transitividade ingémua a critica, Séoente acim evitarfance a sua maseificapio, gio a que tanto tenos nos rete 7a da soctedadet, ho fete era, ao sesmo tempo, um fundanento de nosea experiéneia educativa ¢ wun dado seus Mas, cono realizar esta educagio? Como proporctonar ao hones mejos de ou perar suas atitudes, afgleas oa inginuas, diante de sua realidade? Cono ajuddeto a eriar, no ajud4-lo a ingserir-se? analfabeto, sua nontagm de sinais gréficos? Co A resposta nos parecta estart 8) mum atodo ative, dislogal, erftico + eriticizadors 'b) na nodificagio do contatdo progranttico da educagio; €) no uso de téenicas como a da Redugio © da Cott ttea Sinente um método ativo, dialogal, participante, poderia fazé-o. «e) oritoco 285 2 comnteagio intereomnicagZo Relagio de Meimpatia” entre os pélos, ea busca de algoy MATRIZ: Amor, hunildade, eoperanca, £6, confianga, criticidade, 5 crftion © gera oriticidade (Jaspers). lutze-se do anor, da huntldade, da sperines, da £8, d8 conftanga, Por i990, 26 0 dsfloge comnica, E quando ce dots pélos do Gidlogo se igen atcin, com azor, cos esperanga, com £6 ua no outro, se fenea erfticos na tusce de algo, Instala-ce, entZo, una relaglo de sinpatia entre anbos, 56 af hé coninicagéo, $0 diatogo? um relapdo horizontal de X con By Nasce de una matris "0 didlogo & portanto, o indispensdvel caminho¥, diz Jaspers, "ndo sdmente CCUADERNOS: nas quostéee vitais pare nossa ordenapio politica, me em todos co senti- dos do nosso ser. Sdaente pela virtude da crenga, contudo, tem 0 didlogo estimlo © significagios pele crenga no hone © nas suas possibilidades, pela crengs de que sonente chego 8 ser eu nosso quando os deaais taxbéx cheguen a ser les nesnos", Era o diflogo que opinhamos ao antididlogo, to entranhado em nossa forma gi Motérleo-cultural, to presente © ao neszo tempo ta antagnico a0 Lina de transi gio, © antididogo (7) que Anplica numa relagio vertical de X sobre B, & 0 co) ‘ANTIDIALOGO sana det “simpatia™ { cpaiaca, ote 'B w comunicado YATRIZ - Desanoroso, inunilde, desesperangoso, sen £8, sem confianga, acrfticos oposte & tude 1ae0, Edesazoreso, # acrftico © nio gera eritictdade, axa ‘tanente porque desanoros Auto-suficinte, Wo antidiflogo quebra-se aquela relagTo de "einpatiat a tre seus pélos, que caracterisa 0 didlogo, Por tudo isso, o antididlogo do 6 huntidade, S deseeperangono, Arrogante a comnica, Fas comnicados. ((8) Ver Jaspers, Karl - RacSo © Anti-acd do Woss0 Teapo). Precisdvance de una Pedagogia de Comnicapio, con que venedesenos 0 deeano aerftico do antididloge, HG mais, Quen dialoga, dialoga com alguéa s@ore alguna cote: Bota alguna coisa deveria ser 0 névo contelde programstico da educagdo que defendfanos. B pareceu-nos que a primeira dinenaio ddste novo contedido com que ajudarta CUADERNOS sos 0 anahfabeto, antes nesao de inieiar sus alfabstizagio, na superagio de sux conpreensio migica cono ingénua © no desenvolvimento da crescente- mente critica, seria o conceito antropolégico de cultura, A distingzo en= tre os dois mndost o da naturess «0 da cultura, 0 papel ative do honen © sentido do mediagto aque ten a naturesa para as relagdes © comntcagie dos homens, A cultura cono 0 acrescmtannto que © honem faz ao mundo que nko f@z, A cultura como o resultadod seu trabs~ Lho, Do seu esféreo eriador e recriador, 0 sentido transcendental de suas relagSee, A dinensio humanists da cultura, A cultura cono aqiisigio eis- tenftica da experidicia humana, Cono uns incorporagio, por ies0 erftica ¢ tapoaigio de Anforaes ot presertgiee "doedas". A cesocratizagdo da cultura - dinenad da denocratisagd® fundarental, 0 sprendizado da escrita © da LeStura cono una chave con que 0 analfaveto iniciaria a sua introdugo no mindo da comnicagi® eserita, 0 hones, afi- nal, no mindo e com o mindo, 0 seu papel de sujeito e nfo de mero e pen fen ous © con sua realidad: naneate objeto, A partir dat, © analfabeto couegaria a operagio de mdangu do cuss atitudes a, eriticanonte, cons fdzedor desse mundo da cul anteriores, Descobrir-se. tara, Descobriria que tanto @le, coo o letrado, téa um fapeto de eriagio © re eriagdo. Descobriria que tinto & cultura 0 boneco de barro feito pelos artistas, seus inilos do povo, coo cultura tanbém & a obra de un grande escultor, de un grande pintor, de um grande mfstico, ou de um pensador. a 6 0 poctia dos postas Letradoe de seu Pats, cono tanbla a poe- ¢ via ering manana, ue cul sia de sea cancioneiro popular, Que cultur Para a introgugdo do conceito de cultura, ao nesno tuspo gnosiclégica & antropelégica, elaboranos, apis a ‘radugo" aéste conceito 8 tragos funda entais, onze situagSus existenciais Ycodificadas", capases de desafiar os cu grupos © Levi-los pela mua "descodificago" a estas conpreensies, Franci: Brennando, una dae malores expresses da pintura atual brasileira, pintos estas situagSes, proporcionando assis urs perfeita integrag%o entre educa. gi @ art X prineira ettuapi snaugure as curiosidades do alfabetisande que, na ex prosedo de encritor © anigo do autor, Sdesteuporalizade, inicia sua inte gragSo no tempo", ((9) Odilon Ribeiro Coutinho, apie assitir a una das ex posiqste do autor sobre sua experiencia § eapressionante verms cono ve travan os debates © com que curiosidade o: anaifabstos vio respondéndo ke questBee cantidas na representagio da sitar cto, Cada representagto da aituagio apresenta un ninero deterainado de el nmentos a serea descodificados pelos enizce de alfabetizandos, com o suxili do coordenador de debates, B, na medida en que se intensitica o didlog ea témo des sitaades coditt cadas ~ con "n* clenentce = © os participantes responden diferenteaente Atos, que os desatian, © que compéeu a infornapto total da eituagio, oe in tala un Yolreutto" de todos os participantes, que seré tio mais dindaico quanto s inforaagio corresponda 2 realidade extetncial doo grupos, Mattos déles, durante os debates das situagses de onde retiran 0 conceito antropelégico de cultura, afirmin felizes e sutoconfiantes, que nio se Lhe est4 postrando "nada de ndvo, e eim refrescando @ meabria", *Faco sapatos disse outro, "e descubro agora que tenho o mesmo valor do doutro que faz Livros", "Keanti®, disse corta ver um gari da Profeitura de Brasflia, ao discutir o concelto de caltara, “woi,entrar no mea trabalho de cabega para cima", £ que descobrira o valor de sus pessoa, Afimava-se, "Sei agora que sou sulto", afirmou enfiticanente um idoso camponds, § ao se lhe perguntar po que se sabia, agora, culto, respondeu con a mesma Gnfaser "Porque trabalho © trabalhando transforao © mndo, ((10) Botas afimapSes véa se repetindo yr realizadas no Chile). nao oxperidictes que conegan a CCUADERNOS Reconhecides, logo na primaire situagio, os dois mintos ~ o a natureza © © da cultura © 0 papel do honea nesses dois mndos ~ vio se sucedendo outras sitaagies, on que ora se fixan, ore se anplian as dreas de coapromgio do donfnio cultural. H conetusio dos debates gira en tSmno da dinensio da cultura cone aquisipio sistendtica da experidieia unana, & que esta aquisiga, numa cultura le- trata, j4 alo se faz via oral apenas, como nas Aletradae, a que falta a ai- nalisagi grdfica, Daf, passa-se ao dabate da deaocratizagio da cultura, coa que se abron as perspectivas para 0 inielo da alfabetizagi. Todo dete debate 6 altanonte criticizador ¢ motivador, 0 analfabeto apreen- de criticanente a neccessidade de aprender a ler @ a para ser o agente déste aprendizado, jorever, Prepara-se B consepue fax8-o, na medida nessa on que a alfabetizagio & mais do que 0 simples dom{nio psicolégico e mecfinico de técnicas de escrever @ de 1e1 é 0 dominio dessas téentcas, en termos conscientas, entender o que se 18 ¢ escraver o que se entende, ¥ comnicar-se grifticanente, E uma incorporagio, Inplica, no una nenorizagio visual ¢ mecfnica de sentengas, de palavras, de sftabas, desgarradas de un universo existencial ~ coisas nortae ou seal- nortas = nas nuna aitutde de eriagioe recriagfo, Inplica nun gio de que poses resultar uma postura interferante do hones adbre seu con autoforns- texto, Daf que o papel do edioador ofa fundanontalaente dialoger com o analfsbeto, sébre situagies concretas, oferecendo-lhe sinplesaente os inte trunentos com que @le se alfabetiza, Por isso, a alfabetizagio nifo pode ser feita de cima para baizo, como una doag% ou una imposigo, aas de den tro para fora, pelo préprio analfabeto, apenas com a colaboragio do educator. Por isso & que buscévanos um metodo que fdsse tanbém instrumento do educando © nko s6 do educador © que identificssee, como Ieidanente observou un Jove sociélogo brasileiro (11), 0 conteido da aprendizagen com 0 processo mesmo da aprendizagen,((1L) Celeo Betsegel - Trabalho inédito), Daf a nossa deserenga inteial nas cartithas, (12) que pretenden 2 nontagen ((22) Wa verdade, as cartithas, por aate que procures evitar, terainas por doar ao malts sentengas que, realnente, deven resultar f8zg0 eriator, 0 fundanental na alfabeticapso ex una Lingua eilé- bica como a nossa é levar o homem a apreender criticamente o seu mecanisno to palavr: do seu de formag% vocabilar, para que faga, @Le meszo, o jdgo criador de conbinae goes, WHo que sejanos contra os textos de leiture, que sio outra coiea, indiepenstveis ao deaenvolvinento do canal vioul-grécico, © que dev fon grande parte elaborados pelor préprice "participant. que & nossa experidheia ve findanenta no aprendisado da informagis através de cansis miltiples de comnicagio) Acrescentexos da sinalizagdo erética cono una doagio © redusen o analfabeto mais & condi- gio de objeto que d de sujeito de sua alfabetizagio, Terfanos de pensar, por outro Lado, na redug#o das chanadas palavras geradoras,((13) Palavras geradoras so aquelas que, decompostas ea seus elementos sildbicos, propi- clan, pela conbinspto asses elenentos, a eriagio de novas palavres). funda nentais ao aprendizado de una Lingua sildbica como a noses, fo acredité- vanos na necessidsde de 40, 59, 80 palavras geradoras para a apreensio dos foneans désicos 4a Lingua portugubes, Seria isto, cono 6 una perda de tem Po, Quinze ou dezoito nos parecia suficientes, para o proceaso de alfabe- tizag%o pela conscientizagio, Analisease agora as fages de elsboragio © de execugio pritica do Método. Paseet 1, Lorantannto dc universe vocabular dos grupos con quea oe trabalhers, ete Levantamento & feito através de encontros informais cox os moradores dt Grea a sor atingica, © en que nfo 6 se fixam os vockbulos mais carregados de sentido existereial e, por isso, de asior conteddo enoeicnal, mae também 05 falares t{picos do poro, Suas expressées particulares, voegbulos Ligados 4 experi@neia dos grupos, de que a profissional 6 parte, Esta fase 6 de remltados muito ricos para a equipe de educsdores, ndo 06 pelas relagdes que travan, mas pele enberdneia no muito rare da Linguagea do povo de que as 19 nfo ve cuspeita, ‘cuabERtios As entrevistam revelaa anseios, frustragdes, descrengas, eeperangas tanbes, Snpeto de partictpagio, cono igualnente certos nouentos altanente eatéticos ds Linguagen do por. Bn Lerantanentos vocaiulares que fiquravan nos arguivos do Servicg de Be tenoflo Cultural da Universidade do Recife, de Areas rurais urbana, do Nonteste © do Sul do Pats, niéo so raros doses exeaplos: "Janeiro en An- i000", diose um honea déste sertao do Rio Grande do Worte, * duro de se iver, porque Janeizo 6 cabra danado para judiar de nés", "Afimaagio ao gSoto de Guinardes Rosat, disse dela o professor Luis de Pranga Costa Lint, que fazia parte de:nossa equipe do Servigo de Extenso Cultural da Univer sidade do Recife, Nqero aprender a ler ea escrevert, disoe wna analfabete do Recife, Mpara deixar de ser soabra dos outros," B ux homen de Flortannépolis, revelando © processo de oxeraio do povo, caracter{atico da transi brasileira: "0 Povo ten resposta", Un outro, ea ton nagoador Mido tenho "paso! de sor pobre, mas de ndo eaber ler", "By tenho a escola do mind", diz un analfabeto de Estado do Sul do Pats, © que motivou o professor Jomard de Brito ((1h) Jomard Muniz de Brito, caco de Adultos ¢ Unificacao de Cultura, Estudos Universitdrios - Rev, da u. Recife, 244-1963) a perguntar en eneaio seut "Kaveria alguna coisa de se propor ao hone enquanto adult que afima Neu tenho a escola do mundo"? “ure aprender a ler ¢ a escrover para mudar o mindot, afirmagi de un snal- abeto paulista para ques, acertadanente, conhecer intesferir na realiae- de conhectda, "0 povo botou um parafuso na cabepa" afimoy un outro, nuna Linguagen ue tanto ecotérica, , 40 98 Ihe perguntar que "paratisot era éste, respondes revelando sis usa vea & enerailo popular, na transiyio brasileira #6 0 que coplica 0 smbor, Doutor, vim falar comizo, Povo". Inineran atiraagihe desta orden, & exigirea realaoate ua tratanento univer: ‘CUADERNOS sitdrio na sus inserpretagdo, Tratanento de eepecialistas virioe de que resultasse, para o educador, um instrumental eficiente pore sua ago, Maitos déstes tex:os de autores analfabetos vinhan sendo objeto de andlise @o professor Lute Costa Lina, na cadeira que regia de Teoria Literdria, ‘As palavras goraderas deverian sair déstes Levantazentos © rite de una sele- c0 que fizéssenct nés mesmos, em nosso gabinete, por mais thenicanente bes escolhidas que fdssen, 2, A sogunda fase 6 constitufda pela escolha das palavris, eelecionadas do universo vocabular pesquisado, Selegio a ser feita sob critérios: 8 = 0 da riqueza fondness D0 das dificuleades fonéticas (ae palavras escolhidas deven responder de Gifieuldades fonéticas da Lingua, colocadas muna seqtténcia que vé gradative. mente das menores 3s uaiores dificuldades); © 0 de teor prayndtico da palavra, que inplica numa maior pluralidede de engajamento da palavra nun dada realidade social, cultural,politica, etc, NHoje", diz o professor Jarbas Maciel, "nés venos que estes critérios estio contidos no eritérto senkStieot a nelior palavra geradora & aquela gie reine os ai aair "perventagea' poostvel dos cxltérios sintético (posatbtlicade ot Higuera fondaica, gra de aisioildade fonética camplem, de tnasipulabitide de! dos conjuntos de sinais, as silabas, etc), semntico (maior ou menor "Antmatdade! do vinculo mitre a palaves eo ser que destgna), maior ou nee nor adequapdo entro a palavra e 0 eer designado o pragndtico, maior os ne- nor teor de conscientizapio que a palavra traz ea potencial, ou eonjunto de TeagGes soctoailturais que a palavra gera na pessoa ou grupo que @ utilize", (G5).Jarbas Maciel - A tundanentagdo TeSrica do Sistena Pailo Freire de Edu cagHo, Hotudos Universitarios, Revista Cultura, Universidade do Recife,i*IV, 1963), ~ A terceira fase consiste na oriafuo de aituagdes extstanctaie tfpieas ‘CUADERNOS o grupo com quen se vai trabalhary Estas situagdes funeionan cons des "108 aos grupos, Sao situagdes-proble- suas, codificadas, guardando em si elementos que srraod escaiificados pelos grupos, com a colaboracac do coordenador, 0 debate em tomo delas ind, como 0 que se faz com as que nos dao 0 conceito antropolégico de aultura, ‘levando 09 grupos a se conscintizaren para que conconitantemente se alfa vets zeny Sio situagdes Locais que abren perspectivas, porda, pare a anilise de pro- ‘blemas nacionais e regionais, Nelas vio se colocando os vocdtulos gerado— res, na gradagio J¢ referida, de suas dificuldades fonéticas, Una palavra geradora tanto pode englobar a eituagio t8da, quanto pole referinse @ un dos elementos da eituago, 4. A quarta fase consiste na elaboragio de fichas-roteiro, que auxilien os coordonadores de debate no seu trabalho, Estas fichas-roteiro deven ser eros subsidies para os coordenadores, jamais una prescrigdo rigida a que devas obedecer a seguir. Ss A quinta fase & a feitura de fiense com a deccaposiglo das fuatiias fone Sloss correspondentes aoe voctulos geradcres, A grande dificuldade que nos pe que exige ux alto seneo de reaponsabi- Lidace esté na preparagdo doe quadres de coortenadores, Nido porque haja di- flealdades no aprendizado puranente téenico de seu procedinento, A dificul~ dade esté na criago nesna de una nova atitude = © ao messo tenpo tio velha- @ do difloge, que, no entanto, nos faltoa no tipo de foragio que tivenos ¢ que analisamos no segundo capftulo deste estudo, Ktitude dialogel 2 qual 0% coordenadores devan converterse para que facan reals te eaueagi «ako Ndonesticagio", Ratanente porque, sendo o idloge una relapso eu-tu, 6 necesshrimente usa relagio de dois sujeitos, Toda vex qie se converta o ‘eu desta relag&® en nero objeto, se ters pervertide o difloge © 54 nfo se estard educando, mas defornando, fate esférco sério de capacttagio deverd estar acoupanhado pernanentesente de un outro: o da superviso, taabéa aialogal, com que se ovitan os porigos da tantagde do antididlogo, Confeccionado @ste material om slides, stripp-filmes ou cartazes, prepara Gas as equipes de coordenadores ¢ supervisores, treinados inclusive nos debates das situagdes J& elavoradas © recebendo suas fichas-roteiro, int classe o trabalho, samsgio radorca Projeteda a situapio coma primeira palavra geradora, representapso grifi- ea da expressio oral da percepgid do objeto, iniclanse o debate en témo do ouas inplicagses, Sauente quando 0 grupo esgotou, com a colaboragie do coordenador, a andlis: (descoditicagio) da situaglo dads, so volta o educador para a visuelizapio da palavra geradora, Para a visualizagio o nfo para a sus cenorizagio, ¥: suilizada a palavra, estabelecido o vinculo sendutico entre ela @ 0 objeto fa que se refere, representado na situaglo, apresentase ao educando, noutn alide, ou nautro cartaz ou noutro fotogram - no caso de stripp-filn - 3 palavra, sea o objeto que noaeia, Logo apés, aproentacse a nessa palavre ceparada en sflabao, que o analfabeto, de odo goral, identifica como "pee dacos*, Reconhecidos os Mpedagos", a etapa da andlise, passacse 2 visut- Litacao das fanflias fonémicas que compien a palavra em estudo, Estas fanflias, que so estudadas ieoladanente, passaa depois & ser apr tada em conjunto, do que se chega A dtina andlise, a que Leva ao resonhe cinento das vogeis, A ficha qie apresenta as fanflias ea conJunto foi cha sada pela profeaséra Aurenice Cardoso ((16)Aurenice Cardoso ~ Conscientiza gio © Alsabetizagio - visio prética do Sistens Paulo Freire de Educagao de Adultos - Estudos Universi térios ~ Revista de Gultura - Universidade do Re cife, N* II, 1963.) de Aficha da descoberta", E que, através dela, fasend a einte © honea descotre o mecintato de formgio vooabular muna Mngva ‘CUADERNOS silfoica, coao a portagudsa, que se faz por meio de conbinagSes fonéhicas, Apropriando-se celticanente ¢ nfo nenortasdanente ~ 0 que no seria una apropringfo ~ adate necantsno, cones a proditir por ef means o seu aise tena de einais grétices, Conega onto, con a nator facilidade, a eriar palavres coa as coabinagses tmdricas a sua disposigio, que a decomposigl> de un voedbulo trissilfuico he oferece, no prineiro dia em que debateu para alfabetizar-se, (17) ((27) be moto geral, vinhanos conseguinds entre un nes e nelo a dots eses, deixar grupos de vinte © cinco honens, Lento jomat, escrevenéo bilhetes, cartes simples © discutindo problense de interese local e na- cicnal. ~ Aerescentesos ainda que un efreilo de cultura se aontava com un prom Jetor de citocontos cruseiros, Un stripp-film, que nos cistava, enquanto no mon ‘sconos nossos LaboratSrios, quatro a cinco mil cruseiros. A projegd ara foita na prépria parede da ctsa onde se instalava o ofreute de cultura. Ua qistro negro de baixo eisto, também, Hos locais onde se faria diffetl srheagio polonesa, chegado so Brasil pelo aisto de sete mil © 2 projegdo na parece, ustvanos o quedro-negre, cajo lado posto, pintado de branco, funcionava emo tela. 0 Ministério do Bascagivo importara trinta ¢ cinco mil édsses aparelhos que foran apresentadse, posi da "revelugiot, on progranas de TV, como alte- eubvorsivests..) Pigurenos palavra "tijolo", cono prineira palavra geradora, colocada muna “aituagdo! de trabalho en construgi>, Discutida a situagio en seus aspectos possfveis, farse-ia a vinculapSo sesintica entre a palavra e o objeto que Visuahisada a palavra dentro de sito, ora ogo depate aprasentada sen 0 cayetot Tijeto, Apés, vinhat tinjo-loy Towtlatanente 2 visutizagd dos tpedagont « upladose a una ortodoxta analftieo-ointétiea, (18) parte-so para o reconnectnunto das fancies eaten {Segundo op processos paicolégicos, oe métodos do ensino da leitura ¢ da eserita via smdo clasificados ea dois grandes grupost 0 dos métodos sintéticos © dos analfticos, Gono alonganento dos dois, os chaados ana Lftieo-sintéticos, Para o professor Williaa Gray, em que pese 0 recor! cinento da validade desta classiticagid, os aétodce de ensinananto da leitura se alinham en dois grandes grupos, que @l2 chama de antigos e espe. chalizados de aftodos natémos, male ou menos ecléticos. Segundo ainda o professor Gray, esta classificagio apresenta una dupla vantageat "6 rela a tedos os Livanente simples, no se prestando A controvéreia e aplica: nétodos utilizades para eneinar os caracteros alfabéticos, sildbices ou Adeogréticos", Os antigos, ainda segundo 0 mesno autor, se agrupavan en. dias classes: a daqueles que se fixan nos elenontos vocabulares © no seu valor fonético, para chegar 4 identisicagio doe nones © 8 doe que conside: ran de una 96 ven as unidades Lingl{sticas nais importantes, insistinds #0 bre « coupree Aifadétieo, fonbtico e sildbicn en que J& ve surpreende um superago do rétado sintético, prectsanenie porque o elenmto de base € a silatat, Apé a anGlive da segunda classe dos chanados mftodos mntigos referese aos que chana de aGtodos aodemos", Discute, enti, as tendencias modemas, que 120", Wa prineira classe, situa o professor Gray "os nétodo enquadra oa duss grandes eategorias: Tend@nciae ecléticas ¢ Tentihetas cen- tradag no aluno, A tendfncia ecléticn abarea exatanente a sintese © 8 and Lee, proplclande © analftiorcintétien, losce trabalho e¢ fixa entre a0 novas tendéncias, Bum aétoio eclético, en qie Joganos, inclusive, com a laboragi de textos en colaboragio com os alfabetizandos, Gray, UiiLian, L'Ehseignenent de la leture st de 1'écriture! UNESCO.) A partir de primeira sflaba ti, motiva-se o grupo a conhecer téda a fanilis fontaica, resultante da conbinapio da consoante inietal oo Bn soguida o grupo conhecerd a segunda faaflia, através da visualizago ce Joy para, finalnente, chegar a0 conhecinento da terceir Gonads vogas Cuando 20 projete # fanflia fondaics, ogrupe reconhece apenas & aflate de ‘CUADERNOS. palavra visualisada, (tastertistontu), (Jagedi-Joju) ¢ (ladelinte-lu) Reconhesido © ti, da palavra goradora tijolo, 9e prope a0 grupo que © com pare cox as cutras sflabas, o que o far descobrir que, se conogax igualnen- te, termina diferentenente, Desta mneira, nfo pode todes chanarse ti, Talhtieo procediamto para com as sflabas Joe lo © suas fanflias, Apis 0 conhectnunto de cada fanfLta fontniea, fareause exerefoios de Leitura para a'thaapa das sflabes novas. 0 sonento nals importante surge agora, a0 se presents Juntass tartetinte-ta Jadodivjondu lale-li-lolu "Picha da Deseoberta” Ape una Leftura en horizontal e outra en vertical, om aie 98 surpremden 9s sons vocais, comega 0 grupo, eno o coordenador, enfatize-se, a reslizar a aintese oral De uns un, yao todos "fazendo" (19) palavrae com ae combinacoes possiveis a disposicac: ((19)"B razon isto", disse-nos certa ves, Mcidanente, © Sr, Gflson Ana do, 20 entrevistarnos en seu Programa de TY, tna medida en aie n& hé anal- fabetisno oral,") tatu, luta, tijolo, lajot, tito, Loja, Jato, Juta, lote, lula, tela, ete, @ hf até os que, aproveitando una vogal e una das 2 que Juntan una terceira, formando una palavra, Por exemplo, tiran 0 ide det outa fLabas, associa UL, juntarno ao le © sonan ao ‘CUADERNOS 14 outros tanbéa, couo un analfabeto de Brasfiia, para enogio de todos os presentes, Inclusive do exllinistro da Bduescao, Paulo de Tarso, cuJo inte- lose pelacedicagao da poro o levava 3 noite, no téraino do seu expediente, a assistir aos debates dos Cfrailos de Cultura, que disses ta $616, que seria ea tom portuguest tu J4 146, B isto na poiaelsa noite en que iniciava a sus alfubetizags, ‘Terminados os exercfeios orais, an qie nie houve apenas conhecinento, mas reconhecinento, sen o que nao hé verdadeira apymizager, o hones passa, na nosna prinsira noite, a No aia podido ertar com conbinagGes de fonecas eonhecidos, Wo importa que tregs Jguinte, traz de casa, como tarefa, tantos vocSbulos quantos tenha yooktules que nwo sejan térmos, 0 que importa, no dia em qie poe o pé nes te terreno nfvo, 6 8 descoterta do uscanisno das combinagées fenfntcas, 0 teste dos voodtules crlados deve ser feito pelo grupo com a ajuda do educsdor, © n&o por dete apenas, com a assisténcia do grupos Na emperifieia realizada no Estado do Rio Grando do Norte, chamavan de "pa Javra de pensazento®, as que eran témmos ¢.de "palavras aortas", as que nfo 1d foran raros ot exexplos de homens que, apée a apropriag%> do necanino fondnico, com a Micha dad esecberta", escrevian palavras con Hlexos = tra,nha, ote - que ainda nfo ihe havian sido apresantados, un dot Ofroulee de Cultura da experitneia de Angicos ~ Rio Grande do Norte - que tre coordenado por una de nossas fines, Madalena, no quinto dia de debste, en qe apenas se fixavaa fonenas sizples, ux dos rticimntes fol ao quedr Asse Ble, una "palavre de pensanento® (20). negro mara escreve ((20) Aspecto interessante observar 6 0 de que, geralmente, os alfa betizandos escrovian com soguranga e Legibilidade, Tanto quanto possivel superando a indecis#o natural doo qw se inictam, Pare a proffesdra Ha (CUADERNOS. 2, posslvelnente, Aste se deva ao fato de que, altanente activados, ‘tend apreendide erlticanente o mecanisno de conbinagSes efldbicas de ova Lingua e tende se Ne orto mais onens a partir da discussie do con ceito entropolégico de cultura granhavan © ian ganhando cada ver aaie segue ranga enocionsl, no seu aprendizado, que se refletia na sua atividade moto— ra,) E_ redigius "0 povo vai resouver (cormutela de resolver) os probler te (corrutela de protlents) do Brasil votando conciate" sen os da sflaba Acreacente-se que, nestes casos, os textos passavan a ser detatidos pelo amupo, dlscutindonse a sua sigificagio en face de nossa realidade, Cono se explicar que um honen analfabeto, até poucos dias, escreva palavras com fonenas conplexos antes sesno de estudd-los? B que, tendo dominado 0 nnecanisno das conbinacoes fonemicas, tentou e conseguiu expressanase grafi- camente, como fala, B isto se verificou om t8das as experisncias gie passaren a ser feitas no Pais, e que se dan estendef © aprofindar atravée do Program Nacional de Alfabetizagio do Ministério de Edscagifo e Cultura, que coondendvanos, ox sis do Golpe Militar, 10 Attraagio Aindanental que noe parece dover ser enfatizada 6 a de que, na Sifsbetizapi de adultos, para que nso seis purancnte mecdnica e menoriaa~ 4a, 0 que se hd de fazer & proporcionarines que se consekantizen para que se alfabetizen, Daf, A nedida en que un aétodo ativo ajude © honen @ se conscientisar ex tomo de sua problendtica, en tmo de sia condigio de pessoa, por isso de sujeito, se inst ar& para as suas opsées, Af, entido, die mesno se politizaré, Quando un ex-ansifabeto de Angicos, discursando diante do Presidente Goulart, que seupre nos apotou com entu= siasno,(21) © de sua comtiva, declaron que-dé-ndovera-aassa, mas povo, CcuADERNOS. ((22) querenos salientar agai, tanbéa, 0 devotanento © & serenidade ¢ com que o ex-ninistro da Educapio Jilto Sarbaquy, apolando-noe, condisia 0 plano inciade na admintstrapio Paulo de Tareo, Do meano node, subline har atitude ddéhtica do professor Jogo Alfredo da Costa Lina, ento Reitor da Universidade do Recife see mate do que une frases afirmou-se consctenteente muna opyio, Esco Lneu a participagio deciséria, que s6 0 povo tan, @ renunciou a denissio enocional das massas, Politizou-s # claro que n&o podfanos nos ostisfazer, J4 0 dissemos, com a alfabetica- gio apenas, ainda que no purazente aecnica, Pensévanos assim, nos eta pas posteriores & alfabetizagio, dentro do messo eapfrito de um podagesia da Comnicagio, Btapas que variarian sbnente quanto a fomagio curricular, Se tivesse sido cumpride 0 programa elaborado no Govémo Goulart, deverion nos ter, en 1964, functonando uate de vinte mil Cfrouloe de Cultura ea todo © Pals, fanos fazer o que chantvanos de Levantanento da tendtica do hom mea brasileiro, Estes tenas, submetidos & andlise de especialistas, se- rian "reudaidos" a unidades de aprendizado, b uaneira cono f{z6rance cox 0 coneeito de ciltura ¢ con as situages en tome das palavras geradores, Preparariasos os atripp-filne com estas "redugdes" ben cono textos singles com referdneias aos textos originals, fete levantanento nos possibilitaria um seria progranagio qie se seguiria etapa da alfabetizacio. Mais ainda, com a criacao de um catAlom de temas redisidos e referencias bibLiogréficas que porfasos dsposipze dos dol gios ¢ universidades, poderfans anpliar raio de acao da experidncia ¢ contribuir para a indispmedvel identificaglo de nossa escola con a realida Por outro lado, inteldvanos @ preparagio de mtertal oon que paséssenos, en ttrnce coneretos, realizar usa eaicapio en que houvesse Lugar para o qle Aidoue Huxley ((22)Huxdey, Aldous - HL fin y 108 nedios) chana de "arte de Aissociar idétas", como antdoto A rérca doaesticadora da propaganda. (23) ‘CUADERNOS ((23) tance nos escuecenos da propaganda, de certa forma inteligente, considerando as nossas satrizes oilturaie, todavia altanente prejudiciais A tormagio de una monte erftica, feita para certo honen piblico brasileiro, Aparecia © basto do candidate, com setas dirigidas & sua cabega, a seus clhos, 4 sua téca, Aa suas fos, E, junto a estas setast Vock no precisa pensar, dle pmea por voed! Vood nfo precisa ver, ale vd por vost » ble fala por voob! Yoo’ nfo precisa faz: Voo8 no precisa agir, éle age por voctt) Strippfilns em que apresentarfamos como situagées desafiadoras a se- ms disoutidas, na fase ainda da alfaetizagie, desde he de eAinsles propa ganda conereial até as de cardter ideolégico. Na medica en que ot grupos, diseutinds, fOssem percebendo o que hd de engd do na propaganda, por exeaplo, de certa marca de cigarros, en que aparece adga de diquind, sorridente ¢ felis (e que ela en si nesns, com seu sorriso, sia Lebeza © seu diquini nfo ten nada que ver com o cigarro), cobrinds, inieialnente, a diferonea entre educago propaganda, Por outro lado, preparandose para depole discitir © perceber os mesmos en godos na propayanda ideoLSziea ou pol{tica, (24) Na sloganizago, Irian armandonse critican: fe para a "dissociagdo de idéias™ de Hudey. ((24) Nas canpanbas que ae faztan @ se fazem contra nés, nunca nos does nen noe 46k qua fab quer, alfabetiz&dlo (a0 autor), Que no fonos o "inventor" do didlogo, nen se afimava e afima qie somos "gnorantes", Yanal- ", Que sons "autor de un método tao indeuo que rio conseguiu, se= Aconsintética, cono se alguna veo tivéssencs fei do aétodo anal! 0 afiraagio tHo irresponsdvel, Que "nada de original foi feite™ © que apenas “fizenos ua plAgio de edicatores europeus ou norte-anericanos, # tanbém de um pro fessor brasileiro, autor de una cartilha ,., Aldds, a reopeito de originali- dade sempre pensanos com Dewey, para quen “a originalidade nfo esté no fan~ tstico, mas no novo uso de coisas conhecidas", (Denocracia ¢ Edcagio). Nunca nos deeu fen nos di nada disto, 0 que nos deixa perplexos ouvir ou Ler que pretend{amos "bolchevizar 0 Pais", con “un aétodo que nio cuaDERNOS. ae 28 existia",.. A questi, poréa, ora ben outra, Suns rafses estaran no trate qs dgranon, ben on eal, on problees 48 altebetinagio, de que retinérdnos © aspecto puranente mecanico, associando~o a "perigosa" conscientiza Bstava en quo encardvanos © encaranos a educapio como un esfrco de Liber taglo do howe ¢ nto com um instrunento a mais de sua doainagio.) Isto alids, seapre nos pareceu una form correta de defendemos a denccrs- cia auténtica e nfo uma forma de lutarmos contra ela, Latar contra ela, se ben que en eeu nome, 6 fazd-1a irracional. E enrije~ cf-la para defendé-ta da rigides totalitéris, # tomd-is odienta, quando 28 oresce no respeite @ pesos © no anor, E feché-1a quando s6 vive ra sbertura, E nutri-la de médo quando hé de ser corajosa. f fazé-la instrae mento de poderosos na opressio contra os fracos, # familiarizd-la contra © pore, ft aLienar uma nig an wet nome. Defend@-La 6 Levanla aquilo que Mannheim chana de "denocracia militante", Aquela que no tene 0 povo, Qie suprime os privilégios, Que plantfica sen se enrijecer, que se defends sem odiar, que se nutre daciticidade © no da irracionalidsde, A medida on que falévanoe & juventude brasileira, @ homens simples do povo, a Antelectuais, a especialistas sstendfanos © nosso trabalho, se layavaa contra nés as mais ridfalas acusagdée, a que nunca denos atengio, por cone hecer ben suas origens e suas notivagses, 0 que nos anargurava nfo ere io ancaga dos irracionalisnos & nossa destinapi® denocréti- outra coisa serifo ca, anuanciada na transipfo brasileira, (CUADERNOS LA aALFanarizactoy CONTOA bi SU VISTGE Ieotoas gory DE AvuLtes STOW DE SU WTO e.aTIoy Paulo Freire "EL analfabetisno coro un freno al. pleno ejercicio de los derechos del honbre", "La alfabetizacisn cono priner paso que debe ser dado con vie- ‘tes @ 1a integracién del individuo al ctreuito nacional, tomando concien- cia de ous derechoot™ Paulo Freire, ( (2) etas dos cuestdones nos fueron propuestas por el Departament de L! Rducetion des Adultes et des Activités de la Jeunesse ~ UNESOO - paris, pare que las contestéranes segin nuestra visién del problema de la alfabetizacién y de nuestra experiencia en este campo). Dependiendo de 1a visién que tenga uno del hombre, del mundo, de las r Lacdones honbre-tundo, honbres-honbres; del concepte de educacién, de su ninetrunentalidad” y de hasta adonde va esta instrumentalidad; de 1a al- ngenva o eniti fetizacién cono un acto creador 0 no, se responders canente" a estas cuestioness En este texto, meranente introductorie, estarenos siempre refiriéndonos & una y a otra de estas visiones, las que, por ser contrarias, Megarén a resultedos contrarios tenbién en la explicacién del problema cono asf mis no en su tentativa de solueién, La concepedén ingenua del analfabetiano 1o encara econo si fuera un "absom uto en of", 0 una "hierba daiiina” que necesita ser "erradicada" - de «hf, betiszo", 0 tanbién lo La omresién corrientes Nerradicacién del anal! mira cono eh fuera una enfermedad, que pasard de uno a otro, casi por con taclos A cota concepeién deformada del analfabetismo cono enfermedad a~ nanoa, inGnicanente, "eonsepeién bacteriolégica" del anslfabetiono, EL analfabetisno aparece come una Llaga, o lepra, que urge ser curadas Dentro de esta gana de ingenvidades © analfabetisno aparece, todavia, com ro manifestacidn de la "ncapacidad del pueblo", de "su poca inteligencia'} ge su "lojera, Jo contrarie, 1o ve como la La concepeién erftica del anslfabetisno, por estractura de un sociedad en un no= exqilicitacién fenoménico-refleja mento histérico dado. ‘CUADERNOS 25 Ja Wwinera, que no puede, por la Linitacién de su vis a stain a ‘lena, tomado en cu complejided, dari o * respuestan correcta, prose Antenta necesarianente, soluciones puranente mecanict sta: ms Wa stebtstsin, pore olay se recon A eto meet sini palsy laany lates, Pte toate; weet ccerién inguin de a fines, athens ee analfaboto se afirme, ya que "deJé de serle!, = Ndepositar”™ Bota concepeisn mecanicista del "depSsito de palabras are envuelve otra oon ‘én tan ingenua como esta, la que prest: 44 1a palabra un sentido né aoe Que, en este mecanicio, 1a palax ffeica, es como si fuera un amleto. Algo intependier te del honbre que la dice, sin relecién con el mundo y con las cosas 60, sin relacién con, ¥ con lat x ico, Gon esto querenos referirnos a Cistorsién dat tore sla, 2a ahitetiacién se treo or com eu eh zaetirecr va Mimandot a 2eoancinttee soy a Sweet ~ ol nests, aatans ess hry go : ‘arlo" y su "salvacién" est4 en que consienta que se le vaya “Llenando" con estas "palabras" ~ neros sonidos milagrosos, u a falados o impuestas por el alfabetizador, que es mu a cho nds un mago o he- Los silabertos, por buenos que 4 desde eh punto tes states 2 He vista no sa neton Sle see au hasta snioéeten, mo pusenIiberrte dee “ponca cries en cin sono Lntrinete« tots el ol ee -ando" las palabras del educador como también sus textos en 1 : andos, Los silabarios, en el fondo, — east si . wee Sets ons atin nate eaten De tats gure, sano ta vestinca cos + 9 jet alstn oe reine eer oe ean” ; son Anstrumentos "dones crore alienados y siempre allenantes al alfabetizando ou poder de créacién, De m esta concepeién mecanicista y migico ~ de 1a "palabransonidom CURDERNOS de "transfusién" en la cusl la palabra del educador es la sangre salvado- ra del “analfabeto enfermo!"s Y, aun cusndo las palabras del silabario, los textos con elas" elaborados = y rares veces ocurre ~ coinciden con 1a realidad existencial de los al~ fabetizantos, son palabras y textos regalades, como clisés, y no creaios por aquellos que deberian hacerlo, En general, sin enbargo, tanto las pax Labras cono loa textos de los silabarios nada tienen que ver con la expe riencla existencial de los alfabetizandos, Y, cuando lo tienen, se agsta esta relacién al ser expresada en forma altanente paternalista, de lo que resulta tratar al adulte de manera que no osanos siquiera Lamar infantil, Resulta esta manera do tratar al adulto analfabeto de 2a distorsionada forma de verlo - cono si él fuera totalmente diferente de los denis. Mo se le reconoce su experiencia existencial y todo el. effnule de conocinien= tos expfricos que esta experiencia Le ha dato, Cone sores pasives y déciles, doben olloe ~ los analfebstos ~ ir rectbien- aquella "transfusién! alienarte dela cusl, por ello misno, no puede re - sultar ninguna instrumentalizaeién para la transfornacién del mundo. Sn verdad, qué sicnificacién puede tener, para honbres, cazpesines © urbe nos, que pagan un dfa duro de trebsjo, 0 més duro ain, sin trabajo, tex tes como éstos, que deben ser mmorizados: "EL ALA ES DEL AVE"; "EVA ¥IO LA OVA"; "LA CASITA TTEME Ut HUERION; "PEORO Y ROSA, ELENA Y JOSE QUIE- BN Y CUIDAN A SUS ANIMALES", zQu6 pueden un canpesino o un obrero urbane sacar de positive para su quehacer en el mundo, para superar el fron al ejereieto pleno de sus derechos de persona con un proceso de al~ fabetizacién en ol cual se les dice, enféticanente, que "EL ALA BS DEL AVE fo que "BVA VIO LA UVA" y, Jo me absurdo atin, en regiones en que no hay muchas Bvas y en que el hombre sencille no conc uva, 0 porque no hay, © porque no puede? 20né significacién puede tener para alguién un texto como este que sigue, y que, adenfs de plantear una pregunta absurda, da una respuesta més ab- gurda ain: ;YADA DIO EL DEDO AL CUERVO"? - "DUDO, ADA DIO EL DEDO A LA ‘cuaDERNOS ree ar Priner IMgnr, no sabenos de 1a ectstencia de ningtn Togar del ‘unio en Gus uno dnvita al euervo a yosarse on un dedot En segundo Lugary ( (2) Sete texto es de un silabario trasilefio. En Brasid hay una costsibre popular de invitar al papageyo (loro) a bajar de ou jaula y po saree en el dedo de uno, "ME DEO FE, MEU LORO", ofreckéndose el dedo tae Gice al loro, Munca supinos, sin embargo, de nadie que invitera a un cum Y @ posarse en su ded...) SS eontostar ol ator a esta progata extrafa, dando de que ADA haa de 28 deio at evesve, puesto gue Io ha dado al ave, afinma mee on ee ne es aves De eatt fora, en un solo texto dice dos disperstens Penn toe we eh ctucanto, que aatf clendo eitabtizada, on Iuger de ester auneetee sfodose, asuae ws fostura décfl de mero restrict de los Mendeitosn actendory ae que cect, a través do eate texto, end intropetanta on ot x6 puede uno esperar, 206 pues "Perar, entences, de una labor como ésta ~ desgraciadanene f¢ Generalizada - coo el primer paso que debe ser dado con vistas a la Antegracién del individuo a su realidad, cone sujeto de la transformactén? Jodudablesente, ests concepeién "ingemia" de 2a alfabetizacién, adends de todas estas dimensiones ya anotadss, esconde, casi sieapre, bajo una vee. ‘nents falsavente huanista, su Miedo a la Litertad', La alfaboticacién aparece, por elo nisno, no com un derecho - un fundanent aoe tal derecho = el, 24 paisbre~ sino cono un toate que las gle Maton? nen aulenes trace atben Enperanio, eee So ot derecho de decir su palabra, derecho de decir os palabra, er gue 2a repay» ie reeerte lige dsnotey wy pda cowtitatrse enn inotrumente de cate te ie ee de lo ue resultaré su afirmacién como sujeto de derechos, , forma, por negar al » Do anf que esta compciin ingenua do 2a alfabetszacién con su Miedo a la Lic bertad", sea un hacer de cuenta! de la os derechos del homtre, Misqueda del pleno ejercicio de Farece ya en parte Justificada 1a obviedad que afirnanos en el. cond rdenzo de CCUADERKOS: este trabajo = la dependencia, en 1a cual se encuentra el. proceso de alfae betdzacin de 1a visién del hombre en sus relaciones con el mundo y con os hombres; de 1a educacién; del comproniso que tenga 0 no el eduesdor con 1a Liberacién de Jos honbres coneretoss Amora bien, para una concepeién erftica de 1a alfabetizacién, tanbién del honbre-munto, €l analfabetisne, cono ya dijinos, no es algo absolute, ni tenpoco uns "enfermedad o una hierba daina que deba ser extirpada, eino gue es un epi-fentaenc, Sf1o es un freno al ejercieie pleno de los dere- chos del hombre, en cuanto ya es una manifestacién extensiva de derechos postergado: For esta razén es que, pare 1a concepeién erftica de la alfabetizaciéa, no sera pertir de 1a mera fijacién mecinica de PA = PE = PI PO - PU; Li= IB - LI - 10 ~ 1, que sumados entre sf hacen PALO, PALA, PHO, cte., que se desarrollaré en el hombre, de un lado, 1a conciencia erftica de sus de~ rechos, y de otro, su insereién en 1a realidad yera transformarl 1a alfabeticacién e6lo os auténtiemente humanicta, s6lo en el. prizer paso 10 debe ser dado con viotas a Ja integracién del individuo a ou realidad nacional, cuanto, sin tener 1a libertad, se instaura coro un proceso de bisqueda, de creacién, de recuperacién, por el alfabetizando, de su paler bra, Pali encuentra, le esté siendo negada. En el fondo, negar 1a palabra es algo wis = es negar e1 desecho de dantwia, Paro, donir ta pllabra no es rane ‘{ir_una palabra cuslquiera, Bn esto consiste ol equfvoco o, peor afin, el seflena de 1a concepelén "incenua” ertticada “2 que, on 1a situacién conereta, objetiva, en 2a cual 6 se Es preciso no confundir ol "aprondizaje" de la lectura y de 1a eseritura, como algo que fuera "paralolo" o casi peralelo a la axistencta del honbre con la aprehensién que 61 haga de 1a palabra en su stgnificactén profunda, Solanente on el segundo caso, 2a alfabetizacién, que se hace conconttante- monte con la CONCIENTIZAGION, significa realmente un intento serio, un prix mer paso con vistas a la integracién del individuo a ou reslidad nacional, coma sujeto de la Mstoria, Solauente asf 1a alfabetizactén encarna un es- ‘CuaBERNOS: fuerto Immanista, Mo que leer y escribir "EL ALA ES DEL AVE" el hombre aprende lo fundamen tals que necesita escribir su vida, que nectsita axistenciar su voracién gutolésiea e histérica - 1a de hwmantzarse, la de ser ms, T, of el edue csdor tiene esta vieién de 1a alfabeticacién, necesarianente reconoceré en el analfabetiono, un epi-fenéueno, Reconocerd que la solueién del anal fa Betis, como un desaffo, no estd en le simple donacién de palabras muer- tas 0 seni-nuertas al alfabetizando, Reconoceré que 1a alfabetizacién, dex nds de deber estar asociada a otros esfuerzos de cardcter sconiuico, social, politico, etc., tiene que implicar en la insercién erftica del alfabettzan- do en su realidad, natriz de eu analfabetisne, para que pueda, cono sujeto con otros sujetos, buscar ou transfomacién, Cuando, m4s arribe, enfatizanos que no es posible confundir el aprendizaie le Ie Lectura y de 1s escritura, com al ralelo", o casi parslelo a la gcistencia del hombre, con 1a apretensién de la palabra en ou signi fcacién profunda, nos inponesos una explicacién, Ja explicacién de este sigintfteado profunde de 1a palabra, fn verdad, st 790 acercanos fenonen@léeicmente « 1a palabra para buscer eu esencia, Gescubrinos que no puede haber palabra verdadera que no sea un conjunte son Aidario de dos dimensiones indicotontzatles! refladén y accién, De ahf sucla palabra verdadera sea prads, Trabajo, Reflexiéa y accién del hom bre sobre el mundo para traneformirlo. Fn aste sentide, puesy decir La pax Intra es transforar 1a realidad. Y es por ello tasbién que el decir ia Palabra no 98 privilegio de algunos, sino derecho fundanental y bésico de todos los houbres, Si para una concepoién ingenua, la alfebetizacién es ensefiar una palabra regalada, sin fuersa, de lo que resulta que el. alfan Ddetizando simplenente 1a recoja, 1a menorice mecénicanente, para la concep~ eign eritica, le alfabetizacién os 1a conguista que hace el houbre de su palabra, Japlica 1a coneieneia del derecho de decir a palabra, 42 encarar 1a palabra cono ese conjunto Andlootomtzable de reflexién y ace ci6n, Ja soncepesén erftica de la alfabstizacién niega, de un lado, 1a pee ccuADERNOS labrerfa, el verbalisno, ol "bla - bla - bla" alienado, que es la palabra agotada de 2a accién; por otra parte, nicga el activism que es 1a pala = bra ayotada de 2a reflexién. Lo que hacen, de modo general, los silaberios, con palabras y textos como ‘loo que henos citado antes, es precisanente, palatrerfa, verbalisno, Io se pretende: desarrollar una concepeisn orftica de 1a elfebetizactény en el educando como asf en el educador, es un pensar cterto de la realidad. Y esto no se consigue mediante vertalisa, sino mediante palabra verdadera, Ia primera condicién que esta concepeién se Ampone es que las palabras ge Reradoras con las cusles los alfabetizantos eapiecen su alfabetizacién com no sujetos del proceso, sean buscadas en u universe vocabular mfnino", Solanente a jurtir de 1a investigacién de este universe vocatular minino puede el educador organizer el prograna que, de esta forma, viene de los alfabetizandos para volver a ellos, no cono disertacién, sino com proble- natizacién, Respecto a esto, en 1a concepeién critieada, el educador, arbitrartanente, Por lo menos desde el punto de vista soclo-cultural, elige on su bibo toca ss palebras generadoras con las cwiles Sfabrica" su eilabarlo, al cual se reconoce validez @ nivel de toda una naciénees Pera la vieién erftiea, advertida en cuanto a los niveles del lenguaje, em tre ellos el nivel praguético, de importancia fundarental para la eleceién de las palabras generadoras, éetas no pueden ser seleccionadas bajo el crix ‘terio puranente fonético, Una palabra puede tener fuerza en un drea y no tenerla en otra y seapre dentro de una misma ciutied. Gn la Lines de estas reflextones, observenos. algo ssa? nientras que en 1a concepeién mecanicista de la alfabstisacién el autor del silabario eli ge las palabras, las descompone on 1a etapa del anélisis y conpone ~ en Ja sfntesis ~ otras palabras con las sflabas encontradas y asinisno con las palabras creadas redacta textos cono los citados, en 1a concepeién erfties, CUADERNOS ‘es palabras generadoras ~ palabras del pueblo - son puestas en situacto nes ~ problenas (colificaciones) cono desaffos que exigen re sta de 1 avenduiere es refledén y acetén so bre el mundo, problenatizar la palabra que vino del pustle es protilen Hou relncisn indiseutible con la reslidad, Y ecto innlica anal ‘lcamente le realidad, Inplice el desvelantento del mundo de le cual re- sults 1a superacién del conociniente prepondarantenente genaible de le 1 Lidad por 1a ragén de 2a realidad, asf, ol alfetetizando perctbiré peso 50 que, at alfabetizandos, ¥, porque le pela 1%, cono hombre, hable, esto no significa toavfa decir oy Aaacién asf encerada, incompatible con donaciones o prescriveic nes de pelabras; 1a alfubetizecién cone un acto creator, es ya la Pedago ca en of misma, Ino podrfa dejar de serlo, ei 1a alfabetizncién ast co cobida y asf existonciada es 1a bisqueda, es 1a conquista de Ja palatra, del derecho de decirla, Este es un derecho prinordial del bonbre, El he abra, en el sentido aquf analizado, no depende de sie honbre 0 los hombres sono no alfabetizados, Pero, si esto es una verdad vyortad tanbién es que, solanente en une perepectiva deshinanizante, 1a al fabetizacién puede ser un hacer mantenedor del silencio dlienador dq) hosts cho de dock La ps En verdad, st decir Ja pelabra es tranaformar €l mundo, si decir Ja pela bra no es privilege de algunos hombres sino derecho de los hoxbres, natis Puete cecir sélo la palatra, Decirla sélo significa dectrla para los una foma de decir sin ellos y, casi siempre, contra ellos, Decir la pal, tra exige, por ello, un encuentro de os honbres. ste encuentro, que ro ede dase en el aire, cino en el mundo que debe ser transformado, os el didlogo en que 1a reelidad concreta aparece con mediatizadora de Jos hone bres «ue dialogan, Fero, adenfs de no poder darse sino en el mundo, este encuentro dieléyico no puede existenciarse entre contrarios antagSnicos. For ects razén no puede verificarse el aiflogo, en la concepeién necantcis ta de le alfebetizacién, entre el alfebetizador y el alfabetizando, nien - ‘tres aquél se considera alfabetizador de Sete e induce que éate se recoron ea su alfabetizando, in estas circunstancias, el alfabetizador dice su pe Iabra al alfabetizande, pare 1, sin 61, nantenséndole en silencio. ‘CUADERNOS Neda, entonces, se puede esperar de una Labor como ésta on el sentido de ser el "primer paso que debe dar el individuo para su interrecién a la realidad de su pafs", como sujeto de derechos. En nada contribuird en el sentido del profundizaniento de la tona de conciencia de ous derechos, une, vex que su derecho prinordial - ol de transfornar el mundo cone sujetoy no solanente Le sigue negate, sino que mistificado por el esferzo alienente Ge uns alfabetizacién equivocada © mal intencionads. Es necessrio reconocor que el anslfabetieno no es wn Seen prior diel, Results de un freno anterior y pasa "a hacerse! freno, adie es analfabeto por eleccién, sino cono consecuencia de lae condiciones objeti- ves en que se encuentra, En ciertas circunstancias, "el analfeteto ea wn hombre que no necesita leer™(Viera Pinto, Alvaro - "Conseidheia e Keslida- de Nacional" ~ Rfo - 2960, Institute Superior de Estudos Brasileiros - IStB), en otras, es el hombre a quien fe negado el derecho de leere Bn anbos casos, no hubo eleccién, H2 primero vive wa cultura ewe cont satién y owe menoria son auditives, aunque en Urninos preponderantes. Zn eite caso, la palabra escrita no tiene simnificacign, Para que se introcu= Jere la palabra eserita y con elle la al fabetizacién en una cultura cono ésta, con éxito, serfa necesarie que, conconitantenente, se operera una sransformacién caper de cambiar cusli tot ivene: wos de snalfebetisno regresivo o por desuse tendzén eu explicsetén ahf, Son el resultado de canpatias de alfabetizacién nesidnica o ingenuanente concebidas, para 4reas cuya menoria es preponderante o totalnente oral. Bn el seguio caso, el analfateto es el hombre que, vivdendo en una cultu= ra Letreda cwa comunicacién y cuya manoria adengs de orales, son tanbién escritas, no tuvo chance de alfabetisarse. uiso y no pulo, mitilado en este derecho Basico. Bsta es la razén de que, solamente a través de wna labor concientiradora fen que el alfabetizanto 1e sea problenatizads el propio analfabetisre come wi freno al plleno ejercicio de ous derechos, & podré percibir que este fren 9s producto de otres frenos. To eer4 con "EVA VIO LA UVAM, con "tL CCUADERNOS 2no 25 Als Us DAL AVE", con Wasafiarlo” y "problemctizarlo" pregunténdole st "ADA DIG 2, SOO AL CUI.WU", que 41 ganaré Le eonciencta erftica de que ‘EONGUE es persona hunana, debe ver un sujeto de derechos. Si Lo que caracterize al lionbre en su capcided de adnirar el mundo, objo- ‘ivarlo para transformarlo - de shf que no sea wi ser de 1s adartecién, sine de la transfornecién = 1a alfabetizecién que no estimule cada ver nés eote poder de adniracidn del mundo, gue no se eneauce hacia la denistiai- cacidn del mundo por su desvelaniento, nada hard, sino enfatizer el "fren hho al pleno ejercieio de los derechos", Solanente 1a otra - 1a que problematiza ol houbre-munto, la que concienti= 2a, 1a que supera 1a contradicein edueador-edueende y alcenza une sfnte = sis felis: no més edueador del aduesndo, no née edueando del educador, sie ho educador-edueando con educando-educsdor, colarente ésta se instaurard cone "el primer paso que debe dar el individuo pere su intezracién a la veslidad nacional, tonando concicneia ce sus derechos, Mentras en 1a concepeién eriticada, el alfabetizando no deserrella mii pus de desarrellar una visién eritica de su realidad, en 1a concepeién defen ida @ va poreibiéndola cono una totalidad. Ve superando, de esta forma, Jo -ne Lananos visién focalista de 1a realidad, sepiin la cual las parcian Lisedes de una totalidad no estén interrades entre sf en la conposieién de tetalidad. ¥, solanente en le medida en que el alfabetizando va orge~ nivando, @ través de 1a problemtizacién de su mundo, una forma erfttca de pensar, Sré pudiendo pensar y ectuar seguro sobre el mundos Ia alfabetizacién, entonces, se hace un quehacer global que envuelve el honbre en releciones con el mundo y con les hombres - relaciones que son iaualnente quetcceres, Foro, al hacerso 2a alfubetizacién este que-hacer global, contriluye para gue el alfabeticande se descutra, porcue es hombre, cono un se-del quechae cer ~ 2o que aquf vale decir - cone wn ser que trensformando el mundo con st trabago, crva su mundo, Este mundo creado por la transfornacién del ‘CUADERNOS ‘mundo que é1 no ha ereado y que constitwe ou dominio, es el mindo de la historia y el mundo de Je cultura, ahora bien, all pereibir el significado de eu trataje transformader, perei~ be ue, operar el mindo, trancforndndole, ea hacer cultura, Jescubre un significado muevo en su accién, por ejeaple, de cortar un drtol, de tro zarlo, de trabajar eu tronco, del cus] resulta algo que ya no es el értel, Pereibe que este algo, producto de su esfuerzo, es un objeto cultural, Pero, descubriniento a descutriniento, aleanta lo fundanental: a) que 61 habérsele quitado el derecho de decir ou palabra se relaciona irectanente con #1 hecho de no convertir sobre é1 la husanizacién del mundo que opera con su accién transformdoras ») que, ain siendo analfabeto, ou trabajo envuelve un conseiniento, Sapli- ca uma forma de saber, y ©) finalnente, descubre que entre los hevtres, no gy sbeolutseacsén de la Agqarancia ni absolutizacién del saber, adie sabe todo, nadie ignore todo. Bn nuestra experiencia, en Brasil coro acf en Chile, sigypre fueron fontir~ nadas estas afirraed vulOka SE QUE SUY CULTO", dijo cierta veo un caupesine, al discutdr el cone cepto antropolégice de cultura, a través de "eodificaciones", antes del proceso misno de le alfabetizacién, Y, al proguntéreele porgué ve sable culto, contesté, seguro: "PORGIE THALAU Y THARAJANDO THANSFURNO EL UE Esta afimactén, muy comin también en Brasil, explicita 1a superacién que estos hontres seneillos van haciendo del conociniente propondorantenente sensible de su presencia en el mundo por 1a pagén de su getar en ol mundo, que hace que el honbre sea, Saberse culto porque trabaja y trabajando cw bia el mundo y no mexorizar que "EL ALA ES DEL AVM a2 resluente ~eate oi- ol priner paso que dobo dar el individue para reconscerse sujeto de dere = chos, Saberse culto porque trabaja es preperarse para, conseientexente, percibir que trabajo es palabra, que palabra es praxis y alfabetizarse no es menorizar palebras donadas, sino coniuistar el derecho de decirlas. ‘CUADERNOS: ane 25 "DESCURRO ANGRA, dijo otro campesino ehileno, al problenstizéreele el home ‘bre mundo, GUS NO HAY MUNDO SIN HOMERES" y, a2 preguntarte el educador on nueva problematizacsén, si todos los honbres del munfo murieran y quodarer los &rtoles, los péjares los animales, las estrellas, jno serfa esto mun - do? mW, contests este Sartre Chileno, desconccido y analfateto, PALTARLI ED DIUERA: Esto Es HUNDOM, Gon esta contestacién, este "filésofo" canpesino, quien serfa clast ficado por 1a concepeisn ingenua que ve on el analfateto un perdido", un "gno= rante absolute", plantes, preeisanente, la relacién indicotonizatle hoabre undo, Flanted 1a erftica al subjetiview o al psicologisno, gue inplica um hombre sin mundo cono asf Ie erftica al objetivime, que implica un muy do sin hombre, Afimmé la dialecticidad subjetividad-objetividad, "EL HOMBIG: SS DISTINGUE DEL ANIMAL, dijo otro, porque SI APRENDIZAME BS FOR MEDIO DE LA PALAHRA", A estos hombres 1a coneepeién ingenua de la al- fabetizacién Mdoméstica" les propone textos com: "PAPA Y MMA FUION Oot JUAN A PASH SUS VACACIONES EN LA CASA DEL TIO Fem", "NE GUSTA DISCUTIR SORUE ESTO, dijo una mujer chilena, apuntante ala Yeo- assieneién" de una situacién existoncial de su drea, RRGIE VIW ASI", Fe re nientras vivo, no veo, "WIORA SI, OBSRVO Core VIVO"! Desatlada por ( (4) Pwinos oportunidad de escuchar idénti¢a afirmacién de un hon bbre on New York, (67. 05.) en experiencia einilar, no en slfabetizactsn, Fealizada excolentenente por el Institute for Human Development en les reas pobres de aquella ciudad.) o situacién existencial, codificada, esta mujer del pueblo fue capac, en una copecie de "enersign™ de su forma de existir, de adnirarla y yereitim 2s como una present4ficacién @ su concioneia intencional. Pere, tener presentificada a su conciencia su forma de extstir, descritirla, significa desvelar su realidad, Significa insertarse en ella, erfticanente, WT JA IBY diJo, en cierta ocasién un alfabetizando brastlefic, en Brasi~ ‘CUADERNOS 25 23 La, en 1a primera noche de su experiencia con pelabras, al eer desafiae do por una "situacién fonética" - la de las fantlias fonéticas de la pa Labra TJolo (Iedritio). AL Posentarse al grupo as familias: 1, 1, TI, 70, TU Shy BB, JT, JO, JU LA, LE, LI, 10, LU, cono un problena, enpezé el grupo, cone siempre osu re ~y munca el educador ~ a crear sus palabras, Después que wna mujer, Juntendo TE con 70, dijo TIO, el honbre referido, niréndola aocionadoy afimnd: 7U JA LE (BN PORTUGUES CORRECTO: TU JA IES, y en espatich: TU YA Imes), Ahora, si comparanos este texto, creado por ell honbre mismo, que buseaba gu palabra, nacido @ texto bajo 1a enocién de asistir a sus compalieros ereando tanbién, con "EVA VIO Li WAM, pereitsinos com 1a concepeién inge= ua de 1a alfabetieacién es mantencién del freno al pleno ejercicto de los derechos y no al primer paso para la efectivacién de los derechos. Pero, si 1a conparacién se hace ahora entre: "ADA DIO 1d, DEDO AL CUERVO" yi "BL PUEBLO VA A WOTAN CONSCILINZINTE", texto escrito en la pizarra por un alfabetizando brasileto, 1a eritica que veninos hactendo hasta shora se nace nie objetiva, Hey tolavfa algo mde que considerar, Es que estos textos redactedos ror uo elfaletizandes, que van exjresamlo 1a claridad wreciente de ox v4 el numlo son y deben ser problenatizados al grupo todo, Hn cuanto en la concepeién eriticada, el hombre les, renite una, dos, tres veces para mee porizar que "BL ALA BS DEL AVE", en 1a concepetén que deferens, adends de ser ol hombre mismo el que crea su texto, tiene en st texto el objeto de una dischsién orética, Inaginenos €) aleance de una indagacién al autor del texto a un nieabro del grepo sobre el exacto significads de la palabra voto. Lo que repre~ senta su participacién en el proceso pol{tico de su sociedad; las relecio- ‘CUADERNOS. 2a 25 nes entre este proceso y otras dinensiones de la realidad, la cuestién de los derechos efvicos, ete. Jnaginewws ahora, cono contrapartida, 1o que ocurrirga si se planteara com smo problena "ADA DIO TL. DEDO AL CURRVO", of @ planteara como protiena le contestacién del autor, cono su "DUDA nada cartesiana en torno de su pro- pia pregunta, Ep por esta razén que solanente le alfsbetizactén sono problenstizacién Gel honbre-mindo; cone bisqueda de 2s palabra en ou significactén profun da, es Liberadora, Y, porque es Liberadora, es eapar de instaurerso cone Nel priner paso que debe dar el individue para ou integracién a2 proceso Ge construccién de su sociedad. Y de esta forma, decir au palabra, CCUADERNOS 25 25 3 TA CONCEPCION wGANCARTAY DE LA EDUCACION Y LA MESHUMANEZACTON LA CONCEPCION FROHLEXATIZADORA DB LA EOUCACTON Y LA HUMANIZACION Presupuestos ~ Critica® ((#) Resunen de charles realizadas para un grupo de sefiorss Latinoaneriea- nas en una Conferencia reslizada en mayo de 1967, en Santiago, bajo el por ‘trocinio de 1a GEA, del Gobierno de Uhile y de Universidad de Chile. Las ideas aqui presentadas, en sintesis, hacen parte de un Litto del au = tor, en publicacién), PAULO PRETRE No es posible encarar 1a educacién a no ser cono un quehacer hunano, Que hacer, por lo tanto, que se da en el tiempo y en €l espacio, entre los hoa + unos con Los otros, De hf que 1a consideracién m toro de la educackén cono un fenémeno f= sano nos renita a un andlisis, aunque sonero, del hoabre, ud es el honbre, cul sea su posieién en el mindo, son preguntas que tee enos que hacer en el mismo mommto a que nos ingiletancs a propéaito de 1a educacién, Si esta inquictud, en sf, imilica las indagaclones referi- Gas, on pl fondo inquistudes también, 1a respuesta qte les denos encanca- réa 1a educacién hacia una finalidad hunanista © no, No puede haber una teorfa pedagégica, que implica fines y medios de 1a ace cif educate hay en este sentido una educacia neutra, Si, para unos, el hosbre es un ser de 1s edaptackén al mndo, (tonfndose el mundo no sélo en sentido na= tural, sino estructural, histérico - cultural), au aceién educativa, sus nétodos, sus objetivos estardn adecuados a esta concepeiéa, S{ para otros, que esté exenta de un concepto de honbre y de mundo, No el honbre os un ser de 1a transformacién del mundo, eu quhacer educative sigue otro cauino, Si lo miranos cono una "eoss", nuestra acciém educati- va se procesa en términos mecanicistas, de lo que resulta cada vez una mae yor donesticacién del hombre, Si 1o miranos cono persons, nuestro quehi= cer eduestivo serd cada vex ms Liberador. Por todo esto, en estas charlas, para qie quede clara la posicién educati- cot el ¥a que defendenos, tocaronos, aunque répidanente, este punto bé hombre como un ser en el mundo y gon el mundo, Lo propio del hosbre, ou "postelén fundarental", como dice Marcel, es 1a de un ser en situaciéa - Noituado y fechato", Un ser engaraado en el es- pacio y en el tieapo que su conclencia intencionsds eapta y traselends, Solasente el hombre, en verdad, entre los seres ineonclusos, viviendo un tieapo que es suyo, un tieapo de quenaceres, es capan de adnirar el mundo, CCUADERNOS 3/2 = Es capan de objetivar el mundo, de tener en éste un "no yo" constituyente de su yo que, @ su ver lo constituye com mundo de su conciencia. a postbilidad de adnirar el mundo inplics estar no solamente en él sino gon 4, Estarcon, es ester ablerto al mundo, captario y couprenderlos 8 actuar de acuerdo con sus finslidades para trensformarlo, lo es sine plemente contestar a estimulos sino que es algo mks? es responder a desae ‘ffos. Las respuestas del hombre a los desaffos del mundo, con las cuales va canblindolo, impregnéndole de su "espiritu', és que puro hacer, son quehaceres que involucrah iniscotonizablenente aceién y reflexién Forque aimira el mundo y por ello Jo objets fay poraue capta y conprende 2p realidad y 1a transforma con su accién-reflexién, el honbre es un ser de la prads, MMs atin: el hombre es praxis y poreue act es no puede reducire se a nero espectador de 1a realidad ni tanpoco a mera incidencia de Ja ace fn conductora de otros henbres que lo traneformaran en "cosa", eign ontolégica, que é1 debe extstenciar, eo la de sujeto que opera y trar roa @l mundo, Sowetido a conticiones coueretas que lo trensformen en of eto, el hontre estard secrificade en su vocaciéa Aundenental, Fero, coro toto tiene su contrario, 1a situicién conereta en la cual se generan los honbres-objetos, tanbién genera los honbres~oujetos, La cuestién que shor se nos plantea est en saber, en la situaeign conereta en la cudl niles hombres estén cono objetos, si quisnes act los transfornan, son realnente sasetos, En 2a medida en que los que estén prohitidos de ser son “seres pare ot70", quienes asf lo prohiben son falsoe "seres pera sil, le pueden por ello ser auténticos sujetos, Nadie es si profiibe que los otros se: Este es una exigencia radical del honbre coz un ser inconcluso! no poder ser si los otros también no son, Como un ser inconeluso y conseiente de su inconclusién (20 que no pasa con los oeres en ei" quey ir uses tan ‘in, cons los aninales, los drtoles, no se saben inconclusos) el oxbre es un ser de Ja biisqxeds permanente, No podria haber honbre sin bisqueda ae la sea forms cone no habrfa bisqueda sin mundo, Hombre y mando: mun do y hostre, Yeuerpo consciente”, esti en constante interaccién, el uno inplicando al otro, Solanente asf, o9 posible ver anbos; es posible com CCUADERNOS 25 prender al horiore y al mundo ein distoreionarios, shora bien, si el houbre es este ser de la bisqueda permanente, en razén Ge 1a concieneia que tiene de ser Snconclusisn, esta bisqueda inplicat a) un sujeto b) un punto de partida ©) un objetivo, SL vajeto de Ja biisqueda es el hombre misno que la hace, Esto significa, por ejonplo, que no me es posible, en una perspectiva hmanista, "entrar fon el oer de Fi esposa para hacer el noviniento que le eabe hacer. lo puedo preseribirle mis opciones, Ne puedo frustrarla en su derecho de asx tuar, Yo puodo maejarla, Me casé con elas no 2a compré en una tienda, cone si fuera un objeto de adorno, Mo puedo hacer que ella sea lo que ne parece que debs ser, La ano cono es, en cu inconelusién, en su bilsqueda, oh su voracién de ser, 0 no le ano, Si la donino y me gusta doninarla; si ella ¢s écninada y le gusta serlo, no hay, en nuestras releciones, anor, sine petologia de anor: sadisno en mf; masogtsro en elles Ue Ie risna forme y por las ialsnas razones, no puedo aplastar a nis hijoss Lenerlos cono cosas uue conduzeo adlonde ne parezca mejor, Is hijos son Govenir cone yo. on bésquedas cono yo, Son inguietutes de ser, cono yo ‘We puedo iguatnente cosificar mis alumos, cosificar al pueblo, nanipulerm os en nombre de nada, A veces, o casi sienpre, para justificar ectos ac= ‘too indiscutiblenente irrespetuosos de la persons, oe intenta disfrazar sus objectives verdaderos con explicacionss meciénieas. Es neceserio, d= cen, salvar a estas pobres masas ciegas de ae influencias nalsanes. Y con este salvar lo que pretenden quienes asf actin es salvarse @ si wise 96) negando al pueblo el derecho prizoniial de decir eu palabra, Subrayenws, sin exbargo, un punto que no puede quedar olvidado. NadLe puede buscar sole, Toda busyueda en el asileniontos toda bilsaueda que se hase wevida por intereses perconales 0 de gruros, necesarianente es bis - eda contra los dens, De ahf, bisqueda falsa, Solanente en comunién es CuADERNOS a8 25 auténtica le bisqueda, Este comunién, sin embargo, no puede verifcarse ‘94 algunos, al buscar, se transformn en contrarios antagénicos de quie~ nes estén prohitides de buscar, Z1 diflogo entre anbos so hace imposibl: ¥ las soluciones que los prineros intentan para anentear 1a distancta en que se encuentran de los segundos no sobrepasa ~ ni Jens podrfa - 1a ex fora del puro asistencislino, En el momento en que sobrepasen esta eof ay resuelvan busear en comnién, ya no serfan antagénices de los segue dos ¥y por lo tanto, ya no ios prohibirfan buscar, Habrfan renunciado a La dostimanizacién tanto de los segundos cono de ellos nisnos (puesto ue nadie puede nmanizarse al ceshunantzar) y sdherirfen s 1a hunanizaci én. EL punto de partida de esta bilsqueda esté en ol hombre mismo, Pero, com no hay hombre sin mundo, el punto de partida de la bequeda se encuentra fen €l honbre-mundo, esto es, en el honbre en sus relaciones con el mundo y con los otros, En el hontre en su aquf y eu chora, io hay cone compren der le bésqueda fuera de esta interaccién henbre~munio, adie va nis all no ser de su ack, La propia "intenclonelidad transcendental", que ixpl ca 1a conciencia del allé Linite, e6lo ee explica en 1a nedida en que, pa re el hombre, su contexto, su aguf y su ahora, no gon efrculos cerratos e gue se encuentre, Fero, para sobrepesarlos, es necesario que esté en el y de ellos sea conseiente, No podria transcenter su aqut y su ahora si ellos no constituyeran el punto de partida de ese sobre-pasar. En este sentido, cuanto nds concaca, erfticanente, las condiciones concre vasyobjetivas, de su agut y de su ahora ~ de ou realidad ~ nds podré reee Liter 1a bisqueds, con la transformetén de la realidad, Precisanente por due, of 9u posicién fundanental, repitiendo « Marcel, 3 “estar en situa « ein", al volverse reflexivanente sobre la "situacionslided", conoetéiiolt créticinente, se inserta en sila, Cuanto mis insertade y no purmente adaptado a 1a realidad concreta, nis se hard sujeto de los cambios, mis sx afimmard cono un ser de opciones, De esta forma, el objetivo bisico de eu binqueda, que es el ser nds, Ls he nanizacién, se le presenta cono un inperctive que debe ser existenciado, ‘Bdstenciarlo es realizar 1a voeacién a que nos referines en el contenzo de esta charla, (CUADERNOS 25 A Ahora Uli i) i hablanas de 1a hunantesels 'y del ser mis del hombre - obfe- tivo Disico de su permanente bieqieda ~ reconocexos su contrariot 1a des~ ‘unandzacién, al ser menos, Anbas, hunanieactén y destusenizactén, son posibilidades histéricas del hombre como wn ser inconcluse y eonsciente usin, Solanente 1a priners, sin enbango, constituye su ver= Gadera vocackén. La segunda, por el contrario, 9 1a distorsién de 1s vo- cacién, Si ainitigrenos que 1a deshunanizacién, como un comprobable y un mmprobado ei 1a historia, instaurara uns nueva voeacién del honbre, no habrfa nada ngs que hac sino amunir una postura ofnies © desesperads, ke posibilidad ~ 1a de minanizarse como la de desiusianizarse - 5 mo de los asyectos que explican 1a axietmvia como un riesgo pemanentes Riesgo que no corre el animal que, por no tener concimeia de ex inconelu= én, por un Iodo, no puede aninalizar al minéo, por otro, no puede di ninaligarse, EL animal, donde y on cuslqsier situaciéa en la qual se en- en el bosque © en un zoslégieo, sigue oiendo un eer en oi", ‘Ain emando sufra el canblo de un sitio a otro, su eufriniento no afecta su aninalidad, No es caps de poreibiree “desanimalizado", EL hombre, a su vex, cono un "ser para si", ge deshunaniza, ei es sonetido a condicio- jeretas que lo transforsen en un "eer para otro", Ahora bien, una edicacién sélo es verdaderanente hunanista si, en lugar de dar fuera a Los nitos con los cuales se protende santenor él. hoabre deshue vanigado, se esfuerza en el sentido del desvelantento de 1a redlidad, Des= velaniento en el eusl #1 honbre vaya existenciando #4 real vooacién = 1a de transfomar 1a realidad, Si por el eontrario, 1a edicacién enfatioa Los mitos y se ecauza en el camino de 1a adaptacién del hoabre a la reali- dad, no. de esconder su carfcter dechuneniaador, Anslicanos, aun que respeta al hombre caso persona; 1a otra, la que lo hace "oosa", 12 suscintanente, estas dos posicicnes edueativasy una, 1a speconos con 1a presmtacién y 1a erftica de La segunda concepcién, en al~ gunos de sus presupuestoss De ahora en adelante, & esta visign 1a Wanaresos concepeién "bancaria” de CUADERNOS 316 25 1a educacién, 1a que ace del proceso etueativo un acto permanente de de- ositar contenides. Acto a: el cual el depositante es el Yeduesdor’ y ol depositario es el "educando", La concepeién "bancaria", al no superar 1a contradiceién edicador ~ eaux cando, por él contranio, al mfatizarla, no puede servir ano ser 41a Ndonesticackén" del howbre, De 1s no superacién de esta contradiccisn, resulta: 4) que ol eduestor es sieapre quien luca; el educando, el que es edueado, b) que €1 educator es quien discipLina; el educando, al” diseiplinado, fe) que €l educator es quien habla; el educendo, el que esaucha, a) que el educator prescribe; 41 educando sigue la prescripetén, fe) que el educador eLige el contenido de los progranas; el educande lo recibe a forma de "depdsito", £) que el educator ep siempre qui sabes fl educando, 1 que no sabe, 2) que €l edicador es el owjeto del proceso; e1 educando, ou objeto, Semin esta concepeisés, el educando e¢ cono ei fuera una clLs en 1a cual €l "edueador" va haciendo sus "depSsitos", Una “olla” que va sieido Ne nada de "eonooledento sivo de recibir donaciones 0 imposiciones de otros. cone si el conocer fuera resultado de un acto pa Sota falea concepeién de 1a edueacién, que hace pasivo al educando y lo ‘adapta, reposa e uns tanbién falsa concepelén del houbre, Una distoreio~ nada concepetén de si conciencia, Para 1s coneapeién "bancaria, 1a con cieieia del hombre es algo espacializado, vacfo, que va siendo Menado or petaaos de mndo qie se va transformando en contenidos de concimeta, Hota concepoién mecaniciota de 1a eon alla esté pemanentenente recibionds trozos de la realidad que entran en sncia inplics necesariaxente que CUADE ROS 25 an ella, Jo distingue, por ello nisso, entrada en La conciencia de presenti- fieacién ala concimeia, La conciencis eélo ee vacfa, adviértencs Sartre, eo 1a medida nisns a que no est4 Mena de mundo, Foro, si para la concepcién Moaearis! 1a coneiencta eo esta olla que debe ser Lenada, os este espacio vacio a la esyera del mundo, 1a educacién es educates, 9 acto de dezositar hechos, inforaueiones seci-mertas en Loe A dstos nada mds reste sino, paclentenente, recibir loo depésitos, archi- varlos, neworizarlos, para despuds repetirlos. uh verdad, 1a concepelén bancaria termina por arehivar al miswo hombre: al que hace el depésite com no al que lo recibe, este que no hay houbre fuera de 1s wlaqueda inquie- ta, Puera de 1a creacién, de 1a recreacién. Auer del riesgo de 1a avene tura de crear. Ja Sundavental inquletud de esta falea concepeién ee evitar la inquietud. 4s frenar 1a impeiencia, 5 nistificar la realidad, a evitar el desvee Laniento del mundo, Y todo esto para adaptar el honbr: a clarificacisn de 1a realidad, ou comprensiéa erftica, la insereién del honbre en ella es una tarea denonfaca, ateurda, que la concepeiéa bancaria no puede soportan, De ahf que los educandos ingiietos, creadores y refractarios ala cosifi- cacién sean vistos por esta desiumanizante concepaidn cose inadaptades, dex sajustades © rebeldes. For fin, 1a concepeién "bancaria” niega la realidad en devenir, Wiega el hombre coce un ser de 1a bisqueda constante, Mega si voeaeidn ontolésies de ser nfs. liega Las relaciones honbreamndo, fuer de las cuales no se consrende ni al hoabre, ni al mindo, Miega la ereatividad del hombre, so- netifndelo a esquenss rigidos de pensamtentos, Niega eu poder de adnirar al windo, de objetivarlo, de lo cual resulta au quehacer transfornador, Wega el hombre como un ser de la praxie, Inaoviliza lo dindnteo, Trane= ‘cuADERNOS 3/8 25 form lo que est siendo en Lo que es y asf mata la vida, De octa foma, no puede esconder su ostenstva marca necréfila, Ja concepeién humanists y Liberadora de la educact6n, por el contrario, Sands icotomiza 1 hombre dil mndo, ih lugar de negar, afima y se be sa en 1a realidad pemanmtesmte carbiante, No sélo respeta 1a vocacién ontolégica del hontre de scr mts, como se encausa hacia este objetivo, Setimila la crostividad hunara, Tene del saber una vieida erfticay sabe que todo saber se ensumtra constide a condicionandentos histérico-socioe Lbeieos, Sade que no hay sater sin la bisqueda inquieta, sin la aventura del rleogo de crear, Reconoce que el hombre se hace hosbre en la medida = ge, en ol proceso de su howinizacién hacia at hunanizaciéa, es capaz de aanirar el mundo, Ee caper de, cesprendiéndose de 61, quedar en & y con 1, y objetivindolo, transformrio, Sabe que es precisanente porque puede adnirar al mundo que el hocbre es un ser de 1a praxis 0 un ser que #9 praxis, Reconose el hombre cono un eer hietérico, Deanitifica la rea Uidad, de aht que no tena si desvelaniento, i lugar del hombre-cosa, adaptable, lucha por el honbrspersona, transformidor del mundo, Ana 1a vida, on su devenir. 3s biéfila y no neeréfila, 4a concopeién fananista, que rechaza los depésitos, 1a mera disertaciin o narracién de los trozos aislaios de 1a realidad, se realiza a través de ma constante protlenatizaciée del hosbresmundo, Su quehacer ee probless= tisador, Jans disertator 0 depositador, Ast cone 1a concepeién recién aiticada, en algince de sus fmguloe, no puc= de operar 1a euperacién de 1a cntradiceién educadonedicando, 1a concep cif bananista parte de 1a necesidad de hacerlo, Y esta necetidad se le Ampone on 1a racén misma en que encara el honbre cono ser de opciones, Un ser cuyo punto de decisign estd o debe eetar an él en sus relactones con el mundo y con los otros, Para realizar tal superacén, existencia la esencia fenécenica de La educa ciény que es ou ditlogicidad, La educscién oe hace entonces diflogo, comi- Bcacién, ¥, ai es didlogo, las relaciones entre sus polos ya no pueden ‘CUADERNOS 25 a0 ser de contrarios antagénicos, sino de polos que ‘concilian, Si, om Ia concepeién bancaria, el educador es stexpre quien educa 7 el educando, quien es educado, realizeda la euperacién, en 1a concepetén tim waniota, remltar 12) no afs un etucador del educando; b) no ms un edueado del. educadors ©) sino un edicadoretucando con un educando-educador, Esto significa 1) que nadie edica 2 nadie; 2) que nadie tanpoco se educa solo} 3) que Los hoabres se educan entre ei, medisttsados por el mndos Ja concepeién hunanista, problenstizante de 1a edicacién, descarta toda pooibilidad de mnimilacién del edicando, De su adaptaciin, De akt que, para los que realaente son eapaces de anar al houbre y 1a vida, para los bisfilos, el absurdo est4, no en 1a problenitisact 6a de la realidad que nininiza y aplasta al honbre, sino en el maascarar esta realidad qie des- humaniza, Mimtras 1a concepeién bancaria inplica aquella distoreionada comprensién de 1s concteoia y 1a entiende com algo especializado en el hombre, como © ser Llenado, 1a concepeién problenatizante ara al hom bre coro un exerpo consciente, Ea lugar de una concleicla cosa", 1a con cepelén munmista entiende, con Los fenomendlogos, 1a coneimeia couo un Lena, eo un ir hacia al cundo pare captarlo, Lo propio de 1a concimcia os es tar dirigido 9 algo. La esmcia de a ser es ou intencionalidad, —inten— tio, intendere - de abt que toda conciencia sea siempre conciencia des Ain cusndo 1a conciencia resliza a welta sobre si misss, "algo tan evi dente y sorprendente cono 1a intencionalidad" (Jarpera) sigue coneiencia dg. En este caso, conciencta de concimetas concimeia de si misma, Zh la “retroflexiéa", en que 1a conciencia so intenciona a si misma, el yo "es alge vaefo que d Gespegarse del houbre hacia al mundo. No et un reciptente que uno y es doblet, Yo deja de ser un yo para.cer una cosa a la cual eu eon= CCuADERKOS aria 25 ciencia se intencionara, Sigue eimdo un yo que se vuelve intensfontlnen: te sobre si, un yo que se escinds, Mientras 1a concepcién mtertormmte criticads, que trata la consiencta naturalistanente, establece unamparaclén absurda conciencia-mndo, para La visién aquf discatide, conciencia y mundo se dan eimlténeanente. In- tencionada al mundo, ‘ste se hace mundo de 1a emclencta, La concepeién "bancaria*, al no poder realnente borrar la intenetonalidad do 1a emeiencia, consigue sin embargo, en gran medids, "domesticar® su reflexibilided, De ahf que 1a prdctica de esta concepelén constituya una dolorosa paradoja al ser vivida por quienes se digan munanistas, La econcepeién problenstizadora de 1a eduesct a, por el contrario, al plane tear el honbremndo como problems, exige una postura permanentenente re flexiva al edicando, Este ya no es 1a alla pasiva qie va siendo Lenada, sino que es un cuerpo cmscimte, desatiado y contestando al desaffo, A cada oituactéa protlengtica que se le plantes, #1 conciecia intmeionsda va captando las parcialidates de 1a problendtica total que van slendo per cibidas como unidades en interacciéa por el acto reflexive de su concien- cia, que se va oritictzando, Mientras para La concepetén "banearia" lo que importa es depositar infor in ninguna preocupactén con 4 dospertar de 1a reflexién orftica (por el contraric, evitadcla), para 1a concepeién hunaniate Lo fundamen: - tal eatd en este despertar que debe ir eiendo mfs 7 afs desarrellado, Ln concepeléa problenatisadora de 1s educactén sabe que, si la esencia del ser de 1a concieneia es su intencionalidad, eu despegarse hacia el. mndo, Sete, cono mundo de la conciencia, se constituye como *visiones de fondo" do 1a constencia a 6 intencionada, Ba el marco de esta "visién de fondo", ain enbargo, no todos aus clenentos © presentifican sla conciencia cono "pereibides destacados m oi", La concepeitn probleaatizadora, al desafiar los edueandos a través de altue- CcUADERNOS 25 a clones existanciales coneretas, intenta ou mirada critica hacia ellas, con acado, pasa a serlo. qual, Lo qe antes no era wn peredbide de De esta form, 1a oducacién 26 constituye cono verdadero quehacer humanoy Stucadores - educandos y sducandos ~ oducadores, modiatizados por el. mindoy ejercen sobre 61 una reflexién cada ver nfo critica, inseparable de una accién tanbidn cada vez ms erftics, Identificadoe en esta reflexién - faccigén y en esta accifn - reflexign sobre el mundo uediatizader, se hacen anbos, auténticanente, seres de la praxte, CuADERNOS sfz 25 MWESTIGACICA wma GEIERADERY = Y RETODOLOGTA OB La TY TON Dak nu THATICAS. ADVEGION ¥ CUDTPTCs Santiago, nas Poulo Freire Presentacisn Este texto, que serd discutide por los especialistas que constituirdn el equipo de investigacién tendtica significativa o del tena generador de ‘os canpesines, forma parte de un trabajo todavia inédito del autor. EL texto es, en todos sus pasos, una permanente defensa del didlogo, como exigencia extetenctal, Del diélogo cono coneretizacién de le dislogtei~ de 1a edueacién, De hf que €1 presente a los mionbres del equipo, no como un sistema rfgi- do de ideas y principios, sino como un desaffo en bisqueda de respuestas. HL mundo no es, para el cuter, un latoratoric de anatomfa, en el cu ale ganos hombres ivosm tratan a los denge como cadéveres, Laboratorio en que estos honbres "vives tuvieran en los teadkveres" objetos pasivos de sus andlisis, de ou dominio, com cosas posefdas. Bl mundo, por €l contra rio, que nv existirfa sin el honbre, cono éste cin aquél, os el Lugar dome de os hombres, por su actuscién transformadora, ge! hacen honbress Beta accién de tranefomnacién del mundo ilo e0 poosble porque el honbre fs una conciencia intenctonada al mundo, reflextva y transcendental Porue cf fonbre es un cuerpo eonsciente, Y ai el hombre eo esta conclencta in tenelonada a mundo, reflexiva, transcendental (conclencta del allé Matte) 2 hombre es proyecto ¥ e¢ comntcacién, to podefa ser proyecto ei no fiers histérico 7 alo es histérico porque no puede existir fuera del tiexpo, Tospo de acontecinientos excluetvanente 8 ¥ estd siendo, en la historia que 6 hace y que 1o marca, Si condictén de honbre se express en estos humanos, Porque es histérico, el hombre opuestos que so implican dialécticanente? ser y estar siendo, que le carac- nan como un ente inconeluse que se sabe ineonclusos Solanente un sor ngs allé de oe determinisnos, un ser absolute 99 ain os- ‘CUADERNOS 4p 25, tar sfonde, De ahf ou cardeter ahtetértco, Tor otro lado, solanente un tanpoco estaré slendo. 3 que viva en un tienpo que no sea el suyo SA el ester tendo del honbre se encuentra en relacién directa con ol tian poy que no ee eatético y con le realidad hstérico-cultural canbiante, os tun abcurdo considerar 1a edueacién como un quohacor para la adaptacién del hombres e2 decir, 2a edueacién com un proceso cuyo sujeto sea ol educator y ewe objeto sen el educanto, quien debe ser conducido para ajustarse a 1a realidad, Ya una realidad que no es ostitica.., ‘La adaptacién del hombre constituye una doble contradicciént al honbre en cuanto e2, on cuanto a cu Yoeacién ontolégica de ser sujetos al honbre en cusmto est sfendo, como un sor histérico transfermando 1a realidad y stene do transformado por ella, Ia defensa de 1a adaptacién del honbre solanente puede ser hecha por quo nes, efdseanente, lee gusta "reificar" a los dends y por quienes, masoquise ‘tanente, Les gusta ser cosa posefida por aquellos. Loe humanistas, los bistiles, “os que se reconocen a si misuos y a los otros como una voeacién de ser més, éstos no aceptan Ta adaptacién, ¥ au gue eLentan, en torre suyo, la presién de las fuerzas deshumanicantes, lum chan contra elas en favor del honbre-personay” ((2) Erich From, en mestros dfes, es une de las myores eqresion nes de pentador y honbre de cleneia, conpronetido con 1a incansable defen sa del hombre conereto en la bisqueda de ou humanizacién, Toda su obra est Lena de una honda fe en este honbre concrete, que, para él, no puede ser cosa). La concepeisn antidlalégica de la educacién, 1a que no acepta 1a partictpa eign del educande, 1a que e dapone un programa ewo contenido es de exclu iva eleceién del educador, ésta lo que hace es "domesticar™ al henbre, es adaptarle, cuando su papel es otro, CCURDERNOS 25 43 4h este estudio, cwo titulo ya dndica, pretendence plantear y defender wna posiedén conpletanente opvesta, La de una edueactén humanista y li 9 niomo, que encarna el diflege edueador-educando ya en onide progranitico, autor la bisqueda de este contenido progres stico (que im cotigacién, y ésta una netodologta) no puede ser hecha fke= 020) la ra parte del texto se detiene en ol andlisis del constatutives, say s6lo aparentemente, 1a p: inera parte del texte no tendrfa F con su objetivo fundanental: 1a dnveetigaeién del tena gense y su netodologta, Sin qubargo, sin ella, quedarfe inin eligitle e1 enfoque dado a la netodo- losia de 1a Snvestigacién del "tena generador" aquf presentadas CuADERNOS 4 25 Al iniclar este estudio sobre 1a investigacién y la metodologta de 1a ine vestigacién del "tena gonerador", sin el cual no nos parece posible la o- gandzacién del prograna educative, ce nos plantes una exigencia primordial iscutir el didlogo, mantfestactén conereta de le dlalogicidad, esencia de Ja edueaciéns Cuando intentanos un adentraniento en 61 didloge, como un fenézeno hunanoy se mos revela slgo que podrianos decir que ya ee é1 nicno! 1a palabra, Pe 0, al encontrar le pelabra, en el anflisie fenonenolégico del diélogo, co no algo nés que wn medio para que 61 se realice, se nos inpone buscar tam ign los elecentos constitutives do 1a palabra, ((2) Algwnas de las re- flexiones aquf desarrelladas nos fueron estimladas en conversaciones con el profesor bracilefio Hrnani Marfa Fiori). Esta biaqueda nos lleva 8 sorprender en ella dos dimensiones de tal forma solidarias, en dnteraccién tan radical que, sacrificads, aunque en parte, una de ellas, se resiente inodiatanente la otra, tio hay palabra verdade- ‘ra que no sea una unién inquebrantable de accién y refelxidn.* «@) a) acctén 2) de 1a accién Palabra Sstw———~ Prova Sacrifieio ” Palabrerfayver~ ») renieaén balisno, bla = Ble = ble, ») de 2a refledén fsctivieno, Pero cono 1a accién y reflexién constituyen la praxis, palatra ee practs, De ahf que, decir 1a palabra auténtica, sea transformar el mundo, La par labra inauténtica, que es el resultado de 1a dicotonfa que sufre en aus elenentos constitutives, no puede transfornar la realidad, Ast ee que, vactada 1a palabra de su dimensién de accién, sacrifica automiticazente también 1a reflexién y 1a palabra se transforma en palabrerfa, vertalis - mo, bla-bla-bla, Por todo esto, alienada y aliensnte, Be une palabra hnueca, de 1a cus] no puede uno esperar 1s demuncie del mundo, puesto que no hay demuncia sin transformacién, ni transforsacién sin accdén. Si, por el contrario, se enfatica o se exclusiviza la aceidn, con per julcio ‘CUADERNOS 25 ais de 1a refledén, Ja palatra se convierte en sctivieno. Esto es 1a accién sin 1a vigtlancia de 1a roflexién, Al ninimizar 1a reflexiSn, el activies mo niega la praxis tanbién 0 inposibilita el didloges De ahf que cualquiera de estas dicotomfas, cono cualqutera dicotenfa, re sulta de wn gensar inauténtdco y genera un pensar inauténtdco, No hey una palabra verdadera disociada de la reflexién y de la accién so bbro el mundo, Por ello misno es que la extstencia, porque es humanay no puede ser muda, silenciosa, sino Mens de palabras, oon las cuales el hom bre transforma el mundo, Hidstir husananente ea pronuneiar el munio, lo ue vale decir, es transforuarlo, I mundo pronuneiade, @ su vez, se vuelve protilenstizado al sujeto 0 a les sujetos promunciantes y exige de ellos un nuevo promunetasiento, eee en el silencio que el honbre se hae ce, sino en la palabra, en ol trabajo, on la accién-reflexiéns Pero, si decir 1a palabra verdadera, que es trabajo, que es praxis, es transfommar el mune, decir 1s palabra no es privilegio de alguns hom bbres, i no derceho de os hombres, de todos los honbress Frecisauonte yor ello, nadie puede decir 1a palabra solo, o decirla para ‘os otros en un acto de prescripeién, con el eval roba la palabra a los cents, De ahf que, decir 2a palabra, roforida al mundo que debe ser transformae do, Anplique un encuentro de los houbres para esta transformacién. El dtse Jogo #2 este encucntve de los honbres para 1a "promincLaeién del mundo, For elle, es también que no puede haber diflogo entre quienes no quieren 1s "promunciacién® del mundo y quienes 2a quierens entre los que roban la palabra y los que estén robatos de ella. Es neceserio, pare que haya eifloge en evte caso, que los robados en su palabra, princro 2a veconquisten y que, adends se esfuereen para que este aeelto deshuanicante ya no sige, Solanente asf anbos se himanivardn, woe porque ya no pueden prohibir la pelabra ajenas los otres, porque 1a rean- ‘CUADERNOS 4/6 25 quistaron, La solidaridad radical entre los clenontos constitutsvos de 1a palsbra = accdn y reflexién ~ es 1a que provoca, en los qu: no quieren actuar, el silencio, to un silencio auténtico, que en luger de ser wna forma nafioss de hui del mutdo, es una manera de penetrar en él, con una apariensia, apenas, de quien salié de él. EL silencio de quisnes no quieren actuar, por el contrarie, esté leno de palabras vacias, por ello, silencio descompronetido con el mundo. Tento tunes cone otzes, verbalistas y "eilenctosos verbalistas", al necar le pelsbra, niegan al honbre concreto, en su veeseién de transformar el mundoy EL diflogo se opone @ anbas formas de negar el mindo, en la redida en que tanbién @ 62 lo ntegan, Verbalisno y "stlencio! niegen el didlogo, que es Ls expresién de 1a forma de ser de 1s extstencia humana, eu exigencia fim danert aly En el didlogdse concretiza la aparente duplicidad de esta forma de ser ‘gue, on verdad, es nica = palabra ~ accién - reflecién, De ahf que la re= duccién de le pelatra e Ja palatrerfa, del verbo al verbalisno, con eb aco ‘turdento de su fusrsa transformadora, no pueda dar ofigen al didlogoy Cualquier intento en este sentido serfa, coro lo og, mera nistificacién, emascaramiento de 1a realidad, Fuga de la verdadera "promunciacién® del uatoy ( (A) En 1a experiencia del didlogo se constituye wn terreno coma ene tre el otro y el yo, mi pensaniente y ol ewe fornan un tejido thico, me Hiches y los de mi interlocutor son axigides por el estado de la dtscusién, 8¢ insertan en una sperecién comin ewyo creador no ¢s ninguno de nosotresy Hoy un ser dual, y el otro ya no es, en este caso, para nf, un sinple com portemiento en ni eanpo transcendental ni, por otro lade, yo 2o soy en el. suy0, sino cue sone uns para el otro colaboradores en un estaie de reek procidad a través d> un mimo mundo, Gn el diflogo actual, re Litre de mi CUADERNOS 25 on steno, los pensantentos del otro son, desde luego, pencenientos siyos, no sey yo quien los forma, stnque-‘los cipioimediatanente en cusnto nacen 0 ine clusive los anticipo y 1a objeceién que me formila ol interlocutor ne arranca pensantentos que tumca haba posefdo, de node que, oi le presto pene sonientos, a su ver me hace pensar", Merdeau Ponty - "fenonenologfa de la Percepetén" - Fondo de Cultura = Kd 0 57. For otro lado, com ya afimanos, ¢1 silencio no finda el didlogo. Este 8¢ Ampone como el canino por el cual los hombres ganan sienificacién en cuanto honbres, For ello, se torna una exigencia existencial, Y si & ea el encuentro que solidariza le refledén y 1a acetén de sus aujetos encaue sadoa hacia el mundo que debe ser transformado 7 humantzado, no puede redue cirse a un acto de depositan ideas de un sujeto en el ote, transformado en Feciplente, mi tampoco puede ser un simple cenblo de Adeas que sean consue Ridas por cus permutentes, Yo es tanpoco discusin guerrera, polénica, ene ‘tre sujetos que no aspiran a comproneterse con 2a promunciacién del suo, ni con 1a bisqueda de 1a verdad, sino que solarente etn interesados en 1a Amposicién de eu verdad, Forque os ¢1 didloge el encuentro de honbres que Promuncian el undo, no puede haber una donacién de la pronunctacién de wna a los otros, Bs un acto creador, De ahf que no pueda sar mafioso inse ‘rumento del cusl eche mano un sujeto para Ja conquista del otro, 4a conquista inplfeita en el diflogo es 1a del mundo por mus sujotos dialé gicos, no 1a de uno por el otro, Conquista del mundo para su humanizacién ¥ 1a de los honbres, El didlogo es interoubjetividad, por ello mismo, os "situate y fechado", Ne hay diflogo, sin enbargo, si no hay un profundo anor al mundo y al home bre, Yo es posible 1a promneiacién del mundo, que es un acto de creacién ¥ Fecrescién, si no hay anor que Jo Anfnda, Stendo <1 anor fundanente ded idlogo, es también diftogo, EI amor ee, eaeneialnente, tarea de sujetos, Si es fundamental que el sujeto que ana tenga en el ser anado € objeto de 98 Quer, s@ hace indispensable que aquel sea reconocido por éste también cone objeto de ou anor, El hecho de ser antos objetos del anor, uno del ‘cuapeaxos 408 25 Cén0 puedo dislogar, oi parto de que 1a "promuneiacién" del undo os te- 15 en la rea de houbres selectes y que 1a presencia de las nases popula historia es sefial de ou detorioracién, le sue cobo eviter?s Géno puedo diclogar, ef ne elerro @ 1a conts el otve, ue Jenks Foconozee, y haste ne siento ofendido con ella?. Céno puedo disloger, ef teno ta sup flo penser en elle sux Sia priori, adnito y afirms que los anpesines y los obreros son absol tenente ignorantes, incepaces, odo puedo déslogar con elles?s po tee neidiosy Ia autosufictencia es inconpatitie con ol dsélogo, Los henbres hon hunildad o que lahan perciide no pueden acerearse a los honbres st slo pueden ser sus compafieros de promunctacién del mundo. tensa fe en el onbre, Fe en su Mo hay diglogo, tanpoco, i no hay wna poter de hacer y rehacer. De crear y recrear, Fe en su vocecién de ser nfs, que no es privilegic de elganos, eino destincién de los honbresy Ia fe en el hombre es una priori del dislogo, El hombre dtalésico tsene fe en el hombre ante es una fe Sngenua, EL hombre dielégico sebe, poruué es ert: Ger de hacer, de crear, de transformar es un pader de los honbes y sabe de encontrarse con 61 al frente, Esta, con todo, no 2 gue el. pow también que los hombres, en sizuaciones coneretas en las cusles guedan aDionatos, tienen eve poder aissdmutdo, Bota pooibilidad, sin enbargo, no mata, en el honbre dialégico, su fe en elhonbre, For el contrerio, se rocponders esenta como un desaffo el cual debe Sin esta fe en el hort Ja mejor de las i= pétesis ce transforma en mantpclacién disfrazada de paternalisno, "2, ©1 didlogo es una ferea, En CUADERNOS 25 on ‘otro, los hace sujetos de? acto del anor. De ahf que el verdadero anor no se pueda dar on una relacién de objetivacién unflateral, De shf que, ‘on Le doninacién, no haya anor, sino patologfa de auor, Sadia en el qe Uoninas masoquisno en el dominado, si acepta 1a dominacién, Porque el anor es un acto valiente, munca de miedo, es conproniso asunido con él Nonbre conersto, en el mundo y con el mundo, Dende quiera que este hombre concrete esté aplastado, robado en su derecho de ser, el acto de ror esb& en conproneterse aa su causa, La causa de su huranizacién, Pero, este conproniso, porque es anoreso, es dialdztco, Si el anor, en 1a ractn de su valentfa, no puede ser "beaterfa", no puede dqusinente ser pretexto pes la manipulacién, Siendo 61 un acto de Mbertad, genera, necesarianene ‘te, otros actos de Mbortad, Sino es asf, mo es wor, ‘Sh no anw ol mundo, si no aro 2a vida, ef no ano ol honbre aplastade y vor eido, no puede dialogar. DL wor verdadero no estd en 1a mantencién del "STATUS WUOM, en el cul se encuenten los hombres deshumanizados, "eosificados", sino en 1a transform= racidn de las estructuras de 1a cual resulta que los hombres puedan se nfs, lo hay, yor ote Lado, diflogo, of no hay hunildad, La "promunetactén! del fuunde, con la eual el honbre lo reerea pemmanentenente, no puede sor un ac~ te arrorante, El didloge, cono encuentro de los honbres para Ja tarea comin Ge saber y actuar se ronpe ei ous polos -o uno de ellos~ pierden Ie hunfidad, o$n0 puedo dislorar, por ejemplo, si alieno 1a ignorancis, esto es, si la veo sienpre en el otro, minca en nif? téno poetio dialogar si ne recononee cone un honbre diferente, virtuoso por herenc$a, Al frente de los otros, meros "ellos" a quienes no veo como "yo"? ogre puodo dialoger ef me siento participante de un ghetto" de honbres puree y de honbres sabios, propietarios de la virtud y del ssber, para quien nee tevlos los que estén fuera con unos enfermos del alma o de la inteligen= cia, son "esa gente" 0 aon Mnativos” inferiores?s ‘CUADERNOS, inora bien, a basarge eno anor, en 1a hunéldad, en la fe en el honbre, en los hombres, el didlogo es una relacién horizontal, en 1a cual 1a cone fanga de un polo en el otro es consecuencia 1érhea, Serfa una contradiceién ef asf no fuera, Cono tanbién seria contradicetén ef existiera confiansa o interconfienza on la relacién antidialécica, SA, en el didlogo, a fe en el hombre es una priori, ésta tiente « creser en 1a medida en que, existenciado el difloro, se instaura La confianza ene ‘tre sus polos. Lo que era antes una fe gonéfica, pasa a ser ahora una fe eneernada, ‘gicos nfs se van eftdendo conpafieros en la promunciacién del mando. Y, cuanto nés ae desarrolla esa conflansa, los sujetos dialé- Si esta confianza fall es porque fallaron Jas condiciones antes discuti— dase Us falso anor, una falea hunildad, una debiLitada fe en el honbre no pus= den generar confianga, La confiansa resulta del testimonio que un sujeto da al otra de sue resles y concretas inteneiones, No puede existir si la palabra, descaracterizsda, no coincide con los hechos, Decir uns cosa y hacer otra, no tonando la palabra en serio, no pucde ser estimule a 1a cor ‘fianea, HL educator que habla de diflogo y nioga 2a palabra @ su educendo no puede ‘esperar su confianza, 1 hay didlego, tanpoco, sin esperence, La esperanca est en la refs de Ja inconclusién del hombre, de 1a cual se mueve en permanente bisqueda del sor nds La desesperenca es toxbién una forna de silenciar, de negar el mundo, de muir de 1. Ia deshnanizacién que "cosifica", no puole ser la ranén pac ra 1a pérdida de la esperanza sino, por el contrario, notivo para més eo peranga, esperanza que conduce a la bésqueda incosante de 1a hinenidad ne gata en la injusticla, Ia esperansa no esta, sin esbargo, en el gesto par ‘CUADERNOS. Ps wn sive de quien cruza les brazos y espera, Me muevo en la esperana mien= tras activa y decididanente buseo y, of buseo con esperanta, puedo entone ces esperar, Si el Giflogo es el encuentro de los honbres para ser més, no puede reali= verse en la desesperanza, Si los sujetos del didlogo nada esperan de su guehscer, ya no hay diflogo, 91 encuentro es vacfo y eatéril, burocrético ¥ fastddioss, Gono puede un educador desesperanzado dialogar?, Dislogar ponmué, pars qué, sf nada espera? Si, para 61, - tedo seguiré cono est, ol mundo, el hombre siguiendo su misno ritmo; si nada eanbiaré y hase ta es mejor que no canbie, para qué dialogar? Ta esperanza en que 1a vocacién del hontre 8 1a transfornacién del mundo con st palabra accién mueve al diglogo, que desaparece esta esperanza parece, Fuera de esta esperanza en un hombre responsable, ciyo Lananiento es ser sujeto, caenos en le mantpulacién y ya no hay diglegos Finalmente, no hay Gilogo verdadero si no hay en sus sujetos un pensar crftico. Pensar que, no aceptando 1a dicctonfa mundo = hoabre, reconces entre ellos una inquebrantable solidaridad, Este 3 un pensar que perei= be 1a realidad como proceso, que 1s capta en constante devenir 7 no cono algo estético, No se dicotontza a si nimo de 1a accién, Inplica un enpa= parse constante de temoralidad, a cuyos riesgos no tene, Se opone al pen sar ingento, que ve en el tienpo histérico como si fuera un peso, como si fuera la cristalivacién de las experienctas del passdof de lo que resulta sue el presente debe ser algo norualizade y bien Nconportado¥, ( (5) tox zo de una carta de un anigo autor). Fara ol pensar ingenue, lo importante es 1a aconodacién a este hoy nome Lisade, Para cl pensar eritico, lo fundanental es 1a transformaciéa perm ‘CUADERNOS. ana oe manente de le realidad, con niras a la humanisaeién del hontre, Para ol pensar erftico, diria Pierre Purter, "la neta ya no ord elininar Jos riesgos de 1a temporelidad, con 1a athesién al espacio garantizade, (aga- rrandose ao e: © garantido) sino texporalizar el espacio. EL universe no £0 revela a mi, dice todavia Purter, en el espacio que tm tera una Presencia macizs a la cusl solamente pudiere edaptarce, sino que se xe Tevela coco un campo, un doninte que va tonondo forma en le nedida de ai acciént, ((6) Purter, Ferre - "educacso e vida" = Rlitora Voseo Lintta- Ga ~ Potrépolis, Ifo ~ 66, p. 26 ~ 27). Pera el pensar ingemio, 1a neta estdé en que el honbre cuede adherido a cate esyacto garantizado, La athorencia al espacio garantizado lo leva & ajustarse a 41, de lo que resulta 1a negacién de la tenporalidad, que ee 1a negeeién de si nisco, Solanente e1 diiogo, que implica el pensar eritico, es capas tanbidn de generarlo, Sin 1, no hay commicceién y sin ésta no hay educaciéns Ia edueacién es didlogo, Su dlelogicidad, sin embargo, no expleza cuando se encuentran educador y educando en situacién pedagéviea, Debo iniciar- se antes, on le etapa de a preparacién progrendtica, ‘h prograna do educacién no es algo que deba ser hecho solanente por uo Ge Jos olos interessdos on 1, Si asf fers, 2¢ ronperfa le dialogici = dad de a educacién y se caersa en 1a concepeién "banceria" de la eduea - eign, BL prograna tiene que ser elateredo con la partie: De abi,la necesidad que tienen los eduecdores, que se reconocen en la six ‘tuacién pedagégiea,com educedor y que reconocen a los educendos tanbién sono educadores,de detectar la tendtica significative de éstos dltinoe, pacién de actos, A partir del reconosiniento de esta tendtica es que se puede elabor: a Programa, De esta mera, el contenido progranético de la educacién no es June domacién, un conjunto de informes que deben ser ‘Wepoeitados en el CuADERNOS 25 ~ edueando, sino la devolueisn, organtzada y sistenatieada, a low dndivie duos de aquello a Yo cual ellos aspiran saber nis, Ta educacién no se hace de A para Bo de A sobre B, sino de A con B, mew iatizados por el munlo, Mundo que ASRnewtamei desaffa a uno y a otro ¥ que origina vistones de €1 0 puntos de vista en torno de 61, Vistones éstas que se encuentran inpregnadas de anhelos, de dudas, de esperanzas, bbasados on los cutles se constituiré el contenide progranktico de 1a edu= HL punto de partida de ésta se halla en ol miso honbre, Pero, cono no hey hombre en 2 aire, svelte, sino que en el. mundo y con los otros, ol punto de partida de 1a educacién esté en el honbremunio. Lo que vale decir, en el honbre en gus relaciones con el mundo y con los otros, tha de las equivocactones de una visién ingenua del hmanisno est on que, en el ansia de corporificar un nodelo de "buen honbre", ee olvida de la situacién concreta, existenclal, presente del misno hontres “T mumanteno consiste, dice Purter, en pernitir 1a toua de conctencsa de nuestra plena himanidad, cove condictén y obligieién cone sttuactén 7 nro yoctor® ( (7) Furter, Plerre - obra eitada = p. 165s). Simplenente, no podaros Legar a los obreros y a los canpesines, b2tos, de nodo general, “inercos en un contexto colonial, eacd unbilicalnente Ligndos al mundo do 1a naturaleza del cual so sienten més parte que trans~ formadores, para Yontr garles conceinientos" o igponerles un nodelo de cin unilateral de nuestro trabajos Trabajo que, sélo absurdanente, en esta hipétesis, se Manarfa educative ouen horhre" contenido on 1a progres No serfan raros los ejemplos que podriaos citar de progranas educaetona= Les que fallaron porqu sus reglicadores partieron de su visién personal Ge 1a realidad, Porque no tonsren en cuenta, aunque Nese por wi mfzdino instante, al honbre en "situactén", a quien se dirigfa su programa, Y, al falar el programa, buscan siempre un chive explatorio" que, invariae ‘CUADERNOS aps 25 Dlenente, es el pueblo, considerado cone incapas y flojo, e incapes y flow Jo porque es mestizo, Y es asf considerade porque ha rechszado le vertie calidad de 1a prograzseién 0 porous haya producide poco con ell No pocienos, a no ser ingenuanente, esperar resultados positives de una la- bor educativa que no respete 1a particular visién del mundo que tenga el. pueblo y cuyo prograna ee constituya en una especie de invasién cultural, faungue hecha con la neJor de lac intenciones, Pero, siempre invasién cul= tural, Sor&, a partir de la eituscién presente, extstencial, concreta, que reflo- a el confunto de aspirnciones del pueblo, que podrenos trabajar el conte ido progranético de 1a ruceetény To que se debe hacer ¢s plantesr al pueblo ou situacién existencial, com creta, presente, coro un problema que, por ello miso lo desaffa y, asf le ota, a sa vez, tlende a ser dada, m0 sola exige una yeopuesta, Esta resp mente a nivel intelectual, sino de 1a aceién, Esto se dé no un problena, ou tendencia es a orginizarse reflexivanente para la captar eldn del desaffo, Al organizarse reflexiva y criticanente se encauza hacia La accién, también erftica, sobre el desatfo. fe 4 que, al plantedroele su situacién existencial, concreta, com Fara evitar que se piense que estenos defendiondo 1a dicotonfa que ya com que no geparanos Ios menentes, el uno de re betinoa, es necesario aclarar flerién el otro de accién, Bn al mimo instante en que el hombre ejerce uma reflexién erftiea sobre una situacién conereta que Io desaffa, esta r flexién ya constituye un nonente especial de ou acciéne EL papel del edueador, por todo esto, no es propianente hablar el pueblo sobre su vieién del mundo o imponerle esta vieién, sino dialogar con 61 so bre 1s suya y la de €1, 94 tarea no es hablar, disertar, puesto que os problenatizar 1a realidsd conereta del educanto, mientras igualnente se problenatizs. ‘CUADERNOS o ans ‘Tenenos de ectar conveneidos de que 2a visidn del munto que tiene el pu blo, que refleja ou aftunesén en el mundo y envuelve todos los aspectos de 58 quehacer, 05 una totalidad, a accidn eduestiva ne pusde preseindir del conociniento erftico de este situacién, 20 pena de tornarse "bancaria! © de predicar en el desiortos Esta ¢9 1s razém porque, muchas veces, los educadores hablan y no son coe tondides, 92 Lenguaje no sintoniza con 1a situacién conereta del honbre concreto a quien hablan, Y su habla es un discurso alienato y aldenantes ‘un 1a concepeisn que estanos defenliento y, que plantea a exxigencla de un prograna elatoralo dialégieanente oe resliza una educacién ilwinada por unt visign lnmandsta de carfeter clentffico, Wisin que reconces al hone bre cono persona, sin embargo un Honbre concreto, insertedo en una reali~ dad conereta, en una estructura ue lo condiciona, De ahf ue este concep eign no se plends en devaneos Mfricos, no se entretenga con modelos prefa- bricedos para 1a selueién de los problemas, ~ sino que tenga cono base ir hacia 1a ndsma realidad cue genera los problenas y en 1a cus] estén 203 hontres. ¥ adends ir hacia esta con Jos honbres que 1a viven y no sin ellos, para, juntos, sacar de la realidad que los mediatiza, el contenido progranitice de 1a eduesciény La fuerte tentacién, ain enbargo, eo 1a del falso testinonio de 1a concep ein antidialégies, Ee Snponer ceminos, Bs "entregar conceimiento", con of conocer no fuera crear,recresrbuscar ingutetanentes is naneJarylos qv sedean Lever por esta tentecidn parten, de modo generel, de una falsa visién del conociniento y absolutizen 1a ignorancia del pueblo, Y, al hacerlo, no les vjueda otro eanino sino imponer caninos, "Entregar, Lievar, conseindentos", Hay, inclusive, quienes habten de "salvar esas po= bres nases elegas © incultas” y, con "salvar" significan exactanente contin que ellas deben ir, Si estas masas son reale cirlas hecia conte es pares nente elegas e ignorantes abeolutas, urge que sean enseiiadae y educadasy gdencs aof plensan conelwyen féeilmente que el contenido de esta envefianca ‘CUADERNOS ane 25 ¥ de esta educacién debe ser no s6lo buscado sino que elaborado por ellos. Hlaborado por ellos, dentro de los marcos de su vieién, raranente coinci= dente en algsin punto, con la del pueblos 0 nos convencenos de que nadie educa a nadié,o.no. supererenos la concencién antidialégica de 1s educaciént ( (8) Es importante subrayar que haconss octa advortencta exclusivanonte a aquellos cuya antidislopieldad no tiene otra explieaeién eine en ou equivoecién), Solanente en Ja realidad nediatizadora, en 1a concioncia que de ela tem ganos, especialistas y pueblo, podrenos buscar el contenide progranttico de 1s eduescién que debe sor planteade al pueblo cono problema, jane como ‘tenas de exclusiva disertacién, Contenido prograndtico que nacerd de un acto previo a su omganizacién, que es su investagacaén, Ls amvestagacion, \fie Llanasos investagawzon cal "umverso tenético sient fieativo" o del "tena generador", inplica, obvignente, una netodologta, Lo importante, sin entargo, es que este motodologfa sea en oi conclentiza- dora, Y, al mismo tieapo que posibilite 1a aprensién de Ja tonftdea ofg- nificativa, profundice 1a toma de conciencia de los individios en torn de 1a misma tendtica, De sh que 1a propia netodologia deba sor pedagécleas No se trata de nirar a los hombres cono el objeto, del cual el investiga dor serfa ol sujeto, HL objete de 2a investagacién no ee realmente el hombre, visto cono una cosa, sino su pensar, Io que él piensa, oémo plem sa, en torno de qué pienss, Cual es su visi6n del mundo, Bn nuestro caso, no se pretende propianente investigar al pueblo, como si fuera una pieze anaténdca, sino con él, su pensar, su conjunto de ideales, sus Anguietudes, su tendticas EL investigador no se comporta con 61 como si é1 fuera algo frfo, inciten= CUADERNOS 25 and cia de su accién, objeto de su andlisis, La netodolog£a que defendenos implica por ello mismo, 12 superacién ini= ciel de cualauler estableciniento de principios £3jos, Los investigadores profesionales y el pusble (que serfa en otra concepeisn, ‘objeto de le accién de los prineros) en el flujo de 1a investigecién se hacen, anbos, sujetos de ella, Bota superacién origina Ja coneiliacién, on el miso comienzo de la inves= ‘tigacién entre investigador y supueste investigado, Guanto mis los hontires asman una postura activa en la dnvestigacién de su tendtica, tanto nés profundizardn su toma de conciencia en torno de 1a realidad y, explicitan lo su tenétdea significativa, se apropiarén de ella, Para nosotros, el. gran riesgo de 1s investigacién no est& en que el supuesto Snvestigado se n igo estd exactanente en lo contrario, Esté en dislocar el centro de 1a Anvestigacién, que es 1 ativa, objeto del anflisis, para Localizarlo en ol pueblo y, de esta forma, hacerlo objeto de la investiga ciény descubra investigader y asf, "corronpa" los resultados del andlisl ri tondtdea elent: la investigaeién de 2a tendties, en que so basa 1a elaboracién del progra- a educative, on cuya prfetiea edueador y educando se funden, tiene que bo sarce iguslmente, en la recsprocidad de 1a accién, Y ahora, la nisna ao cidn de investigar, Més an - porque 1a educacién Iunanista tiene cone uno de ous objetivos bisicos ne 1a adaptacisn del honbre al mindo, sino la transfornacién de ste por el hombre ~ 1a investigactén tendtica no puede visiones pareiales de la realie perderse en los esqueas estrechos de dads tio puede perderse en lo que Lahanos irdnicanente "isién focal" de 1a rea~ dad, a investigacién tenftiea no puede reducirse a un acto puranente mocéntico, puesto que €s proceso de bisqueda, de conociniento, de creacién. De anf, CCUADERNOS ans 8 que sea necesarie que los eujetos dnvestigadores vayan descubriendo en 1 encadenaniento de los tenas significativos la interpretacién de los problemas, Ia investigacién se hace tanto nfs pedapSgiea cono nfo erftica, y tanto nfs critica cone w bese a la categoria de totalidad, Ia problenatizacién de les tenas, ous vinewlactones”con étros, su envoltue ra histérico-culturel, todo esto debe estar presente en el proceso de bise queda de 1a tenftica significative, Ast cone no es posible - lo que enfatizanos el inicio de este trabajo = elaborar un porgrans y donarle al pueblo, tantién no lo es elaborer rutas para 1a investigacin del universe tengtico a partir de puntos pref Jados por los investigadores que se juzguen a si misnos sujetes de la investiga cin, Sujetoo exclusives. Tanto cono lo es 1a educacién, 1a investigacién que sirven a ella, tiene que ser una operacién sinpdtica, en el sentido etinolézico de la expresigme Esto es, tiene que constituirse en la comunieacién, en el sentir con le realidad que no puede ser vista necanicistanente 2ena de conpartinientos, simplistanente que "se comporta bien", sino en la complejidad de su deve Estf atin en el carfeter pedagépico que aboganos para 1a investigeeién tents tea, el énfasis que debe ser dado, en su proceso, a'la categorfa de finse dad, Categorfa on 1s cual se bafia Ja propia existencia, No hay exteton cla humana (que debe inplicar una constante transformeién del mundo) sin finalidad# Fero, si todo existir implica finalidades propuestas por el ecistente, éstas no se reslian o se procesan en 1a sum de las extetoncias Andividuales, sino en la comunisn de elias ( (9) Bsta es 42 razén por Ja cud los hombres a quienes se les mle ga ol derecho de tener sus finalidedes se "reifican" y quedan alienados a Las findlidades que se Je imponen). CuADERNOS 25 te eriben ens finalidades a los otros y los reducen a neros objetos. In este caso, los unin, sin enbargo, no puode daree cuando algunos ree we actian asf, prohiiben a los dends que tengen finalidades, puesto que, Las finalidades de los segundos son la de los prineros, La investigeoién tenftidca, sin Ia cual no hay progranacién eduestiva autén= ser instrumente de 1a Smposicién de finalidades al pueblo, thea, no pue ia bisqueda en comin de finalidades, Ios especialictas y el pueblo, ambos nvestigadores, se encuentran para una tarea existeneial, por ello, ne ine y tecnicista, cual es 2a de encontrar Junto el eanino para we "8 crescan y se husanicen, y ésta es 1a findlidad mf aecién en la que xing de la existencia humana: huranizarses Bs necesario que nos convenzanos que las asplractones, los motives, Las fi— rralidades que se oncuontren inplfcitas en la tendtica significativa, o la eqliektan, son aspiraciones, finalidedes, motives humans, Por elle, no etn ahf, en un dsterninado espacio, como cosas estéticas, petrificad sino que est siendo, Son tan histéricos cono el hombre, que no s6lo es 3 con él +6 en al mando, captados fuera del honbre cone eto, que existe en una situs cin conereta, vaptarlos y entenderlos es entender los honbres que es en lp zueden 9 carnan, Pero, precisanente porque no ee posible entenderlos fuera de los 8 hombres tanbién ‘5 coneretos que los encarnan, es necesario que e: tos entiendeny sr20 comin de con fad y de auto-conclencia, que la dnserihe cone © punto la investigacién tenética se hace asf, entonees, wn eof neia de le reais Jo partida del procezo eduestivo, Podrta deets e gadores profestonsles, eujetoe de la bi esto perjuticarfa 1a Nobjotividad" do 1a Anvestigactén, Que los hallacgos ya no serfan "puros! porque habrfan oufride wa interferencla "intrusa!” ie» en tino andlisis, son o deben ser los mayores © que, st los propios hombres son, al igual, 1oda de ou tenstica per parte de aquellos CCUADERNOS 4/20 25, Anteresados en su propia educseién. Esto revela una conciencia ingenua de a investigaeién tendtica, para le cual los temas extstfan en su pureza objetiva y original, fuera de los hombres, cono si fueran cosas. Para esta visicn ingenua cuanto =s sean los hontres, cw tenitica ce busea, pasivos en el proceso de la investigacién, tanto nds pura seré ta, EL fnvestigador ingenuo ro pereibe que micho miyor y ads grave per - ‘turbscién puede causar su presencia curfosa, que no establesca relacién comunicativa con los denis, No percibe, por otro lado, en su vieién estética de 1a realidad, que os Amposible 1a captacién, en estado pure, de une teuitica, puesto que, af ella no existe "fuera" del hosbre es a través de 61 que se expre: AL eqresarse, sin enbargo, en un monento dado, puede ye no ser exactanen= te lo que era en el nonento anterior. Lo inportante osté en que estas al- teraciones, que son, en algin aspecto, inevitables no llegan a perjudicar 1a valides de 1a investigecién, Porque la investigacisn se realiza en el dominio de lo huano y no en el dominio de las covas, es de su naturaleza que sea asf, BL investigator de 1a tendtica significativa del pueble que, en nombre de Ja objetivided ctentinica, transforma lo orgénico en Anorgénico, lo que c= ‘4 siendo en lo que es, 1o vivo en lo muerto, en el fondo, tene el canblo, ‘tene la transformcién, Ve en ésta, sin negarla, pero tanpoco querigndo— 1a, no un sfntona de vida, sino un anunclo de merte, de detertoriacisn, Qulere conccer el eanbic, no para estimilarlo, para profundizarlo, sino Para frenarlo, 0, a veces, para orientarlo en el sentido de finalidades contrarias a 1a humantzacién del pueblo, Pero, al tener el cantio, al hacer del pueblo objeto pasivo de su accién Anvestigadoras al ver en la midanza el ammcio de 1a muerte, mate la vida 1 no puede esconder ou marca necrdfila, CUADERNOS 25 ro La investigacién de la tenética, cono ya dijinos, es le investigacién del propio pensar del pusble, Fensar que no se da fuera ce ios honoresy ni ‘vanpoco en el homore solo, ma en el vacfo, Fenvar ye 9e us en 109 hour ‘res, entre Jos homies, referido a una realidad, que no es solanente ceo gréfica porcue, eiende humana, es histérica, EL objetivo fundanontal de la investigacién es sorprender cono piensen los Anlividuss su reaidads le que plensan sobre ella, no propianente pars he ‘cor que ellos sean "consumidores" de "cultura", sino para que sean creado ree ce culturay be ah que la investigacién del pensar sea ya un acto de creacién cultural, y no de ‘tonsumo", Y, porque es wn acto de creacién, cono deben ser los ac~ ‘tos husanos, no puede dejar de ser comnicativo, dialésico, participantes is puedo invostigar el pensar del pusble sino pienso. Pere, no puedo pene sar auténticanente ef el otze tantién no piensa, Sinplenente, no puede penser por el otro, mi para el otro, ni sin el otro, La investigacién del penser del pustlo no puede ser hecha sin el puetilo, sino con Gy como sujen te de su pensar, Y, of su pensar es “ndyico" 0 ingenwo", ser4 pensanio eu pencar, cnuclto en la accidn, que el misco se eiperard.t la superaciéa ne be da en el acto de consunir Sdeas, como Intenta la visién ingenua, sino en el de crenrles y traneformarles través de la insereién on 1a realidad que nediatiza a los henbres. La objetivided, insistenoe, cone exigencia de tedo nétodo cientétice, se Ya cud, el analicta debe acerearse a la realidad para verla cono elle ‘00 ¥ ro como le Parezca que debe ser, no se deforma en 2s retodologia que defentenos, Solenente no consideranos privilegio del investigator profe- sional de la tenftica sgnifiestiva del pueblo, que se acerque @ La reali~ dad a que estS referido el pansar del pueblo, Ms ant para acercarse a esta realidad sin deformarla, tendré que hacerlo oon el pueble tanbiény com nie sujeto de su pensars ahora Men, €l honbre, porque es wi ser en "situacién", se encuentra enrei- CCUADERNOS p22 25 ado en condiciones tieapo-espacisles que lo marcan y a las cuales & mere ca igualnente, Su tentencia es reflexionar sotre ou propia situacionalidad, en la medica en que, desafiato por ella, acta cobre ella,. Esta reflexin inplica por lo misno, algo nés que estar en situacionalidad, que es su posicién fume Ganental, EL honbre ex porque get en eituacién, Y seré tanto nds, cus to ais piense crfticanente ou gstar, Esta reflexién sobre le situaciona- Lidad es wn pensar Ja propia condicién delexistir, EL "engejanentol@re = sulte inclusive de ahi, Hesulta de 1s refledén sobre 1a eitweionalided, No es por otra rasén que el Yengajanento” es una auténtica foma de coupro- neterses Yes por ello tanbién que las formas puranente activistas no Le gon a caracterizar propianente 21 "engajavento", Su carga - la de las for= mas activistas ~ preponterantemsnte erccional lat colleea en una droite de accign sectaria, Sélo existe "ongajanento" cuando el. honbre, descubrifndo= seen “oituacién", se pregunta sobre su situactonalidad, En la medida en gue la situscionelidad deja de navecerle una realidad espesa que lo enruel~ Ye, alguna cosa ms 0 menos nublada en la que y bajo" La que est; un ca= Llején sin salida que lo angustia o en el que se siente abrnado y, refle- sdonando sobre su situactonalicad, enenge de elle. vaidn Le poat- bélite eaptar €1 signtticate de su momento, Sclanente entonces seré capa de interferir en €1 adecuadanense, ( (10) Giro brasilefio que tiene cone imegen al soldado que terninado ol Servicio Militar ObLigetorie decide con ‘tinuar en €l ejéreite voluntartanente) 41 "energer" de 1a situseSonalidad, gana de olla wna vieién ereesentenente Acide, Se prepara asf para Liberarse de les oadenas en que estaba y de as cusles apenss tenfa cifusa conciensia, Se capacita para ineertarse en Ja reclidad, La insercién es entonces un estado mayor de la eituacion: Gad, y mayor que 1a enersién, Is 1a propla conciencia histéries. De chf que sea la concientizactén, el profundizaniente da le toma de con ciencla, que caracterica toda enersién, En este sentido, toda investiga eign tenética que prepara el canino pare la insereién ce hace pedandciea Do la nisua fora, toda educactén que no sea un acto de consunir ideas de- CUaDERNOS * 4/23 positadas, sino de producirlas, se hace investigseién del pensar. uanto més investigo el pensar del pueblo con 1, ms nos educamos jun ~ tos. Cuanto mis nos educazos, me seguinos Anvestigando, Hlucacién Anvestigecién tenitica, on 1a concepeién problesatizadore de la eduea ~ ein, 8¢ topna asf una sola cosa, © momentos de un isto proceso, 42 reconccer 1a interacei6n honbre-mndo, de 1a cual resulta 1a concien= cia de éste y 1a del yo, 1a concepeién problenatizadora eitia el pensar Gel pueblo, que no puede ser un pensar en €1 vacfo, cone micleo expresi= vo de su tendtica, Investigar ese pensar, tentento al pueblo como suje~ toy es ya educar al pueblo y educarse con 1, Mientras que, en la concepesén "bancarie" de la educscién (antidialésion yor excelencia, por ello no comnicativa) el educader deposita en el edu cando el contenido prograudtico que 41 misan hace; en 1a educacién proble~ matizadora, dlalégica por esencia, este contenido, que janks es depositax doy 09 2a expresién de 1a realidad mediatizadora de los polos educador = educandos educando ~ educador, Esta es 1a razén porque este contenido tiene que estar steupre renovndose, e unk = Ia tarea del educador es trabajer en equipo intordisciplinario @: verso texdtico, recogide en la investigacién y devolverlo, como problena, no como disertacién, a los oducantos, Si la educacién problenatizadora y de 1a comuntescién, en la etapa de 1a alfabeticacién, busca ¢ investiga la "palabra generatora", en la posteal- febeticacién, busca © investiga el "ona generader", Bh una visién humanteta, no mds "oanceria" de 1a educacién, los temas go~ neradores ya no pueden involucrar finalidades que deton ser impuestas al pueblo, sino, por el contrario, deben reflejar ous enhelos y esperanzas, Do ahf, la investigactén de Ia tenftica como punto de partide del process educative, como punto de rartida de su dialogicidad. De ahf, también el imperativo de ser concientizadora 1a metodologta de esta investigacién, CUADERNOS 4026 25 Qué hacer, of tenenos le responsabilidad de coordinar un plan de educa = efén de adultos en un drea canpesino, que revele un alto procentaje de analfabetisxo?, HL plan ineluiréa 16 alfatetisacién y 1a post-alfabetiracisn, dentro de una perepectiva eritica, esto ex, esterfa preoeuyndo con anbas etapas com me proceso de inteyrecién del hombre (lo cue no significa su adaptacién) 2 ou realidad extsteneiel de 1a cual lo profesional y lo téenico son di = nensiones, Se impondrfa entonees 1a snvestici én tanto de 1a "palsbra generedera”" come del “tena generator" para que pudiéranes tener el procrane para antes etapes del desarrollo del plan. Concentrénonas, con todo, on la investigacién del Mena generstor™ o de le tenética signi fieativa, HL priner trabajo del investigator, 1 lade del educador, serf delinitar 2 drea on 1a cual actuard con el pueblo y que, en segulda visitars#, ( (21) Bs andispensatle que el equips coneulte estudios = si los hs Lizados en torno del 4rea). En este enpefio, que inplica un reconpeirviento personal del res, de su pal- saje ffsico y humano, que edge su nirada erftica, encuentros informales, paseos, ete., ubica las instituciones populares cue existen en el érea, Cubes recreativos, de Diftol, cooperstivas, soctedades benéicas, sind toe, ete, Observe el tipo de trabajo del érea, las herrantentas enpleadas, ete, Desde este nenento, el investigador debe ser un observador "sinpético™, En su Libreta de notes, como Wright Mills sugiere, ird registrants todas Jas cosas aparentenente més sin mportencia, La forma de ser de las gene tes, su modo de conyersar, su comportaniento en el oulto religioso, en el trebajo. Va registrando expresiones del pueblo, ou iencuaje, sus pelabresy cuapeRwos 25 ans eu eintaxis, que no es propisnente la pronunciacién defectuosa, sino 1a forma de construir su pensaniento, Betas notas, que van fijanto las observaciones del equipo de investigado~ pee y recistrando Las maneras de ser de los hombres del érea son Auvdanen= tales para log estutios en torne a 1a tonttica que send investigada, Es indipensable que wi dibujante o wn fotégrafo, o anbos, fornen parte del equipo de investigacién, Es imprascinditle quee stén al tanto de los ob Jotivor de la labor y que tengan sensibilidad social, Después de un tienpo prudencial en el drea, ye con varios aspectos de su reslidad registrados en ous 1dbretas, se reunirfan los mienbros del equipo en este investigador para disoutar entre sf cus observactones, Solanent especie de ceninario uno sabe lo que el otro ancté# ( (12) Bn caso de ser posible, adente de estas notes, serd ideal ol uso de grabstoras portétiles ya en esta etapa de 2a investigacién), Bh este diflogo en torno de aus asolactones justifearén las razones porqué éste o anuél hecho, ésta 0 aquella escena, 6éta o aquella palabra o afimmecién les han desafiatos Probablenente, muchas de estas observeciones coincidirdn, Obras, m0. Ip Amportante esté en que el equipo tiende a honogeneizarse en su mirada how cla 1a realidad, Después de este encuentro, el equipo decidiré cudles sergn las situaciones ecistencicles que Ueberfn ser fotografiadas o dibujadas, th momento en el nereado, Una escena del ewlto, Un volorio, un entierro, Un borracho en la calle, Honbres trabajando, tn baile de cueca, etes. Betas aecenas, patazos de la existencta colectiva del Srea, irdn a consti~ tuir 1o que Lanarios, por faltarnos una neJor expreatén "codificacibnes neutras'!, cua descodificactén peritiré al investigador iniclar su traba- ge de Anvestigacién de 1a tenética eignificativa de los hombres del area, Bletorando este trabajo, volverd el Anvestigador al érea para intentar el, priner didlogo, conforme indique la realidad, con 1a directiva de las ine ‘CUADERNOS 4126 25 ‘suctones del rea previenente ubicada: Bn este priner encuentro, interpretard a 1a directiva de estas institucio- nes los objetivos del plan que serd desarrollade, Hxplicard, en su inter pretacién que, si éste no llega a ser wi plan de los hombres del érea, fee Wer, que su &cito el de 1a alfabetizacién como el de 1a post~alfabeti= sacidn- dependerd no solanente de uno de sus polos, sino de los dos, due, 4 los individuos no Llegan a descubrir en el plan una razén de ser, no podré ser hecho Si las directivas de las instituctones aceptan el didlogo, el investigader ‘os hablaré, entonces, de a posibilidad de realizar encuentros, no sola= ents con ¢lias, sino con otros mieubros de Ja institueién, Eneuen ~ tros en que hard, en grupo, 1a discusin sobre algo concreto, Determinats la fecha de 1a reunién para el primer eneuentzo, el investigar dor, en ese dfa, propone al grupo, cono tena de diseusisn, una de las es conas dibujadas 0 fotegrafisdas que, como vanes, refiejan formas de exix tencia del dea. ahora bieny oll investigador y los individuos, todos reunidos en una postin Fo dialéetea en torno de una misaa situseién probléadtica, se inn hacien do oujetes de su andlisis, La tnvestdgaeién no conienza con 1a foraulactén de preguntas establecidas por el investigador, sino on la Nescodificacté! de la "eodificacién” de una situactén conereta, vivida por los individuos del froa, Ia tendencia de éstos es, en un primer monento, meranente Ja de deserihir la situscién, En seguida, sin enbargo, pasan de ls deseripcién de la aie tuacién a un anflisis de los detalles al cual sigue, finalnente, la erdtte oa de 1a situacién propuesta, Pero, como 1a situscién existencial, tem nan por hacer la erftica de 1a existenciat (G3) Tuwinos recientenente, en New York oportunidad de observar un conportantente Adéntico del que se verifies en Chile y que eltanos en muese CuaDERNos 25 ‘tre trabajo "“ucacién cono préctica de la Libertad", Asistinos, a un "efroulo de eultura" (en nuestra temminologfa) de um excelente experien= cla elucstiva realirada allé por 62 "Institute for liuman Development", en as tomas pobres de Hew York, donde oinos decir a uno de los participan = tes: me gusta discutir sobre estas fotos porque, aunque viva aot (y ofa aba Una de elias) no Lego a percibirle, mientras vivo, shore, al disou- tir, veo como vivo", ) Durante 1a @iscusién, adenés do la grabacién que ester elendo hecha, un auclliar del investigador en el fondo, investigador tazbién, debe ir re — gistrando las expresiones mis significativas. En la nedide en que los partieipantes del grupo van manifestdndose on relacién a la situscién que os es peculiar, irdn haclendo afiimaciones indicadoras de su visién del mules Wisién del mundo que, todo indica, no siempre seré particwlar de un mien bro del grupo, sino de éste el cual a su vez, estar refleJando Ie visién del mundo de 1os honbres del Area ( (U4) EL equipo de TOM, de a oft cina de educacisn, empieza algunas Investigaciones de este tipo, euyos ro sultrdos serdn publicados en su oportunidad). 4B investigador experimentado, sin enbargo, reconscerd puntos de vista que sean mis personales o individuales y que, por ello, pueden no refleJar Ja visién general, stos puntos de vista, con todo, tienen gran inportancia fon €l proceso de 1a investigacién, Deben ser problenatizados al grupo quey Aiscutiénolos, puede rechazarles o incorporarlos, Cuando estos puntos de vista son radicalmente diferentes de las posiciones del grupo pueden suge= rir al investigator algunas hipstesis, Es probable, por ejemplo, que ellos partan de individuos recién 1lezados a 1a Zona, con otra emeriencia exis- toncial nfs o menos rica, He probable, tanbién, que indiquen la mayor © nenor lucide 0 claridad de algunos en su enfrentaniento a 1a realidad, Gabe al investigader, porque eatd en didlogo con €l grupo, no solamente cirlo, sino desafiarlo cada ver nds, problenatizande, por una parte, 18 situictén existenctal, (codifieacién neutra) que estd siento presentada, ‘cusbERNos 4/28 25 ¥ por otra, ss propias respuestas que el grupo vaya dando, en su descoe aiticacing ‘Si un miembro del grupo declara, por ejecplo, mientras diseute 1a situa cidn presentada -una situacién de trabeJo en el campo que no hay nada que hacer frente a lo que, Anclusive, Lega a considerar injusto, sino tex nor pactencia, (Jo que puede nanifestar una de las faces de la conciencia "opaca”) cabe al investicador problenatizar, ahora, la actitud de pacien= cia sugerida, $n este sentido, devolverfa al grupo 1a reepuesta, en forma de mueva pre Quign més piensa ast?, Por qué?., eter De esta naners, estarg profundizande 1a tora de coneiencia de la realidad, En 1a medida en que el investigator vaya problenstizando Ja situacién y problenstizands 1a propia descodificacién que hacen los individuos, betos inn Yextroyectando", por le fuerza eatértiea del nétodo, una serie de sone ‘timientos de opiniones, de sf, del mufilo y de los otros, que posiblenente no Yextroyectarfan" on efreinetancias diferentes. En una Anvestigseién realizada en Santingos cuando el grupo residente en un conventile diseutfs una escena en que aparecfan un hombre borracho tres jévenes en una esquina, convetvando, los yarticlpantes, de modo gent ral, afimaban que: Yahf solanente es productive y Gti a 1a nacién el tow rracho que viene volviento para su casa, después del trabajo, con el cual. ‘gana poco, Freceupando con su fenilia a cuyas necesidades no puede atender, cone nosotros, que tanbién conos borra = WH Antorée del Anvestigator, Patricio Léper, era estudiar aspectos del ale cbhelisuo, Tosiblenente no habria conseguide estes respuestas si, con wna ruta de investigacién elaborada por 6 misno, ve hubllera dirigido « qullos Andividuos, Tal ver, al ser preguntedes directanente, habrfan negado in- (CuADERNOS 25 429 cluso que tonaban trago de cuando en cusndo, FPuestos, sin embargo, en ua relacién dialSgica, al frente de una situactén existencisl, expatica dios, hablaron, lay dos aspectos inportantes on la declaracién de estos honbres, For una parte, 1a relacién expreeada entre ganar poco y beber, enborracharsey Bae Yorracharse cone una especie de fuga de la realidad, cono tentative de sue peracién de 1a frustrecién de su ro poder actuar*.. ( (15) A propSsito de Ja frustracién del no poder actuar, ver From, Erich? "@ coraxén del hom bret, Una solueisn, en el fondo, auto~destructiva, neorSfila, Por otra, Ja necesidad de valorizar al que bebe, ra "el dnico dtil s 1a naciény porque trabajabe, mientras los otros lo que hacfan ore hablar dela vida jena", Y, después de la valorizacién del que bebe, su Adentificacién con 41, cono trabajadores que tanbién beben, ‘Trabajatores decentes, Tnaginenos, shora, lo que podrfa acontecer con 1a lator de un educador del tipo que Niebuhr Wana "ooralista!, que fuera a hacer prédicas s estos honbres contra el aleoholiss, tonando © pontenio cono ejenplo de virtud, exactamente 2o que, para ellos, ro era nanifestacién de virtud, ( (26) Miebuhr - "EL hombre moral en una sociedad inporal'',), HA dnioo caring, desde el punto de vista pedagSgico, on éste ono en otros casos seria 1a concientizacién de la situscién quedbe ser intentada desde La etapa de 1a investigacién tenftiea, concientizacién, es obvio, que no pare en el reconoeinfento de eanoter purcnente subjetivo de la situacién, sino, por el contrario, prepara al hombre, en el plano de 2a acciény para Aa bilsqueda de eu afSmacién cone persona, Pare su Iunanizacléns Observasos, en una experiencia de 1a cual participams en el lordeste Bum silefioy en una zona campeaina, que durante toda 1a discusién de una situa cin de trabajo, 1a téntea del debate era 1a reiviniicscién salarial y la necesidad de 1a creaeién de 9u sindicato para esta reivindicacién, no para otra, De ver en cuando, ein exbargo, hablaban del riesgo que corrfan bus cando 1a undén, "porque esto, decfan, parcefa al patrén obra del comunisnoy jeutieron tres situaciones en este encuentro y la tesis fue siempre 1a (CUADERNOS 4/30 e kiana! reivindicseién salarial y sindlcato pera atender a esta retvindie cacién, th programa de educacién para estos Intividuos no podrfa degar de lado ese tos puntos, Constdtusan indiscutiblenente tenas generadores fara ellosy Tnaginenes un oduesdor que organtzara su prograna para aquellos hostres yy en lugar de 1a diseusién sobre sindicato, sobre sus objetivos, eu organi~ zacién, les propustera 1a lectura de textos on los cusles se hablara de que Mal sla 8 del ave"... ¥ esto es 1o que ve hace, Lérnin0s prepor 08, pore no 28 tea en ta que Le dialelsided de la encoctén extent on In inesttgntéa mation, . to Gualquiera que sex la aceién que tengr : n que tengaos que realizar, siempre que sea ‘con hombs we scindir del anélisis de ou vieién del mundo. De ella rotiromos el contenido de nuestra acct. Ne sulten los esquenas Mgidos y prefijadoe pare una realidad en dever nig cono la himana, Fars ectuar en el tempo Hiistérico, no podenos hacerlo cono cuando nos som netenos al tienpo del colendario, que es cronolégico, El tienso hstérico est enpo de los honbres, de seontecintentos, de quchaceres. Aconpalienos, sin entargo, al investigador en su trabajo. En el término de da rounién que hace con diferentes grupos de individuos del érea de la investigacién", va recoglendo manifestactones reveladores de los amhelos, de las dudas, de las inguistuies, de las eeperanzas, en ciyo seno va viendo configurarse 1a visién del mmdo que ellos t4enen o estén tentento, Va xeeo- Giendo manifectactones que indiean si percepelén de la realidad, 4e la o: reculta una visién mgtea o ingenua de la misma realidad; su mo, frente = la protlenétion extstencial desafi sual isto, 0 dors ° Fotalisno que los Leva al crusaniento de bratos, juesto que se sienten imposibilitades de sotuar porque "La vida es acl 7 no vele 1a pona esforzarse’, 0, tanblén, (CUADERIOS 25 La enersién de 1a concienela que se deseubre cono un "ser para otro" 7, 2 posar de esto, tone constituirse en un Meer para oi" ( (27) EL mine ro de personas que deben participar en los encuentros para 1a descodifi- cxcién serd estinado en funcién de a poblacién del Area). HL investigator, después de aplicar Les prineras "codificaciones neutras” 8 varios grupos y estar en posesién de los resultados de las discusionee, puede elaborar otras codileaciones basadas en log andlisis heehoe por 1es Anividuos, Ia teadtica central de estas nuevas codifiesctones estarta constitufda por trozos do 1a visiéndtel munlo que esté siendo anunctada a este altura de 1a investigacién, Yelve al debate con esta nueva eerie de codificactones, procedienio stem pre de 1a nisna forma: problenatizando a situacién presentada y los reom yuestas dadas., HD investigator va asf recogiendo de las discusiones con los varios grupos, que estén siento, con 61, sujetos de 1a investigacién, un material cada ver nhs rico, 2 anflisis detenido do este material ofrecer ahora, interdiseiplinarian mente, la posibilidad de organizar una ruta de encuesta con el enpleo, ine elusive, de las expresiones del pusblo®, ( (18) Tuvinos oportunidad de conocer ol trabajo realizado por la "So cleté de lecherche Economique et Sociolopique on Aericulture" ~ SAKES - a twevés de una conferencta realizada en Santiago por uno de sus mienbros, el Secislogo Francés Hoel Camnat, con aden conversanoe largencnte, ate contre hace Snvestigeciones de actStuder con netodologia parecida, Lo im portente, en este caso, 95 (ue, para los investigadores de le SAXES el. pueblo no es un nero objeto de su investigactén, Preocupacién senesante encontranos en los Betsdos Unidos en profescres con quience conversanos, entre ellos, los profescres Donia Goulet y shepard fronan, de la INDIANA UNIVERSITY, EL prinere de estos profesores trabaja actuslnente on wa netodologfa para la investigacién de os valores en el proceso de canbio, cuya fundanentacién floséfica se indentifica totalner CULDERNIOS spt 25 ‘te con la que presertanoe en este estudio). Esta segunda etepa de le investigacién sobrepasa la esfera de los grupos ‘con quienes hasta ertonces el investigador trabaié y aleanta a otros grun pos poblacionales del érea, (grupos do control). Esto positilita la rece tificacién y 1a ratificacién de los hallasgos realitados hasta entonces, cono tanbién su anpliacién, Lo importante es que fiJados algunos "tenas goneradores" en la prizera fase y confirsados m la segunda, vuelva el investigador a Joe indivicuos con quienes trabajé para discutir fs profundanonte los posibles tems ya esbozados. sta discusién en torno de los manos tenas que ota fueron explicitados durante las descodificaciones y durante le investigacién en ‘sa segunda etapa ora estuvieron inplicitades en los anhelos, en las espe- Tanzas, on 1a expresién de las frustraciones, consistiré en la problena = tnacién de los propios tenasy De esta forma, se irin estableciendo las necesarias conexiones entre unos y otros tenas, cono elenentos parcitles de 1a totalidad en la cual se fore map, Durante esta diseusiin, nuevos temas van surgiendo de la percepeién de 1a Anterdependenaia qu: se descubre en 1a totalidad, en la medida en ue sean problenatizades los enas energentess Adritanos que uno de los temas sugerides y explicitados sea el de 1a ecu eacién, EL investigador propondrfa una discusién en torno de lo que al grupe le parece que #50 debe cor la educacién. Esta discusién podrfa desdoblarse y aleanzar 1 cuestién del desarrollo. Educacién y desarrollo constituirdn ahora un tejido mis anplio. ere, al sureir el nuevo tena asociado al anterior (el tena del desarrollo) cabria una neve prob.erati= zaciént la de la expresién educccién-desarrollo. a discusién de esta probléadtica podria propiciar a los investiguderes, en dilogo, la supers efén del falco dilens que resulta de Ja ingenua concepeién de le "eaueali= dad ciroular", que pendiendo 1a visién de 1a totalidad, plantes 1a cuss = (CUADERNOS

Você também pode gostar