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Arthur Schopenhauer (1788 1860) foi um filsofo do sculo do sculo XIX que
desempenhou considervel relevncia na histria da filosofia, uma vez que suas ideias
inspiraram grandes pensadores como Nietzsche e Freud. Sua principal obra O mundo
como vontade e como representao (1818) que um composto de 4 (quatro) livros,
onde o filosofo desenvolve sua filosofia de modo geral, apresentando uma teoria do
conhecimento, uma filosofia da natureza, uma metafsica do belo e, por ltimo, uma tica.
Meu proposito nesse texto ser o de apresentar uma das noes centrais da filosofia de
Schopenhauer, que o conceito de Vontade.
Para comear importante pensar que embora seja muito comum agirmos com a
considerao de que estamos tomando decises prprias em relao aos nossos desejos,
essa viso pode ser considerada um equvoco, pois de acordo com o que veremos nossas
aes seriam frutos de uma essncia inconsciente e irracional que nos controla. Para
entender melhor isso, teremos que compreender que nessa perspectiva o mundo movido
por uma fora incontrolvel que a Vontade, a essncia do mundo um querer insacivel,
cego e irracional.
Ou seja, para Schopenhauer no existe satisfao que dure para sempre, o homem
vive sua vida diante do querer constante que o move. Quando os desejos so realizados
sem o mnimo de esforo, quando o sujeito consegue tudo de mo beijada como se diz
popularmente, ele abarcado pelo tdio, falta-lhe o objeto do querer:
Diante desses conflitos, Schopenhauer prope que uma maneira de escapar desse
problema, por meio da abdicao do egosmo, pela compreenso da vontade nos outros.
Essa compreenso, na verdade, a compaixo, a percepo de que o alcance do bem-
estar no pode ser alcanado pelo conflito entre os homens gerado pela vontade, mas sim
pela identificao do sofrimento alheio, da piedade diante das dores do mundo.
Contudo, percebemos que uma bela arte ficou excluda de nossa considerao, e tinha
de ter ficado, visto que no encadeamento sistemtico de nossa exposio no havia
lugar algum para ela: trata-se da msica. Esta se encontra por inteiro separada de todas
as demais artes. (SCHOPENHAUER. 2001. P.227)
Referncia