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SUSTENTABILIDADE NOS PEQUENOS NEGOCIOS LICENCIAMENTO AMBIENTAL, Renee Mc tree Me cd eR Ma cn eae nme ea eet DER Cree Oe Mn koi CT Come ceca eee Cn cae TSR Come EC el Tues Dee eee eee ore Eee ence ger ae Red ree eeeate eet irl FeO ated Pee ae Cee te ec ce de de vida, especialmente a urbana, e a crescente cons- ne ced pee eR oon eet ee ema ee ON ee Me esec uc) um instrumento de prevengdo eee RLM e eons cd Ter coe UCT a ence ro lancou a Politica Nacional Cee rAUenck Gh My Pa eer Kerr is do, para implementé-la, 0 eu Ceti md Ambiente (Sisnama). Este Pete ae eked ea eee ene eats Pe RUN omar Dn Cur Segoe Cd Poe ene Cree eta Re cue eee Cee cy Cee cnc ai CO Pee Re io CN mR eccs fee ec oa Pe esee te Ete Colle Be ret eras Dee neces Os érgaos ambientais (federal, estadual e municipal - a fungdo de cada instancia de regulamentacao sera melhor explicada ao longo da cartilha) sao responsaveis pela ava- liagdo dos impactos que cada empreendi mento causa ou causard ao meio ambiente Esse movimento em prol da preservacdo ambiental e por uma maior regulamentagao por parte do Estado é refletido na Constitui- cao Federal de 1988, que dedicou um capi tulo inteiro ao Meio Ambiente (Capitulo VI, Artigo 225), estabelecendo fundamentos firmes no direito universal a um meio am- biente saudavel. A Constituicdo de 1988 também que incumbe ao Poder Puiblico ‘controlar a producdo, a comercializacao eo emprego de técnicas, métodos e substancias que comportem risco para a vida, a qualid de de vida e o meio ambiente” (Inciso V do § 1° do art. 225). Enquanto instrumento preventivo, o licen: ciamento ambiental torna-se imprescindivel nna busca da sustentabilidade do empreendi- mento, pois incorpora os principios do de- senvolvimento sustentdvel: a preservacao meio ambiente (ao buscar evitar e reduzir os impactos ambientais negativos), o bem estar social (ao proteger a satide publica) € 0 desenvolvimento econémico (com licen- ciamento, o empreendimento est apto ao mercado competitivo). estadunis e municipal 0 QUE E IMPACTO AMBIENTAL? Qualquer alteracdo das propriedades fisicas, een Me ey Se me ene Mr er) Cc mc aC eC ue ec Cas Dee otc cu Coon eo Coe oa econémicas; a biota; as condigGes estéticas Cena reece eae ea recursos ambientais. Do a ate toe PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS A SEREM CONTROLADOS POR MUNICIPIOS SE eC Ce ae Pere aehcing ee a ee) eee DC eet ND) Me CUR TEE CicleT) eesti) ee ac Erie Coen eas edar destinacdo final Seer PL Un CR cy Cone ereacey Ee) Poe a et Creu ed ec) een ee ee ra Poe Eocene ce Equipamentos de Controle de Poet Cecuek eon eee reo Dery ree) Oe eu Coste uel Peet) Cre See) Cees eee eee ree Ped ey EM RESPEITO AO DIREITO DE TODOS mum do p a sadia qualidade d > Poder Publi co e a coletividade o dever . Portanto, para a pre um dever previ maior do pais. No momento em para operar, ‘ado a obede ondicées s e medid sna licenga nao cumpridas) LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENGA AMBIENTAL A Lei 6.938/81, que instituiu a PNMA, diz que a licenca ambiental se aplica as fases de localizagao, instalacdo, ampliacao e operacao de todo empreendimento que: A) utiliza recursos naturais; B) que sao potencialmente ou efetivamente poluidores; ou C) que podem causar algum tipo de degra- dagdo ambiental. Na sua criacdo, a licenca ambiental ja previa trés tipos de licencas: !) prévia, II) de instalacao e II!) de operacao, que sero melhor explicadas a frente. Ressalta-se, desse modo, a obrigatoriedade do empreendedor solicitar, ao érgdo am- biental competente (que pode ser munici- pal, estadual ou federal), a licenca ambiental desde a fase inicial de concepcao do empre endimento, bem co! no inicio efetivo da sua operacio. na sua instalacao e SOLICITAR UMA LICENCA AMBIENTAL NAO E APENAS UMA OBRIGAGAO LEGAL, MAS SIM O EXERCICIO DO DEVER CONSTITUCIONAL DE DEFENDER E PRESERVAR O MEIO AMBIENTE. QUEM E OBRIGADO A SE LICENCIAR A Lei Federal 6.938/81 presenta trés indi- cacées do tipo de empresa que esta obriga- daa solicitar a licenga ambiental, sendo elas: 1) A utilizagao de recursos ambientais (0 solo, 0 subsolo, a 4gua e 0 ar) e/ou recur- sos naturais em suas atividades (a fauna e a flora), em qualquer etapa de instalacao e operacao do empreendimento. Enquadram-se aj atividades primarias, de exploracao de recursos ambientais e natu- rais, como minera¢o, agricultura, pecuaria, pesca, producao florestal, entre outras. Il) O potencial poluidor da atividade. Mesmo que aatividade nao utilize um recur- so ambiental ou natural, mas se gerar algum residuo (s6lido), efluente (liquido) ou emis- so (gasosa ou radiacao e calor) ou qualquer tipo de energia capaz de prejudicar algum dos recursos naturais, a satide humana ou © ambiente de forma geral, a empresa ne- cessita da autorizacao do érgéo ambiental para desenvolver a sua atividade. Isto atin- ge especialmente atividades da industria de transformacao (como metalurgia, mecanica, fabricagao de méveis e a industria quimica) e de servigos (como transportes, terminais de transporte, depésitos, turismo, teleco- municacées, entre outras). Ill) Se a empresa executa alguma acao que provoque a degradagao do meio am- biente, isto é, que altere sua natureza ou constituicao. A degradacdo ambiental é geralmente as- sociada a polui¢o, mas pode ocorrer por outros fatores, como 0 uso inadequado ou excessivo de um recurso natural, provocan- do, por exemplo, o desmatamento, a erosao, © assoreamento, a alteracéo do equilibrio biolégico etc. Podem provocar a degrada- ¢40 ambiental atividades como pecudria, agricultura, exploracdo florestal, geracao de energia, construcao civil etc. Todo empreendimento listado na Resolucao CONAMA 237 de 1997 é obrigado a ter licenca ambiental. Confira se a sua ativi- EXEMPLOS DE ATIVIDADES OBRIGADAS A SOLICITAR LICENCIAMENTO AMBIENTAL* dade / empreendimento encontra-se nesta lista e siga com os procedimentos legais para o licenciamento ambiental. Trou} fore eur ear) eon ty ee CeCreury our ne) area Peete onesie reurn ene re Bee er eee ier) ete ar eee er) eure aed Cy SO cet cat esc eta OLICENCIAMENTO AMBIENTAL NAO E OBRIGATORIO PARA TODA ATIVIDADE, DEPENDE DO IMPACTO. AMBIENTAL GERADO. PARA ONDE ENCAMINHAR O PROCESSO FEDERAL Quando 0 empreendimento ultrapassa as fronteiras na- cionais, abrange mais de um Estado, esté localizado ou é desenvolvido no mar territorial ou em terras indigenas, ou ainda que envolva o uso, transporte ou produgao de energia nuclear, o licenciamento deve ser encaminhado ao Ibama ou ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), ou a ambos. IBAMA O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis: 6rgao executive da PNMA e o res- ponsavel pelo licenciamento federal, especialmente quan- do envolve exploragao florestal, remocao de floresta ou alteracao de bioma ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservacao da Biodiversit 6rgio federal do Sisnama, criado em 27 de abril de 2007, a partir da reestruturaco do Ibama. Tem como principal responsabilidade cuidar da biodiversidade e do patriménio genético le: ESTADUAL O licenciamento do que pode provocar impactos am- bientais diretos no territério estadual, que ultrapassam mais de um municipio ou atividades que a prefeitura nao tenha condigées de cuidar. Segue a relacao dos érgaos Estaduais de Meio Ambiente (IBAMA): REGIAO NORTE AMAPA: Secretaria de Meio Ambiente - Sema ACRE: Secretaria de Estado de Meio Ambiente - Sema AMAZONAS: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentavel - SDS PARA: Secretaria de Estado de Meio Ambiente - Sema RONDONIA: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - Sedam RORAIMA: Fundacdo Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hidricos - Femact TOCANTINS: Instituto Natureza do Tocantins - Naturatins REGIAO CENTRO-OESTE DISTRITO FEDERAL: Instituto Brasilia Ambiental - lbram GOIAS: Secretaria do Meio Ambiente e dos Recur- sos Hidricos - Semarh MATO GROSSO: Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Sema MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciéncia e Tecnologia - Semac REGIAO SUL PARANA: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hidricos - Sema RIO GRANDE DO SUL: Fundagao Estadual de Pro- tecdo Ambiental Henrique Luiz Roessier - Fepam SANTA CATARINA: Fundagao do Meio Ambien- te- Fatma REGIAO NORDESTE BAHIA: Secretaria do Meio Am- biente - Sema CEARA: Superintendéncia Estadual do Meio Ambiente - Semace MARANHAO: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais - Sema PARAIBA: Superintendéncia de Admi- nistraco do Meio Ambien- te-Sudema REGIAO SUDESTE ESPIRITO SANTO: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hidricos - Seama Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hidri- cos -lema MINAS GERAIS: Secretaria de Estado de PERNAMBUCO: Secretaria de Meio Am- biente e Sustentabilidade - Semas PIAUI: Secretaria do Meio Am- biente e Recursos Hidricos do Piaui- Semar RIO GRANDE DO NORTE: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Re- cursos Hidricos - Semarh SERGIPE: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Re- cursos Hidricos - Semarh Meio Ambiente e Desen- volvimento Sustentavel ~ Semad RIO DE JANEIRO: Secretaria do Ambiente - Sea SAO PAULO: Secretaria do Meio Am- biente - SMA MUNICIPAL controle, a fiscalizagao e o licenciamento deempreendimentos eatividades de impacto ambiental local. © empresario deve procurar a prefeitura para saber qual érg3o do municipio é responsdvel pelo meio ambiente, que pode ser um instituto, secretaria, fundagao, departamento, entre outros. COMPETENCIAS DE CADA NIVEL DE GOVERNO Significativo eee ete ea) impacto ambiental, Brasil eem pais limitrofe; no mar territorial; na plataforma Cee een en ee rot aero te es uCue a id ouregional Perce taste ane Ty Te a eee ec ec coer Atividades cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do Pafs ou de um ou mais Estados Empreendimentos destinados a pesquisar, avrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar ou dispor material FC aera uer us oO ree et eee ere eeu ener ca ry ce Caron oan ay Ce ae oT eer en eestor cic) Tad Atividades localizadas ou desenvolvidas em mais de um ae VERY aed (OEMA) ambientais diretos _ municipio ou em Unidades de Conservacao de dominio estadual Pct rt 2 nnn limites territoriais Cas Deen rue ter uleren Cenk tere significativa degradacao do meio ambiente e estejam sujeitos Pee oat ae am recta) Pere a neni ere nee Atividades que impliquem supressao de vegetacao pertencente ‘a0 bioma da Mata Atlantica, ressalvado o disposto no art. 19, § peer eLearn ee ee en Pate Per ee ar ar cee Td Mata Atlantica) eee oe ed eee ae ere Sec eens ated teon a) Impacto ambiental Empreendimentos e atividades que Ihe forem deleg pelo Estado (EMA) por instrumento legal ou convénio, Cita ae) UMA LICENCA PARA CADA CASO A licenga ambiental é emitida pelo érgao ambiental (ver tabela do item anterior) competente, responsavel pela andlise dos impactos que cada empreendimento causa ou causaré ao meio ambiente (grau do im- pacto ambiental provocado pela atividade). Dada as caracteristicas particulares dos di- versos tipos de empreendimentos, nao exis- te uma licenca padrao. Algumas empresas poderao requerer uma licenca simplificada, mas isto também seré analisado pelo érgao licenciador (ver tabela do item anterior). Outras podem necessitar de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatério de Impacto Ambiental (RIMA), em um processo que envolve, inclusive, au- diéncias publicas e compensacées ambien- tais, Ressalta-se que o EIA/RIMA aplica-se aos empreendimentos com significativo po- tencial de impacto ao meio ambiente - por isso, em geral, nao é solicitado aos micro e pequenos empreendimentos. EIA/ RIMA: ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E 0 RELATORIO DE IMPACTO AMBIENTAL ec CM sco cd Cee CML encom Eee ct rad ambiental. Caracteriza-se por um diagnéstico See ee eee ecard empreendimento (meios: fisico; biolégico e Ce RR suo ea eee ur PRS OR MCU Cu Re eee Ce Com a Dn Re Co ea Dee Ceaeen De acordo com a resolucéo do Conama 237/97, caso a atividade ou o empreendi- mento no seja potencialmente causador de significativa degradacdo do meio am- biente, o érgao ambiental poder definir os estudos ambientais pertinentes ao respec- tivo processo de licenciamento. Ressalta-se que a responsabilidade pela elaboraco dos estudos ambientais 6 do empreendedor, e que tais estudos devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitados. © processo de licenciamento ambiental, inicialmente instituido pela Lei Federal 6.938/81, & constituido de trés tipos de li- cengas: Licenca Prévia; Licenga de Instala- doe Licenca de Operacao. Antes de montar a empresa é necessario que seja estabelecido a localizacao aon- ESTUDOS AMBIENTAIS Bee re east sree oe eeu nee ee neem acne eee eed Ate Ceo ecu ieee eect ey subsidio para a anilise dallicenca requerida, tais como: relatério Se EIR Re Uc aS ambiental preliminar, diagnéstico ambiental, plano de manejo, DOU ice EOC On CR Sec CCE iE IIIc oa ate Loe Ed de serd instalado. O Local deve ser a mais adequada possivel para a atividade. Isto é verificado por meio da Licenca Prévia (LP). Depois, vem a etapa da implantacao do em- preendimento, que também deve provocar © minimo de transtornos possiveis ao meio ambiente. Isto gera uma Licenga de Instala- 40 (LI), que estabelece as normas necessé- rias para minimizar o impacto. Por fim, para entrar em funcionamento, é preciso ter a Licenca de Operaco (LO), que depende do cumprimento da LI e traca as condigdes de operacao. Estas licencas esto detalhadas a seguir. LICENCGA PREVIA E concedida na fase preliminar do planeja- mento do empreendimento ouatividade, com a aprovacio da sua localizagao e concepgao. Visa avaliar a sua viabilidade ambiental (fun- damentada no estudo ambiental especifico, quando solicitado) e estabelece os requisitos basicos e condicionantes a serem atendidas nas préximas fases de sua implementacao. As audiéncias ptiblicas, quando exigidas, fazem parte desta fase do licenciamento. Somente depois de concedida a LP, e cumpridas suas condig6es, é que pode ser fornecida a Licenca de Instalacao (LI). LICENGA DE OPERACAO (LO) Permite o inicio do funcionamento da ativida- de ou empreendimento, apés a verificacao do efetivo cumprimento de todas as condicio- nantes e exigéncias das licencas anteriores. Determina as medidas de controle ambiental eas condicionantes relacionadas a reducao dos impactos negativos a serem gerados na fase de operacao. O prazo de validade da LO depende da atividade e do érgao licenciador. LICENCA DE INSTALACAO (LI) Autoriza a instalacao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificaces dos planos, programas e projetos aprovados. ‘Aponta formas de manutencao da qualida- de ambiental e condicionantes que definem como devem ser estruturadas as medidas de controle. A LI é que aponta como deve ser construido 0 empreendimento e deter- mina as condicionantes para funcionamento do mesmo. A Licenca de Operaco (LO) s6 é fornecida depois do cumprimento de todas as condicionantes e exigéncias estabelecidas nas licencas anteriores. As secretarias de meio ambiente poderdo estabelecer prazos de anélise diferenciados para cada modalidade de licenca, em funcao das peculiaridades de cada caso, assim como para a formulacao de exigéncias complemen- tares. LICENGA AMBIENTAL SIMPLIFICADA 6rgao ambiental poderd definir formas de licenciamento simplificado para atividades empreendimentos com caracteristicas es- pecificas, dependendo da sua natureza e de serem enquadrados como de baixo potencial poluidor. Na licenga ambiental simplificada, as Licenca Prévia, Licenca de Instalacdo e Licenga de Operacao sao concedidas com a emissao de apenas um documento. Ainda poderao ser admitidos, em um Gni- co processo de licenciamento, os pequenos 6-6-0 empreendimentos similares € vizinhos, ou projetos integrantes de planos de desenvol- vimento aprovados previamente pelo érgao governamental competente. Nesses casos, a responsabilidade legal é dada ao conjunto de empreendimentos ou atividades. No entanto, é importante destacar que tanto Estados como Municipios tm o dever esta- belecer critérios e diretrizes que agilizem e simplifiquem os procedimentos de licencia- mento ambiental. O érgao ambiental competente poderd esta belecer prazos de anilise diferenciados para qualquer licenga, em fungdo da atividade e do cumprimento de exigéncias, mas com um prazo maximo de seis meses a contar do dia em que foi protocolado o requerimento até seu deferimento ou indeferimento. J4 nos casos em que for necesséria a realizagao de EIA-Rima e/ou audiéncia publica, o prazo é de 12 meses, conforme a Resolugdo Conama 237/97 Quanto a validade, as licencas ambientais (LP, LI, LO) possuem prazos de validade dis- tintos: I) LP - validade de até 5 (cinco) anos, confor- me cronograma de elabora¢ao dos planos, programas e projetos necessdrios. Il) LI - validade de até 6 (seis) anos, confor- me cronograma de instalagdo do empreendi- mento ou atividade. ALP ea LI poderao ter os prazos de validade prorrogados, desde que nao ultrapassem os prazos maximos estabelecidos. II1) LO - validade minima de 4 (quatro) anos e maxima de 10 (dez) anos, conforme plano de controle ambiental. O érgio ambiental pode estabelecer prazos de validade especificos para esta Licenca, na ocorréncia de empreendimentos ou ativida- des que, por sua natureza e peculiaridade, estejam sujeitos a encerramento ou modift caces em prazos inferiores. Na renovacio da LO, o prazo de vigéncia po- dera ser alterado em funcao do desempenho ambiental no periodo de vigéncia da licenca anterior. Licenca Ambiental Empreendimento: Atividade/Modalidade: © Heenco Ambiental de Operagéo n? © Emitide em © Validea arg Propieiaro (Chole do Eset Ropional Em " ‘Gro de Iregulaidads Anbietas Disque; 0800 00 09 a rm 004 LICENCIAMENTO AMBIENTAL nao substitui outras licengas AS LICENCAS NAO EXIMEM O. EMPREENDEDOR DAOBTENCAO DE OUTRAS AUTORIZACOES AMBIENTAIS, DEPENDENDO DOTIPO DE EMPREENDIMENTO. E DOS RECURSOS NATURAIS, ENVOLVIDOS. Para instalagdes de empreendimentos que envolvam supres- so de vegetagao nativa (corte total de uma area) é necessario que se tenha a autorizago do departamento ou érgéo am- biental encarregado da politica florestal estadual (Novo Cédi- g0 Florestal Brasileiro, Lei n? 12.651/12 e Resolugao Conama 428/2010), e para os que incluam intervencées em Area de Preservagao Permanente (APP), como mananciais, varzeas € beira de rios, é necesséria a autorizacao do setor ou do érgao que trata da protecao de florestas e reas protegidas. Se houver captagao de 4guas subterraneas ou superficiais também é necessaria a outorga de direito de uso de recur- sos hidricos. A outorga é 0 ato administrativo no qual o po- der puiblico outorgante (departamento que trata dos recur- sos hidricos estaduais) faculta ao outorgado (requerente) 0 direito de uso da agua, por prazo determinado, nos termos e nas condi¢des expressas no respectivo ato. Atividades ou empreendimentos que utilizam recursos hi- dricos, por exemplo, precisam da outorga de direito de uso da agua, conforme a Lei 9.433/97, que institui a Politica Na- cional de Recursos Hidricos. ALEM DE UM INSTRUMENTO DE PRESERVACAO DOS RECURSOS NATURAIS, O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PODE SER CONSIDERADO UM BENEFICIO TAMBEM PARA O EMPRESARIO. BENEFICIOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Uma licenca ambiental tem por objetivo nao s6 autorizar a abertura do negécio, como também seu controle. E uma medida essen- cial para que uma empresa seja sustentavel, isto 6, faz parte de sua responsabilidade so- cioambiental. No entanto, ser sustentavel e estar em dia com as leis ambientais so me- didas que valorizam a empresa: no mercado financeiro, ela tem mais investidores; junto aos clientes, ela goza de uma imagem posi- tiva; e diante dos concorrentes, tem maior competitividade. Os financiamentos, especialmente os ofi- ciais, so liberados apenas para os empreen- dimentos que tém seus projetos habilitados ¢ em conformidade com o que determinam as regras especificas de cada licenciamento, que cumprem as normas, os critérios e os padrées expedidos pelo Conama. OS PREJUIZOS DO NAO LICENCIAMENTO primeiro grande prejuizo de operar sem o devido Li- cenciamento Ambiental é de ordem criminal. Operar um empreendimento sem licen- ciamento é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, a Lei 9.605, de 1998, sujeito a sancées _administrativas (multas),civis ou penais. Ainda ha o preceito juridico da reparagao de danos, no qual os Ministérios Publi- cos dos Estados e da Unido, Municipios também podem entrar com aces para obri- gar o infrator a reverter os danos ambientais causados pelo empreendimento. LET DE CRIMES AMBIENTAIS OQUEE PRECISO FAZER Passos para a obtengdo da licenga 1° PASSO: IDENTIFICACAO DO TIPO DE LICENCA AMBIENTAL A SER REQUERIDA Reece 7 paseo Poeaneereen Peer riin \ sm +> LP ——+ LI ——~> 10 Inicio da implantacao NComepyiods meanings propio localizagoda empresa. _ampliac3o das unidades Sa ces daempresa. 2° PASSO: IDENTIFICACAO DO ORGAO A QUEM SOLICITAR A LICENCA. Ver item sobre para onde encaminhar o processo, pagina 10. 3° PASSO: PREPARAR A PAPELADA. O processo de licenciamento ambiental comeca com o preenchimento e apresentacao dos formularios, documentos solicitados e com o pagamento de uma taxa, conforme as nor- mas de cada érgao licenciador. Os documentos exigidos, assim como outras informagoes relativas ao processo de licenciamento, podem ser encontrados no site da maior parte dos 6rgios ambientais competentes. 4° PASSO: REQUERIMENTO DA LICENCA laentinear f eee otoese ee eases oy ig Ce ig oat requerida, Industrial. TUDO TEM SEU CUSTO ‘As despesas com o licencia- mento séo do empreende- dor, Isso inclui: a elaboracao dos estudos; a contratagao de consultoria, se necessé- rio, para acompanhar a tra- mitagdo do processo junto a0 érgéo ambiental; a reali- zacao de reunides ou audién- cias piblicas; 0 pagamento da compensagao ambiental e de medidas mitigadoras necessarias para amenizar 0 impacto da atividade, quan- do existirem. Cada uma das licencas am- bientais (LP, LI e LO), e suas respectivas renovacdes, tem valores diferenciados que so cobrados pelo érgdo am- biental. O precovariaconfor- me a complexidade exigida na sua anélise e o potencial poluidor e/ou porte, além do que estabelece a tabela de classificacao do érgéo am- biental. O Ibama disponibili- za em seu site o valor da taxa para licencas para pequeno, médio e grande portes LICENCIAMENTO AMBIENTAL: uma Responsabilidade Empresarial Socioambiental O licenciamento ambiental tem como ob- jetivo maior garantir o direito da coleti dade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, estabelecido na Con: Federal, por meio do controle das ativida- des econémicas e produtivas. E o principal instrumento de que o Poder Publico dispée para viabilizar a utilizacao racional dos recursos naturais e ambien- tais por parte das atividades econémicas e produtivas poluidoras (ou potencialmente poluidoras) e/ou causadora de impactos ambientais. Além disso, devido ao seu caré- ter preventive, o licenciamento ambiental evita a degradacao ambiental, por estabe- lecer condicées ao exercicio de determi- nadas atividades econémicas. Tendo tais caracteristicas, é considerado um instru- mento na obtencao do desenvolvimento sustentavel Por outro lado, 0 ndo licenciamento am- biental é uma ameaca ao desenvolvimen- to de atividades industriais e econémicas, tanto nos aspectos ambientais, como nos sociais e econémicos, Dai aimportancia dos empresarios valorizarem o licenciamento das suas atividades produtivas. E a imagem da empresa que est em jogo, além do sim- ples cumprimento das normas legais. Conforme jé mencionado anteriormente, a Constitui¢do Federal (em seu art. 170) apresenta a defesa do meio ambiente como “principio norteador e insepardvel da atividade econémica’. Portanto, para um empreendedor, a preocupacéo com a sus- tentabilidade de sua atividade nao é ape- nas um mero cumprimento de obrigagdes legais, é um dever previsto na lei maior do pais, e uma exigéncia da sociedade civil e do préprio mercado. Desse modo, uma empresa nao pode ser considerada social ou ambientalmente res- ponsdvel sem possuir licenca ambiental ou sem cumprir as condicionantes determina- das nas licengas obtidas. A obtencao, assim como 0 cumprimento das condigées estabelecidas em cada licen- ¢a ambiental, deve ser vista pelo empre- endedor como o aspecto central da gestao ambiental de sua atividade produtiva ou econémica. O segredo esté em atingir e manter a conformidade ambiental da ati- vidade, tomando as decisdes sob a luz dos principios do desenvolvimento sustenta- vel: economicamente vidveis, socialmente justas e ambientalmente corretas. ACONFORMIDADE AMBIENTAL, OBTIDA POR MEIO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL, NAO ESO UMA EXIGENCIA DOS ORGAOS AMBIENTAIS COMPETENTES, MAS TAMBEM DA SOCIEDADE CIVILE DO PROPRIO MERCADO. SISTEMA NACIONAL CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DO MEIO AMBIENTE Formado pelos érgaos eentidades da Orga normativo, consultivo e deliberati- Unido, dos Estados e dos Municipios, vo do Sisnama. O Conama é um colegiado que sao responsaveis pela protecdo _representativo de cinco setores: érgaos fe- melhoria da qualidade ambiental. _derais, estaduais e municipais, setor empre- Visa a fortalecer a cooperagao entre arial e sociedade civil. Tem a finalidade de BA SE LEGAL os responsaveis e a gestéo ambiental _assessorar, estudar, apresentar diretrizes e compartilhada. deliberar sobre normas e padrdes para que A seguir, a base legal que estabelece a © ambiente se mantenha ecologicamente necessidade de cuidado com o meio ambiente equilibrado. por parte do empreendedor. LEI COMPLEMENTAR 140/2011 LEI DE CRIMES AMBIENTAIS Define as competéncias da gestao CONSTITUICAO FEDERAL POLITICA NACIONAL compartilhada do licenciamento am- A publicacao da Lei 9.605/98 aumentouo in- DE MEIO AMBIENTE biental,edefine-ocomo“procedimen- _ teresse dos empreendedores em constatar A Carta Magna do Brasil, promulgada to administrativo destinado a licen- _anecessidade de licenciamento. Conforme a em outubro de 1988, asseguraquetodos Criada pela Lei 6.938/81, da as ciar atividades ou empreendimentos _ Lei, “construir, reformar, ampliar, instalar ou tém direito a um ambiente equilibrado. diretrizes gerais para a gestao utilizadores de recursos ambientais, fazer funcionar, em qualquer parte do terri- Dedica um capitulo inteiro a protecéo ambiental brasileira e institui o efetiva ou potencialmente poluidores _tério nacional, estabelecimentos, obras ou a0 meio ambiente e dispde de 37 arti- Sistema Nacional de Meio Am- ou capazes, sob qualquer forma, de _servicos potencialmente poluidores sem li- gos relacionados ao Direito Ambiental _ biente (Sisnama), pelo qual todas causar degradacao ambiental”. Anova _cenca ou autorizacao dos orgaos ambientais e outros cinco ao Direito Urbanistico. as esferas de governo e repre- lei substitui parte das diretrizes para competentes, ou contrariando as normas Estabeleceu diversos servigos comuns a _sentantes da sociedade podem a execucao do licenciamento ambien- _ legais e regulamentares pertinentes’, gera todas as esferas daFederacao, entreeles participar de mecanismos de tal da Lei 6.938/81 e das Resolugées _pena de detencao de um a seis meses, ou a preservacao do meio ambiente. controle e gestao ambiental. 001/86 e 237/97 do Conama. multa, ou ambas as penas cumulativamente. CY] ee Ry SCOPE one hele eC ce ker aC iceland Pete fee cecel eel eM ect SSR Lod loa Are (cer Cele FONTES CONSULTADAS PAULA LAVRATTI Teaco et ev et cE) especialista em Direito Ambiental. LUIZ FELIPPE KUNZ JUNIOR Loe eel olcol ms A Me UPR UTE Mtoe ole A Reo Ee eco Ed lero Erle Beeler LEGISLACGAO CONSULTADA BRASIL. LEI 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 Dispée sobre a Politica Nacional de Meio. FO eee ete nau formulagao e aplicacao. Disponivel em: RAPE oe yey Ret) BRASIL. LEI 10.650, DE 16 DE ABRIL DE 2003 LoS el Ete) ekee code leek ete ST i lee ea eels tot ES euler Cele CSO Cu ACU ur mee ceou SNe Cs ae Leis/2003/L10.650 GUSTAVO DE MORAES TRINDADE Ex-assessor juridico do MMA, advogado Se eee eee eMac VOLNEY ZANARDI JUNIOR NE Pcie loko er oe keel fe tele le Tea BRASIL. LEI 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 ere Tet ee ren Paes eA eee mC Ll} BRASIL. LEI COMPLEMENTAR 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011 ere eel rel cial Rel Bord t-10) renee CoM Ce Ue Seon oe ele RU Aa oe ccivil_03/leis/LCP/Lcp140 BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. RESOLUGAO CONAMA 001/86, DE 23/1/1986 Dir eRe em ee eee ctr? Pec ecru ee rae (Rima). Disponivel em: www.mma.gov.br/ Penge est BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. RESOLUCAO CONAMA. 237/97, DE 19/12/1997 NEM e Ree cl cece ds (lacie Aco} Elsner coor eell ie) Nacional do Meio Ambiente. Disponivel em: DALES he Ce KA SITES CONSULTADOS INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE aS OP eget oe aed ae Disponivel em: www.ibama.gov.br/ Terr} BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE RUM Cele eC Rola Colonel Eo Meio Ambiente (Sinima). Disponivel em: TAREE eek od eT Ne Meee cn Le rd BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. RESOLUGAO CONAMA 001/88, DE 13/6/1988 eee se Moe el eee e eee ge ue eet eed PD enema ea ue aE Dene er) BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE Portal Nacional do Licenciamento Oem e ae eua ace Pei cee ee ence monta&idEstrutura=46 PARA SABER MAIS SITES CONSULTADOS BAURU. DEPARTAMENTO DE ACOES E RECURSOS AMBIENTAIS DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DA PREFEITURA MUNICIPAL. eee ee ee ce [EES Poy Ae aa ere ken eee Ce ee Sea uaa ee eens r meen TALDEN QUEIROZ FARIAS ieee rune seal Roem seeks ur Me) Juridico, Rio Grande, 1X,n. 30, jun 2006, PSN euOTuG eset Pare eee eMac eg oe leitura&artigo_id= 171 FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE SAO PAULO Licenciamento Ambiental e as Micro e Reena gcc eee ccs fee Reema eRe ods PMTs eee Re ed ecg eee eee Coase renee cee Tate ees gece eae co fiesta. creer et) BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE Programa Nacional de Capacitacao de Gestores Ambientais do Ministério do Meio TON arte ee gre Volumes 1, 2, 3,4 e 5. Brasilia, DF: MMA, yee BRASIL. TRIBUNAL _ DE CONTAS DAUNIAO ELA ece nce uence Ole Mee EM ae oeY APIS em: portal2.tcu.gov.br/portal/pls/ portal/ Corey seg FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO RIO DE JANEIRO Manual de Licenciamento Ambiental. kee cieet ss] aed Deu Maser el pages/2C908CE9215B0DC40121648A19 291E2A aad CO eee aed CT tae ee) Sem eal Diretora Técnica: Leide Garcia Novaes Eee rer Gerente: Clio Cabral de Sousa Jinior _Diretora Administrativo Financeira eee ee ec a eee cn et tel a) eee ey Diretor-Presidente: Luiz Eduardo eer edg rs Rot ei) ne raves eter tee oie Presidente do Conselho Deliberative: De de ea a ae et er Diretor-Superintendente: José ee eid Lee ed Peter) Sree er) eee es Dede ces nd pee ee) Paleo Raa Ca UY Cer Pee eM a ch ae ec Shkrada Resk, Neuza Arbocz, Celso Bacarjie Dal Roe Sere etn ee arc? rr eee een Ree ey nee eee id era eee Ruch Cee eee cca Diagramacao € Revisio Ortogrsfica: TIS Propaganda Ree eee ea ke anne y Rete! Tee ented ee ee Xe nee een Eee eee eee eee eae eae ee ease Pet aa ees eee et ee) See ee enna ee Mae eee a Centro Sebrae d SEBRAE | Sustentabitidade www.sustentabilidade.sebrae.com.br

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