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ci sey Decifrando a Terra preenche uma lacuna na literatura didatica em Geociéncias. Com abordagem introdutoria apresenta a dinamica natural do planeta Terra de forma moderna. Seu escopo multidisciplinar explicando conceitos basicos-das Ciéncias Geolégicas esta voltado ao estudante Nc ete todd Tor de. 1 tele Geofisica, Geografia Quimica, Oceanografia, Fisica como ao publico int E compreender como funcio neta. Ao enfatizar o papel doserh eS uE mee Es etait orien leitor a uma reflexao ener Tol elec) assuntos que afetam o desenvolvimento da sociedade. Patrocinadores: | VOTORANTIM| CIMENTOS PREFACIO 1 © PLANETA TERRA E SUAS ORIGENS, 11 Kestruturande k miversesins 12 Como Naseenr 6 Universo F id. Rvolusio:tatelar © Formagio. dan Blencitos, 1 Sisvema Solari. 15 Metoritos rane 1.6 Planewleytin Comparada m2 17 Porspétivas diy Pstuide dO URIWERG cence 2 MINERALS E ROCHAS; CONSTITUINTES DA TERRA SOLIDA .. 2.1 Minerals: Unidades Constituintes das Rochas sesso 22) Rochas Unidades Formadoras dda Crosta soos § SISMICIDADE 1 ESTRUTURA INTERNA DA TERRA RL Oqae Bo Terrentoro? Esteuura Interna da Terra 33 Medindovos Terremonns is SA Sismieiddade Musial oo 4 INVESTIGANDO 0 INTERIOR DA TERRA . i 63 41 O queé a Gravidade.. 42 Medindo a Gravida 43 A Porm dh Verna 4b Intesprotanda Anomalias Gravimétries 13. © Prncipio da Lsostasi AG A Verracomo um bmense ima 47 Representacin Verorial do Campo Magnétien 48 Saleen 49 Porque e Campa Magnésien € Variavel o 4.10 Mapas Maymeticos & Anontaliis Mamiditeay A © Mecanismo de Din erga do 4.12 © Magnerisme da Terra to Passa Gentégien 4.15. A Historia Gravada slis Inversies de Polatidide, LA Magneusmo'dae Rochas ea Deriva dos Continentes sa > na ‘ampo Mapneticn 5 A COMPOSICAO E O CALOR DA TERRA. BL UntrOde9O, neve 5.2 Mndelos de Fstrumura © Composieie x 53 © Calor do Interior de Tern. 6 TECTONICA GLOBAL eer 61 © Surgimente ch Teona da Dertva Continental . ea 62 Anos 30.0 Ressurgimenio da Teoria dh Detiva Cunuiental Sao er) 63 Songimento da Teoria da Teerdinica Global 4 PlagHs WEEHOMIEAS onemnnnnsnin : te 68 A Danga dos Connnentes 8 INTEMPERISMO LE FORMACAO DO SOLO. 9 SEDIMENTOS E PROCESSOS SEDIMENTARI " CICLO DA AGUA, AGUA SUBTERRANEA 1 SUA ACAO GEOLOGICA... 7.1 O Movimento de Agua no Sisteina Terts — Cielo Hidmligico .. Agua no Subsole: Agia Subrerrinca Agiv Geoldgiea da. Agua Sibrettines V8.1 Tipos de Jolemperismo. 8.2 Intemperismo, Erosiu e Sedimentacio, 83 As Reagdes do Intemperigne. rea Sa Disedbnigto.das Pinceinos de Alenia ne SuBeetie B.3 Fawores que Conwolam a Ahergan Toremperic 8.6 Produtos du: Intempenismo: 67 9.1 Como Formas ¢ Proweséos se Relacionam? 10 9.2 Bingrafia de um Grio de Atel ns " 1 9,3 Sedimeatos que Nan Sio Grits: o Teansporte Quimico (nie aia: PE 8A Dando Nomes ans Sedimentos ss 175 0.5 Cateqoras de Transporte Mecsnico 178 RIOS K PROCESSOS ALUVIAIS to 10.1 Bacias de Dremagem jun 192 1.2 Rios sas: 19 10.3 Leques Albviais ¢ Detaieas a WA Os D positos Aluviais no Regist GeOk ied snun ACAD GHOLOGICA DO GELO. 1A Golo e Geleitas T1.2 Agiv Glacial Tertestte ccs 113 Agi Glacial Marina concn 114 TLS Causas das Glaciaghe iciaeiey a Tango do Tempo Geol6gico .. PROCESSOS FOLICOS E A AGAO DOS VENTOS 12.1 Os Mecanismos de ‘Transporte ¢ Scdisenttagi0 oo 12.2 Registms Produridos:pelo Vento 124 Depesiton Holes Importantes na Histria GelGicn do Pane 12.4 Caracteristicas Minerale 12.5. Registros Sedimentares Kolicos Antgos as-¢ Pisicas dos Sedimeatos Balicas. PROCESSO$ OCKANICOS FA FISIOGRAFIA DOS PUNDOS MARINHOS: 121 © Relevo das Qeeanos fedimenros nus Puncdos Oeeaniens Araais 132A Osigein © 8 Distribuigéo do: 13,3. Processos Responsiveis pela Distribuieao de Sedimentos Marinkos 134A Fisingrafia da Marge Conunenta! Brsieira ¢ 0 undo Qceanico Adjacente. 28 13.5 Ocupucdo, Conliecimento ¢ Exploragio slo Litoral © Margen Continental Brasileira. 281 13.6. Perspectivas da Exploracio dos: Fundos Oceinicas 0 283 MM DEPOSITOS E ROCHAS SEDIMENTARES..... HA ‘Tunslormando Sedimenios ent Rochas Sedimenrares. 1.2 Componentes de Rochas Sedmentares sx LB Danilo Nomes ag Rochas Sedimentates co : UA Para que Serve as Rochas e Depéisitos Sedimentares SSADO DO PLANETA: TEMPO GEOLOGICO EM BUSCA DO 151 Como Surgiu 2 Geologia e v 15.2. Datagin Relstiva © o Estabeleciments da Escala de ‘Tempo Geolgico Princiysos © Métis Moderns dle Daragio Absolura a A Tomanidade ¢ 0 Tempo Geoléxico ns Nova Concepaie do Tempo sono 4 16 ROCTIAS iGNLAS Ui. Magma: Caracteristicas € Processus de Consolidago .. 16.2 Variedade: ¢ Caracteristicas das Rochas Igneas 103. Rochas latrusivasi Mados de Ovorréncia ¢ Esrrururts 16.4 Magmatismo ¢ ‘Leeviiniea de Pleas 17 VULCANISMO: PRODUTOS 1 IMPORTANCIA PARA A VIDA 347 V1 Conhecendo os Produtos Vuleinicos . Hee aeRO 172 Montologia de un Val 17.3 Fstilos Lrupeivos 74 Val 125 E Possivel Preyer Riscos Vuleanieos? 17.6 Vileanisma ¢ seus Benefi105 ven ame ¢ seus feitos no Meio Ambiente 18 ROCLIAS METAMORHICAS: IS Evolucto Hi rica dos Fsrades sohre Metamorfisma soci . ca 18.2. Eatores Condicionantes do. Meramorfiemo seven 384 18.5. Processos Fisico-quimicns do Metamorfismo, 2 sis BRO 184 Tipo de Menmortismo 388 WHS: Satemtties Wy Panto, Geolopien dee Levens Marambshcos, i 0 18.6. Mincralogia, Textasas @ Fsrrunitas de Rochas Metamérfieas ... —_ 393 18.7 Nomenclaturs de Rochas Metamérficas ‘ 305 188° Rochay Meramdrfieas ea Teetiniea Global sa... . E 397 19 ESTRUTURAS FM ROOHAS 19.1 PHacipios Meciinieys da Deforaco noses sencnestumnnnenenmnee ANG 14.2. Kormando: Dobras.. st ni AD 19,3 Formando Fathas, " 5 20 RECURSOS HiDRICOS 2.1 Abundineia ¢ Distribuicso, a Ag 202 Demanda de Agua 20.3) Tuagetos dus. Auvidades Ancona mr ReCuiNs Hee 24 O Reeurso Hidrico Sobterrineo:. sia WS A Infludneia das’ Atividades Antrdpieas nos Recursos Hidricae Suisentinens 206 A Contaminagao da Agua Subseries... 207 Pronegan das Aguas Subterraneas — a Doce 26 Planeta... 21 RECURSOS MINERAIS.. 21.1 Deprisito: Mineral: Conecitos Basien: : “ 21.2. Os Prineipais Tipos Genéticos de Depésitos Minerals ~ Feigdies Fssenciais oe 456 21.3. Teeténiea Global ¢ Depésitos Minerals 214 Descobrindo Novos Depésitos Minerai 21.5 Panorama dos Recursos Minerais do Brasil... 21,6 Recursos Minerais e Civilizagio 22. RECURSOS ENERGETICOS 22.1 Biomas Combustiveis Fi Energia Nuclear Energia Geotérmiea 22.5. Hidreletricidade 2.6 Outras Fontes de Energi 23. PLANETA TERRA: PASSADO, PRE: 23.1 © Ritmo e Pulso da Terra .. 23.2 As Linhas-Mestre da Historia da NTE E FUTURO wr 23.3. Tendéncias Seculares na Historia Geoldgiea .. Ciclos Astrondmicos © Geol6gicos 23.5. Eventos Singulares ¢ seus Efcitos, a 24 A TERRA, A HUMANIDADE E 0 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL 24.1 Como Nasceu 0 Coneeito de Desenvolvimento, 24.2 A Globalizacio ¢ a Dinamica Social do Final do Séeulo XN 24.3. Papel das Geociéncias no Século X. 24.5 Globalizacio versus Sustentabilidade BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR APENDICE I Classificagao Sistemitica de Minerais ¢ seus Usos ... APENDICE IL Conversio de Unidades .... APENDICE Il Dados Numéricos sobre a ‘Terra ... APENDICE IV Minerais como Fonte de Elementos Quimicos .. APENDICE V Minerais Empregados em sua Forma Natural. APENDICE VI Resisténcia Meeainica de algumas Rochas... INDICE REMISSIVO . PREFACIO Decitrando a Terra objetiva preencher uma lacuna ha muito sentida na literatura didatica om Geociéncias, ‘substituindo textos anteriores em lingua portuguesa, tradicionalmente utlizados pela comunidade universitaria, Apre~ senta uma tematica introdutoria, porém ampla e modema, acerca da dinamica natural do planeta Terra. Seu escopo multidisciplinar enfoca conceitos basicos das Ciéncias Geolégicas e esta voltado as necessidades do estudante Uuniversitéfio nos cursos de Geologia, Geofisica, Geografia, Biologia, Quimica, Oceanografia, Fisica e Engenharias, centre outros, bem como ao leitorIeigo interessado em compreender como seu planeta funciona. Ao enfatizar 0 papel do ‘ser humano como agente transformador da superficie terrestre, induz © leitor a uma reflexdio responsdivel sobre assun- tos que afetam 0 desenvolvimenta da sociedade. Em seus dois anos de maturagao, 0 projeto Decifrando a Terra reuniu mais de 30 conceituados clentistas da Universidade de S80 Paulo e resulta, agora, nesia obra de excelente qualidade didatica e grafica, organizada em 24 capitulos ricamente ilustrados, que aborda em linguagam acessivel os processos geolégicos internos e exlemos da Terra, com énfase em exemplas brasileiros e sul-americanos sem, no entanto, descartar casos classicos da literatura especializada, Termos técnicos importantes esto destacados em negrto ao longo do texto, sendo objeto de um indice remissivo no final do livro, Tépicos e temas complementares muito atuais sao também apresentados, tais como Geologia, Sociedade © Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentavel, Alleracao Superficial, problemas de Poluigao de Solo e Aqilferos, Recursos Minerais, Hidricos e Energéticos, e ainda as perspectivas da Geologia como Ciencia. Como do € possivel abordar a totalidade dos temas ou mesmo aprofundar determinados assuntos para os leitores mais criticos, uma bibliografia especifica ¢ apresentada ao final de cada capitulo. O livro ainda reune em sua parte final uma série de apéndices com tabelas que complementam informagdes de interesse mais geral. Coube aos editores a responsabilidade pela decisao final da tematica e forma da obra além da leitura critica, As ilustragdes receberam especial cuidado na sua definicao e elaboragao, com assessoramento direto dos autores, Muito desse material 6 propositadamente descritvo, de modo a trazer 20 leitor os fundamentos teéricos complementa- res para melhor entendimento do texto. Para as imagens fotograiicas neste lio foi utiizado material cedido de acervos pessoais dos autores, colegas e estudantes, bem como imagens colhidas de publicacdes especializadas e de dife- rentes fontes da Internet, Nesta oportunidade, os autores expressam seus agradecimentos aos docentes, funcionarios ¢ alunos da Universidade de Sao Paulo (USP), bem como a diversas autras pessoas e instituicées colaboradoras, que tornaram possivel a conclusao deste projeto, em especial 0 apoio do Instituto de Geociéncias (Gc) da USP e ao gerenciamento financeiro realizado pela Fundaca0 de Estudos e Pesquisas Aqualicas - Fundespa. Agradecemos particularmente 20s Sequintes colaboradores por sua parlicipagao em diversas etapas do trabalho: ‘A. Gambarini Alen P. Nutman, A. Ruellan, A. V. Suhogusoff,A. V. MorganiUn. of Waterloo, A. P. Dunnbark, Carl O Dunbar Jr, C. Cingolani, C. H. Grohman de Carvalho, C. M. Noce, C. Schobbenhaus/DNPM, C. Secchin, E. Helter, E ‘Molina, F. Munizaga, F. Penaiva (in memoriam), F. R. Alves, G. Slavec, G. Leonardi, |. Wahnfried, J. D. Griggs do U. S. Geological Survey, J.W. SchopfiPrecambian Paleobiology Research Group, J. J. Bigarella, J. Florence/Un. of Arizona News Services, L. L. Casais e Silva, L. G. Sant’Anna, L. M. Victor/inst. Geoffsico da Un. de Lisboa, Massaru Yoshida/ Osaka City Univ., M. A.(Chamadoira, M. Coutinho, M. Hambrey, N. Ussami, 0. Bortolotto, P. Abori, P. Comin-Chiaramont, PR. Ronne, P. Tackley, R. Andreis, R. G. de Araujo, R. Linsker, R. L. Christiansen do U. S. Geological Survey, R. P. Conde, R. Simone, R. Trouw, R. Trindade, R. Linsker, S. B. Citrone, 8. F. Beck, S. N. Saito, SS. Gouveia, S.C. Mortis/Un. of Cambridge, S. M, Stanley, M. K. Blaustein! Departament of Earth&Pianetary Sciences, T. C. Samara, Thomas M. Fairchild |W. Shukovsky, W. K, HartmanniPlanetary Science Institute, Zig Koch. @ 4s seguintes instituigdes: Brtish Geological Survey, Companhia de Energia do Estado de Sao Paulo - CESP. Geological Survey of Japan, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPEIS.J. dos Campos, institut of Technology DevelopmentiSpace Remote Sensing Center, Instituto de Investigagao Cientifica Tropical, IPT, John Wiley&Sons International Rights, NASA, NOAA, The McGraw-Hill Companies, United States Geological Survey, Wm. C. Brown Publishers, 0s editores agradecem, sobretudo, 20 valioso patrocinio fnanceiro concedido pela Agéncia Nacional do Pelrdieo (ANP), da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineracio (CBMM) e pelo Grupo Votorantim-Cimentos, sem 0 que nao teria sido possivel conclu 0 projoto Decifrando a Terra, Por fm, somos gratos a Editora Oficina de Textos que se propos @ publicar uma obra desta magnitude pela primeira vez no Pais, obra esta que esperamos seja uma referéncia para 0s Universitarios interessados em conhecer © nosso planeta Terra ‘Sobre os patrocinadores: ‘A Agéncia Nacional do Petréleo— ANP — tem por missao reqular a industria de petroleo @ gas natural, contratando, requiamentando e fiscalizando suas atividades, promovendo a livre-concorréncia e 0 desenvolvimento nacional, sempre com 0 espirito de preservacdo do interesse piblico e do meio ambiente. ‘A Companhia Brasileita de Metalurgia e Mineragdo— CBMM — sediada em Araxa, MG, desenvolve a extracao, beneficiamento © industrializagao do minério de nidbio. E a principal fornecedora de produtos de niobio no mercado mundial © a Unica empresa produtora presente em todos os segmentos do mercado. A CBMM. atende & totalidade da demanda nacional e exporta seus produtos para 45 paises. Considerando a atual taxa de ‘consumo de nidbio, a reserva mineral da CBMM pode atender por varios séculos as necessidades deste Tecurso em todas as suas formas — ligas, Oxidos € nidbio metalico. ‘A Votorantim & um grupo com mais de 80 anos de existéncia, que se dedica a atividades como a metalurgia e mineragao, a producao de cimento e papel, bem como a atuacao na agroindustria, industria qulmica, nna produgdo de energia e em servicos financeiros. O Grupo Votorantim, um dos cinco maiores conglomerados industriais de capital 100% nacional, destaca-se pela qualidade de seus produtos e servigos, estando presente em todas as regides do Brasil, por meio de suas varias empresas que se voltam inclusive para a exportacao de ‘seus principais commodities, como 0 aluminio, 0 zinco, 0 niquel, a celulose e 0 suco de laranja Sobre os organizadores/editores ‘© Wilson Teixeira: Godlogo (1974), Mestre (1978), Doutor (1985), Livre Docente (1982) ¢ Professor Titular (1996) pelo IGcUSP. Professor Titular (1996) do Departamento de Mineralogie Geotecténica, bem como Diretor deste Instituto desde dezembro de 1999, Realiza pesquisas em Geocronologia e Geotecténica, Membro titular da Academia Brasileira de Ciéncias desde 1998, E assessor cientiico da FAPESP, pesguisador e membro titular do comite assessor do CNPa, bem como assessor ad hoc da CAPES. Foi membro iuiar do Conselho Editorial do Boletim IGe (1997-1999), exmai- wteixeir@usp br © Maria Cristina Motte de Toledo: Gesloas (1977), Neste (1961), Doutora (1986) e Livre Docente (199) pelo IGe- USP. Professora Associada do Departamento de Geclogia Sedimentar e Ambiental deste Instituto. Reponsdvel por Ln programa de divulgagao das Geocléncias junto a Secretaria Estadual de Cultura e a Secretarias Munpais de Cultura e Escolas de 1° e 2° graus no Estado de S80 Pavio, de 1991 a 1995, Realza pesquisas em Geoguimica de ‘Supertice. Fo! Coordenadora do Programa de Pés-Graduacao em Geoquimica e Geotecténica do IGc-USP de 1995 2 1996 @ ecitora associada da Revista Geochimica Brasiionsis da 1996 1999, e-mail merstol@usp br ‘© Thomas Rich Fairchil: Bacharel em Gooiogia (1966) peta Stanford University (UA) ¢ Doutor (1975) pela Universidade da Calforia em Los Angeles (UCLA, EUA).Profossor Doutor do Departamento de Geologia Sedmentar e Ambiental {do IGe-USP. Realza pesquisas em Paleontologia do Pré-Cambriana. Em 1966, velo ao Brasil pela primeira vez pelo Corpo da Paz (Peace Corps), programa govemamental ctiado pelo Presidente Kennedy, aluando durante tres anos como ausiiar de ensino na Escola de Florestas (Cuntba) da Universidade Federal do Parana ~ UFPR. e-mail trairch@usp br ‘© Fabio Taio: Geoiogo (1973) pelo IGe-USP. Mestre em Mining Engineering (1987) pela Pennsylvania State University (EVA), Doutor (1982) © Livre Dacente (1996) pelo IGc-USP. Professor Associado do Departamento de Geologaa Sedimentar 9 Ambiental dosto Insitute, Trabalhou como Geotisico na Petrobras (1974/75) ¢ no Instituto de Pesquisas Tecnologicas (1975/05), Deservolve pesquisas nas éreas de Mecénica de Roches, Geologia de Engenharia, Geofisica Axlicada € Geologie Ambiental, Atvo na Associagao Brasileira de Geologia de Engenharia © Sociedade Brasileira de Geofisica, € assessor cientiico da FAPESP, CNPq, CAPES e FINEP. e-maitfaioli@usp.br AUTORES INSTITUTO DE GEOCIENCIAS Professores Doutores Professores Associados: Daniel Atencio Marcelo Sousa de Assumpgao Professores Titulares: Gergely Andres Julio Szabo Marcia Emesto Anni Carlos Rocha Campos lan McReath Lelia Soares Marques. CéudioRiccomini Ivo Karmann Jorge Siva Betiencourt ode Moreschi INSTTIUTO‘OCEANGGRAFKO Umberto Giuseppe Cordani José Barbosa Madureira Fiho Professores Doutores Wison Teixeira Marly Babinski Miche! Michaetoitch Mahiques Paulo Cesar Fonseca Giannini Moyses Gonsalez Tessler Professores Associadas: RicardeHrala Colombo Celso Gaeta Tassinar Thomas Rich Fairchild ESCOLA SUPERIOR DE Excolso Rubert AGRONOMIAE AGRICULTURA Fabio Talal Professor Assistente LUIS DE QUEIROZ oe BarbujaniSigolo CCoriolano de Marins Dias Neto Proticeor Thin Reps Sane ‘Adojpho José Melfi Maria Cristina Motta de Toledo INsTITUTO Paulo Roberto Santos ASTRONOMICO E GEOFISICO UNIVERSIDADE FEDERAL Romuio Machado DOPARANA Sonia Maria Barros de Oiiveira Professor Titular FotenorAssblaite Igor Wory Gil Pacea Femando Mancini 1 O PLANETA TERRA Umberto G. Cordani [Yam slestwis planeias —— comn pricicy Cee Too los aglomerados, em re al DeciFranpo a ‘TERRA + uma visio comparativa, qque possibilita a re- construcio do ciclo de evolugicio estelar, visto que existe uma grande diversidade dde tipologia nas es trelas, em relacdo 4 sua masssa, tamanho, cor, temperatura, idade, ete. Emboraa se saiba que a vida de uma estrela é muito longa, dda prdem de diver sos bilhoes de anos, o grande rndmero de estrelas disponiveis para observacio fitz z cam que seja pos: sivel verificar a esisténcia dee muitas delas em diferentes fases da evolucio ewstelar, desde a sua formacao até o seu desaparecimacnto ou a sua trans formacay em outro objeto difeierente do Universo. © Universo encontra-se em expspansia, Nao é a dis tincia entre as estrelas de umaa galixin que esti aumentando, ¢ nem a distineia entre as gabixias de um aglomerado, visto que tanto as primeiras como as ul timas esto fi wdas entre si pela atragio da gravidade. \ expansio do Universo significa que aumenta conti ‘nuamente o espago entre os aglomerados galicticos que nao estio suficientemente ligados pela atragio, gravitacional. A velocichide desta expansio é dada pela constante de Hubbl Jinda io determinada com grande precisio, € que presentemente parece se situar proxima de 18 km/s.10"anos-luz, Se o nosso Univer- so for “aberto”, este valor permaneveri constante, ou podesii aumentar no furuto, Se entretanto o Universo io diminuira for “fechado”, a velocidade de expan com o tempo, tender @ anular-se ¢ em seguida toma- ni valores negativos caracteristicos de contracio, \ Astronomia ainda nio esti segura quanto & na rrireza aberta ou fechaca do Universo, pois isto depende de sua densidade média, cujo valor no se encontra estabelecido adequadamente, O valor limite entre Universo aherto e fechado, ehamado de densidade critica, é dado por p, = 3 H.?/ 8aG, onde H, é a constante de Hubble © G a constante geavitacional Para o valor mencionado acima de HH, a densidade critica € de 6,3 x 10" g/cm’, Observacbes recentes (ver os comentirios finais deste capitulo) sugerem que a densidade média tem valor inferior 20 exitieo, indi- cando umn Universo aberto, portanto tendendo a expandirse para sempre, Entretanto, € dificil medir essa densidade em virrude da existéneia da chamada materia escura, de mplicada earacterizagin e de pre senca ubiqua em todo 0 espaco interestelar, Este material, virtualmente invisivel, consiste de neutrinos & possivelmente de outras particulas desconhecidas que interagem apenas por Forgas de gravidude com a ma toria conhecida, Muitos cientistas acreditam que esta ‘materia invisivel estaria presente no Universo em quan fidace muito superior da matéra visivel,€ nesse caso 1a densidade média poderia superar © valor eritico, apontando assim para um Universo “echade 1.2 Como Nasceu o Universo Se nosso Universo for fechaddo, iste 6, se sua densi de média for superior a 6,5 x 10° z/em’, sua velocidade de expansio deveri ciminuir até anularse, ¢ em seguida ele deveri implodie sobre si mesmo, num colossal osmocruncy. 1 futuro Jonginguo, dagui a muitas dezenas de bilhdes de anos, ‘Toda a matéria estaré reunida numa singularidade, um espaco muito pequeno de densidade cextremamente alt, virwalmente infinita, sob uma tem penatura também extremamente alta, virualmente infinita » fio haveria espa Nesta singularidade que foge a qualquer visualiza materia e enengia seriam indistinguiveis, co em seu entorno eo tempo nie teria sentido, Esta pode ter sido a sinuagio existente cerea de 15 bilhoes de anos atris, o posto de partida de tudo 0 que nos diz respeito, um ponto reunindo toda a maré- tae enengia do Universo, que explodiai no evento tinieo © original que os fisicos denominaram Grande Explo sto, ou Big Bang. Por meio do conhecimento existente sobre matéria ¢ enerpia, sadiacdes, particulas clementares, ¢ fazendo uso dos recursos da Fisiea teorica, ineluindo modela gens ¢ simulacdes, 0s cientistas reconstituiram com grande precisio as etapas sucessivas 4 Grande Explo sio. Segundo dizem, tendo como situagao de partida 0 Yiu imaginado recentemente por Gamow, ¢ iniciado 0 Big Baye, 0 resto & perfeitamente previsivel. A Tabela 1.1 retine os eventos ocorridos por ocasiio da origem do Universo, ordenados eronologicamente. A Ciencia no tem elementos para caracterizar 0 period que os fiicos denominam Planekiano, decortido lo > apo 6 instante inical, Trata-se do tempo necessario para 4 luz atravessar © comprimento de Planck, a unida de fundamental de comprimento, pois nao € possivel saber se as constantes fundamentals que governam nos so mundo ja atuavam naquelas condigdes, Durante os 3 x 10" segundos iniciais a temperatura era alta de mais pata a matéria ser estivel, tudo ena radiagaoa Ninda hoje, o-espectro da radiaeio de mieroondas de fundo (iicronave backgramd radiation) que pervaga 0 Univer so em todas as direcdes do espaco, como remanescente da tadiagio emitida, € ur evidéncias para a teoria do Big Bang e implica que a radiagio original partiu para todos os lados com a mesma temperatura, Cariruo 1 + © Pianeta Terra e suas Oricens Tabela 1.1 Cronologia do Big Bang, mostrando que Tempo e Espaco so grandezas fisicas que nasceram junto com a Grande Exploséo. oy Raio do universo Temperatura (K) Eventos (metros) Zero tna) Zero MMe | Acotacinens de espace, temps ewe 54 x104s 146410 10" Fi do pefodo Plonckiana 10% o* 10" Seporaga da Grivdode. 1085 3x10 10° Seporacbe das orcas Nuclear Forte e Elética aca W*-10%s 3x 10708 0,1 10706 10% Foss nflociondria. 0 s 013 10 orocao dos forgas NuclearFraca e Eletromagné 10%s oa T5X10% —Evabiizam-se 0s quotks do fp | (mosso ~ 50 715% 10" Exobilieam-ze 0s quarks do fpo b massa 10%s 300 14x10 —Esiabiizan-se os quarts do ipo Imosio = 1,8 U 3.9% 10! ——Esobilzam-se os quarks do po de u (nes 10% Exobiuom-se pistons e nburons 10%s 300,000 14x10” Exablizam-se os niclaos?H fenergia de igacdio = 1,7 MeV) 10s 3x10 41x10" Esioblicam-se os elérors (massa ~ 0,000885 100s 3x10 15x10" Estoblizam-se.osnicleos"He e ‘He 200.000 nos 66x10 3.000. Caplur de eltvors polos nicleos.Formacdo de dtome: He Hee moléculas H,, © Universo torna-s ransporente Obs: v = 1,660540% 10 * ig, Ee Com a expansio ¢ a eriacio continua do espaco, fi cet, visto que, apas a fase inflacioniria, estes triam sua ram surgindo as quatro forgas fundlamentais da nature prdpria expansio © evolugio muito distante de n que incluem a forga cletromagoética, 2s forcastuckares: mado. qué sualluzno:nos aleancat ne fraca (que «tm influéncia no interior do nice kod ttPS season eevee oe imo}, ea forea da gravidade que, de longe, €a mais ac cel teri can ecpaneio rnernda pela constr ee dde Hubble, e sia evolugio o levaria até 0 esto atua ait euinie dceomaue G Kommnabes wes, neanemmecanneet ce 15 se fo extremamente ripida (Fuse inflacion’ Nesta evolugio primi, temperatura e aden in), crv que a velocdade dh expansio fi até maior do de energin form cere, ¢ foram ef cons que a velocidade da luz. Com base nesse modelo, os So8spartaformagio da , rofsicas esplicam as fighies ancmalas obse 1 mucleagénese: pri : zt Implics também que pode terse origi- 08 toms dos elementos mais leves,Primeiamente He nado ¢ pad paeeadenccoaed He-—08 dois elementos pricipais da matéia do Univers DeciFRANDO A TERRA ® 1,3 Evolugio Estelar e 10 dos Elementos ; ne Form mest 1 toms pelos om Raltteieean e i ul te : i li mito diminuttas de Li Be i : ; : adigio d id 7 ngula ot rapid i nh ela rain nuvens ck t i nt ‘si : \ fr amerack nro del Sistema Solar origi i po UR ROM ge As estrelas nascem pela radicalizacio do processo de conteagio, a partir das meneioniadas nuvens de gis nebule quantidade de Hidrogenio ¢ Helio, além de alguas constituidas quimicamente por grande sélidas que int ram a poci- m LA), Observagies astrondmicas revclm regides onde esta ocorrendo o fendmeno da formagio de estrelas, em nebulosas de enorme massa © baina densidade. No intefior destas, um volume menor com densidade ligeiramente mais alta entea em autwconttacto, eo material tende ao colapso pend: indo uma esfera, na regio eentral, tormando-se uma proto-estrela, Dat em diante contiawasa a eontraie para compensar a perda de calor pela sua superficie, de- seavolvendo temperaturas e mais para a esquerda no diagrama, A queima de Hidfogénio ~ a seagio termonuelear caracteristica das estrelas que se sitgam na Seqiiéncia Principal, em que pela fusio de quatin nticleos de Hidrogénio forma-se um de ‘THe — inicia-se quando as mperatunas central daestrela em formacio atiogem LK. sta reacio libe ra uma imensa quantidade de energia, muitos milhdes de eres superior iquela que seria eaustda pela queima qui mica do H. Desta forma, a estrela pode continuar qucimando HT durame bilhdes de anos, como é veaso do Sol, visto que tal producto de enengia compensa € equi Tibra a tendéncia & contrac pela acio da gravidade \ evoluciio das estrelas, tal como send relatada as encontra-se sinretizada n 1.5, que representa o diagra- ma de Hertsprung Russel HR), Neste griticn, amaioe | sia das estrela situa-se perto da curva represenrada, desde a canto inferior direito (baixa temperatura ¢ baixa luminosi dade) até 0 canto superior exquerdo (alia temperatura € alta luminosidade). Hsta regito tno diagrama € a denominada Seqiiéneia Principal, com a «strela de massa unitiria (Sol = Mogntice Vaso Absoiva 1 M,) ocupandiya poste, een tral. Una certa concentragio de estrelas aparnce acima e para a direita da Seqiténeia Principal cenquanto apenas algumas apa: recem abaino dela, Quando uma estrela nasce seu maierial esta ainda muito diluido © expandido. Sua tem de penatura superficial & bai modo a sittar-se na porgao in ferior direita do diagrama H-R tecibisvet 0H ae ee a T T sunercrsarnes ene ‘eons te f 28, oF seetenon ro) atwsicnss . ‘ fede alr ecarual (Com sua contagie, remperatu ‘a € luminosidade aumentam, © 1 estrela vai ecupando posigdes socessivamiente mais para cima Fig. 1.5 Diogromo HR (Helsprung-Russel), no qual olipo es core de temperatura da superficie) de muitos estelas cujas disténcios so conhocides, es'¢ representado em fungao des luminosidade (elotiva go Sol~ 1 po especies PY mt \ queima do H no centro das estrelas, onde temperatura é maxima, produ He, elemento que permanece onde € formado, visto que 0 calor pro duzido ¢ transferido para as camadas mais externas por radiagao, € no por conveecio. A acumulacao de He forma um niicleo que eresce, com o Hem ignigio, confinido a uma camada concéntrica ex terna a esse nucleo, Com o ereseimento do néieleo, a parte externa da estrela expande muito, € sua sw perficie resfria, assumindo uma coloragao vermella. Fa fase denominada gigante vermetha (Fig. 14) Nesta fase o micleo se contrai novamente pela atra eo gravitacional, e a temperatura central aumenta muito, para valores da ordem de WM K. Inicia-se a queima do He, que pode durar muitos milhoes de anos, formando € pela fusio de trés particulas alfa, Fim seguida, com o esgotamento do He, nova contragio do niicleo © nove aumento de tempe natura acarreram uma enorme expansio da estrela Trata-se da fase de supergigante vermelha. Se 0 Sol atingir esta fase, daqui a cerea de 5 bilhoes de anos, seu tamanho estender-se-a para além da 6r bita de Marte Em estrelas de tamanho médio, como & 0 caso do Sol, © niiclea de € & muito quente, mas no 0 suficiente para produzir fusdes nucleares, de modo que cessam as reages produtoras de enengia. Como resultado, © micleo contrai ulteriormente, ¢ a sua densidade aumenta, originando uma and beanca, Tais tipos de estrela perdem sua energia residual continu nente, por radiagio, resfriando durante outros bilhes de anos, transformando-se em anis matrons, ¢ finalmente, em anis negras Por outro lado, em estrelas cujo tamanho € pelo menos oito vezes maior que o do Sol, em suas Fe ses de supergigantes vermelhas, a temperatura do niicleo de C € suficiente para produzir O, Ne © M pela adiedo de particulas alfa, e posteriormente fun- dir ©, formando Si € outros nuclideos de nimero de massa mais clevado. Tais processos, em que os residuos da queima de combustivel nuclear se acu mulam no nucleo para em seguida queimarem por sua vez em outta reacdo termonuclear mais eom- plexa, fazem com que as estrelas se constituam por uma série de camadas coneéntricas, As reagdes nu cleares ce um quando o elemento Fe é sintetizado processos de equilibrio, ou eprocsse), visto que este elemento & 0 mais estivel de sua regio na curva de energia de lig ulterior consumiria energia ao invés de produzi-la Jo, € por isso uma fusio nuclear Cada até 0 Fe, libern menos energia que o anterior. A igio sucessivo de queima, desdle 0 HI diminuigio da fonte de energia coincide com a ne cessidade crescente de energia para as ctapas posteriores da evolueao estelar, de modo que estas so sucessivamente muito mais ripidas do que as anteriores, € especialmente a fase de estabilidade quando a estrela permanece ao longo da Seqiiéncia Principal. Uma estrela que permaneceu durante bi Ihdes de anos queimando He depois He, passa extremamente rapido pela fase dos processos de equilibrio, em segundos apenas, formando Fe, para ter imediatamente seu combustivel nuclear esgou do em sua parte central, Nesta situagio, a temperatura aumenta muito, a contracie torna-se insustentivel, ¢ a estrela implode em fragdes de se gundo comprimindo as particulas e formando uma estrela de néutrons com diimetro da ordem de apenas alguns quilmetros, Si ce grande quantidade de elementos ainda mio queimados: H, He, C, O ete. A implosio do centro causa 0 colapso generalizado de tais camadas ex ternas, com 0 concomitante grande aumento da temperatura, \ quantidade de energia liberada ¢ 0 grande, em tle pouco rempo (menos de um se gunde), quea estrela explode literalmente, langando para 0 espago a maior parte de seu material, num evento tinico no céu, um grande espeticulo para os astronomios, € que earacteriza a fase de supernov: (Pig. 1 trons é liberado pela fissio dos nuclideos mais grande nimero de neu pesados, € esses néutrons sie imediatamente eap- turados por outros nuclidios, dando origem avs processos denominados + (rupid - ripidos) es (slim lentos) de formacio de elementos novos, A pro- va da nucleossintese pelas supernovas esti na deteecio do espectro de certos elementos instiveis, como 0 Teenécin, ou alguns elementos transurinicos, tal como foi observado recentemen te pelos astrofisieos. (© diagrama H-R tem fundamental importincia no entendimento da evolugio estelar, deserita an tes, visto que podem ser observadas estrelas individuais em todas as etapas evolutivas, e deter minadas as suas propriedades através de cespecttaisd ¢ diversos tipos. Apis longa permanén cia sobre a Seqiiéncia Prineipal, produzindo He, a luminosidade das estrelas aumenta nas fases seguin ‘Capiruto 1 * © Puaneta Terra € suas OriGENS a perda de ndes d ando ot ntava ¢ eee se i 10 bilhdes de ic idade. \ nebulosa solar q ur na part do di ; ‘ e possi te da explosal u \ Princ i ja ma r lementos constituin n m. slares, € que em sua : : te durant c : mer h uc n a0 F c r eu as (I mente H er ntetizados 0 > ami inuinte Epe n nico intermediirio entre o He ¢ denominadas abundancias solares na Tabela DO ee Tabela 1.2 Abundéncia Solar dos elementos. Embora existom diferencas de estrela para estrela, por causa da prépria dinamica interna, a abundancia solar ¢ tida como um valor médio representative da constituiggo quimica do Universo, também chamada abundancia césmica (valores em étomos/10°Si) Ec oe eee 272x10° 29 «Gu 514 88 Ce 1,16 2 He 28x10 30. Zn 1.260 59 Pr 0,174 au 59,7 31 Ga 378 60 Nd 0.836 4 Be 0.78 a2 Ge 18 62 Sm 0.261 S08 24 33 As 6,79 63 eu 0.0972 6 c 1,24x107 34 Se 62,1 64 Gd 0,334 t N 2,48x10" 35 Br 11,8 65 Th 0,0589 BO 2,01x10 36 kr 45.3 66 Dy 0,398 ete 84s 37RD 7.09 67 Ho 0,0875 10 Ne 3,76xt0" 38 Sr 23.8 68 Er 0,253 "4 Na 5,70x10* 39 Y 4,64 69 T™ 0,0386 120 My 1075x10" 40 107 7 Ye 0243 3A 8,49x10° 41 Nb 071 Aol 0,0369 14 Si 1,00x10* 42 Mo 282 72 Hf 0,176 15 iP 1,04x10* “ Ru oe 73 Ta 0,0226 16 s 5,15x10° 45 Rh 0,344 74 we 0,137, 17 cl 5.240 “6 i eS 75 Re 0,0507 18 Om 40410" 47 0.529 78 Os o7t7 1s ee 3.770 48 Gd 1.69 fee 0,660 ee 6.ttx10" 49° In 0.184 78 Pt 1,37 Fi ae 33,8 50 Sn 3,82 7 mM 0,186 eae 2400 51 Sb 0,382 80 Hg 0.52 23 v 295 52 Te 4.91 Bt Ti 0,184 Das eo 1.3410" ae 0,90 82 Pb 3.18 25 Mn 9510 54 Xe 4235 83 Bi 0,144 2 Fe 9,00x10° 55 Cs 0,372 90 Th 0,035 27 Co 2.250 56 Ba 92 u 0,0090 28 Ni 4,93x10" 87 La 0,448 a Capiruco 1 * O Puanera Terra & suas ORIGENS Nosso Sol é uma estrela de média gr posigio ceneral na Sk Principal no . R : ontra-se f ela ¢ ¢ aicere : Possivelmente, permaneceri ni 5 rantos je anos, antes de evoluir para )s demais corpos que pertencem ao Sistema Solar (planetas, satélites, asterdides, cometas, anizacio harménica no tocan ri fe : Pert lan lites. A ma ¢ tra-se no Sol, coms pl ane lor, em ¢ cliptieas ¢ a exeentricidad ualmente cop! ndo um pl ico denominado ecliptica plano e tadas, com pequenas inc nagdes, as Srbitas de todos os planetas, ¢ entre Mat ipiter or tam umero ides, O movimento de todos estes 5 136 los Janet mais m peau n ne Os pi i ‘i Js. Meter ti par maz Mereiirio, \ Terra, Mar - Jupiter, Saran Netuno ¢ Plutao, Pod © que suas di s em rel Sol obe " na relag isi Tei oe de Titius-Bode posta fi ecattialliecndl ic 04 +03 x2 were rdem de nquanto « wal d a distineia heliocéntrica em wai 5 i ma i do Sol. ¢ pe ‘ UA 1 i a Terra je dimensGes menores, qu ” s ivalente a ce 01 milhoes de k i je ( 1 é igual a Merctrio, V 5 imetro da ordem de 970 km), apresentam carac f nl: s S Xu 7 vem norma fick sua orig, mum. Os pl sat suas atm io muito ¢ icad ernos composigio mt . jo Sol, com pi r wil Pela de He F Pie ae ey Tabela 1.3 Parémetros fisicos dos planetos do Sistema Solar. as Mercirio Venus Tero Morte Jupiter ‘Soturne Urano. —_-Netuno Roof) ee fe re 3.88 Masso) - 0,055 OB14 1 O106 3177 99,66 «1453 17,06 Teneoem 54 (62 55 Bo 13 (OF 13 16 ‘Aamestera CO, (96) N(78) CO,(95) 178) HI) HiHe(15) HH NQ) O(21) NG He (20) He (20) HQ, Ct HO, CH, NH, (60), _ NH, (60) Sodtes 1 @ 16 18 5 8 Disténcio (UA) 039 0,72 1 1,82 5,2 9,55 1919 30,17 Dimesodosno 88 | 5 365%, 687 «4347 «10.775 30.080 60.266. dios terestes Rotagao (dia) 58,6 243 0,99 1,03 041 0,45 0,72 Excenincidode 0,21 0,01 «002009005006 001 Diemerodo 4.879 1204 12.756 6.794 142.984 120536 51.118 49.528 ‘equador (km) Inchinagboorbiol 7,00 389 0 (1,85 31 ad O77 it Rye My respectvaronte, rio (6.378km) e massa (6,98x1 0" ) da Tero een cdida que ocorreu tiamenw jonta a uma nebulosa de gis e pocint c e planetésimos), que | sigio quimica correspondente & abundincia mc ada maiore Jar dos elementos (Tabela 1.2), A aebulosa tinba fi ves} f um disco achatado, em lenta rotacio, Nos pela agh al, tod ae 0,002 0) 90.582 petro screscio planetiria,estima-se que, numa escala de tem po césmiea, ele foi muito ripido, pois a eristalizagio de corpos diferencindos, conforme seri visto a seguir seorzcu no mixime 20K) ou 300 milhides dle anos aps vs processos de nucleossintese que originaram a ne. © processo de acres¢io planetiria, estremamente complexo, nio € totalmente conheeido, de tal modo que os modelos ndo explicam adequadamente todas is particularidades observadas nos planctas e satdltes do Sistema Solar, Independentemente do modelo es colhico, parece que © estigio inicial da formacio phinetiria corresponde 4 condensacio da nebulosa em resfhumento, com os primeiros sélidus, minerais re fratirios aparecendo a uma temperatura da ordem de 1.700 K. O meeanismo para agregar as particulas, possivelmente relacionado com afinidade quimica, ain da € obscure, Por outro lado, os protoplanetas, de dimensdes grandes © com apreciével campo ravitacional, podem atrair ¢ reter planetésimos. No citado modelo de Safronoy, em cerea de 100 milhées de anos poderiam terse acumulado 97-98% do ma terial que constirui hoje o planeta Terra, q ie Op As difereneas nas densidades dos plantas internos CTabela 1.3), deerescendo na ordem Merctiio-Terra Venus Marte (¢ também Lua), sio atribuidas a qquimica da nebulosa original foi uniforme ¢ aniloga a abundancia solar dos clementos, Finalmente, apés os eventos relacionados eom sua actescio, os planetas internos passaram por um est gio de fusao, condicionado pelo aumento de temperatura ocorride em seu interior, com o intense. calor produzido pelos is6topos radinativos existentes em Quintidade relevante, nas épocas mais antigas da evolucio planeniria, Gom seu matedal em grande parte no estado liquido, eada planeta sofreu diferenciacio quimica e seus elementos agregaram-se de acorde com as afinidades quimicas, resultando num niieleo metil ee Ni, envolto por um expesso manto de composicio co interno, constituido essencialmente de silicatica (Cap. 5). No caso dos planetas externos, além, de conterem H € He, ao lado de outros compostos voliteis em suas atmosferas exteriores, acredita-se que tenham niicleos interiores slides, em gue predomi nam compostos silicéticos. Tanto no caso do episédio, inicial da acreseio planetiria, como neste episéitio posterior de diferenciacio geoquimica, sa cruciais os © Pianeta Terra e suas Oricens 13 conhecimentos obtides pela meteoritica, que serio vistos a seguir 1.5 Meteoritos Metcoritos sio fragmentos de matétia sélida pro venientes do espaco, A imensa maioria, de tamanho diminuto, é destruida e volatilizada pelo atrito, por ca siio de seu ingresso na atmostera da ‘Terra, Os meteoros (estrelas cadenies) - estrias luminosas que suleam o ecu € sio observadas em noites escuras € sem nuvens ~ sio 0s efeitos visiveis de sua chegada Apenas os meteorites maiores conseguem atingir superficie da Terra, Alguns cuja massa aleanga diversas toneladas produzitam crateras de impacto que ver ou urea sao descobertas, Por exemplo, um meteorite com cerca de 150,01N) tonelachs chocou-se com a Terra ha cerca de 50.000 anos, cavando o Meteor Crater Arizona, ELLA), uma depression com 1.200 metros de diimetro ¢ 181) metros de profundidade (Fig. 18) Um impacto meteoritico ainda maior, ocorride em época ainda nio determinada, produziuy uma erarera com cerca de 3.600 metros de didmetro nas proximi dades da cidade de Sio Paulo, he por sedimentos (Cap.23) .,porém, preenchida © estudo de algumas trajetérias, quando a obser vacio foi possivel, indicou como provivel regiin de origem dos meteoritos 0 anel de asterdides ji refer do que se situa entre as drbitas de Marte e de Japiter (ig. 1.7). Analises quimmicas de alguns meteoritos su gerem uma proveniéneia da Lua, € também de Marte aerancados das superficies esses eorpos por grandes impactos. Fig. 1.8 Meteor Crater, Arizona, EUA. Fonte: NASA, 14 DeciFRANDO A TERRA As amostras de meteoritos conhecidas ¢ estudadas pela meteoritica ~ 0 ramo da Ciencia que estuda es ses corpos — so da ordem de 1.700, Porém, alguns milhares de amostras adicionais estio sendo continua mente coletados por expedicdes na Antartica. A busca de meteoritos & grandemente facilitada na calota gela da, onde cles sé concentram na superficie (jumtamente com outros tesiduos sélidos), com o passar do tem: po, por conta da redugia do volume das geleiras, causada pela agao do vento combinada com a trajet6: ria ascendente do flaxo do gelo quando este encontra clevagdes topogriieas. Os meteoritos subdividem-se em classes € icordo com suas estruturas internas, Tabela 1.4 subelasses, de composighes quimicas ¢ mineraldgicas Doit © entendimento da eve aspectos da meteoritica sio importantes para gio primitiva do Sistema a significacae dos meteoritos condriticos para process de actesedo phinetiria ¢ a significagio dos meteoritos diferenciados em relacio 4 estrutura inter ‘na dos planetas terrestres Os metearitos do tipo condritieo corsespondem a cerea de 86% do total, em relacio fis quedas de fato, observadas, sendo que 81% eorrespondem aos do tipo ondinario, enquanto que os outros 5% sio os chama dos condritos earboniceos (Tabela 14 Com excecin de alguns tipos de condritos carboniceos, todos os demais tipas de eondritos pos- suem edndrulos, pequenos glabulos esféricos ou Tabela 1.4 Classificacao simplificada dos meteoritos. Ordinérics (81%) Condritos (86%) Coractersticas: Primitives ndo diferenciados. Idade ene 4,50 4,6 bilhdes de anos. Abundéncia solr (cos mica) dos elementos pesados. Possuem céndrules, 8 excecio ds condi carbonéceos fipo C1 Composigée: Minerois silicéticas (olivines © piroxnios)fases refrotarias e material metdlico (Fe e Ni) Proveniéneia provével: Cinturbo de asterdides Diferenciados. dade entre 4,4 ¢ 4,6 bilhoes de onos, 6 excacdo daqueles do tipo SNC, com idade aproximade de 1 bilhao de anos. Composicéo: Heterogénea, em muitos cases similar @ dos basoos ter- jerais principais: Olivina, pircxénio e plagioclésio. Provenincia provével: Corpos diferenciados do cinturdo de asterdides, muitos do superlicie da Lua, alguns (do tipo SNC) da supedicie de Marte (Shergottitos: Nokhlitos- Chossignites) Carbondceos (5%) Meteoritos Rochosos (95%) Coractertsticas: Acondritos (9%) resites, Meteoritos ferro-pétreos (siderolitos) (19%) Meteorites Composigdo: Mineral motalico (Fe + Metélicos (sideritos) (4%) Composigio: Misturo de minerais silicdticos e material metalico (Fe No. Proveniéncia provével: Inierior de corpos diferenciodos do cinlurdo de astersides Ni) Proveniéncia provével: Interior de corpos diferenciados do cinturdo de asterdides. ERR Ln ake. clipsoidais, com difmetrosnormalmence submilimétricos (0)5-Lmm), ¢ eonstituidos de mine- rais siliciticos (Figs 1.9), principalmente olivina, piroxénios ou plagioclisios. Estes minerais, que serio vistos no Cap. 2, sio os mesmos que se encontzam em eertos tipos de tochas terrestres, denominadas magimiiticas, formadas pela cristalizagio de liquidos silieaticos (magmas), originados nas profundezas da Terra. Por analogia, os eéndrulos devem ter-se for mado, com grande probabilidade, por etistalizacao de pequenas potas quentes (temperatura da ordem de 2,000°C), que vagavam no espaco em grandes quanti dades, a0 longo das Grbitas planetirias, em ambientes Virtualmente sem gravidade Fig. 1.9 Metoorto condritco (Barwell, Inglotercl. Fonte: PR 79. British Geological Survey @ NERC. All igh's reserved, een) Os condritos ordiniios eonsistem em aglomera bes de condrulos, Nos intersticios entre os condrulos, aparecem materiais metilicns, quase sempre ligas de ferro € niquel, ou sulfetos desses elementos, fizendo com que 6 conjunto tenha uma composicio quimiea global muito similar aquela preconizada para a pro pria nebulosa solar para quase todos os elementos, com excecio de H, He, € alguns outros entre os mais voliteis. Em conseqtiéncia, tais meteoritos eondriticos fe entre estes os condritos carbonaceas do tipo C1 sho considerados 0s corpos mais primitivos do Siste ima Solar diretamente acessiveis para estudo eientifico, A interpretacio de sua origem & a de que eles sav fragmencos de corpos parentais maiores, mais ov menos homogeneas em camposicao, que existiam como planetésimos na regido do espaco entre Marte ¢ Jupiter, que nio chegaram a softer diferenciacio qui mica, permanecendo portanto sem transformagoes importantes em suas estruturas internas, A figuen 1.10 ilustra a formagao e evoluc » primitiva dos corpos parentais dos meteorites. A pripria existéneia dos c6ndrulos indica que 0 matetial formou-se durante o restriamento € a cor respondente condensacio da nebulosa solar, portant: antes clos eventos prrineipais de acrescie planetiria, Mais ainda, indica que houve m estigio de alta temperatu ra, Seguramente acima de 1,700"C e provavelmente proximo de 2.000°C, pelo menos em toda a parte interna do Sistema Solar, ineluindo o ane! dos asterdides, Considera-se que este evento de alta tem peratura, ocorride numa fase preeoce da evolucio dos Fig. 1.10 Exquema simplificado da corigem dos corpos parents dos meteorites. Grandes impactos n espace causaram « fragmentagg cesses corpos pareniais, origina do diferentes tinas de meteorites, ee ia CC tt emt ty sisters planctitios, renha sido o responsivel pela per tos earhoniccos do tipo CL conta mi condrulos, Alem di aos demais condeitos ¢ portant am situados aiores distincias do Sol, na regio orbital entre Mar Osacondritos, siderblitos e sideritos (Tibela Lot perfizem cerca de 14% das quedas recuperadas, Pig. 1.11 mostra a estrutura interna tipiea de um siderito, Fig. 1.11 Siderito de Coapertowr r Joc extrutura tipice de Widmanstétten, produzi vercrescimenta de lamelas de dois minerais diferentes, nos consltides de Fe e Ni, Sidavito de Coopartown, EUA Fonte: IPR/7-79. British Geological Survey @ NERC. All rights diversas categorias de sistemas quimicos di em processos maiores de diferenciagto weoquimica, no interior de corpos parentais maiores do que agueles que deram origem aos conde ringiram dimensdes superiores aos limites erfticos para 1 ocorréncia de fusio interna, De certa forma, wata-se de sistemas quimieos complementaces em relagio a0 modelo condritico’ No iimbito da evolucio dos corpos parentais dos corpo parental nao atingir grandes dimensbes, a s mentagdo produzitia apenas ¢ isdropos radioativos existentes no material, elevarian: 1 temperatura ¢ produziriam a fusio de material, con 1 conseqiiente separacio das fases silicitieas em rel io as fases metalieas. Os corpos parentais, tanto Jiferenciados como nao diferenciados, colidiram en. tre si, fragmentando:se e produzindo objeros menores, como os atuais asterdides, Muitos das fragmentos te O cstudo dos meteoritos permite 0 estabelecimen: scorridos durante a evolucao primitiva do Sistema Solar. Determinacdes de idade, obtidas diretamente nos diversos tipos de meteorites, tém revelado uma quase toralidade de valores entre 4,600 e 4400) m portant di nos. A principal exceede refere-se ao. grup do tipo SNC. (Shergortitos. Nakhlitos-€ cujas idades de eristalizacio sio da ordem de 1,000 miles de anos, Histas idades mais jovens ea natureza © mineralogia basiltica (silieatos ferro-magnesianos prineipalmente) destes meteoritos apoiam sua prove niéneia de Marte Com base na idade dos meteoritos diferenciados por volta de 4,560 milhdes de anos, evidenciou-se que naquela época ji tinha ecorride aciimulo de material censejar diferenciagao. geoquimica, Como eorolaio, os planetas terrestres também devem ter sido formados de acordo com este cronograma, Segundo © model do material do planeta Terra teria ocorride em cerca de 100 milhdes de anos. Mais ainda, a existéncia das assim chamaduas ‘radioatividades estintas” permite colocar um limite de idade para aqueles events Petra idiu, a grande parte dos cleme olar, Radioatividades extinta Xe, que wrta (Cap. 15), da ordem de 12 formado no inter produziu Ne até 0 se 1.6 Planetologia Comparada rminados pe Marte, a existéncia de fed Tee ge oy 4 mo para Meretirio, Vé m niicleo dense foi dem » tempo, em virtud: d cla Astronomia, ¢ smo os planetas teliric nilar & dos corpos parentai jerenciados, podemos concluir q metilico, anilogo em composicai No easo da Ti par i descontinuidade fr Ce eC LY sens de enorme valor eientifico, Qutra iniciativae Ga missiio Gulia, um programa cientifico dos mais am- bicinsos,em quea nave espacial, aneada em 1989, chegou ¢ Jipiter env 1995, © desde entio esta realizando um Jestacando uma missio snicida de uma de suas Resummiremos a seguir algumas caracteristicas nctas ¢ dos principais satélites do Sistema Solar, com imp 1.6.1 Planetas internos com’. O ratio equatorial terrestre & de 6.37 seu volume 1,083 s 10°km’, Embors tenba perdido seus ele mento volitels na fase de acresgio do Sistema Solar, a Terra apresenta uma atmosfera secundiria, formada por cemanacies gasosas durante toca a histria do planeta, € stiruida principalmente por nitrogénio, oxigénio e shi. \ temper sa para permite a existéncia de gua liquicla, lem com por de dgua na atmosfera, responsivel pelo efino wsfera ¢ hidrosfera, a Term quando vista do cla fotomontagem introdutdria deste capitulo, Esta vi ida por Yuri Gagarin, © primeino stronauta a participar de uma missio aeroespacial pal do pla ntradas em rochas com idade de 3.500 mportantes fontes de calor em s¢ nterior, que fornecem energia para as atividades de Jobo acima de uma camada Ao mesmo tempo, que produz os movimentos na atmostera € nos oce anos do planeta, Hstas iltimas atividades que provocam profundas transtormacaes na superficie da Terra, modificando-a continuamente. Justifica assim o faro de que quaisquer feigdes primitivas de sua superticie, como por exemplo ctateras de im pacto meteoritico, tenham sido fortemente pbseurecidas ou totalmente apagadas ao longe sua histétia. A Lua, 6 satélite da Terra, apresenta d nassa do planeta a que se telaciona, sendo neste particular um dos maiores satélites do Sistema 5 ar, Tem um didmetro de 3.480 km © densidade de 3,3 g/em’, portanto muito menor do que a da Ter ra, Nao detém atmostera. As feigdes geoldgicas maiores da Lua sic veis a olho ou 1.13). Trata-se de sireas elaras circundam dreas mais escuras de contorno mai paciais & Lua indicara As informagtes obtidas nas missde enquani Fig. 1.13 ee cates me As amostras de material lunar coletadas pelas mis sdes Apollo permitiram esclarecer que nas terras altas predominam rochas claras, poueo comuns na Terra ¢ plugioctisios (slicatos de Na e Ca) que sto por sua vez muito comuns na Terra, Determinagies de idhde abti- clas nestas roebas mostrarany-se sempre acima de 4.000) mithdes de anos, Alguns valores de idade resultaram pr ximos de 4.600 milhées de anos, da mesma orsiem das idades obridas em meteoritos, Estas idades indicam que ‘os matetiais lunares foram também formados aos primordios da evolugio do Sistema Solar Por sua vez, as amostras coletadas das regides bai: xas (nos maria) revelaram uma composicio basiltie am na ‘Terra material de origem vulediniea muito ¢ Suas idades resultaram em geral mais novas do que as Fig. 1.14 Imogem do Mave Imbr ca de impact das rochas anortositicas, mas de qualquer forma mui gigontesco, preenchide por lova, com fe 1.000 km d s, da ordem de 3,800 milhdes de anos, As didmetro, Notor o grande nimero de erateras menores ¢ mai datacdes mais jovens obtidas nas rochas basilticas lu nares foram da ordem de 3.200 milhées de anos, A anailise das estrunaras de im: acto visiveis na superficie da Lua a demonstra que © satélite foi sub: metido a um violento bombardeio todos os tamanbos, desde sua fase minados Mare Imbrium. Mare Tranguéltets, ow a Bacia Oriental, 2 lado distante da Lua), mas existem. Abe a muitas outras, de todos os tam: snhos (Fig: 1.14) " \ origem do sistema Terra-Lua @ oct € assunto ainda controvertido, rend Pe em vista as muitas semelhancas edi- git ferencas de nosso satélire em relagio 4 POTD a Terra, O modelo mais aceito atual is casio em que Terma ji tinha prat: _ 10. Logo opés @ coliséio, © corpo impactante e porte do mar foram despedagados, e mu pe 0s compostos volétels foram vaporizados. Em sequida, gra de parte do manto do obj spams coolescerio ropidamenie formando uma Lue porciol ov totalmente undid. Grande porte de feriol do nicleo de corpe impactanie, mais pesado, teria sido incorporado 6 Terra. ye et petro Por causa das similaridades de tamanho ¢ compo: sigio, Vénus deveria ter regime térmico similar ao da interna. Entrtanto, evidénelas diretas de ma tectonica global do tipo terrestre no esto cc provadas. Ao mesmo tempo, a elevada temperatura superficial cio planeta sugere que a sua litosfera seria menos espessa ¢ mais futuante, impedindo ou dificu!- planeta como os que oeorrem na ‘Terra (Cap. 6 com elevada producto de ¢ lor (bat spoti) (Caps. 6 17) no manto de Venus, as quais poderiam tefletit o produto final de uma di Marte - © quarto planeta do Sistema Solar € pe queno, com mass total de cerca de 11% daquela da Terra, As numerosas sondas espaciais, mas em especi al as misses recentes das sondas Pathfinder ¢ Global vsos acerea do “planeta vermelho" rl, bein cara al. Trato-se de um cinion com 4,500 km de extensao, Jenominado Valles Marineris, semelhante oos vales sivelmente formada por processo arte. Fonte: NASA/JP © Pianeta Terra & suas Oricens = 27 Marte contém uma atmostera ténue (pressio nostérica na superficie de apenas consistindo prineipalmente de CO,, além de quant dades diminutas de nitrogenio e arponio, Os processos solbgicos superficiais ¢ agio do vento, tendo sido observados enorme rempestades de areia. Marte também apresenta ¢ as polares que inclucm gelo, além de gelo see Ha uma grande diferenga ent lois hemisté nais acidentado, enquanto que o set uma estenst planicie pontilbada por Monte Obi Venus ou da Terra, Os edificios vuleiinics e seus de meteoritos SNC, ji menciona A litosfera de Marte deve ser muito espessa, no do Monte Olimpus, numa posieao fixa, Provavelment ica interna importante, que muito tempo, visto que, pelo sew pequeno tamanh muito do calor interno produzid Interpretagdes com base em SNC suge farte teriam cerea de rem que as rochas vuledinieas de 1.000 milhoes de anos, apés 0 qué teria terminade fase de vuleanismo ativo no planeta. Presentemente, ado se observam evidéncias de atividades geolipicas em Marte, com as feicdes indicando que © planet provavelmente nunca teve uma tec 22 DeciFRANDO A TERRA ida com a que se desenvolve até hoje na Terra, Toda via, feigies morfoldgieas lineares tipicas de Marte, tais como 0 ja mencionado [alle Marineris (Fig, 1.18), sto. semelhantes a certas estrurumas terrestres de mesma magaitucle, como os vales de afundamento da. Afeiea vriental, ow a estructura geoldgica que condicionow 0 aparecimento do Mar Vermelho, Fim virios lugares, a superficie de Marte aparece como disseeada © modifieada por uma combinagio de erosio aquosa € movimentos de massa (Fig, 1.20) Tendo em vista que a superficie & muito fria, com tem: peraturas normalmente abaixo de 0'C, a gua somente poderia atuar como agente erosive em episédios quentes” de curta duragio, como em decorréneia de exentuais impactos meteoritcos. Emm tais casos ocor reria a liquetagio do gelo que deve existir de modo permanente na sub-superficie de Marte, em materiais porosos ou fraturados, em situagio similar & dos ter yelados que existem na Terra nas regides de altas latitudes Desde as primeiras observagées de Marte, passan- do pelos relatos de astrfinomos do século XVII, como 6 italiano Sebiapatelli e o norte-amerieano C. Lowell, que desereveram os famosos “canais”, sempre houve especulacdes sobre possiveis habitantes, ou sobre a existéncia de formas de vida naquele planeta, Em 1996 upo de pesquisadores da NASA relatou ter en: contrado possiveis evidencias de atividade biogenica no shergottito ALHS4001, um dos constituintes do 10 conhecido do Sis- Fig. 1.19 Monte Olimpus, te do monte Everes Solar, cujo tamanha & 8s ve Fonte: NASA/JPL Fig. 1.20 A supedicie de More tal como foi vista pele sondo Pathfinder, no ragiaa de sau pause, no coniludncia dos val Aes e Tiv, Tota-se de uma enorme planicie de inundagao,t ‘martial ransportade em meio aquoso Fonte: NASA pequeno grupo de meteoritos SNC que se considera proveniente de Marte, This evidencias, ainda hoje de hatidas pela Ciéncia, consistem de hidrocarhonetos aromaticos encontrados em superticies freseas de: fra turas do meteorito e formaghes globulares eatboniticas que se assemelham, em textura € dimensio, a alguns precipitados earbonaticos terrestres formados por agio baeteriana, 1.6.2 Planetas externos: os gigantes gasosos Jpiter; Sarurno, Urano © Netuno sto muito dite rentes dos planetas internos descritos até aqui ¢ correspondem a enarmes esferas de gis comprimi do, de baixa densidade. Jipiter e Saturno sio gigantes gasosos formados principalmente por He He, en quanto que Urano ¢ Netuno possuem cerea de 10-207 ddesses elementos, mas suas massas compreendem tar bém sélidos, incluindo gelo ¢ materials rochosos. De qualquer forma, nos quatro planetas é possfvel obset vvar dirctamente apenas as partes mais externas de suas atmosferas © especular a respeito da natureza e das condigdes de seus interiores, onde as pressGes exis tentes Sho tio grandes que desconhecemos a fisica que nelas prevalece A missio Voyager 2 foi a que trouxe maior nimero de informacéies e magnificas visdes de seu “ran pelo Sistema Solar na década de 80, Entretanto, 1 missi0 905, Galileo, inicinda em 1989 e que chegou a Jopiterem t obteve a maior quantidade de informagoes sobre este eta gigante, seus angis e scus satéites PoC Reo RC Ee kel Mie x] 1.6.3 Cinturdo de asterdides Entreas obi r viter oee in tio. By 7 ' ir nu a \ re a rir ¥ avitacional caus roaiinidade Ge Jeg tro de 9 leste, conhecen i i" e composts 5 Fonte ka de 2.000 : perio’ 1 24 = DeciFRanvdo A TERRA bita comet ela aga eles estariam ori . ni ida des do f rine na. A nuvem d Oore d ( " © colidiu espetacularmente com 0 J i iho de 1995. A constitu clui compostos volite ela c HCO, C, CO, CO,, H, OH, CH, O, 8, NH, N HCN, N,, € muitos s, ine x Na, k Si, Cr, Mn, Fe ete, Qui ‘om So vaporizados e ionizados pela tadiacio solar conjunto toma a forma tipiea de um nic Cometas sio constituidos: predominanteme material gasoso (Fig, 1.24), que representa a mate mordial d s« credita-se rar ma regio muito além de , rio mais externo. Tais corpos, de d eis (¢ 1 km de didmern menos), nic ¢ protoplane em muito afastados entre si, Durante os

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