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Relatório de Viagem
Espírito Santo
Introdução
Eu - Lucas Paranhos Quintella - e André Mendonça, trainees do Sebrae Nacional,
realizamos uma visita técnica ao estado do Espírito Santo. Tivemos a oportunidade de
observar de perto a realidade das micro e pequenas empresas no estado e a atuação do
Sebrae Espírito Santo como gestor de projetos de apoio a esta realidade.
Desta forma, este relatório destrincha brevemente cada assunto visto em nossa
viagem, com as observações realizadas e discutidas em cada evento, levando em conta o
conhecimento adquirido nas palestras e cursos ministrados em nosso programa.
Deixo aqui os meus agradecimentos a toda equipe do Sebrae/ES com quem tive
contato, pela solicitude, simpatia e presteza. Agradeço e parabenizo também os membros
da prefeitura de Vila Velha e Cariacica, pelo bom trabalho realizado e, ainda, a realizar.
Aos pequenos empresários, sempre prestativos e bem-humorados, desejo sorte em seus
empreendimentos.
Seu grande sucesso - já estão previstos setenta e quatro eventos até o final do
ano, em contraste com os vinte inicialmente planejados em janeiro - deve-se, entre outros
fatores, à sua atuação direta na comunidade. Palestras ministradas nas próprias ruas dos
comerciantes, com uma divulgação entre conhecidos e amigos certamente possui um
impacto e aceitação maiores do que um cerimonial formal, por exemplo, em algum outro
canto da cidade - o Sebrae, neste projeto, praticamente bate na porta de cada empresário
e o capacita.
Em nosso primeiro dia de viagem, foi
possível presenciar o planejamento prévio de um
evento do Comércio Total. Fomos, com o gestor
Abel Monteiro, ao bairro de Cristóvão Colombo,
município de Vila Velha, local onde ocorreria um
evento do projeto. Participamos de uma reunião de
definição do evento: local, data e divisão de
tarefas foram acordados no encontro. Estavam
presentes, além da dupla e do gestor, um peixeiro -
Reunião em Cristóvão Colombo representante dos comerciantes -, membros da
Associação dos Moradores do Bairro de Cristóvão
Colombo (AMBCC), e um secretário da prefeitura de Vila Velha.
No mesmo dia, após participar de um planejamento pela manhã, fomos à noite
presenciar a realização de um evento que ocorria durante a semana no bairro da Glória, em
Vila Velha. Testemunhar o que havia sido antes planejado foi muito útil para entender os
pormenores e a dimensão deste projeto. A palestra foi um sucesso e mais de duzentas
pessoas estavam presentes no local.
Atendimento Individual
Tivemos a oportunidade de observar, na manhã de nosso segundo dia de viagem, a
realidade de um atendimento individual. O Espaço Empreendedor - uma das Agências de
Desenvolvimento Regional - se encontra logo em frente à sede do Sebrae/ES, no centro de
Vitória e é responsável pelo atendimento dos empresários. A maior parte do público
atendido é formada por empreendedores individuais formais, informais e aspirantes a
empresários.
Foi fácil perceber que o principal problema a ser solucionado pelos atendentes é
sempre o esclarecimento. Todos os empresários atendidos possuíam muitas dúvidas e, por
vezes, estavam na ilegalidade, mesmo achando-se já formais. Há uma diferença não muito
bem compreendida entre formal e legal.
Cariacica
Em nosso segundo dia de viagem, conhecemos, por intermédio do gestor Fernando
Gadelha, da Unidade de Políticas Públicas, o município de Cariacica, um dos mais precários e
violentos do estado, e pudemos observar a importância de uma boa prefeitura aliada ao
Sebrae para o apoio aos empresários e desenvolvimento de uma
cidade.
Setor Moveleiro
No terceiro dia, fizemos uma viagem ao interior do Espírito Santo, com o gestor
Thiago Freitas, para conhecer um pouco da realidade das MPEs da seção moveleira do
estado e como se dá o atendimento coletivo neste setor. Fomos a duas cidades, Marilândia
e Colatina, analisar as indústrias de móveis de um município em que o Sebrae atua há muito
tempo, e comparar com as do outro, onde a instituição apenas iniciou seu trabalho.
Conclusão
Ainda que soubéssemos de antemão os objetivos de nossa ida ao Espírito Santo,
somente após o retorno percebi, de fato, a real importância da viagem ao desenvolvimento
de nós, trainees. Foi de grande importância observar na prática a aplicação e as
dificuldades de se aplicar os conceitos e metodologias da instituição, aprendidos nos cursos
e palestras do programa.
Perceber os aspectos positivos e os negativos de cada programa, atividade ou
projeto incitou e afiou o nosso senso crítico, indispensável como analistas que almejamos
ser. Do mesmo modo, conhecer, discutir e conversar com os empreendedores fez-me olhar
com outros olhos aquele pequeno empresário, pipoqueiro ou sapateiro - olhos, ao mesmo
tempo, mais técnicos e empáticos.