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vee Andlise Combinatéria e Probabilidade Augusto César de Oliveira Morgado Jo%o Bosco Pitombeira de Carvalho Paulo Cesar Pinto Carvalho Pedro Fernandez 7a FEL a aie PZ eo, os -A sunscwssie 12 U2 1000 Contetido 1. Introdugdo 1.1.0 que é Combinatéria? 1.2 Um Pouco de Histéria 13 Conjuntos 2. Combinagies e Permutagées 2.1 Introdugo 2.2 Permutacdes Simples 2.3 CombinagSes Simples 2.4 Permutagées Circulares 1 L 2 10 7 7 27 31 aL 2.5 Permutagées de Elementos:nem Todos Distintos 45 2.6 Combinacées Completas 8. Outros Métodos de Contagem 3.1. O Principio da Inclusio-Exclusio 3.2 Permutagées Casticas 3:3 Os Lemas de Kaplansky 3.4 O Principio da Reflecio 3.5 O principio de Dirichlet 4, Niimeros Binomiais 4.1. O Triangulo de Pascal 4.20 Bindmio de Newton 43 Polinémio de Leibniz 5. Probabilidade 5.1 Introdugio 5.2 Espaco Amostral e Probabilidades de Laplace 5.3 Espacos de Probabilidade 5.4 Probabilidades Condicionais 5.5 A Distribuicio Binomial 48 56 56 68 2 7 81 88 88 104 ua us 118 119 125 140 165 Apéndice 1 Apéndice 2 Apéndice 3 Respostas dos Exercicios Bibliografia 170 175 178 180 186 Prefacio Ente texto foi escrito como parte de um projeto do treinn- mento de professores de Matemitien do 2° grat, fnanciado pela Fundagio VITAE, ¢ iniciado no Rio de Janeita, em janeiro de 1001, Aproveitamos para agradecer i VITAE por esta iniciativa A Anéliso Combinatéria tem sido froquentemente indieads por professores do 2° grau como sondo 0 parte da Matemtica ‘mais difieil de ensinar. Apesss de repleta de problemas capazes de mativar os alunos & conmsiderada uma discipline complicada, em que os alunos tam dlfculdade de encontrar » férmuln correla pars cada probleme. Neste texto prociramos resolver problemas de contager através do use de alguns principios fondamentais, evitando, sempre que possivel, ecorrer a0 uso de formulas 0 livro corpora aexperiéncia dos autores om ensinar Anise Combinatéria » alunos de 2° grau, especialmente por paite do primelro autor, Rio de Janciro, marco de 1001. Augusto César de Oliveira Morgado ‘Toko Bosco Pitombeira de Carvalho Palo Ceaar Pinto Carvalho Pedro Fernandes 1. Introdugao 1.1 O que 6 Combinatéria ? © que 6 Anilise Combinatéria ou simplesmente Combinatéria? ‘A maior parte dos alunos do 2° grau rerponderia que ela é 0 es- ‘tudo das combinacéer, arranjos e permutagées. Isso no entento & ‘uma resposta parcial pois, embora combinagies, arvanjos e per smutagbes fagam parte da Anslise Combinstéria, sia conceitos que permite resolver um tipo de problemas de Anilise Com- binaries os de contagem de certostipos de subeonjuntes de urn conjunto fino, sem que seja necessério enumerar seus elemen- tos. No entanto, a Andlise Combinstéria trata de varios outros tipos de problemas e dispée, slém das combinagSes, arcanjos e permutagdes, de outras técnicas para atacé-los: 0 principio da in clusio-exelusio, 0 principio das gavelas de Dirichlet, ns fungies cceradoras, a teoria de Ramsey sie exemplos de Véenicas poderosas de Anélise Combinatéria, Pelo menos uma dels 0 principio das aavetas de Dirichlot, 6 mais simples ou pelo menos tao simples quanto 0 estudo das combinagdes, arranjos ¢ pormutacdos, De maneica mais geral, podemos dizer que a Anélise Com. binatéria &a parte da Matematica que anata estruturaserelagies discret, ois tipos de problemas que ocorrem frequentemente ex Jum conjunto fnito dado e que satisfazem certas condigies 2) Contar ou classifear ax subeonjuntos ce um conjunte into fave stisfazem certas condigies dads, Embore Anélise Combinatévie disponha de téenieas gerais ‘que permiter atacar cettos tipos de problemas, & verdade que a solugia de vm problems combinntério exige quase sempre enge- nhosidade © a compreensio plena da situago deserita pela pro- blema. Esse 6 um dos encantos desta parte da matemtiea, em. ‘que problemas face de entnciar revelarn-se por vezes dificeis, ‘exigitdo ume alta dose de eritividade para sua solugio or que privilege 0 estudo das combinages, arranjos © permutagies om um primeiro curso de Anélise Corhibinatsria? Em pritieiro lugar, entre os viros tipos de Snimeros pa ‘contagern” da Andlise Combinatéria, eles sho cestamente os mais Simples e de uso mais ample, Além disso, eles permitem resolver tama grande quantidade de problemas de Andlise Combinatéria Outra razio pare seu estudo & a aplicablidade desses niimeros 4 problemas de probabilidades fnitas, um campo de aplicagso importante da Anslise Combinatéris. Por outro Indo, a aprendizagem destes conesitos se faz de maneitw mecinies, limitando-se » empregs-los em situacées padronizadas, sem procurar habituar 9 ahimo om a anise cuida- dose de cada problema, cria-sea impressio de que @ Analise Com- Dinattia € somente um jogo de formulas complicadas 1.2 Um pouco de Histéria © desenvolvimento do bindmio (1 + 2)" esté entre os primelros problemas estudados ligados & Anélieo Combinatéria. O easo n= 2J4 pode ser mncontrada nor Blementos de Pucides, em capt ‘ Ineteducto 3 torno de 300 aC. O tridgulo de Paseal era conhecido por Chu Shib-Chioh, na China, (em torno de 1800) ¢ antes disso pelos hinds e arabes, O matemético hindu Béskhara (1114-11852), conhecido geralmente pela “férmula de Béskhara” para a solugéo de equagies do 2° grat, sabia caleular o niimero de permutagiee, Ge combinagies ¢ le arranjos de n objetos. O mesmo aconte «eu! com 0 mateméticn © Mésofo rligoso francés Levi ben Gerson, (1258-1344), que nace ¢ trabalhou no si da Franca, ¢ que, entre ftras coisas, tenton demonstrar 0 5° Postulado de Buelides. 0. nome coefciente binomial fot introdzico mais tarde por Michael Stifel (14867-1567), que mostrou, em torno de 1580, como cal Jar (1-+2)" a partir do desenvolvimento de (14 2)". Sabemos também que a matemético érabe AT-Karaji (fins do séeulo X) eo ihecia a Tei de formasio dos elementos do triangulo de Pascal, Chih = or sce, © prtmeir aparsimento do tdngulo de Pesca no Ocidente ft to frontgpco dun veo de Peeve Apion (1495-185). Nic {ol Fontane Tarteglie (1498-1389) relaronou oF elementos do Uridngilo de Pascal com ax policing de (ey), Paseal (1025. 1662) publiow um cratada eon 1054 mostrado como wilkln para achar or cutie do desenvoviznto de tO) Jie ermal (16541705), em sou Ave Conetand, da 713, xo 8 inempralagb de Peel pare detonstar que Gres E(t A sua pate det vo de Jie Rernll & edad eosin das combinagee« permstagie Isaac Newion (1646-1727) mostrou como ealuar dirt sventa (I a)" som ante eal (1+ 2)" Ble morro qe dn cofcate pode mr Gelerminado,utando o steve, pla te) 4 invade cop [Bum verdade, Newton fo} além disso, ¢ mostrou come de- senvolver (2 + 9)", onde 7 é um mimero racionsl, obtendo neste caso um desenvolvimento em série infinite Umm outra dirogéo de gencralizagio do teorema da binémio 6 considerar pottneins da for (ety tentay, © chamado teoreme mutinomial, que foi deseobesto por Leibniz {2046-1710} e demonstrado também por Johann Bernoulli (1667. 1748), Abraham De Moivre (1667-1754), Daniel Bemouli (2700. 1782) ¢ Jacques Phillipe Mase Binet (1786-1856) mostraram como chor diretamente os mimeros de Fibonacci", se calcular todos ees, até 0 que desejames. Pera utilzou pela primeira vez ums téeniea extremamente podarose, a das fungées geradoras. Esta técnica, muito stl para estudar sucesses recorrentes, foi bastante desonvolvida por Euler (1707 1783}, em seu lito cléssico Antroductio in Analyein Infintorum, conde ele a utiliza para atzear o problema das partig5es de um Inteiro. O interesse de Buler por este problema surgi devido a Juma pergunta que Ihe fei feta pelo matemético feeneés Phillipe Naudé, que trabethavs em Beslim, em ums eatta, na qual, entre foutras coisas, perguntava de quantas maneiras wn mimero pode set eserto oom soma de intires positives distintos. Esta per zunta, proniamente respondida por Buler, foi a origem da “teo- ‘a das partgées" ou *parttio numerorum" eomo esereveu Euler Mas suas contribuigées & Andlise Combinatéria nie a0 limitaram a isso, Vérias obras suas, muitas delas sobre probabilidades, convém resultados importanter da Andlise Combinaldria. Em particular, dovomos acleo enunciado a salugio do Protlema das Sete Pontes de Kenigsberg, nm teorena da Teorv doe Grafes, parte rsito im portante, atustmente, da Andlise Combinatsria cont Ievodesdo 5 A Anlise Combinatéria tem tido um erescimento explosive nas dltimas déeadas. A importincia de problemas de enumeracio, tom erescide enormemente, devido & necessdades em cooria dos rafos, om andlie do algoritmos, ete. Muitos problemas impor antes podem ser modelados maternaticamente eomo problemas Ge toorin dos grafos (problemas de prequisa operacionsl, de ar :mazenamento de informagdes em bancos de dados nos computa. ores, e também problemas de matemstica “pura”, como o famozo problema das 4 cores) Jéem 19970 matemético hingaro-amerieano George Pélya (0887-1985) introduziu nova e importante técnica de enumeragio, que se tem prestado as mais variadas aplicagbes, yermitindo trata, le manera nnificada, desde & ensmeracio do nimero de isémeros de uma substincia, até 4 enuneasio de grafos, prineipatmente Arvores, emolvende problemas que ate enlo eram atecados s0- rente por métades “ad hoc, Como disse Pélya, sun teotia & ‘uma maneira de enumerar eonfiguragées nio- cquivalentes rela- tivamente @ wn grupo de permutagées dado. Um exemplo si ples de aplicasio da teoria do Pélya é 0 de deteeminar © nissero de totraedzos regulares “diferentes” com faces pintadas com duas cores, preto e branes, por exemple Podemos ter um tetraedro, todo preto, oxtre todo branco, wm com nma face brsnea © 38 foutzss pretas, ete. Dois tetraeros sio conslderados “diferentes” se nm deles no podle ser abtido co outro por meio de rotagtes Outra tcoria importante de Combinatévis foi criada pelo {ico ingles F.P. Ramsey (1903-1930); ela garante a existancia de certas eonfiguragées. Tm dos exemplos mals simples da chamado toorema de Ramsey afirma que ae tivermias no plano sim eonjunt ddo-n pontos, com n 2 6, no qual nio ha tés pontos colineares, entio, so unirmos todos 69 pontos dois a dois, usando duas cores dlistintas, por exemplo preto e braneo, path tracsr 08 segments do reia que unio 08 pontor, enti forgowamiente teremos fr ‘mado um trangulo cujos lados sBo todos da mesma eor (preso ou. Iranea} 6 Ineducbo cons, Diz- one Hn € AL 02 € Adie otin € An A Stim nogio deste cap jut. fn de partici de my eon Defi aed ema fo Gai ge Seia A um conjuni finito nio-vaaio. Uma partio le comjutos A. Ag...» «Ass Loos no-vazios, 1) APU AQ UAy Seen On sein, os conjumntns Ay, Aa, AK sie disjuntos dotseae ois © sa unin 60 eonjinte A. Dizemos também que A fot articionado pelos eonjuntios A, Aa... Ab 2. Combinagées e Permutagoes 2.1 Introdugio Neste capitulo slo aprosentodas as ferramentas bévieas que nos permitem determinas 9 niimera de elementor de eonjuntos forma- dos de ncordo com cerias rgras, em quo seja nccessério emimerat sous elementos. A procura por téenicas de contagem esta dirotamente vin- colada & historia da Matemiética © & forma pela qual as pessoas tom seu primeira contato com esta discipline, A primeira (éenies ‘mateméties sprendida por uma eriangs # “contar*, ou seja, ent erat os elementos dem conjunto de forma a determinar gusntos so 0s seus elementos. Ar operaeBes aritmttieas io também ano Livadas (e aprendidas polas eriangas) através de sua aplicagio problemas de eontagem. Por exemple, # operagio de adigio & sempre introdurida fem cone com uny problems de costagen: 18 Combines © Permuterier coe? A B AUB Fats A figura 21 luetra 1m prinepio bisico de eontagem, que podemos chamnar de “Principio do Adicio” Se A €B sao dois conjuntos disiuntos, com p eq elementos, respectioamente, entao AUB possut p 4 elementos seguir apresentamos 0 “Prinefpio da Muliplicaglo”, que, 0 lado do “Principio da Adicio”, constitui a ferramenta bésiea para resolver os problomas de eontagem abordades a nivel de 2° frau, Para motivar tal principio, consideramee o exomplo a som. Nama sola hé 3 homens ¢ 4 mulheres, De quantos mo- dos & possvel selecionar um casa homen-malhor? Chamando 08 homens de hay fia @ as mulheres de masma,ma,md 6 fell ver ue bh 4 easals toe quais 0 homem € hy, outrar 4 noe quals 0 hhomem & hy e outros 4 nos quais © homom é ts. O mimero de cassis & portanto 44 444=3%4~ 12 0 exemple acima ilusite 0 Prinespio Fundamental da Bn meraeie ou Principio de Multipleagic, 0 qual die: ‘Se uma decisio dy pode ser tomada de # maneirase se, uma = we tomada o decisdo dy, a deciado dp puder ser tomada de ¥ manciras entdo o ndmero de maneivas de se tomaser ar Hevisdes dy # dy € xy cape Combines «Pa wapser 10 Assim, no exemplo, pasn formar um casal devemos tomar ns decindes 4 eseolha do homers; {fz escola da mulher Como d; pode ser tomada de 8 manciras e, depois disso, da pode ser tomada de 4 manciras, o miimero de maneiris dese formar un casal {isto 6, ce tomar as decisées ds eda} €3 » 4= 12 Note que. nso do Princfpio de Multiplieagio permite obter ‘9 mimezo de clementos do conjunto hams ymaas ms, hime hare ama, ham, hams han ata, ang} constitulde por todos os ea fenumerar seus elementos. is possiveis, sem que sejn necesito Exemplo 2.1: Pora fazer uma viagem Rio, Panilo-Rio, posso ‘usar como transporte o trem, o énibus ou © aviio. De quantos todos posso escolher os transportes se nio desejo user na volta o mesmo meio de transporte usado na ila? Sotupdo: Hi & modee de escolher @ transporte de ida. Dopois disso, hg uss alternativas para a volia, A resposta 6 3 x2 o Exemplo 2.2: Uma bandeira ¢formada por quatro strus, que ddevem ser colorides usando-se apenas as cores amarelo, branco © nga, nfo devendoTistras aljucentes tera mesma cor. De quantos rmodos porte ser eolorida a bandeira? Solugio: A primeira lstra pode ser colorda de 3. mados, se unde de 2 modos (ne podemos sata cor empregsda na primeira Uistra), a tereera de 2 mods (no pedemos usar a cor empregade tna segunda lista) ¢ a quatta de-2 modas (nfo posdemes usar a cor fempregada na terceiralisira). A resposta 3x2 2X2= 26. 0. Exomplo 2.3: Quantos nimoros natursis de tes alyarismes dis tintos (na bese 10} existem? 21 Combinastes«Permutaie ce? Sotucéo; © primeire algatismo pode ser escolhide de 9 modos (nfo podemes rsar 0 zero!) segundo algarismo de 9 modos {nao odemos tsar « algarismo utilizada anteriormente) © @ terceira fle § modos (nfo podemos usar 08 dois algaviemos j& empregadios nteriormente]. A rosposta €9< 928-648, o Bintevessanteobservar no exemplo 2.3 que se comogissemos pelo sitimo algarismo teriamas 10 modos de escolher 0 time al arisme, 9 mods de escolher o pentiltime algarisma (aio pademos usar 0 algarismo empregsdo anteriormente) e .. @ agora esta mos disute de um problems: de quantos modes podemos escolher © primeito algarismo? A tesposta & depende! Se o slgarismo zero tver sido ustco om: nlguma des itimas casas, a resposta 68 (no podemos usar os dis elgarismos jé utilizados anteriormente), Caso contri, a tesposta &7 (no podemos usar nem o zero ner (os dois algarstios usados anteriormiente). Baro que ese difeldade ni tern acolo ivssemoa omega pela eecotha do prinito algerie do nianer, era ‘xva que & minis problemtiea dv que a dos dois outros algorstios (o primeira agatistna do pode ser zeal). Dai a recomendasie: Pequenas diculdades adsadas costumam transformar-se em grandes dificuldades. Se alouran devisio ¢ mais complicada ‘que a2 demas, ede deve ser tomada em primeiro lugar Exemplo 2.4: Qusntos niimeros naturals de 4 algarismos (na bhase 20), que sejam menores que 5000 « divisiveis por 5, poder ser formados nsandorse apenas 08 algaristos 2,3, 4.¢ 5? Solucde: Tero: timo algerieme ——= 1 mado. {tem que ser 5) Primero algarismo —+ 3 modos (nfo pode ser 5} Seqimado slgarismo — 4 modos Terevivo algarismo — 4 modes ca Combinaéea« PermutasSes 21 Arvewposta 1x3 x44 48, 3 Exemplo 2.5: As placas dos outomdveis sp formaus por duss letras (KY eV inclusive) seguidas por quatro algarismos. Quen- tas plaeas poriem set formatlae? Solueioe Cada letra pode ser escolhida He 26 modor © cada al garism de 10 modos distintos. A resposta & 26 x 26 x 10x 10x 19 x 10 = 6760000. 0 Exemplo 2.6: Quantos slo os mimeros naturiis pares que se escrever (ta base 10) com tres algarismos distintos? Solugio: © niltio algarismo do ntimero pode ser escolhido de 5 mados (0,24,9 04 8). 0 primeito algarisio pode ser escolhide fle. depende! Se o Zora foi usado como Gitime algaviamo, © primeiro nlgarisan pode sor eeealhido de 9 modos (nis podemos tsar 6 algarisme jé empregado wa iltima ass). Se 0 zet0 nf foi usando como sitimo algarieme, © primero algarisma 6 pode ser escolhido de 8 mods (no podemos usar nem 0 zero nex: 0 lgarismo J& empregado na atin eas). ara vencer este impasse, Lemos dus altemativas: 1) abrir” o problema vm casos (que é alternativa mais natural), Contamos separadamente os mlimetos que tém zero como ilkime lgnriamo e aquciesexjo iltimo algarisma & ciferente de rer. “Teeminando «im zero temox ! mexdo de escalher 0 time sigatismn, 9 mortos éeescolher o primeha © 8 movtos de esclier 6 lo meio, nmi total de | x x 8 = 72 rimeres. Terminando em um algarismo dlfereste de zero temos 4 modos de eseolher 0 tltime algariime (244.6 0% 8), 8 modos de cexcolher o primeito algarismo (nia pedemos wear nem 0 Zer0 nen 0 algarismn ja wsado na lta casa) ¢ 8 modos te escolher 0 alge rismo no meio (no podemos usar os dois algarismas jé emprege- los nes casas exiremas). Logo. temas 4 8 x 8 = 256 niimeros 22 CombnacSeneFermutarbe: cape terminados em tm algeria diferente de zero. A resposta 6, por- tanto T2 | 256 = 325, 1) famorar uma das restrigdes (que 6 uma alternative mais sols la). Iqnorande o fato es ero no poder ker primelto sigaristmo, {erfamios 5 modos de escolher 0 dltimo algstismo, 9 modos de es colher @ primeiro © $ modes de escolher 0 da meio, nam total de 5x 829 = S60 niimeros. Bsses 360 niimerso incluera mimeros comogados por zero, qe deve ser deseontados. Comegando em zero temos 1 modo de eseolher 0 primeiro algarismo (0), 4 modos Ale escolher 9 itm (24,6.01 8) €8 modos de excolhier 0 do meio Indo podemos user 0s dois algavismos j& empregados nas casas fextyemas), num total de 1x4 8 — 32 mimeros, A resposta & portanto, 360 ~ 32 = #2 mvimeros B elato também «qe poderfamos ter resolvido 0 problema determinando todos of niimeras de 3 algariémos distintos (02 9x '8.= B48) e abatend os niimeros impares de algarsmnos dstintos (5 na sitima casa, 8 na primeira © 8 na sogunda, mum total de 58% 8 = 320 mimeroa). A resposta seria G48 ~ 320 = 928 riimeros Exercicios 1. Qhantas palavrat contendo 8 letras diferentes podem ser for- ‘miadss com um alfabeto de 26 letras? 2. Quantot sho os gabatitos possfveis de um teste de 10 questies dle miltiplaescolha, com cinco alternatives por questio? 38. Quantor inteinos hi entre 1000 « 9999 cxgjon slgarismas so slstintos? 4. De quantos modos diferentes podem ser escolhidos um presi dente e im seeretério de wim consetho que tem 12 membros? 15. De quantos modos $ postaxs posiem sentar-se om 5 eadeiras com fila? con Combinagben« Permtaries 23 6, Quantos nimeros de quatro digitos sia maiores que 2400 4) tem todos os eigitos diferentes. 1b) nio'tm dgitos igais 3.5 ou 6. «) tem as propriedades a) e b) simaltineamente T. O conjunto A possui 4 elementos eo coniumto HF possul 7 clomentos. Quantas si0 as funedes fs > BY Quantas sfo as fungi injotoras fA —+ 8? 8 Quantos divisores naturals possul 6 mimeto 300? Quentos, so pares? 9. Quuntos so oF mimterae naturals de 4 digitos que posters plo menos dois digitos uals? 10. Quantos subconjuntos possui um eonjanto que tem m cle- mentos? LA. De qnautos modos podemos srrumar 4 torres iguais em um tabuleito de xadrex (8 > 8) de modo que nio haje duss torres na mesma Finke ner na mesma colin? 12, Em uma banca hé 5 exemplares iguais de revista A, 6 ‘exemplaces iguais da revista Be 10 exemplares iguais da revists C. Quantas eolegées nao varies de revistas dessa anca é possivel formar? 18. De um baralho comm (62 eartas) sacam-se sneessivamente ‘exem reposicio trés cartas. Quantas so as extragoes nas quals & imeira earta 6 de cops, a eeginde é xm tele a teronna nao & ‘uma dame? 14. Quantos mimeros diferentes podem ser formados multiph= ‘eando alguns (ou todes) dos miumeros 1,56,73,9:9.97 15. Um vagio de metrd tem 10 bancos individu, send 5 de frente 5 de costas. De 10 passugetos, 4 prefrem sentar de frente, 4 preferem sentar de costas v 05 demais ndo tém preferéncia. De 2) pontos ext um plano, entre 0s qiais hi 3 ponte eolincaves, 19) Quanta sio as rates que contin dais denses puntos? b) Qual 6 6 niimero miximo de yontos le imtersega dessas retas! 19. De quantos modos 6 possvel divi 20 pestoas: 4) om dois grupos de 107 >) em quatro grupos de 5? ) em um grupo de 12.6 um de 8? 4) em tefs grupos de 6 ¢ um de 2? 14. De um hatalho de piauer (789,10, vaete, dasa, ri e 4, cada um desses grupos aptecendi an 4 naipes: copss, oxtios, pau, spades), steam-se simultanenmente 5 cars 48) Quantas sia as extragies possives? Quantas sia as extragins mas quais se form: 1) um: par (das cartas om um mesmo grupo ¢ as outras tes ‘em trés otros grnpas diferentes)? ©) dois pares (dtnecarias eum grupo, dss em outro grupo fea em stm vereeiro grupo)? 4) uma trines (te eartas em um grupo e as ontras duas em ois outros grupos diferentes)? ©) um “foxy” (quatro cattas em um grupo © uma em outro po)? ©) um “fall hand” (tes cartas em um grupo e duas em outro grupo)? 1) uma seqiiénela (5 cartas de grupos consecutivos, ndo sendo todas do mestto naipe)? con Combines «Permutasben 37 bh} um “fhsh” (6 cartes do mesmo nape, nio sendo clas de 5 rupos eonsecutivos)? ‘um “straight ash” (5 eartas de geupos consecutives, todas {80 mesimo naipe)? vom “voyal straight flush” (10, valete, cama. re es dem mesmo nape)? 15. 0 conjunto A possul p elementos ¢ 0 conjunto B possi n clementos. Determine o mivnevo de fangées A ~ B sobrejetoras para i a) pom BD) panes pene 16. Considere um conjiunto € de 20 pontos do espago que tex ‘um subeonjunzo C; formado yor 8 pontes coplanares. Sube-se que tod vex que 4 pontos de so coplanar, entio eles sio pontos ide C1. Quantos si0 08 planos que eontem pelo mencs ts pontos dec? 17. Quantos s20 08 ansramas da palavra CARAGUATATUBAT Quantes comes por vogal? 18. Sin dados, no plano, » pontos tais que entre us tetas por clos determinacas nio hi dias retas parallas. Quanlos so, no ‘maximo, os pontos de intersecko dese retas queso distintos dos ppontos cada? 19. Considore nm poligono convexo de ladas © snponha gt no hi duas de suas diagonals que sejam pata nem ¢nés qe concorram em um mesimo ponto que gio seja verte «8) Qnantos si 0s pontos de intersegdo dessas diagonals? 1») Quantne cesses pontos de intersecto sia interiarrs a0 polizo- ©) Quantos sto exteviones? 20. Una fils de casetas i cinema tem 20 poltronas. De ann ‘os mocos 6 ensais poem se sentar neseas poltromas de mode qe nnenhuum mavido se sente reparaci de sits mle! 38 Combinages« Prmatager cova 21. Nove cicntistas trabalham num projetosigioso. Por questes de sequranca, os planos sio quardades om 1m eofte protegida por ruitos eadeudos de modo cue s6 6 possvel abi-loe todos sw howver pelo menos 5 cientisiae prerentes 4} Qual 6-0 mimero minimo possvel de eadendos? bb} Na situagio do fem a), quantas chaves cada cientsta deve ter? 22. Depois de tev dado um curso, um professor resolve se dee: pedir de seus 7 alunos oferecend, durante 7 dine consecutive, 7 {antares pata 3 alunos cada, De quantos modos ele pode fazer 0& ‘onvites se ele no deseja que um mesmo par de shmes compares fs mais de sm jatar? 23. Formamste as combinagies simples de classe 5 dos lemen- os ny,ag,g)--+ 133, a8 quis sio escitas com os elementos em ‘order crescente de indices. Quantas si as combinaSes nas quais o elemento ay oeupa 0 1 lugar? 24, De quantos mods & poasvel coloear em fila homens ¢ m ruthores, todos de alturas diferentes, de modo que os homens ex tue si eas mulherceexsre si fquem em orem creaeente de altiras? 25. No quodro obaixo, de quantos modes & possvel formar a pelavra *MATEMATICA®, partinde de um M e indo sempre para sa dieita ou para bnizo? M MA Mar MATE MaTEM MAT EMA MATEMAT MATEMAT OI MATEMATICG MATEMATICA cn? Combinases«Permutaser 30 26. Supotha que w ear0s esto em fla pats entrar em ump esta lonamento que possi » vagas, lula & lado. Se o 1° caro pode fescaher qualaper vaga e cada nim doe outros eat708 80 estacionae eve justapor se & um earo ja estacionado, quantos so 0s medos possveis dos earres ecuparera as n vagas? 27. De quantos modos 15 fogadores poriem ser divididos em 2 times de basquetebol de 5 jogadores eal, denominados esperanca, confanco vitor? 28. 0 conjunte A puss n elementos. 12) Determine o mimero de rlacbes que podem ser construidas em A 1) Edom, rlagies reflexive; } Iam, rolagbes simétricas; ‘} Idem, relagdes ant-simetricas; ‘Idem, role rflexivas o rimastrieas; £) Idem, velagies teflexivas e anti simeéttiens; 8) Idem, relagies simetricas ¢ ant-simétrics 1) Idem, relagies rellexivas, simétricas¢ anti simétrieas 29. Quantos sio os jogos de um eampeonato disputado por 20, lubes, no gual todos se enfreatam wma nies vee? 30. Binpregando dez vonsoantes «cinco vogais, calle niimero dle palavras de seis letras que te poclern orm sem nas consoaies ‘nem vos adjacentes 2) Se sto permitidas repetiess ) Se nio tio permitidas repetigbes. 31. De quantos modos se pode Hluminar uma sala que possum Virnpadas? 82. Bm uma escola, x professores se distribuem em 8 baneas fexaminadorns de mode que cada profestor participa de exst mente dias bancas e casa cas baneas (enn exatamente im pro: fessor em corm, 10 Combinagbe « Peutagter can a) Caleule » 1) Determine quantos professores hi em cada banca 38. A pati de um eonjumto de atletasformam-set times de k stletas cada Todos os ales participam de wm rirsmo miimero Ale times ecada pat de utltas Bea junto ne test time um mesmo rnimero de ears. Determices 18) de quantos times cad atlets participa; 1) em quantos times cada par de atlas fica junto. 4, Mostre que existe um tabuleira 6x 4, exjas casas so todas pretas om hrancas, no qual ebm retangao tem es d casas do vertices da mesma ent. Mostre que. em todo tabuleieo 7% 4 eujas cuss sho tras pretas ot hrenens, sempre existe etaingula jas 4 cases extromas tém a meston cor. (Observagio: no Labaleiro casas adjacentes ndo tém necessatiamente cores diferentes) 85. Prove que um produto ée p inteios consecttivos & sempre divisvel por 86. Prove, usando nm argument combinalério, qe os iimeros abaixo 30 inteios para qualquer m natural ee 4 eae 0 ie ait 87. No inicio dona festa é 6 rapazes deeacompanhados e 10 tnocas desacompashedas. Quantos sio ce tas postvels no Gi ‘festa? 38, Prove, and tm aspumnto combina, qe OWOh = CRON cop? CombinasSe« Permatgbue 4) 89. Prove que 40. Cla 6 civisivel por 72 2.4 Permutacées Circulares De guantos modes podennos coloesr » objetes distintos em # Ingares eeysespacades cm torn de tim etenlo, xe consieerimes ‘equivalentes disvosigbes que postam cwineici por roti? A resposta desse problema sera ropresentita por UC}. 0 rimero de permuiagies eteslates de objetns distintos, © fhe ver que (PC) 6m get, diferente de Py. Por exeniplo, no ease n= 8 temos Py 23! = 6 mados de ealocar 3 objetos distintos emt O00 OOO Fate [No entanlo stn primelnas dlsposiqdes podem coincide entie sh Or rotacio & 6 mesma ovr conta te (Pon? Repare gue mise permis snes fpr os Ingres ‘gue 06 objetos uenpam an passo que nas poomataysen eitenlares 42 CombeasSes« Petmetagiee cone © que importa 6 apenas « posigdo relativa dos objetos entre si Nas tt8s primeiras figuras, olhando os efrenlos em sentido anti- hordrio, 1 precede 2, qi precede 3, que precede 1; portanto, & posigéa relativa dos objetos é a mesma. Nas trés tims figuras, 1 precede 3, que precede 2, que precede 1; portanto, a posigio relativa dos objetos 6 mesm Posemos verifcar que (PC) = (n ~ 1}! de dais modos: a) Se no considerdssemos equivelentes disposicies que pos- 4am coincidir por totagio, terfamos ul dispusiqdes. Con- siderando « oquiveléncis, eada permutagio cireular & ge rds por 1 disposigGes. Logo, (Pen w= ) Como o que importa é a posigio relativa dos objetos, hé 1 ‘modo de colacar © 1° objeto no eireulo (onde quer que 0 calogueros, ee seth a sinieo objeto no cireula); ha 1 modo dle eolncar 0 2° objeio (ele sera 9 objeto imextiatamente ‘aps 0 primeiro) 8 2 mods de coloear 0 J° objeto (ime dliatamente apés 0 1° on imediatamente apés 0 2°); hé 3 rmodos de colocar 4° abjeto [imediatamente apés 0 19 ou imedistamente apis o 2° on imeintamente apis 0 3°)..; hhé n—1 mnodos de eolocnr o:n-ésime e iltimo objeto. Logo, (PO)y= E12 B (n=) = (=P Exemplo 2.1 comm exiangas? ‘Quanias vodas de ciranda podem ser formadas Solueso: Como a roda gira, o que importa nfo 6 0 agar de cada ‘rianga e sim a posigin relativa das erlangas entre si. A resposta, é (Pep, = (m= NE cop Combinagéer« Permetacdes Exemplo 2.17: De quantos modos podemes formar una roda de cirancta com 7 eriamcas, de modo que duas determinadas desras ceriangae nio fquem juntas? Sotugéa: Podemos formar (PC}s ~ 4! rodas com as cinco outras ceriangas, Paar HG agora 5 modos de colovar a erianea A na rod jos Poa Ha agora 4 modes do colocar & ctianga B na roda som colout-la unto de A. A resposta & Me5x4= 480, 0

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