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CONSIDERAGOES SOBRE A UTILIZACAO DE DISSIPADOR DE ENERGIA EM SALTO DE ESQUI EM MACIGOS ROCHOSOS SAOS MUITO FRATURADOS - O CASO DA UHE DE JAGUARA - Eng? Geraldo Magela Pereira ENGEVIX Engenharia SA. - RJ ‘Sérgio Nertan Alves de Brito Consultor em Geol. de Engenharia - BH Elcio Silveira Gongalves Chele da Div. de Geotecnia da CEMIG- BH 1. INTRODUGAO © presente trabalho tem por objetivo discutir alguns aspectos envolvidos na uliizagéo de dissipador de ener- ‘gia em salto de esqui, em locais onde 0 macico rochoso apresenta:se $30 mas muito fraturado, e os aspec- {os erosivos a ele associados. Divulga-se 0 caso da erosdo a jusante do vertedouro da UHE de Jaguara, da CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais, para demonstrar a universalidade do processo erosivo @ visando balizar 0s aspectos gerais dos temas com dados reais. A jusante desse vertedouro, se desenvolveu, logo apés sua entrada em operacdo em fevereiro de 1971, fossa de erosdo ao longo de toda a extensio do vertedouro [1]. A fossa se encontra hoje establizada, para as vazbes alé agora vertidas, tendo alingido em seu ponto mais baixo 31,00 m de profundidade a partir da superficie rochosa* [2], a menos de algum material solto nela depositado. Nenhum risco existe para as estruturas construidas. Destaca se que no inicio da operagao 0 jato impactou diretamente sobre o macigo rochoso, levemente pré-escavado, sem nenhum colchao amortecedor. Essa fossa, segundo os estudos em modelo reduzido, poderd se estender alé 35,00 m de prolundidade a partir da superficie rochosa pré-es- cavada, desde que venham a ocorrer as vazbes maximas de projeto. Cabe destacar que 0s falores interveniontes na escotha do tipo de dissipador ligados ao tipo de barragem @ 0 arranjo geral das obras néo fazem parte do escopo do presente trabalho. Os mesmos séo apresentados detalhadamente em [3] e [4]. Qs autores deste trabalho pertencem ao Grupo de Estudo da Erosdo a Jusante de Estruturas Hidraulicas do CBGB, razdo pela qual a CEMIG concordou com o estudo realizado e sua publicagao. Apenas 0 Gedlogo ‘Sérgio Brito paniciou do projeto de Jaguara, como membro da equipe da CEMIG na ocasido. 2. UTILIZAGAO DE DISSIPADOR EM SALTO DE ESQUI 2.1 Aspectos Conceituais Para se utilzar um dissipador de energia em salto de esqui é necessario evidentemente que existam, entre outras, condigdes hidrdulicas para um bom langamento do jato. Conceitualmente, nesses dissipadores, a energia cinética do escoamento ¢ aprovoitada para langamento do jato a distancia, de maneira que a dissipacao se verifique longe nao 6 da estrulura do vertedouro como também das outras estruturas do ‘aproveitamento, © alcance eletivo do jato, que depende da velocidade, do éngulo de langamenio e da resisténcia do ar, pode ser estimado através de ensaios em modelos reduzidos ou, na auséncia desses, através do método de Kawakami [30], citado também em [5]. Nesses dissipadores, parte da energia 6 dissipada na trajetéria do jato no ar e dentro da égua (quando existe tirante a jusante), o que atenua o seu poder erosivo. O restante da energia é dissipada apés o impacto sobre ‘0 macigo rochoso. {A preocupagio basica no projeto desse dissipador, principalmente para macigos rochosos traturados, 6 a ‘avaliagdo da profundidade da fossa de eroso que pode ser criada, na regio de impacto do jato, peta ago dda energia residual do escoamento turbulento, A protundidade de orosto sark sempre rterida 0 nivel da rocha @ ro ao NA de jsante por eer este varivel ¢ dependente da ‘azio. Ovando se estiver analsando oeleto de uma vazio especific as duas inlormagbes sero fomecdas. - X0X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -105- Esta avaliagdo é feita utlizando-se formulas empircas, [6] e [7], a8 quals tém resultados imprecisos ¢ pouco tuniversais [8] e (9], uma vez que nelas é praticamente impossivel introduzir os pardmetros de resisténcia do ‘macigo. Para uma andlise detalhada da questo recomenda-se uma consulta as referéncias (6) a (0). ‘Como ferramenta adicional as formulas emplticas sio reallzados ensaios em modelo reduzido com fundo mével, 0s quals também tém limitagdes uma vez que neles ndo se pode reproduzir alguns fatores que afetam ‘08 protdlipos, tais como graui de aeragdo do escoamento e as condigées geomecdnicas do macigo. Uma ‘consequéncia imediata ¢ 0 exagero produzido nas dimensdes horizontals da cava tendo em vista o balxo ‘ngulo de repouso do material granular no coosivo submerso, o que leva a paredes muito abatidas da fossa, normalmente néo observadas no protétipo. O uso de cimento produz um material coesivo, mas sem fraturas 0 que costuma exagerar os &ngulos de equilbrio tornando os taludes muito ingremes. Nesses en- saios no entanto é possivel: = Determinar a aberiura minima das comportas, necesséria ao bom desenvolvimento do jato e verifcar 0 aleance tedrico do mesmo (sem levar em conta a resisténcia do ar) = Determinar a profundidade limite e a forma da fossa de eroséo se 0 macico nao tivesse qualquer resisténcia aos esforcos hidrodindmicos pulsantes, 0 que subsidia as decisoes de projoto principalmente as relativas as cotas de fundacdo do proprio vertedouro ou de estruturas préximas; no caso de macigos muito fraturados, por exemplo, determina-se as caracteristicas dessa fossa com razodvel preciséo, = Confirmar, com clareza, que © poder erosivo do jato se restringe a0 entorno da zona de impacto, e que atua suficientemente distante da estrutura do vertedouro, néo tendo o poder de criar erosdes regressivas que possam vira instablizar a relerida estrutura comprometendo a seguranca da obra Caracterizar as correntes de retomno bem como seus efeitos erosivos sobre os laludes dos contomnos do vertedouro (fundagées de muros e barragens laterais, por exemplo).. © mecanismo de erosdo e os fatores que intervém no processo, inclusive os geolégicos, so apresentados dotalhamente om [7], [8] ¢ (9) Cabe destacar, em resumo, que o impacto do jato exerce uma combinagao de forgas sobre o macigo rochoso as quais variam na medida que a fossa se desenvolve. Inicialmente, quando a fossa (ou a pré- escavagio) 6 rasa, a presséo 6 elevada e o macigo rochoso ainda néo erodido defletir 0 jato. A penetragao de altas pressées nos planos de descontinuidade causa o hidrolraturamento do macico rochoso @ a erosdo se desenvolve. A taxa de propagagio da pressio 6 funcdo do grau de fraturamento, das condig®es das fraturas @ da sua ofientag&o em relagdo a0 angulo de incidéncia do jato. Estas caracteristicas govornam a evolugdo da erosio. Quando 0 macigo rochoso é homogéneo e muito fraturado a erosio se desenvolve rapidamente. Se as paredes da cratera sdo resistentes o suficlente para confinar as correntes na zona de impacto do jalo a a¢ao idraulica sobre o fundo da fossa serd mais intensa. Nesse caso a erosdo concentra-se nessa regiao e aprofunda-se, como aconteceu em Jaguara. Em macigos heterogéneos a forma da fossa pode ser significativamente afetada, torando-se assimétrica ‘como aconteceu em Tarbela [10]. [As correntes de retorno (ou recirculacio) normalmente afetam as éreas laterais e a montante da zona de im- acto do jato, podendo ou nao erodilas dependendo da resisténcia do macigo. Culdados especials devem ser tomados quando 0 macigo rochoso nessas reas apresenta pequena resisténcla. Nesse caso a erosio lateral pode se desenvolver mais rapidamente desconfinando a fossa que pode evoluir, assimetricamente, na diregdo de muros laterials ou de ombreiras ou mesmo em dirego ao pé da barragem. Culdados especials 40 (2) 66 12000 - 14500 55.070(1) : 57 (3) (1) na ealidade dado estimado a pata folograta 25 da rteréncia [17], que mostra azona de impacto do jato para Q = 14,500 m/s; @)- areteréncia (2} na realidade diz que o jato 6 impacta na fossa para a vazéo de 300 m*/s. Como as segdes batimeticas apesantadas [2] mostram 0 ilo a fossa‘ aproximadamenta 480,00 m irceuzvam-se os sinas < © >: (@)- caiculado, para Q = 14,500 m/s. -172- “XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - A FOTO 2 ABAIXO MOSTRA UMA VISTA GERAL DA FOSSA DE EROSAO EXISTENTE. -7- = X0X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - ‘AFOTO 3 ABAIXO MOSTRA 0 ALCANCE D0 JATO PARA A VAZAO DE 300 m’ls. XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - “1%. Em fungdo da geometria da fossa de erosio existente (Figs. 5 a 8) pode-se concluir que 0 aleance eletivo calculado para Q = 300 m’/s ¢ exagerado, uma vez que a regido mais profunda se encontra entre 54,00 m {62,00 m do paramento de jusante do vertedouro (Fig. 12, Anexo 2). ‘As medicdes de protétipo revelaram que o alcance real, para esta vazo, 6 maior que 40,00 m (Quadro 3 € Foto 3). Imaginando-se que o jato se difunde na massa d'égua segundo um 4ngulo semelhante ao do talude de mon- lante da fossa e tragando-se uma paralelaa esse talude passando pelo ponto médio do trecho mais protun- do da cratera tem-se, na superiicie d'égua, um alcance real mais provavel da ordem de 50,00 m (Fig. 12, ‘Anexo 2), ligeiramente menor que o obtido no modelo reduzido (centro do vac). Este caso demonstra que 0 coeficiente de resisiéncia do ar de Kawakami é baixo, para as velocidades de langamento do jato em Jaguara (da ordem de 25,00 m/s - Anexo 2). Cabe esclarecer que 0 método de Kawasaki [30] tem por base resultados de apenas dois protdtipos - as bar- ragens de Hatanagui no Japao e Shihmen na Tailéndia. Como o proprio autor registra, para jatos em velocidades alias, 0 alcance real difere marcadamente do calculado. Essas conskderagées sao validas para as demas vazées. As pressées hidrodindmicas na fossa de erosdo, estimadas de acordo com o método de Hartung e Hausler [23], so apresentadas no Anexo 2. Destaca-se que este método despreza a infludncia benéfica da aeracio ra dissipagéo do panto da enorgia do jo na fase aérea, dada a complaxidade do fenémeno, fommecendo ‘presses maiores que as reais e, prtanto, a favor da seguranga. Com relacéo ao Piano de Operacio das Comportas de Jaguara, laborado em 1967 [17], desiaca-se que 0 ‘mesmo estabeleceu, denire ouras, a seguinte recomendacéo: "Para um bom langamento do jo é recomendvel uma abertura nical das comportas do vertedouro de 2,00, 1m, Abertura infriores geram a formacdo de jatos abatidos e dispersos com redugao do alcance do centro {do vao para as extremidades, Estes jalos, de acordo com o comportamento da rocha, poderdo criar erases préximo a estrutura uma vez que, em vide das condigées de nivel d’égua a jusante, 0 impacto dase sem enhum trante amortecedor, sobre o patamar da escavagao situado na cota 519,00 m, Aberturas maiores do ‘que 2,00 m permitem o langamento do jato sobre o patamar stuado na cola 516,00 m que, além de se situar 2 40,00 m do paramento de jusante do vertedouro, permite o estabolecimento de um certo trante amor- !ecaor dp at A abaya parcial do 200m em um vo do vetedoure coresponde a una vaso de cera «66 300 ms ‘QUADRO 4 - PLANO DE OPERACAO DAS COMPORTAS (NIVEL NO RESERVATORIO: 557,50 m) esticio ME ‘ABERTURAS™ (m7) MO] VAZAO cor eae C03 Con C05 C06 (ois) o ° o 2,00 ° ° 320 a o ° 2.00 2,00 ° o 40 ° ° 2,00 2.00 2,00) o ‘60 0 200) 2,00 200 2,00) o 1.280 0 2,00, 2,00 2,00 2.00, 200) 1.600 0 2,00 2,00 225 2,00) 2,00) 1.630 ce 0 2,00 225 225 2,00) 2.00) 1.660 0 2,00 225 225 225 2,00, 1.690 0 225 225 225 225, 2,00) 1.720 ° 225 225 225 225 225 1750 o3.a35 (0 | 2280 11,00 | 2280 17,00 | 225.0 11,00 | 2258 11,00 | 225 11,00 | 1.750 a 7.600 ° 11,00 11,00 |_A.Total 71,00 11.00 8335, °6 0 11,00 [A Total_| _A Total 11,00 11.00 8.870 o 7100 [ A Tot | A Tow | _A Towa! 11.00 9.400 0 | AToa_| Ao | AToul | _A Tow! 11.00 9.935 0 | Atos | Ato | ATow | ATowl | A Tou 10.470 a 200 | Ao | Avo | Aoi | ATow | A To 10.790 8 [200aaTou) ATow | Ao | Aol | Atom | A Tow! | 10.7900 12560] ‘Quadro extraldo da referéncia (16). 1) Abertura considerada consisio na distancia vertical ante a cota do bordo inferior das comport @ o ponto de ‘contacto desias sobre o perfil da crista (cota 538,00 m). ik SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS 178+ Posteriormente, o Plano de Operagdo das Comportas foi revisado em 1981 [16]. No Quadro 4 apresenta-se, ‘em resumo, a sequéncia de operagao das comportas para o nivel d’égua do reservatério na elevacdo 567,50m. Esta revisdo endossou o acima exposto e recomendou: "A comveniéncia de aberturas minimas da ordem de 2,00 m, necessérias ao bom desenvolvimento do jato. Essa recomendago, nos parece, 6 atual também sob um outro aspecto, o alcance do jato, pois o limite de ‘montante da fossa a ela se encontra associado. Aberturas menores conduziriam a vazdo mais baixa e menor alcance, provocando agées erosivos em area mais préxima & estrutura.” Ressalta-se que a sequéncia de manobra das comportas para os demals niveis do reservatorio ¢ idéntica a apresentada no Quadro 4. Observa-se que a comporta do vao 1, cujo jato impacta préximo ao muro exis: tente entre a pré-escavacdo e 0 canal de fuga, s6 pode operar quando as demais esto totalmente abertas 1a vazio varida 6 da ordem de 10.470 mils. Esta restiedo possblta um nial d'équa a jusante aproximada- mente 8,00 m mais alto até o vao 1 ser utilizado, melhorando as condigdes para difusdo do jato proximo ao rreferido muro. 3.2 Caracteristicas do Macigo a Jusante 3.2.1 Situagdo Geolégica Geral ‘A geologia local est descrita na referéncia [18]. Na regio da fossa apenas um tipo litolégico ¢ encontrado: tum quartzito praticamente puro, quase sem nenhuma mica, localmente vitreo, de alta resisténcia (Re malor que 1.500 kg/cm’). £ completamente so e nenhuma zona decomposta é observada. A xistosidadefacamamento & muito uniforme, bem desenvolvida, com diego fazendo cerca de 30° com 0 eixo do vertedouro (60° com a dirego do jato), e 0 mergulho é suave, 25° a 30° para a esquerda e mon- tante, A Foto 4 6 um bom exemplo desta estrutura FoTO4 HA muito pouca varlagdo ao longo da fossa, se bem que a montante (observado durante a construcdo) @ @ Jusante, 0 quartzio apresenta dobras suaves com decividade de 10° para a ombreira esquerda. A xis- tosidade 6 muito plana e regular @ 0 espagamento entre planos centimétrico e decimétrico (Foto 5). -178- 0X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - ‘Aiém da junta que se desenvolve paralolamente & xistosidade, (X) trés outros sistemas so observados, todos com distribuigéo céssica (Foto 6) FOTOS Junta de distensdo (JD), com diregao paralela & xistosidade, com mergulho suplementar (65° para o lado oposto). = Juntas de cisalhamento (JC) transversais, a 45° aproximadamente com a xistosidade, uma de cada lado. Os merguihos so variévels de 60° a subvertca. = Falhas plano-axlals FP), paralelas ao plano axial das dobras, aproximadamente paralelas as juntas de distensio, porém subverticals. = Jntas aleatérias (JA), sem diregéo bem definida -X0X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - om Um fato importante com relacdo ao fraturamento da rocha em Jaguara 6 a grande homogeneidade que ela apresenta na regiio da fossa. © espagamento médio 6 de 20,00 a 40,00 cm sendo que localmente a rocha chega a ser fragmentada, com ‘espacamento da ordem de 5,00 cm e mais raramente o espagamento sobe & dimenséo métrica. As superficies so planas, ésporas e as paredes muito resistentes. ‘As observagdes de campo, os resultados das investigagdes durante 0 projeto e o tratamento de fundagio durante a obra mostram que as descontinuidades sio fechadas em profundidade. Todas as descontinul- dades existem como planos de fraqueza potenciais da rocha, até as profundidades de interesse, mas com as paredes perfeltamente justapostas. A regularizaco da superficie por meio de detonago sem dividas abalou ‘a rocha abrindo as juntas, o que ¢ observado em geral apenas até 1,00 a 2,00 m abaixo da superficie. 3.2.2 Condicionantes Geomecanicas Aresisténcia do quartzto de Jaguara 6 multo alta @ sem dvida néo fol a caracteristica que condiclonou a ‘eros4o. Além disso a rocha 6 muito homogénea litologicamente ao longo de toda a érea da fossa, ndo exis- tindo zonas com resisténcias diferenciadas que pudessem infuenciar a eroséo de maneira importante Apenas influéncias localizadas, de pouca relevancia, foram percebidas. Por exemplo, pode-se observar que até a batimetria de 27.04.78 existia uma saliéncia da rocha no limite de jusante da fossa formada por uma parte mais resistente do maci¢o e que de certa forma condicionou um pouco as correntes laterals na fossa. Chegou-se mesmo a cogitar sobre sua detonagdo. Entretanto, como se verificou na batimetria de 24.09.87, esta saliéncia fol removida pela ago do jato e a fossa atingiu entdo a forma uniforme que apresenta hoje. Deste modo, todo 0 fendmeno de erosao foi eminentemente condicionado pelo fraturamento da rocha. © quartzito de Jaguara possui duas anisotropias principais: a xistosidade e as falhas. A primeira 6 sub- horizontal, com espacamento centimétrico a decimétrico e certamente representou uma das condicionantes principais na evolugao da erosdo, mas nao alterou a forma tedrica da fossa. A segunda, as falhas subverticais transversais ao fluxo, poderia ter imposto @ fossa uma forma mais larga que a prevista. Entretanto deve-se ter ‘em mente que & esquerda o macigo fol reforgado pelo muro de concreto do canal de fuga, ancorado na rocha, e pela laje horizontal de concreto (Foto 7), e & direta exstia o antigo canal do rio. For07 ‘Além disso 0 Intenso fraturamento da rocha e principalmente a sua extrema homogeneidade ao longo da fossa diminuiram ou mesmo fizeram desaparecer a influéncia indWvidual que qualquer das anisotropias estruturals pudesse ter. Esta 6 a caracteristica geol6gica principal de Jaguara: um macico de rocha intensa e homogeneamente fraturado. A grande quantidade de sistemas de juntas (4 sistemas mals juntas aleatorias) -7- XO SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - com inclinagao variando de horizontal a vertical e o espacamento deciméitico entre elas, formam um macigo ‘extremamente vulnerdvel & erosdo porém com um comportamento inteiramente previsivel e reproduzivel em modelo [17] como citado no item 2.1. A erosdo é rapida, atingindo-se em pouco tempo as dimensdes previs- tas, e os blocos gerados s4o pequenos e facilmente transportados para longe. Nenhuma barra se formou a jusante. Deste modo o macico de Jaguara apresenta caracteristicas geomecdnicas adequadas para o ‘emprego do salto de esqui. ‘Com relacéo as caractersticas geomeciinicas do macigo que influenciaram 0 comportamento da fossa vale ‘ pena comentar 0 seguine: =O macigo de Jaguara realga a grande diferenca geomecdnica que existe, em termos de eroséo, entre juntas "seladas’ e "justapostas’. Uma junta selada, mesmo sendo uma descontinuidade intrinseca da rocha, possul importante resisténcia a tragdo e impée dificuldades maiores a sua erosdo. Entretanto juntas apenas "justapostas” sao fechadas, impermedveis, nao alteram a deformabilidade do macigo, ‘mas permitem que o macigo soja facimente desariculado, ~ Possuindo juntas predominantemente justapostas, a remogdo dos blocos fol extremamente rapida. O ‘motivo principal é a pequena dimensio do bioco unitirio facimente abalado pelas vibragbes @ pelos enixechoques, abrindo as juntas que o limitam e permitindo a ago deta das pulsagdes de pressio. - A disposigaéo subhorizontal da xistosidade contribui para uma desarticulagéo mais facil do macigo. Também a existéncia de um grande nimero de familias de juntas dé origom a cunhas ou blocos instdveis" em qualquer supedicie, @ com forma que no permite a mobilzagio do alo (diatdncia) nas paredes das junias. AS fotos 6 @ 6 mostram buracos na rocha, com forma de tipicos troncos de pirdiide inveridos, que sao formados pola remogo de blocos de rocha perteltamente geométricos. As allernativas de formagéo de blocos como estes so muilo grandes davido ao nimero de familias presentes = A datonagio da rocha para regularizacéo do lito do ro @ formagéo da préfossa, mesmo muito rasa, balou a rocha superficial contribuindo para facltaro inicio do processo. 4, EROSAO A JUSANTE DO VERTEDOURO 4.1 Histérico (© vertedouro de Jaguara entrou em operagao em fevereiro de 1971. 0 histérico da evolugao da erosio a Jusante na zona de impacto do jalo ¢ apresentado detalhadamente em [1] e [2]. Em [19] encontra-se um breve relato do caso. ‘A Figura 1 apresenta a geometria das escavacées realizadas antes do vertedouro entrar em operacdo. Ob- serva-se que a superficie rochosa na pré-escavagao sivava-se na elevacdo 516,00 m. A montante ea jusante dsta regio situava-se na elevagao 519,00 m. No primeiro ano de operagao, em que as descargas foram concentradas no vao n° 1 (do lado esquerdo junto a tomada d'égua/casa de forga, a eros4o evoluiu rapidamente atingindo 23,00 m de profundidade a particda supericie rochosa, em uma fossa bem localizada que alcancou a elevagao 493,00 m (Fig. 5A). Em 1973, com a vazdo mais distribuida entre as comportas, a erosdo se generalizou tendo-se constalado uma profundidade méxima de 19,00 m, na elevacéo 497,00 m, com blocos soltos recobrindo evidentemente © fundo da eroséo anterior (Fig. 58) Em 1975 e 1977 levantamentos topobatimsticos mastraram que a erosio alingira 26,00 m em seu ponto mais baixo na elevagao 490,00 m (Figs. 5C e 5D), com a fossa apresentando a mesma forma. Em 1978 a erosdo alingiu a protundidade maxima de 31,00 m, alcangando a elevacSo 485,00 m (Fig. SE). O Liltimo levantamento realizado, em 1987, revela que a erosdo permaneceu com 31,00 m a partir da supeticie rochosa da pré-escavacio na elavagao 516,00 m (Fig. SF), parecendo indicar uma tendéncia de estabilzagdo em tomo dessa profundidade, para as vaz6es até agora vertidas, As Figuras 5 a 8 caracterizam a exensio da erasto em cada levantamento, culo volume € da ordem de 42.000 m. As vaz6es veridas em 20 anos de operagao foram sempre inforiores a 4.600 m/s, como apresen- tado no item soguinte. 4.2 Anélise do Proceso de Erosso Durante a fase de projto jé se previa a erosdo a jusante face &s caractersticas do macigo e ao fata de que 0 jato impactara,inicialmenta, dtamente sobre o topo rochoso. ‘Como citado anteriormente no caso de macicos muito fraturados determina-se as caracteristicas da fossa de ‘erosdo em modelo reduzido, em ensaios com fundo mével solto (pedrisco}, com razoavel preciséo (tem 2a) “XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - om. A \ Le i, ¢ cevantgn. evanragecn 907 6 ‘convencdes ----- LIMITE DA CRATERA P/Q*14 500 m%/s (MODELO REF.17) — LIMITE DA CRATERA P/Q: 8500m%s (MODELO REF. 17) -— LIMITE DA CRATERAP/Q= 4500 m/s (MODELO REF 17) FIGURA 5-EROSAO A JUSANTE DO VERTE DOURO-PLANTAS 100 -X0X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - $3Q53S-04N003143A 00 FLNVSNP Vv OVSONa-9 vuNoIs oz +1 oydas og! or: oes oon oe ope -—---=--- 296! es! ain a= st rT sus! 1N3_SOLNAWWLNVAST| 08+! oydas os ont oz oor oo oor XIX SCMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - $393S-0uN0G31N3A 00 3LNVSNP v OysoNa-2 vENDId ostz oydas os onto oz on ows a ee ee oe ose wa_soinawwinn3} oo = oo SSSA a = Se ois = Panel 2 5 z9+2 oydas ost ovo oz too) wee 8 ose t fe | | ose oo ois - ozs XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - s102- $3993S-0yn0G3143A 00 3LNVShP v Oysoua-8 vunoIa o142 oydas ati Ocal 5 cous © ooh hos) fowl Goi Y soph 8 tos 8 | font | lon, © be W3_ SOLNSMVLNVASI| “XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS No caso de Jaguara esses estudos [17] previram que a fossa de erosio poderd evolu alé a elevacto 478,00 m para a capacidade méxinia de descarga (14.500 m*/s), quando totalizarla 38,00 m de profundidade fem relago ao topo rochoso natural, na elevagdo 519,00 r, ou 95,00 m em relagéo ao fundo da pré- cescavagao, na elevacao 516,00 m, sem rsco para a seguranca das estruturas. 0 Historico da operagao (Anexo 1) registra que as vazbes veridas foram sempre inftiores a 4.600 m/s. Os (Quadros § e 6 mostram as vaz6es vertidas méximas e turbinadas médias mensais para o periodo de 1976 a 1990, Os Quadros 7 e 8 mostram a permanéncia dessas vazOes @ as Figs. 10€ 11 as curvas de permanéncia, Obserya-se que, no periodo liad, aproximadamente 41% do tempo as vazbes vertidas foram inferiores a 300 m/s, 61% Inferlores a 600 m*/s e 74% inferiores a 900 m°/s. A etoséo, para as vazbes até agora veridas (em 20 anos de operaga), abrange praticamente toda a extensio do vertedouro (Figs. 5 8), totalizando 31,00 m de profundidade, em seu ponto mais balxo, na elevago 485,00m, © Quadro 2 mostra que, para as vaz6es até agora veridas, a profundidade alual da fossa (31,00 m) coincide razoavelmente com aque prevista pela equacdo de Veronese (29,50 m) para, Q = 9000 m/s o que coni- ‘maria 0 modelo geomecéinico aamente erodivel descrito anteriormente. Entretanto, para a vazao méxima de projeto (14.500 m®/s) a mesma equagdo fornece resultado (67,00 m) substancialmente superior aquele medido no modelo (41,50 m). Suspeita-se que essa diferenga pode ser explicada pelo fato de ter-se utlizado 1s estudos experimentas [17] brta com didmetro médio de 25,00 mm que, na escala 1:75 do modelo, cor- responde a blocos de 2,00 m de didmetro no protétipo, quando esses na realidade so da ordem de 20,00 a 40,00 cm, o que é comprovado pelos resuitados das investigacdes geolégicas e pela auséncia de barra a jusante, De acordo com os estudos de Rehbock e Scimemi [31] 0 didmetro médio limite do material, cons- Ituinte do fundo mével, deveria ter sido, para a vazdo de projeto, da ordem de 4,00 mm visando reproduzir @ erosdo na escala do modelo, Com respeito a eroséo pode-se conclu: ~Olimite de montante da fossa, a 40,00 m do pargmento de jusante do vetedouro,estéassociado 20 aleance do jato para a vazdo minima de 300 m’/s, correspondente a uma abertura de comporta de 2,00 m (Item 3.1), no devendo evoluir mals caso se mantenha esta recomendagao do Plano de Operagao das Comportas [16]. Esse limite esté perfeltamente caracterizado no protdtipo desde os primeiros vertimentos. Registra-se que uma falha vertical, obliqua ao jato, com dltegéo N 40° E, Condicionou localmente a eroséo mas sem ameacar a estrutura. = A evolugao da erosio para jusante, na diregdo do jato, e em profundidade est condicionada & ‘ocorréncia de vazbes maiores que as até agora vortidas. Isto porém, néo significaré qualquer risco para as estruturas = As paredes da fossa so quase verticals o que demonstra que o quartzto tem resisténcia suficiente para confinar a ago do jato no interior da cratera, néo permitindo evolucdo lateral signiticativa da 70880 como indicado pelos estudos em modelo (Fig. §) devido a utlizagdo de material nao coesivo. Entretanto, existom resrig6es & operacdo dos vos extromos que devem ser mantidas por seguranga, apesar da possibildade das correntes de retomo se acentuarem. Destaca-se que do lado direto a fossa se emendou a0 canal profundo do rio. Do lado esquerdo, enire a fossa e o canal de fuga, existe um septo de rocha envolvido na sua parede esquerda por muro de concreto ancorado na rocha, No primeiro ano, quando funcionou apenas. a comporta 1, por ser a Gnica a estar em condigbes de ‘operacdo, notou-se uma erosdo exagerada na extremidade esquerda, expondo algumas ancoragens do muro do canal de fuga. Essa operacéo naturalmente imp6s ao macigo solicitagdes mals soveras ‘que as normais, caso tivesse sido possveldistribuir a vazo por outros Vos. Esse trecho do macigo, {oi ancorado e protegido por capa de concreto (na base do muro) por motives de seguranga. Esse tratamento se mostrou eficionto uma vez que nesses 20 anos ndo se registrou qualquer tendéncia de descalgamento do muro. Finalizando cabe destacar a evolugao da profundidade de erosdo em fungao do tempo. No grélico da Fig. 9 108 dads de Jaguara sao comparados com as de Kariba, Picole, Farchad e Tarbela. As diferentes tendéncias ‘observadas devern-se aos varios fatores envolvidos: carga total, frequéncias de vertimentos, magnitude das vvazées jé vertidas, plano de operacéo das comportas e resisténcia do macico rochoso. importante realcar ‘que a estabilzago observada em algumas curvas ndo pode ser considerada separadamente da relacdo entre as vazdes jé vertidas e aquelas de projeto. Por exemplo, em Jaguara a vazio vertida maxima cor- responde & apenas 32% da vazio méxima de projeto. Essas curvas podem e devem apresentar aceleragées(degraus) caso venham a ocorrer picos de vazbes superioes. A inclinagdo inicial das curvas deve ser fungao da poténcia do jato (P = 9,8 GH em MW, sendo H a carga total para a vazéo Q con- siderada) nas operagoes iniciais e da qualidade do macio. Para 0 caso de Jaguara como a poténcia do jato ‘maxima ocorrda foi da ordem de 1.600 MW, relativamente baixa, a velocidade de eroséo Inical se deve @ ‘qualidade do macico (muito erode) sta XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - PROFUNDIDADE DE EROSAO OBSERVADA (m) 90: 20. @ karion ~ Fonte: REF. 28 Ol © picore - FonTe | REF. 28 @ rarchao- FONTE : REF. 28 @ eanoa = ronre : REF. 29 TARBELA- FONTE : REF. 10 x © eicore - Fonte :rer 20| | ~ | A, Hosea onz |) | | i ; AG 1 2 dnb NOTAS Fedas pelos autores. ‘1=As curvas tracejados foram t10- 2-Essos curvas, ndo 30 necesso- Flamente continucs,podendoapre- | 10 gntor segrous om ange do ocor VOLUME TOTAL DA FOSSA (x10°m)) ——-—-—-— TEMPO (ANOS) FIGURA 9 -PROFUNDIDADE DE EROSAO"x TEMPO GEOLOSIA’ TARBELA- CALCAREO F FILITC COM DOBRAS € FALHAS, JRGUARA- QUARTZITO SHO, MUITO FRATURADO. KARIBA - GNAISSE SAO, F1SSURADO ( REFERENCIA 29), PICOTE - GRAN!TO SAQ CORTADO POR DUAS FALMAS PRA: TICAMENTE VERTICAIS,COM ALGUMAS JUNTAS E FRATUBAS HORIZONTAIS (REFERENCIA 20). ; FARCHAD- A REFERENCIA 28 NAO FORNECE INFORMACOES . HIDRAULICA! A TITULO DE ILUSTRAGAO, INFORMA-SE A ORDEM DE GRANDEZA DA CARGA TOTAI (H) CONSIDERANDO-SE Qryd0 < A< Omar, vertido: KARIBA— 85 yk as pressées so calculadas pela f6rmula: © buibo e 0 diagrama de presses hidrodindmicas so calculados resolvendo-se a equagio. Apés a substituigdo dos parimetros conhecidos (Pu e yx) arbitrando-se valores de "p’ e "y" tem-se 0s valores de "x. Com os pares e "y"& possivel construir os diagramas de pressbes. au = Angulo de impacto do jato, calculado pela formula Bare gcu= eq Vaenta + Ht 192 = XDC SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - 3, DADOS BASICOS Q (ms) NAnes NAwus (on) H(m) = Ho + Hi Bim) a (msi) du (m) dL cos « (m) Ho! (m) ‘Vi (rvs) Hi (m) Le(m) vu (mis) 28u (°n) yw (m) Pu (um?) 300,00 557,50 512,90 45,20 15,00 21,90 41 0,94 30,95 24,64 14.26 66,00 29,78 072 388 45,20 45,37° 1.000,00 2.200,00 557,00 557,50 513,25 51475 44,25 42,75 45,00 74,25 22,22 29.63 1a 1,20 0,94 1,02 30,95 30,90 24.64 24,62 13,30 11,85 66,00 65,00 29.46 28,96 075 1,02 3,75 5,10 44,25 42,75 45° 44,28° (1) desprezou-se as perdas de carga ao longo do perfil vertente. (2) desprezou-se também as perdas por atito com o ar. 4, ESTIMATIVA DAS PRESSOES HIDRODINAMICAS Resolvendo se a equacdo: a ay? tem-se: x= 1-005y (ny. ~ InPuyn) Substtundo se 0s valores de "Pu ex" para cada vazio (tem 9) e arblrando-se valores para y* 10% 3,000,00 557,50 516,00 41,50 74,25 40,40 1,65 140 30,68 2453 10,82 64,00 28,53 142 7.10 41,50 43,00° +14,500,00 559,00 522,00 96,70 88,50 163,84 674 573 90,14 24,92 6.56 63,26 26,83 61 90,53 96,69 39,71° “Peter ‘se 08 valores de "x" constantes dos quadros seguintes. Os diagramas de pressdo para as vazées de 200 © 14.500 m"/s constam das Figuras 12 @ 13, (QUAD RO 9 BULBO DE PRESSOES HIDRODINAMICAS: Q = 300 m/s P (ume) 30 25. 20 15, 10 5 1 ym) x(m) 4 [7005034 049 062 0759S TD 5 : + 0st 087078088 tat 18308 10 : : : 063156 2a 78 15 : : - - 094 = 295 5,18 8 : : : = 309587 20 : : : : an 647 Ey : : : : - 286 7,85 20 : : : : + 9 872 35, : : : : 2. or -X1X SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - 193+ QUADRO 10 - BULBO DE PRESSOES HIDRODINAMICAS: Q = 1.000 m/s -194- Pom) [40 s 20 3 20 15 10 5 if ¥ (nm) “ x(n) 4 [om 04s 057 069 081 09 110 183,75 5 021048068085 105127178 BNR 10 : : : - + 0g7 172254881 15 i" : i‘ “ A ) w | - : 2 z : 2 Ome 812 ao | - : : . ; 5 + 345 664 ae] - : : : : : + Bat 787 so | - : : : : : ~ ue 282 90, 35 , 3 5 e : : = 10,08 QUADRO 11 - BULBO DE PRESSES HIDRODINAMICAS: Q = 2.200 m'/s Pm’) [40 35 30. 25 20 15 10 5 1 ¥(m) x(n) 6 [om 051 073 09s 112 10 158 10 | 258 10 : : : + 088 185-210-281 3.99 15 A a < : + ost 22 ges 589 a} - a : - : = 196421 7,08 a | - : a - : g - 485 842 es : : . ; i = 484 970 a | - z é ; i : _ 446 10,89 QUADRO 12 BULBO DE PRESSGES HIDRODINAMICAS: Q = 3.000 m/e Pum[ os osCCSSS vee x (em) mo [> 0@s 408425 BSC] ee = 069 18458199244 0718 1500 | - : : = 104-208-298 408 5.90 2000 | - : : 5 + 188 3IT 49749 2500 | - : : : : - 298581 8.98 no | - i = , : = 208596 10,09 3500 | : : : 3 : = 6281473 (QUADRO 19 - BULBO DE PRESSES HIDRODINAMICAS: Q = 14.500 m'le rs 2 Ey 2 5 10 3 i y(n) x(n) zoss [106905 ~422SC SSC TOSCO‘ 3soo | 197388596 8181008 14.57 aooo | - - 300518708907 11,74 1602 4500 | : : 462-715-9960 12,74 1804 soo | - : : 375-707 10031369 19,71 s500 | - . 160 67930368487 21.05 coo | - ‘ E 62510591599 22.95 += X1k SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS- ALCANCE EFETIVO SEGUNDO b-ouidrovo oe cawenant 1 NA.RES. 85780 ALCANCE REAL ual Passaic as ee seelo 1400 5 g merere eetsenr eee s a c i 3 WH 30 ao ao Gove wo Goo Wo Wo -DISTANCIA (m) FIGURA 12- PRESSOES HIDRODINAMICAS NA FOSSA DE EROSAO- = 300 m/s DAE Loca. zaco 0 se¢ko, ELEVAGSES (m) mmaaretz steko 1440 DISTANCIA (m) FIGURA 13- PRESSOES HIDRODINAMICAS NA FOSSA DE EROSAO- 0= 14500 m°/s XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARAGENS - -195-

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