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XXI
D.Joo V
Arquiteto alemo
Atua como conselheiro do rei D. Joo V perante o pedido que lhe prope
Homem consciente
1. Tempo
1. Espao
1. Resumo do captulo
-> Ideia de que D.Joo V quer passar do plano para a concretizao do mesmo.
Apesar de fazer e refazer a miniatura da baslica, preferia t-la construda.
2 citao Por outros dizeres, oxal mais claros, no sentindo D. Joo V j gosto
que valha o trabalho de armar a baslica de S. Pedro, ainda encontrou modo
indirecto de o reaver, no mesmo movimento provando o seu amor paternal e
real, ao chamar a virem auxili-lo seus filhos D. Jos e D. Maria Brbara
4 citao Ora, a um rei nunca se diz no, e este Ludovice sabe que uma vida,
para ser bem-sucedida, haver de ser conciliadora / Porm, h limites, este rei
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Memorial Do Covento Cap. XXI
6 citao Podiam ficar a falar o resto do dia, mas D. Joo V, que em geral no
admite resistncias ao seu arbtrio, caiu em melancolia ao ver, na imaginao, o
morturio cortejo dos seus descendentes, filho, neto, bisneto, trineto, tetraneto,
morrendo cada um deles sem ver a obra acabada, para isto nem vale a pena
comear
8 citao Senhor, ficai seguro de que neste mesmo momento est Deus
mandando preparar novos e mais sumptuosos aposentos no seu paraso para
premiar quem na terra o engrandece e louva em pedras vivas, ficai seguro de
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Memorial Do Covento Cap. XXI
que por cada novo tijolo que for colocado no convento de Mafra, uma orao
ser dita em vossa inteno, no pela salvao da alma, que vos est
garantidssima pelas obras, mas sim como flores da coroa com que haveis de
apresentar-vos perante o supremo juiz
-> Discurso de Ludovice para o rei ficar descansado relativamente ao seu novo
desejo
10 citao Est longe daqui o fundo dos nossos sacos, um no Brasil, outro na
ndia, quando se esgotarem vamos sab-lo com to grande atraso que
poderemos ento dizer, afinal estvamos pobres e no sabamos / Se vossa
majestade me perdoa o atrevimento, eu ousaria dizer que estamos pobres e
sabemos, Mas graas sejam dadas a Deus, o dinheiro no tem faltado / Pois
no, e a minha experincia contabilstica lembra-me todos os dias que o pior
pobre aquele a quem o dinheiro no falta, isso se passa em Portugal, que um
saco sem fundo, entra-lhe o dinheiro pela boca e sai-lhe pelo cu, com perdo de
vossa majestade / Ah, ah, ah, riu o rei, essa tem muita graa, sim senhor,
queres tu dizer na tua que a merda dinheiro, No, majestade, o dinheiro que
merda
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