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H o eterno ciclo da vida!

Diz o ditado que a um certo homem foi perguntado em sua


alcova de morte qual o sentido da vida. Aquele desfalecido balbuciou: nascer, crescer e
morrer. Este o eterno ciclo da vida, que ao seu interior so dispostos outros tantos ciclos,
tal qual a sorte e convenincia de cada um. O prprio infinito formado por seus ciclos.
Pelo menos o que se observa em sua simbologia. O universo. To grande e to eterno j
fez se de si em si prprio em ciclos. E assim deu origem s estrelas, que de to bonitas
aparecem, crescem e perdem a luz. E a este espao que formado por gua foi chamado por
Terra deu tambm os seus ciclos. Tenha sido feito de uma exploso ou ao seu criador tenha
dado o descanso no stimo dia. Mesmo assim arde em ciclos. E s criaturas todas que em
seu seio repousam: ciclos, ciclos e ciclos. Talvez a este tenhamos tambm tentado
domesticar e at o alcunhamos como tempo. Mas o pobre rebelde insistiu, e ainda insiste,
em perseguir-se a sim mesmo, seguindo sorrateiramente a sua sina de no mais parar. Aos
afortunados tem se dado a sorte, ou talvez no tanta, de renderem em ciclos maiores. A
outros tantos nem se percebeu se realmente ali houve um ciclo completo. Sim, apesar de
infinitamente minsculo nada se rompeu sem antes ter concludo ao menos um giro. Os
anos, que so projees contadas daquele apelido-tempo correm seus prazos certos. Mal se
comea um l vem o carnaval, na quarta-feira de cinzas chegou a pscoa. Da a pouco
Santo Antonio casamenteiro, ai dia dos pais, crianas e de finados (at os completaram seus
ciclos so comemorados). E ento surge novamente Papai Noel, que poderia ter sido citado
duas linhas acima sem medo de sair do velho e cruel ciclo. A formiga tem um triste e ao
mesmo tempo herico ciclo: nasce, cresce e morre unicamente em prol do seu grupo. Para
que o ciclo de sua espcie no tenha um fim to trgico quanto o seu prprio. Exemplo que
pode ser citado a todos os seres viventes. Mas a nenhum ser na face da terra, qui no
universo, dado a alegria de se ter vrios ciclos dentro do ciclo da vida, do que a ns seres
humanos. So tantos que perdemos a conta. So tantos que as vezes perdemos as
estribeiras, e assim alguns at preferem acabar com todos destruindo o principal. Mas a
tnica no outra, seno evitar ao mximo a nica certeza que se tem: a de que, quase
acredito eu, todo ciclo chega ao fim

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