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Sen Ot Artin, PROJ ETOS de . de Revestimentos Luiz Alberto Santos Rocha COT Wa ol farelo Ms (War 43) (-(21o} Copyright © 2009, by Luiz Alberto Santos Rocha ¢ Cecilia Toledo Aveveilo Direitos Rescrvados em 2009 por Editora Intercineia Ltda Die Sao: Catia Costa Revisio Ortogrétiea: Maria Angélica V. de Melo tapas Marcella da Silva Real CIP-rasil. Catalog Sindicato Naciunal dos Ki Rocha, Luiz Alberto Santos se phtetate pos etre: peopessdcs cass de revest 2hed. Rio de Janeiro: Interciéucia: PETROBRAS, 2009. Contém exerci Inclui bibliogeatia ISBN 978-85-7195-214-2 1. Pocos de petrdleo — Projeto e construgi Porfuragaio. 3. Pogos de petréles — Cimentagi petroleo. I, Azevedo, Cecilia Voledo de. 1. PETROBRAS, II], Titulo, ve-2098, DD: 622.3382 DU: 622.25 1 total ou parcial, por quaisquer meios, \cao por eserito ds elilors UDEsc- cesFi Biblioteca Universitaria Data: Wy oengett Aad; LOAF SE wm ciitorsintercienctacom.br Ei RESYosy (| twa Verna Magatntes, 66.” Engonto Novo [s-7 Rio de Janeiro — RJ — 20710-290, i Tels.: (21) 2581-9378 /2241-6916—Tan; (21) 2501-4760 e-mail: vendas@editorainterciencia.com.br Impresso no Brasil — Printed in Brazil nents /Lniz Alberta Santos Rocha, Cecilia Valedo Azevedo. — 2. Pocas de petrlea — 4. Engenharia do Agradecimentos ramos 1m grupo de tés engenheiras, coordenado pelo Luiz Alberto, Lrabalhando para a Petcobras em estimativas de geopressbes. Nessa época, prestévamos suporte as unidades de negécios da empresa farzendo previ ses, acompanhamento de pogos em tempo real ¢ pés~andlises ao término da perluragao dos pocos. Os varios trabalhos realizedos pelo grupo no Brasil © no exterior trou 1 grande aprendizado © com isso ¥ sugestio do Luiz de comegarmos # eserever um livro, de forma a deixar registrados na companhia todo 0 conhecimento ¢ as experiencia adqui- ridos por nés, Assim, hi alguns anos, dentro do tempo disponivel que Uinhamos enire um trabalho ¢ outro, comagamos a escrever esse livro, O tempo foi passando e, por desencontros ia vida, hoje estamos aqui apenas cue Liz finalizando esta obra. De qualquer forma, fol um perfode grail cante ¢ por isso gostaria de agradecer & Helene Lobato VittédiFreire « 2 Silvia Leal Soffried pelo aprendizado eexperiéncias que compar por suas contribuigoes a este livro. we Eserever um livo é ume tare! dua, que sem a ajuda de eolaggis de jado. Foram muitos os que nos ajudaram, lendo, opingndb e fiarendo valiosas sugesioes. wabalho se toma Igo praticamente impossivel de ser real Dessa forma, yostatia de agradecer ao saudoso geslogo Milton José de Souza, aos gedlogos Carlos Henrique (CII du Landmark) ¢ Armando Paulo Rarros e ans geofisicas Marcos Roberto Fetter Lopes, Carlos Rodriguer ez, Antonio Alfonso Rocha Filho, Paulo Henrique: Gulelme de Sousa ¢ José Marcelo Nunes Cruz, que fe am de fundemental importincia no desenvolvimento do capitulo 2. Temos que agradecer também aos colegas v_MOJETOS OF POGOS DF reTROLED. Francisco Henriques Merreira, Clemente José de Castro Gongalves, Anna Paula Lougon Duarte, Araken Lima e Wellington Campos que fizcrar timas sugestoes ¢ revisoes nos capitulos 5 ¢ 6, Deixo ainda meus agradeci mentos para os colegis Alexandre Thomaz Borges, Emanuel Frenco Nogueira ¢ Hrancisco Sténio Beverra M tins pornos ajudarem a escrever @ capitulo 7, Sou igualmente grata aos colegas Picasso Vabricio Vasconcelos Nabueo, Roberto Vinicius Barragan, José Ramon Figueiras Moreiras, Miguel Soares Masculo, Adriana Lemgruber do Valle'raby, Joabson | inna ¢ Join Patilo Castegnoli que fizeram a reviséo completa do livra. leso & Universidade Pettobras que, através do Programa de lidito: de | ivros Didlaticos, vis von esta produgio. Em especial agradego a Luicia Emilia de Avevedo pela dedicacao com que sempre nos ansiliou Agradego, stinda, avs colegas da Petrobras, José Miranda Formighi Filho, B ic Cortes Xavier Bastos, Luiz Felipe Rego Bezerrs, Jacques Braile Salies, Nilo Azevedo Duarte ¢ em particular Adolfo Polillo Vilho, 0 qual foi revisor de todo o trabalho, pelo suporte ¢ confianga demonstrados a0 longo deste projeto. Agmadego especialmente os meus pais, Sr. Humberto Chaves de Avevedo ¢ Sra. Marin Matilde Alves de Toledo de Azevedo, pelo carinho e incentivo mostrados a0 longo de toda a minha vida; sou grata A esposa eaos filhos do Luiz Alberto, Sri, Isabella Valentino Rocha, Edgar Valen Rocha © Frie Valentino Rocha, pela paciéncia © por estarem sempre presentcs; agradego também a Walter Pereira Bastos Neto, que nos apoient € nos incentivou ao longo deste projeto. ino Finalmente, sou profundamente grata a todos que, embora aio tenham sido citados aqui, tiveram grande importdncia por terem partici- pado de slguma forma desse trabalho, Muito obrigida! Cecilia Toledo de Azevedo Apresentagdo Aeedigio de materiais didaticos, através do Programa de Editoragao de Livros Didticos da Universidade da Petrobras (PPI), além de auxiliar no desenvolvimento de profissionais da Empresa, vem disponibilizando icutifice da area de petrleo © conheci para a comunidade téeni mento obtido e # experiéneia acumulada por écnicos 20 Lengo dos anos, fomnando-se assim uma ferramenta de preservacdio da memoria técnica da Petrobras. Osprodutos desse programa tém dese fi de profissionais nos cen .penhaclo um papel ros. de desenvolvimento de sas de especiali ‘eonstitui-se num na capacilag: recursos humanos intemos da Petrobras © em progr: magiin com universidades brasileiras. Esta eapacitaga hia em varia dos fatores mais expressivos para o sucesso da Com, dades da indiistria do petrdleo, Dentre exsayatividades destaca-se n perl ragdo de pocos de petrdleo, que é nortexels pelo projeto do pogo. Um bor des elicientes, seguras # econdinieas. A projeto de poco conduza perf » en discussio de tépicos que conduzem a um projeto de pogo apresentag adequade ¢ otimizado sie os objetos deste li acam-se definigdes Ivisicas utilizadas para Dentre esses tépicas des estimativa de geopressdies, mecanismos geradores © métodos de estima- tiva de pressdes de poras anormalmente alias, métodos de estimativa de eradientes de pressiio de fratura e colapso, projetos tipicos de pocos, deli nigdo des profundidades de assentamento das sapatas dis diversas colt nas de revestimento ¢ critérios colha do equipamento de segu- ranga de pogo. Tambem sao apresentados assuntos mais espceilicos como Mi PROJETOS DE POCOS DE PETRALEO: geohazards, perfuracéio em 7onas de sal, pogos cons alta prossao e alte temperatura (HPH'I), falsos kicks, metodologia de trabalho com base no PDCA, geragses de pressdes devido A transferéneia lateral de pression & perfuracdo de pocos direcionais em signas profundas. Este livro foi escrito por profissionais di Petrobras de reconhecidla competéncia nessa espe lidade © & destinado a diversus tipos de Teitores, destle aqueles interessadas em aprender conceitos hasicos de projeto de pogos, até es que desejan importantes Ar gcopressoes. profundar seus conhecimentos em «da engenharia de petréleo, tais como estimativas de Otto Luiz Alcantara Santos Consultor Sénior Recursos Himanos - Universidade Petrobras Eseola de Ciéncias ¢ Tecnolugias de Exploracto e Pradueao lad PETROBRAS Recursos Humanos. Universidade Petrobras Prefacio ivro, tinhamos como meta disponibilizar um contetidy que atendesse as necessidades dos diversos Icitores. Ass filosolia cmpregada foi a de preparar um livro utilizando uma linguagem facil e cum o objetivo de atender Lanto aos interessados em obter conheei mentos hiisicos quanto aqueles cuja intencio é de se manter atualizado. Tendo isso em mente, em janeiro de 2008, langamos a primeira edigio, que se esgotou em menos de tm ano, ‘Ao longo desse primeiro ano da publicagio, rerebe mensagens, Algumas com clogios ¢ outras contendo valiosas sugestoes de 1 uma préxima edicao, Todas as suigestdes fram contem- placlas nessieiigfio e ayradecemos a todos aqueles que nos esereveram. I fato que os assuntos abordados nesse livto so de fundamental importdineia pari a construgiio de um pogo de petréleo. Da mesma forma, € sabido que ha caréncia de profissionais nessa area de projetos com 0 conhecimento necessério para desenvolver um trabalho aaltura dos riscos © dos custos envolvidos na construc de pogos. Assim, ¢ facil concluir amento constante, fim decorresponderas Ao escrever esie que o mereado precisa de trei demanclas destes novos tempos, Por isso nessa segunda edieao, alm de cottigit os inevitaveis erros de uma prime’ :mpliamos os contett dos de diversos assuntos tais como per em gonas de sal, falsos kicks, sistemas diverter ¢ sistemas de cabeca de poce. p nuns aqui esse preficio saudando a todos e esperando, com esta segunda edigao, auniliar a estudantes © profissionais da aren de pelrélea no cumprimento de suas misses, que podem ser resumidis nas celénci seguintes palavras Perfurugiio com E: Luiz Alberio 8. Rocha e Cecilia Toledo de Azevedo Simbologia a Constante de Biot 0 Inclinagio do poco B Acimute RG Background gas Gy, Resisténcia a compressio simples d Densidade (admensional) d Fxpoente d D Peofundidade verti: D, Air gap an Area infinitesimal Drow Profundidade do BOP Expoente d eorrigido Profundidade da sapata Expoente d corrigido normal Expoente d corrigido observado Vorga infinitesimal Profiundidace da formagain mais fraca Dia netro da broca 4, Diametro do pogo XiL_PROJFTOS DE POCOS DE PFTROLLO: Gocprossiase Assent % vr FL Profundidade final do pogo Diferencial de pressiin Diferencial de pressiio ‘Voleraneia 10 kick diferencial Espessuira de sedimnentos Espessura de sedimentos superficial Perfil sénico Tempo de transite Tempo de tx ito no Fluide Tempo de transite na mate Tempo de transite normal Tempo de ssito obyervado, Lamina d agua Deformacao percentual Modulo de clasticidade Densi ide cquivalente de circulaciio Angulo de atrito interno Forca Porosidade Porosidade na superficie Veste de integridade da forn Folhelho Deformacao cisalhante Gradiente ravi le, accleragao Médulo de cisalhumente Peso espec Gradiente de fratuca or ISIP K Lor m M Simbelegia xt wdiente de fratura com base na tolerancia ao kick Gradliente de pressio de poros normal Geadiente de sobr Geudiente de pressio de poros © nte de pressiw de poros méxime Ganina Bay Altura Altura do kick no espago anular Pressito de fechamento instantaneo Relagio entre tensoes Comprimento Constante de Lame Teste de absoreao de compactacao normal Expoente da area (Método da Ravio) Massa Coeficiente de Poisson Pressio Pressio de absorcio Pressiio devide As perdas de carga no anular Pressiio utmoslérica Pressiio no BOP Pressiio no revestimento Pressio da formagie dlistante da parede do pogo Pressiio de fatura » nals fraca rostatica de gas AV FROJETOS DF POCOS DE FLIROLEG: Gocpiessiese Asian Pare Pass Prout Pes R, ROP causada pela coluna hidrostitica do Mui de perfitracdo Pressao devide a lamina d égua Pressaio de poros Peso sobre a hroca Presso total no fundo do pogo Pr dentro do poco Angulo ao longo da parede do poco Ma a especifica (densidade) Raio Resistividade Massa especifica do ar (lensidade de. Massa especifiea da formagio (dens Densidade de Muido equivalente Massa espeeitica do fluido da formagio (densidade do fluido da formagao) Massa especifica do gas (densidade do is) Massa especilica do fluido invasor (densidade do kick) Vol M Aincia ao kick 1 espectti riz vocho: ) Margem de riser Massa especifics do fluido de perfuracdo (densidade do Muido de perfuragao) Massa especifica do Fluide de perfuragio cortado na superficie Resistividaie da reta de compactagiiy normal Resistividade observada Tina de penetragio xaa aaa gaan sIcP sippp a a a a eas Q dat Simbelogia xv R Massa especifica da dgua (densidade du agua’ ugdo da broea Ralo do pogo Tensav normal Tensao eletiva Goesio da rocha Vensio principal m Vensao principal intermediaria Limite elisticn Tensao horiontal maxima Tensio horivontal minima Shunt in Casing Pressure Shut ine Drill Pipe Pressure Tensiio normal média Vensio/Pressio de sobrecarga | ienite de proporcionalidade Vensio tangencial ‘Vensgo radial "Veusdo residu: Tensio de tragao Tensio vertical ‘Temperatura Tempo ‘Tensio cisalhante Resisténeia & tragdio da rocha Componente de deslocamento na direcio x YU_PROJETOS DE POGYS DF PETROLED: Gps w/ssctani ie Chis le Hvestnees Componente de deslocamente ma dress y Velocidade Valor da xeta normal Valor obscrvado do parimetro Velocidad intervalar Voluine clo kick Velocidacle média Velocidade da onda compressional (P) Velocidade médin quadritica Velocidade da onda cisalhante (S) Componente de deslocamento na diregiia ¢ Sumario in Ti Introd 12 13 Projevo de Poeos. odigiio cal Con 1.1 Invredugae 1.2 Tensio ’ Pressio, ruLod ‘tas Basioos Relativos 46 Gi presses « 1.3 Pressto Iickostatica, 1.4 Gradientes de Pressio 1.5 Tendo de Sobsecargs, 1.6 Pressao de Povos 17 Tenia Efe 1.8 Pressoes Decorrentes do Fluid de Perla 1.8.1 Caso Estitien 2... 1.8.2 Caso Dintiniens ROD 1.9 Fall de: Rochas. 1.9.1 Prexsio de Colupso 1.9.2 Press de br 110 Jancle Operseionel 111 Assentamente de Sepatas 1.12 Hluco de Trabalho para 6 Célenlo des Geopressies 20 20 20 20 u 2 PRDILTOS DE POGOS DE FETROLEO: CAPITULO 2 Geologia ¢ Geofisica 2.1 Introd 2.2 Goeloga 2.1 Tenpo Geolbgieo 2.2.2 Rochas . 2.2.3 Rochas Sedimontores 2.2.4 (enlogin Esirutual 2.2.5 Batralige 2.3 Geolisiea : 23.1 Métode Siemico 2.3.2 Sism de Pogo 2.3.1 Proviso Calientes de Presse do Pots Utiizand Dads Stone 24 Perlitagens 24.1 Pet! Raios Gansa (GR Came Tay) 2.4.2 Caliper 24.23 Rosi dade 24.4 Sonica — Tempo de Iransito 245 Densidade 2.4.6 Perfil NeutrOnico 2.4.7 Pell PWD (Presure While Dili) 24. 2.5 Exercictos, 5. Compariamiento de Pertis CAPITULO S Gradiente de Sobrecarga . 3.1 Introdacao 32's Sobrecargy 5.3 Gradiente de Sebrecanga : $3.4 Estinativa da Pressdo de Sobecanya 2.5 Determinacio as Densidades das Forms 35.1 Medligao dis Densklles das Fonnagtes. 2 Mets de Cielo : 26 Tflutocia da Lanna dyin ms Grallente de Sobrecanga 2.7 Topicos Uspeciais Relotivos a Gradients de Seb 327.1 Gonrelagao de ales 3.7.2 Métal dle Bourgoyne ” 7 ” 80 50 83 83 88 190 we 196 m —— Smite CAPITULO 4 Gradiente de Press de Poros « us 4.1 Introducao ce mB 4.4 Preseio de Poros cesses 1b 4.5 Classiftcagae dos Gradientes de Pressao Ue Poros wee 1s 414 Pressdes ele Poros Anermalmente: Baisas « 6 41.5 Pressdes ke Poros Anormalmcnte Alas "7 4.6 Origens chs PressBes Anormalmente Alta «. ne {16.1 Mocanisasoe Relaciones 3x Teusios Ia Site ne 4.6.2 Mecanismos de Fspansao de Fluidos see BT 4163 Mecanismo luaney (Dilerenca de Densidade) see BT 4.64 Transferéneta de Press, cece 138 4.7 Indicadoves de Zonas Anonnaluente Pressurizadas. . 148 4.7.1 Taso de Pence 149 ‘Taxa de Penciragai Normalized... 47 49 4.7.3 Aapeeteedox Coxealhos 1st AA Torque ¢ Arraste « coe cree 156 4.7.5 Gis Hui de Psfuraedo ce 157 4.7.6 Conulutividade do Flaido de Perfura hat 4.7.7 Vemperatura do Fluide de Perfor 170 1.8 Zona de Teansieto « . 171 4.9 Quunilicagio dos Gradientes de Presa de Foros. 174 4.0.1 Mediciex Dinetas 174 4.9.2 Mewados Inditeros. 78 4.10 Modelagem de Areas ¢ Bacias 194 410:1 Modelagem de Area: Tens Fletva vos Veloce Intern low 4.10.2 Medelagem de Hacias 196 1.11 Bserefsioe. : 199 CAPITULO 5 Meefntes ilas Boch. coe 205 5.1 Inteoniiio oe ecc vee veces seeeseseeerseceeeeeeeseseeenees 205 5.2 em : . 205 5.3 Estado rdimensional de Tensio. .. : 203 5.4 Estado Plan» de Tensio (Biditnensionsl) 2n 5.4.1 Trunsfonmagio de Cocrdenndas Cartesiinas 212 5.5 Tenses Principaie, Medio # Dosviadirs 213 5.6 Circulu de Molir de Tensbes 216 5.7 Tenses Eletivas. ..... 220 5.8 Deformagies ¢ Deslocamenton 222 5.8.1 Estado Plano de Deformagio (Vidimensional). «+. < cee 226 20 PROJETOS DE POCOS DF FETROLEO: bn 5.9 Comportamento Tensae-Delormagio. 5.6.1 Ensnios de Compressin 5.9.2 Rochas Frageis Rochas Ducteis 5.10 Teoria da Hlastiefdade Linear 5.104 Lei de Hooke 5.10.2 Coe 5.10.3 Lei de Hooke para Cisalhaw 5.10.4 Lei de Hooke Generaizadhe 1055 Hsien 5.11 Paha da Rocha S.1L.d Ruptaea por Cisahouento ste de Poisson das Coustanies Elasticus no Campo, 5.11.2 ltuptara por‘Tragao... 5.12 Creep 3.13 Exereieis,. CAPITULO 6 Estabilidad de Poco. 6 6.3.1 Vensbes Tangeneiais ou Hoop Sires... - 6.3.2 Tenses Radiais 6.3.3 Tensio Axial . 6.84 Keto do‘Tensio Tian na Longs da Paes dy Pogo 64 Vluido Penetrante e Nao Penetrante 6.5 Detenninigio de Tonsfos na Parede do um Pogo 6.6 Estabilidade de Pogo 6.7 Gradiente de Colapso. « 6.711 Divegi da Falla © Breukeaut o 6.7.2 Kstimativa do Gradiente de Colapso . ..- 6.8 Geadionte de Fratuns 6.81 Tipe e Diregso da ratura . 6.82 Katimutivn do Cradiente de Protun b.¥ Exercietos, CAPITULO 7 icin de Pago. 7.1 Intiodueao . 7.2 Tipos de Revestimentas ¢ Suas Fungdes. 7.3 Peojetos Tipicos . 226 27 233 234 234 235 237 2a 239 240 241 251 251 255 257 237 258 299 260 264 263 264 265 267 273 275 282 ast 289 290 296. 125 227 327 g29 4 {a4 Icio de Pago e Sisomas de Cabeca de Paco ae 74.1 Sends ertestes, Patras Finns ¢ Autoclevatcrne aan 7.42 Plataforma Flatontes nag 1.5 ser iquipamente de Segurange — HOM ae 75.1 Funcges dos Proventores or 7.52 Faores qe Aletam cells do ROP i ams 7.6 Sistema Diverter PAPITULO 8 Critérioe de Assentam 8.1 Intiodgan . . £. Prsindidaes de Assentamento de Sapa de Sapatas de Revestime 8.2.1 Mevestimentins das Zonas Superficinis 8.2.2 Revestimentos das Zonas mais Profundas 5.3 Fatores que Alen o Assentomento das Sapte 8.3.1 Objetivos da Pogo. 19.3.2 Poges Disecionsis 8.3.3 Zonas de Perda de Circulgio. 8.34 Lo 8.39 ile 8.36 Margem de Riser 5.4 seul do Peso do Huila de Pexfuracae Otime S..1 Prablemas Relativos ao Peso do Hluido de Perfuragao, 5.4.2 Piinefpi da Linha Média « 8.5 Exercicio Resolvido sat Extensdos de Pogo Aborto sal de Pressao cntre 0 Pogn € a Fo naga B.6 Faerefeion CAPITULO 9 Vopicas Especiais 9,1 Introd 9.2 Geohuzards 9.21 Gaolacanis Relacionados is Condes da Palorats Continental 9.2.2 Geohazards Hclacionados a Migeagao de Hluldas no Pago «+ 9.3 Pesfuragbes em Zonas de Sa : 2.5.1 Deteeg de Zaas de Sal Antes de Fessg 9.3.2 Deteceto de onas de Sal Durante a Perfuracio 9.3.3 Tnnportantes AspectosRelsionnes 4 Pesfuraie de Zonoe de Sl 9. Perkaragio Prénina a Damas Salinos 9.4 Poos HPLIT 9.5 Falsos Kicks 385 85 385 286 393 a3 413 43 an 415 415 422 425 427 a 436 452 461 461 402 464 466 ABs ast 486 190 500 502 50s oll PROIETOS DE POCOS DE PE TRON FO: Hon 946 Metedelogis de Trabalho do POCA 9.7 Alta Prossdes Devils 3 Truneforéncia Lateral de 9.8 Pogos cou Alta Sobrepressao 9.9 Pocus Direcionais em Aguas Profundas: 2.10 Alyuas Problemas Tipices e Suas Solucaes. 9.11 Patores que: Afetam a l’stabilidade da Por Prossin Reterés Introdugado 1.1 Introdugéo Hm todo 0 mundo, milhares de pogos sao pesfurados znusluente. Na grande meioria, algum estudo de geopressdes precisou ser feito, © possi. orado com velmente em todas, algumn tipo de projeto foi Ise nese estudo, O conhecimento de geopressies trnou un Fator de grande relevaneia nos projetos de pogos devide aos intimeros problemas decor- ridos de estimativas equivocadas ou do desconhecimento das mesmas. Estes problemas s#o bem conhecidos 1 industria do petréleo © ineluem complicagdes operacionais, tais como aprisionamento de colina, torques clevados que podem atingir os limites do equipamento, colapso total do poce ¢ influxo de Muido da formacao para dentro do pogo (kick). filtimo pode levar 4 um severo blowont, causando a destmigio total sonda de perfuragio, como mostrada na figura 1.1, Assim, individ ‘ste al ow coletivamente, estes problemas podem representar perdas humanas, 109 @ dangs ambienta: Projufeos cen Recentes estuclos comparativos realizados pela Petrobras ¢ por outras stabilidade operadoras identificaram que kicks, perdas de circulagio ‘de pocos, todos problemas relacionadosa geopressiies, esto entre as prin- j 2 PROICTOS DL FOCOS DF PETRELEO: copes ¢Asenlanenlode olunsdleen cipais causas de Lempo perdido (NPI Non Proxluctive ‘Time) na perfit- ‘lo, significande ais veres algumas centenas de dias perdidos por uno. Assiin, se levarmos em conta que em muitos casos o custo de uma phati- forma pode chegara valores acima de 300 mil délares por dia, fica fécil de entender que o tempo perdido relative ds geopressdex pode significar para ainddstria do petéleo a perdade algumas centenas de milhdes dedélares por ane. FIGURA |.4 ACIDENTE COM A COMPLETA DESTRUICAO BA PLATAFORIAA. 1.2 Geopressées Apalavra geopressies, apesar de relativamente nova, é bast indiistria, Porém, cla é muitas ve: fe usada na s emprepada pa ‘expressar as pressdes dos Mluidos contidos nos poros das rach em subsuperficic. Nesse sentido, o tern de pressao d » geopressiio seria um sind formagies e/ou pressio de poros, que seré cstudado em deulhe mais adiante, Existe também a palavra geomecdiniea, que 60 ramo Introduyao 3 da ciéncia que estuda 0 comportamento mecénico de todos os materiais gcolbgivos, solos ¢ rochas ¢ suas reagdes aos eampos de forga que se mani- festam sobre o respectivo ambiente lisico. As duas principais disciplinas dos Solos © a Meeanica das Rochas, A imeira lida com © comportamento dos solos, desde uma pequena ¢: da Geomecdnica sio a Mecini Pp até o desliza snto de encostas. A Mecinica das Rochas trata das proprie- dades fisicus, hidrdulicas ¢ mecAnicas das rochas. Como importantes apli- cagoes dz. Mecinica das Rochas pode © Aniilise de estabilidade de es © Esiuddo de capacidade de suporte das fundsedes de edificacdes. © Barragens'', Neste livro, o termo Geopressies sera definida de uma maneira mais amp: todasaquelas que sto imposta tc englobara todas as presses & lensbes existentes no subsolo, ¢ Formagées que podem, inclusive, levar fatha da rocha. Aqui, n expressio estimativa das geopressdes sera definida como os estuddos a serem realizados para se estimar as pressdes de poros, f mento dos pesos de flutdo de perfuragaio € assentamento das colunas de revestimentos. Todas essis oestabele fratura e colapso, necessi presses estiio no escape deste livre ¢ serio estudadas mais adiante 1.3 Projeto de Pocos A claboragao do projeto do poco é uma das etapas de planejamento para a izado o detalhamento das feses de perfuragio ce completagio. Independentemente do tipe de pogo a ser perfurado, explo- sua construgio, na qual € re ratério on de desenvolvimento, « detalhamento dessas etapas 6 de grande importincia para a determinacdo do tempo ¢ do custo do poco e, conse- cmente, para a avaliagdo de sua viabilidade técnica © econdmica. Quanto melhor o planejamento de um pogo, maiores serfio as chanees. de se chter sucesso, Nesse contesto, 0 lerma sucesso significa atingir os, objetivos do projeto respeltando as normas de seguranca vigentes ¢ os prazos a custos compativeis com os do mercado. 4 PROJETOS DE POCOS DL PLIRGLEO: Coo} A figura |.2 mostra esquematicamente um pequeno flue de trabalho que pode ser seguido para a claboragiio de um projeto de pogo. Cada etapa deser nese processo abrange reas espeesficas da engenharia de pogos. studs date of) eoeeaiaics | Dads da loco Cine pte | “Tila do poo Ht Geopressons Fido & prtraio Asortaneto Geeapaias Tempe Gisos FLUKO DE TRABALHO PARA 0 PROJETO DE UM POCO. © projeto de um pogo ¢ iniciado pelo estudo da drea em que © poco seri perfil do, Nessa ctapa 6 leita um estude do cenério geoligico eum levantamento do hist6rico de pocos jf perfurados na regiao. O levantamentoc a andlise de dados da locagao si wins etapa exitica para o projeto do mesmo, pois quanto maior a quantidade de inform lisponiveis menores serao os riscos ¢ maiores as chances de sucesso, cio do pogo, um ponto muito importante na sua construgiio, é discutido neste livro ¢ aborda entre outros assuntos a fase de eseolha da eabega do pogoa qual ira receber osistcina de seguranga (BOP) ¢ permitir aancoragem de diversas colunas de revestimenton. Vide grande importancia a realizagao de uma investigacio do solo marinho yoltada pars a identifieacdo de possiveis geohazards, Estes Introdusza_s conslituem riscos assnciados a imegularidades na geologia submarina, decisivos na definite do posicionamento da cabega do pogo. Sua mica rasa ¢ de dados is detalhada- deteecto é realizada através da utilizacdo de si sismicos 3-1) de exploragao; assunto que seré abordado m mente no capitulo 9. Com base nas informagés da geologia submarina e np conhecimento ide do objetivo da profundid geometvia esperada para 0 reservatoria pode-se definir 0 posicionamente da cabega do pogo « exeeutaro céleulo di melhor trajetéria para que © pogo atinja a potencial zona produtora. lisse assunty esté descrito na literatura™ ndo sera eseopo desse livro. Apos 0 edlculo da trajetsria, iniei st a fase de determinagao das geopressées; um dos principais assuntos deste livro e base para as demais etapas da projeto de um pogo de petréteo. Como mencionade anterior- mente, oestude de geopressdes consiste no caileulo da pressoes e rensoes existentes no subsolo © daquelas que sdo impostas as formagies, que podem inclusive levar’ falha da rochs, sendo elas: pressio de sobrecarg; pres: determinam a janela operecion: io de poros, pressio de cokapso e pressao de fratuira, As tres altima cnta ¢ intervale do poge, que repr permitido para a variagiio da pressao excreida pelo Fluide de perfuragao de forma # manter a integridadle do pogo. Como essa pressao é funcao da ica do Muido de perfuragao, a janela operacional define os massa especi limites méximo e minimo da massa especifica do Muido @ ser utilizado na da vi perfiracio, Por sua ver, 0 fluido de perfuragao tem a ss lund {ais como restriar a broca, transportar [ragmentos rochosos, recompor 0 estado de tensiies inieiais nas paredes do poco, enire onal ¢ també Outro ponto relacionado 4 janela oper trajetiria do poco éoassentamento de sapatas, que define as profisndidlades dos reves- timentos, estabelecendo assim as fuses da perturagao do pogo. A escolha das: profiandidades dos revestimentos é amplamente diseutida neste livro dependers dos critérios a serem adotados ¢ de varios outros aspectos «ue scrao ahordados no capitulo 8. 14 0 projeto estrutural dos revestinentos consiste na especificago dos revestimentos (esp ura, grau do ago, ete.) dle forma que cles resistam aasesforcos de colapso, pressio interna c tracao. Este topico ndo sera discutido neste livro. 6 PROJFTOS DE POFOS DE PLIRGLEO: cow A escolha dos revestimentos ¢ « posigdo das supatas s4o 0 principal subsidio para @ definicdo do projeto de cimentacdo do poco. A cimen- taco ex siste no precnchimento com cimento do espago anular entre a tubulagao de revestimento e as paredes do pogo, de modo a fixar a tula~ lacio ¢ evitar que haja migracio de fluidos por detrés do revestimento, A partir da cstimative das propricdades ds formacdes, tais como dureza, resistencia eabrasio, o programa de brocas do poco é conl ee nado, A escolha adcquada das brocas é um fator determinant para um bom desempenho da perfuragio, eum [ator de grande relevncia no custo da nperagaio, Apés a finalizagdo do programa de brocas, scgue-se a delinigao da coluna de perfuragie. A coluna é projetaila de forma resistir aos esforgos introduzidos pela penfuracao do pogo. Dentre os elementos de uma coluna de perfur encontram-se os comandos (drili collar). Estes elementos sio responsaveis pela aplicacio de peso subre a broca. A definica: quantidade de comandos depende das for sa seremn perfuradas, do tipo de broca, da yeometria do pogo, ete. Hoje em dia a coluna de perfu- ragio pode ser composta por virios elementos sofisticados, tais como motor de funde € rofary steerable, usados na perluracae de pogas direcio- ais, eas ferramentas de LWD (logging while drilling) cue fazom redli de varias propriedides das rochas. © principal dispositive de scguranga utilizado durante a perfuracao de pogos de petrdlco ¢ « Blowout Preventer — BOP (preventor de erupedes), dimensionado a partir do cailculo do graliente de pressio de poros eda esti- mativa da massa especifica de um possivel lluid invasor do pogo, Embor néo scja pretensio deste livre estudar 0 controle de pocos, uma breve de: io da composi excopo deste livro indicar a pressao de trabalho que este equipamento deveri suportar Neste estigia do projet de pocos, as cilculos « executes, mas eabers deum BOP é dada no eapiiulo 7, urna vez que seni sitios jé foram o engenheiro ¢ responsubilidade de identificer oportunidades para 1 otimizagio da perlurac&o, Sob esse aspect & importante analisar a hidriulica do pogo ¢ a possivel utilizagao de novas Lecnologias, Esse assunto nao seré escopo deste livro. O projeto do pogo € concluido com a determinagao do programa de perluragao edo programa de eompletacaio mesmo, Vinalmente,e -BiblitecalCESE) — inwodugao_7 sempre levando em conta estudos de benchmarking da indéstrin, 6feita a estimativa de tempo e custo para a execucdo do projeto do poco. Denire as ctapas pertencentes 0 Muxograma definido neste livro, yenas algumas serio abordadas, sendo elas estilo da area e anilise dos dados da locacao, anilise dos gradicntes de gcopressées, assentamento de sapatas e eseotha do BOP. Além dessas, serio abordados também importantes aspectas relacionados a projetode poges ¢ exemplos de posos CAPITULO 1 Conceitos Basicos Relativos as Geopress6es 4.4 Introducéo 0 objetivo dese capitulo é dar uma iléta yeral ¢ famil aro leitor com vdrivs conceilos basicas que serio usidos ao longo deste fivro. Entre Jos conceitos relutivos & tension, pressio, outros, sera discu as cm rochas e ao fluo de trabalho usiido para a estiens va das geopressiics. 4.2 Tenséo x Pressio Vensdo (6) & 0 resultade da atuacdo de uma forea, que a.um plano, dividida pela ura Lele Por definigio, possni magnitude, ditecio e sentido, epli area desse plano, conforme ilustrado iGWIA 1.1 TENSAO £ © RESULTADO BE UMA FORCA APLICADA SOBRE UMMA AREA. 1a PROJETOS DF POGOS BE PFTROLLY = Forga/ Area (L.A) Neste livra, © conecita de tensio esté elacionado a corpos silices, sendo o resultado da atuagiio de uma forca sobre # matris das rochas. Jé 0 conecito de pression esté associado aos fiuides contidos no interior das rochas, sendo 0 re tado dle um carregemento, que reage den igual em todas as direcdes, Con relagio & unidade destas grindezas, seri utilizada a libra por polegada quudlrada (psi), seguinde © sistema americuno de unidades. 1.3 Pressdo Hidrastatica Pressiio hidrostitica & aquela exercida pelo peso da coluna hidrostities de umn Muido, sendo fungao da altura da coluna ¢ da massa especifica desse fluido, como mosteado na equragao 1.2 Pgh (1.2) Onde: Pip = presseo hidrostitica P= massa especifiea do fluide = constante gravitacional Ih=alture da coluna de Mluido Massa Especifica x Peso Especitico x Densidade Na industria do petroleo, € comum encontrarmos 0 terme densidade no lugur do terme massa especiica, Fm fungio disto, iremos esclarecer os conceitos de massa especitiea, peso especifico © densidade. Massa espeeifica é @ massa por unidade de volume de uma substanei pedendlo ser expressa em volume de uma substin da substaneia multipl Jao peso espectfico é0 peso porunidade de sendo que © peso é dado pela masse especifica ada_pela constante gravitacional, podendo ser expresso por KN/m?, Por diltimo, a densidade éa rao entre a massa espec fica de uma substincia ca massa espweifica ds Agua, quandoestivermos nos referindo a liquidos, ou do ar, quando estivermos nos referindo a gases. Desta forma, a densidide é uma medida adimensional. Conceitos Basicos Relatives és Geopressées 11 specifica (o)= 8584) Massa espeifica (9)= Ny (1.3) peso(W) _ anassa(M) x gravidade(a) Beasrcettico (= ame(¥) volume(V) oo mass especifica (p) 5) Densidad (4) ~ rsa specifica da agua (p,,) ou doar) O que se vé na indistria, ¢ também sera visto ao longo deste livin, & a iilizagio do termo densidadle para se referir a0 perfil elétrico que ede @ mass especif fluid de perfuragio quanto do gise do dleo encontracosnos reservatérios. 1s fhemagiies ou para sereferir Amassa especifica tanto do 4.4 Gradientes de Pressdo Pordefinicio, gradiente de pressio € a razdo entre a pressfio ¢ sua profiun- didade cle atuagio, geralmente referenciada & mesa rotativa, podendo ser expresso em psiffi au psilm. Fintretanto, é muito comum que os gradientes de pressio sejam expressas em unidhde de massa especifica, como Ib/gal ou isio direta com @ massa espeeifica giem', para que seja possivel us do nico de perfiracao. Neste caso, 0 grudiente de presstio é chamado de “peso de fluido equivalente”, “densidade cquivalente” ou simplesmente “peso de Mluide”, Desta maneira, os gradientes de pressio podem ser exleulados pela expressio: a comp (1.6) Onde: C- grodiente de pressito P= pressao profundidade vertical C= constante de conversiio de unidades 12 PRUJLIOS DE POCDS DE PETROLEO: Geopcsa A cons! nic “C" tem o valor de 0,1704 quando a pressio estiver expressa em psi, a profundidade profundidade seja expressa em como observagiio, a unidade Ib/gal netros, eo yradiente em Tb/gal. Caso a "C tem o valor de 0,0519, Apenas ingles € ppg, isto €, pounds per gallon. Conceito de Gradiente de Pressdo x Massa Especitica de Fluido Embora rel ivamente simples 0 conceit de gradiente de pressao tem ido alguma confusio, principalmente « sa especifica. Os d incl € expresso em umidade des exemplos a seguir tém coma objetivo escla receralgumas duividas sobre estes conceitos. As figuras 1.2¢ 1.3 ilustramas uas situagées Exemplo 1 Colur ule de [000 metros preenchida por fluido de massa especifica de 10,0 Thigil ¢ com pres: almosférica no topo (Figura 1.2). Qual seria o valor do gradiente de pressfio no fundo dopogo? Galculo da pressao na base: P =0,1704 x 10174, <1.000 mi =1704 psi Jculo do gradiente de pressio na base: 1704 psi (0,1704 x1 000 m) 10,0%, Neste caso, podemos dizer que gradi Muido equivalente” & igual nomenclatura utilizada pel 1c de pressiy ou 0 “peso de massa especifica do fluido, d industria, ‘odo cam 2 Conceites Pésicos Relatives az Geoptes 4704 psi Prosséio (psi) Exemplo 2 tolbigal FIGURA 4.2 ILUSTRACAO DO EXEMIPLO 1. Goluna vertical com altura de 1 000 metros preenchida porfluido de massa cespeefficn igual a 10,0 Ibjgel ¢ com pressiio de 1 200 psi no topo (lige Qual ser o gradiente de pressia no funda de pogo? P= (0,1704X10%,, x1 000 1m)+1200 psi P= 2904 psi 2.904 psi PE __ -17,04%,, (0.1704 <1 000 m) = 11.3). ends Clune de Revesimento Pressao (psi) 1.200 psi 2.904 psi, IGURA 4.2 LUSTRAGKO DO EXEMPLO 2, Neste caso, a massa especifica do fluido ¢ o gradiente de pressiio sio diferentes. 4.5 TensSo de Sobrecarga Considerando um elemento de rocha no subsolo, tensio de sobrecarga a uma dada profundidade é aquela exercida pelo somatério do peso de todas as camadas sobrepostas a este clemento, como mostrade no exqitema da figura 1.4. FIGURA 1.4 ELEMENTO DE ROCHA SENDO SUBMETIDO A TENSAO DE SOBRECARGA EXERCIDA PELAS CAMADAS DE ROCHA F DF FLUIDO SORREPOSTAS A ELE ___Conceitos sasicos Relatives a5 Geopressoes 15 4.6 Pressio de Poros Em uma rocha, s6 parte do volume total é wcupad pelos particntlas sélidas, que seacomodam formando uma estrutura, O volume restante costuma set chamado de vazios, ou poros, ¢ é ocupedo por fluides. Desta forma, a pressdo de poros, muitas vezes referenciada como pressao da Fortae: pressiio estatiea, pode ser definida como a pressao do fittido contide nos espacos porosos da rocha. Bla ser fungio da massa especifica do Eluido da Jormago e de cargas que este esteja suportando, No caso de areas petroliferas, o fluid que preenche a format ser dgua, dleo ou gis. A massa espect 1,0 e 1,04 glem’; no entanto, a Sgua encontrada nos paros das farmacies costuma variar em um range maior, chegando a 1,20 g/cm? devido a sua salinidade. n bacias sedimentares é comum utilizar a faixa de 1,02 a 1,08 g/em®, equivalente ao intervalo de 8,5 a 9,0 Iblgal para a massa espe- cifica da sigua des formagoes. No caso da messa especifica do gas, um valor comumente utilizado & 2,0 Ib/gal ou 0,24 glem3, jé para o dleo u 7,0 Ibigal ou 0,84 g/cm’. A presto de porns é dividida em quatro categori baixa, normal, anormalmente altac alta sobrepressfio. Ocnfoque deste livro 1a da gua geralmente varia entre anormalmente sera dado As pressics anormalmente altas ¢ As allas sobrepressées; pois,caso uma zona anormalmente pressurizada scja perfurada scm ser prevista, complicagées operacionais conhecides na inckistria do petréleo, come 0 influxo de fluido da formaco para dentro do poco (kick), podem levar a prejutos econOmices, financeiros ¢ ambientais. jente de pressio de poros pode ser definido como: (1.7) Onde Gp = gradiente de pressao de poros P, ~ prevsdo de poros D = profundidade vertical fe constante de conversio de unidades 46 PROJEIOS DL POCOS OL PLINOLED: Crops: ‘1.7 Tensao Efetiva A presenca da pressio de poros ai poros deuma rocha ajuda a suportarou aliviargrande parte da tenséo total aplicada, Desta forma, quando uma rocha € submetida a uma forga, ando em todas as direedes dentra dos tensio que efetivamente esti aplivnda sobre a stta matriz é igual 3 tensio total menos a pressao de poros. Essa tensdo é chamada de Lensio efetiva ¢ € dada pela expresso abaixo: o'-0-2, as) Onde: o'= tensio efeti G = tensio total Pp= pressio de poros 1.8 Pressées Decorrentes do Fluido de Perfuracao Auravés da pressivexercida pela sua coluna hidrostat ofluide de perfu- ragiio tem como um dos seus objetivas principais manter 0 poco seguro € estavel, [ssa pressao fornecida pelo fluid de perfuracao ird va estiver dentro da coluna de per jar se este cdo Ou no anular do pogo. Fsta dife do © fluido esté retornando pelo anular cle cdo. O peso destes cascalhos suspensos aumentaré a massa especifica do fluide de perfu © 600 fata de este renga ocorre porque qua carrega consigo os cascalhos provenientes da perfu racdo fornecendo uma pressio maior no Fundo do pogo. Outra variével que interfere na pressio gerada pelo flu lo de perfura estar estitico oem movimento, situaoes que serao discutidas a seguir, 4.8.4 Caso Estético Quando parado, a pressio dentro do pose fornceids pelo Fluide de perfa- sera fimgza do seu peso expec ico, que por sua ver tambien ver: fiungao do tipo de fluid, isto 6, se esse é hase aigita ou base nao aquosa (leo Lético). Para fluidos base dgua, considerados Mluidos incompressiveis, «1 Concwitos Rasicns Relatives 4% Goope variagfio da massa especifica com a pressio € a temperatura poder ser despresada, ¢, nesse caso, a press dentry do pogo sera dada por Pir aut ~ Prat 8D (19) Onde: Ph mat ~ pressiio hidrostitica do fluide de per Pow B D ~ profundidade vertical massa especifica média do fluido de per onstante gravitacion: Para o caso de Muidosbase no acquosa, considerades luidos compresst veis, a massa especifica ser funcao da pressao ¢ da temperatura, variando assim com a profundidade do pogo. Caso Dindmico: ECD Um ontro fator yportante a ser considerade para determi pressio dentro do poco ¢ a parcela de acréscimo imposta peles perdas de 1ga a0 longo do anular, Os efeitos da fric¢do ao longo do anular repre- Tluxo, ¢ certa quantidade extra de presséo nas jencé-las, Passe bombas € requerida ps: came se Fosse pequienas vilvulas parcialmente fechadas, aument circulacao toral no fundo do poso. Note que, neste caso, a press no fundo nao seri apenas fumgao da massa especifica, mas também de parimetros reol6gicos (limite de escoamento ¢ viscosidade), das dimensbes do espaco anular c da va estrigies ale «lo assim a pressfio de fio de hombeio utilizada, Desse modo a pressiio no fundo do ac por poco duninte a circulayio sera (110) Onde: Py, = pressio total no fundo do pogo Pir mud = ptesséo hidrostatica do fiutdo de perfurecao Pq = pressdo decorrente das perdas de carga ao longo do anular 18 PROIETOS DE POCOS DE PETROLEO: 12 de Conc Rewestinten Em termos prdticos, esta pressdo pode ser substituida por uma pressio icladle” como densidade equi hidrostit equivalente de um fluido de massa especifica ou “des apropriada, Essa “densidade” ¢ normalmente relerid valente de circulagiio (Equiuulent Circulating Density), ou simplesmente ECD, Neste caso, 0 ECD é dado por P. ECD om Ml Pant * Gy aa) Onde: ECD = densidade cquivalente de ci P, C= co ulagaio resin decorrente das perdas de carga ao longo do anular inte de conversio de unidade Exemplo Um fluido esté sendo bombeado par dentro de uma tubula. gadas de diametro externo ¢ 2,0 polegadas de difimetzo interno que esté dentro de outra tubuligio de 3,0 polegadas de diametzo interno (figura 1.5). 0 Mluide retoma a superficie pelo anular formada pelas duas tubula ‘s8cs, As ubulagdes estdo enterradas no solo a uma profundidade de | 000 metres. O Fluide hombeado tem massa cspecifica de 10,0 Ib/gal ea pressio na bombs localizada na superficie, logo acim das tubulagies, é de 1 200 psi. Qual seria, neste caso, o valor do gradiente de pressaono fundo do poco (ECD) expresso er Ibe, a) Perda de cai b) Perda de carga localiida na resteigiio colocada a 1 000m =700 psi. ip le 2,5 pole- ndo-se que: interna da tubulagdo de 2,0 polegadas = 300 psi. 400m 10,0 Ib/aal FIGUHA 1.5 LUSIRAGAG BO EXEMELO, e Solugio Aperda de carga total sentida pela homba 6 igual a: + Perdas noanular + Perdas na Pressio na homba = Perdas no inter Wt Pressao atmosférica 300 psi + Pan + 700 psi + O pai 200 — 700 — 300 = 200 psi Assim, o gradiente de presséio com o fluido em cireulagao (ECD) na base & - P. 200 ECD + I, — Pa yy, — 200 (0,1704xD) (0, 1704x1000) ECD 12M 2) PROILIOS DL POGOS DF PETROLED: Gaps 1.9 Falha de Rochas A composi¢io de todas as Lensdes atuantes sobre uma mecha forma o chaimado estado de tensOes que, em certas condighes, poderd Jevar af rocha. O60 hada ito de fulha de rocha é de grande importiinci para o projeto & execu (0 da perfuraciio de wn poco, uma vez que ins definir os limites de presses aos quais 0 pogo poder ser submetido. As pressies que evan a falha da rocha 830 chamackas pressiio de colapso e pressao de fratura, 9.4 Pressao de Colapso Appressao de colapso é a pressaio que leva 8 falha da rocha por cisalhamento, cou seja, sob ocomter tanto devido a um haivo peso de fluido de perfisrag falha por colepso inferior, quanto devido s| um peso de fluide excessivo, ocor- rendo uma falha por colapso superior. As consequéncias dessas falhas cm Lermosoperacionais iro ss de compressio, A ruptura por cisafhamento poilerd slevando a ura iar deacorda come tipoderocha, Um « ‘tipico se di quando a falha da rocha por cisalhamenty causa uma delormagao no didmetsodo poco, aumentando 6 torque na colina de perfuragdo, levando a0 seu aprisionamento por acunhamento, Em outros tipos de formagio, a falha por elsalhamento pode levar ao desmoronamento total ou parcial do poco, com possivel aprisionamento da dlluna devido aos cascalhos desmoronados. 4.9.2 Presséo de Fratura A pressao de fratura é pressio que leva a falha da rocha por tragéio. Da 0, a fratura pode itilizagao de um baixo peso de Muido de perls- mesma forma que acontece para 0 culapso da form ‘ocorrer tanto. em fungao i ragao, Tevando a uma falha devido a fratu Fluide de perlura inferior, quanto poraltopeso de iso, ocorrendo ume falha por fratura superior. As conse- quéncias operacionais sao desmoronamentos ou a perda de fluido de perfa- ragio pata a formagao, conhecida por perda de eireulagio, 4.40 Janela Operacional Ajonela operacional determina a variag a permitida para a pressao exe pelo fluido de perfuracao dentro do pogo, de forma a manter a intogridade deste, respeitando as pressoes de poros, frattira e colapso. A figura 1.6 cancel 3 Wisicos Relatives as Geonressies 21 mostra um exemplo tipico de janela operacional, em que o limite inferior, estabelecido pelo maior valor entre as curvas de pressdo de poros € colapso inferior, determina © menor peso de Fiuido possivel que pode ser utilizado dentro do poco. [40 limite superior, estabelecico pela curva de pressio de ina 0 peso de fluido miximo que pode ser utilizado fratura superior, dete ao longo da perfuraeao. Gragertes (bigal) or «a — enti. . — Past Sn ens err 2000-4 | E @ 2500. ~ 2 so07— | sari 4000: FE , 4500. | 500+ pt FIGUIRA 4.6 EKEMPLO TIPICO DE JANELA OPERACIONAL DE UM POCO. 4.11 Assentamento de Sapatas Cada fase de um pogo € detemminada pelo didmetro da broca que esté sendo utilizada na perturagao. Um poco tipico é composto pelas fuses de 36", 26%, 17 Hi, 12 We BY", Apés uma fase ser finalizada, é deseido 0 revestimento, sendo realizado assim 0 assentamento da sapata do revesti- nento, Os diametros tipicos dos revestimentos referentes as fases citadas sho 30”, 20%, 13-24", 9.5," e7" respectivamente. A nluna de revestimento | | 17 PROLELOS DE POCOS DF PFTROLEO: Assented Cluasle Re nada mais € que uma tubula chamado de sapata. Fste i de aco com wm equipemento na ponta timo pode ter vétias func: principaisé facilitara descida da revestimentoevitando quicele tope. A deli- o da profundidade da sapate depende da jancla operacional do poco, da Lrajetéria, de exitérios de assentamento ¢ du experiéneia do profissional rea. Adescida de uma coluna de revestimento permite que a formacao seja protegidie que um peso adequido do fluide de perfuragéo para e fase seguinte possa ser util sendo que umn das alo. 1.12 Fluxo de Trabalho para o Calculo das Geopressées Conforme mencionado na introdugao, o termo geopressoes engloba todas as pressSes ¢ lensiies existentes no subsolo, ¢ todas aquelas que so impostas is formagdes que poilem, inclusive, levar a falha da rocha. © fluxo de trabalho mostrado na figura 1.7 sera usado como guia para que o leitor poss campre= enderasctapas doc: as estimativas desses praclientes reque tais como perfis elétricos, velocidades si boletins de perfuracao. Um breve resume da sequénein de sdes é dado a seguir: O primeiro gradicnte de pressio a ser calculado € © gradiente de sobrecarga (ONC), senda o perfil densidade, o principal dado de entrada. ‘Quanda 0 perfil densidade nao ¢ registrado ao longo de todo o poco, pode: ser utilizadas correlagdes a partir de outros perfis que medem a porosidade . Este gradiente seri estudado no capitulo 3. Aetapa veguinte € ocileulo do gracliente de pressao de poros. leoric mente a pressio de pores pode ser calculada a partir de qualquer perfil qu mega a porosidade da formagao, Entretanto,o perfil sonico co perfil resis- tividade sd0 0s mais utilizados. A estimativa de pressio de poros eostuma ser calibraca por outros pardmetros do poco caro, por exemplo, o peso de fluido cle perfuragiio utilizado, 2 taxa de penctragio, os testes de formagiie, entre outros. Para pocos exploratdrios, em que nenhum pogo de core. lacao esta dispontvel, sao utilizados dados da sismica. Hntretanto seus resultados apresentam pre Os métodos de céleulo ¢ a forma como estes pariimetros devem ser utili- zados serio estudados w rlo das geopressies. Conforme seri mostrado adiante, m uma grande quantidade de dados, e ocorréncins repistradas em. lo dos gradientes de geopres- da forma 0 menor que aqueles que utilizam perf adiante no capitulo 4. Conceites Basices Relativas as Geopiessies 73 Para a estimativa dos gradientes de fratura € colapso, deve-se iniei almente estimar as tenses aluantes a0 redor do pogo ¢ estabelecer as propriedudes mecinicas (limites de resist@ncia) para as quais ocorrers a falha da rocha. Estes assuntos serdo abordados nos capitulos 5 ¢ 6. Dados Necessarios para o Estudo de Geopressoes O fluxo de trabalho mostrado na figura 1.7 pode ser usado como um para oestudo de geopressdes. Porém, é importante ter em mente qute win estudo completo requer uma grande quantidade de dados que nem sempre estdo disponiveis. A figura 1.8 mostra uma lista dos prineipais dados que devem ser utilizados e que serdo, na grande maioria, discutidos go longo do livro. fi importante que o leitor retorne as figuras 1.7 € 1.8) pois clas certamente irgo ajudar no entendimento do trabalho. Com este ite com 0s critérios de projeto ea experiéneia ne couhecimento e juntar rea, 0 engenheito poderé prepara o projeto de wa poco. Levantamento de Dados ft Densidade das FormacSes | Y Gradiente de Sobrecarga jaclos Mecdnicas das Rochas t Tensies In Situ [crate ceressio oe Faw] [Gat ce messi Caos FIGURA 4.7 FLUXO DE CALCULO DAS GEOPRESSOES. A FROJETOS DE POGOS DF PETHOLED: Gaypisie eAssrtanerto de Caines 6 soeceee g3 £ | gegeebe [7 3* g | S8seose . gjsexg © & ° fs = g 2. e|3 5 sé 2 #| ga8o,¢ é oe 8 El oeeese 8 & g s/3iose2| 1 3] [eg] 45 g | gehsds =| 138 8 Big 6 7 eo] Ne aié 3 os] 8 leon fll | psy (E &\Ssge fes8|| 2 & ° sage baad Be 3 5 | 2se8eopese oe 5 | csosesess ‘ | Jee £ @ |) pase es ooe ly oe 8 S| soeestees| | 8 gs 8 3/8322 SE] 2 E 2 al gere 285] | A ee g, 3 [|s3 a| avo 2 8 £|a9Sea 3 Lee S| e832 bed g S| ftgetl i 88) 33 58822/—"| | 185 a pease e Eg §|° 3282 = g 8) SEBe fF i} Lg FIGURA 1.8 LISTA SIMPLIFICADA 005 TIPOS DE BABOS PARA A CONSIRUGAO DF UM MODrLO DE SEOrRESSOES. CAPITULO 2 Geologia e Geofisica 2.4 Introdugiio De acordo com a Sociedarle Brasileina de Geofisica", a difevenca basica 30 Geofisica estd no tipo de dado entre Investigagio Geolégica ¢ Investiga com o quail se manipula. A inwestigaedo geoldgica envolve o estudo da''erra por Ges diretas de rochas que esto expostas na superficie ou de amostras reti- radas de pogos perfumados ca consequente deduedode sua estrutura, compo- sicio € histiria geoligica. A investigacdo geofisica, por outro lado, cnvolre o estudo de subsuj ficie da Vera, Neste caso, as medidas das propriedades fisivas dais wot sao feitas utilizando-se téenicas de investigacso indireta, por meio de alos, yeralmente coloeadas nat superficie® aturalmente que a idéia deste capitulo nao ¢ de esgotar o assunto em questo, mas sim lornecerao leitor alguns conceitos bisicos sobre geologia io de observa. pesfamngdio de varie fo de pogos de petréleo € feita através boriginadas em diferentes ambientes, Dessa forma, o conhe ortincia para profis: lipos de rox cimento de conceitos de Geologia é de grande in nais que iro lidar cor n planejamento e exect do poco. i idéia di 26 MROIETOS DL POLOS DF PETROLLO: Coo: t6pico édar uma breve descricao sobre alguns conceitos gealdgicos relaeio nados aos ipos de rochas, dundo Gnlase as rochas scdimentares, # abor- dando também a Geologia Estrutural ea Estratigrafia, 2.2.4 Tempo Geolégico Assume-se para ‘Terra uma idle de mais de 4,5 bilhes de anos. Na le, esse conceito de tempo geoligica vem de processos de d: rochas, tais cone idade relativa e idee absoluta, Aidade relativa das rachas pode ser obi radas, a orem natural de superposiedo das camadas sedimentares € os fosseis que clas contém. Ja a idade absoluta pode ser definida peli medigio da taxa de desintegracao de istitopos radioativos. Este métode permite determi: ‘dade da racha out das transformagées que ela sofreu na ordem de milhdes de anos. Com base: nisso, Foi eriadlo 0 conceito de tempo gealégico, o qual foi dividido em eons, eras, perfodos, épocas eidadcs, originando a escala dos lempos geolégicos. Hsta, por sua vez, foi estabelecida considers maiores eventos da histéria geoldgica, camo as etapss da evolugao da vida ¢ © soerguimento das grandes eadeis de montanha. A tabela 2.1 reproduy parcialmente a eseala estando dividida em era, pe ver Jo das la observainde-se as dos eventos nelas regi dos tempos geoldgicns, doc época. A figura 2.1 apresenta a distri buicdo dos tempos geoldgicos no Brasil Reuseaner| oiserdey me JRA 2.1 DISTRIBUIGAO DAS IDADES GEOLOGICAS NO BRASIL. Gevlogia ¢ Geolisice 27 PRINCIPAIS IDADES GEOLOGICAS Taades Gooibgions Era Period Epoca do snes) Reoenie Quatertio oot Pesos | 4'5y [Piceeno Tog conassien nesre Me Tercitio —[Oigocen oo tEoceno oe Paleocen toe Cretaeoe was mosozoico — Caurassin ete ‘nssco 215-+20 Pormiano stent catenin Fpeememine [0 360:#10 Palcozsico | Boveriane oats Stusene 435 212 Orsvieiana sere Cambro 570240 Supetbr 000240 rrccantre | teenie [aio lone fear came quem Rochas ntendero que é wma rochs, temos antes que definir mineral. Mineral ‘a substincia quimica natural, sélida, inorgénica © homogénen, que possiti composigio quimica definida © estrutura aldmica caracters Jo. por apresentar um arranjo atémico com u unidade quimica biisiea, denominada eélula unitéria, que se repete org nizada ¢ tridimensionalmente (rede cristalogrifica) pela extenstio do mnineral ¢ que se reflele, Irequentemente, em sita superficie externa com plo de te. Ele 6 caracter formas geométricas € faces earacteristicas como um cristal so 0 feldspato, a mica, o quartro, a grafite eo d Apss esta definicao, podemos diver, de umn modo geral, que rocha um corpo sélide naturel, resultuate de um procssse geoligiew determi nado, formaclo por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condigdes de: temperatina ¢ pressio evistentes durante sta formagéo, crosta terrestre, 28 PROJFTOS DF POGOS DE PETROLLO: Geologia e Geolisica 29 Sob 0 ponto de vista de sua formagio, as rechas podem ser classili- cadas em trés grandes grupos: Rochas {gneas ou Magmviticas, Rochas Metamérficas ¢ Rochas Sedimentares, No figura 2.3 & possivel visualizar a distribuicao de rochas € sedi mentos nia superficie brasileira Rochas igne: $ ou Magmaticas so aquelis resultantes da con gma, Cranitos e basaltos sdo tipieos exemplos de rochas magmeticas. solidacao do 2. Rochas Metamérficas resultam da transformagao derochas pre~ existentes sob novas condigdes de temperatura ¢ pressiio, Mét- mores € gnaisses so exemplos de rochas melamsrficas. 3. Rochas Sedimentares resullam da deposigdio de detritos de outeas rochas (magmticas, metamérficas ou sedimentares) ou do acit- inulo de detritos omgénicos ou, ainda, de preeipitagio gu nica, Are- nitos, calcareos, argililos e folhelhos sfio exemplos tipicos de r0- chas sedimentares de grande interesse para aindéstria de petrslev. Como 0 objetivo do livro esté ligado A exploragdo de petrileo, so- mente serio comentados aspectos relativosa rochas sedimentares. (SS henttme ig 3 lf Z i H A figura 2.2 apresenta de anon rochosos seinter-re mt esquemiética como esses grupos a eae tgntin jonam, evidenciando-se assim o. nico do processo de formagao ds rochas. [Rocha Sedimentar Litiicagaio ariter ciclieo e dini- Intemperismo erosao transporte Doposigao Metamorfismo Sedimento Intemperismo orosiio wansporte Rocha Maamati FICURA 2.9 DISTRIBUIGAO DE ROCHAS E SEDIMENTS NO HNASIL Metarorfisrno _————— Fuso 2.2.3 Rachas Sedimentares De acordo com sua origem, as rochas sedimentares poder ser class coudas em Clésticus (ou Detrticas), Quitnieas ¢ Orgfinieus. As rochas clés ‘ode rochas preenistentes. Jé as quimicas FIGUIRA 2.2 CARATER CICLICO E DINAMICO DA RELAGAO ENTRE OS GRUPOS ROCHOSOS, ticus so oriundas da desagreyy 30_PKOJETOS DE PUCDS NE PLIROLEO: Formadus pela precipita 10 quimica de sais dissolvides nas dguas dos ros, lagos e mares. E, por fltino, as orgdnicas, que se originam da actumu- la 10 de substiincias or nicas unimais on vegetais, Uma das caracterts “8 mais importantes das rochas secimentares é sua formagao em camadas, denominada estratificagiv, Cada uma dessas camatas possui caracteristicas especificas, que Mletem as cons predominantes de quando as rochas foram originalinente depositadas Com hase na classifica das rochas sedimentares, vamos ago ‘analisar os prineipais tipos de rochas encontrados dun de pogos de petréleo « como elas podem infh perluracao. ntea perfuragiin nciar no proceso de A) Rochas Sedimentares Clésticas O ciclo de formagio das rochas sedimentares clés s, também chamad: infemperismo, ervsio, trans detrticas, é constituido pelas seguintes etapa porte, deposigio, litilicago © a partir dat inic conlorme descrito a seguir. se Un novo intemperismo, © intemperismo € © conjunto de transformagses de origem lisica (clesagregngio) ou quimica (clecomposigao) de qualquer rocha préxima a superticic, seja ela magmsti ndrlien ou sedimentar. Sua agin ¢ controlada por diversos fatores, tais como a variacao savonal dis chuvas, da temperatura e do relevo. A erosgo atuia retirando fragmentos da rocha matriz © levande-os pari regides mais baixas por teansportadores, tis comosiguas comentes, chu o de agentes vento, geleirase mar. As regides onde esse material sedimentar & depositado formam as chamedas Bacias Sedimentares. Ume ver depositado, 0 material sedimentar passa a responder condigdes de um novo ambiente. Diagénese é 0 nome dado ao conjunto de transformacaes fi orrem nos sed que nentos apés @ depos 10 do depésito sedi cao. O processo terinina na transformay (material frifvel & entar onsolidado) em rock naciga, a chamada Liti cacao, Os processos diagenét fentos siiv a compuctacdo, cimentagao ¢ cristalizacio, Os principais componentes das rochas clastieas sao: ‘as mais comune que levam d Litificagae de + Areabougo. Siio 03 fragmentos de rachas © gros minerais, Goolegia © Geotlsicn 34 © Matriz. Kormada por particulas de granulometria mais fina (silt. argilosas) localizada entre os gr «© Cimento, Preenche os espagos intergranulares, ligando areabou: goa matriz, Ele pode ser silicoso, carbondtico ou feruginoso, deter- minando maior ou menor resisténcia mecdnica da rocha wentos elisticos, e das rochas derivadas deles, A clossificagio dos se polle ser feita pelo tamanho dos gros. Desta forma, na tabela 2.2 podemos \cdo granulométrica dos sedimentos clasticos, sendo estes explicados a seguir. YABELA 2.2 CLASSIFICACAD GRANULOMETRICA DOS SEDIMENTOS DETRITICOS Diametro dos Sedimento Classe Rocha Formada Grios (mm) <0,004 Aesila Argila Angie > 0,008 @ = 0,05 site site Site ~~ 30060=2.0 ‘vein ‘aveia Gross, ‘arorita Média ou Fine >a Ccostho Bloco, Fedraou | Conglomerado.ou Seino Breda 1. Arpila Aargila é constituida essencialmente por um grupo de minerais que rece: beo nome de argilominerais. Quimicamente os argilominerais si forma dos por silientos hidr também outros elementos como ferro, polassioe os de sluminio ou magnésio, podendo conter Lio, Eles sao classiliea- ssciiclhangas ei eomposiggo quimica € na c: dos cm grupos com base trutura cristalina. Dentre os varios argilos mi encontrados sao: ilita, clorita, montmorilonita ¢ caolinita. As ilitas representam um dos grupos dominantes dos argilominerais. direta do intemperismo sobre feldspatos ou erais, 0s mais comumente Elis so formadas pela pela alteragao da eaolinita ¢ da montmorilonita, quando estas entram em contato car a gua do mar (riea em fons de poutssio). ade din com Um ponto importante a ser mencionado & a reativi relagiio gua doce, O grupo das esmectitas, do qual faz parte a montine $f PROJETOS DE POGOS UE PETROLED: Gespesie onita, € 0 grupo mais reativo, sendo mais reative que a ilita e a cloril ainda mais que. ceolinita. Formagies argilosas contendo esmectita viio ser cquentemente sensiveis & presenca de cipal caracteristica o alto poder de inchamente. Jé a ilita, a clotita e a caoll- nita, que s4o argilas laminadas presentes de forma abundante nos folhe- Thos, softem pouca ou nenhuma hidralagao, ia doce, tendo coma prin- Diante dessas caracteristicas, as montmorilonitas podem ser conside radas os argilominerais que mais interferem na perfuragio, Essa interfe- réneia pode ser hendliea, que ¢ 0 caso do controle de filtrg30 em lormacoes permeaveis, ou trier prejuizos ao solrerem hidratagio nv contatn com fluido Tase agus, redurindo 0 diainetro do pogo e con indo o fluid de perlis- rach ainda que clas so 0s maiores componentes das bento nites, que sio argilas industrializadas utilizadas nos fluidos de perfuragao,em fungi de suas propriedades de pel e de controle de filtracao. O termo bentonita, utilizado comercialnente, se relere 4 mont. morilonita de sédio, que & um tipo de esmectita, Como exemplos de rochas da classe argila temos os folheThos ¢ os ar itos. Um ponto importante com relagio a clas é a baixfssima permeabili Vale ress osificantes, formad dade apresentade, Ein termes priticos essa caracteristiea pode defini-las ‘como rochas impermes eis. Este € umn fato relevante na esti pressiio de poros © sera visto no capttulo 4. Folhelho é0 ermoutilizsido para nomear algumas das rochas formadas por sedimentos argilosos com otitna estratificagao, Apresenta formato de Himinas finas, paralelas e com tendéncia esfolisvel, especialmente quando exposto a alta compactacio ¢ pressdes. A figura 2.4 mostra um exemple de folhelho. Argilitos so rochas formadas por aryilas moles, muitas veres encom trados nas segbes mais superiores dos pocas e geraliente ficeis de ser perl afinidade com a agua. De um modo geral, eles tendem a absorver agua, hidratando ¢, consequentemente, expandindo as argilas, causando a redugio do didimetrodo poco, aumneniandoo torque na coluna de perfuracio e algnmas veres gerandn instabiliderle das paredesdo pogo. Outro problema assuciado a essis Formmacdes € 0 enceramento da braca le perfuc radlos, angio ser pel ago. A figura 2.5 mostra um exemsplo de argiito, Note que se tata de un rock: de composigao semell 10, epresentanda um aspecto mais macigo. nte & do folhelho, mas desprovida de sua lami- Geologia ¢ Geollisica 33 FIGURA 2.4 EXEMPLO BE FOLHELHO. ELCURA 2.5 EXEMPLO DE ARGILITO, 2. Silte {A fiagao silte ¢ composta por frigmentes de mineral ou de rochas menores do que arcia fina emaior do quie argils, eujos gros variam de 0,004 mma 0,06 O tamanho de suas particulas é geralmente resultado de uma abraséo 1 seus mincrais também podem ser encontrados nas for extrema, e dest particulas da fra Esses minerais sio: quarto, feldspato, micas, ninoraie pesados, minérios de ferro e fosfatos. Coma depésito sediment terial muito fino ¢ frifvel, e que & medida que se corresponde a um 1 combina eons argila, nos sedimentos siltico-ar plistico. 34 PROJLIOS OF POCDS OF Pi ROLEO: Gonpeesins hss 0 siltito € a rocha formada pelo actimulo de sedimentos de gransle metria silte, Possui coloragao amarronzada, verde ow esbranguicads. Geralmente esté ligida 11 um ambiente de deposicao de baixa energia, podendo ser desde Muvial at ho profundo. Ble é devido ae quartzo, que € seu constiluinte principal. Siltios muito abra- sivos podem ser encontradosao longo da perfuragao, tomando necessiria frequentes trocas de broca. Na figura 2.6 pode-se obser mento de siltito, exibindo liaminagio plano-paralela, pero a0 tato m aflora- FIGUMA 2.6 AFLORAMENTO DE SILTITO. 3. Areia Arcias silo de grande importaneia econdmica, pois possticm muitas veves grande extensao lateral, além de screm frequentemente porosas ¢ perincii- veis, Isto satisfaz as trésnecessidades bisicas pana a formagaode aquifers # rescrvatsrios de hidracarbonetos, Os principais grupos de minerais encontrados nas ar siiv: quartzo, leldspato, f Otipode rocka formada pela fracdoarcia é 0 areni 4 areia litificada, Os aceni as detriticas pesados. 9, correspondendo os mais comuns sau: arenito quartzoso, arenito enito Iitico e grauvaca, sendoo primeiro o mais abundante. O arenito quart/oso possui mais de 95% de gros clisticns. Soh condigdex adequadas, hi sobrecrescimento dos yrivs de quartzo, 0 que imprime forte coesdo 4 rocha, Sua cor € geralmente branca ou avermelhada. Um exemplo de arcnito quartvoso pode ser observado na figura 2.7. ygmentos litieos, micas ¢ minera arcosiano, Govlogia ¢ Geofisica FIGURA 2.7 EXEMPLO DE ARENITO QUARTZO50. 4, Casealho / Os cascalhos sfio fragmentos de rochas e/ou minerais mais grossos do que Sua rocha deve conter mais de 25% de seus eomponentes com diémeto maior que 2 mm, podendo chegr até a tamanhos métricos, O formate dos fragmentos de cascalho émuite importante. Fragmentes arredondados, que sofreram alirasio lisica, so chamados conglo- Ja os angulares, imaturos fisica © quimicamente, so chamados de brechas, Nas figuras 2.8 ¢ 2.9 podemos ver um exemplo de conglon rado ¢ outro de brecha, respectivamente, FIGURA 2.8 EXEMPLO DF CONSLOMERADO. 36_PROJEIDS DE POCOS DE FETROLEO: bownnsinse As FIGURA 2.9 EXEMPLO DE BRECHA, B) Rochas Sedimentares de Origem Quimica As rochas sedimentares de origem guimics (ou autigenica) formam-se a partir de solugdes quimicas, « tacdo, condigdes de temperatu le se depositam por evaporagio, precipi- , pIT, ete, Estes sedimentos séo for fem dreas que se encontram protegidas da influéncia continental, como regides dle dpuas rasas ¢ quentes. Sav fundamentalmente diferentes das rochas formadas por sedi- mentos clésticos. Enqnanto a mineralogia destes iiltimes € co pela érea Fonte dos sedimentos, o controle da 1 sedimento das rochas de origem quit weralogia c do tipo de ica € efetuado pelo ambiente deposi cional dentro da bacia, Este fato faz. com que rochas de origem quit posstiam grande efinidade com rochas de origem orga tide 1m a, que sera discu- sadiante. As rochas sedimentares de origem quitri podem ser earbonsticas, silicosas, salinas (evaporitos) ¢ feruginosas. Serio abordadas aqui as rochas carbondticas ¢ os evaporitos. 1. Rochas carbondticas (carbonatos) As rochas carboniticas de origem quimica se formads pela precip de 50% de minerais carbonzticos, sendo estes.a calcita, carbonate de edleio Geolagia © Geofisica 37 fio, en dolomita, earbonato de céleio ¢ magnésio que ct vn al que compie 0 «1 vmpse o dolornito. Fim geral eles possuct de 80% 1 100% destes mine- ale ressaltar que: os carbonatos também podem ter origem organi rais. Vi * “Assunto que seré mostiado mais adiante neste capitulo gem quimica, sfio Formados por processes Os caledrios, quando de » inhos ede igus rasas, Amarga & ur exemple de argila superior 50%. Si quimicosem ambi de caledrio argiloso que possui porcentage: moles de perlurar, padendo encerar a broca facilmente, Na figura 2.10 € ede marge. possivel ver uma amostre de calesiri EIGURA 2.20 EXEMPLOS DE CALCARIO (ESQUERDA) E DE MARGA (DIREITA), caleditios é relativa ao tamanho dus gras, ¢ (0 granulo. A classificacao dad: esti apresentada na tubela 2.3, Deacordo com esta classifi iar o calcilutito ¢ o calcaremito, 0 caleilutito ¢ um ia litificada, Fo ealearenito é um inétrica, podlemos calcério constituide por lama calc » carhonitico produzide frequentemente por preeipitacao quimica, la propria bacia, ou resullante da seguida de retrabalhamento no interior crosao de ealeatios mais antigos situados fora da bacia de deposigio. 38 PROIETOS DE POCOS OF PETROLEO: Gecsremirs¢ Anentoncntod Clune Rees TABELA 2.3 CLASSIFICACAO GRANULOMETRICA DOS CALCARIOS lassiicacao | Dimetro (mm) Calcilutito - «0,004 —_ Cats > 00s e< oes Calcarenito | >0,065e<2.0 Calcirudi | 7 220 Dolomitos sao em geral de cor cina-clarae granulagao fina. Sa0duros, estiveis, possuem abrasividade média e aparentemente so gerados a partir dos caledtios. A transformacao da caleita em dolomita pode ocorrer durante a diagénese do caleério, ou apés a sua formacio, pela percolacao de éguas magnesianas ou pela reorga wea dos fons Mg 2* na estrutura cristalina da caleita, Desta forma, existe uma classilicagiio dos carbonates com base no contetide de dolomita. Hs na tabela 2.4, Jassificagdo mineralégien ests apresenteda ‘TABELA 2.9 CLASSIFICACAO MINERALOGICA DOS CARHONATOS, DE ACORDO COM 0 TEOR DE DOLOMITA Clacsitiensto Dolomite (6) 7 caleatio: | 0-10 aleéto dotomitico 10-100 Dolomite calcitico [ 50-90 Dolomito. a 90-100 —_ E importante ressaltar 0 proceso de carstificagéo que pode acontecer niio somente cm carbonatos como também em evaporites, que sexo apre sentados mais adiante, A carstificagao consiste no processo de dissolugio de rochas soliveis pela ago das dguay subterrancas. Inicialmente sto geradus fendas, que vio se alargundo lenta viarem cavidades de diversas Geologia e Geotisics 39 amanhos, podendo se tornar grandes cavernas. Fssa porosidale ,,além de dificultar aestimativa de pressfiv de poros, pode também secunda causar grandes perdas de cireulagao, como seri visto nos proximos capitulos, Um excmplo de caverna esta apresentado na figura 2.11. GUHA 2.49 EXEMPLO DE CAVERNA GERADA PELO PROCESSO, (DE CARSTIFICAGAO FM CARBONATOS. 2. Evaporitos sedlimentos que incluem sais mincrais, fais como a anidrita, halita, rita, Caquidhita ¢ canalita. Sao depésitos silinos Formados pela preeipitacao jouras (dguas com grande concentragiio de salem virtue dos processos de evaporacio) ou soliagdes concentradas por 9 cm ambientes salinos (ares € iyados) ¢ em regidies Jidas, No Figura 2.12 6 apresentado um exemplo de evaporite. (Os evaporites so importantes depésitos de minerais, ocorrendo, algumas, relativamente puras (um dinieomineral) carmadas, Posstien vezes, em gross tambéin um importante papel na geologia do petrileo, sendo dtimas rochas vloras para reservatérios tanto de dleo quanto de gis. Por serem muito plisticos, permitem que grossas camadas de sal se: deformem, produzindo jsmo, geram domos salinos. Hsses movimentos do sal, conhecides por dinpi 40 PROJETOS DE POGOS OF Pr FO: Groprois e Acenanent de Close Reestaein frequentemente traps, 0 que possibilita 0 actimulo de hithocarbenctos. A expressdo pré-sal, muito utilizada atualmente, se refere As rochas que formam reservatérios abaixe da camada de sal, indicando que foram cons: lituidas antes do sal ao longo do tempo yoolégico. FIGUIGA 2.12 EXEMPLO DE POCO PERFURADO EM UM EVAPORITO. Essa mobilidade, chamada ereep ou fluéneia, também afetn a perfurago, pois os sals tendem a se mover para dentro do poco, quando este é perfurndlo. Uma dis formas para tentar conter essa fluéncia 60 uso de altos pesos de fluido de perfuracio, lembrando que, como os sais sto soldveis em agua, esse fluido de perfuragio deve ser saturado. O gra de mobilidade depende entre outros do tipo de sal, espessura da camada, temperatura da formagio eda tensio desviadora aplicuda eo corpo saline, A sequéncia mostrada na Labela 2.5 esti em ordem de crescimento de mobilidade do sal, em que a mobilidade apresentda pela anidrita é bem préxima de vero. ‘Quando 0 sal apresenta baixa mobilidade, na maioria dos casos pode ser considerado uma boi formagao para se perfurar prineipalmente por sua baixa porosidade ¢ elevado gradiente de fratura, ngo sendo esperadiis erdas decirculacdo. Um problema porém, € a possibilidade deapresentar ‘4gua trepeada em seu Interior, levandoa severes kicks. Bsse t6pico, assin como outros, seré melhor abordedo no capitulo 9. Geologia ¢ Geotisics ay TABELA 2.5 PRINCIPAIS SAIS FM ORDEM CRESCENTE DE MOBILIDADE ‘em Ordem Crescente de Mobilidade Anidrita (C250) Halte act) sivinta Kc) Coralia (KMgCl, 64,0) Taguidnta (acl, 2NgCl,12H,0) ©) Rochas Sedimentares de Origem Organica dos Pequenos tacos de material orginico esto presentes na maiori depésitos sedimentares, com exeegao notavel dos desertos em que o mate- rial orginico é completamente destrufdo por oxi Fntretanto, em vertos ambientes sob condligfio anaersbica, podem-se formar secimentos com uma quantidade considersvel de materia organica, Jiniess ou biogénica so formadas Asrochi sedimentares de origem or a partir doacdmulo devegetais ¢ animais em ambiente marinho, lagunar e lacustre. Serdo dades como exemplo de rochas sedimentares or rochas Oleigenas, Silicosas ¢ Carbonsticas, no mais 1. Rochas olejgenas: folhelho pirobetuminoso. b’ste te econdmico que geol6gico, ¢ se refere a secimentos argilosos com uum conteddo organico minimo de 5%, sendo geralmente maior que 20% a 50%, Eles devem ser sul orgdnica para prodivir dleo livre com aguecimento. 2. Rochas silicosis. Como excmplo de rachas silicosas temos os diaromitos, que sto formados pelo actimulo de sas de diatomiceas (algas unicahulares) e possuem de, # as coquinas, formadas pelo actimulo de conchas substitu ypagas silico a porasida- 5. Kochas carbonaticas (carbonatos). Como exemplo de rochas carbonaiticas temos os caledrios eas coqu do calesrio de origem quimica, 0 ealedrio de origem organics formedo pelo actimulo de earapagas de organismos calirios. Os 1s. Diflerentemente 42 MOJCTOS DL POCOS OF PETROLED, iments depésites sio gerados em ambiente marinho raso, de aguas Ps R i quentes, cali s € fransparentes. Os organismos morrem e stras indo no local, No © estruturis caledrias vao se depos caso da pr taliza € nao Lem, portinto, nenhum vinculo com earapacas ago quimica, 0 carhonato dissulvido na égua se de organismos. As coquinas sv fermadas pelo acémulo de conchas de moluscos, algas, cor: geral cimentados por carhonate de calc coquina é mostrado na figura 2.13. © outros restos argnicos, em Um exemplo de FIGUIRA 2.15 EXEMPLO DE COQUINA, 2.2.4 Geologia Estrutural AGcologia Estrutural é oramo da Geologi ea disposiedo descorpos geslégicas. Ela t ue estuda a forma, » weranjo ta dos processos de formagan # }odasrochas ¢ do comportamento mecinico da crosta terrestre, conhecido por geotecténica, Geoleyia e Geofisica ay Tectonica Terrestre Durante os movimentos da Verma, nas margens das places teetOniens, os sedimentos ¢ 0 topo da crosta terrestre poder sulrer esforcos compressivos, ras 7onas de convergéncia, ou distensivos, nas éreas de divergéneia. Com isso, sdo gerades estruturns tec(Gnicas em estado de Muxo pkistivo ou rigid, dependendo das condigdes de deformaciiv, No est turas podem ser representadas por dobras. so representadas, sobretudo, por desconti como juntas ¢ falhas. lo plisticn, os est ido, as estraturas idades lisieas classilicadas ‘A) Juntas Asjunt mento si em que ocorre pouco ou nenhum deslocamento entre as partes. Elis ‘ocorrem fipicamente em ealerios ¢ dolomitas, ¢ podem ser ampliedas peli pescolagao de aguas subterrineas ou cuiras solucdes ao longo de sens planos de frag ssio fendas nas rochas que nfo esido associadas a qualquer movi- ante ao longo (paralelo) do plano de falha, ou seja, fendas a nal ‘is, ou ainda pela remogao do peso das rochas sobrepostas pela exosto. A remoedo permite ums leve expanstio da rocks e oalivio de tensies, levando 4 fretura, Juntas nes rochas aumentam a permerbilidade, sendo umn importante o de reservatério, principalmente em carbonatos. Areas com muitas juntas podem também levar a problemas de perds de eireulagso durantea perlurageo. Bj Falhas Dilerentemente das juntas, as falhas so descontinuidades nas quais os blocos de rochi separados sofrem deslocamientos ao Longo do plano de faba, atritando-se um contra o outro ¢, As vezes, impondo fragmentacioe esmagamento das roel yo de falhas: Processa-sc com o desenvolviinento de mierofissuras esparsas, que se adensim e se ampliam, até formarcm as fraturas e iniciarem os deslo mentos dos blocas, Estes deslocamentos poder variar de poucosmetros a muitos quilémetros, como a falha de San Andreas na Califérnia Uma chssificagio simples nomeia trés tipos de flhas: de gra porinal (normal aul), de empurrae ou inversa (rust lal) e transcarrente o: lirecional (strike-slip fault), Esses names sao derivados do movimento dos blocos adjacentes, Para as fulhas normal e invers, o movimento é de sabe & lade ow 44_MOIETOS DE POGOS DF PFTROLEO: Ce dese movimento principal ¢ 0 horizontal, Uma combinagao de movi « horizontal é também possivel para todas as falhas. A superficie da fratura dé-se o nome de plane de falha, ¢ 0 mergulho do plano de falha é 0 4ngitlo de inelinagdo entre 0 plano de falha €0 plano horizontal. O bloce acima do plano de fala échamado capa eo abaixo, lapa.As figuras2.14, 2.15 ¢2.16 mostram estes tipos de falhas, ments verti: ou ja, 0 enguante para Plano de falhia FIGURA 2.18 AFALHA NORMAL E AQUELA CUIA CAFA DESCE EM RELACAO A LAPA, ELA € CAUSADA FOK IENSOES DE THACAO = POSSUI UM MERGULHO MAIOR QUE 45", SENDO GERALMENTE DA ORDEM DE 60°, Deslizamonto FIGURA 2.15 4 FALHA INVERSA E AQUELA CUJA CAPA SOBE EM RELACAO A LAPA. ELA E CAUSADA POR TENSOLS DE COMPRESSAO E POSSUI UM MERSULHO sw URA 2.96 A FALHA TRANSCORRENTE POSSUI MFRGULIIO SUBVERTICAL, (OM MOVIMENTOS DF MLOCOS PREDOMINANTEMENTE NA HORIZONTAL ©) Dobras Dobra: sito feigies estruturais de encurvamento de camadas naclas por eslorcos tecténicos. las podem ser classificadas de vériws maneizas, sendo uma das classificagdes mais simples a divisao entre anticlinal e sinclinal Esta classificacdo se wseig nas converidades das obras que podern se: voltar para cima out para baie, Caso as roel terna da dobra), a debra se mais antigns se sittem no niles classificada como antielinal. Para a fo contrétia, sex denomineda sinclinal, Pode-se ainda utilizar os Eennos comesponclentes antilorma e sinforr caso a idade relativa das rochas: io seja conhecide, Na figura 2.17 pode ser observado um exemplo esquems- lico de dobras. Flanco. inna de inteoxa0 bo da cobra Plano axial Plano axial Camada Cxmeda—p “ Imai Aaliclined entga—Sincfnal Sinotina Anticinal FICURA 2.47 EXEMPLO FSQUEMATICO BF DOBRA. 46 PROJETOS DE POCOS DE PETROLED: ritmenio de Colne de Reese Ghama-se flanco da dobra o trecho delimitado entre 0 eixo da dabra ea linha de inflexao, Uma dobra é constituida por dois flancos que se just- poem no eixo da dobra. A medida que forgas de compressiio aumentam, as dobras se tornam mais comprimidlas e o declive dos flancos mais ingremes. tas so aquelas em que o mergulho de um flanco € mais Dobras assimét ingreme que 0 outro, faendo angulos diferentes com o plino axial. jueva) Planos asiais de clivagem (planos paralelos a subparalelos de podem se desenvolver, devido ao alinhamento de minerais paralelos 10 eixo da dobra, Com o cumento da deformagio, esta clivagem pode dominar cstrutura da rocha destruindo o acamamento original. Dobramentos cm rochas sedimentares sao importantes, pois suas cristas sio potenciais trapas de Glen, sendo as principais formas de actimulo de hidrocarbonetos. Na figura 2.18 temos um exemplo de trapa cstrutural, formeda pela combinacao de uma dobra anticlinal e wma falha FICURA 2.40 EXEMPLO DE TRAPA ESTRUTURAL, FORMADA FOR UMA DOBRA, ‘ANTICLINAL € UMA FALHA NORMAL. 2.2.5 Estratigrafia Para definiemos a estratigrafia iremos entender primeiro 0 que sc denomina estrato, Estratos sfo camadas de roc! ou mais de espessura, ¢ que se distinguem de outros situados imediata- ‘ou sedimentos com um centimetro mente acima ou abaixo por mudangas na litologia ou por quebra fisica de continuidade®, As superficies que separam estratos ao longo do qual existe evidéncia de um vesto perindo de nfio depesic abaixo sé0 chamadas de discordancias, e o intervilo de tempo correspon- cordincia 6 chamado de hiato.2* ‘ou de erosfio das eamadas dente a. uma dis Podemos definir er estuda a sucessdo original e a idade das tochas estratificadas, assim como as suas formas, distribuicdo, composicdo litoldgica, conteddo paleontolé- a estratigrafia como 0 ramo da Ceologia que gico, propriedades geofisicas ¢ geoquimicas, Km resumo, a estratigrafia estuda todos os caracteres, propriedades e atributos des rochas como estratos, buscando inferir seu amb, gica®. Um exemplo de carta estratigrifica para uma bacia by nte de origem € sus histiria gool6- mostrado na figura 2.19. Com 0 conhecimento estratigrafico de uma dren é possivel prever a coluna geoldgica para una locacao, isto é, as formagaes que sero perfiae radas pelo pogo, as profundidades de seus topos e bases e suas idades. liste conhecimento é de grande importineia para a previsio dos gradientes de geopressées, como seré visto ao longo do liveo. Um exemplo de coluna geolégica csté apresentado na figura 2.20. A estratigrafia também permite realizagio de correlagies entre povos, sendo possivel aelaboracdo de segbes geoligicas. Estas correlagdes podem ser pautades na cronoestratigralia, isto é, no tempo ou idade das rochas; na litoestratigeafia, que compreeade o uso da continuidade lateral dasrochas ou conjuntos de rochas e, ainda, em outros tipos de corrclagiies estratigréficas, como a sismoestratigrafia, através do uso de velocidades sismicas. As secdes geolégicas também séo necessdrias para a previséo dos gradientes de pressao de poros ¢ na modelagem de becias, assuntos que serio abordados no capitulo 4. A figura 2.21 mostra wm exemplo de segeo geoldgica. ‘Com a perluragéo do poco € possivel confirmar ou nfiv @ colina geolégica revista anteriormente, Para tanto séo feitas anzlises das amostras de calha sendo possivel a montagem de um perfil geolépico. Hes apresentam a litologia interpretada perfureda, a litologia percentual ca desericéin litaligie, juntamente com @ identificacio dos topos de cada formaciio. A figura 2.22 Mostra um exemplo de perfil de acompanhamento geol6gico, obtido durante a perfuragao, 48 MOIFTOS DL POCOS DE PETROLED: Goo cc | tte | Prints | Lica cenctate ° i 1 20 | a a] 8 200 rutenzey i 3 ' 3 To oo a 388 gfromn sas cuvoranern FAGURA 2.20 EXEMPLO DE COLUNA GEOLOGICA, a % sa FIGUIGA 2.19 EXEMPLO DE CARTA ESTRATIGRAFICA DE UMA BACIA BRASILEIRA, 500 Hee dines °°" ate wow ssc 1Gietices Superior ElPalearsice — eleateonne Bieta FIGURA 2.21 EXEMPLO DE SECAO GEOLOGICA, CORTANDO SFTE POCAS. FONTE: MODIFICADO DE DFL RENE FINEIT, 198 5 FROJETOS DE POGOS DE PETAOLED: Ginpieso: eAseNaHeio ve Colm Rastients Be aS gs ] 2 Tempo penet 3; % (minim) Z|. Deserigao 2) Bo ltol6gical o— —— 0/8) ge topo de formagao. 30 —————. 60|®| 38 ——— |3 BS Lit Interp. com tempo|panet ARN HIA. MED/FNO, TI LOC GRO.SNG/SAR, QIZ. OSG - S FIGURA 2.22 EXEMPLO DE PERFIL OF ACOMPANHAMENTO GEOLOGICO, 2.3 Geofisica ‘A Geofisica tem scu eseopo baseade ni utilizegao de conhecimentos tecnologias da Fisica para o estudo da Geologia. Os métodas geofisicos constittiem um conjunto de téenieas de investigagao dlos sisternas gcolégicos, por meio de medidas de propriedades fisieas das rochas. Hes almente clussificados de acordo com o tipo de propriedade fisica Goologia e Gaofitica st Os chamadlos métodos poten nis comespondem a medidas dos ea pos gravitacional e mognético da Terma. A intended destes campos esti relacionada com as propricdades das rochas de medida. D jor densidade correspondem a anomalias positivas do compo grivitacional ¢ rochas com maior susce- ti nético lervestre, » subsuperlivie nos pontos forma, roehas de ilidacle magnética eorrespondem a anomalias positivas do sampo mag. Osmétodos radioatives medem a intensidade daatividade radiogenic das formagdcs. Fes permitiram o mapeamento de praticamente todlas 1s reserves de recursos energéticos radioativos do mundo em pouco mais de teés décadas de pesquisa Os métodes eletr magnéticas induzidas ou intrinsceas nas rochas, muito relacio presenea de Muidos ou de minerais metilicos. Os métodos sisinicos estao baseados em medidas de tempo de tran- sito ¢ de amplitucle de ondas velratadas ou refletidas nas interfaces das es cn jemition, agnéticos/resistivos medem propriedades eletro- lascom a form subsuperlicie, gordas por fontes controladas (método sismico propriamente dito) ow por abalos sismicos (método sismols- gica). Estas medidas estao relacionadas com as propric elasticas das rochas que consti rem 0 meio de propagagio das ondus. O tempo de tinsito ¢ inversamente proporcional a velo: gagio, ea amplitude é diretamente proporcional dancia, que éo produto entre a velocidadee a den gerou 1 onda refratada ou refletida, ale de propa- ay contraste de impe- ‘Jena interface que Os perfis de poga, que serdo abordados no tépico 2.4, embora comu- mente referidos como pertis elétricos, constituem im conjuntode medidas obtidas por métodos potenciais, radioatives, cletromagnéticose sismicos a0 longo da trajetéria do poco. 2.3.4 Método Sismico A cnergia associa 4 ondas que se propagam em sum meio & dividida em tre parte: quando exins ondas a agcutuma descontinuidade ow nterface dlesse meio: uma parte retorna diretamente como enerpia relletide, outra parte propaga-se ao longo da interface para depois retornar como enerpia refrat: 18 @ propagar-se através da interface la ea Lerceira parte conti come energia | sismica carrespondem ao registro da energia refletida refratada, © mnétodo de refiagao é mais voltado para uplicagdes em engenharia e sismo- 1a naindistria do petrdleo. Por outro bastante utilizado no ramo do ogia, tendo utilizacao bast lado, 0 método de refle leo e por isso sera mais amplamente abordado neste livro. Confarme 15 2.23.¢ 2.24, 0 principio hasicodo método sismico de medida do tempo de transite ¢ da amplitude de ondas, roladas, com a finalidade de delinear as estruturas dante restri pew rmostrada nas fign rellexdo envolv geradas por fontes co: geolégicas de subsuperficie. As ondas partem destas fontes, refletem em interfaces: marcadas por contrastes de impedincia ¢ chegam a um nados, conjunto de receptores devidamente pos (CURA 2.23 EXEMPLO ESQUEMATICO DE AFLICACAO BO METOvO SISMICO DE REFLEXAO EM TERRA E NO MAR. Geologie Geotisica 53 | FIGURA 2.24 EXEMPLO FSQUFMATICO DE APLICAGAO DO EETODO sISMICO DE REFLEXAO MOSTRANDO TAMREM UN SISMOGRAMA, Tinos de Ondas Sismicas e suas Velacidades dle Propagacao Existem virios tipos de ondas sfsmicas; entretanto, em sélidos elésticas, finitos ¢ homogencos, somente dois tipos de ondas se propagam: ondas compressionaisou ondas Pe ondas cisalhantesou ondas 8. As ondas I sf aquelas em que o deslocamento das particulas se da na mesma diregio de a, es ondas § s40 aquclas em que o deslocamento las € perpendicular a direciio de propagacdo da energia, como nostrado na figura 2.5. As ondes P se propagam mais rapidamente que: as ondas S, € as ondas S ndo se propagam em fluidos, jd que estes no oferecem resisténcia no cisalhamento. woe Onda Pp» > cs Diego de propagago da onda —_____ onias t t + SASSO phoengi pay oe NGUIA. 2.25 DIREGAO DE PROFAGAGAO DA LNEKGIA NAS ONDAS PE, As ondas P 8 sas ondas elevantes pars o métorlo sismico, apesar de as rochas nfio serem sélidos ideais « preencherem os reqs rips, sendo normalmente nao homogénieas, anisotrépicas e de comporta- SH POJETOS DF POCOS DL PLIROLED: Groprnsere ons de Newstin nento nao-linear. [sts ondas se propagam em subsuperficie com veloc’ dades Vpe Vs, que dependem das constantes elisticas eda massa especifica das rochas, conforme as equacdes abaixo: a) (2.2) Onde: A= constante de Lamé G = mnddiulo de cisalhamento p= massa especil Ae G sao parimetros elisticos que sertio abordados no capitulo 5 ca do meio poroso A inaioria dos estudos de exploragio e caracterizagio & realizada usando-se dadlos de ondas P, pois o registro de ondas $ costuma ser caro, © processamento é quase sempre mais dificil ¢ a qualidade do dado é geral- mente melhor nas onday P. Além de ser fungéio da massa especiti rochas, avelocidade de propagacao da onda P também depende da parasi- o de fluido presente na rocha, litolagia € outros. A figura 2.26 2a sobreposi¢ao nos valores de velacidade da onda P para diferentes Titologias. Ve-se que Vp nao pode ser usada isoladamente como identifi- cador do tipo de rocha. A relacao de Vy com a densidade (massa espeeitica) pode ser oliser- vada através de um griico log-log, onde podemos pereeber ium comperta ‘mento aprosimackamente linear entre a velocidade das ondas P ea densi- dade, con 2.27, Vemos que a velocidade aumenta coma densidade para todos os tipos de rocha, Esta relagao ser apresen- tada mais detalhadamente no capitulo 3, 10.4 pornsidade, podemos dizer que esta caracteristica é um fator deweminante da velocidade de propagagio das on . Pos afeta ss constantes de Lamé ea densidade. A figura 2.28 apresenta um comportamento aproximadamente linear do logaritmo da veloci fungia reducdo da porosidade, rostrado na Tiga Com relai 1 porosidade. Podemos observar que a velocidacle aumenta com @ Geolagia e Geottsica 55 atonal Poi Li Tmo 200 sum 400 5050 con 700) ‘Velocidad om mils 16 DISIRIBUIGAO DE VFLOCIDADES COMPRESSIONAIS EM ROCHAS ‘COMUMENTE ENCONTRADAS NA PROSTECGAO DE PLIROLEO. Legiritme da Dersidade (alm) 1g 20 22 24 6 20.90 45 t aa Anite Logertme da velosidace (pes'seg) 4 pon RFLACAO ENTRE V, E A DENSIDADE PARA DIFERENTES TIPOS DE ROCHA. 5G pROJL1Os VE POCDS DE PETROLLO: vest \Volocidade orm mil pesiseg 2 He 619 35 20 25 Perasicade em % y 0 ° FIGUIEA 2.28 A VELOCIDADE DE PROPAGACAO OA ONDA SISMICA AUMENTA COM A REDUCAD DA POROSIDADE, Se relacionarmos a porosidade com a profundidade, assuminds que porosidade reditz av longo da profimdidade em fumeao do peso das eamadas, sobrejacenies, podlemos estibelever uma relacio entre a velocidade de propa- gacfio das ondas © profundidade, Dsta relagio nonmalmente observada, € mostra que a velocidade aumenta: com a profundicade, como apresentado na figura 2.29, Caso nie haja uma redugio da porosid longo da profundidade, a velocidade sfsinica mente baixa com relagdio ao valor normalmente observado. Este prineipio ide aw ipresentari excepeional nativa da pressio de poros, que sera abordada 10 O método sismico pode ser dividido em trés etapas: aauisicao, proces: samento € interpretagao dos dadus. Nos préximos t6picos ire cada ctapa do método sfsmico ssabordar Protundidace (err) EIGUMA 2.29 DISTRIBUICAD DE VELOCIOADES DE PROPAGAGAO DE ONDAS SISMICAS Flt FUNGAO DA PROFUNDIDADE, MOSTRANDO QUE & VELOCIDADE DF PROPAGACAD, DA ONDA AUMENTA COM A PROFUNDIDADE A) Aquisigao de Dados Sismicos Tanto em terra quanto no mar, « aquisigao de cados sismicos consiste na sa por un geragiio de uma perturbagiio mec suupamento de fontes em um ponto da superficie, ¢ no registro ds energia relletida om centenss ou até milhares de cangts de recepeao orgunizedos em agrupamentos, desti- nados a otimizar o imageamento da geolugia cm subsuperficte, Hisies can de recepyio encontram-se nommalments equidistantes, com espagamento de algunias derenes de metros, de modo que 0 can: mnsis afastado muilas vezes encontra-se a alguns quilémetres de distancia da fonte de perturba 10.011 ponto de fro. Todo 0 conjunto fonte/receptor tem seu posicionamento definido pelo projeto sismico ¢ é posicionado no campo por levantamentos topogrificos de alta preciséo em terra e por radioposicionamento dindimico via satélit no mar. A aquisicao de dados sismicos € projet através de uma série de ilo de dados de boa qualidade, dentro dos, m8 obte! pardmetros que v limites de economicidade. Em fuagia do gran de detalhe neces: interpretagaie dos dados de um levantamento sismico, sao levados 1 consider cxitérios como resolugiio vertical « horizontal, distorgdes, atenuagao de ido, prolundidade de interesse entre outros, o8 MKOJETOS DE FOCUS DE PETROLED: Gecpreiene Ponianen le Colo de evens Os registros sismicos sio normalmente apresentados como valores de cenergia (amplitude das ondas) plotados em um diagrama espaco-tempo (x), conhecido na industria como sismograme (s— af'astamento fonte-receptor) ccorclenada georreferencisuls), conforme a variavel que representa o espaco. Como 0 registro da energia & tomado no dominio espago-Lempo, E necessiio o mape: ‘ou segdio sismiva (x vent da cnergia para o dominio exclu= ern profundidade («, 2). Pst ia, porque os dados sfsmicos so u sivamente espacial, com eixo verti: mandato zados para a interpretagao nas gecldgicos em subsuperlicie, cujo resulta € apresentado dos sist nonnalmente forma de modelos geolégicos georrele: Jos em um sistema de coordenadas espacial. O mapeamento da energia sismica do dominio [(.,t) para o dominio E(,2) demanda a determinagao de um campo de velocidades de propagacao Vist). Este campo de velocidades pode ser obtido durante 0 processamento dos cados sismicos através de uma metodo- Jogia conhecida, genericamente, como andlise de velocidades, que sent ada mais adiante, Fontes e Receptores Sismicos ‘As fontes de energia sismica mais utilizadas sito a dinamite ¢ 0 vibrador, em terra, ¢ canhdes de ar comprimido (airgun) em levantamentos maritimos. Cada uma destas fontes emite um pulso caracterfstico conhecido come wel, da orders de algumas dezenas de milissegundos para as fontes explasivas (dinamite, ‘airgun) eda ordem de alguns segundos para as Fontes vibratGrias. Os vecep- tores ulilieados paza registrar as reflexdes destes pulsos sio basicamente de dois tipos: transduttores mecinie: tua da Fonte. Estes pulsos elisticos tém duragtio va ‘8 (geolones — variacdes de veloci- le) para registros em verra, e wansdutores piezo-elétricos (hidrofones \gbee de presso) pura levantamentos na gga B) Processamento de Dados Sismicos O processamenty sismico #0 conjunto de tra nentos aplicados aos dads dla refloxdo sismiea de forma a Fa sua interpretaciio, tornande as dle filtrar o lugar estruturas em subsup aparentes. Ble tem 3 fu ruidos, melhorar o sinal sismico migrar os eventos sismicos p apropriade da locagdo no espaco. As etapas do processame o tipieamente Geoloaia ¢ Geotlsics 59 incl lises de velocidadles ¢ frequéncias de ondas, slém de estudos mais especiicos, ‘Aanilise de velocidades 6 0 ponto que mais atrai o engenheiro, jt que, como deconvolugées, normal meve-out € outras, como citado anteriormente, é através da determinagéio do campo de veloci- dudes que se Lorna posstvel a conversao da energi sfsmica do dominio do fempo para o dominio da profundidade. Desta form 1 abordadas as velocidacles sismicas. no préximo Lépico Velocidadles Sismicas A velocidaile de propag:igio da onda sonora em uma amostra de rocha diferente do que chamvamos de velocidade sismica de propagagiio. A veloc dadede propagagio da onda sonora em rochas depende de condigdees am! eniais ¢ de muitos parfimetros da rocha que incluerm porosielide, saturagsio de fluid, tipo de fluido nos poros da rocha, a de medir a velocicade de sav de conlinamento, temperatura ¢ Titologia. A tiniea maneira di ‘em rochas é por meio de experiments em laboratorio, de pulsos em amostras cujay dimensies sto e temperatura hem definidas. Bese ascondigocs mnedindo-se a propagaca conhecidas, ¢ sob condi en de pres (endo én caso dos métodos sfsmicos onde toda: ambientais ¢ os parametros das rochas descritos ante ahecidos. Na verdade, velocidacles sismicas sie medidas indiretins da veloci- io das ondassonoras, e geralmente nao so ulilizadas com definitivamer amente sito deseo dade de propagaca propésitos de determ forma correta so fumdamentais na conversio tempo-profundidade, que nar a yelucidade nas rochas, Quando processadas de permite a abtengao de profundidades geolégicas, ¢ fornecem ainda infor- mages sobre caracteristicas petrofisicas das rochas, profundidludes de is ¢ intensidade das mesmas. A nomenelatura s velocidades sismicas € geralmente confisa zonas de presses anorv ada por geofisicos para pari os engenheitos. Ela inch dades média ¢ intervalar, que serio expliea entre outros, termos tais como as veloci- a seguir. Velocidade Média (V\,) Fim um meio homogéneo, a velocidude da onda sismica corresponde i lo média (Vash, que por defini¢do € a espessua total dividida velocida pelo tempo. Como na sismica 0 tempo € duplo, este € dividide por 2 na @_PROJETOS DL POCOS DF PLTROLED: Geouesies oA cio 2.3, Para obiela é necess: cau " rio conhecer as velocidades & espes suas das camades que compoem © pacote sedimentar (ligura 2.30) Quando conhecida, a velocidade média possibilita a werd conver oe tempo-profundidade. . R Onde D,,= espessura da camada n t, = tempo sismico da camada n FIGURA 2.30 ESQUEMA PARA A DEFINICAO DE Vy. Velocidade Média Quadratic (Vers) Para um melo resil, com camadas de diferentes velocidades, a velo- » corresponde inuis a Vay, € passa a se aproximar da chamada velocidade média quadritica (Vays), que é definida pela seguinte cquagiio: cidude da onda sismican Vise Onde V, =velocidade da i-ésima camada | = tempo de transite dai Geologia ¢ Geotlsies 6t A Velocidade Root Mean Square (Vpys) Se refere a urna Lrajet6r percortida pela onda © representa a velocidacs combinada de tous as ‘camadas que a onda atravessou, Podemos dizer que éa média quadratics das velocidades intervalares das camadas que a onda percorreu. Velocidade Intervalar (Viv) A velocidade inter: homogénca ¢ isotripica do p 10 2 velocidade de uma nentar, sendo conside ar € definida coi cote sedi tante. Ficla que o engenheiro utiliza para a estimativa da pressao de poros. wun de obté A forma mais co € pela cquagiin de Dix”? net (2.5) BD) Apesar de a equagao ter sida derivada de Vins, V, ttilizada na cquacao de Dixéna pritica avelocidade de empilhamento (NMO) ou dle migracio. Fatas velocidades séo obtidas na anélise de velocidedes do processamento do dado sisinico, ¢ serdio deseritas a seguir. Velocidade de Migracao € Velocidade de Empilhamento (NMO) icas ¢ horizontai a camadas homogencas, ist 0 tempo de triiisito (Lempo sfemico) Lé relacionado com o afastamento fonte-receptir X (offsel) pela equagio 2.6, que representa uma hipérbole, O tempo ty dit equagao cortesponde no ponto de offset zero, isto &, a fonte ¢ oreceptor estéio posicio- nados no mesio lugar. Essa hipérhole € obtida com o mesmo ponto em subsuperticie sendo Lravés do ineremento gradual ¢ simétrico do afastamento entre fonte rceeptor (técnica CDP — Common Depth Point), como mostra a figura 2.31, A dilerenga de tempo entre esis: sucessivas reflexes doy mesmo ponto é chamada NMO, Para a obtengiio das velocidades de migraczo e de empilhamento € necessario que se fags a correedo de NMO. Com esta corre: hipérbole é horizontalizada, permitindo que o dado seja migrado ou cempilhado (figura 2.3 1B). amosirado varias vezes a enrva que eorvespondia G2_PROJETOS DE POCOS DF PETROLEO: Seapnsie sna oe sen i (a) poe —— SA too conney nao Som Taggesuiom —Tmtspiadoh Tacos snaton “ec ans" “eesamate ; @) Talore Nivatate po Pod we weape i rome $ LG Retleores FIGURRA 2.34 FFEITO DA CORREGAO NMO NO ENPILHAMENTO DE DADOS. A migragdo é geralmente feita em primeira lugare permitea obtengao do correto posicionamento da reflexao registrada em superficie, ja que esta pode ser corrspondentea qualquer ponto de um semicirculo. A velo- cidade que permite colocar a refiexio em sua posigio correta é chamada Vernraae ApSs a mnigragiio e a horizontalizagiw, o dado é cimpilhado, isto é, os trecos sto registrados de forma a cancelar os ruidos aleatsrios ¢ melhoraro sinal registrado. A yelocidadle que permite o empil charnitda Vigpitanen OU Yelocidade cle NMO. A partir da velocidade de migragao ou de empilhamento € possivel determinar as velocidades intervalares, ss quais poclom ser céleulo da pressao de pore velocidade versus tempo, ut iva da pressiio de poros érealirada por um grafico de velocidade intervalar versus profandi- Lanto, faz-se necessaria a converséo do tempo em profundidade. a das formas de realizar a conversao do tempo em profundidade é ull indo a velocidhde média entre a superficie e 0 nivel de interesse, como mostra a equayae 2,7". Para abté-la é preciso inicialmente caleular as velo- cidacles intervalares, aplicando-se mento & das no . Entretanto, dilerentemente dos grificos de dos pelos geolisicos, a es is velocidades de processaamento ( (cio de Dix”. Com as velocidades interva- a velocidade médie, e paraa eonversgodo tempo cin Thamento ou migeag suk ) ma equ lares é possivel Goplagia e Geofisica 6 ofundidade é feita uma calibragéo da velocidade média utilizando infor engbes de pogos, jé que estas Fornecem » profundidade verdadcira, D=\, (2.7) wy ©) Interprotagio [A interpretagao sfsmica corresponde 2 tarefa de inferir as estruturas geol6- gicas de subsuperficic a partir dos dadlos de rcflexie sismica, sendo itima clapa do métode siemico. Um dos produtos finais dia interpretacao © de ‘rande importdincia para o engenhwira de petrdlen & @segio sismica interpre- ada em profundidade, como mostrade ra figura 2.32. A sectio sismica é uma representagio de dados de uma linha sismic vs Muniee 2D ow 3D. Ela eonsfate em numerosos tragos da loeacéo do poco mostrados no eixo x (horizontal) versus eixo y (vertical), sendo este ultimo o Lempo total da onda sonora (fwo-way Iravel time) ou a profundidede, A so¢ao siomiea 6 chamada de secgio cm profundidade quando 0 parimetro tempo é ‘convertido pera profandidade. Naturalmente que, para 0 engenheiro de ppetréleo, uma seco em profundidade é de interesse muito maior pelo futo de mostrar pontos importantes, tais como topo de camedas, falhas ¢ arenitos inclinados com stias respectivas profundidlades. Outros produtos oriundos do trabalho de interpretagi0 sdo os mapas estruturnis ¢ os modelos geclggicos. originada de um levantamento Sogio slemica em tempo Segio sismica em profundidado FIGURA 2.32 EXEMPLO DE SECOES SISMICAS Et PROTUNDIDADE E FM TEMPO, 64 PROJETOS DE POCOS DE PETROLEO: cop Geolugia ¢ Geotisica 55 atamentode Colinas 2.3.2 Sismica de Pose B) VSP YP (Vertical Scivmic Profiles) consiste da aquisicio de pertis sismicos geradas na superficie sio registradas dentto do pogo por geofones colecados em diferentes profundidades. Essar ‘onte em superficie, que pode estar proximmaae poco Sfamiea de pogo significa a uxpisi verlicais, no qual as ondas sismic ais pocos para a colocacao das receplores, Sus prineipal vantagern ein relagao a sfsmiiea de superficie ¢ que geralmente epresenta uma resolugao aquisicio envolve vet A bastante superior, J6.a principal desvantagem lem da nccess (VSP zerv-offiet) ou alustada (offset VSP). Este ultimo caso é usado geral- Je de um poco, € que as informmagiies obtidas, apesarde detalhadas, sio mmente para obler um imageamento lateral de nivel de interesse e/ou para at restritas a uma regido bem menor que a amostrada pela sismica de super stimativa de pardinctros anisotrépicos, Outra forma menos comum de ficic. Abordaremos dois tipos desismicade page: o check-shoteo VSP. aquisicio € o wall-away VSP, no qual a fonte se move durante a aquisi huidlos em criando diversos offsets ¢ © 310-VSP, em que 08 tires 880 dist A) Check-Shot superficie a0 longo de um circulo ou tim retangulo, eriando um volume E um tipo de sis : i a Lridimensional, util por exciuplo nu imageamento da vizinhanga de pogos. Bum te a ne = profundidade desejada dD = variacao de profundidade jdade” das camadas sobrepostas -onatante gravitacional 80_PROIFTOS DF POCOS DE PLIRGLFO: Geojentinv Ansan deCohiasdeevestinenios Apesar de a sobrocargs ser uma tonsio, usaremos neste livre 0 termo pressio de sobrecarga, p s Leremos sempre como parametro de coin a presséio exerciela pelo Muido de perlura rag o dentro do poco. Com € utilizado 0 conceito do gradiente de pressio de sobre~ carga, ou gradiente de sobreearga, dlefinido a segui mesine inl 3.3 Gradiente de Sobrecarga air Gradiente de como a relaggo entre Podemos del obrecarga @ uma certa profundidade pressdo de sobrecarga ¢ essa profundidade. Soy Go = 5e5 GD (3.2) Onde: Gq = gradionte de sobrecarga (overburden gradieut) 6, ~ pressao de sabrecarga D = profundidade verti © = constante de conversio de unidades 3.4 Estimativa da Pressdo de Sobrecarga Observando a equacao 3.1, vemos que a pressiio de sobrecarga € definida or trGs purfimetros, sendo cles a profundidade, a constante gr icional € espeeifica, Tanto a profiundidade quanto constante gravitucional sao parametros conhecicos. Desta forma, resta-nos determinar a massa amas espectfica ou “densidude”, sendo esta a grande inedgnita na estimativa da pressiio de sobrecarga, problema se resime preticamente em defini os diferentes valores de massa especifica de cada camada subreposta até ser stingida u profundidade desejada, Cabe lembrar que para pugos terrestres, a pressao de sobrecarga seré composta por ui trecho de are porum trecho de rocha. J4 para os pogos mnarilimos o peso das camadas sera lungiio do peso do ar, da dgua ¢ do trecho de rocha (figura 3.1). O trecho de ar € chamado airgap 0 6. di es € da mesa rotativa até © nfvel do mar para pogos maritimos. Como 1 massa expect zada na esti Anciada mess ratativa até oxale pars pages Lerres do ar apresenta valor bem préxime de zero, ela seré despre= iva da pressio de sobrecarga. Dessa forma, temos que a Gradiente de Sobrecarga Bt pressito de sobreearga pode ser cnleulada através da diserctizgio da inte~ gyal (cquiagiio 3.1) em somatérios como mostra a equacdo 3.3, id expressa em unidades de campo. Coy — 1422 (Pylw + DPyAD)» psi (3.3) ‘Ond pu =densidade de cada camada da formagao, g/em? 1p, = densidade da égua do mar, gem? Dy = lamina d’égua, metros Ap, intervalos de profundidade, metros Mesa mtativa FIGURA 3.7 A PRESSAO DF SOBRECARGA PARA UM POCO TERRESTRE E COMPOSTA POR UM TRECHO DE ARE OUTKO DE ROCHA, PARA UM POCO MARITIMO ACHESCENTA-SE AINDA UM TRECHO DE AGUA’ No caso de pogos maritimos, 1 densidade da gua do mar ¢ a lamina gua so dadlos conhecidos ou arbitrados sem grandes consequéncias. Um Agua do mar seria de 1,03 g/em? ou 8,5 Ib/ga valor ico pant a densidade de & PROJETOS DE POCOS BE PLIROIED: Gesynsne x Avene de Llsis de Rost Temos assin que a delerminacio do gradiente de sobrecarga ind depender apenas do conhecimento das densidades das formacdes, as quais s dhs densidedes dos gros que as compen, de suas por fumeao. Tacles ¢ dos Muiclos contidos em sens poros. Conforme mostrado na figura 3.2, a parte rochosa é subdividicla em trechos. Alguns eles possuem informacio disponivel como © caso dos trechos perfilados. | outros, como os wechos mais superfic acima do revestimento de supe Esta insuficienci 4c, pouco ou nenhum dado ¢ conhecido. de dados, que pode ocorrer tanto na porefin superficial rochosa do pogo quanto em partes mais prof dades. das fe ws ef estimadas aumen- ando-se a incerteza do céleulo da pressdo de sobrecarga, Um ringe de valores tipicos para a densidade das wchis esté entre 1,90 € 2,50 yer’, las, faz com que as densi- magdies tenham que ser orbitra Ar Dp. Do bivado Dy Dados de perfil Saat 8.2 POBEMOS VEN THES TRECHUS WIS INIUS NA ED TIMATIVA DO GRADIENTE DESOURECARGA FARA A PARTE ROCHOSA, LLES POSSUEM PROTUNDIOADES Byy By, € Dis E DENSIDADES Pyy yf, RESPECTIVAMENTE. PARA D,, OCORRE FALIA DE DADS, SENDO p,, ARBITRADD. “ Gradiente de Sobrecarga_83 3.5 Determinacao das Densidades das Formagées ‘As densidades das formaces podem ser obtidas por meio de medigdes on de os dados correla apresentedos alguns métodos pa A seguir, serao se obter as densidades das fe magives, 3.5.1 Medicao das Densidades das Formagées ‘A) Testemunhos Atestemunhagem 6 0 processo de obtengao de uma amostra real de rocha, uperficie chamada de testemunho. liste propor pontual da densidade — a testemunhagem com barrilete co pen ang de sul detestemunhos de 9, 18.00 27 metros edepende de se laboratorial. Sua utilizagao na determinacao da densidade das form: 8) Perfil Densidade 0 perfil densidade é usado cam a finalidade de fornecer as porosidades das formagbes por meio da medicao direta de suas densidades (p,). No caso de 0 perfil densidade estar disponivel em toda a exiensiio do pogo, 0 calculo do gradiente de sobrecarga se reduziré a simples aplicagao da equazao 3.3 para a pressio de sobrecarg Embora de grande utilidade, existem alguns fatores que limitam a utilizacao do perfil densidade para fins de determinacan do gradiente de Jo ape «de interesse grandes impreciséies em pogos alargados. disponivel ape profundidade do revestimento de superlici Esta tiltima earacteristica ¢ comum a todas os pertis ¢ far com que os valores das densidades das forages superficials (geralmente aciwa do rewitimente de eupori dados. alores de densidade que podem ser utilizados nestes trechos mais superficiais, em que os sedimentos sdo mais porosos, x de 1,54 1,95 gem’, 2 PROIFTOS DF POCOS DE PETROIFO: (0) Exemplo Limativa do gradiente de sobrecarga quando as densidades das for es sto conhecidas, medidas at Utilizando os dados da tabela 3.1, calcule o valor da presstio ¢ do gradiente de sobrecarga na profundidade vertical de 3 388 metros para umn pogo situado cm uma imine d’égua de 315 metros ¢ cuja altura da mesa rotativa com relagdo ao nivel do ma aves do perfil densidade, é ile 25 metres. Faca também 05 gralicos da presto de subrecarga ¢ do gradiente de sobrecarga versus Jagio’ mesa rotativa, Saber que PAFM x0 do fuunclo do mar. profundid 6a profuundidade ab; de total, isto é, co ABELA 3.1 PROFUNDIDADE VERSUS DENSIDADE AFM AD. Densidade Total (=) i) (gle) = =e 305 305 2 610 305 202 2 914 308 206 1218 305 Bat 1524 205 | 2t6 128 305, 213 2133 308 224 2438 305 227 24s 305 223) goa 205 es) 2358 305, 235 3657 308 237 3.962 305 230 4267 305 2a0 - am 505 a7 205 2A3, 5181 301 244) 5486 305 2a5 5791 305 248 5.096 305 247 Gradiente de Sobrecarga_as Passos a serem seguidos a) Como 0 poco é maritimo, deve-se assumir uma densidade para a igua do mar (1,03 gfem) De c) Assumir um valor médio de denstdade (1,95 g/em:) para o trecho icular a pressio de sobreearga no fundodo mar (pogo maritimo). superficial em que nao existem dados, Neste exemplo, esse tre cho compreende a profundidade de 305 metros absixo do findo do mar, 4d) Dividir os trechos rochosos em intervalos em que as densidades ¢) Calcular os inerementos de pressio relativos a eada interval de trecho rochoso :té a profundidade de interesse. £) Efetuar o somatério das pressdes para cada profundidade. indo as presses obtidas sa rotativa, g) Galeuluros gradientes de sobrecarga divi no item anterior pela profundidade em relagio & Solucao ido anteriormente, le pedida, sso de sobrecarga seapre eresee psi. O A tabela 3.2, construida seguindo mostra a estimativa do gradiente de sobrecarga na profundi Por se u war de um sormatcri ap) com a profundidade, como mostrado na ligura 3.3, express et co do gradiente de sobrecarga, expresso em Ib/gal ¢ referido a mesa geil rotativa, esté apre: tado ne figura 3.4. a) : 3 8 2 a z 3 _— =| a a - 2 fe 8 8 gS e 8 23 3° 3g 8 3 ze Es 2 3 £8 ehh : 3 ' i ol z ol | 2222 82 8 a \ (W) ey epepipuryoig, (wi 1eel epepIpunicid | | i a aa [ a a co 2 van 87031 7501 Le ‘SCE ues Ley : ei vee sro ive soe_[ ey | tas é eu seer ieee ions E ub s06zr zor az S00 woe ze g rib ‘948 11 ‘S201 “ee ‘POE, 166 £ ES9E 3 wn ed 395) wee OE a eee 2 ‘ost 606 Se we SOE eseL eizb a on reo 168, 30% ‘POE scl whe 3 SEL s91z are 202 SOE 0s6 oLs 5 on wet wwe a soe [aa so : 08 i a a Te a {(1e6/qq) eBsers.q0s, (5d) zzv'k {uns} reso. Sp ae aaa Be [nese en ee Peg ee ‘WOUVIAYAOS 30 FINSIOVHD OO WALIWWILS! ¥ YEWA OSS¥a ¥ OSSWd EE ISAS, 88 MOJETOS DE POCOS DE PEIROIFO: 5.2 Métodes de Calculo ‘A principio, qualquer conrelacao que fomeca a densidad da for tucida para ¢ estimativa dos gradientes de sobreearga. Porém, 0 mais comun tem sido utilizar cortelagdes baseadas em perfis comumente cortidas no poco. A seguir, serio mostiadas as comeligoes de Bellotti c de Gardner para a deter- inagio das densidades das formagies, jd que estas si as mais utilizadas. No final deste capitulo estario disponiveis as correlagées de Millere do Bourgoyne como fonte de consulta. podeser A) Correlaco de Bellotti desenvolvida por Rellotti par 0 Vale do Pé (Ilia) é utiliza para suprit a falta do perfil densidade. ‘Irata-se de duas expressdes que correlacionam: as densidacles das formagies com o tempo de transito da formacdio (perfil sbnico) da matriz da rocha. A equacdo 3-4 deve ser u 4 tempos dle trainsito menores que 100 suv, relativos a formagées adas, € a equagio 3.5, para aqueles maiores que 100 U/l, corres: pondendo a formagées inconsolidadas. A tabela 3.3 upresenta valores de tempos de transite tipicos de materiais e Nuidos, rmacées Consolidadas: At 3.28— A" (ar<100ps Py go StS 100 n/t) (3.4) Formagdes Inconsolidadas: At At, 2,752 (At > 100 pss 35 » Tez oa nah (3.5) Onde: Pu =densidarde total da lormagaio (g/cm) At = tempo de trinsito (tus/e) Ang = tempo de trfinsito dan atriz (jis/Fe) EXEMPLO DE TEMPOS DE TR) EFLUIDOS lS ‘Materiais e Fluidos ‘Arerito Inconsolidado “Averite Samiconotidado ‘Arenito Conselidade Gradiente de Sobrecargs a |ANSITO 1iP\COS DE MATERIAIS (MATRIZ) Tempo de Transite (s/f 58,6, 55, Galareo 75 ‘ialalhelho 167.0 902,5 _ To sug “Ao s79 Agua Salgada 1380 reo 700 oN 2160 Exemplo Calcule 0 valor da densidade da formag {ros em um pogo que [oi perfilado © valores dos tempos de transite dam los: 1000m At 10 para 1 000, 2. 000 © 3 000 1m om 0 perfil sdnieo, conhecendo-se os as perfuradas. natriz das roe! 115 psift, At, = 50 pst 2.000 m~ AL=80 pisfft, At, = 58,8 ps/IL 3 000 m ~ At = 67 jsf, At, = 62,5 ps/lt Solugéo © Profundidade = 1 000m A=] Atm u =275 2 p= 27: lt 15 s/t 50 usift 50 3200 2,31 gfem? 90_FROJETOS DE FOCDS DF PETROLEO: © Profundidade = 2.000 m © Profundidade = 3.000 m At = 67 pst 67 = 328-87 253 fem > ages 2932/ 8) Correlacao de Gardner Devido a suassimplicidicle e confi dos métodlos paraesti indistri idade, a correlagiode Gardneré um iva das densidlaces das formacdes mais usados do petréleo. Ele f a correlugiio da densidade com o tempo de transilo ou com a yelocidade do som, de acordo com a formulagao dada abaixo: py = av)! 6) ‘108 ) (3.7) At Onde: py = densidade total da formacdo (g/cm?) a = constante empitica (valor usu México) b = expoente empirico (valor usual igual a 0,25, definido para o Golfo do México) V- velocidade do sam (fs) AL= tempo de transite (j1s/Ft) al a 0,23, definida para o Golfo do A equagio de Gardner, utilizada com suas constantes ori; conhecida porsubestimar a densichde das formaydes emambienteoffore, ds Sebrecarga 91 Tistes resultados devem ser corrigidos por meio da calibragio das cons- tantcs, utilizando perfis densidades disponiveis di Exemplo Coleule o valor da densidade tros em um pogo que foi pet jarmacao para | 000, 2.000 © 3.000 me- wo com 0 peril sanico. Dados 1.000 m—At = 115 bts/ft 2000 m—Ai - 80 site 3.000 m— A= 67 sift Solusso © Profundidade 1000 m AC=115 sift eye" =023 2,22 fer? 9. =0. (5) 8 © Profundidade = 2. 000 m v= 80 ps/ft 2,43 yfom™ Comparayao entre as Correlagies de Bellotti e Gardner Na tabcla 3.4 temos uma compuragio entre as correlugées de Bellotti ¢ Gardner. Pocemos observar uma variagao nos resultados obtidos. Dessa &@ PROJETOS OF POGOS OE PLIROLED: « forma, o ideal ¢ calibrara correlago usada para a drea em estudo. Porém, PABELA 3.5 PERFIL SONICO (Continuarao) Crodiente de Sebrecaigs 93 Continua 1» possa ser Feito, serd preciso ter daclos conhecidos de densi- Sassen aa 7 e 2.600 100 119,72 TABELA 3.4 COMPARACAO DOS RESULTADOS OBTIDOS UTILIZANDO AS 3700 100, 115,45 CORRELACOES DE GARDNER E BELLOTTI - 2800 100. 109,20 Densidade - 2900 100 - ‘111.67 Profundilace x Gardner 3000 100 199,60 (on) sit) (alam) (glem3) 3100 100 S95) 1000 115 231 22 7200 100 98.92 2.000 80 2.38 2a 3.200 100 sat 3 000 eo 2.53 2 3.400 100 #720 3.500 100 8497 - Exemplo 1 3600 100 8871 Caleule a pressio de sobrecarga ¢ 6 gridiente de scbrecarga. Para a = 1700 100 ouie determinacao dadensidade, utilizea corrclagio de Gardnereo perfil snico 3800 to wast fornecido na tabela 3.5, Sabe-se que as constantes da correlagao de 7 fon 748 Gardner definidas para 1 drea em estudo, através de dados de densidade 4000 +00 7415 conhecidas sao: a = 0,234 ¢ b = 0,25. Além disso, « poco possui um airgap 4 100 100 7047 de 14 metros ¢ uma lamina digua de 1 271 metros, 4200 100 03,17 5 4300 100 5956 ‘TABELA 3.5 PERFIL SONICO - 3200 106 sas Profundidade (wi DG nico (i —ehndade (es ie 4500 100 6458) 14 “4 ~ _|__2eea 400 100 aaa 1285 Fa - —_|— — 4700 100 o7e8 1800 515, z - 300 100 6553 1900 100 — ———— ee bi dses 400. 100 62.82 2000 1 - AR | ER IR 2 135,96 5-000 100 gat 2100 100 134,21 —— _| __ So 3 100 100 8.15 2200 100 4 ‘0 z 144399 5200 100 ase 2300 * 100; 26.12 5.300 700 4g.92 2.400 100 - = ———— ——_——_—— ____}__ 2968 5.400 100 61,01 2500 100 126,89 —— 3300 100 9058 9 PROJEIOS DE POCDS DE PLIROIFD: continua Solugéo Phun 2.6 nesu.710000 cALCULO DA DENSDADE FOR GARDNER (Continuagse) Substituindo as constantes eonhecidas na equacao de Gardner ¢ utilizan- Frofundidade(=) | ADGe) | Sénicoait | Densidade (gems) do os valores de Atornecides na tabela 3.5, € possivel estimar as densida- aoe : des das formacées, A tabela 3.6 apresenta elas mendes ea |e a {oP 198" —_, 100 ans 2a 6 RESULTADO DO CALCULO DA DENSIDADE POR GARDNER 4000 100 74.15 282 Profundidade(m) | AD (m) | sBnico iaif) | Densidede (yh?) +100 100 70.7 ass 1300 woo | tsr0 2 4700 100 a7 262 “2000 “wo | 1936 2 7 4300 100 2930 2.66 2100 100 ani 2 4400 100 a5 237 2200 100 144.9 28 4500 100 ase 261 2.00 100 126,12 221 ~ 4600 100 73. 23 2400 100 12368 29 700 100 7.00 2.50 2500 10 17589 220 800 100 553 2.00 2600 100 119,72 328 4800 100 ena 283 2700 100 11508 225 5000 100 fom 256 2800 100 229 5100 100 cons 258 2900 100 mer ae 5200 100 236 29 300 100 109,60 229 5.200 100 4892 20 2100 100 98.85 238 5400 | won 2.99 3200 100 one? 238 5500 100 ssa 259 3300 100 oat — “ ble _ Para os ealeulos da sobrecarga edo yradicnte de sobrecarga asstunit 3500 100 eas Dora a sigan diy mur n dennidade de 1,03 gfem? o uma dencidade ig 3000 100 3871 pat 1,95 wlem® para o trecho mais superficial, em que nie havia dados de perfil. A tabcla 3.7 © a figura 3.3 apresentam os resultados. 95 PROJETOS DE PUCDS DL PLINOLED: Seon TABELA 3.7 RESULTADO DO CALCULO DA SOBRECARGA E DO GRADIENTE DE SOBRECARGA, UTILIZANDO O PERFIL DENSIDADE ESTIMADO PELA CORRELACAO DE GARDNER Profunaidade | aD] —Somea | Densidade | —o,, a (m) cm | ust) | Ggem) | ips | alan Ale cap 14 4 - 0 0 oo wa, “res | tar = 70s | 1862 8.50 Trecho 1 800 515 195 | 3290 | 10.73 Superficial - +200 00] 187.34 aie | ase | ani 2 000) 100 | 139.96 21s | s903 | ans 100 woo_| 13471 2ar—[aai2 | 7 2200 so0_| 14498, 213 4sis_| 08 2300 soo 126.12, 221 | ame | 1239 2400) 100 | 129.68 aan [stat | 1287 2500 soo | wess [220 | 5435 | 120 2 000 soo [ 11972 22a | sys) 1303 2700, woo [11545 225 [6094 | 13.28 200 1o0_| waza 229 | 6aia | 1305, - 2-500 soo [414.67 228 | eras] 13,65. 5.000) 100 | 109.60 229 [7088 | 13.83 = 3.100) too | 995, 234 7401 | Mot 3200 s00 | ~s892 235 | 7735 | as zao0 | 90 | 92,01 aa0 [wor | 436 3.400 100 | _azz0. za [eae | 1453 3 500) 100 | ~aa97 | ams | a. 3.600 100_[ 8871 zat | 9108] 1485 3700. a0 fait. zar | 9asa| 15,00 3 800) 100_| saz, 2aa | 980s | aya | 3200 | 1007455 252 | 10 164 | 1529 4.000) 100 | 74,15. 252 [1s | 15,44 4100 | 190 | _ro.a7 1088s | 15.88. 4200 soo | 63.17 262 | 11250 | a5 - 4.300 100 [ 5956 265 | 1167 | 15,00 4.200) 100 | 68,39, zsr | 12003 | 15,01 4500) woo_| 6458. 261 | 12374 | 16,10 4.600 100 [73.44 253_| waa | 16 4700. x00 | 67,80. asa | 13100 | 16,36 4.000) too | 0553, 260 | 13470 | 1647 “4900 svo_ [822 26s | tan | 138 5.000 soo [oat | 2s | 14208 | 16,68 100 too | ots 25g | 14575 | 16,77 5 300 sv0_[ 48,92 za0 | 15347 | 1599 say 1190 | 61,1 265 | 15723 | 17,08 5500 | 100 _| 66,50 259 | 16092 | 177 Gradignte de Sobrecarga 97 Tensio de Sobrocarca Gradonte de Sobrecarga (oa) (bisa) 5 Was 0246 8 wR 0 48, Paavo opts See oe \ + 000 + 0c0} \ \ 2000 2000 < \ =z E 5000! g 3000) e \ e 0 4000} 40 000 5000 6 000+ — 600° — — ica 2.5 GRAFICO DA FRESSAO DE SOURECARGA E OO GRADIENTE Be SoBRECANGA, UTLIZANDO O PLIIL DENSIBADF FSTIMADO ‘PiLA COMnELACAO DE GAMDNER Exemplo 2 Num poco de io que esta sendo estudado, estdo dispontv perlis densidade e sénico. Este tiltimo foi cortido desde a prolundidade de 3.500 maté o final do poco, jiia densidad da Formagdo foi medida apenas a partir da profundidade de 4 650 m: Obtenha um perfil densidade completo para o pogo utilizande a corre- an de ser ealibrads Gardner. Lembrar que as constantes ue b da eorelaga a obter tim perfil densidade estimado compativel de form: com 6 perfil densidade imedido. Solucao Na tabela 3.8 siio apresentados os valores de perlis sonico © densidude medidos no poco de correlagio e os perfis densidude estimados utilizando a cortelacao de Gardner, Observando » gréfico da figura 3.6, vemos que 58 PROIETOS DE POCOS DE PETROLEO: Geopess inicialnente foi estismado o perfil densidaile utilizando as constantes i eb detinidas para o Goll do México (a = 0,23 ¢ b = 0,25). A comparagio deste resultaclo com os pontos medidos de densidade do poco de corre aco permitiu a calibra obter um valor de lade mais real para a dtea em estuda (a = 0,24 e b = 0,25). Cabe tar que essa calibragdo deve utilizar a maior quentidude de pesfis densidade medidos que se tiver diponivel na dren, o das constantes de forn LEELA 9.8 PERFIS SONICO F DENSIDADE MeDIDOS NO POCO DE CORRELAGAO E PERFIS DENSIDADE ESTIMADOS UTILIZANDO A CORRELAGAO DE GARDNER, VARIANDO AS CONSTANTES A 8 Donsidode Prot. br — ame eases Medida com Calibrada (mn) sire) (ter?) (otem?) (lem) 3 500 227 = aaa 282 3550 a2 = 20 28 3600 ng = 250 2a 3.650 645 = 257 28 3 700 707 2 251 360 2750 683 = 253 3a 3400 745 = 2ar 258 3850 705 2 251 22 3 900 7a 5 250 2 3.950 79 z 353 250 4000 7a 245 255 4030 7A 24s 256 "100 nr 250 261 450 Rs 249 2.60 “4200 318 z 264 216 “4350 5 = 252 268 4200 62 = 252 268 continu PERFIS SONICO F DENSIDADE MEDIDOS NO POCO OF CORRELAGAD Gradiente de Sobrecaraa 9s £ PERFIS DENSIDADE ESTIVADOS UTILIZANDO A CORRELAGAO DE GARDNER, YARIAHDO AS CONSTANTES AE & (Continuacdo) Densidade fe ee Medtida com — | _Calibrada — (site) (ter) (lew) (ote) 350 590 22 263 4400 say 253 24 445 sae 253 268 4500 580 282 268 4550 oo 282 26 ~ aso aa 22 26 ~ asso oa 250 251 262 470 a9 2525 251 262 a0 a0 250) 253 268 2300 35 23821 252 268 a0 700 221 2st 2682 300 oz 2591 ast 22 a0 nay 2,601 29 260 ~ 5.000 A 2ss7 2s 256 3050 nas 2sn 2a 255 3100 os 2345 239 249 350 85 2.808 2a 255 ~ 5200 raz 204 Dar 258 5250 167 asi 26 256 5200 na 2,608 250 261 ~ 5350 os eri 258 26a 5400 oa 2.307 2.60 2 5450 aa an 2.60 an 10_PROJETOS DE POGOS DE PETROLED: Geena #Arentntnta de Cokie Donsidade por Gardner RHOB (glen) 2.00 220 240 260 280 3,00 3500: i—-t |—Densidade GoM +] |b ensicada medida |— Densidade calbrada 3750 4.000 4.250 4.500 | Protundidede (m) 4760 5 v0 5250 | ssa 5 500. FIGURA 3.6 CALIBRACAO OA DENSIDADF ORTIDA PFLA COREL ACAQ, DE GARDNER COM A DENSIDADE MEDIDA NO POCO DE CORRELACAO ATRAVES DA VARIAGAO DAS CONSTANTES A F B, 3.6 Influéncia da Lamina d‘Agua no Gradiente de Sobrecarga Sabendo-se que a densidad da rocha é maior que a densidade da égua, ¢ de ‘esperar que, para uma mesma profundidade de interesse, os gradientes de sobrecarga Lerrestres sejan maiores que os de pogos maritimos. Desta forma, ¢ facil entender o quanto a lamina dSgua pode afetar o gradiente de sobrecarga para pocos maritimos. De modo gerail podlernos dizer que quanto maior a Fimina d’¥gua, menor sexi o gradiente de sobrecarga para uma mesma profundidade, medida com rel a rotativa, Exemplificando este wlio, figues 3.7 compara um page terrectre « quate pacos localizsdos em diferentes laminas d'égua (LDA). Para cada um destes cineo pogos foi caleulado um gradiente de sobrecarga, Os resultados esto apresentedos na (abela 3.9 ena figura 3.8. iGURA 3.7 POCO TERRESTRE E QUATRO POCOS MARITIMOS (AIR GAP = 75 M) LOCALIZADOS EM DIFERENTES LAMINAS D'AGUA (100, 1 000, 2.000 E 3 COO METROS} TABELA 3.9 GRADIENTES DE SOBRECARGA PARA CADA POGO* Prof. (m) Gradiente de sobrecarga (Ib/gal) Pore Los LDA= A= a= Terrestre | 100m 100m | 2000m | 3000m 0 oy oa BB ae 10 189) 36 a5 36 50 204 86 85 Be too | 206 8.6 85 Be 250 208 36 a5 86 500 208 a6 80 36 _ 0 | 208 86 a5 36 71900 208 5.6 85 36 1350 208 in 86 86 100 208 27 85 86 175 208 Be Be 86 2.000 208 4a 6 a6 2250 208 ry 36 2500 208 15 86 2750 208 16,4 86 3000 208 204 168 36 3250 208 20 m1 35 — 2500 208 205 73 103 Note 3 dininugio do gradiane de sebrecarge pare of pogos com malores Liminas gua, Fol consierado o valor de 86 lca para z densidad da agua do mar 1e2_PROLETOS DE FOGOS DE PLIROLEO: Grapes eAwetanent de Clune Nevesiments Giadientes de Sobrecarga lbigal) B10 12 14 6 18 2 2 —Terresire _ — LDA=100m —LDA=1 000m ‘000 LDA=2.000 m 7 —LDA=3000m = 9 1500 5 2000|- a 2.500 4000 FIGURA 3.5 GRADIENTES DE SOBRECARGA PARA DIVERSAS LAMINAS D'AGUIA. 3.7 Tépicos Especiais Relat Sobrecarga "Nesta seqdo serio apresentados outros métodos para a estimativa das densi- dades das formagées. A correlagiio de Miller é especifica para profun dades de secimentos até aproximadamente 600 metros abeixo do fundo do mar. Jo método de Bourgoyne ¢ aplicado quando existe dispontvel uma curva de porosidade versus profundidade. 10s a Gradiente de Gendiente de Sobrecarge 103 3.7.4 Correlacéo de Miller Miller desenvolveu um método em que & possivel gerar ma curva de densi- cide sintéticn ulilizando uma corelacio entre porosidade medida e profian- didade, para sedimentos em Aguas profundas. A correlagao é mais confidvel para sedimentos até aproximedamente 600 metros abaixo de fund do ‘mar, ou sea, para os trechos mais superliciais onde ng se tem dades. Caso nag haja qualyucr outra informecao disponivel, esta correlagao pode se utill- la para todo 0 poco. No primetro passo, a porosidade da equaczo 3.8 deve ser calibrada de a coincidir com dados de testemunho dos trechos superficiais. Ox for vyalores-padréo c os ranges de alguns perémetros utilizados no Gola do México esto apresentidos na tabela 3.10. fs)" © 9, + ,exp | “K (ams) G.8) Onde: = porosidade ,= porosidade a grandes profundidades 4, = pardmetro de ajuste, igual & porosidade no fundo do mar menos, D, = profundidade a partir do fundo do mar (m) K = taxa de declinio da porosidade (empirico) n— parametio de ctuvatuua (empitico) ‘TABELM 3.910 VALORES USUAIS E 0 RANGE DOS PARAMETROS UTILIZABOS NA ESTIMATIVA DA POROSIDADE FOK MILLER FARA 9 GOLFO DO MEXICO Parametror Valor Usu Range o 035 osa0d 4 - 035, 0,.3a0,5 - K 0.0035" 0,002 40,004 * 1.09" 10012 ‘Valores uileados ne Golfo do Mésco em mins ea pounds para lanenton super 104 PROILTOS DE FOCOS DE PETROLEO: Covpinsins« Assnansnie de Colinas de Rovian segundo passo é 0 eéleulo da densidade propriamente dita por meio da equacdo 3.9, que estabelece que a densidad da formagao é fungao dit porosidade, da densidade da matriz da rocha ¢ da densidade dos fluidos contidosem seus poros, sendo o fluido, neste caso, a dgua jd que se trata dos trechos superficiais. Os valores usuais ranges de parametros de densidacle dos no Golfo do México estio apresentados na tabela 3.11. P. = Paul 4499 G9) Onde: = porosid: fp, = densidade da Formagio jensidade da matris densidade da agua ‘TABELA 3.71 VALORES USUAIS E RANGE DOS PARAMETROS UTILIZADOS NA, ESTIMATIVA DA DENSIDADE POR MILLER PARA 0 GOLFO D0 MEXICO Parametros| Valor Usual Range Pra 2681 2.0230 Pw 193? 1.03120 "Walortirie para faheh 2 Valor tipo para Sguado mar A seguir, é mostrado um exemple da utilizagio do método de Miller ‘para um poco de lémina d’sgua igual a | 000 metros. Para a realizacao dos célculos foram utilizados os valores usuais apresentados nis tabeles 3.10 © 3.11, Os resultados encontram-se nas figuras 3.9 ¢ 3.10. Observar que a profundidade yai até 600 metros abaixo do fundo do mar (mudine). 0.30 1000) Gradiente Ge Sebrecarga_t0s Porosidavle oso 0.50 0.00 ago 1100] le i 3 Profundidade [mj 8 1500] 1600) 1700! FIGURE 3.9 APLICACAG DO METODO DE MILLER PARA A LSIIMATIVA DA POROSIDADE Donsigade fam’) 110 180. 1.70 1.80 1302.00 2,10, 100 | nN Profundidade (mn) 700 FIGURA 3.20 APLICACAO DO MEIODO DE MILLER, PARA O CALCULO DA DENSIDADE. 106 PROJETOS DE FOLOS DE PETROLEO: 2 Método de Bourgeyne 0 modelo desenvolvico por Bourgoyne, para a estimativa do perfil densidade © consequentemente do gradiente de sobrecarga, se b hipéteses: nas scguintes Hipstese 1 Bourgoyne assume gue a densidade da formagain € uma fungao da poros dade, da densidade dos Mluidos contidos em seus pores e da densidade: da matriz da tocha, como mostrou a equagao 2.8 no capitulo 2. Py (1-9) Pa + OPq (2.8) Onde: Pp = densidade toual @ = porosidade Pre = densidade da mateir pu =densidade do fluido Hipstese 2 Assume que @ porosidade das for profundidade, confor: Des diminui com o aumento da A equago 3.10: = o,.c (3.10) upetficie dos sedimentos Ky =constante de dee nofindlidade de sedimentos, medida «\ partir da superticiedo solo para pogos terrestres out do fundo do mar para pogos marifimos A figura 3.1 1 mostra o comportamento da porosidade coma profundi dade em um grilieo semileg, dado pela equac porosidade exista ps 3.10. Caso essa curva de aa direa em estudo, 8 constantes d9¢ K, poslem sor te sobrece a ws Porositado oot on % 4 o. zow |{e-se ‘> 4000 000 8000 10.000 12.00 14.000 16.0004 Profundidade absixo oo fund do mar (1) 16.000 20 000 FIGURA 3.411 COMPORTAMENTO DA POROSIDADE VERSUS PROFUNDIDADT. 0 dese: olvimento do método prossegue com a expressao da poros dade (equagéo 3.10) sendo substitute lana equacio da densidade (equagiio 2.8), que por sua ver é inserida na integral da prossao de sobreeary: Como as constantes bp € Ky so abtidas do grafico (figura 3.1 1), pres de sobrecarga toma-se uma fungio dr O resultado da integeacdo € dado pela eq dh profundidadede sedimentos. fin 3.11 de forma genérica e pela equagio 3.12 em unidades de campo. Estas equagoes representam a » final do Método de Bourgoyne. a K 6 =PutPe | Panky Ga) Onde, as unidades de Ou pe Po ® Png = gem" he D, Ky = metros 108 PROJFTOS VL POGOS DF PeTROLED. F importante notar qu » desse métedo pressupse que uma curva de porosidade versus profundidade esteja disponivel para a estudo, o que na muioria das vers nvio & 0 caso. Exemplo Utilizando o Método de Bourgoyne, ealcule o valor da pressto de sobre carga e do gradiente de sobrecarga para a profundidade total de 3.048 metros para wn poge situsdo em Kamina d’¥igua de 1 000 metros. Use os dados fornecidos na tabela 3.12 ¢ assuma tna densidade média dos gras igual a 2,60 gem’, densidade media dos fluidos da formagiio e da Sgua do mar igual a 1,074 glen air gap igual a 25,0 metros. A TABELA DE POROSIDADE VERSUS PROFUNDIDADE AFM (im) ° 205 610 a4 1210 124 1829 232 2a Fone 3353 3657 3962 4267 as 5 1877 5 iat sm 5.096 Gradiente de Sobrecarua 109 Passos a) Colocar em um gréfico 0s valores de porosidade (loganitinico) ver~ sus profundidade dos sedimentos (linear) b) Tragar uma reta através dos pontos de porosidade, extrapolando alé a superficie dos sedimentos (undo do mar). cota ©) O pontoem que ar uuperficie de sedimentos seria va- lor de 0. O coeficiente angular da reta (veja equacao no gral anterior) sero valor de Ky. 4) De posse dos valores de $9 ¢ Ky utilizar a expresso para o céleulo do gradiente de sobrecarga do método de Rourgoyne. Solugao Na figura 3.12 est plotado o geilieo da porosi abaixo do fundo do mar (profundidade de sedimentos). A porosidade na superficie ¢ encontrada extrapolando-se a curva de porusidade até o fundo, do mar. © coeficiente angular da reta fornece a outra constante ade contra a profundidade 2,70%10 ‘mn | 6096 Op te 70%, Colocando os darlos conhecidos na equacao 3.12, temas: © —Pn) Oo Gyn, [P.0. +a, en We | ore 2,70 x LO” 3D, +3,70D,-2317 ey Sse Asentamente de Couns 110 PROJETOS DE POCOS DE PEIROLEO: Groves 0.01 500 + 1000 1500 Porosidade 4 2.000 +— 2500 }— 3.000 + 3.500 4.000 PAFM (m) o ° 2 ° + ° > ~ + 5500 6 000 + . . 6500 FECURA 2.92. GRAFICO DE PORCSIDADE VERSUS PROFUNDIDADE DE SEDIMENTOS. Com esta equ sobrecarga: Pressao de Sobrecarga D, 6, ~ 1,531 0004 3,70x 2.023 —2 317 *—e 27") = 8031 psi 3048m,D, =1000m, D, =2023 m fio final podemos caleular a pressao ¢ o gradiente de Para um pogo terrestre, 6% Gradivute de Sobrecarga 11 Gradiente de Sobrecarga Dees = 3.048 M, Oye 8.031 psi 0 6=, Se — = 831 _L15 5 tbveat 01704 D, 1704 x 3: 048 « Defina pressao ¢ gradiente de sobrecarga (overburden). . Como voce estimaria 0 gradiente de sobrecarga para os intervalos superficiais, sto 6, acina do revestimento de superficie, onde ndo existem informagées disponiveis? gradiente de sobrecarge pode ser estimado no caso de: disponivel O perfil densidade e » longo de todo poco ¢ ceto para profundidades acima da sapata do revestimento de superficie? + Lnistio perfil densidade somente para a zona produtora, mas existiro perfil sonieo para todo o poco exceto para profundida- des acima da sapata do revestimento de superficie? © Existir o perfil sénico para todo o poco exceto para profundida- des acima da sapata do revestimento de superficie? © Nao cxistir perfil alguin, que ¢ 6 caso de areas exploratérias to- talmente desconheeidas? J. Para um pogo maritime com Himina digua de 1 200 metros, como o gradiente de sobrecarga pode ser estimado no caso de: © Operfil densidade estar disponivel ao longo de todo pogo ex ceto para profundidades acima da sapata do revestimento de superficie? 12 PROJETOS DF POCOS DE PETROLFO: Ganprsses« Assenaneninl oli Revesimenins + Existir o pevfil densidade somente para 8 zona produtora, mas existir 0 perfil s6nico para todo 0 poco exceto para profuundida- des acima da sapata do revestimento de superficie? + Kxistire perfil sdnieo para todo paco excete para profundida- des acima da sapata do revestimento de superficie? + Nao existir perfil algum, que € 0 caso de dreas exploratérias to- talmente desconhecidlas? 5. Qual a influéncia da lamina d’igua no gradicnte de sobrecarga? Explique. CAPITULO 4 Gradiente de Pressao de Poros 4.4 Introdugao Apre do projeto de um poco. Sua classificarao se divide em pressio de paras anormalmente balsa, normal, anormalmente alta ¢ alta sobrepressio. O cenfoque maior sera dado as presse: presses jf que elas sio as grandes ‘io de poros 6 uma das informagées necessévias para a elaborasdo normalmente alias ¢ As altas sobre- usadoras de complicagies opera nis, podendo representar perdas humanas, prejutros econdinices e danos ambientais Este capitulo abordard dentre outros assuntos, métodos para a es mativa dos gradi es de pressdo de poros, mecanismos geredores de. presses anormalmente altas ¢ indicadores de zonas anormalmente pressurizadas. 4.2 Pressdo de Poros Muitas veres referen ada como presi da formagiiv, a pressio de poros pode ser definid rocha, Sua importineia esti no estahclecimento da peso do fluide saser usado durante aperfunagaio, o qual sers smo 2 presi do Muido contide nos espagos porosos da sponsdvel pela pressfio dentro do poco, De acordo com o tipo de formacao que esti sendo perfurada, 0 desequilibrio entre a pressao dentro do poco ea pressao de poros pode 114 PROJETOS DE POGOS DE PCTKOLED: Goprenies eAsenanento de ClunasdeReEsImENOS tarer difes ntes consequancias. Diente de formagies permedveis, caso a pressio de poros se torne maior que a pressao dentro do poco, poderé ocorrer um influxe do fluido da formagao para o pogo. sta tipica ocorréncia indesejada chama-se hick & pode levar @ grandes perdas de tempo durante a perfu severos € de total descontrole, 0 ki cao (ligura 4.1), Em casos mais pode atingir a superficie, resul- tando no chamado blowout, que pode ter consequén desastrosas tais como a destrui pambiente (Cigura 4.2), Por outco Tado, pressdes dentro do pogo muito maiores total da platalorma ou danos 10 me que a pressio de poros podem levar dp scoluna, fenémeno rele. rido como prisdo por pressio difcreneial MLUSTRAGAO DE UM KICK, ISTO £, UM INFLUXO DA. FORMAGAO PARA DENTRO DO FOCO. Diante de formagées impermesiveis, @ diferencial de pressiiv entre © poco ca Formacao nda resulta em Mluxo da formagio para denteo do pose ou priste por pressao diferencial. Entretanto, outros problemas padem ser acarretados, tais como a instabi lade das formagies que pode levar ae desmoronamento total ou parcial das paredes do. pogo, aprisionamento di coluna de perfuracao, ‘arretanda no, Gradiente de Pressio de Pores 115, FIGURA 4.2 CONSEQUENCIAS DE UM BLOWOUT SOBRE UMA PLATATORIAA, Outre aspects diferenciado pelo tipo de fommagdo & a possibilidade on ito de mediggio dineta da pressio de poros. No caso de formagbes perme veis, a pressiio de poros pode ser medida ciretamente por meio de testes de formagio ou durante testes de produgio e, em alguns casos, também pode ser estimada por métodos indiretos. J em formacoes consideradas imper- meiveis como, por exemplo, os folhelhos, nao se consegue medira pressao de poros, sendo esta poucoconhecida, Hntreti ‘mente, € por mei \cdveis que a pressio de porosé esti- mada utilizando-se métodos indiretos que tem por base a interpret partimetros como, por exemplo, os peafis elétricos. Desta forma, estimarnos 0, eonforme veremos posterior Formagaes imp ode press de poros nas formacées impemeaveis, mas nio podemos conlirmar nossas estimativas com valores medidos nessas for 4.2 Classifieagdo dos Gradientes de Pressao de Poros A pressdo de poros é dita: normal em urna certa profundidade quando seu valor é igual ao da pressio exereida por uma coltna hidrostética de Muido da formagio, Nesse caso, a pressao de poros ¢ funcao apenas da altura da ordocom a coluna de Mluido ¢ de sua massa espeeifica, que irs salinidade do fluido, De modo geral, a classifica pode ser dividida em quateo categoria como mostra a Ia pressio de poros thela 4.1. 116 MROJETOS DE POCOS DE FETROLEO: ew CLASSIFICACAO DAS PRESSOES DE FOROS Prossdo de Poros = Prasiie Nidrostatica ‘Normal Presiio de Poros ‘Anormaimente Alia mu “nermalmenie Baia Pressio Hidrostaliea Pressio Hidrostatica « Pressio de Peron ~90% cht Sobrepressio Fressa0 de Sobrecarga Prestio de Poros 30% da Pressaa de Sobrocarga ‘Alla Sobrepressio Para se ter uma ordem de grander dessa elassificagao, a magnitude do gradiente de pressao de poros normal varia entre 85 e 9,0 llsigal, que equivale a uma massa especifica de 1,02 ¢ 1,08 g/em®, respectivamente. Jes valores esttio apresentusdos na tabela 4.2. CLASSIFICACAO DOS GRADIEWTES DE PRESSAO DE PORES “Anormalmente Baive Gp 8,5 livgul Normal 8.5 Iblgal < Gp < 80 Ibigal ‘Anormalmente Alto ou Sobrepresséo | 9,1 Tbigal = Gp<90% do Gay Alta Sobrepressio GP 90% Gyy Onde: G, > gradiente de pressio de poros Gue = gradicnte de sobrecarga A classificagio apresentada na tabela 4.2 foi feita com hase nos gradicites dos fluidos encontrados na natureza. Kntretanto, na pratica, valores na ordem de 9,2 10,0 Ib/g:l poderiam ser considerados normais Gomo 0 gradiente de pressio de poros éa razio entre a pressfio de poros ¢ profundidade de atungiio, fica claro que a classificagao apresentada é direta do nivel de referéncia usado part a medigio da profundi dade de atuagao. No caso deste livro, ¢ na situagio em que nada seja infor mado, o nivel de referéncia a ser usado sera a mesa rotativa, 4.4 Prassées de Poros Anormalmente Baixas Au redordo mundo, 6 race encontrar rnas originalmente con pressies de pores anormalmente baixas em campos exploralérias, Em alguns casos a diftculdade de detecgdio dessas sonas durante perfuragao convencional faz com que clas passem desperechidas. Entretanto, existem varias caususs para Graviente de Pressae ¢e Pores M17 a ocorréncia de zonas com pressiies © gradientes anormalmente baivos, A 4.3 destaca ium caso tipico em que um poco sendo pert regiao acima do nivel d’agua, 4 enfrentar zonas com pressovs anor- ado, em malmente baixas. papi 1A 4.2 EXEMPLO DE UM POGO ATRAVLSSANDO UMA 70NA ‘COM PRESSAO DE POROS ANORMALMENTE BAIXA, mente encontradas ‘Ao longo da producao de um campo, sin con presses anormalmente baixas, Estes campos, chamados de campos iesde pressao de poros depletados, passiam a apresentar valoresde gradi anormalnente baises devide a0 prosseguimento da produgiio 4.5 Presses de Poros Anormalmente Altas Presses anormalmente alts © altas sobrepressées podem ser encon: tradlas em vai Europa, costa da Africa ¢ Brasil, ¢ tem sido a causa de grandes acidentes, 1s partes do mundo, fais como Golfo do México, regides da como, por exemple, blowouts. O mapa da figura 4.4 mostra de forma esquenitiea alguns locals no mundo que jé apresentaram zonas com pressées de poros anormalmente alts Deacerdo coms figura 4.4, vemos que no Brasil eseas presses foram observadas em virios Estados, incluindo Amazonas, Pard, Maranhao, Rie Santo, Rio de Janeiro, Se Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Hsp Paulo ¢ Rio Grande do Sul. | MA MOJETOS DE FOCOS OE PLIKROIFO: Gasnestese fsentaents de Colina de Revestinentos Gradiente de Pressia de Poros 119 FIGURA 4.4 DISTRIBUICAO DAS PRESSBES ANORMALMENTE ALTAS NO MUNDO. As presses de poros anormalmente altas costuimam ser oriundas dos los mecanismos geradures de alta pressio e tem sido encontradas tan. chai to em profundidades rasas (algumas centenas de metros) quanto a grandes Profundiclades (maiores que 6 500 metros). Ocorrem frequentemente em acquéncias de folhelhos/arenitos, mas tambérn 10 880 incomuns em se~ Ges de evaporitos ¢ carhonatos (anidritas, caledreos e dolomitas). Presses Anormalmente Altas Versus Idedes Geolégicas Vormagées snormalmente pressurizadas sii» conlecids em ranges que variam na escala de tempo gcoligico desde a em venozéiea (época do pleis- toceno) até formagoes bem velhas da era palcosiica (periodo eambriano). Cada gpocs dentro das trés eras sedimentares — cenozdica, mesoziica ¢ calizadas em varias partes do mundo, Hstatisticamente, as pressdes anormalmente paleczéica — contém formacies sobrepressurizadas om bacias lov 's so mais frequentes em sedimentos Lerciirios (cra cenozéica), entre- lanto os jurgssicos © tr io tidos come os severus, necessitands de pesos de fuido superiores a 18,0 Th/gal para o controle do pogo. Q conhecimento do tempo geolégico a que certs Titologia (marcada- mente folhellin) pertence ¢ de fundamental importancia na estinnativa dos gralientes de pressiin de poros, uma vez que a forma de compacta pode ter sido totalmente diferente de um tempo geolégico para outro, afetando assim o comportamento dos gradientes de press 4.6 Origens das Pressées Anormalmente Altas {As presses anormalmente alas tém varias origens ow mecanismos gera- dores ©-a idéin aqui € ciscutir alguns deles. Assim, o profissional com esse conhecimento pode entender os fendmenos atuant © tomaras respectivas ages, caso 08 problemas provenientes de vonas anormalmente pressuri ies anormalmente altas nto as condi zadas «icorram. Os mecanismos geradores de pr [sto relacionados a aypectos pertinentes ta goes de flux, tais como permeabilidade da formacio, tipo de Fluide « isselado isténciade umn ambiente selado ou se temperatura, Mém disso, Econdigio necesséria para a geragio de presses anormelmente alas. Os mecanismos geradores de pressdcs anormalmentealtas so prove- nientes de varios fatores que ineluem: 1. Tensdes In Situ. + Subcompactagio ou Efeito Sobrecarga. © Tectonismo, 2. Expansdo de fluidos devido a: + Aumento da temperatura (aquathermal expansion). + Agua liberada por tansformacao mineral. * Geracio de hidrocarbonetos. 3. Diflerenga de densidzdles on efeito buoyancy: o de Muidos. 4, Vransfer@neia lateral de pressio ou igrag Vodos esses « wallanes mente, resulta em um actimulo excessivo de fluido nos poros das rocha de mancira que a presséo de poros resultante € maior do que a pressio ceanismos, que podem ocorrer isolada ou si 21. Omecanismo da subeomy 1m dos maiores responsi hidros veis pela ocorrencia de pressoes anormais; cntretento, suis atuacao inclivi- dual nio é suliciente para a geragio de presses classilicadas como alts sobrepressiies. Presséies dessa magnitude dependem da attiacio conjinta de varios mecanismos. 4.6.4 Mocanicmos Ralacionadas 3c Tancéee In Situ Os dois mecanismos, Hfeity Sobre ionados a0 sur: aga € Tectonismo, rel gimento de pressdes anormalmente altas devido A ago das tensdes in situ, serio deseritos aqui {§20_PROJETOS DE POCOS DF PETRULEO: Genji» Assented Colinas evestienios A) Subcompactacao ou Efeito Sobrecarga Para entendermos © leit Sobrecarga & interessante discutirmos antes Jece 0 processode compactagiio das formagoes. Durante apis ‘Jo do material sedimentar nas bacias sedimen a deposic: varios processos diagenéticos que culminam com a form Dentre estes processos destnen se a compactagio, que pore ocomer de das rochas, duas maneiras: © Compactagiio Quimica, que engloba a dissolugio de minerais sob pressiio # que, embora seja citada algumas veves, nfo sera abardada em detalhes neste livre. © Compuactagao Meciiniea, que néo engloba processes 4) sim aspects fisicos, ais como mudanea no empacotamento intergranular ¢ deformagio on quel detalhada a seguir. de gs individuais, que sera Compactacéo Mecanica A Compactagaio Mecfnica, ou simplesmente Compactagio, consiste na reduedo de volume poroso das rochas, com o simultanco escape do fluido presente nesses poros, em fungio do soterramento ao longo do tempo, devido ao peso des catnadas sobrepostas. A Figura 4.5 6uma representacaio matica da compactigio, mostr mento avanga, 0 espaco poroso vai sendo reduvido e o fluid con poros da rocha vai sendo expulso, Peso ndo que a medida gue 0 soterra- rio CURA 4.5 ILUSIRAGRO DA FXPULSAO DE FLUIDOS DURANTE © PROCESSO DE COMPACTAGAO. nte de Press#o de Foros 121 O processo de compactarzio ¢ influenciado por virios fatores, tais como a taxa de soterramento, magnitude da permeabilidade da formacao, taxa de dade do excesso de Fluide ser removide. 1 do espa Desta forma, podemos dizer que o cleito da compactacao sobre sis roch: depende, em grande parte, das earacteristicas dis mesmas. \ compactagao pode ser elassificada como sendo normal ou anormal (também chamada subcompactacao), dependendo de como ocorrerd o +s cape de luidos durante 0 processo de soterramcnto. Compactacéo Normal 46, Note que nessa ilustragao esquemisitiea » Muido contido no espago poreso escapa, 11 medica que 0 soterramento prossegue. A compactacéo é dita normal quando existe o equiltbrio entre © aumento da pressio de sobre- arg (peso das camadas sobrepostas), a redu wpe dos Hluidos, sendo este proporcional & redu is da compactacao norn dos fluidos nos poros da rocha permanece igual & pressdio hidrostitica © processo de compactago normal pode ser entendido pela figurs do espace porose ¢ 0 ww do volume poroso, das consequcnetas p gerada pelo fluido, 6, v3 Sow RA 4.6 EXPULSAO DE FLUIDOS DURANTE G PROCESSO DE COMPACTACAO NORMAL, JOTE QUE A PRESSAD DE POROS (P,) FICA IGUAL A PILSSAO HIDROSTATICA {P,) DURANTE TODD O PROCESS DE COMPACTACAD NORMAL, 122 PROJETOS DE POCDS DE PEIROLEO: GeopesseseAssnanenin de Colne Revell Areducao de porosidacle devidoa compactacao pade ser detectada pela obscrvagio de peifis eléiricos ae longo da profindidide. Exemplos de perfis que sio afetados pela porasidhide sio os perfis snico (ou tempo de transi- to), resistividade ¢ densidude. A figura 4.7 mostra um exemplo de tendéncin nor de redugiio de porosidhke no longo da profurxlidacde ne geifice semilog do perfil si versus profundidade. Observe que a linha de tendéneia desenhada de: um processo de compactagao bastante lis car ¢ que pode ser interpretade como um processo normal de compaetacao ¢ expulsio de Fhuidos, Esta curva € muito utilizada nos métodos de céleulo de pressao de poros que serdo abordados m Sonico (s/t) 10 100 41000 5150 5.200 5.250 5300 5350 5.400 Profundidace (rm) 5450 FIGUIRA 4.7 EXEMPLO DE PERFIL SONICO DE UM POCO PERFURADO NO LITORAL DO RIO DE JANEIRO. Gradients de Pressio de Poros 123 Compactagio Anormal (Subcompactacao) Diferentemente do processo de compactagio mostrado anteriommeate, em ‘oral, nao ha o equilibrioentreo escape do fluido A medida que o soterramento avanga. Com isso, a taxa de soterra- tum processo ce compactag mento ca taxa de redugio do volume poroso passam a ser mejores que a do excesso de Muide. Dessa forma, o fluido lica io cm um espago poroso menor que « necessario pe mezenar o nc ea presséo de sobrecargu passa a atuar sobre ele. Como exem- plific: ra 4.8, 0 excesso de peso sobre o fluide fax com que a presto dos lTuidos nos poros da rocha fique maior quea presse hidrosta- ica gerada apenas pelo proprio lluido, originando assim as pressBes anor malmente altas, Soa P,P a IGUIRA. a. PROCESSO DF FXPULSAO DE FLUIDOS DURANTE A COMPACTACAO NORMAL, NOTE QUE A PRESSAO DE POROS (P,) FICA MAIOR QUE A PRESSAO. HIDROSTATICA (P,) DURANTE PROCESSO DE SUBCOMPACTACAO. Um exemplo tipice de cond a0 desequilibrio do proces. so de compactacio éa deposicao continua e rapida de espessas camadas de rochas com baix permeabilidade, tais como folhelhos ¢ argilas. 0 fluide la noe poroe doe falhelhox ou am Finas ¢ tnupeade podens Fear 1 permeaveis de areias, sustentando parte ‘caso, pressio anormal pode ser consiilerada como uma fun, de sobrecarga ¢ da tenséo efetiva 124 PROILTOS DE POGOS DE PLTROLEO: Gropesies Zonas com alias pressdes devido A subcompactagao so norm: mente identificadas por valores de porosidade rados @ ume determinada profundidade, Essas anomalias podem ser Nos que os espe- 1s em perlis elétsicos que indique sonico mostraclo na figura 4.9, Note que o perfil se mostra bastante ‘aratéa profundidade em torno de 3 000 metros, indieando aredug da porosidade com a profundidade, representando um trecho normal- te compaetado, A partir desta profundidade, o perfil sonico come a se afastar do comportamento “linear” ou quase “linear”, indicando um a fade, o que representa a entiad doe anormalmente pressurizado, porosidade, como o perfil o da porosidade com a profi m longo trecho subeomy Jo-se que neste caso 0 mecanismo gerador de pressbes anor- Assui malmente altas & apenas o de subcompactagio gerado pelo peso dis camzdas superiores, 0 valor da pressio de pores sera basicamente uma 10 do gradiente de sobrecarge. Sinica (sit) wo “t000 Wo 1000 4500 2000 2500 3000 3500 4.00 4000 5009 J FIGURA 4.9 PERFIL SONICO INDICANDO UMA ZONA ANORMALMENTE PRESSURIZADA. Gradiente de Presse de Pores 125 A figura 4.10 exemplifies diferentes comportamentos da presi de poros devido ao tipo de compactacdo versus profuncdidade. A curva azul esstio hidrostitica, isto 6, @ pressiio de poros no caso de uma represent compactagio nommal, # # eueva vermelha representa a pressio de sobre- ‘carga ao longo do pogo. Jas curvas verdes sto pressdes de poros resultantes de processes de compuctagéo anormais iniciados # diferentes: profunct- dades. A profiundidade na qual o fluido fica retido ¢ fungao do proceso de compactacio, ¢ & chamada de Profundidade de Retengao de Vuides (PRF). A partir desta profundidade, case 1 posterior dissipacao de fluidos, a pressiio nos poros da rocha passa a ser maior que a pressao hidros- Litica do Fluide da formagao, porém menor que wo de sobrecarga. Pressao Press hidrostatic —— Pressao de sovrecarca — Presse de poros » © Profuncidade de retencio de fhido (PRF) 3 a AGURA 4.10 FAIKAS DE PRESSAO DF FOROS DE ACORDO CoM O PROCESSO DE SOTERRAMENTO. A figura 4.11 é bastante parecida coma anterior, no entanio mostra uma curva tracejada que ifustra tum caso de subcompa pacdio de fhuidos, Note que hi rales pelos nvimetos 1, 2 © 3. Por sua yea, vnunet 4 pole ser enterdide continuagio do processo de compactacio representado pelo ntimero 2. O wecho de ntimero | ilusira o processo de compactagdo normal, o com postarior dissi diferentes processes de compactaga, i como send » enquanto os outros ilustram os Irechos onde a compactacao foi anor 1p PHOILIOS DL FOGOS DE FFTROLEO: & ntanenta de Cura de Reresimeni Entre esses processos de compactagi temes momentos de incre decrescimento de pressio representados pelos trechos de transigiin 5, 6 7. trecho 5 representa una ocorréncia de di sipacdo de luido, havendoassim uma reducao da pressio de poras, porém esta ainda perma nente alta, Ja no trecho 6 vemos 0 caso em que o fluido passou a sofrer uma jor retengao, impedindoa sua dissipag pressdo de pores. Similar ao trecho 5, o ieecho 7 também mostra wma de flaide, Entrotanto, ¢ como representado pelo trecho 8, o gran de cap € tanto, que leva inclusive & reducdo da pressao até esta se tomar al nowamente e Janda no ineremento da issi- Pressao — Presstio hidros! — Pressao de sobrecarga — Presso de poros © Profundidade de rotengio de fhide (PRF) Pressio de poros do poso Profundidade FIGURA 4.09 EXEMPLO DE UMA CURVA DE FRESSAO DE PORDS DE UM POCO EM QUE HOUVE COMPACTAGAG ANORMAL F POSTERIOK DISSIPACAO DE FLUIDCS. Quando o proceso de deposicao diminui ou mesmo cessa, a alla pressio de porns originada durante © soterramento tende a buscar uma condigao de equilibria, se estabilizando ou mesmo se dissipando, podendo vollar & prowsfin hidrostética, A tinw de dissipastio dependent ipel- ‘mente da permeabilidade dos sedimentos, que controlacio os fluxos vertical chorizontal através da formaca abe-se que na busca de una condigio de equilibrio, a alta pressao devido & subcompactacgo tende a reduzir mais Gradiente de Presse de Poros 127 Ges mais rasay © permedvels, c mais lentamente rapidamente nas forn nas formacdes espessas ¢ de baixa permeabilidade. Conforme mene rene, 0 efeito da compactagao depende ers grande parte do tipo de racha. Cada tipavai ter um limite para ado ante fo qual nenhuuma compaetagao mecdniea posterior € possivel ¢ a redu de porosidade s6 ocorre quimica, Dest forma, uma andlise da com; atos ¢ argilas serd feita a seguir. devido « fendmenos como a cormpactacao 10 em arenitos, carho- Compactacso dos Arenitos Nos arenitos, « compacta em redncao da porosidade, aumento da densidade ¢ do contato dos gros . Esse proceso & fungiio de muitos fatores que incluem composigio do arenito, tempo de soterramento « temperatura, Um ineremento destes dois uiltimos fatores pode significar uum aumento da compact Vale & pena ressaltar que a compactacao dos arenites dificilmente acontece com retencio de Muidos, jd que estas sfio cochas permeiiveis, favorecendo 0 escape dos mesmos, 10 da form: Compactacao dos Carbonatos A compactagio dos carbon: fetada por virios Fatores que incluem logia original, textura, cimentacao, ambiente deposicional, tempe- 3 ¢ press. In jo ay quartzo e as argilas, os mine- rais carbonaticos, fundamentalmente a calcita ¢ a dolor soliiveis e sua solubilidade depende grandemente das condicdes de pH, temperatura e presséo. A porosidade estando entre 40% € 80%, Essa alta porosidade favorece a circulagiio de Fluidos se associada a unve alts permeabilidade, # qual depende do tamanho dos consequéncia, as aguas inte au ininerais Componentes da rocha. Como resultide ocorrerdo diageneses promaturas que podem levar mine! |, sao muito cial (deposicional) dos carbonatos & geralmente muito all s ¢ das passagens entre os porns. Como Liciais nem sempre estio em equilibrio co. coma rocha, Isso pode gerar trocas iénicas entre as salugies & os da recha por cimentagie e/ou reeristaliza compactacao por soterramento tera pequeno efeito, sales i na qu © Dissoliucao da rocha, na qual o aumento de porosidade nao estara reluei subcompactagio.

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