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OS OOS00SS88GHOS8H8SHHHOSES88HOS8SSS8HESES8H8GESESESESESESO FAECAD — Pastor Jorge Videira itsnle A HISTORIA BIBLICA DE ISRAEL Autor: Pr. Jorge Videira 2012 Direitosautorais reservados ao pastor Jorge Videira —& proibida areprodusto total ou pacil desta obra 1 989989899 8FHFSHSTHGH88SSHF9SFIH9FG9T99999999990990093 a FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Diretosautoris reservados ao pastor Jorge Videra ~& proibida a reprodugo total ou parcial desta obra 00 000009800500000080800000808800088008005008858000 FAECAD ~ Pastor Jorge Vieira indice Quem é 0 autor Preficio Introdugao 1 - Por que Histéria? Il - A Linha da Hist6ria Biblica IIL - © Pentateuco como Fonte Historica A - Moisés como autor; B - Explicando melhor o século XIX; C-A Arqueologia e 0 Pentateuco; D -0 Antigo Testamento em relagdo a Moisés; E- O Novo Testamento em Relagdo a Moisés; F - O Verdadeiro Autor do Pentateuco; G - Instrumentos de Escrit H - Livros Perdidos do Antigo Testamento; VI- A Historia no Livro de Génesis A- A Criagao; B - O Homem e sua Tarefa; C - 0 Mundo Pré-diluviano; D- Os Patriarcas Antediluvianos; E- A Destruigdo, o Dilivi F - O Mundo Pés-diluviano; G~A Vida de Abraao; H_—As Geragdes de Ismael; I- Isaque; J— Jacé; K~A Vida de José; L~ Jacé Vai ao Egito; M~— Morte e Sepultamento de Jacé; V—A Histéria nos Livros do Exodo ¢ Levitico A ~ Israel no Egito; B — 0 Periodo da Opressio de Israel; CA Religido Egipcia; D—A Saida; E—O Acampamento no Sinai; F — Os Dez Mandamentos; G-O Tabemiculo; H —Israel Transgride; IA Viagem Continua; J ~Tipos de Cristo no Livro do Exodo; K -0 Livro do Exodo Citado no Novo Testamento; L—Resumo do Livro de Levitico; VIA Histéria no Livro de Nameros Diretos autorais reservados ao pastor Jorge Videira~E proibida a reproduso total ou parcial desta obra 3 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira A ~ Israel no Sinai; B ~ Do Sinai a Gades-Barnéis; C De Gades-Barnéia a Moabe: VII - A Histéria no Livro de Deuterondmio A 0 Primeiro Discurso de Moi B—O Segundo Discurso de Moisés; C—O Futuro Para Israel; VIII — A Historia no Livro de Josué A~ As conquistas; B —Provas da Ocupagao por Josué; C-Estabelecimento na Terra; D-0 que dizem outras teorias; IX — A Historia nos Livros de Juizes e Rute A-0 Ciclo Vicioso; B — Quadro Cronolégico; C~ 0 Resumo do Livro de Rute; X~A Historia nos Livros de Samuel A~A Divisio do Primeiro Livro; B - Samuel Como Juiz, Sumo Sacerdote e Profeta; C-o Reinado de Saul D~— Saul Consulta a Feiticeira; E — Divisio do Segundo Livro; F ~ Isbosete e Davi; G - Davi eo Reino Unificado; H — Davie seus Filhos; XI- A Historia nos Livros dos Reis A ~ Dados basicos do Primeiro Livro; B—O Reino Unido de Salomao até Robodo; C- O Reino Dividido de Robodo até a Queda de Israel; D - Segundo Livro - De Acabe a Jet; E - Desde Jeti até a destruigao de Israel; F - O Reino de Juda até a destruicao final da nagao de Israel; G - Uma reflexao biblica para meditagao do leitor; XII - A Histéria nos Livros das Crénicas ‘A Dados sobre o primeiro livro das Crénicas; B—Dos Patriarcas até Davi: C-O Reinado de Davi: D— Dados Sobre o Segundo livro das Crénicas; E-O Templo de Jerusalém; F - Salomio constréi o Templo; G- 0 Reino de Juda; H1- As Grandes Reformas em Juda; 1 - Os Maiores Acontecimentos Entre 931 ¢ 734 a.C.; J-A Reforma de Ezequias ¢ a Invasio de Senaquerib; K - A reforma de Josias e Sua Morte; Direitos autoais reservados ao pastor lorge Videira ~&proibida a reprodugao total ou parcial desta obra 4 Seeeeseeceeeoeeeceeeooeseecececeesoeeoeseeeceeceseooeeeeeeeeeec 1SSSSSOSSSHSHSHHSHHSSHHHSSSSHEHSSHSSESSSSSSRBSESSSESCSEO FAECAD ~ Pastor Jorge Videira XIII - A Histéria no Livro de Esdras, Neemias ¢ Ester A- O Livro de Esdras; B - Livros de Neemias; C-O Livro de Ester XIV — A Histéria ¢ os Profetas Maiores ‘A~ Explicagdes Preliminares; B — 0 Profeta Maior = Isaias; C - Uma reflexio sobre a morte do rei Uzias; D ~—A Divisao do Livro de Isaias; E—0 Profeta Maior = Jeremias; F - LamentagGes de Jeremias: G~ 0 Profeta Maior = Ezequi H-0 Profeta Maior = Daniel; 1 - 0 Império Babildnico; XV - A Historia e os Profetas Menores A—Explicagdes Preliminares; B -O Profeta Menor = Oséias; C-0 Profeta Menor = Joel; D0 Profeta Menor = Amés; E -0 Profeta Menor = Obadias F - 0 Profeta Menor = Jonas; G— 0 Profeta Menor = Miquéias; H-—O Profeta Menor = Naum; I 0 Profeta Menor = Habacuque; J ~0 Profeta Menor = Sofonias; K — 0 Profeta Menor = Ageu; L ~0 Profeta Menor = Zacarias; M0 Profeta Menor = Malaquias; XVI- 0 Periodo Interbiblico ‘A-- Um Breve Histérico Para Melhor Compreensio; B —Como surgiu o Império Grego; C- Alexandre o Grande e Suas Conquistas; D- Morte de Alexandre e a Divisio de seu Reino; E -Os Ptolomeus; F - Os Seléucidas e a Helenizagao dos Judeus; ~ Antioco Epifanes; H - 0 Governo dos Asmoneus; 1-0 Dominio Romano; J - Os herdeiros de Herodes o Grande; K - Um breve resumo sobre os imperadores romanos XVII - As Profecias para o futuro de Israel A - Deus prometeu uma Nova Alianga ou um Novo Testamento; BO Sangue na Antiga e Nova alianga; C-- Profecias do Antigo Testamento cumpridas no Novo Testamento; D - Profecias messifnicas do Antigo Testamento que ainda no se cumpriram. XVIII— A Vida Social, politica, econdmica e Reli A-- Sistema Politico B- Sistema Religioso josa na Epoca de Cristo Direitos autora reservados ao pastor Jorge Videira ~& proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra FAECAD — Pastor Jorge Videira C - Outros Grupos Religiosos Que se Destacaram Foram: D- Sistema Intelectual E - Sistema Econdmico XIX - Um Resumo da Historia de Israel do século I, até os nossos dias Conclusio Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reproducao total ou parcial desta obra 6 SSCHOHSHSSSHOHSSHOSSHSHOOHSOHSHOSCSHONSEHSHSOCSCOSSSSOSSSOSCOSCSHCSCECESLEE eseseoee SeGVseseesesosnsesosssocosaesseaesseoseooossanga FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Quem é 0 Autor O pastor Jorge Videira aceitou a Jesus Cristo em 5 de abril de 1970 e passou pelas dguas batismais em 10 de junho de 1970, aos 14 anos de idade, na Assembiéia de Deus em Cordowil, bairro da periferia da Cidade do Rio de Janeiro. greja na época, pastoreada pelo pr. Marcelino Margarida, Casou-se com a irma Carmelita, em 29 de julho de 1978, que the deu duas filhas: An- dressa Priscilla e Livia Rafaelle. Foi ordenado pastor em 19 de janeiro de 1981. E formado em Historia pela UNISUAM ~ Centro Universitério Augusto da Monta, é Bacha- rel em Teologia pelo CEFORTE - Centro de Formacdo Teolégica da Igreja Metodisia Wesleyana, com Licenciatura Plena para lecionar. E especialista em Historia de Israel e jd levou varios grupos de alunos para estudarem Historia Biblica no Egito, Israel, liélia, Franga, etc. Possui Pés- graduacdo em Capelania, ¢ em Psicopatologia; ¢ Mestre em Psicologia Pastoral, e Ciéncias da Religido. Esté cursando pés-graduacao em Administracdo Escolar ¢ em Historia de Israel. Rece- beu o reconhecimento de duas instituicdes como Doutor Honoris Causa em Teologia Sistemdtica e em Psicologia Pastoral. Jé foi condecorado varias vezes, com Mocdes da Camara Municipal do Rio de Janeiro e da Assembiéia Legislativa do Rio de Janeiro, por reconhecimento de seus servicos prestados em prol da comunidade. £ professor de Teologia desde 1982, em vérios Seminérios ‘atualmente pertence ao quadro de professores da FAECAD ~ Faculdade Evangélica de Ciéncias, Tecnologia e Biotecnologia das Assembléias de Deus, da CGADB. Foi membro da Diretoria da CONFRADERJ ~ Convencao Fraternal das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, por ‘muitos anos, onde jd atuou como: 3°, 2° ¢ 1° Tesoureiro; 1° Secretério; Presidente do Conselho de Educagao e Coordenador do COM ~ Curso de Orientagdo Ministerial. E pastor Presidente e fun- dador da Assembléia de Deus em Bom Jardim, Ministério Oleo e Vida e autor de véirias obras. Pr. Videira, como gosta de ser chamado, foi meu Pastor Presidente na igreja Metodista Wes- leyana de Magé, meu professor no semindrio, foi quem me levou para o ministério pastoral, e, por iiltimo, foi meu companheiro de sala de aula quando fizemos juntos alguns cursos. E uma das pes- soas mais simples que conhego e tenho muito prazer de poder dizer que sou seu amigo. Pr. ELIAS BRUN Presidente do Conselho de pastores do Estado do Rio de Janeiro das Igrejas Batistas Renovadas Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reprodugo total ou parcial desta obra. 7 FAECAD Pastor Jorge Videira H g 5 a & FE Pr. Videira em um batismo simbolico no Rio Jordao, em Israc Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ F proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra . SCOSOHHKSOHSSSCOSHHSSCOCHOHSSHOSSHSSHOCSSHSSHOSCOCOSCSEHCEESLE* peace peseeseecoaesseseooesoaseees peeeeee0080008 eee0 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Introducéo Existe algo especial acontecendo no seio da igreja em nossos dias, é o vento de Deus sopran- do ¢ conduzindo seus filhos para o verdadeiro manancial de teologia através do deserto. A Biblia, a palavra de Deus, é a revelagao tinica e completa para o homem. Ao longo da Histéria, homens tém colocado sua confianga na veracidade e na autenticidade da Biblia, e por esse motivo, muitos foram perseguidos e mortos. A Biblia desafia os pesquisadores & investigago e supera qualquer teste. A infalivel inspiragdo divina fala ainda hoje aos nossos coragdes de forma clara e viva. A propria Bi- blia freqlientemente faz alusio ao fato de ser ela uma mensagem diretamente outorgada por Deus. O Antigo Testamento insere quase trés quartos da Biblia, em toro de quarenta autores, e sua tOnica é a Historia do homem e em particular, do sucesso do povo hebreu, povo escolhido como nagao sacerdo- tal e porta voz da verdade espiritual para o mundo. Deus revelou-se na alianga efetuada com Abraaio ¢ sua descendéncia dando-Ihe as suas leis (O “torah” = “instrug40”), o seu amor e cuidado, e 0 povo hebreu era cénscio de sua importincia. O Antigo Testamento e a revelagdo de Deus ndo s6 para o povo de Israel, mas também para toda a humanidade, Trata-se de uma completa preparagdo do mundo para uma revelago ainda mai- or: “O Novo Testamento”. Suas leis ¢ rituais, bem como os elementos do taberndculo, eram como que sombra da imagem perfeita do futuro advento do glorioso Messias prometido e esperado pelos hebreus, que transformaria Israel e sua religido, ¢ o mundo veria o poder de Deus (Ez 36. 23; Is 40. 1-4). O Novo Testamento é quem da o entendimento ¢ a conclusio do Antigo Testamento (MI I-4). E em fim, a Historia de Israel desde o inicio, bem como os demais eventos no Antigo Testa- mento, foram guiados por Deus tendo em vista a encamnago do Messias esperado, do Verbo: Jesus. A palavra “Biblia” nfo faz] parte do cdnon Sagrado. Ela deriva da palavra “biblos” que significava folha de papiro preparada para es- crita. Quando se tinha um rolo de! papiro tamanho pequeno chamavam- no de “biblion”, e varios biblions eram chamados de “biblia”. Portan- to, a palavra “Biblia” quer dizer: colegio de livros pequenos. Com 0 passar dos anos o nome Biblia, pas- sou a ser usado para designar os li- | vros canénicos. Depois da invengao, | do papel, desapareceram os biblos e! | os biblions e surgiu o livro, mas o nome “Biblia” permaneceu. ‘A planta papiro cortadas e preparadas para fazer uma folha de papiro. A como livro historieo. Dentre tantas verdades contidas no Antigo Testamento, gostariamos de destacar aquela que mais os pseudo-cientistas tentam contradizer, que é 0 fato da Biblia ser um livro histérico compro- vado. Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reprodugao total ou parcial desta obra.) FAECAD — Pastor Jorge Videira A ciéneia, de algumas décadas para c4, tem descoberto conceitos auténticos para 0 estudo da Arqueologia’, que é a base para compreensio da Historia. Acontece que ao estudar estes pontos arqueol6gicos, eles acabam provando ainda mais a autenticidade da Biblia como livro histérico. Vamos tentar discutir nesta obra, a Historia Biblica sem a preocupagao de tentar prové-la como auténtica, pois cremos que os que fardo uso dela tenham fé para aceitarem seus propésitos espirituais acima de quaisquer necessidades de provas materiais. Porém, para tentar esclarecer al- guns pontos vamos nos valer dos escritos de homens especiais, como por exemplo, dentre outros autores: Werner Keller, que escreveu o livro “..e a Biblia tina razio”, (nome do livro) onde ele prova fatos histéricos narrados pela Biblia que sio confirmados pela arqueologia, tais como: “O dildvio universal nas terras de Ur dos caldeus”; “A area de Noé no Monte Ararate”, As ruinas das muralhas de Jerie6” e muitos outros fatos ocorridos em nossa histéria, Gostariamos de propor ao caro leitor que estudasse esta obra com o cuidado de acompanhar 605 textos citados em sua Biblia. Esteja em constante oragdo, pois assim haverd crescimento na graga eno conhecimento de Deus. Nao é nosso pensamento nesta obra, narrar a Historia da Religido de um povo, nem tio pou- co apresenté-la como certa ou errada. Porém, sabemos que a historia da cultura de um povo se con- funde com a histéria de sua religidio. John Bright diz.o seguinte: “Nao se pode tracar a histéria de Israel sem levar em consideracdo sua religid, por- que foi ela que singularizou seu povo, separando-os de todos os povos que 0 Secavam e tornan- do-os um fendimeno especial Bright explica no mesmo livro e pagina citada acima que: “separada de sua religido, a his- t6ria de Israel ndo seria explicdvel”. Logo, estudar a historia de um povo e deixar de fora suas crengas e priticas religiosas seria um erro lastimavel. Religido’ & o conjunto de relagGes tedricas e praticas estabelecidas entre os homens e uma “forga” superior, & qual se rende culto, individual ou coletivo, por seu cardter divino e sagrado, As- sim, religidio constitui um corpo organizado de crengas que ultrapassam a realidade da ordem natu- ral ¢ que tem por objeto o sagrado ou o sobrenatural, sobre o qual elabora sentimentos, pensamentos e.agies. Em todas as sociedades e culturas podemos observar a atuago e influéneia da religidio sobre a subjetividade humana. Essa definigiio abrange tanto as religides dos povos primitivos quanto as formas mais com- plexas de organizagio dos varios sistemas religiosos, embora variem muito os conceitos sobre contetido e a natureza da experiéncia religiosa. Apesar dessa variedade e da universalidade do fe- n6meno no tempo e no espago, as religides tem como caracterfstica comum o reconhecimento do sagrado* e a dependéncia do homem de poderes supramundanos*. A religiao é um dos principais motivos de comportamentos radicais dos seres humanos. Ela pode mudar a forma de ser, agir, pensar e sentir de uma sociedade inteira e determinar a diferenca entre 0 “BEM” e 0 “MAL” e, até mesmo, entre a VIDA e a MORTE. Segundo Durkhein, a religido é um fator social fortissimo, pois “exerce uma influéncia co- ercitiva sobre as mentes individuais”’ e assim 0 faz em todas as sociedades, sendo, portanto nor- mal. A pressdo que exerce ¢ interior aos individuos e tomna-se preceito da sua conduta determinan- do, muitas vezes, a agdo social de uma comunidade ou sociedade, ou pais inteiro. 1 - Arqueologia: E a cigncia que trata do estudo da vida e da cultura de povos antigos mediante a recuperagio, classifi~ cago, descrigdo ¢ andlise dos seus vestigios materiais, com o objetivo de reconstruir sua histria, 02 - BRIGHT John, Historia de Israel, 8* ed. Paulus, SP. Pag. 182 3 - Do latim Religio, cognato de religare, “ligar”, “apertar”, “atar, referencia a lagos que unam o homem ao divino. 4- RUDOLF Otto, Teblogo e filosofo alemao 5 FRIEDRICH Schleiermacher — tedlogo alemao 6 - DURKHEIN, Emely. As Formas Elementares da Vida Religiosa, SP: Colegio Os Pensadores, 2001 Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira — E proibida a reprodugao total ou parcial desta obra. 10 eeeeseseecoecooececoecoeeoeoecoeoeceeeecsocoaeaeoesecacoeoeoooecoeoaeeceeceececeee 8908090808680 008088008880080808008888000000000800080890800 FABCAD = Pastor Jorge Videira Contrapondo-se a Durkhein, Sigmund Freud achava que a religido ndo passava de um conto de fadas necessario para regula o comportamento de uma sociedade ¢ a figura de “DEUS” é a pro- jecao da figura paterna bondosa que nos fiscaliza. “Acho que preparamos suficientemente 0 caminho para uma resposta a ambas as per guntas. Ela serd encontrada se voltarmos nossa atengéo para a origem psiquica das idéias reli- giosas. Estas, proclamadas como ensinamentos, ndo constituem precipitados de experiéncia ou resultados finais de pensamento: Sao ilusées, realizagoes dos mais antigos, fortes e prementes desejos da humanidade. O segredo de sua forca reside na forca desses desejos. Como jé sabe- ‘mos, a impressdo terrificante de desamparo na infincia despertou a necessidade de protecao - de protegéio através do amor -, a qual foi proporcionada pelo pai; 0 reconhecimento de que esse desamparo perdura através da vida tornou-se necessdrio aferrar-se a existéncia de um pai, des- ssa vez, porém, wm pai mais poderoso”.” De acordo com Freud, a necessidade de amparo ¢ protegiio é uma impressdo que acompanha © homem desde sua mais tenra idade. Esta sensagdo de protegdio precisa ser satisfeita e ¢ através da figura de um Deus que ¢ pai protetor. O pai da psicandlise explica que a figura de um pai divino é formada na mente do homem para suprir suas necessidades emocionais e psicolégicas. Para Freud 0 homem criou Deus por uma necessidade de ter um pai sobrenatural e super protetor. Mas, seré que a tal necessidade foi realmente criada pelo homem? A criatura teria criado o criador? Ou quando fo- ‘mos criados por Deus (0 Criador), Ele mesmo colocou tal necessidade em nés para que 0 buscésse- ‘mos nada pudesse substitui-la em nossas vidas? fato é que Freud ndo explica tanta coisa assim como alguns acham. O pai da Psicandlise no explica, por exemplo, o porqué de tanto édio em nome de um Deus to bondoso. Parece que 0 pai de alguns é muito carrasco em vés de bondoso. O fato é que Freud tinha apenas uma visio super- ficial e externa do que seria realmente fé em alguma coisa ou Deus. Como saber o gosto de uma fruta se nilo a provarmos? © que pode saber sobre Deus, um homem que nao o conheci Ficamos impressionados em ver pessoas to “cultas” e bem preparadas, se expondo ao ridi- culo falando daquilo que nao conhecem e nunca experimentaram. Negam a existéncia de Deus pelo simples fato de ndo poderem prova-la. Muitos cientistas famosos eréem que tenha existido em algum momento da histéria, um “elo perdido” que daria comprovagaio a teoria da evolugdio e a mutago de ‘uma espécie para outra. Elo esse que nunca viram e nunca puderam provar. Isso também no seria 182 Se um cientista pode crer que tenha existido um “elo perdido”, por que ndo podemos crer na existéncia de um Deus que no podemos ver, mas senti-lo? Nao podemos ver o vento, mas podemos senti-lo. As trés maiores religides do mundo, 0 cristianismo, o islamismo e 0 judaismo, juntas, aglo- meram em seus quadros mais de 80% da populaco do planeta, e todas, pregam basicamente as ‘mesmas caracteristicas de comportamento: bondade, misericérdia, paz, amor ao proximo ete. Po- rém, dentro de cada uma delas vemos os radicais extremistas fazendo exatamente 0 contririo. Co- mo? Vejamos, por exemplo, o que acontece quase todos os dias, em Israel. O que leva um homem bomba a fazer a loucura de se auto-explodir? Uma pessoa, aparentemente pacata, amarra varios explosivos em seu proprio corpo, chega a um Gnibus cheio de pessoas que ele ndo conhece, e sim- plesmente, detona os explosivos, tirando a vida de dezenas de inocentes e a sua propria. Um ato radical, extremista, assassino ¢ terrorista que muda a hist6ria de dezenas de pessoas inocentes, que na maioria das vezes, nem sabem 0 que esta acontecendo, que vo morrer ou ficar marcadas para sempre. Muitas dessas pessoas ou seus parentes vdo nutrir em seus coragdes 0 desejo de vinganga, ¢ o ODIO vai gerar mais ODIO. Todos nés ficamos profundamente preocupados com 0 comportamento dos radicais islami- cos contra as palavras ditas pelo Papa Bento XVI, em sua visita a Alemanha na semana entre 10 ¢ 17 de setembro de 2006*. Ao citar as palavras de outro papa, do século VIII, que dizia ser Maomé responsavel por pregar a guerra e ndo a paz, 0 raciocinio de Bento XVI, nao foi bem interpretado ¢ 7- FREUD, Sigmund, 0 Mat-estar na Civilizagao, 1997. pg 42 8 - Reportagem do FANTASTICO, programa exibido aos domingos pela Rede GLOBO de Televisio, em 17/09/06. Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira — E proibida a reprodugio total ou parcial desta obra. J] FAECAD ~ Pastor Jorge Videira acabou causando um clima muito tenso, chegando ao ponto de radicais islamicos do Ira divulgarem um projeto de invasio contra Roma, O Papa Bento XVI tentou se explicar, mas de nada adiantou. ‘Outro fato ndo menos importante, ¢ o que ainda ocorre no Iraque quando os proprios iraqui- anos matam-se uns aos outros, todos os dias, por causa da religiio. Alias, diga-se de passagem, reli- gido foi um dos motivos apresentados pelo presidente dos Estados Unidos, para invadir o Traque ¢ levar “paz e democracia” aos “pobres iraquianos” que, segundo © pensamento americano, nao as tinham. E agora? Eles as tm? Para nés brasileiros, ainda esti em nossa meméria as Olimpiadas da Grécia que ao terminar, levou com ela muitos sonhos de varios atletas que la chegaram, com o ideal de competir e ganhar uma medalha. E bem verdade que todos ja se sentiam recompensados pelo simples fato de estarem ali, de poderem representar o Brasil, de verem e ouvirem a torcida em volta, os gritos de incentivo, enfim, toda aquela emogao é inenarrivel, ficaré para sempre na lembranca de cada atleta. Alguns atletas sairam do anonimato para a plataforma da gloria. Outros, porém, continuaram no anonimato, pois tiveram os seus sonhos frustrados pela derrota e a to almejada medalha, no foi conquistada Ganhamos muitas medalhas nessas Olimpiadas, muitas de ouro, muitas de prata ¢ outras de bronze. Porém, nenhuma medatha conquistada por um brasileiro, foi tio comentada e divulgada pela midia, quanto a de bronze ganha pelo nosso corredor brasileiro na maratona. Todos os brasileiros e, talvez todo o mundo, devem ter ficado chocados com a atitude louca daquele ex-padre cat6lico, membro de uma seita radical. Ele, simplesmente entrou no meio da pista € agarrou 0 nosso maratonista, que estava em primeiro lugar ¢ ganharia com facilidade a medalha de ouro. Burlando a seguranga das Olimpiadas, o religioso pulou a corda de isolamento ¢ se langou sobre o brasileiro que liderava a prova com uma boa vantagem. Depois de algum tempo e ajudado por populares, nosso maratonista pode voltar a correr, conseguit se desvencilhar do fandtico, mas, perdeu os dois primeiros lugares € terminou a prova em terceiro, ganhando apenas a medalha de bronze. O radicalismo religioso mudou um resultado que seria certo De acordo com o priprio fanético, que foi preso e deu seu depoimento na delegacia, foi “Deus” quem Ihe ordenou tomar aquela atitude, e o suposto “Deus”, the havia dado “tal ordem” diretamente Ficou bem claro para todos, que aquela atitude louca do ex-padre, foi motivada por seu radi- calismo em sua nova religido. Por que as proprias mies de meninas de uma determinada tribo na Africa podem cortar 0 cli- t6ris de suas filhas e deixé-las sangrar, sem qualquer tratamento? A condig2o ¢ que se as criangas conseguem sobreviver, so de Deus, se no conseguem, & porque so do mal. Como isso ainda acontece em pleno século XXI? A Revista EPOCA, de 7 de agosto de 2006°, em sua matéria de capa intitulada: “O senhor do Universo”, fez uma ampla reportagem sobre o cientista brasileiro Marcelo Gleiser, que ganhou pré- mio na Casa Branca, Como eseritor, recebeu dois Jabutis. Um roteiro de cinema dele circula por Hollywood. Ele ainda faz palestras em cruzeiros pelo mundo e inspira a nova geracao de brasileiros. Na ampla reportagem que ocupou doze paginas da revista (de 78 a 89), varias perguntas fo- ram feitas ao grande e conceituado cientista que as respondeu com muita clareza e firmeza. Dentre as varias perguntas ¢ respostas sobre a evolugdo das espécies, destacamos: Revista EPOCA: (1* pergunta: sobre 0 cosmo) “Como tudo comegou? Resposta do cientista: “ndo sabemos. Mas estamos cada vez mais préximos de uma respos- Revista EPOCA: (3" pergunta) “Qual a origem da vida?” Resposta de Gleiser: “Essa é outra pergunta a que ainda ndo podemos responder... Em ci- éncia o ndo saber é fundamental; sé assim geramos conhecimento Revista EPOCA: (7* pergunta) “Existe vida extraterrestre? Resposta: "Nao sabemos”. 9 - Revista EPOCA, Editora GLOBO. Matéria da edigdo de 7 de agosto de 2006. Pig,s 78 a 89. Diritos autora reservados ao pastor Jorge Videra ~E proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra 12 eeeesecqeseceocecoeeooeoooeoocoaeooeoceoecsoeaeeecoecececocoeooaooecoeeecoecoeecoeeeeec } 99 99999999999999999999999999999099099909900990090 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Revista EPOCA: “£ possivel a coexisténcia entre Ciéncia e Religido?” Resposta: “Sem dhivida. Basta que cada um aceite suas limitagdes e dreas de atuagdo. 0 con- {lito existe quando Ciéncia tenta agir como religio ~ 0 que niio pode nem deve fazer ~ ou quando Religido tenta agir como Ciéncia ~ 0 que ndo pode fazer também. As duas servem a propésitos dife- rentes, no maximo complementares. Nunca mutuamente excludentes.”” Chegamos a conclusdo que a verdadeira Ciéncia pode e deve caminhas junto com a religiio, pois tanto uma como a outra no tém todas as respostas. fato € que a religido consegue dividir 0 mundo em varios segmentos e, dentre eles, os que créem na existéncia de Deus ¢ os que tentam provar que ele néo existe. Entretanto, embora muitos a combatam, a religido tem um papel muito importante na forma- ao da base do comportamento do ser humano. E ela que vai mostrar a diferenga entre o certo ¢ 0 errado ¢ entre o bem e 0 mal. O problema é que muitas pessoas com sérias deficiéncias mentais se apdiam na religifo para, de uma forma radical e fandtica, tentar esconder os monstros que habitam dentro de si mesmas. Os exemplos citados acima nos fazem refletir sobre o quanto a religio é forte e poderosa. Ela 6 capaz de mudar o rumo de uma vida e determinar como sociedades inteiras devem ser, proceder e pensar. E tudo isso motivados por uma palavra tao pequena: a “FE” Na realidade, nfo é a religiao que transforma o ser humano, mas, ele mesmo se transforma através de sua fé, E a £8 que o homem deposita em um ideal de vida e na sua necessidade de atingi- lo. Entdo, chegamos & outra grande verdade: Quem muda o homem nio é a religio, mas a fé que ele deposita inteiramente no Deus que a religidio Ihe mostra. ‘J4 que estamos falando de fé, ndo poderiamos deixar de cita a Biblia Sagrada: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicgdo de fatos que se nao véem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo for- mado pela palavra de Deus, de maneira que o visivel veio a existir das coisas que ndo apare- cem. Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém. de longe, ¢ saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. E que mais direi? Certamente, me faltard o tempo necessério para referir 0 que hd a respeito de Gidedo, de Baraque, de Sansio, de Jefié, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quai, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justia, obtiveram promessas, fecharam a boca de ledes, extinguiram a violéncia do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tira- ‘ram forca, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. ‘Mulheres receberam, pela ressurreicdo, os seus mortos. Alguns foram torturados, no caceitando seu resgate, para obterem superior ressurrei¢do; outros, por sua vez, passaram pela prova de escéirnios e agoites, sim, até de algemas e prises. Foram apedrejados, provados, ser- ‘rados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovethas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo ndo era digno), erran- tes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos aniros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé nao obtiveram, contudo, a coneretizacao da promessa,"” A jornalista Ana Paula de Oliveira, da Folha de S. Paulo, em seu artigo na edig&o de 18 de maio de 2002, no cademo de satide, pag. 4, fez uma pesquisa em que destaca muitas perguntas im- portantes na frea da religiao, tais como: A fé pode curar um paciente? Quem freqiienta a igreja fica menos doente ou até vive ‘mais? E aquele doente que vai para a cirurgia com a medalha da santa na méo tem chances de se recuperar melhor do que o paciente cético? Médicos de diferentes dreas em todo 0 mundo - independentemente de credo - buscam com- provacdo cientifica para a relagdo entre espiritualidade e satide. Nos EUA, a maioria dos cursos de 10 - Carta aos Hebreus cap. 11. versos 1-3,13, 32-39 11 - OLIVEIRA, Ana Paula. “A fé pode curar um paciente”. Folha de Sd0 Paulo, Cademno de Satide, SP: 18/05/02, ped Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra 13 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira medicina possui, na grade curricular, disciplinas que discutem doenga, fé, cura ¢ espiritualidade com 0s futuros médicos e como abordar 0 assunto com seus pacientes. Por aqui, a discussfio comeca a despontar. Muitos dos inumeriveis estudos cientificos so realizados por importantes universidades es- trangeiras e publicados em revistas especializadas em medicina. Em parte, diz 0 psiquiatra Harold Koenig, diretor do Centro para Estudos da Religido, Espi- ritualidade e Satide da Universidade Duke EUA (Jornal Folha de S. Paulo. ja citado), "esse reenconiro entre Deus ¢ medicina partiu dos pacientes, que estdo exigindo maior hhumanizaeao no atendimento, e de constatagoes cientificas de que a crenca religiosa pode in- _fluir - para 0 bem ou para o mal - na satide do homem”."* Os ciemtistas descobriram que “a religido dé aos pacientes mais tranguilidade para expor seus problemas e serenidade para se entregarem a procedimentos cirtirgicos’"”, diz 0 cardiologista Roque Marcos Savioli, um dos pioneiros no Brasil a levar Deus para 0 consult6rio, ou melhor, a introduzir o assunto durante a consulta, Ele até sugere ao paciente mais religioso que reze junto com ele durante o exame clinico, Koenig, entrevistado por Ana Paula de Oliveira (reportagem jé citada acima), o papa dos es- tudos sobre espiritualidade e medicina, afirma que, entre as 24 pesquisas que jé realizou em 20 anos, a que mais 0 surpreendeu foi a que abordou o efeito da fé sobre o sistema imunol6gico. Entre 1986 e 1992, foram colhidas 4.000 amostras sanguineas de pessoas com mais de 65 anos que freqiientavam regularmente a igreja ou no tinham habitos religiosos. O objeto de estudo foi a interleucina-6, proteina do sangue que indica o estado do sistema imunolégico. O nivel da pro- teina foi maior entre os fiis Para aproximar médicos da vida espiritual de seus pacientes, 0 American College of Physi- cians, maior sociedade americana de especialidades médicas, sugere aos profissionais que, durante a anamnese, sejam feitas quatro questdes. Sao elas: se a crenca do paciente traz conforto ou estresse - assim é possivel saber como ele lida com a doenga -, se a religido poderia interferir no tratamento médico, se considera que sua satide mental tem relagdo com a espiritualidade e se gostaria de falar a respeito de religido com o médico. Sobre este tiltimo t6pico, “uma pesquisa americana apontou que 77% dos pacientes gostariam que o médico falasse sobre religido, mas sé 10% deles falam em Deus com seus pacientes,"* diz Savioli. No entanto abordar o assunto pede cautela, "O paciente pode pensar que esti morrendo ¢ que s6 um milagre divino pode salvé-lo".'* brinca Koenig, que ainda afirma: "Algumas crengas nao dao esses beneficios que estado sendo descobertos pela ciéncia, ‘pois nao acreditam em um Deus pacifico, misericordioso, mas em um que pune e é severo. Se indo acreditam no perddo, os fiéis se sentem culpados ¢ ficam mais deprimidos, aumentando 0 nivel de cortisol, reduzindo o sistema imunolégico e, consegitentemente, piorando o quadro cli- nicon E € nisso que se apdiam os criticos mais fervorosos da idéia de estreitar as relagdes entre medieina e religifo. "Muitos pacientes atribuem a doenca & puni¢do divina e simplesmente ignoram qual- quer tratamento médico, jé que ‘Deus quis assim’. Pelo excesso de fé, fidis podem literalmente entregar nas mdos de Deus uma doenga grave, negando qualquer tratamento médico”,' 12 KOELING, Harold, Fotha de Sto Paulo, Cademo de Sade, SP: 181052002, pat 13 SAVIOLI, Rogue Marcos. Ibdem, pg $ re Thdem, pe 5 15- ROELING, Haroud, lbdem, pe 4 16: fodem, pg 5 17 - SLOAN, Richard. “Exorcimo”, Revista Superineressant, SP: Ed 252, Novembro de 2006. pg 668 75 Direitosautorais reservados ao pastor Jorge Videra ~E proibida a reprodugto total ou parcial desta obra 14 ececeecec5ceecaoacoeuecueacacaeeceooaceaceoooeooaeecoeacoeecoecoaccoecoeaeocoecaeCaoeeene 9080800800000 00098008090098806988600000008000008800088 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Diz o professor de psiquiatria Richard Sloan, da Universidade de Columbia, EUA. Além disso, para ele, as metodologias dessas pesquisas no se sustentam, referindo-se a um dos estudos de maior repercussio: 0 poder da reza a distincia. Outro exemplo também seria o estudo publicado na revista cientifica "American Heart Jour- nal" em 2001. da Universidade Duke, onde se dividiu um grupo de 120 pacientes cardiacos subme- tidos a angioplastia em dois grupos. Para um grupo de pés-operados, sem que soubessem, foram feitas oragdes por rabinos, pastores, padres, budistas, entre outros, durante um ano. Resultado: eles tiveram de 25% a 30% de reduc&o dos efeitos colaterais - como morte, insuficiéncia cardiaca ¢ ata~ que cardiaco-- em relag&o aos demais. Essa foi a primeira fase do estudo chamado de Mantra (Mo- nitoring and Actualization of Noetic Trainings). A segunda etapa, com 700 pacientes, acaba de ser concluida. E, surpresa, ndo houve alteragdio entre o grupo que recebeu as preces ¢ 0 outro. Para Sloan, "isso & perda de tempo. E dificil estabelecer um controle sobre o grupo, pois muitas pessoas jé rezam para o doente”'*. Para o psiquiatra Fabio Herrmann, da Sociedade Brasi- leira de Psicandlise de Sao Paulo, pesquisas ndo fundamentadas podem provar qualquer coisa que se queira. "Mas ndo se pode negar o fato de que a igreja funcione como substituta da terapia. Apro- xima as pessoas’, diz ele, autor de Psicandlise da Crenga. ‘A passos curtos, comega-se a fomentar por aqui essa discusso nos meios médicos. No més de maio e 2005, rabinos, espiritas, padres, pastores, estudiosos de filosofia oriental e um ateu foram chamados para encerrar a 1 Jomnada de Religido e Pratica Médica, curso de trés meses realizado no Hospital das Clinicas de Sao Paulo. E importante lembrar que humanizago ou qualidades como espiritualidade e religiosidade no se limitam a quem segue praticas como freqiientar um templo e orar. "E estreitar a relagdo com 0 paciente, comegando com pequenos detalhes, como um consultério mais simpdtico e acolhedor’, afirma o dentista Dalton Luiz de Paula Ramos, professor de bioética da USP, membro da Pontificia Academia Pro Vita, do Vaticano, e coordenador do Nicleo Fé e Cultura, da PUC, em entrevista recente dada a TV GLOBO, no Programa FANTASTICO”’. ‘Tendo usado o exemplo da satide dentre outros exemplos, para demonstrar a forga da reli- gid no comportamento dos individuos, podemos perfeitamente ampliar essa interferéncia para 0 campo social quando tratamos de guerras religiosas. Desde os tempos primérdios os homens brigam por causa de religido. Muitos e ricos traba- Ihos esto a disposigao dos estudiosos no assunto. Como exemplo desse conflito poderiamos citar As Cruzadas. Ha quase mil anos, o ocidente abriu uma guerra contra o oriente, em nome da fé. O mundo cristo invadiu 0 mundo mugulmano e a ordem era libertar a “Terra Santa das maos dos he- reges. O conceito era: “matar mulcumanos nao era pecado”. Garlow, James L., explica que: .. 08 membros das Cruzadas nao eram nobres cavalheiros conforme se supunha que fossem. Com freqiiéncia, eram homens indisciplinados e perversos que roubavam, saqueavam e ‘stupravam no caminho de uma cidade para outra. Eles ndo se importavam se a vila era cris ou mugulmana. Eram oportunistas, vildes que destruiam qualquer um e qualquer coisa que es- tivasse em seu caminho”™. As Cruzadas deram origem a 200 anos de guerra. Guerras estas que ainda influenciam atitu- des dristicas até o dia de hoje. Quando falamos de 11 de setembro, logo nos vém 4 mente as torres gémeas caindo e levando consigo a vida de milhares de inocentes. Tudo por motivos religiosos Como alguém em nome de um suposto deus, poder demonstrar tanto édio, desprezo pela vida e de- samor a ponto de simplesmente matar? Deus é vida ou é morte? Porém o melhor exemplo histérico que temos de guerras deflagradas por motivos religiosos €0 conflito drabe-israelense. 18 - SLOAN, Richard, Ibdem, Pigs. 66 375 19- HERMANN, Fabio, Psicandlise da Crenga. 1998, 95 20 - Programa exibido em 8 abril de 2007 21- GARLOW, James L., Deus ¢ seu Povo, A Histéria da Igreja como Reino de Deus, Ed CPAD, RJ 2007. Pag 72 Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira —E proibida a reprodugto total ou parcial desta obra 15 FAECAD — Pastor Jorge Videire Para entendermos bem 0 conflito drabe-israclense temos que estudar um pouco da Historia daquela terra softida, das nagdes que 1é viveram e dos povos que a possuem. FE para isso que eu convido a vocé, caro leitor, para estudarmos a "Historia Biblica de Israel". Mas, para isso precisa- ‘mos analisar sem pré-conceitos estabelecidos de verdade ou mentira, certo ou errado. Alias, quando falamos de verdade nos lembramos de um texto: Verdade A porta da verdade estava aberta, mas 56 deixava passar meia pessoa de cada vez. As- ‘sim ndio era possivel atingir toda a verdade porque a meia pessoa que entrava sé trazia 0 perfil da meia verdade, E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis nao coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminoso on- de a verdade esplendia seus fogos. Era dividido em metades diferentes uma da outra. Chegou- se a discutir qual a metade mais bela. Nenkuma das duas era totalmente bela. E carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusdo, sua miopia (Carlos Drummond de Andrade. www.culturabrasil.pro.br/eda.htm) As trés maiores religides mundiais tiveram inicio no oriente médio (Judaismo, Cristianismo 0 Islamismo), sio monoteistas™, chamadas de “abradmicas”, por terem sua fé no Deus tinico, que teria se revelado a um dos primeiro patriarcas biblicos: Abraio. As trés exerceram influéncia na regido do mediterrineo, mas o Cristianismo ¢ o Islamismo se difundiram muito mais que o Judais- mo. Veremos, ao decorrer dos capitulos subseqtientes, que um dos principios basicos essenciais do Judasmo, uma comunidade a qual se pertence tanto por descendéncia como por eleiglo. ¢ 0 re- conhecimento da alianga do Deus tinico™ com os homens criados por Ele, aos quais deu os seus mandamentos. A alianga original entre Deus ¢ Noé e Deus ¢ posteriormente a Abrado foi desenvolvida pela alianga com Moises, a quem Deus transmitiu as leis e as doutrinas basicas do Judaismo. A eleigao de Israel significa, para os judeus, um dever especial de seguir os mandamentos divinos. Deus fala sempre aos homens através dos profetas, A ligago do homem a Deus através do dislogo se aplica vida didria e ao ciclo de festas re- ligiosas do ano judaico, conferindo conforto e forga nas diversificadas e dolorosas experiéncias, pelas quais os judeus passaram ao longo da histéria. Um messianismo acentuado e a promessa di- vina da Terra Santa determinam 0 pensamento histérico judaico. Embora os céticos e ateus nao queiram aceitar, a Biblia Sagrada é muito mais do que apenas um livro religioso. A cada dia uma escavagaio™ arqueolégica, cada artefato”® encontrado dio provas da autenticidade dos fatos nela narrados. Este livro fantastico, que na verdade foi escrito por ho- mens, mas, dirigido e coordenado pelo proprio Deus. Sao historias narradas na maioria das vezes, Por seus préprios protagonistas ou por historiadores que se valeram de apurada investigagd0 para fazé-lo, como foi o caso de Lucas” Para darmos provas da autenticidade da Biblia temos hoje varios exemplos: s patriarcas eram personagens histéricos, o que podia ser comprovado pelos textos meso- potdmicos de Nuzi, do século XIV a.C., em seus muitos paralelos, de estruturas sécio-econdmicas a tradigdes legais, com Gn 12-35. E a migragdo dos amoritas, que ocuparam a Mesopotimia e a Pa- lestina no final do terceiro milénio a.C., criava as condigdes ideais para a entrada dos patriarcas na regio da Palestina ¢ explicava seus nomes, sua lingua, sua religido e principalmente a assimilagao”” cocorrida ou a difusdio”*. 22 - Que acreditam em apenas um s6 Deus. 23 - No original Yahvéh ou JaHWeH - O Tetragrama refere-se ao nome do Deus de Israel 24 - Escavagio: E a remogdo sistematica da matriz com o objetivo de coletar ou observar artefatos e registrar dados. 25 - Artefato: Qualquer objeto produzido artificialmente 26 - Evangelho eserito por Lueas, 0 médico, que leva o seu nome e Atos dos Apéstolos, também escrito por ele. 27 - Assimilagio: Ocorre quando o grupo culturaimente dominante integra efunde tragos de outras culturas, anteriores. 28 - Difusio: E a propagago de tragos culturais de uma determinada cultura em outras. Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~E proibida a reproduslo total ou parcial desta obra. 16, SOCOSCHOSSSCSSOSOCSCHOSHOSCHSOSCOHOSOSCSOCHCCSOOCCHOOCOHOSCSCOCOSCOCECEE 90280080 08008080008080008800080880008868000000000080088080088 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira José era personagem historicamente possivel, pois havia grande quantidade de evidéncias egipcias que testemunhava os costumes ¢ 0 contexto™” contados em Gn 37-50. Semitas poderiam ter chegado a altos postos de governo no Egito, incluindo o de gréo-vizir, especialmente durante 0 g0- vero dos invasores asidticos hicsos. ‘A escravidao dos he- | breus no Egito e 0 éxodo nio podiam ser questionados, pois textos egipcios testemunham que Ramsés II utilizou hapirus (hebreus) na construgo de | fortalezas no delta do Nilo em regime de trabalho forgado. A Estela”’ de Memeptah’!, pla- cas encontradas pelos arqueé- logos no Egito que indicam o farad sucessor de Ramsés Il ¢ | comprova a existéncia de isra- elitas na terra de Cana& na segunda metade do século XIII a.C., 0 que nos permite discutir a fixagdo da data do Pr. Videira, tendo ao fundo alguns de seus alunos de Historia de Israel, em fren- | &xodo ai por volta de 1250 | | te. Pirimide de Quéops, em Gisé, Egito lac | A conquista da Palestina pelas 12 tribos israelitas sob o comando de Josué, como narrada no livro que leva o seu nome, contava com testemunhos arqueolégicos respeitéveis, como a destruig’io de importantes cidades cananéias na segunda metade do século XIII a.C.. Embora muitos autores preferissem explicar a entrada na terra de Canad de outro modo, como pacifica ¢ progressiva infil- tragdo de seminémades pastores a partir da Transjordénia. Este escritor esteve pessoalmente nas escavagdes arqueolégicas de uma muralha em Jericé, como mostra foto abaixo, e pode constatar que o fato narrado na Biblia foi uma realidade. As mura- Ihas encontradas na regido datam da época de Josué e foram destruidas por uma forga sobre- humana. As pedras gigantescas ali encontradas foram colocadas por maos humanas e sua destruiga0 datada por métodos confidveis™. Tudo indica, embora os arquedlogos ainda nao afirmem, trata-se das Muralhas de Jerie6, destruidas por Deus, exatamente como narradas em Josué cap. 6. 29- Contexto: Ea posigio de um achado arqueolgicoe sua matrz ns dimensdes de tempo ¢espag, assim como 0 seu relacionamento com achados asociados 30- Estela: Monumento verical em forma de uma lje de pedra (ou madeira, com inscrgBes, pinuras ou relevos 31 ~htp:/www glerabiblia.com 2009.10.01 archivehtml, da 17 de maio de 2010 as 14:30 horas 32 Datagdo - Os métodos mais empregados pelos arquedlogos para datagdo de vestgios so a radiometria, a estrati- frafia, a placiologa estratigrafia , no caso de vores, adendrocronologia, Carbono 14 - O metodo do radio- farbono foi desenvolvido apés a segunda guerra mundial por Willard F. Libby, da Universidade de Chicago. Ele se baseia na quantidade do is6topo I do carbono, presente em uma determinada amostra,Is6topos so variedades de um elemento que possuem 0 mesmo nimeroafdmico (sto é, mesmo nimero de rétons), mas nimeros de massa diferentes (porgue possuem nimero de néurons eiferents). Ha rs isdtopos prneipais do elemento carbo- no presents na atmosfera (0 C12 ¢0 C13, estives, eo C4, instvel Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira — E proibida a reprodug&o total ou parcial desta obra 17 | FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Terie’ hoje, no se sabe por quanto tempo, pertence aos pales- tinos ¢ fica nas margens do Rio Jordao. Embora quem a visite hoje nio tenha a menor idéia de como la foi importante no pasado, seu nome é citado ias vezes na Bi blia Sagrada e sua histiria se con- funde com os grandes aconteci mentos biblicos, colocando-a co- mo uma das cidades mais antigas do mundo, Em Deuteronémio 34.3, ela € descrita como a cidade das palmeiras. (Tamareiras) Escavagbes das antigas Muralhas de Jerie6. No livro de Josué ela é descrita com muralhas gigantescas e intransponiveis ¢ considerada uma das cidades mais dificeis de serem conquistadas. Mesmo depois de ser destruida e reconstruida varias vezes, a regidio continuow sendo habita- da por povos de menor poder econémico. ‘Na época do dominio romano, Jerieé continua viva. Foi citada no Novo Testamento, durante 0 mi- istério de Jesus, provando ser capaz de sobreviver a varios do- minios de varios impérios que conquistaram a regio, tais como: Assiria, Babil6nia, Pérsia, chegan- do ao de Roma no inicio do pri- meiro séeulo dC. Com os bizanti- nos a cidade se expandiu e vemos suas raizes no Império Otomano até 1917 © depois esteve sob o ‘Montanha em Series tida como o local da tentagdo de Jesus. Nela foi con- | dominio Britanico. truido um Mostiro. | De 1948 a 1967, Jericé ficou sob o controle Jordaniano e foi conquistada por Israel em 1967, na guerra dos seis dias ¢, depois dos acordos de Oslo, em 1993, ela ¢ entregue ao controle palestino, A construgaio ¢ a consolidagdio do poderoso império davidico-saloménico eram consideradas ‘como pontos fixos ¢ imutaveis na historiografia israelita, constituindo marco seguro para qualquer manual de Histéria de Israel ou de Introdugdo a Biblia, quanto as datas dos acontecimentos ¢ is realizagdes da sociedade israelita. (Os reinos separados de Israel e Juda, apés a morte de Salomao, eram bem testemunhados pelos textos assirios e babilénicos, ¢ até pela Estela de Mesha, outro achado arqueol6gico, rei do pais vizinho de Moab, sendo tudo, por sua vez, muito bem detalhado nos livros dos Reis. Para a maioria dos historiadores o Livro dos Reis é considerado fonte primaria. O exilio babilénico ¢ a volta e reconstrugio de Jerusalém durante a época persa, marcando 0 nascimento do judaismo baseado no Templo e na Lei que passa a ser lida sistematicamente nas si- nagogas. Isso sem maiores problemas, gracas 4 confiabilidade dos textos biblicos que detalhavam 0s acontecimentos desta época. A Antropologia Historica considera os dados provenientes de estudos da geogratia, do cli- ma, dos assentamentos humanos, da agricultura, da organizagao social e da economia de uma regiao e de sua populagiio. Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reproducdo total ou parcial desta obra 18, SHOSHSHSHSHSHSHSHSHHHSHSHHSHSOKHSHHSHSSHSSHHHHSHSSHVHGSSH8GOGGe09000080 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Fontes primirias: fontes escritas proveni- entes da Palestina, evidéncia arqueolégica e fon- tes escritas fora da Palestina, todas mais ou me- nos contemporineas aos eventos que relatam, tais como: Tabletes de argila babilénicos; a tela de Merneptah, a Inscrigao de Tel Dan, a Es- tela de Mesha, os Ostraca de Samaria, os Selos lemelek de Juda, a Inscrigao de Siloé, a Carta Yayneh Yam, o Calendario de Gezer, os Ostraca de Arad, as Cartas de Lakish, os Anais de Sal- manasar III, 0 Obeliseo Negro de Salmanasar IIL, os testemunhos de reis assirios e babilénicos como Adad-nirari III, Tiglat-Pileser III, Sargio Il, Senaquerib, Assaradon, Assurbanipal, Nabu- codonosor, ¢ do Egito 0 Faraé Sheshonq™* Ruinas de Megido, no Vale do Armagedom, Israel Os achados de Ninive, entre os anos de 1848 e 1876, antiga Capital do Império Assirio, re- cuperados por Ausen H. Layard, Hormuzd Rassam e George Smith, da biblioteca de Assurbanipal (668-626 a.C.)™. As placas do Diliivio foram desenterradas por Rassam em 1853, mas s6 foram traduzidas em 1872, por George Smith” ‘Achados como: 0 Cédigo de Hamurabi (1903); os monumentos hititas em Bogazquem (1906); 0 timulo de Tutankhamum (1922); © Sarcéfago de Abirdo de Biblos (1923); os textos de Ras Shamra (1929-1937); as Cartas de Meri, o Ostraco de Laquis (1935-1938) e os Rolos do Mar Morto Um exemplo de fonte priméria muito interessante é a Estela de Tel Dan. Na localidade de Tel Dan, norte de Israel, em julho de 1993, em escavagio sob a diregfo do arquedlogo israelense Avraham Biran, foi descoberto um fragmento de uma estela de basalto"” de 32 por 22 cm, com uma inserig&o em aramaico, publicada por A. Biran e J. Naveh em novembro de 1993. Cerca de um ano mais tarde, dois outros fragmentos menores foram descobertos na mesma localidade, mas em um_ ponto diferente do primeiro, Os arqueélogos agruparam os trés fragmentos, avaliando serem partes da mesma estela € produzindo um texto coerente. Datada no século IX a.C., a inscrigao foi aparentemente escrita pelo rei Hazael de Damasco, na qual ele se vangloria de ter assassinado dois reis israelitas, Jordo (de Israel) e Acazias (de Juda) e de ter instalado Jeti no trono de Israel, 0 que teria ocorrido por volta de 841 a.C. (estes episédios, com enfoque diferente, so narrados em 2Rs 8,7-10,36). que causou grande rebuligo foi um termo encontrado no fragmento maior: bytdwd. A tra- dugdio mais provavel seria casa de Davi e isso colocaria uma mengdo extra biblica da dinastia davi- dica e até mesmo da existéncia do rei Davi, do qual s6 tinhamos informagGes na Biblia. Contudo, a mengao de Israel como reino, no norte da Palestina, é interessante. Imediatamen- te nos faz lembrar de outra famosa inscrigdo, a Estela de Memeptah. Esta estela comemora os feitos do Farad Memeptah (1224-1214 a.C. ou 1213-1203 a.C., segundo outra cronologia), filho e suces- sor de Ramsés II, e foi encontrada em 1896 por Flinders Petrie no templo mortudrio do faraé em Tebas. Pode ser datada por volta de 1220 a.C. (ou 1208 a.C.), quinto ano do governo de Merneptah, e celebra sua vit6ria sobre libios que ameagavam o Egito. Ld no final da inscrigdo, ha o seguinte: ‘Os principes estdo prostrados dizendo: Paz. Entre os Nove Arcos nenhum levanta a ¢ beca. Tehenu [Libia] esté devastado; o Hatti estd em paz. Canad esté privada de toda a sua mal- dade; Ascalon esté deportada; Gazer foi tomada; Yanoam estd como se nao existisse mais; Israel ‘esta aniquilado e ndo tem mais semente; O Haru [Canad] estd em viuvez diante do Egito 33 - THOMPSON. 2007, Pag. 33. 34- UNGER, 1980. Pag. 10. 35- 1980, Pag. 23, 36- 1980. Pag. 24, 37 ~ Basalto: Uma rocha ignea (vulednica) escura ou negra Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra. 19 FAECAD — Pastor Jorge Vic Esta ¢ a primeira mengdo de Israel em documentos extra biblicos que se conhece. A inseri- fo é um seguro testemunho de que Israel ja estava na Palestina nesta época Mas, infelizmente, a “Historia de Israel’ esté mudando. O consenso foi rompido. Por moti- vos politicos e, sobretudo financeiros, a pardfrase racionalista do texto biblico que constituia a base dos manuais de ‘Histéria de Israel” nao tem sido mais aceita. A seqtiéncia patriarcal: José do Ei escravidio; éxodo; conquista da terra; confederacao tribal; impérios de Saul, Davi e Salomao; di io entre norte e sul; exilio e volta para a terra, esta sendo despedacada. E muito tristre podermos constatar que para a maioria dos pesquisadores ¢ arquedlogos isra- elences, o pensamento de preservar a imagem de Israel como 0 povo de Deus pertence ao passado. Hoje, uma parte deles tenta provar que Davi ou Salomao, por exemplo, nunca existiram. 0 uso dos textos biblicos como fonte para a ‘Historia de Israel’ esta sendo questionado por muitos. A arqueologia ampliou suas perspectivas e falar de ‘arqueologia biblica’ hoje é proibido: existe uma ‘arqueologia da Palestina’, ou uma ‘arqueologia da Siria/Palestina’ ou mesmo uma ‘ar- queologia do Levante’. E bom sabermos que Israel é uma nago que, embora uma das mais antigas do planeta, s6 foi reconhecida como tal em 14 de maio de 1948, ¢ luta para se manter assim com todas as suas forgas. Ha interesse, por parte dos nacionalistas, de provar a existéncia do povo judeu naquelas ter- ras desde antes da antiguidade. Alguns tentam provar que nao houve o éxodo para darem a Israel a posse da terra de forma natural e ndo através de uma invasao. Se Israel sempre esteve presente na- quela terra entdo tem os mesmos direitos que os palestinos. Antes de analisarmos a histéria de Israel precisamos analisar a historia do mundo, de tudo que nele ha e prineipalmente da origem do homem, Para analisarmos a historia de todas as coisas vamos, ¢ légico, nos basear nos escritos sagrados do Pentateuco. E nosso pensamento nessa obra, acompanhar a histéria de acordo com a arrumagao canénica € nfo cronolégica. Portanto, seguiremos a ordem biblica do Canon sagrado ¢ tentando comentar a histéria contida em cada livro. Como hé muitos livros que repetem a narrativa historica, em uns comentaremos alguns fatos e em outros livros comentaremos outros. Assim, tentarmos fazer da lei- tura algo mais saboroso e facil de seguir com a biblia aberta. ‘A Esfinge de Gise em frente as Pirdmides Direitos autorais reservados a0 pastor Jorge Videira— & proibida a reprodugdo total ou parcial desta obra — 20 eeeeeccesceceeogoeoeeocoeeceeoecoecseoaceseceoocecocoecooocsecooeoecec SOS O8S8OOHOSH8HOHH8SHHHHOSOOOO8OO8888SEH8O8888888O FAECAD ~ Pastor Jorge Videira Por Que Histéria? Lembro-me bem do meu tempo de escola, ¢ jé se vio longos anos, que saudade. Foram cin- co anos de primario, um ano de admissAo, depois, a prova para os quatro anos de Gindsio que hoje no existe mais. Fiz. prova de novo para o 2° grau (que hoje ¢ ensino médio) € mais trés anos de estudo, Preferi Administragio de Empresas para fugir de algumas matérias, dentre elas: Historia Geralmente, os piores professores eram exatamente os de Histéria e Geografia. Eu cresci pensando que essas eram as piores matérias do mundo. Depois de muito tempo foi que percebi que as maté- rias recebiam a culpa de algo que no Ihes pertencia. Ruins, nao eram as matérias, mas os professo- res incompetentes que as lecionavam. Geralmente, eram professores que ndo prendiam a atengiio dos alunos, ndo colaboravam para que os alunos gostassem de aprender. Um professor muitas vezes pode ser o responsavel por fazer com que os seus alunos gostem de sua matéria. A leitura de um livro de Historia ndo devia ser um sacrificio terrivel, mas algo pra- zeroso ¢ enriquecedor. Uma boa prova no deveria ter por meta principal, testar a capacidade de memoria do aluno em decorar datas e nomes, mas o seu aprendizado Aprendi com o tempo, que Historia nao é, em hipétese nenhuma, um amontoado de fatos ¢ nomes que precisam ser decorados para que o aluno tenha condigdes de tirar uma boa nota ¢ depois, nunca mais querer saber deles. A palavra Historia vem do grego antigo “histori” e significa pesquisar ou investigar ¢ era também utilizada quando era necessadrio o testemunho daquele que via ou vivenciava alguma coisa. Portanto, quando alguém queria saber a sua forma de ver alguma coisa ele dizia: “conte sua histé- ria”. Isso significava que cada pessoa podia ter uma versao diferente da mesma histéria, dependen- do do ponto de vista. Cada histéria contada era uma verdade relativa ao fato € a Verdade Absoluta, 6 era alcangada com o somatério de varias verdades relativas. Logo, é necessério que o historiador seja um bom investigador e procure somar as varias narrativas para chegar a uma conclusio sabia. Em nossos dias temos um ditado que diz: “toda histéria tem dois ou mais lados”, assim como toda moeda os tem. Um investigador que se preze no pode ficar satisfeito com apenas um lado da hist ria. Outro fator de suma importéncia, é que estudar histéria, & estudar o homem no seu tempo, dentro do seu espago cultural’®. E bom que o historiador seja desprovido de preconceitos. Nao se pode analisar o homem de ontem com os olhos de hoje. Dai a importincia de outras matérias tais como, por exemplo, Hermenéutica®, Antropologia’’, Portanto, é de suma importancia que o professor de histéria tenha a capacidade de transpor- tar seus alunos em uma espécie de maquina do tempo, levando-os ao lugar, tempo ¢ cultura, estuda- dos em sua aula Chegamos & concluso que um historiador que fizer uma pesquisa e, por algum motivo, se esquecer da ETNOLOGIA, terd seu trabalho condenado a limitago do seu proprio “EU”. E de importincia imprescindivel que o historiador e, sobre tudo, o professor, tenha profun- dos conhecimentos antropoldgicos da diversidade humana. 38 - Cultura: E 0 desenvolvimento intencional de elementos aprendidos (ineluindo crengas, artefatos e valores) © transmitidos socialmente de geragdo em gerac80 39 Hermenéutica: E a cigncia que estabelece 0 conjunto de principios, egras e metodologias que regulamentam a interpretagao 40 - Antropologia: £ o estudo do homem, que pode receber um enfoque sincrénico ou diacrénico. Diacronicamente, preocupa-se com sua origem e desenvolvimento cultural e tecnologico na corrente do tempo, Sincronicamente, trata das similaridades e diferencas entre as variedades biol6gicas humanas, seus costumes, cultura, linguagens e cren- as. Dircitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira —E proibida a reprodusdo total ou parcial desta obra 21 FAECAD — Pastor Jorge Videira ‘Aquilo que os seres hhumanos tém em comum é sua capacidade para serem diferentes ums dos outros, para elaborar costumes, linguas, modos de conhecimentos, instituigdes, jogos profundamente diversos: pois se ié algo natural nessa espécie particular que & a espécie Ine sua aptiddo & variacdo cultural O papel da escola ¢ adequar as necessidades individuais ao meio social e, para isso, ela deve se organizar de forma a retratar, o quanto possivel, a vida real. Todo ser dispie dentro de si mesmo de mecanismos de adaptagdo progressiva a0 meio e de uma conseqilente integracdo dessas formas de adaptago no comportamento. Tal integragao se da por meio de experiéncias que devem satisfa- zer, ao mesmo tempo, os interesses do aluno e as exigéncias sociais. A escola cabe suprir as experi- éncias que permitam ao aluno educar-se num processo ativo de construgao e reconstrugdo do objeto, numa interago entre estruturas cognitivas do individuo e estruturas do ambiente. © conhecimento ¢ o resultado da ago a repartir dos interesses e as necessidades. Os contett- dos de ensino so estabelecidos em fungio de experiéncias que o aluno vivencia frente desafios cognitivos e situagdes probleméticas. Dé-se, portanto, muito mais valor aos processos mentais © habilidades cognitivas do que a contetidos organizados racionalmente. Trata-se de “aprender a aprender”, ou seja, é mais importante o processo de aquisigo do saber do que o saber propriamente dito, A idéia 6 "aprender fazendo” ¢ isso deve estar sempre presente e, para isso, um professor deve valorizar as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural © so- cial, 0 método de solugo de problemas. Embora os métodos variem, as atividades devem ser ade- quadas & natureza do aluno e as etapas do seu desenvolvimento, Na maioria delas, acentua-se a im- portincia do trabalho em grupo nfo apenas como técnica, mas como condigio bisica do desenvol- vimento mental e social. J que estamos falando de métodos, devemos ter em mente os seguintes pontos: a) colocar o aluno numa situago de experiéncia que tenha um interesse por si mesmo: b) o problema deve ser desafiante, como estimulo a reflexdo; ©) 0 aluno deve dispor de informagGes ¢ instrugdes que Ihe permitam pesquisar a descoberta de solugdes; d) solugGes provisérias devem ser incentivadas e ordenadas, com a ajuda disereta do profes- sor; ¢) deve-se garantir a oportunidade de colocar as solugdes & prova, a fim de determinar sua utilidade para a vida. ‘Além de tudo, o mais importante é o relacionamento professor-aluno — 0 professor nao é um ditador implacavel; antes, seu papel é auxiliar 0 desenvolvimento livre e espontineo do aluno com a finalidade de dar forma ao raciocinio dele. A disciplina surge de uma tomada de consciéncia dos limites da vida grupal; assim, aluno disciplinado é aquele que ¢ solidério, participante, respeitador das regras do grupo. Para se garantir um clima harmonioso dentro da sala de aula é indispensivel um relacionamento positivo entre professores e alunos, uma forma de instaurar a "vivéncia demo- critica” tal qual deve ser a vida em sociedade. A motivago depende da forga de estimulagdo do problema e das disposigdes internas e inte- resses do aluno, Assim, aprender se tora uma atividade de descoberta é uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador. A avaliag3o é fluida e tenta ser eficaz a medida que os esforgos ¢ os éxitos sto pronta e explicitamente reconhecidos pelo professor. Infelizmente, nada disso havia no meu tempo de estudante. © método era 0 tradicional ¢ 0 aluno que no decorasse as respostas daquele ensino pronto, enlatado e deficiente, era, simplesmen- te, considerado incompetente. J depois de adulto e praticamente formado, é que fui me identificando mais com a Historia por causa da necessidade de estudar a Biblia Sagrada. Pude entdo, perceber que ¢ impossivel viver compreender o presente sem uma profunda andlise do passado. Todas as explicagdes do que aconte- ‘ce em nossos dias esto amplamente predeterminadas no pasado, Conhecer a histéria de uma pes- 41-LAPLANTINE, Frangois. Aprendendo Antropologia, SP. Ed. Brasiliense, 1999 pag 22 Direitos autorais reservados 20 pastor Jorge Videira — E proibida a reproducao total ou parcial desta obra. 22 eeceeeceeecueeceacocoeoueuacuacuaeacaeuacaeneqcececoecoacuaoecoececeoceocoeeeeeeeeece c 19 OOOO OOOOOSHOHOOOH8OHHHOH8OOH88OO8OH88888O8888 FAECAD ~ Pastor Jorge Videira soa ¢ entender 0 porqué de sua vida ser como é. Vivemos aquilo que plantamos ou 0 que alguém plantou por nés. Para o Apéstolo Paulo, “Aquilo que o homem semear, isso também ceifard”* Quem diria que aquele menino franzino que detestava histéria se transformaria em um pro fessor dela e se renderia por completo aos prazeres de seus conhecimentos. Minha experiéncia é de suma importéncia para poder dizer a vocé leitor que estudar Historia € fundamental para o estudante da Biblia. E impossivel conhecer as mensagens biblicas sem conhe- cer seus personagens ¢ 0s fatos narrados por eles. A maioria dos autores biblicos s4o historiadores que transmitem acontecimentos reais vivi- dos por eles ou pelos alvos de suas historiografias. Repare Lucas em Ator dos apéstolos*’. Em um momento ele narra os acontecimentos participando dos fatos“*, em outros momentos no. Certa vez, um aluno do Curso de Direito da Universidade Augusto da Motta, em uma aula que eu dava sobre a Histéria das Leis judaicas como base das Leis Mundiais, me perguntou se eu poderia Ihe dar uma prova da existéncia de Deus. Prontamente o Espirito de Deus me deu uma res- posta que convenceu aquele joven estudante. Eu lhe respondi: 0 povo judeu e sua historia. Como poderiamos dizer que um povo to perseguido e massacrado na histéria do mundo por milénios, pudesse sobreviver e ser uma nagdo to importante como & em nossos dias? Ao que aquele aluno de Direito me respondeu: verdade, isso somente com o apoio de um Deus muito poderoso. Algum tempo depois, tive o prazer de levar aquele aluno a uma viagem de estudos em Israel e ouvi-lo con- fessar que Jesus Cristo passou a ser 0 Senhor de Sua Vida Se estudar Hist6ria ja é fascinante, imagine estudar a Historia Biblica, a formagao da familia de Abrado, das Tribos de Jac6, do povo judeu e de sua cultura, que foi o bergo do cristianismo. E para isso que eu os convido nessa leitura. Vamos juntos nesta viagem empolgante, de mui- tos mistérios, simbolos ¢ tipos, Vamos juntos estudar a Historia Biblica de Israel. Pr. Videira e sua esposa Carmelita em frente a Mesquita de Alabastro, no Egito 42 - PAULO, Galatas 6.7-13, 43 - LUCAS, Atos 1.1,2 44 - LUCAS, Atos 20. 5,6 (Estes, indo adiamte, nos esperaram em Tréade. E, depois dos dias dos paes asmos, navega- ‘mos de Filipos e, em cinco dias, fomos ter com eles a Trade, onde estivemos sete dias.) Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira — E proibida a reprodugto total ou parcial desta obra 23 FAECAD - Pastor J SOOO OOOHOH8HO88HHSHTHSEOTHHHEHSEHOHOH8888HO888888O8S FAECAD ~ Pastor Jorge Videira ane A linha da Hist6ria Biblica Situado entre 0 Vale do Eufrates e 0 Egito, os dois principais centros do mundo antigo, fica- va a terra de Canaa, terra que tempos depois, veio a ser conhecida também como Palestina e atual- mente Estado de Israel. Durante 0 decorrer da Historia este lugar passou por varios processos que ampliavam e diminufam seu territério. A cidade central da Histéria Biblica e de toda a Palavra de Deus é, sem diivida, centralizada na cidade de Jerusalém, centro reconhecido atualmente como 0 corago dos grandes movimentos religiosos (Cristianismo-Judaismo-Islimismo). Muito tempo antes dos Hebreus entrarem em Canaf, ja existia Jerusalém que era conhecida por “Urusalim”. Em Génesis 14. 18, vemos seu nome como “Salem”, que, antes de Abrao chegar até 14, Deus jé tinha um propésito especial para aquele local. A Biblia nos relata que quando Jesus contemplou a cidade, ndo pode conter as lagrimas. Jesus chora por Jerusalém e profetiza sua deso- ago. Mais tarde, Jerusalém mataria aquele cujo nascimento tinha a finalidade de sua fundagao Ao compararmos as distncias entre Jerusalém para os grandes principais centros da época, vemos as seguintes distincias: 1 - para ASSIRIA. 1.126 km. 2- para PERSIA. 1.609 km. 3 - para ROMA. 1.413.km, 4- para BABILONIA. 1.130 km. 5 - para GRECIA. 1.287 km. Antes de darmos uma tabela de ajuda para as datas dos acontecimentos biblicos, é bom que saibamos que em hist6ria, as datas so sempre aproximadas por varios motivos e so varios tam- bém, os métodos usados para datagao: 1) Nem todos os escritores datavam seus escritos e isso dificulta o real entendimento de quando o fato narrado aconteceu; 2) O tempo no passado era medido de forma diferente da que medimos hoje. Por exemplo: 0 calendério solar, que conta os anos pelo tempo que a Terra leva para dar uma volta em tomo do Sol, € muito diferente do calendério lunar, que conta os anos pela quantidade de vezes que a Lua gira em tomo da terra. Para o calendario lunar, utilizado nos tempos biblicos, uma lua tinha sete dias e qua- ‘to luas formavam um més. Logo, os meses eram de 28 dias e os dias da semana iniciavam sempre nos mesmos dias do més. Por exemplo: O primeiro dia do més era sempre um domingo. Dai a ex- presto: “no primeiro dia da semana, Maria...” usada no evangelho para determinar dia em que Maria visitou o timulo de Jesus. A nomenclatura “domingo” utilizada para o primeiro dia da sema- na foi colocada muito tempo depois pela Igreja depois do 4° século d.C., que também, por sua vez, € chamado de Ano Démini. Atualmente, os dias da semana variam sempre de acordo com o ano e, um domingo que foi no dia primeiro do més tal, s6 se repetira oito anos depois. Se o aniversario de uma pessoa caiu em um domingo, s6 voltaré a cair em um domingo depois de oito anos. 3) Outro ponto importante a ser analisado é a questio da cronologia biblica. Cronologia ¢ 0 conjunto seqilencialmente organizado de datas de eventos ou de divisdes de tempo entre fendmenos. E bom que os leitores saibam que a Biblia nao foi organizada em ordem cronoligica. Embora os escritores tenham escrito 0s textos em ordem, mas, o agrupamento desses textos pode ter sido alte~ rado e um acontecimento que vinha antes pode ter sido agrupado depois. Nao podemos esquecer que a Biblia é uma biblioteca com 66 livros e com mais ou menos 40 autores de datas, lugares, cul- Direitos autorais reservados ao pastor Jorge Videira ~ E proibida a reprodugo total ou parcial desta obra. 25

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