Pessoa
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Cerca de 63 poesias de Amor de Fernando Pessoa
O amor, quando se revela,
No se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas no lhe sabe falar.
Em que s [] fictcio,
Em que tempo parado
Foste o () cilcio
Que quando em f fechado
No sentia e hoje sinto
Que acordo e no me minto
Fernando Pessoa
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Amar cansar-se de estar s: uma covardia portanto, e uma traio a ns
prprios (importa soberanamente que no amemos).
Fernando Pessoa
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Nunca amamos ningum. Amamos, to-somente, a ideia que fazemos de
algum. a um conceito nosso - em suma, a ns mesmos - que amamos.
Isso verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um
prazer nosso dado por intermdio de um corpo estranho. No amor diferente do
sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermdio de uma ideia nossa.
Fernando Pessoa
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J no me importo
J no me importo
At com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para l ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que sem ar
De olhar a valer.
E s me no cansa
O que a brisa me traz
De sbita mudana
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
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O poeta um fingidor.
Finge to completamente
Que chega a fingir que dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
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Escrever esquecer. A literatura a maneira mais agradvel de ignorar a vida.
A msica embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dana e a
arte de representar) entretm. A primeira, porm, afasta-se da vida por fazer
dela um sono; as segundas, contudo, no se afastam da vida - umas porque
usam de frmulas visveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma
vida humana.
No o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance uma histria do
que nunca foi e um drama um romance dado sem narrativa. Um poema a
expresso de ideias ou de sentimentos em linguagem que ningum emprega,
pois que ningum fala em verso.
Fernando Pessoa
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AUTOPSICOGRAFIA
O poeta um fingidor.
Finge to completamente
Que chega a fingir que dor
A dor que deveras sente.
in O Rio da Posse
Fernando Pessoa