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CAPITULO 2 ‘com v em metros por segundo, Derivando a fungo velo- cidade, obtemos a= +61, (Resposia) ‘com a em metros por segundo ao quadrado, (b) Existe algum instante para o qual v = 0? Céicuta Fazendo (2) = 0, obtemos 21 +3 , portanto, t 438 (Resposta) Assim, a velocidade € nula tanto 3 s antes como 3 s ap6s, instante t= 0. (©) Descreva o movimento da particula parat = 0. Raciocinio Precisamos examinar as expressées de x(t), WO eae). m= 0,a particula esté em x(0) = +4 me esté se mo- vendo com velocidade (0) = -27 m/s, ou seja, no sentido negativo do eixo x. A aceleragio é a(0) = 0 porque, nesse instante, a velocidade da particula nao est4 variando. Para 0 <1<355, particula ainda possui velocidade negativa e, portanto, continua a se mover no sentido ne- gativo. Entretanto, a aceleragio no mais é igual a zero « sim crescente positiva. Como os sinais da velocidade « da acelerago so opostos, 0 médulo da velocidade da partfcula deve estar diminuindo. De fato, jé sabemnos que a particula para momentane- amente em = 3 s. Nesse instante, a particula se encon- ‘tra na maior distancia & esquerda da origem da Fig. 2-1. Fazendo f = 3s na expressio de x(t), deseobrimos que a posido da particula nesse instante € x = —50 m. A acele- ragio € ainda positiva, Para t > 3.5, particula se move para a direita sobre o ‘cixo. A aceleragao permanece positiva ¢ aumenta progressi- ‘amente em médulo. A velocidade é agora positiva eo mé- dulo da velocidade também aumenta progressivamente, 2-7 Aceleragaéo Constante: Um Caso Especial Em muitos tipos de movimento, a aceleracio € constante ou aproximadamente cons- tante. Assim, por exemplo, vocé pode acelerar um carro uma taxa aproximada- ‘mente constante quando a luz de um sinal de trénsito muda de vermelho para verde. Nesse caso, os grificos da posigao, velocidade e aceleragao do carro se assemelha- riam aos da Fig. 2-8. [Note que a(#) na Fig. 2-8 é constante, o que requer que v(t) na Fig. 2-8b tenha uma inclinago constante.] Mais tarde, quando voc® freis o carro até parar, a acelerago (ou desaceleragéo, na linguagem comum) pode também ser aproximadamente constante. -Esses cas08 sio tio frequentes que foi formulado um conjunto especial de equa- «Ges para lidar com eles. Uma forma de obter essas equagSes apresentada nesta segio; uma segunda forma seré apresentada na segdo seguinte, Nessas duas segdes € ‘mais tarde, quando vocé trabalhar na solugdo dos problemas, lembre-se de que essas solugdes sdo validas apenas quando a aceleragdo é constante (ou em situagdes nas quais a aceleragdo pode ser considerada aproximadamente constante). Quando a aceleragao é constante, a aceleracio média e a aceleracao instant nea so iguais e podemos escrever a Eq. 2-7, com algumas nmudancas de nota na forma ‘onde v, 6a velocidade no instante t = Oe v éa velocidade em um instante de tempo =0 posterior 1. Explicitando v, temos: Como verificagao, note que esta equagdo se reduz a v = v, para t = 0, como era de se esperar. Como verificagdo adicional, vamos calcular a derivada da Eq. 2-11. O re- sultado € dv/dt = a, o que corresponde & defini¢do de a. A Fig, 2-86 mostra. gréfico vai tak (241) da Eq, 2-11, a fungdo v2); a fungdo € linear e, portanto, o gréfico é uma linha reta. De maneira andloga, podemos escrever a Eq, 2-2 (com algumas mudangas de notagéo) na forma 10 o que nos dé Ay + Vinal (242) onde 1, € a posigo da particula em t = 0¢ vgs: € a velocidade média entre t= Oc ‘um instante de tempo posterior t. Para a fungdo velocidade linear da Eq. 2-11, velocidade média em qualquer in- tervalo de tempo (de t = 0 aum instante posterior 1, digamos) & a média aritmética da vvelocidade no inicio do intervalo (v,) com a velocidade no final do intervalo (v). Para o intervalo de 1 = 0 até um instante posterior f, portanto, a velocidade média é Ynat = vp + ¥). 13) Substituindo v pelo seu valor, dado pela Eq. 2-11, obtemos, agrupando os termos, Wnea = Yo + at (2-14) Finalmente, substituindo a Eq. 2-14 na Eq. 2-12, obtemos: a r= wot + fa (5) Como verificagdo, note que esta equagdo se reduz a.x = x para f = 0, como era de se esperar. Como verificagao adicional, vamos calcular a derivada da Eg. 2-15. 0 resultado é a Eq. 2-11, como era de se esperar. A Fig. 2-8a mostra o grifico da Eq. 2-15; como a fungio € do segundo grau, 0 grafico nao é uma linha reta. As Eqs. 2-11 ¢ 2-15 sdo as equagdes basicas do movimento com aceleragdo constante; podem ser usadas para resolver qualquer problema deste livro que en- volva uma acelera¢do constante, Entretanto, é possfvel deduzir outras equagdes que podem ser titeis em situagSes especificas. Observe que um problema com acelera- «edo constante pode envolver até cinco grandezas: x ~ x vs f, @€ vp, Normalmente, uma dessas grandezas ndo estd envolvida no problema, nem. como dado, nem como incdgnita. So fornecidas trés das grandezas restantes ¢ o problema consiste em de- terminar a quarta. As inclinagdes da ‘curva de posig&o so plotadas na curva de velocidade. Velocidade o———* inctinagtio do 0 grafico de velocidade 6 plotada no grafico de aceleragao. Aceleracio MOVIMENTORETILINEO == 23 Figura 2-8 (a) A posigio x() de uma partcula que se move com aceleraca0 constante. (6) A velocidad da particu, (9, dada em eada ponto pea inelinago da curvade x(.(c) A aceleragdo (constant) a paricula, igual inclinaglo (constants) da curva de v(). 24 CAPITULO 2 Equagdes do Movimento com ‘Aceleragdo Constante" As Eqs.2-11 €2-15 contém, cada uma, quatro dessas grandezas, mas nfo as mes- ‘mas quatro. Na Eq. 2-11, a grandeza ausente € 0 deslocamento x — x; na Eq. 2-15, € a velocidade v, As duas equagées também podem ser combinadas de trés maneiras diferentes para produzir trés novas equardes, cada uma das quais envolvendo quatro Naimero da Grandeza Fquagio —Equagéo —_que'fala. _grandezas diferentes. Em primeiro lugar, podemos eliminar t para obter 241 vewtar ok + dale =x 2-16) 25. Semen iy 316 yaa 4 2ate ny 1 EStR equagdo € til se nfo conhecemos # no precisamos determinar o seu valor. DIT x=a,— Wy buy @ Ea segundo lugar, podemos eliminar a aceleragio a, combinando as Eqs. 2-11 ¢ ois youl 215 para obter uma equagdo em que a nio aparece: “Cenfique-s de que a acolerapo 6 constante ants de usar as equagtes desta tabela vo + vt (247) Finalmente, podemos eliminar v,, obtendo io = ve — Sar’ (218) Note a diferenga sutil entre esta equagio e a Eq. 2-15. Uma envolve a velocidade inicial v,; a outra envolve a velocidade v no instante 1. ‘A Tabela 2-1 mostra as equagGes bésicas do movimento com aceleracdo constante (Bqs. 2-11 & 2-15), assim como as equagdes especiais que deduzimos. Para resolver ‘um problema simples envolvendo acelerago constante, em geal € possfvel usar ‘uma equagao da lista (se vocé puder consultar a lista). Escolha uma equacdo para a qual a tinica varidvel desconhecida é a variével pedida no problema. Um plano mais simples € memorizar apenas as Eqs. 2-11 ¢ 2-15 ¢ montar com elas um sistema de equagées, caso isso seja necesséirio, WGreste 4 ‘As equagbes a seguir forecem a posigdo x(t) de uma partfcuta em quatro casos: (1) x = Br — 4; (2) x= St + 42 + 6 @) x = 2 — Ale, (4) x = SP — 3, Em que caso(s) as ‘equagGes da Tabela 2-1 podem ser apicadas? Aceleragao constante: gréfico de vem funcao de x ‘A Fig, 2-9 mostra a velocidade v de uma particula em fun- ‘¢do da posico enquanto a particula se move ao longo do eixo x com aceleracio constante. Qual é a velocidade da particula no ponto x = 0? fe DEIA-CHAVE Podemos usar as equagées de aceleragao constante; em particular, podemos usar a Eq. 2-16 [v? = vj + 2a(x ~ ~)] {que relaciona a velocidade & posigdo. Primeira tentativa Normalmente, estamos interessados ‘em wsar uma equagio que contenha a varidvel pedida. Na Eg. 2-16, podemos dizer que x = Oe que vp € a varidvel pedida. Para determinar o valor de vo, precisamos conhe- cer os valores de ve xno mesmo ponto, O grfico permite determinar dois pares de valores para ve x: (1) v = 8 m/s ex = 20m; (2) v = 0ex= 70m. Usando o primeiro par, odemos escrever: (smsy v4 + 2a(20m — 0), (219) — Avelocidade 6 8 mis quando a posigéio € 20 m. Avelocidade 6 0 quando a posigao Hs 670m. Figura 2-9 Velocidade de uma particula em fungo da posigéo. Entretanto, nfo podemos usar a Eq. 2-19 para calcular 0 valor de vo, que niio conhecemos o valor de a. ‘Segunda tentativa Em vez de tentarmos determinar dire- tamente a variavel pedida, vamos aplicar a Eq. 2-16 aos dois pontos conhecidos, chamando de vy, = 8 m/s e x, = 20m o primeiro par de valores e de v = 0 m/s ex = 70m ‘© segundo par. Nesse caso, podemos eserever: (0 mis)? = (8 mis)* + 2a(70 m ~ 20m), ‘0 que nos dé a = ~0,64 mis’. Substituindo este valor na Eg. 2-19 e explicitando 1, (a velocidade associada & posi- ‘gdo.x = 0), obtemos vy = 9,5 mis. (Resposta) Comentério Alguns problemas envolvem uma equaco que Pa [MOVIMENTO RETILINEO aqueles que exigem o uso de uma equago que ndo inclu 4 varidvel pedida, mas fornece um valor necessério para determiné-la. As vezes, esse tipo de abordagem exige co- ‘ragem, pois se trata de uma solugao indireta. Entretanto, se 0 leitor aprimorar sua técnica resolvendo muitos tipos de problemas, esse tipo de abordagem exigiré uma dose ‘cada vez menor de coragem poderé até mesmo tornar- se dbvio. A solugdo de qualquer problema, seja fisico ou social, requer uma certa dose de prética. inclu a varidvel pedida. Os problemas mais dificeis so 2-8 Mais sobre Aceleragaéo Constante* ‘As duas primeiras equagdes da Tabela 2-1 sio as equagées basicas a partir das quais as outras podem ser deduzidas. Essas duas equagées podem ser obtidas por inte- sragdo da aceleragdo com a condigdo de que a seja uma constante. Para obter a Eg. 2-11, escrevems a definigdo de aceleragdo (Bq. 2-8) na forma dv = ade Em seguida, escrevemos a integral indefinida (ou antiderivada) nos dois lados da equagao: for fea Como a aceleragdo a € constante, pode ser colocada do lado de fora do sinal de in- tegraco. Nesse caso, temos: Jur=afa vaat+C. (2-20) Para determinar a constante de integrago C, fazemos t = 0, instante no qual v = >, Substituindo esses valores na Eq. 2-20 (que é valida para qualquer valor de f, n= cluindo 1 = 0), obtemos ou v= (a0) + C=C Substituindo este valor na Eq, 2-20, obtemos a Eq. 2-11. Para demonstrar a Eq. 2-15, escrevemos a definigao de velocidade (Eq. 2-4) na forma de =vde ¢ integramos ambos os membros desta equago para obter Juv =e de Substituindo v peto seu valor, dado pela Eq. 2-11, temos: 268 CAPITULO 2 Figura 2-10 Uma pena e uma mag em queda livre no vacuo sofrem a ‘mesma aceleragdo g, que aumenta a distincia entre imagens sucessivas. Na auséncia de ar, a pena © a magi caem juntas. (Jim Sugar/Corbis Images) Como vp € a sio constantes, podemos escrever in vot + far? +C', Integrando, obtemos onde C’é outra constante de integragao. No instante t = 0, temos.x = x. Substituin- do esses valores na Eq. 2-21, obtemos x) = C’. Substituindo C' por x, na Eq. 2-21, obtemos a Eg. 2-15. 2-9 Aceleragéo em Queda Livre Se leitor arremessasse um objeto para cima ou para baixo e pudesse de alguma forma climinar 0 efeito do ar sobre 0 movimento, obseryaria que.o objeto sofre uma acelera- 0 constante para baixo, conhecida como aceleracao em queda livre, cujo médulo € representado pela letra g. O valor dessa aceleragdo niio depende das caracterfsticas do objeto, como massa, densidade e forma; é a mesma para todos os objetos. A Fig. 2-10 mostra dois exemplos de aceleragdo em queda livre através de uma série de fotos estroboscépicas de uma pena e de uma maga. Enquanto esses objetos caem, sofrem uma aceleragio para baixo, que nos dois casos é igual a g. Assim, suas velocidades aumentam com a mesma taxa ¢ eles caem juntos. valor de g varia ligeiramente com a latitude e com altitude. Ao nivel do mar © em latitudes médias, 0 valor € 9,8 m/s?, que € 0 valor que o leitor deve usar como rimero exato nos problemas deste livro, a menos que seja dito o contrétio. ‘As equagdes de movimento da Tabela 2-1 para aceleragio constante também se aplicam & queda livre nas proximidades da superficie da Terra, ou sej, se aplicam a um objeto que esteja descrevendo uma trajetéria vertical, para cima ou para baixo, contanto que 0s efeitos do ar possam ser desprezados. Observe, porém, que, no caso da queda livre, (1) a diregdo do movimento € ao longo de um eixo y vertical e ndo ao longo de tum eixo x horizontal, com o sentido positivo de y apontando para cima (isto serd im- portante em capitulos subsequentes, em que examinaremos movimentos simulténeos nas direges horizontal e vertical); 2) a acelerago em quedia livre é negativa, ou seja, para baixo, em direcdo ao centro da Terra, e, portanto, tem o valor g nas equagies. Ds sestoragto om goats ive nas proximidades d sported Tea 6 —98 ms! ¢ 0 médulo da aceleragho 6 g = sim por 9,8 mis". Ee 8 ms. No substitua g por —9,8 mis (e Suponha que voce arremesse um tomate verticalmente para cima com uma veloci- dade inicial (positiva) v) € apanhe quando volta ao nfvel inicial. Durante a trajetéria em queda livre (do instante imediatamente ap6s 0 langamento ao instante imediata- ‘mente antes de ser apanhado), as equacdes da Tabela 2-1 se aplicam a0 movimento do tomate. A aceleragao € sempre a = —g = ~9,8 m/s", negativa e, portanto, drigida para baixo. A velocidade, entretanto, varia, como mostram as Eqs. 2-11 e 2-16: na subida, a velocidade é positiva e 0 médulo diminui até se tornar momentaneamente igual a zero, Nesse instante, o tomate atinge a altura maxima. Na descida, © médulo da velocidade (agora negativa) cresce. Wrestes (@) Se vocé arremessa uma bola vericalmente para cima, quel 60 sinal do deslocamento

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