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ore Pee Cited boosie Integracién & Desarrollo a Mn CONTEMPDRANEA |. OU QUANDO UM PARADIGMA | : Riera DEE aes laa a Editorial portugués ‘Ao findar 0 ano de 2016 chegamos & 7*edigso da Re- Vista Latinoamerica.Iniciamos pela discussdo do sempre atual toma da crise ambiental pelo Professor Marcos Costa Lima que _afima que nossa civilizagaofloresceu na base de uma exploracao insustentavel dos recursos naturais e humanas @ defende que a {ormulagao de polticas deve visar a procura de um equilrio entre (© progresso social (bem-estay), a sustentabildade ambiental e ‘economia. Revisitando o debate sobre as civilzagées indigenas, ‘Sobretudo no México, de antes das invasdes espanholas,Alredo Nava Sanchez percebe e discuteo fato de que os canhecimentos ientffcos e cuiturais, que faziam deles civlizagdes, foram ‘ocultados pelos pré-conceitos “cientficos” europeus e recons: {tuldos posterionmente pelos estudos arqueolégicos de estudiosos {do século XVI, JAignacio Ramonet, professor emérto, articulsta, mas mais conhecido pela sua delesa dos movimentos socials na ‘America Latina, faz uma importante anlise do governo de Nicolas "Maduro e da sua determinagao em mante, na Venezuela, 0 projet bolivariano de democracia, desenvolvimento e Independencia, destacando as vitéias que obteve na luta por estes objetivos em 2016. Em sequida oAntropolago ¢ exassesso: para asuntos migra {orios e mobildade humana no Ministerio de Relagoes Extriores {do Ecuador e da UNASUR, Jacques Ramirez, é entrevstado por Maria Dei Carmen Viar‘eal sobre a questa da construcadode uma ‘idadania da America do Sul que, a seu ver, esta vincuiada &cons- ‘tugdo do bloco UNASUR: por um lado a visio juridicae poltica que € 0 reconhecimento progressivo de direitos e obrigagdes pelos ‘membros da regio e por outro de uma visto de cidadania de caré tor cultural que implica no reconheciento das dversidades, das entidades e das cosmovisées diversas que sio parte de nosso ‘ser como Pattia Grande e das quais ha muita historia compar tihada. Porfim, 0 Maestro Marcus Vinicus, ao saudaro surgimento ‘da Radi Independencia, nos taz uma importante refelexao sobre ‘funcionamento das grandes corporagdes da produgao e da mica ‘que, a0 se fundirem e confundirem seus projetos, pretendem domi nara vontade cultural de povos enagies. Arevsta NP7 esta no s te-Boaleitura Luisa Moura Editora-Chefe Editorial Cerrito ‘Al final del ao 2026 llegamos a la 7 edicién de la Re- vista Latinoamerica, Comenzamos por discutel tema actual de la Crisis ambiental pore profesor Marcos Costa Lima, de UFPE, que establece que nuestra civiizacién floecio sobre la base de una fexpatacion insostenible de los recursos naturales y humanos y argumenta que la formulacién de politcas deberia tener como ‘objetivo lograr un equirio entre el progreso social (bienesta), la sostenibilidad del medio ambiente y la economia, Al retomar la ‘dscusiin de as eilzaciones indigenas, especialmente en México antes de la invasion espaol, Alfredo Nava Sanchez se da cuenta yylscuteelhecho de que las conocimientoscientficosyculturales, {que les hizo civiizaciones, estaban ocultos por los pre-conceptos cientiioas" europeos y mas tarde han sido reconstruidos par los cestudioe arqueoligicas desavrolades por los estuciosos de! siglo XVII. Ignacio Ramonel, profesor eméio, escitor, més conocido por su detensa de los movimientos sociales en América Latina, hhace un andlsis importante del gobierno Nicolas Maduro y su ddterminacion de mantener en Venezuela el proyecto balvariano dela democracia, el desarrollo la independencia, destacando las victorias obtenidas en la lucha por estos objetivos en el 2016. A Continuacién,elantropélogo y exasesor de asuntos migratorios del ‘Ministerio de Asuntos Exteriores de Ecuador y UNASUR, Jacques ‘Ramirez es entrevstado sobre el tema de la constuccién de una CGudadania de América del Sur que, en suopinion, esta vinculada. a la construccién del bloque de UNASUR: por un lado a la vision juridiea y politica que es el reconocimiento progresivo de los derechos y obligaciones de las miembos de la regin y, por oto lado, deuna sion de cudadaniade carécte cultural que implica reconocimiento de las diversidades, de las identidades y de las ‘cosmovsiones diversas que son partes de nuesto ser como Patria Grande y de las cuales hay una gran cantidad de historia ccamparida. Por uimo, ef Maestro Marcus Vinicius, para saludar a los albores de la Radio Independencia, nos trae una. importante reflexion sobre el funcionamiento de las grandes corporaciones de la produccion y de los medios que, al usionar y confundit sus pro yyectos, paseen la intencion de dominar la voluntad cultural de fos pueblos y de las naciones. La revista 7 esta en el sitio, (Buena lectura! Luisa Moura Editora Jefe Conselho Editorial: Alai Diniz Carlos Alberto Santos Célio Bermann Gentil Corazza Ido Sauer Luciano Wexell Severo Marcus Vinicius de Andrade Nilson Aratijo de Souza Vitorio Oxilia Paulo Eduardo Nunes de Moura Rocha Sidney Ferreira Leite Expediente : Luisa Moura - Editora-Chefe Lia Bressan - Chefe de Redacdo Mariana Moura - Redatora Chefe ‘Angela Garofali - Tradutora Elissandro Santana - Revisor ‘Alexandre Souza - Diagrama¢do Alexandre Andreatta - Site fotos: www.pixabay.com contatorevistalatinoamerica@gmail.com Meio Ambiente Medio Ambiente Politica e Sociedade Politica y Sociedad Integracdo Integracion Arte e Cultura Arte y Cultura Ano Ill-No. 7 Novembro - Dezembro - 2016 reac Co ene UE Pict cts eee caer ECSU aoe ea uc Maduro en 2016 CT awe) Pee Sok Cd RV Me ea recs Pag. 30 Especiaisas tém reterado que essas tendéncias, que ‘ode grande impact, tiveram seu inicio, obretudo por causa da esirutura e marcha dos paradigms estabelecidos na ideologia ‘dominante do captaismo, com 0 estabelecimento de um padra0 altamente predatério do consume e da utlizagdo dos recursos ‘naturais, com ator agravante de uma populagdo em crescimert, ‘que dever atingi 6.3 bilhSes. © Brasil, por volta de 2042 tera 223 mmibdesde habitantes, Proje da Popula0 muna em bes) ‘AComissdo Lancet, em seu relatorio sobre a sade do planeta, identiicou és categorias de desafios que devem ser en- ‘rentados se quisermas manter ou melhorara saide humana, S80 les: (),atendéncia a depender excessivamente sobre 0 cresci- ‘ment do produto intema bruto, como media do progresso hua noe da falha para expicar os dans futuros sob o manta aparente {dos ganhos de hoje, edeignara o feito desproporcionado que es- ‘es danos tém e terdo sobre 0s pobres em todos os lugares do mundo, sobretudo nas nagées em desenvolvimento, que em part- cular, ndo tm capacidade para se preparar para as catéstrotes do futuro; (i) fata de conhecimento (investigagae e informagao fidedigna), a fata histrica de transdisipinaidade cientitica na compreenséo do problema, juntamente com uma auséncia de vontade ouincapacidade dos governos em lidar com aincerteza no ‘momento da tomada de decisdo; (i) as dficidncias de execucdo (desafos de governacao), tis como omodus operandi dos go veines e instiuigbes que atrasam o reconhecimento e resposta as ameacas, especialmente em face das incertezas que nao conse {quem prever, falta ou atrasos na alocagdo de recursos no trata ‘mento das questBes ambientais consideradas nfo-prionias. Ha também a questo do intervalo de tempo entre uma agao @ 0 seu resultado. Um dos problemas graves com relagso aos danos am bientais € que s6 se acredita nas tragédias ambientais, quando elas ocorrem, quando ja ¢ muito tarde, O caso das enchentes que ‘ocorreram em New Orleans, que poderiam ter sido minimizadas, caso 0 Governo dos Estados Unidas da América tvesse atuado com presteza, Sempre ha algum argumento para protelar 0s inves timentos reparadores ‘A formulagao de poliicas deve visar a procura de um equi entre o progresso social (bemmestar), a sustentablidade ambiental e economia. & ai que reside o grande dilema de gover os e grandes corporagses, quase sempre defnindo a economiae ‘lucr0 como seu foco priori. Isto acaba por tomna-se um vies estreitoem que os objtivos prioritiios de grandes conglomerados ‘multnacionais, dos bancos passam a assumir uma dimensao sem pre maior do que. bem-estar geraldas pessoas, Para alimentar uma populacio mundial que breve atin i 0s @ bilndes de pessoas seria necessario mudar 0 sistema ‘agricola, privlegiando as micro, pequenas e médias empresas a {rcolas a0 contraro do tomento a0 agronegécio em grande esca la. Aestrutura agrévia global precisa de mudancas répidas e con sistentes, fim de reduzir 0 tamanha das propriedades, 0 que permiia que os sistemas agricolas poderiam vr a resolver 0 pro blema da desnutigao existent, e no priviegiar o agrobusiness, {que além de capital intensivo, em grande medida tinanciado com (0s impostos da maiotia, gera polugao em grandes proporedes, além da quantidade de agrotéxicos que produzemdoencas crdni- 07 cas. € uma cadela gigantesca de setores associades - as grandes: rmaquinas, 0s fertiizantes, 0s produtores de sementes wansgé- cas, eo latind Eleites deletérios sobre a populaco a parti ‘desse complexo S30 muitos: o uso intensivo de agua paralirigagao (oj); © desmatamento sistemstico: a intoxicago pelos age: {xic0s e efeitos da hipernutigdo (obesidade) na producao de al ‘mentos nao naturals, um fendmeno que ano se imita apenas aos Palses ricos, e que decorre do aumento do consumo de alimentos processados ¢ uma a das resutantes. A pequena e média agt: cultura ria reduzir o desperdicio,diversificar as detas e minimizar (05 danos ambientais,Ao mesmo tempo, devemas também cuidar dda educacSo, 0 que permitiia & camada mais pobre da populago de compreender a natureza real do jogo em questo e lutar pelos ‘us direitos, Malo consumo de alimentos saudavelse orgnicos: terd reflexos e ganhos na satde, 0 que teria de vir associado a. ampliagio de uma medicina mais preventva, e no estimular © sistemade sade que atende apenas aosmais cos. (0s dados apresentados pela Comissao Lancet [1] $80 olimistas em relagdo aos avangos na sate humana, e afimam |quehojea situagao é melhor do que em qualquer outromomentona histéra.Aexpectatva de vida geral no planeta passou de 47 anos, fenire 1950-1955, para 69 anos entre 2005-2010. taxa de morta- lidade em menores de cinco anos diminuiu substancialmente em ‘odo 0 mundo a part de 214 por mi nascidos vivos em) 1950-1955 para 58 em 2005-2020. © numero total de pessoas vivendo em extrema pobreza cau deo, 7ihdes nos itimos 30 anos, apesar do crescimento na populaeao total em paises pobres de cerca de 2 bitndes, 0 relatrio também diz que “esta reducéo da pobreza tem sido acompanhada por avangos sem precedentes na saide publica, cuidados de saude, educagao, leis de direitos humanos e e desenvolvimento tecnolégico, que touxe grandes beneticios, temborade forma desigual, para ahumanidade" Mas 0 que 0 relatrio no aborda o aumento da desi- ‘quakdace em escala global, tanto nos paises centrais como tam- bem nos de pesifti. Ha muitos estudos recentes [2] que tém cha- mado a atengdo para 0 problema, especialmente desde os anos ‘1980, quandoas prerrogativas doneotiberalsmoedo Consensode Washington se estabeleceram em todo @ mundo, © PNUD [3] poubiicou um estudo que mostra que, apds mais de 200 anos, as \desigualdades econdmicas globais tm aumentado. No inicio da Revolugdo Industrial, as iferencas de renda per capita ene a Europa Ocidental ea peifria no deve exceder 30 por cent (4. Em 1820, a renda per capita dos palses mais ricos foi rés vezes ‘maior do que 0s mais pobres. Em 1870, fo 7 vezes; em 1913 foi 11 vezes e, em 1960, 30 vezes maior, Em 1997, um quinto da popula- {980 mundial que vive nos palses mais ricos era 74 vezes mais ico {do que um quinto da populaga nos paises mais pobres, De acordo com 0 relatrio da Global Wealth 2014, realizado pelo Credit Suisse, aparcela do 184 da popviacdo adult mais privlegiada con- twola quase metade da iqueza global. Os nimeros sao chocantes quando sabemos que 8,7% dos adultos ices contrla 82.19% da Fiqueza do mundo, ao passo que 91,33 da populagao adultos do ‘mundo possuem apenas 17.9% damundiatriqueza. ‘A XII Conferéncia Internacional sobre Mudangas CClimaticas (COP 21) teve lugarem Pavis, neste dezembro.de 2015, 'Muitos especularam sobre 0s possiveis resutados, que vlo desde lum maior pessimism a um otimismo que no parece ter muita |usicaiva, 038 Ramos Horta, ganhador do Prémio Nobel da Paz ‘0m 1996 e ex-presidente do Timor Leste, chama a atencéo para a ‘gravidade do problema, citando um novo relatério com base em estudos de 413 cientstas de 58 paises, publcado pela National ‘Oceanic Atmospheric Administration (NOAA com sede nos EUA). conclu que 2014 fl o ano mais quente ja registrado. 0 relatrio destaca tendéncias e mudancas no sistema clmatico global, como 08 varios pos de gases de eeito estula, as temperaturas na atmostera, eceanos e em terra, a aumenta do nivel do mar, ace dugo na extensdo das repibes polares. Muitos cientistas acre stam que amudanca cimatica a6 rreversivel Ha muitos problemas e questbes a serem abordadas na (COP21 entre os quais uma reatiemagdo do multlateraismo como tm espago coletvo de tomada de decisoes; o que sera o novo instrument juridico vinculavo na dmbite da Convengiio que deve aplicar-se a todos os signatiris, qual sera o conteldo do nave acordo clmtico, que entrard em vigor em 2020 e que vai cada pais ‘er responsivelparaimplementar em 20207 © documento muito eiticado preparado em Lima, na ‘COP 20 em dezembro de 2014, como preparatorio & PEC 21 Feafimou 0 principio das responsabiidades comuns, mas di ferenciadas. Ponanto, 0 texto Basico a ser assinado deve incur ‘questies operacionais creas, como mitgago, adaptaga, fan: ciamento, tansteréncia de tecnologia, capactacdo etransparéncia para as agbes e apoio, Outra questao preacupante é a compensa: (Go para as emissbes,o que implica que o mundo (lia-se, 0s pat '5es ricos) pode contnuar emiindo gases de efeto estufa desde ‘que possam “compensar” os desgastes. O que pode torna-se par ticularmente problematico so as medidas concretas sugeridas para reduzir as emissBes, © Fundo Verde para o Cima, que fia provado em 2020, terminou nao send eficaz,haja vista aredugso {dos recursos acordadas, muito distante dos valores acordados, ‘Anda mais grave sao as questdes relaivas ao uso da tera, aagt- cultura clmaticamente inteigente, @ COpula dos Poves e as mobi: lzagies da sociedad civil global para resolver o problema, Todas estas questdes graves estardo na agenda de Pati, Em tempos de cise estrutural como aquele em que vivemos, a responsabildade pelas condicdes de vida na tera é de todas nés, mas especialmente dos ricos e dos governos dos seus palses e suas grandes corporagdes, que néo so apenas 0s mal ‘tes predadores ds ecossistemas globais, mas que tém, de fato, fas condigdes objetivas para enttentar atragédia, Kal Polanyi 5] os ensinou que “o permit que o mecanismo de mercado seja 0 [unico ondutor do destino dos seres humanas e seu ambiente natural...) esultriana colapso da sociedade’ (© estado do planeta em que vivemos esta ameacado. E tempo de medidas que nao sejam apenas paliativas; 6 hora de ‘abandonar um paradigma que se torna cada diamais obsoleto. Ml Ww Par fempo,liaipu apice na prtica todos os fundamentos dos Objetivos do mento Sustentévl e da Agendo 2030, estabelecidos pela Organizaco das Nacdes = ONU. Como lider mundial em producto de ener impa e renova, foca suas ioregional na protecio 20 meio ambient, no turismo, na iguldade seo progress tecnologia e social do Bras do Praguai Itaipu se orgulha de aplicar na pratica os Objetivos de Desenvolvimento Sustentavel dajONU: a OBJETIVOS ©. PREHISPANICO pe > EN NUEVA ESPANA ee aM PCLT ATT Bajo esta bandera, en otros momentos he intentado acercarme a los conceplos de indo” y después de “inigena’ eo- ‘mo piezas de una eategorizaciin social que devino en la encar- racine certas personas can caracteristicaspropias,concretas @ incuestionables sagin el tempo y el espacio alos que nos remita- ‘mas. En este proceso de cosificacién o reicaciin, un elemento ‘muy importante ha sido a cueston del pasado indigena. Partiendo ddeesto, miiniencion eneste texas es obsorvar como alrededor dal siglo XVII una serie de personajes - provenientes todos de la te leva de la Nueva Espafa — establecieron que, a pati de los rasizos enconirados de la sociedad “indigena’ del pasado, ésta hhabia gozado de todas las cualdades necesarias para ser cans sderada una gran ciilzacion, alaaturade aegipcia,laromana ola orega. Medianteherramientas te6ricas y metodologicas queen 4a época representaban un cambio epistemologico para acercarse ‘al pasado, aquellos dieron nuevas caracteristicas aun objeto que afios antes exploradores y frales habian dado conerecin: os in- ‘os. A diferencia de los anteriores “historiadores" de lo indios, ttailes principalmente, los del siglo XVII se sirveron de restos ar- ‘queotdgicos y la historia natura para conclu que, al contratiodelo {que sus contrapartestranceses e ingleses aseguraban, ls indios de antes de la llegada de los espatioles habian lograd cultivar virtues y ates similares alas presentes en otras sociedades con- sideradas fundadoras dela cultura europea. De esta manera, ha- bian practicado la astronomi, la poesia, lateratura,laflosotia y ‘otras ciscipinas, conla misma perfeccién, omés, con la que se ha- biaejerctado en Europa sigos airs, Como se sabe, con esto querian responder los ataques. de sus similares europeos que aseveraban que en América nada ‘bueno pada casecharse,y mucho menos enelterreno dela razén. ‘La polemica ha sido estudiada magisalmente décadas avrés por Antonello Getbi (2} y, mas recientemente, también de manera ‘adimirable, por Jorge Catizares Esguerra.en su libro Cmo escribir Ja historia del Nuevo Mundo [3] Del trabajo de Catizares hay que enfatzar sobre todo su estudio de 1os campos epistemologico y police que signcaron un cambio tanto en Europa como en Am ‘caen a escrtura de la historia durant el siglo XVll, Oe hecho, afi- ‘ma queen tales innovaciones epistemol6gicas la aportacion de los levades amerieanos fue igual de importante que la de los euro- eos. Dees forma, minterésno secentraenestastormas de escribir la historia sino en lo que éstas produjeron. En otras pala- bras, en el objeto que constituyeron y en cémo éste origind una nueva forma de pensar el presente y el pasado de esa éite de letrados. Finalmente, serén ellos, desde su pasicion de peivilegio nla sociedad novohispana, quienes moldeen y ustifquenlaidea {de los “antiguos mexicanas” como una sociedad digna por mérito propio en el campo "mundial de las artes el culvo de la razén, Inmersa en esta conclusion, estaba también la intancién de asu- mirse como os genuinos herederos de esa tradicion, ya que seran los quienes en ese momenta detenten el papel de gente cutivada y razonable, Con fo cual, la uildad politica y legitimadora frente a sus detractores europeas estaba mas que clara, El problema es |que, més alld de la repercusién que en su momento pretendian e- Jercer tales personajes con susideas, sentaron as bases de lo que tiempo después se conveririaen una prion de lahistorianacionaly racionalista de México ala hora de ratar de entender aoindigena frente alo espanol. Me refero ala idea de dos “civlizaciones® ho- rmagéneas, ceradas en si mismas, con rasgos propios y en mu- chos campos incompatibies. Hablo de otras interpretaciones de pasado, mas cercanas a nosotros, pero que, creo, nen suorigen fen aquel siglo XVII. En resumen, los textos de Lorenzo Bouin, Juan José Eguiara y Eguren, Mariano Echeveria y Veiya, José Joaquin Granados, Francisco Javier Claviero, entre ots, instau- raron un objeto de conacimiento que vendria a organizar de mane- ra stint! significado del pasado de los nos, en buena medida Porque a partir de ese momento se convertra en el pasado de to- {os ls habtantes” de México, pero especificamente de a élite lewradanovahispana, Por qué el concepto del pasado panico anterior no es el mismo del siglo XVII pret — Como lo mencioné al inicio, los rillos que escribieron en al siglo XVIII no inventaron e pasado indo como objeto de estudio. En tr ‘minos estctos, lo hicieron os primeros tales encargados de con- vetialos indios en crstanos. Sin embargo, para dichosfralles co racer el pasado de los “naturales” tenia un objetivo concreto, que era ol de buscar las mejores formas por las que esto podia rea lzarse de manera efectva, Precisamente una de esas formas, por lo menos durante las primeras etapas de cisianizacién, fue res calarpractcas y elementos det pasado de los indios coro esen cialmente cristianos 0 come evidencias que demostraban lanatural inelinacién de aquellos ala verdadera fe. Por supuesto que en es: tasanalogias con el cristanismo existia también laintervencién del ‘demonio que en parte habria provocade que éstas ocuparan un i {gar secundarioo que de plano desaparecieran ante su inctacion a los sactiicios humanos yalaidolatra. Al respect, podriamos res cata as palabras de Juan Carlos Estenssoro cuando dice, a pro pésito de estas primeras etapas para el Pert, que el cristianismo debia armoldarse a la tradicion indigena para asia y poder ser acagida por ella” [5]De esta manera, el pasado delos indios sii alos ailes en el proceso misma de la conversion Al mismo tempo ‘que los crisianizaban construan su historia. ASi pues, la creacion {el pasado indigena como objeto de conocimiento sivié a ls re ligiosos, sobre todo durante los siglo XVI y XVI para jusicar su papel como os administradores legitimos de la integracion de los Indios aa sociedad cristiana, En ese sentido, entendieron tl pasa: {60 como un espacio organizado por coordenadas principalmente religiosas. Porlo queen éera todavia dificil istinquiruna flostia ‘una iteratura, menos todavia una astronomia mexicana, EL CAMBIO DEL SIGLO XVII —_———— oO ——_ ‘Durante la primera década del siglo XVIII ese objeto fundado por Jos religiosos cambio de significado y de duefi. La epistemologia dela region cedié el paso ala de latazén', ya ite de los deten- {adores dela palabra divina fueron sustuides porladelos“civiiza- ‘dos’. Aunque también es cierto que varios de los ltrados de aquel siglo eran relgiosos o por la menos plantearon el pasada de ls in- dos en cave religiosa. En algunos casos, como los de Lorenzo Bo- turinl o Mariano Echeverria y Veytia,éste todavia respondia a un plan expictamente dvino. No obstante, para accedera él ernpiea- ban citerios que os tales del siglo XVI y princpios del XVII ni siquieraconcebian. Por ejemplo, ainterpretacin de os restos ar- ‘queolégicos , como eran nambrados ena épaca, monuments; la Pistorianaturalylacrta intemade las uentes En el fondo de este conjunto de eiteros estaban los el rmientos den empiriamo que daria angen alas ciencias naturales y ‘que después retomarian las clencias sociales. Sin embargo, ya en- tueloshstoriadores crillos del XVII el rescate de "monumentos"y sulnterpretacién conlevaba la puerta a un conocimiento confiable or estar undado en la piedra y el papel. En sus Tardes Amer- ‘canas, José Joaquin Granados y Galvez, un espaol con spirits iol, decla que el “carctr de a historiaindiana se comprobaba ‘Poros matples monumentos que se conservaban, y justiicaba su aseveracign dela siguiente manera Raras fueron as Nacones que con estusocasoctud no precuaron evar algunos monuments pra aordar la Posted a memoda de sus Progenitors, hechos de sus Héroes, inclnaciones ‘costumbres de sus Aniquos. Muy dstngudes fueron aquels, que sun evestas del espns de acid ytorpaza, no rabsjaron can faign develo en notcar& is sigus la intuencia de sus astos, propiedades desuscimas, dsposcin de sus terenospoliicadesus Repias. economiaysubordinaion do susmiombros. 6] De esta manera, el pasado prehispdnico se instauré come objeto de conecimiento por una serie de personajes que se arrogaban las cualidades y los conocimientos necesatios para reconocer ¢identifiar en los monumentos esas propiedades que, segin Granados y Galvez, definan alas "Naciones distinguidas" Este procedimiento de intepretacion consistia en relaconar a ‘quelos monumentos con los argumentas que en la épaca estruc {uraban laideade as grandesnaciones. Enos Prologos ala Biblio teca Mexicana, Juan José Eguiara y Eguren argumentaba que la escritura mexicana podia equipararse sin ningin menoscabo a la egipcia, porque — decia — “ios autores que acerca de este pat cular hemos consutado, consideran tan eroglifia la escrtura me: icana como os simbolos y esquemas egipcios.Y para apoyar su argumento, sostenia que, para comunicarse los indios en vez de leas utizaban “ciertas figuras e imagenes que solian ciaujar en pafizuelos de seda 0 sobre esponjoso papel fabricado con hojas de drboles."[7] Después de subrayar que la misma técnica perma: recia ente los indios contempordnes, concluia de manera con- tundente:“El procecimiento er idéntica al usado por los egipcios, ‘quienes expresaban sus pensamientos por medio de figuras ssemejantes,representande la velocidad con elhaledn, la vigiancia con e! cocodil y el poderio con ellen.” a continuacién justi caaba tal contundencia con las fuentes en donde podia compro- barse esta partcularidad de 10s egipcios. Citaba obras de Oro Apolo, Pino, Estrabén, ComelioTécioy teminaba con la Historia de la Conquista de Ménico de Francisco Lépez de Gémara. [6] Lo interesante de a analogiaplanteada por Eguaraes que en el fondo los signifeados de los jerogifcos "mexicanas" estarfan fundados fen la informacion de estas fuentes griegas y romanas. Algo que resulta todavia mas evidente en la Idea de una Nueva Historia de Lorenzo Boturni, Partiend de esto era posible identficar en los ‘monumentos de los antiquos indi el cultve dela lsofia, la poe: sa, laastronomia, as leyes, entre otras dscipinas, Como ya lo mencioné més arriba, estos ltrados i rnauguraron unobjeto de conccimientocon intenciones explcta: > Fa ‘mente politcas frente a sus contrapartes europeas, no dela Penin- ula Ibérica, sino de otos lugares, principalmente de Francia e n- slaterra. Este ha sido uno de los puntos mejor abajados por la his- toriogatia, desde ol libra antes referido de Antonello Gert, pasan- {do par os Origenes del nacionaismo de David Bracing hasta Cé- ‘mo escribir la Historia de! Nuevo Mundo de Jorge Catizates. Polo ‘que no abundaré mas en él, No obstante, me gustaria apuntar una cosa respect la dentiicacion que aquel grupo fund en el pasa- {do indigena. Me rtiero al po de genealogia que se establecié y ‘euyo ctterio tue —dlriamos hoy ~esenciaimente “intelectual”. Para ‘ef mas preciso, lo que hicieron fs letrados de la élite criola fue establecer un vinculo con los “antiguos mexicanos" en téminos es- trictamence del cultva de la raz6n, las letras y las vides ius- twadas. En este sentido, solamente ellos podrian atibuise el titulo deus herederosleitimos, ya que para ese mamento-segin ota de sus justifcaciones ~, los indios y sus nobles habrian venido a ‘menos en sus antiguas costumbes. Independientemente de este tino de arqumentos, lo certo es que su trascendencia s6lo puede expicarse gracias al lugar social que ocupaban sus productores, ceado a codo con el de a administracién realy el dela elite econd- mica. Al respect, signifcé una forma muy peculiar de identfcarse hhacia al exterior al mismo tiempo que se subrayabala diferencia al imterio. Para cerrar SS Estos “hombres de razon" novohispanos fundaran una, nueva forma de pensar y de defn la historia de Ios indlos, sus tentada en una epistemologia diferente a la empeada por los ant (quos “histriadores”. Ahora el pasado de los indios se sintetizaria ten el pasado de los *mesicas’ pues, segtn los monumentos reca bbados, en ellos podia encontrarse todas las caracteristicas de las “grandes civilzaciones.” De esta manera, nos encontramos ante tuna nueva defnicion- y una nueva homogenizaciin ahora en cla vemexicadelconcepto deindigena que se"hizo realidad’ gracias la pruebas materiales que se conservaban de su pasado, Pero sobre todo gracias a la legtimidad de la que gozaban sus “inven torest en el medio social novohispana, Sin saberlo, instauraron un huevo o-beto cuyos impulsos legavian alos siglos venideras, nau: {qurando con esto una representacién det ‘mundo indigena” que muy ificimente podrfamos cuestonarhoy encia. Ml ‘~prsersee Referéncias [a] atenna Toros Sept, (ed) Producciones de sentido, 2 Vo, Meco, UA, 006, [21 Antoeto Ger a espa de nuevo mundo. Mstaria de una polemic, 1750190, México, Fondo de Cultura Economics, 882, [s]orgecarizaes Esquera,Cémo escribir la histori dol Nuovo Mund, México, Fond de Cultura Econémica, 2007 [4] uanJos6Eguiray Eguren, Prslogos ee Bibitece Mexican, Mic, Fande de Cultura Econdmie, 1841755] p.100 [5] uan Carlos Estenssoo, Del paganismo ala santa La incorporacn dels ines eo Prd a caoicismo, 1532-1750, La, IFEA, 2003, p.3 {6} Granados y Galve,Tardes amorcanas, México, Condumex, 988, (1794), pA {7} an Jose Eguiray Eguren rélogos la Biblioteca Mexicana, México, Fondo de Cultura Econémies, 984 [1755] p.7.72 [s].2uan 2086 Eguiray Eguren Prologos a Eibltecs Mexican, México, Fondo de Cultura Econdmica, 184755] 9.72 Curso de Formagao Especifica em Energia nora ee en eee on Internacionais, Aquitetura, Economia e Jomalismo, Penner ys Sees Caen ro er iran lens eo Peer eet rere 4o recurso até a entrega do servigo energético perenne in mani oT ey Formato: Investimento por palestra: RS 2.000,00 para turmas de 30 aluno Pee ar) phieermmreaetmn nt een er Prey Pa eer ey Cereacet een eeu Cun to Porat ana y Corre eet ee er er ets demanda nalenos setores produtvos, uals as tecnologias dominadas em. oie Pee ure cc) Spent nee metry kere Caste} Peat etn een ces Cee te CAM Nel eM ao ae cu oars Pome ene tet ate reat PA eer een ey epimers tee ieee oemeent teaser eee et cere l Minicurriculo Mariana Nunes de Moura Souza Energia pela U le pesquisa da Dial sm Relagdes iter ntos - de quem é a Aqueciment a de inleresse: Poltica Ex Ambiente, Mudangas Clima E-mail: mariana.moura.souza@gmail.com ‘So Paulo, Sao Paulo - Brasil (21) 2738-6491 | (11) 98111-7937 menos de divergenci’. Are es Intermacionals, Melo Pe rer ee eee Te ees oe Renee Ce eee Rens Sea ed oe Toto se pesenabe fet eran primaire peste Hae Ets erplaemaninorrennier hr oy eee ee rare a sore Se yee uae lin) oer ial a Madu eas © sea, en res campos decisivos ~ el politic, el eco- 1némico y el geopoltic ~ la revolucion bolvariana pareciaestar la defensiva. Mientras que la contrarevolucin, tanto interna como ‘externa, pensaba tener, por fn, el poder en Venezuela al alcance ela mano. ‘Ytodo esto en un contexto de guerra medica de larga ‘duracion contra Caracas que comenz6 con la legada al poder de Hugo Chavez en 1999 y se intensiicd a parr de abril de 2013. Al- ‘canzando unos niveles inauditos de violencia después de la e- leccién del presidente Nicolds Maduro. Esta atmosfera de agresivo y permanente acoso mec- tico produce una insdiosa desinformacién sobre Venezuela que ‘confunde hasta a muchos amigos de a revolucién bolvariana, En Particular porque, en esta era de last verdad la préctca de la ‘mentra, dal raude intelectual y del engafo descarado no es san- ‘ionado por ninguna consecuencia negativa, ni en términos de ‘redibidad, ni de imagen. Todo vale, todo sive en esta era delre- latvismo post-factua’y ni siquiea las hechos 0 10s datos mas ‘objetivas son tomados en consideracién, Tampoco se acepta elar- ‘gumento ~tan obvio en el caso de Venezuela - del complot, de la ‘conjua, dela conspiracin. De antemano, el nuevo discursa me- itico dominante denuncia y ridiculza e! “pretendido complots- ‘ma como un inaceptable argumento de una "vieja narratva" que noesderecibo. Todo pues, a prinipios de 2016, aparecia muy cuesta arriba para el presidente de Venezuela. Hasta el punto de que el ‘achacoso opositor neoliberal Henry Ramos Allup, pasablemente ‘embriagado por su mayoria parlamentara, se permitio asegura, ‘en enero de 2016, en su primer discurso como presidente de la A- ‘samblea Nacional, que "en un lapso no mayor a sels meses” sa- ‘aria el poder a Nicolés Maduro. Inspirandose sin duda en el gol pe de estado insttueional canta la presidenta Dilma Roussel en Basi y apostando por una vitora en un eventual eferendo revo catoro ‘As estaban las cosas cuando el presidente Maduro, en ‘una magistal secuentia de jugadas de ajedrez que nacie vio venir — perfectamente legales segin la Constitucon., sorprendié a todo ‘el mundo, Renove, como era su derecho, alos miembros de! Te- ‘bunal Supremo de Justicia (T54), organo superior del poder jud- cial, cuya Sala Constitucional iene la cima palabra en materia de ‘merpretacién dela Consttucién Saturada de soberbia, la oposicion comet entonces dos errores mayisculos, 2) Decide nora las adverenclas del TSI y sesionar eon wes iputados del estado Amazonas cuya elec, en diciembre de 2015, ensbatajosuspenssn cater por kregulrdades, Arie fsa atten. TS) ditamine bwamente que Ia nearporacion eos wes cpus « no elecios reguarmente»reteana toda TSI dectaré en desacaro (desobedincia) ala Asamblea y Aeterind qe «se consderarsn nul todas sus dessones Detalmedo que por sus proposerrres laAsamleanosalone ‘consigu® leila, n controlar al gobemo, no que, como lo econocen postigisos espociasias en derecho conitucional, Seanuidasimsma, dlapdd supoderyse auodsoo.Estatue \aprimera gran vetora de Neos Maduro 00 20, 2) En su obsesho atin de drrocar al presidente, la oposicn anichaista también decd gnorar os requis egales (rt. 72.¢e 8 Consul), entrminos de etapas inprescndlesy «de pasos eis por os reglamentosurios, para lanzar un referond rovcateri en 2016. Ai les opesiteres acasaron igasimentedemaneraesteitoss, ‘Yello constituyé otra gran victoria de Ncolés Maduro, ‘Ad asi leg un momento, hacia marzo-abil de 2036, ‘en que todo se complies enormemente. Porque, alas emiestidas habiuales de las fuerzas hostles ala revolucin bolivariana, vi- nieron a sumarse una impresionante sequla, la segunda més ‘rand deste 2950, ycalores extremos causados por elfendmeno EINifo. En Venezuela, el 70% de la energia se genera por hidro- ‘electricidad y a principal central hidroaléctica depende del em- balse Gurl Al educirse las luvias, los niveles de este embalse dis- rminuyeron casi alnivelmirimo, La contrarevolucién traté de aprovechar esta ctcuns- tancia para muitiplicar los sabotaes eléctricos, buscando a crear ‘ca0s energético, enojo socialy protestas El peligo era maytisculo Porque al problema eléctico se sumaba, por efectos de la per- sistente sequialafata de aqua potable Pero el Presidente Maduro actué de nuevo con celetidad y¥ adopto medidas drésicas: deci la susttucion de millones de bombllos incandescentes por ahorradores; ordené el reemplazo {de las viejas acondicionadores de aire por alos de nueva tecno- logia ahorcadora: estabiecé el mado dia laboral en la administra- ‘ién pablica:y decreté un pian especial de ahorro nacional delcon- sumo eléctricoyde agua Gracias a estas audaces medidas, el Presidente canst ‘Qui evar el colapso energético. ¥ obtuve asi una de sus mas po- pulares victorias del afio2016, (Ot delos problemas importantes (quizas el mas rave) ‘que tuvo que enfrentar el Gobierno — consecuencia en parte de la ‘quetra econémica contra la revolucién bolivariana — es det abas- tecimiento almentario, Hay que recordar que antes de 1999, el (6516 de los venezolanas vivian en stuacién de pobrezaly que solo 135% podla disfrutar de una alta calidad de vida, O sea, de cada ez venezolanas slo tres consumian reguiarmente carne, pollo, café, maiz, leche, azucar... Mientras que, en los titimos diecsiete _afos, el consumo alimentaio (gracias a la inversion social masiva {dela revolucion se disparé en un 80%. Eni, este cambio estructural, explica por qué, de pron- ‘la produccién nacional de alimentas, mucho ms imporante de loquesecree, resulté insutiiente Como la demanda aument6 masivamente, también se dlisparé la especulacién, Y ante una oferta estructuraimente limitada, los precios se elevaron veriginosamente. Y se expandié €lfendmeno de mercado negro 0 "bachaqueo". Muchas personas ‘compraban los productas subwencionados por el Gabierno a pre: ios iferores al del mercado para venderlos a precios superioes almercado. 0 los “exportaban’ masivamente a los paises vecinos (Colombia, Bras) donde los revendian por eldobe oe tiple de su precio subvencionado, De tal mado que Venezuela se ‘desangra ba’ de sus délares -cada vez mas escasos por el derumbe de os precios del petroleo para aimentar a unos vampiros' quel are bataban los productos de primera necesidad a los mas humildes, a la vez que se enriquecian de manera excepcional. Semejant in ‘moralidad no podta continuar Una vez més, el Presidente Maduro deciaié actuar con ‘mane firme, Primero - muy importante ~cambié la flosotia de laa yuda social. Y cori un error mayiscula que se levaba come: tiendo en Venezuela desde hacia lustros. Decicio que el Estado, en vez de subvencionar los productos, dea subvencionar alas pe: sonas. Para que sélo los pobre, los que realmente lo necesitan, tuveran acceso a los productos subvencionados por el Gobiema. Para todos ios demas, el producto se vende a su precio justo esta blecido por el mercado. Lo cual evita la especulacin y el bacha. ques. °Y segunda medida decisva, el Presidente anunci6 que, ‘part de ahora, el Gobierno poncra do su empefi en cambiar elcarécterecondmico de! pals para pasar de un modelo rentista a tun modelo producto’. Aeste respecto el Presidente detinié"quin- ‘ce motores" para reanimar la actividad econémica tanto del sector pvado, como del sector pbc y de la economia comunal. sas dos decisiones esenciales convergen en una at ginal creacionimaginada por el Presidente Maduro: los CLAP (Co- mités Locales de Abastecimiento y Produccién) que consttu-yen tuna. nueva forma de organizacién popular. Hogar por hogar, los representantes de las comunidades organizadas enregan, a pre ‘io regulado, bolsas repletas de alimentos. Muchos de ests al: ‘mentos son de nueva produccién nacional. Los CLAP deberian a bastecer, en los préximos meses de 2017, a unas cuatro millones de familias humides. Garantizand la aimentacion del pueblo. ¥ rubricando asi una nueva gran victoria del Presidente Maduro Cra victoria no menor este ao 2016 tan dif la cons tiuye recor obtenido en materia de inversion socal que alcanz6 171,496 del presupuesto del pais. Es un record mundial. Ningin otro Estado en el planeta dedica casi las wes cuartas partes de su presupuestoalainversion social En materia de salud, por ejemplo, el nimero de estable cimientos hospitalarios se mulipicé por 3.5 desde 1990. la inver sién en un nuevo madelo humane de sald pibica se multipee por de. ‘LaMisin Barrio Adentro, cuyo objetivo es atendr alos enfermos enlas areas urbanas mas humildes del pals, harealizado asi B00 millones de consults y salvado la vida de 1.400.000 per sonas, Las unversidades de medicina han formado & 27.000 nue vosmédlicas.¥ot;os teinta mildeben obtener su diploma en 2047, (Ocho Estados han alcanzado una cobertura de Barrio Adeniro ‘100% en2016, cuando lametaerade seis, ‘Oa victoria social fundamental, no mencionada por los grandes medios dominantes, es la alcanzada en materia de a: duitos mayores que reciben una pension de jublacion, Antes de la revolucién apenas el 19% de los jubilados recibian una pensién, el resto subsistiaamenudo enlamiseriaoacarga desustamilares. Este aro 2016, el porcentage de personas jubiadas que reciven ua pensién (aunque no hayan podido cotizar ala seguridad social durante su vida activa) aleanzé el 9096, Un recorden Suramérica (Ora victoria espectacular ~ y que tampoco mencionan los grandes medios dominantes ~es la consequida pr la Misién Vi- vienda encargada de constuir vivendas sociales, a precio regu- lado, paralasfamiias venezolanashumildes. En 2016, esta Mision entregé nada menos que 359.000 Viviendas (@ titulo de comparacién, un pals desartollado como Francia apenas const, en 2015, 109,000 viviendas sociales). A ‘es0 hay que anacirlas 336,000 vivendas rehabilitadas en el marco {de la bonita Mision Barrio Nuevo, Barto Tricolor. Una Misién par ticularmenteelogiada por el genio de la arquitecura Frank Gehry, ‘autor del Museo Guggenheim de Bilbao y de! Museo Louis Viton fen Paris, que ha declarado desear involucrarse en ella. De tal ‘mado que estamos hablando de casi 700 000 vviendas sociales feniregadas en 2016, Una ca sin equivalente en el mundo. Desde que inicié su mandato, en 2013, el Presidente ‘Maduro ya ha entregado cerca de un milon y medio de viviendas a familas modestas. Record munclal pasado bajo silencio por todos losmedios hostles ala revolucién bolvaviana, Y que hasta muchos amigos omitena veces de mencionar. - Recordemos, para terminar, algunas de las brilantes Victorias conseguidas en el Ambito geopbitico, Por ejemplo, haber impedido que la Organizacién de Estados Americanos (OA), do- ‘minada por Washington, condenase a Caracas como lo pretendia el secretario General de esta organizacién, Luis Almagro, quien invocata la Carta Democrética contra Venezuela, ( el éxita de la XVil Cumbre del Movimiento de los Pal- ses No Aineados (MNOAL) reaizada en septiembre de 2016 en el Centro de Convenciones Hugo Chévez de la isla Margarita con la presencia de numerosos efes de Estado y de Gobierno y de re- presentantes de ciento veinte paises que aportaron su solidaridada Venezuela Enfin, en esta campo, la principal victoria del Presidente Maduro, que efectu varias gras internacionales con ese objetivo, fue elogro inaudito de un acuerdo entre paises OPEP y no-OPEP paralareduccién concertada de las exportacones de petoleo, Este acuerdo histrco,fmado en noviembre de 2016, frend de inmediato el deteroro de los precios de ls hidrocarburos ‘que se desplomaban desde mediados de 2014 cuando sobrepa- saban los len délaces por bari Gracias a esta vietora capital, los precios del petoleo — aque estaban en 24 dares en enero sobxepasaban los 45 déiares afinalde diciembre 2016, As{ pues, en el ao més duro yas largo, en el que tan tos apostaron por su topiezo, el Presidente Nicolis Maduro, sor- teando todos los escollos, todas las trampas y todas las aifcu tades, ha demostrado sutallaexcepcional de hombre de Estado. ¥ elder indestructible delarevolucion bolvariana, Ml COEUR Uta PR Vet cM elem t are | ciudadania Pert iT PN bel Entrevista con Jacques Ta ag a Peenor erat CVV : En un contexto en el que la movilidad humana intrar- regional cobra cada ver mas relevancia me gustaria que expli- ccaras qué es ol proyecto de ciudadania suramericana y cual € la importancia para la regién en un momento en el que se afirman con més frecuencia perspectivas de cardcter securi- tista en materia migratoria, no sélo en América Latina sino también en otrasregiones? Jacques Ramirez: La ciudadania suramericana es un proyecto {que se impulsa desde UNASUR, ahora con fuerza desde la ‘Secretaria General donde he podido colaborar. La importancia del proyecto y su magnitud es enorme, sobre odo en un contexto en el |quehay unretomo de las miradas de seguridad coniroly donde la Construccidn de muros se ha vuelto ya parte de la agenda politica internacional. En este context, tener una propuesta que piense en la libre movildad y en la faciidad de residencia a nivel regional es ‘algo muy potente dada la coyuntura munclal. Yen este contexto ‘mundial, en UNASUR, apart del 2012 se empieza asondarlaidea deiner un acuerdo quenosiieve ala cudadania suramericanaya la itegracion regional. Cul es la base de todo esto? Entender, 'rmera, la ciferencia de UNASUR can oros process de integra. ‘in regional yaseala CAN, MERCOSUR ola Alianzadel Pacifico. Todos estos enfoques tienen su énfasis en el cardcter comercial, o- bbviamente que en estos espacios también se han discutdo cues- tiones sociales, ahitianes, por ejemplo, el MERCOSUR social, en ll. CAN también hay espacios para debati estos topics, ec, pero €lcenizo, lo nodal siempre ha sido la integracén para facitar el ‘came‘cio regional. Por el contrario, UNASUR surge coma un pro- ‘eso de ntegracion plticay socialy esas unadferencia enorme respecto a los otros organismos de integracion, Recientemente hicimos un diagnéstico para saber cémo vamos en el tema de la Integracién comercial y en el tema de la integracién social de ‘nuestros pueblos partrde las migraciones y resulta que elcomer- Cio intrarregional no pasa del 22% y la movida interregional al ccanza el promedio del 64%, Entonces, como vemos, laintegracion feta siendo y iene que ser de nuesizos pueblos y os Estados te- ‘nen que dar as facidades para que estaintegracién se dé y que la retorica que existe sabre la Patria Grande se transforme en una propuesta concreta que permitala inegracién através de la migra- Cdn. Lo que se tala es de pensar polticamente Suramérica como Luna region donde existe una integracién, no solo comercial, sino @ tuavés de una integracion socal ypoltica. Un elemento para ater- rizarestaintegracioneselproyecto de ciudadana suramericena, MCVV: £Cual es la diferencia fundamental entre el Acuerdo de CCiudadania Suramericana propuesto por la UNASUR y 1os a- vances que se han dado sobre movilidad humana en el MER- COSURoenlaCAN? Jacques Ramirez: La propuesta de la UNASUR tecricamente es frente de las otras. Cambia la perspectivay el enfoque y eso es fundamental porque son centrales los conceptos que usamos, los principios en los cuales nos basamas y eémo nombramos a los procesos. ¥ en eso sf hemos sido muy cuidadosos desde la UNA: ‘SUR, en cudar la propuesta teéricay epistemolgica. En et MER: (COSUR la CAN, por hablar de los dos procesas mas importantes a nivel subregional esta el Acuerdo de Resdenciao el Instrument ‘Andino de Migracion Laboral,peroen ambos procesos empiazan a trabajar este fendmeno desde la categoria de trabajador migrant. Entonces, eo es algo que tenemes que romper y que viene here: dado de la Convencion internacional sobre la Proteccién de los Derechos de ls Trabajadores Migratoros y sus Familares de los oventa. En esa Convencién, si bien hay todo un énfasis en dere ches la que ya conocemos, es el factor trabajo el que abre la pos bilidad de libre movidad y de residencia, entonces, nuevamente esas laciferencia entre un acuerdo deintegracion comercial y un acuerdo sobve integracién social y pltca, porque desde ot MER: COSURyla CAN se veal trabajador migrante como un elemento mas, como mano de obra y como una pieza ti para un objetivo final que son los ratadosy la integracion comercial. Tenemos que \desmercantizar la vision que se tiene sobre los migrantes. Hay ‘que dejar de hablar de migrantes “deseables yno deseables, don- {de los primeros son aquellos ils al sistemay que entran en cate {goria de trabajadoces migrantes (calficados ono) a quienes se les abre las puertas y las faclidades de residencia en oto pais. Creo (que se ha naturalizado este enfoque desde la vision estatal inter (qubernamenta Esa es una gran critica que hay que empezar a debatir. este ls espacios académicos y politicos y dejar de ver alos mmigrantes solamente como trabajadores. .Qué pasa entonces con las personas que no caen en la categoria de trabajadores? Qué pasa con el tema de reunifieacién fami? © con aquellos que en traron “de forma irregular” y que estén fuera del circuito formal del trabajo? La ruptura que hemos planteado desde la UNASUR es ‘que na hay que abordar el tema desde la categoria de vabajador migrant sino de ciudadano suramericano. Es fundamental recu- perar el concepto de ciudadania porque esta categoria es la que trasforma auna persona en sujto de derechos. ¥ aquihay todo un debate, porque la propuesta que hacemos es superar la visién clisica tanto del concepto de ciudadania como de los derechos hu- ‘manos. Superar a visn marschalliana dela cludadanialyla vison liberal anglosajonade os derechos humans En efecto lo que te da certezas jridicas, derechos yo- bigaciones es la categoria de ciudadanfa, no la de persona, no la {de derechos humanos lastimosamente, Por eso es necesario que ‘nos reapropiemas del concepto de cudadanfa y amplar su defini ‘cin ara otrgar derectos alos que no tienen derechos, alos o- tuos, alos migrates, en este caso a los migrantes suramericanos, conio cual se fomenta los procesos de integraci regional. Laci. ‘adania suramericana, en este sentido, implica romper el para- {Quas del Estado nacion como contenedor de los sujetos a quienes se es otorga derechos. Se trata de ir mas alla, como sefalo en mi libro, 1] de los principio de ius sanguins y ius sol para recuperar el principio de ius domi, es decir, otorgar derechos en ellugar en {/l.que yo residoyes0 implica reconocer la categoria de civdadanos ‘miembros de una polis suramericana a las personas de laregin. Entonces, ese es el principio tetricay loss que esta detras de la propuesta de cudadania suramercana y eso nos separa de las Visiones tantode la CAN como de MERCOSUR. MCVV: De hecho, en el proyecto de ciudadania suramericana formulado en el marco de la UNASUR, el principio de ciudada- hizacion se antepone al de naturalizacion. 2Podrias profun- sizar un poco més en adlferenciaentreambas visiones? Jacques Ramirez: Histéricamente hemos tenido en los Estados hhacién una diviién entre un hesatrs’,defnidas coma miembos {delapolsy reconacidos porel Estado yios“otros", y esos otroshan Sido parias alo larg de la historia. En n principio, en varios paises ro selesrecanocia como cudadanosalas mujeres, alos negros, a los indigenas, a los nis, pero poco a poco, mediante conquistas sociales, estos colectvos han sido reconocidos como ciudadanos {a largo del siglo XX, menos los migrantes que han seguido sien- {los ot, 0s extraflos, ls que no pertenecen. Entonces esta d- Vision entre "nosotros" y los “otros” es la que se busca superar a twavés de un concept que nos permita ncorporariesaestos “tres ‘como parte de un nosotros" y evidentemente hay que empezar desde nuestro patio que es laregién suramericana La natualizacién 0 adopeién como se conoce, implica {que e! Esta-dolereconoce a ese extranero ya no como oto inmi- {grante, sino come un nosotos” connacional.Y esta bien queexista teste mecanismo, Pero lastinesamente los datos de naturalzacién enlaregion son muy bajos por los complejas requisitos que se pide Y en muchos casos requistos absurdos 0 hipernacionalistas como conocer as consituciones, las leyes, elhimno, respetarla cuturay los valores, etc). Muchas personas adquieren la naturalizacion ‘como una estrategia migratoria, aras personas nunca apiden pot- ‘que no quieren perder ls lazas de identiieacon con supais de or- {gen (pese a que yaen casi ada la region existe la doble nacional- ‘dad, También se puede, esa es nuestra propuesta,reconocer una iqualdad de derechos para todos sintener que llega alanaturaiza- in, lo cual implica caminar por otro andarivel que es la ciudada- rnizacion. Yo hablo de una civdadania mixta, entendida esta como luna membresiaa diferentes niveles politicos tant local, nacionaly regional, Hay que entender que esto no es algo que se erea de la roche ala manana, por el ontario, laciudadania suramericana es ‘un proceso en consttuccién, un proceso de largoalcance que se va ‘aminand y aleanzando peldaoapeldafo, MCVV: A partir delaidea de que lacludadania suramericanaes lun proceso en construccién, me gustaria que comentaras cuales son los principales avances y desafios del proyecto fen una coyuntura como la actual en la que, por un lado, tene- ‘mos una gran crisis econémicay, por otro, cambios de gobier- ‘no con una orientacién poltica diversa yon menor fervor res- pecto alos procesos de integracién regional? zEn qué medida estos cambios afectan el proyecto de ciudadania surameri- ccanay en qué grado influencian su viabilidad? Jacques Ramirez: En alos recientes, como bien sabes, hay un ‘onsenso entre los paises en llevar el proyecto UNASUR adelante ¥ en panicular el de ciudadania, Haciendo un poco de historia, al inicio se le encarga a Argentina que idere el proceso, que elabore ‘una nota conceptual para que los presidentes de laregin fo anal- cenyloaprueben. Esto se hizo alo largo de 2012-2013 el informe Conceptual de Ciudadania Suramericana es aprobado en diciem- bre 2014en Guayaquil. Entonces se aprueba esteinforme en el cual el concepto de ciudadania suramericana tiene dos grandes fees. Por un parte a vision jridica y politea que es el reconoci- rmiento progresive de derechos y obigaciones alos miembros dela region, y por aro, una vision de cudadania de caracter cultural que implica el reconocimiento de as diversidades, de las idenidades, dela cosmovisiones diferentes que es parte de nuestro ser como Patia Grande y del cual hay mucha historia comparta. Paraela- mente se ctea el Grupo de Trabajo sobre Ciudadania Suramer- cana. Este grupo es el encargado de recibir, debatiry elabora las Propuestas presentadas por los paises y desde el 2015 también Propuestas elaboradias por la Secretaria General de la UNASUR.. En estos dos utimos afos hemos visto propuestas que han venido sobre todo de Ecuador, de Uruguay, de Argentina, algo de Vene- 2uela para seguir alimentado a la.cudadania suramericana y final mente la propuesta de proyecto de la Secretaria General de la UNASUR. En relacin a los avances y alos desafios que menci. nabas entu pregunta, hay que reconacer que en nuestra region ya existe lalibre movidad eso ya es una realidad, ms alli de a UNA- ‘SUR. Mafiana podemos viajar, por ejemplo, en calidad de turistas por 3 meses desde Uruguay hasta Venezuela sin problemas y po ‘demas entrar solo con nuestra cédula de identidad, con nuestro DNI, que es econccide eomotun documenta de viaje. Ese, para mi, fun primer peldafo importante aungue mucha gente no lo vea ‘asi, pera elhecho es que el no necesitarnipasapories nvsas para desplazarte en un mundo en el ue cada vez més se exigen esos documentos es bastante y hace que yo me sienta parte de la re- tidn. Mas aun sien puertos, aeropueros 0 pasos frnterizos Se po- ne ventanilas para las personas de la region. Todos estos tomas van ayudandoa constui un sentido de idetidad suramericana, Lo que se esta trabajando ahora, ese es el gran reto, es fl tema dela libre residencia 0 por lo menos de las facildades de residencia para las personas que eniran en este concepio de iu ddadanos suramericanos, Entonces la idea es construir acuerdos y ‘mecanismos regionales que vayan mas alla del Acuerdo de Resi- dencia MERCOSUR para faciliarlaresidencia de las personas que or cualquier motivo, no solo por razones de trabajo, quieran vivir ‘en uno de los 12 paises que constiuyen la UNASUR, Para mi el Corazin de la propuesta es el concepto de civdadania surameri- ‘cana como tal, yalas extremidades inferiores que nos hacen an- dr son sobre todo las facidades que dé cada uno de los paises para residiry quel residencia atorgue derechos, Eso eso que se etd trabajando en este momento, La propuesta esta hecha y, claro, en este contextolastimosamente estamos viendo el fin 0 el dective de los gobiernos progresstas que fueron los que impul saron el proceso de integracion sociopoica. Vemos el caso de Brasil donde hubo un cambio de timon -allafverza~, enAvgentina, fen Venezuela dande el confict latente no permite mas gobernar "Nos queda Bolivia y Ecuador, pero finalmente con cada vez menos Peso a nivel regional con sus propias coyunturasy problemas inter- os: Lo bueno es que ya el proyecto de civdadania suramericana estainsttucionalizado y forma parte dela agenda de UNASUR, en tonces ningun gobiemo, por mas de derecha que sea, puede dete rer completamente la agenda y el camino recorid. Lo que si pue {de pasar y de hecho yalo estamos viendo en este Uimo timeste, les mete clertos temas en a congeladoraoralentizaros, peroinsis toenqueestono se puede detener porqueesta yaenlaagenda, MCVV: Hace un momento hablébamos de movilidad laboral ue, sin duda alguna, es una expresion de movilidad humana ‘muy relevante ena regi6n, pero existen otros fenémenos tam- bién como la migracién por estudios, la migracion familiar, ef refugio y el tréfico de personas, etc. ZEn qué medida la pro- puesta de ciudadania suramericana responde a los desafios de estos fenémenos y en qué grado responde también ala xe- nofobia y a la discriminacién contra los migrantes que son elementos crecientes en laregion? Jacques Ramirez: El Plan de Accién de la Cudadania Suramer- ‘ana que se aprobé en una reunin de cancileres en abil de 2016 ten Ecuador tiene cinco ees centraes. El primero tiene que ver con todo el tema de migracion y asuntos consulares que comprende fa cildades para moverse, visas, pasapores, etc Elsegundoeje esel tema de migracion académica que parte del hecho de que es ne- cesaiofartaecer los pracesos de integracién a este nivel de ests antes, profesores @ invesigadotes. Result que hay muy poca ‘movilded académica inraregional. La idea es legar a reproducr tuna propvesta como e! ERASMUS [2] que existe en Europa nivel {de América del Sur. El tercer tema, que es el que menos les gusta habla los gobiernas, es eltema de migracién forzasa,eltema del refugio concretamente. quel Seretaro Emesto Samperhacum: pido un papel central para colocarlo en ia agenda, dada la realidad ‘de Colombia que todos conocemos. En elacion aeste tema el pro- yecto de ciudadania suramericana implica la portabilidad de dere chos, sobre todo la portabilidad del reconocimiento del efugio. Es ‘deo Ecuador, por ejemplo, reconace a alguien comoretugiado, (53 la_deaes que esa persona sidecde irse avira untercer pais sea Feconocida automaticamente también en su candicion de retugia- da. ¥ todo esto légicamente vinculado con el tema de acceso a derechos, educacin, salud, viviendl, etc. Elcuart ee esa migra- (in laboraly la seguridad social, porque evidentemente la gente se sique moviendo, sobre todo po trabajo. Entonceslaideaes que festas personas tengan acceso al trabajo y acceso ala seguridad social en este tema también se ntenta asegurar a portabiidad de derechos, que lo que yo aporté en Ecuador, sea también reconoci- {do en Chile, en Bolivia, en Brasil o en cualquier otro pais de la Fegidn, De este tema hay un acuerdo a nivel eroamericano. El |uinto ee es el tema cultural, porque el proyecto de ciudadania Suramericana reconoce la diversidad de cuturas,lenguas, idiomas ¥ cosmovisiones regionales. En otras palabras, esta vinculado al Tema de la identidad que hablamos anteriormente. Necesitamos Constuir un sentido de pertenencia, Ya sabemos que las ident ddades son una construccién en perpetuo redisefic. Nosolohay que lfundir esta propuesta de ciudadania suramericana, sino apro- Piarse de unaidentdad suramericana. Yo crea que el et0es justa- Imente ese, sents brasilefo, ecuatoriano, del lugar que se pre- fra, pero también suramericana, del barrio donde vivo o del equ po de fol de mis amores. Como todo proceso, esto es algo en Construcidn y entonces tenemos que construr ese sentimiento de pertenenciaala patriamayor Un ejemplo de las inciativas que se realizan en este ‘mbito.es el Café UNASUR. [3] Con el Café UNASUR el Secretario Ernesto Samper ha ido por vatios paises de laregiény dvulgado los objetivos del organism y, dent de estos, entra también el tema de ciudadania suramericana que fue una de las banderas de toda su gestion que lastimosamente ya finaiza. Finalmente, el Llimo eje es el de paricipacion ciudadana y polica, porque no pPodemos entender el oncepto de ciudadania sin el tema de part Cipacion politica, de la organizacin y del derecho al voto, Resulta ‘que en 11 de los 12 paises de a UNASUR ya se reconocen dere- Chas polices a nivel local a todos los extranjeros de la regin, fentonces ya hay un avance importante, pero hay que llegar tam bign al ambita nacional, También se esta conformandolaAsamblea ‘Suramericana, que tiene su sed en Bolivia, Tads estos inca ees ‘son parte del plan de cudadanva suramericana y, dependiendo de latematica, setratan en diferentes grupos o consejos. CVV: América del Sur tiene 413 millones de habitantes y es indispensable que la sociedad civil, la academia y todos los actores conozcan este proyecto y se apropien de él. zCémo las personas pueden saber mas sobre ciudadania suramerica- ‘na, acompafiar su evolucién y participar en su implementa- clon? Jacques Ramirez: Yo creo que una de las estrategias fundamen- tales que hemos uilizado acd en Ecuador, por ejemplo, es empezar {a presionary aestablever dialogos con los propios gobiernos por- {ue finalmente fos organismos mulaterales como la CAN, el MERCOSUR 0 la UNASUR siguen siendo espacios muy lejanos parala poblacidn, a excepcién de aquelloslugares donde tenes as sees, donde hay un mayor conocimienta y acercamiento alos pro- ‘e505, pero enel resto no. Enionces para mila estrategia es cons- ttuir de abajo hacia arriba, pero eso implica un empoderamiento de la ciudadania, Los ctudadanos tienen que saber que existe este proyecto de integracién llamado ciudadania suramericanay deben Preguntar a sus mandantes, a sus Cancilrias,cémo va este pro- yectoyy como se puede desde la local y desde lo nacional impuisar estainiciatva. Estome parece que es actbe sies que hayinterés Y presién de a sociedad civil. Por ejemplo, en e caso ecuatoriano 1 es foruto, no es que cayé del cielo que en la Ley de Movilidad Humana (4) haya un capitulo entero sobre la comunidad sura- ‘mericana en Ecuador y que se hable en 8/9 articulos sobre ciuda- daniay sobre ciudadanos suramericanos. Finalmente se meti el concepto en alle, es0 es muy potente yun gran avance, que va Permit en las proximas reuniones contar con el proceso y la ex- Periencia de Ecuador para empujar este proyecto. Enloque se refierealaagenda amaslargoplazo, lo cen- tral es la construccién de la idenidad suramericana gcéma la impulsamos, cémo empezamos a constr esta identidad? Mu- cos han sefalado, por ejemplo, que un comienzo seria enla edu- cacién, queen aasignatura deistoria se hablara o seineorporara el tema de América del Sur, de su historia, de su dversidad y de la Cludadania suramericana, Eso seria el suefo porque ya fo inst- tucionaizas en a agenda educativa, en los textos escolares. Un tefcer elemento es a través de los viajes y encuentrosfronteizos paralos que viven en tronteras, Ami me asombra que muchas per- Ssonas de nuestra regin prefieran ise a Miami o Europa, conocen bien los grandes shopping center, pero nunca han ido ala Amazo- Ifa, al Cuzco, a Buenas Ares 0 a Bogota, Hay que frtlecer el turismo regional ¥ et cuarto elemento de esta gran cruzada es que los polticas empiecen a hablar de este tema y, eneste proceso, el secretario Samperha cumpldo un papelextraordinario porque a

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