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Elementos para utilizagao adequada de valvulas borboleta (&) JOSE CARLOS LEITAO(**) 1, INTRODUGAO, © conhecimento das earacteristicas principais das valvulas borbolete e sua utilizaco adequada, podem evitar problemas de operacdo e manuten¢ao da_mesma, decorrentes de uma mé aplicacao, Neste trabalho serdo abordados al- guns aspects considerados importan- tes de se levar em conta quando da escolha @ instalacdo das vélvulas bor boleta, tais como, toques atuantos, posi¢go correta de instalacdo, os quais so funcdo do sistema em que a_mesma seré instalada; sua utiliza- do para controle de vazio © cavita- 2. CARACTERISTICAS DAS VALVULAS BORBOLETA © uso de vélvula borboleta em servigos de agua esté se tornando cada vez mais comum, em virtude de certas vantagens que oferece, das quais podemos citar algumas © Exigéncia de espaco relativamente pequeno, {si fste artigo @ uma tradugdo, adaptagéo. © complementacso do artigo “Proper Butterfly Valve Aptication Avoids Costly Repairs” de Grogery A. Kurkijian dr, ppublicado na revista Water & Sewage Works, de junto de 1.978. (6+) Engenheito do Depto de Apolo Con twole da Producio — SABESP. 46 — REVISTA DAE ‘© Facilidade de Operacdo. © Baixa perda de carga quando to. talmente aberta (ver tab. 1) © Abertura e fechamento répido com movimento de 90° no dis co da valvula, ete, Quanto aos inconvenientes que a mesma apresenta, esto geralmente relacionados & utilizacdo de seu obtu: rador em posicdo intermediéria, tais @ Grande perds de carga (ver. tab.1) @ Tendéncia a vibracio. de ABNT, 2s vélvulas borboleta sio fabricadas no Brasil, segundo normas estrangeias, sendo geralmente utilica- dda a AWWA.C-504, para vilvulas bor- boleta com sede de borracha e pres- sdes de trabalho até 150 ps Cabe citar entretanto a existen- cia _na ABNT do projeto de norma, NB-653, “RECOMENDACOES PARA ESPECIFICAGAO DE VALVULAS HIDRAULICAS DE GRANDE POR- TE" e em estudo uma norma para "SELECAO DE VALVULAS HI- Percentagem da] ‘Abertura 100 | 90 |80/ 70 | 60 | 50 | 40 | 20 | 20 Vator de K [01.05 [05-0,65|1,4] 3.0 | 7.8 | 18 | 45 | 150 [aso Tabela 1 — Coeficientes de Perda de Carga nas Vilvalas Borbolets (Ref. 8]. Deste modo, a sua aplicagio mais comum e recomendavel € como vél vula de bloqueio, em substituiggo as véluulas de gaveta, As vilvulas borboleta sfo também utilizedas para controle de fluxo, sendo porém esta eplicacSo menos recomendavel, ‘A seguir sero resumidas algumas das caracteristicas principais das vst vulas borboleta fabricadas no Brasil: 2) Normalizaga0 Por nfo haver ainda normalizagto DRAULICAS DE GRANDE POR- Te bb) Diametros Comerciais S80 encontradas normalmente nos didmetros de 3" (75mm) 2 72" {1800mm) e@ em diémetros maiores pare eplicagGes especiais. } Tipos de Vélvulas Borboleta: ‘A norma AWWA-C'504 prescreve quatro. tipos de vélvulas _borboleta: c.1) Valvulas Borboleta de Corpo Lon- 90, com Flanges: Classes 75A, rt tt tet tot tot tok, | oct et tak ole ce Teak tafe tit lat Toft oft mt Tome Toe? laet tom Tot lm om ime mt amc Talc at Tate Tame cle! mc, Tel aii ia ain ait kT (ale! a Ti Teli aia atin BOTA RADA ESA AAADANADARAAAADAADPSHAHSCSESSESSSTCSCSVVSEESY 758, 150A e 1808, pare diéme- trosde 3.372” 6.2} Vilvulas Borboleta de Corpo Cur to, com Flanges: Em todas as clas 0% para didmetros de 3 a 72". 63) Valvulas Borboleta com Corpo Extracurto (Wafer), som Flanges Classe 1508, para diémetro até 20". Sio utilizadas para colocacio entre flanges através do prisionei: ros, onde o espaco é reduzido, €.4) Valvulas Borboleta com Junta Me- nica: Classe 150B, nos dime twos de 3 a 24" @ todas as classes nos didmetros de 30 a 48” ‘Outras caracteristicas, podem ainda caracterizar vélvulas borboleta, tais como: 1 Quanto 3 Posi¢go do Eixo de Rotacdo em Relacdo & Linha de Centro do Disco, ©. simétrico (concéntrico) © excéntrico, © Quanto ao Tipo de Obturador. © tipo lentitha mais usual); © tipo flux passante (Flow: trough). 4) Flanges No Brasil, seguer as normas: ABNTP.15 ANSI DIN AWWA-C-207 ) Pressdes de Trabaltio No Brasil as vélvulas borboleta po- dem ser encontradas com pressbes nomingis de 25 2 20 kgYom?, de- pendendo do tino de corpo da vélvu- la, ) Acionamento © acionamento das valvulas borbo- leta pode sor © Menual: por alavance ou por volante com conjunto redu: tor; © Elétrico: com acionador por comande local ou a distancia; © Hidratlico: por meio de cilin: dio hidréulico; ‘© Pneumitico: por meio de ar 9) Vedagio © sistema de vedagio € geralmente Constituido por uma sede de metal fixa no corpo da vilvula © um anet de borracha sintética {elastomero) fixado no disco, Pare presses muito elevadas, entre tamto, pode ser necessério que a veda- cio seja feita polo ajuste de sedes de ‘metal contre metal (ref 8) 3, CONSIDERAGGES IMPORTANTES PARA PROJETO E APLICACAO DE VALVULAS BORBOLETA 3.1. TORQUES ATUANTES Durante 2 operacdo, as vélvulas borboleta esto sujeitas a um cor: rogamento de toredo no seu conjun to disco-eixo, devido és atuacdes da pressio e velocidade dentro da canali aco. Este carregamento de torcio 6 0 resultado da somatoria de varios tor ‘ques, descritos a seguir, ¢ que afetardo (05 projetos e aplicacdes das valvulas: a) Torque de Assentamento: b) Torque de Atrito nos Mancais; ¢) Torque Fluidodinamico; d Torque Hicrostatico. As caracteristicas principais de cada lum destes torques serdo descritas seguir a) Torque de Assentamento ou Desassentamento (Ts) 0 fechamento completo e estanque da valvula borboleta 6 conseguido através da interacio mecanica entre 4 borda do disco e a sede no corpo da valvula, que pode ser metal-elasta- mero ou metal-metal, Esta interagéo corre durante 0 fechamento (assen: tamento) ¢ a abertura (desassentamen. 10) da valvula, Desta interacdo, results um torque Fesistente, que € transmitido através da esteutura do disco para 0 eixo da uslvula e que deverd ser vencido duran te 2 operacdo da vilvula borboleta abertura ou Fechamento} Este torque, mostrado na fig. 1 va 1, depencendo do tipo de material uusado no assento da vsivula, da forma deste assento © da forma do perfil da borda do disco. 0 torque de assentamento ou desas sentamento pode ser céiculado pela se- guinte expresséo: Ts = Cs0? Ts: Torque de Assentamento ou Desassentamento Cs: Coeficiente de Torque de Assentamento ou Desassenta mento D+ Dimetra da Valvula b) Torque de Atrito nos Mancais (Tg) 0 torque de atrito nos maneais, © torque necessirio para vencer 0 atrito entre 0 eixo da vélvula e os man. cais. Este atrito aparece quando a vél vula borboleta é acionada para abrir ou fechar, © & funcdo da resultante das forgas atuantes na superficie do disco da vilvula, A partir das forcas atuantes, mos twadas na fig. 2, podemos deduzir a expressio do torque (Ta) P shod, Fig. 2 Torque de Aivito nos Mancais REVISTA DAE ~ 47 Portanto; ar Onde: Tg = Torque de Atrito nos man- D_ = Didmetro da vélvula d= diametro do eixo do mancal = coeficiente de atrito nos maneais (usualmente 0,25 para mancais metélicos) erda de pressdo através da élvula Pode-se observar ento, que Te di- minue & medida que vai-se aumentan: do a abertura da vélvula, em virtude da diminuicdo da perda de carga A p pela valvula, e que atinge o seu valor maxi mo para a vélvula totalmente fechada ©) Torque Hidrostético (Th) © torque devido as acdes hidrosté- ticas € 0 resultado da distribuigo de- sigual das pressBes ao longo da érea do disco, acima e abaixo do eixo da vél- vula, quando este eixo horizontal. ‘A preocupagdo com este tipo de torque somente ocorre quando a vél- vula borboleta esté intalada em cana- lizago horizontal e com 0 eixo da val vula orientado horizontalmente, No caso do eixo da vélvula ser orientado na vertical as forcas se distribuem simetricamente em relago 20 mesmo, resultando um torque nulo, Este tipo de torque tornase mais significativo para os didmetros maio- res de valvulas borboleta (fig. 3) e po: de atingir valores suficientemente ele- vados para subjugar as resisténcias dos torques de assentamento ¢ de atrito nos mancais, e assim abrir a vélvula ‘e280 0 dispositive atuador néo esteja instalado, Para se deduzir a expresso do tor- que hidrostético pode-se trater 0 pro- blema de forma equivalente a empuxo sobre superficie plana, com a super cle d’égua coincidindo com 0 bordo superior do disco [ver figura 4). (© empuxo sobre o disco sera: Tape eso specifica do fluide Diémetro do disco Empuxo sobre o disco © centro de empuxo (C) pode ser caleulado como segue: 48 — REVISTA DAE ig. 3 — 0 torque hidrosttico ¢ mais signiticativo para diametros malotes 2 = 2g+ _'6 ZqxS 2g = altura do centro de empuxo em relagdo a superficie ti- ve 2g = altura do centro de gravida- de do disco em relagio superficie livre Ig = momento de inércia da superficie do disco em re- lagdo a seu centro de gravi- dade = Tio 64 S = Sreada superficie do disco Portanto temos: Deste modo a distancia do centro de empuxo {C) até 0 centro de gravi- dade ser: c =5D 5 0-D-D 8 2.8 © torque hidrostético (Th) sera en tio Para a dgua (F temor 1000 Kg‘ m’ 49,09 . 0” emmx Ko") ou Th Th = 3.06. D4 (em pés x fibre} Embora haja a ocorréncia de torque devido a acdes hidrostéticas pare vélvu as borboleta colocadas com eixo ‘orientado na horizontal em tubulagSes horizontais, este tipo de uso 6 reco- mendado em estagBes de tratamento de esgoto. A razio para isso, 6 que os sblidos presentes no esgoto tendem a se acu- mular ou sedimentar no fundo da tubulacio; @ se 0 eixo da vélvula for vertical & possivel que este material s8@ aloje em torno do eixo da valvula, ‘A orientagéo horizontal do eixo é ‘ecomendada porque além de remover as deposicdes que ocorrem no fundo da tubulagéo junto a vélvula, tende 2 limpar © material depositado no assento da vélvula, como resuitado das altas volocidades alcancadas duran- te as operacdes de techamento e aber- tura, (Ver figura 6). d) Torque Fluidodinémico (Ta) Para qualquer posicao intermedié- ria a partir da posigo fechada, © mo- vimento do fluido origina um desequi- librio de foreas no disco da vélvula semelhante a0 ocorrido em um aerofé- lio (Forcas de sustentacio e de arrastel. e2e2oeaonananaananananagaegngageaenaeneeenegeaengageanegegaegeeegaeegeeeet*444%GeGiiwiitk & & & % & AAAA Fig. 8 Eliminagio das impurazaa na parte ieina de Vilvutas Borbolets de xo horizontal Nestas condicbes haverd uma distr buigdo desigual de pressiies sobre o la do de montante do disco da valvula, dando como resultado torque tendante a fechar valvule (fig 6). {As forcas intervenientes no fenime- ‘no dependem do formato do disco da véluula e sobretudo das caracteristicas de montagem da vélvula. © coeticiente de torque da figura 7. € um valor Gnico para cada tipo de valvula borboleta, relativo configur fo interna de seu corpo, formato do disco © posigo do eixo da vélvula em Felaco & borda do disco. (Excentrici- dade). Para um eixo de disco simétrico ‘em relagio ao centro, o coeficiente de torque é 0 mesmo independente- mente da direcdo do fluxo. Pera um eixo assimétrico, 0 coefi ciente de torque 6 diferente para um fluxo na direcdo do lado eixo do disco @ do lado oposto a0 cixo do disco. (Wer, figura 8) 0 fluxo na diragio do lade oposto {20 eixo do disco, pode resultar em um torque fiuidodinamico 40% menor do {que para fluxo na direpgo do lado do eixo do disco, (Ver figuras 7 © 8). Para a posigo totalmente aberta, lum disco simétrico em relacao a0 cen tro estd teoricamente em balango, Es te Tipo de estrutura esta sujeita a vibra (Bes se existir fluxo secundério no sis tema, Um disco com eixo excéntrice tem um torque resultante na posicdo total mente aberta, resistinde & tendéncia de vibrar, Este torque provoca uma tendéncia de fechamento para fluxo na direcdo do lado do eixo e de abertura para flu x0 em sentido contrario, (Ver figuras 7e8 Fig. 7 ~ Coctieiente de Toraue Fig. 8 — Efelto da drerio do fxrxo no torque fudodinsimico © torque fluidodinamice pode ser calculado pela seguinte expresséo (ref. By Td=Ct x D? x Ap Ta = ce Torque fluidodinamico, Coeficiente de torque {lui dodinamico. Didmetro do disco, Perda de pressdo através da vélvuls, TORQUE NECESSARIO NO ATUADOR (To) Asquatros categorias dos torques an teriormente citedos so muito impor: tantes para se determinar as necessida- des estruturais dos componentes da SSSSS SSS SSS HH HAAAAGESA SSS HSE SSS Fig. 6 — Resuitante das forgas fuldedinimicas tendem fechar a Valvula vdlvula borboleta e 0 torque necesss Fio a ser fornecido pelo mecanismo de acionamento da valvula, © torque necessério a0 destrava. mento da vélvula borbolete no mo. mento da abertura é a combinacéo dos torques de assentamento, de atrito nos mancais ¢ hidrostdtico: Co To = Tb +Ts+ Th! To = ch Torque do atuador destravar 0 disco para Ts = Torque de assentamento ou desassentamento Te = Torque de atrite nos man- © torque do atuador, para as post ‘ees intermedidrias ¢ a combinacko do torque fluidodinamico e de atrito To = 1,2 Tb Lot ‘gundo apéndice da AWWA.C-504) (2) be ‘A expressdo acima deve ser resol vida sucessivamente para diversos va REVISTA DAE ~ 49 lores de velocidade para se determinar combinaco méxima dos torques fividodinamice @ de atrito nos man No item 3.4 esta ilustrado v méto, Wo grafico para se determiner a perda de presio através da vétvula para qualquer velocidade entre as posicdes aberta e fechada, para os dois casos nicas de sistema em que a véuule horboleta pode estar instalada, ou seis f# Sistema com earga constante We: sewvatorio) © Sistema com carga varidvel fins talacdo de recalquel ‘Quancle do techamento da vélvule Ta € subtraido @ 0 fechamento To somado na expressio (21 Deste_modo, 9 torque requerido ‘vlo stuador seré 0 maior entre os dois valores de To obtidos nas expresses Me 12 3.3, RELAGAO ENTRE OS COEFICIENTES DE TORQUE A relacdo entre Ct, Cf © 0 angulo de abertura do disco, depende do formato do disco ¢ de como este es td montado sobre 0 seu eixo de rota Bo. As curvas caracteristicas mostran: do estas relacdes © 0 costiciente Cs so obtidas dos fabricantes de valvu le borholeta 3.4. CONTROLE DE VAZAO Sendo um dispositive de controte, a valvula borboleta dissipa energia. Esta dissipacdo de energia na vélvu 1a € no. sistema varia em fungso da va riacio da abertura do disco da valvula Conforme se vai aumentando o an gulo de abertura da véluule, a perda de carga na mesma diminui enquanto 2 perda no sisteina aumenta ‘Mesmo pare a posicio totalmente aberta, existe uma perda de carga re- sidval na vélvuta borboleta Conforme citadaanteriormente, existem dois sistemas tipieos nos quais as valvulas borboleta podem estar ins taladas & que esta ilustrado na figura Fou seis '# Com fonte de energia constants, como 6 0 caso de um grande reserva: torio, @ Com fonte de energia variavel fem funcio da vazio, como é 6 caso de instalacdes ue recalgque. A diferenca entre as curvas de ener gia e de perda de carga ma figure 9, Tepresenta a perda de carga total atra vés da vélvula, pare cada valor de velo cidade (ou vazo) no sistema, 50 — REVISTA DAE aa Fig, 9— Relacdo entre Velocidad « Perda de Carga na Valvu Fg. 10 — Sistema com Fonte de energa constant _ ADSL NN CANT ny = Perdo de Corga no Sister, 1h, = Perdo de Carga na Vowute ai a Borbolee Noto Ans peraa de cargo #0 sistera nv= perda_de_corgo na vdlwula Fig, 17 ~ Sntema com Fonte de enw As figuras 10 € 11, do uma visso melhor dos conceitos contidos na fi ura As caracteristicas de controle de uma véluila borboleta variam para cada sistema, A faixa a que se estende 0 controle, depende das dimensbes da vdivula, da carga do sistema e da velocidade Face as iniimeras varidveis coda api cacdo de controie deve ser analisada individualmente, Geraimente, a @ de controle ia vaiaveh recomendada esté compreendida en: tre 30 e 80°, conforme ilustra 2 cur va de coeficiente de vazdo (Cf) da figura 12, (0 coeficiente de vazio (Cf) para ca- dda valor de velocidade pode ser calcu: lado pela expresséo: vi =ctVap = Q O7es 0? onde: V_ = Velocidade na tubulagio fost Tonks | cll tot eh Tomb {alate Tek [dct alam tla Tle emt Te Taf Hs Tania Tata lt i ot let me (ul let lama fetta Oe amc a dee ae {alc aie Tat Afni flac al A al Baggage eae oad NARARTALD SUSSEESSSSTEARLA LEER EELS Ct = Coeficiente de vazio Ap= Perda de Carga ne Vélvula ua) D_ = Didmetro da valvula = Vario no sistema Fig, 12 — Curve de Gosficionte de Vario (Cth ‘A curva de coeficiente de fluxo & aplicdvel para instalacdes de vélvulas orboleta com um minimo de 2D 3 montante da vélwula € 6D a jusante da valvula, Pera cada varlago nas instalagdes, de vélvulas borboleta tais como, des- carga de bomba, entrada de reservat6- rio/descarga livee, entrada de reservat6- rio/descarga em tubulacdo (mostrades ra figura 13}, existe um Gnico conjun to de coeticientes de vazdo e de tor- que. 3.8. RECOMENDAGOES PARA INSTALAGAO DE VALVULAS. BORBOLETA [As valvulas borboleta podem a prin: eipio ser instaladas em qualquer po- sigdo. emaos semaine —talna 94 Tums rgio aay as) (35) Fig, 14 — Posies possiveis de instalagio de Vélvulas Borboleta ‘Segundo recomendacies no catslo. 90 da fabricante alemd ERHARD (ref. 3) qualquer uma das posicées indica. das na figura 14 6 permitida. De. vese porém evitar tanto quanto pos | 0s tipos de instalagio @ @ 16 por implicarem em custos adicionais, Fig. 13 — Aplicardestiniens de Valvula Borboteta Para as vélvulas exoantricas entre. tanto, € importante se considerar @ influéncia da posigfo da aplicacio da pressdo de shutoff na capacidade de vedacdo da vilvula, No mesmo catilogo citado acima, 6 recomendado, que para pressOes de trabalho superiores 2 16kg‘em?, a presséo de shutoff sea aplicada do lado do eixo (direedo de fluxo Al, devido a que nesta posigéo 0 disco estd pressionado contra’ a sede do corpo da valvula, Outro aspecto importante a se le- var em conta € 0 tipo de instalacdo em que a vdlvula borboleta sera insta- lade, e que pode —produzir efeitos sighificativos sobre 2 operacio e pet formance das valvuiss, E 0 cato por exemple de instalagdes em que a valvula borboleta estd instala dda proxima a componentes que indu zam um perfil no simétrico de veloci- dade, como € 0 caso de curvas e bom bas. Esta nfo simetria pode resultar em um torque fluidodinamico com magnitude © dobro do verificado para instalagdes do tipo entrada/safda de tubulagso, caso 0 eixo da vilvula no seja adequadamente orientado, REVISTA DAE ~ 61 Conforme mostrado na figura 18, para certos tipes de bombas centritu- ges, existe uma assimetria no perfil de velocidade nas proximidades do local de descarga. Neste caso, 0 fluxo atingiré o disco de tal maneira a au- mentar grandemente 0 torque da valvula; além disso, neste tipo de instalacdo, a vélvula borboleta € alta- mente suscetivel a batimentos @ vibragdes E recomendével portante que o ei- x0 de rotago da vélvula seja orientado de mancira que 0 fluxo assimétrico atinja 0 disco simétricamente em rela- ‘¢fo 20 eixo, Deste modo a vdivula borboleta deverd ter seu eixo orientado: a) Ne vertical, quando proxima 2 bomba centrifuge de eixo horizontal. (figura 16). Fig. 16 ~ Eixo de totardo da valuta (VERTICAL b) Na horizontal, quando préximea & bomba centrifuga de eixo vertical. (figura 171, Fig. 17 ©) Na vertical, quando proxima a descarga de bomba de elevacto verti cal (figura 18), d) Na vertical, de curva (Figure 19). quando a jusante Wail Se <4 ae Fig. 19 52 ~ REVISTA DAE Fig, 15 ~ instalapo incorrata do wixo do rotagio da vila 36. CAVITAGAO A maior preocupacdo com relacdo 2 aplicagdes de estrangulamentos & cavitacdo, Caso ocorra uma excessiva queda de pressio para uma posicio estran- gulada do disco da vdlvula borboleta, poderd haver cavitacdo, A cavitagdo ocorre quando a pres- ‘sfo em algum ponto do fluxo de dgua cai abaixo de pressio de vapor da qua, que é aproximadamente 0,5 sis ( = 0,35 m.ca) pare teniperatu- ras normais Os seguintes limites (estes varia levemente dependendo das condicies locas) podem causar cavitagao: © = 2g(H2 + 33) 2 + 2g AM corre eavitagio quando C= Cor < 1,002,5 onde: © = Constante de cavitacdo, admensional Ger = 1.0225. € < 19, efeitos sérios de cavitacdo podem ocorrer (Testes de H. Bleuler, Escher — Wyss, Lida, Switzerland) 9 = Constante gravitacignat, 32, 17 fr/sec? (9,8 mmis2, H1 = Carga de montante, pés de foua H2 = Carga de jusante, pés de qua. AH> Hi -H2 = Perda de Carga através da vélvula, pés de agua. V_ = Volocidade, pés/sec. Velocidede Critica, do€ = Cer = 1,0. quan- Em aplicag8es de vélvula borbo- leta, a porgdo de agua contendo vapor", forma um volume de for mato cOnico a jusante do disco da vélvul (fig. 201, Fig. 20 ~ Agua vaporizada forma um volume de formato cbnico a jusante do Disco da VaWula Como a energia de pressio ¢ recupe: rada e sobe acima da presso de vapor da agua, as bolhas de cavitagio implo dem. Esta implosSo, dependendo do Angulo da vélvula, pode ocorrer do lado de jusante do corpo da vélvula ou jusante da borda do disco, Pesquisas tém demonstrado que presses equivalentes @ 100.000 psi {= 7.000 Kg'jem?}, e maiores ocor Fem quando as bolhes de vapor implo- ‘dem, Se isso acontecer na superficie do metal da estrutura da véluula ha verd fadiga © erosso dessas superti- cies. Caso esta situaggo ocorra por pe- iodos protongados de tempo, ocorre- 8 um enfraquecimento estrutural dos componentes mezalicos. Além dos problemas de erosio do metal, 2 imploso destas bolhas de vapor pode originar choques hidréu- licos excessivos na tubulagdo. 4, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Revista Water & Sewage Works, junho Je 1976, plo. 84 989, Norma AWWA ~ C-504/80, ‘Catalogo ERHARD, Catalogo IBRAVE, Catélogo ARAMFARPA, Catélogo BARBARA, Catdlogo VANASA, ‘Abestecimenta de Agus, de Harold € Bobbitt e outros 9, PN@.659/1979. eee PEELE eC ee ee aaa

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