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CONTABILIDADE – RESUMOS
025 – O QUE MUDOU NA CONTABILIDADE?
AUTOR: ADINOÉL SEBASTIÃO (DYNO)
ARQUIVO: CONTABILIDADE-025.DOC
Recomendo para leitura, deste resumo, ter em mãos a Lei 6404/76 já alterada, mas
com indicação do que foi alterado pela Lei 11638/2007, ou ter em mãos o texto da Lei
11638/2007 e o texto antigo da Lei 6404/76.
Lembro aos senhores que isto é apenas um rascunho, mas já dá para ter uma noção
das mudanças. Creio que em breve ilustres mestres publicarão livros sobre as
alterações da Lei 11638/2007. Aproveitei para especular sobre possíveis questões de
provas sobre as alterações.
Mas vamos ao que interessa. A Lei 11638/2007 trouxe as seguintes mudanças para a
Contabilidade para fins de concursos.
1. Demonstrações Financeiras
Não existe mais a DOAR na lei da contabilidade.
Agora as demonstrações financeiras obrigatórias são:
-BP (Balanço Patrimonial).
-DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados).
-DRE (Demonstração do Resultado do Exercício).
-DFC (Demonstração de Fluxos de Caixa).
-DVA (Demonstração de Valor Adicionado) para companhia aberta.
Nota: Aqui temos alteração para uma questão de prova. Quais são as demonstrações
financeiras obrigatórias? Os desatentos ainda marcariam como certa as demonstrações
que existiam antes da Lei 11638/2007.
2. Escrituração
As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividades que constitui
objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis
diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não desobrigam a obrigação de
elaborar as demonstrações financeiras em consonância com o artigo 177 (caput) da Lei
6404/76 que diz: “A escrituração da companhia será mantida em registros
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos
princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime
de competência”.
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observância do disposto no artigo 177 (caput) da Lei 6404/76, devendo ser essas
demonstrações auditadas por auditor independente registrado na CVM.
3. Normas da CVM
A lei 6404/76 diz em seu artigo 177 § 3o que as demonstrações financeiras deverão
observar as normas da CVM sendo obrigatoriamente auditadas por auditores
independentes registrados na CVM. Agora essas normas deverão ser elaboradas em
consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais
mercados de valores mobiliários.
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre as
demonstrações financeiras expedidas pela CVM.
4. Ativo Permanente
O Ativo Permanente era dividido em: Investimentos, Imobilizado e Diferido.
Agora o Ativo Permanente passou a ser dividido em:
-Investimentos.
-Imobilizado.
-Intangível.
-Diferido.
Nota: Esta é uma alteração que dá uma boa questão daquelas em que se colocam
várias contas e se pergunta qual o valor do Imobilizado.
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Serão classificados no Ativo Permanente Intangível os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
8. Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido era dividido em: capital social, reservas de capital, reservas de
reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
O que mudou?
Não são mais classificados como reservas de capital o prêmio na emissão de
debêntures e as doações e as subvenções para investimento.
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Agora temos a seguinte orientação quanto aos direitos e títulos de créditos para a sua
avaliação:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e
títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações
destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e
b) pelo valor do custo de aquisição ou valor da emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de
créditos.
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Nota: Dessa parte da Lei sempre tiraram várias questões. Com as mudanças novas
questões poderão surgir.
Nota: Amortização do intangível? Quem não ler as mudanças não considerará como
conta redutora do ativo uma conta chamada digamos de “Amortização de Software”.
Note que a lei citava apenas o ativo imobilizado, hoje fala em ativo imobilizado,
intangível e diferido.
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Nota: Atenção, qual é o prazo máximo para amortizar o Ativo Diferido? Qual é a sua
resposta? Eles podem pedir numa questão futura!
Nota: Eis uma alteração que dá uma boa questão: Calcule o valor das participações na
DRE.
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Veja que a nova normatização diz no mínimo, então nada impede que a DFC tenha
mais informações que as citadas na norma. Vamos esperar um modelo ou orientação
da CVM quanto a forma da DFC.
Consulte o link que segue que possui algumas informações sobre a DVA:
http://www.cvm.gov.br/port/atos/oficios/OFICIO-CIRCULAR-CVM-SNC-SEP-
01_2007.asp#1.12
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DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
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4 – RETENÇÕES
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Preste atenção, pois só mudou alguns trechos do item II acima. Veja como ficou (vou
negritar e grifar as mudanças para facilitar):
“II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de
ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra
após o término do exercício social seguinte”.
O que mudou?
A lei dizia que o saldo das reservas de lucros não poderia ultrapassar o valor do capital
social, mas a lei retirava dessa soma duas reservas:
-a reserva de contingências e
-a reserva de lucros a realizar.
Com a mudança agora temos três reservas que ficam de fora dessa soma:
-a reserva de contingências,
-a reserva de lucros a realizar e
-a reserva de incentivos fiscais.
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Nota: Questão de prova: Quanto será destinado para dividendo obrigatório? Aí colocam
entre as muitas contas a reserva de incentivo fiscal. O que você faria se não tivesse
conhecimento das alterações?
Além da alteração acima foi incluído um terceiro parágrafo nesse artigo que diz que
nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre as partes
independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da
sociedade a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizadas pelo
seu valor de mercado.
Nota: Outra boa questão para prova. Pode-se perguntar que valor utilizar para ativo e
passivo quando do acontecimento de uma das operações do artigo 226.
“...
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes
(artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha
influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e
em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo
com as seguintes normas:
...”
Com as alterações o artigo 248 passou a legislar diferente. Agora temos que serão
avaliados pelo MEP:
i. Coligadas
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Serão avaliadas pelo MEP as coligadas sobre cuja administração tenha influência
significativa.
ii. Controladas
Serão avaliadas pelo MEP quando a investidora participe com 20% ou mais do capital
votante.
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