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Unisanta - Tópicos de Mecânica - Prof. Damin - Aula n.

º_____ - Data ___/____/______

FLEXÃO SIMPLES.

Introdução:

(Boanerges, 1980-S.D.)
Como a força cortante não altera as tensões
normais estamos aqui examinando as flexões
pura normal e simples normal.

Observando a seção transversal em estudo,


temos quatro casos possíveis com as
respectivas tensões normais:

Y
lado
tracionado
X
C.G. σ = M.y/Ix

T.P.M.

X
σ = - M.y/Ix
C.G.

lado
tracionado

T.P.M.

lado
T.P.M. tracionado
C.G. X σ = M.x/Iy

lado
tracionado T.P.M.
C.G. X σ = - M.x/Iy

Pela análise dimensional dessas definições, teremos como unidades para TENSÃO:
Pa (Pascal), N/m2, Kgf/cm2, etc.

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Nas expressões anteriores o momento fletor M, está em módulo e o Traço do Plano do


Momento Fletor (T.P.M.), com o “lado tracionado”, são obtidos do diagrama de momentos
fletores.

As tensões normais se distribuem na seção formando um plano (Navier) que contém o eixo
central de inércia em torno do qual gira a seção transversal em estudo:
Seção Vista de Frente: Seção vista de lado:
Y lado
tracionado σ região
tracionada

C.G. M eixo da barra Z


X
região
T.P.M. comprimida

Considerações:

(Beer and Johnston, 1995) (Boanerges, 1980)


⇒ Observamos que uma região da seção é tracionada e a outra é comprimida, sendo estas duas
partes limitadas pelo eixo baricêntrico de inércia em torno do qual gira a seção, e nos pontos
deste eixo central a tensão normal é nula.
⇒ Linha Neutra é a reta do plano da seção transversal em que a tensão normal é nula; na
flexão simples normal a linha neutra coincide com o eixo baricêntrico de inércia em torno do
qual gira a seção transversal em exame
⇒ Observamos também que, a tensão normal atinge seu valor máximo (positivo) e valor
mínimo (negativo), nos pontos da seção mais distantes em relação à linha neutra, ou ao eixo
baricêntrico de inércia perpendicular ao T.P.M.
⇒ Estas duas tensões são chamadas de Tensões Extremas, e são fundamentais ao
dimensionamento da seção em estudo. Sendo a Tensão máxima (Tração) e Tensão mínima
(Compressão).

Nomenclatura:

Nomenclatura utilizada no Curso:

Baricentro ou centro de gravidade = G.(C.G.) Eixos baricêntricos = XG e YG.

Momentos Fletores = M Pontos do baricentro = xg e yg.

Área da Seção Plana = A Momento de Inércia = I

Tensão de Compressão = σC Tensão de Tração = σT

Tensão = σ Módulo de Resistência = W

Momento Estático = MSX e MSY Força = F

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Módulo de Resistência:

(Boanerges, 1980-S.D.)
YG
Já constatamos que as tensões extremas agem nos pontos 1 T.P.M.
da seção mais afastados dos eixos de inércia;
podemos então definir uma nova característica da seção y’
transversal (figura plana), o Módulo de Resistência. x” x’

Módulo de Resistência: (W) G XG


4
y”
W = I/d
Cálculo dos Pontos Extremos: 2 3
Ponto 1: Wx’ = IXG/y’
Ponto 2: Wx” = IXG/y”
Ponto 3: Wy’ = IYG/x’
Ponto 4: Wy” = IYG/x”

Para obtermos as Tensões Extremas do quociente M/W depende do


cálculo do eixo central de inércia
Logo, os pontos para a figura acima serão:
Wx’ = (B.H3/36)/(2.H/3) = 3.B.H3/72.H = B.H2/24

Wx’= B.H2/24
Wx” =(B.H3/36)/(H/3) = 3.B.H3/36.H = B.H2/12

Wx”= B.H2/12
Wy’ = (H.B3/36)/(2.B/3) = 3.H.B3/72.B = H.B2/24

Wy’= H.B2/24
Wy” = (H.B3/36)/(B/3) = 3.H.B3/36.B = H.B2/12

Wy”= H.B2/12

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Considerações:

(Beer and Johnston, 1995) (Boanerges, 1980-S.D.)

Podemos ter uma idéia da altura h da seção transversal, necessária para resistir ao
momento fletor, através do braço de alavanca d do binário obtido com as forças resultantes
das tensões normais de mesmo sinal que agem na seção em exame.

Seção:
Vista lateral:
Y

região tracionada F
de área A h
L.N.
d
X M
h eixo Z
C.G.
F

O equilíbrio exige:
T.P.M.
M = F.d
As tensões normais de tração, que agem na
região tracionada (de área A) da seção Então:
transversal, provocam a força:
d = IX/MSX
F = ∫Aσ.da A geometria da seção é melhor para resistir
ao momento fletor quanto mais próximo for d
Perpendicularmente ao plano da seção
de h; como d é a distância entre os
transversal, como;
baricentros das regiões tracionada e
σ = M.y/IX comprimida da seção, para aproximarmos d
de h precisamos colocar mais área distante
vem; do eixo central. Uma boa seção para resistir
ao momento fletor é:
F = ∫M.y.da/IX = (M/IX)∫Ay.da
F = M.MSX/IX
Pois M e IX são constantes da seção.
MSX é o momento estático da área A da h d
região tracionada (ou da região
comprimida) em relação ao eixo central
perpendicular ao TPM.
T.P.M.

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Exercícios Propostos: (Para estudo).


Calcular para a viga reta:
8 kN 4 kN.m
2 kN/m

D
A B C

3.00 m 2.00 m 2.00 m

• As reações de apoio.
• Os diagramas de esforços internos solicitantes (V, M).

Calcular para as seções planas abaixo:

• O baricentro posicionando os eixos nas figuras


• As tensões à flexão nos pontos marcados.

EP1: R = 3 x 10-2 m EP2:


YG 30 cm
YG
XG 8 cm
C.G. XG
T.P.M.
C.G.
22 cm

T.P.M.

20 cm

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Sistemas de Unidades:

Prefixos e seus símbolos:

da = Deca = 101 d = Deci = 10-1


h = Hecto = 102 c = Centi = 10-2
k = Quilo = 103 m = Mili = 10-3
M = Mega = 106 µ = Micro = 10-6
G = Giga = 109 n = Nano = 10-9
T = Tera = 1012 p = Pico = 10-12

Unidades de Comprimento:

m µm mm cm dm km
1m 1 106 103 102 10 10-3
1 µm 10-6 1 10-1 10-4 10-5 10-9
1 mm 10-3 103 1 10-1 10-2 10-6
1 cm 10-2 104 10 1 10-1 10-5
1 dm 10-1 105 102 10 1 10-4
1 km 103 109 106 105 104 1

Unidades de Área:

m2 µm2 mm2 cm2 dm2 km2


1 m2 1 1012 106 104 102 10-6
1 µm2 10-12 1 10-6 10-8 10-10 10-18
1 mm2 10-6 106 1 10-2 10-4 10-12
1 cm2 10-4 108 102 1 10-2 10-10
1 dm2 10-2 1010 104 102 1 10-8
1 km2 106 1018 1012 1010 108 1

Unidades de Força:

N** kN MN kp*
-3 -6
1N 1 10 10 0,102
1 kN 103 1 10-3 0,102 x 103
1 MN 106 103 1 0,102 x 106
1 kp 9,81 9,81 x 10-3 9,81 x 10-6 1

* 1 kp = 1 kgf ** 1 N = 1 kgf.m/s2

Unidades de Tensão:

Pa MPa Kp/cm2 N/mm2


1 Pa = 1 N/m2 1 10-6 1,02 x 10-5 10-6
1 MPa 106 1 10,2 1
1 Kp/cm2 = 1 atm 98100 9,81 x 10-2 1 9,81 x 10-2
1 N/mm2 106 1 10,2 1

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