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Definição
Conjunto de números reais (ou complexos) dispostos em forma de tabela, isto é, distribuídos em m
linhas e n colunas, sendo m e n números naturais não nulos.
Exemplos:
1) A representação de um tabuleiro de xadrez pode ser feita por meio de uma matriz 8 × 8 .
2 3 4
2) A matriz A = ( a ij ) 2×3 onde a ij = i 2 + j é .
5 6 7
3) A matriz abaixo fornece (em milhas) as distâncias aéreas entre as cidades indicadas:
cidade A cidade B cidade C cidade D
cidade A 0 638 1244 957
638
cidade B 0 3572 2704
cidade C 1244 3572 0 1036
cidade D 957 2704 1036 0
Esta é uma matriz 4 × 4 (quatro por quatro).
4) A matriz abaixo representa a produção (em unidades) de uma confecção de roupa feminina
distribuída nas três lojas encarregadas da venda.
shorts blusas saias jeans
80 25 40
loja I 50
loja II 70 100 0 60
loja III 30 120 70 25
Esta é uma matriz 3 × 4 (três por quatro) pois seus elementos estão dispostos em 3 linhas e 4
colunas.
1
Igualdade
Duas matrizes de mesma ordem A = ( a ij ) m×n e B = (bij ) m×n são iguais quando a ij = bij para todo
i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n .
Matrizes Especiais
1. Matriz Linha
Uma matriz A é denominada matriz linha quando possuir uma única linha.
Notação: A = ( a ij ) 1×n
Exemplo: (− 8 3 4 )1×3
2. Matriz Coluna
Uma matriz A é denominada matriz coluna quando possuir uma só coluna.
Notação: A = ( a ij ) m×1
3
Exemplo: 9
1
3×1
3. Matriz Nula
Uma matriz A é denominada matriz nula quando todos os seus elementos forem nulos, isto é,
a ij = 0 para todo i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n .
Notação: 0 m×n
0 0 0
Exemplo:
0 0 0 2 ×3
4. Matriz Quadrada
Uma matriz A é uma matriz quadrada quando possuir o mesmo número de linhas e de colunas, isto
é, m = n .
a11 a12 ... a1n
a 21 a 22 ... a 2 n
Notação: A = ( a ij ) n ×n =
... ... ... ...
a n1 a n 2 ... a nn
2 3 4
Exemplo: A= 5 7 0
10
− 1 9 3×3
6. Matriz Identidade
Uma matriz diagonal A é chamada de matriz identidade quando os elementos da diagonal principal
forem todos iguais a um.
Notação: I n
1 0
Exemplo: I 2 =
0 1 2× 2
1 2 3 4
Exemplo:
0 5 6 7
0 0 −1 0
0 0 0 − 2 4×4
1 0 0
Exemplo: 4 8 0
7
−3 0 3×3
Exemplos:
1 2 − 1 0 − 7 2,5
1) Sejam A = e B = .
5 3 4 − 4 0,5 5
1 + 0 2 − 7 − 1 + 2,5 1 − 5 1,5
Então A + B = = .
5 − 4 3 + 0,5 4 + 5 1 3,5 9
3
2) Um laboratório farmacêutico produz um certo medicamento. Os custos relativos à compra e
transporte de quantidades específicas da substância necessárias para a sua elaboração, adquiridas
em dois fornecedores distintos são dados (em reais) respectivamente pelas seguintes matrizes.
A matriz que representa os custos totais de compra e de transporte de cada uma das substâncias
A, B e C é dada por:
9 23
21 17
8 7
A4. Elemento Simétrico:para toda matriz A de ordem m × n existe uma matriz S de mesma ordem
tal que A + S = S + A = 0 m×n .
Sendo A = ( a ij ) m×n tem-se S = ( s ij ) m×n = −( a ij ) m×n .
Notação: S = − A
Assim, A + ( − A) = ( − A) + A = 0 m×n .
Além disso, A + (− B) = A − B .
A5. Para quaisquer matrizes quadradas A e B de mesma ordem, tr( A + B ) = trA + trB .
Dem: Considere as matrizes de ordem n.
tr ( A + B ) = ( a11 + b11 ) + ... + ( a nn + bnn ) = ( a11 + ... + a nn ) + (b11 + ... + bnn ) = tr ( A) + tr ( B )
4
2. Multiplicação por Escalar
Sejam A = ( a ij ) m×n uma matriz e k ∈ R um escalar, define-se a matriz produto por escalar B = k ⋅ A
tal que B = (bij ) m×n e bij = k ⋅ a ij para todo i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n .
Exemplos:
1 0
1) Sejam A = 3 − 5 e k = −3 .
−1 7
( −3).1 ( −3).0 − 3 0
Então ( −3) ⋅ A = ( −3).3 ( −3).( −5) = − 9 15
( −3).( −1) ( −3).7 3 − 21
2) O quadro abaixo mostra a produção de trigo, cevada, milho e arroz em três regiões, em uma
determinada época do ano.
Com os incentivos oferecidos, estima-se que a safra no mesmo período do próximo ano seja
duplicada. A matriz que representa a estimativa de produção para o próximo ano é:
5
3. Multiplicação
Sejam as matrizes A = ( a ij ) m× p e B = (bij ) p×n , define-se a matriz produto C = A ⋅ B tal que
p
C = ( c ij ) m×n e c ij = ∑ a ik ⋅ bkj , isto é, c ij = a i1 ⋅ b1 j + a i 2 ⋅ b2 j + ... + a ip ⋅ b pj para todo i = 1,2,..., m e
k =1
para todo j = 1,2,..., n .
Exemplos:
1 0
2 3 1
1) Sejam A = 2 1 e B = .
− 1 4 1 0 − 1
2) A matriz abaixo nos fornece as quantidades de vitaminas A, B e C obtidas em cada unidade dos
alimentos I e II.
A B C
alimento I 4 3 0
alimento II 5 0 1
4 3 0
(5 2 ) ⋅ = (5 ⋅ 4 + 2 ⋅ 5 5 ⋅ 3 + 2 ⋅ 0 5 ⋅ 0 + 2 ⋅ 1) = (30 15 2 )
5 0 1
6
M2. Distributiva da Multiplicação em relação à Adição: para quaisquer matrizes A e B de ordem
m × p , para toda matriz C de ordem p × n e para toda matriz D de ordem l × m ,
( A + B) ⋅ C = A ⋅ C + B ⋅ C e D ⋅ ( A + B) = D ⋅ A + D ⋅ B .
Exemplos:
1) Sejam as matrizes A = ( a ij ) 2×3 e B = (bij ) 3×2 .
A ⋅ B = C = ( c ij ) 2×2 ≠ ( d ij ) 3×3 = D = B ⋅ A .
1 2 − 1 0
3) Sejam A = e B = .
3 4 1 2
1 4 − 1 − 2
A ⋅ B = ≠ = B ⋅ A
1 8 7 10
1 2 1 − 1
4) Sejam A = e B = .
− 2 1 1 1
3 1
Assim, A ⋅ B = = B ⋅ A .
− 1 3
Logo, as matrizes A e B comutam entre si.
7
Exemplos:
1 3
1) Seja A = .
0 1
1 3 1 3 1 6
Então A 2 = A ⋅ A = ⋅ = .
0 1 0 1 0 1
1 2
2) Sejam o polinômio f ( x ) = x 2 + 2 x − 11 e a matriz A = .
4 − 3
Determinando o valor f ( A) :
f ( x ) = x 2 + 2 x − 11 = x 2 + 2 x 1 − 11x 0
f ( A) = A 2 + 2 ⋅ A1 − 11 ⋅ A 0 = A 2 + 2 ⋅ A1 − 11 ⋅ I 2
9 − 4 1 2 1 0 9 − 4 2 4 − 11 0 0 0
f ( A) = + 2 ⋅ − 11 ⋅ = + + =
− 8 17 4 − 3 0 1 − 8 17 8 − 6 0 − 11 0 0
Matriz Idempotente
Uma matriz quadrada A é idempotente quando A 2 = A .
2 −1 1
Exemplo: A matriz − 3 4 − 3 é idempotente. (Verifique!)
− 5 5 − 4
4. Transposição
Seja a matriz A = ( a ij ) m×n , define-se a matriz transposta B tal que B = (bij ) n×m e bij = a ji , isto é, é a
matriz obtida a partir da matriz A pela troca de suas linhas pelas colunas correspondentes.
Notação: B = A t
8
Classificação de Matrizes Quadradas
1. Matriz Simétrica
Uma matriz quadrada A é denominada simétrica quando A t = A .
4 3 − 1
Exemplo: 3 2 0
−1 0 5
2. Matriz Anti-simétrica
Uma matriz quadrada A é denominada anti-simétrica quando A t = − A .
0 3 − 1
Exemplo: − 3 0 7
1 −7 0
Todos os elementos da diagonal principal são iguais a zero e os elementos simetricamente dispostos
em relação à diagonal principal têm sinais contrários.
Exemplos:
2 5 3 − 5
1) A matriz é invertível e sua inversa é pois:
1 3 −1 2
2 5 3 − 5 3 − 5 2 5 1 0
⋅ = ⋅ =
1 3 − 1 2 − 1 2 1 3 0 1
2 − 1
2) Obtendo a matriz inversa da matriz A =
1 0
x z
Considere B =
y t
2 − 1 x z 2 x − y 2 z − t 1 0
Se A ⋅ B = I n então ⋅ = =
1 0 y t x z 0 1
2 x − y = 1
x = 0
Assim,
2 z − t = 0
z = 1
0 1
Desta forma, B =
− 1 2
9
Verifica-se também que B ⋅ A = I n .
0 1
Então a matriz inversa da matriz A é A −1 = .
− 1 2
1 2 3
3) A matriz 4 5 6 não possui inversa.
7 8 9
I2. ( A ⋅ B ) −1 = B −1 ⋅ A −1 .
dem.: ( A ⋅ B ) ⋅ ( B −1 ⋅ A −1 ) = ( A ⋅ ( B ⋅ B −1 )) ⋅ A −1 = ( A ⋅ I n ) ⋅ A −1 = A ⋅ A −1 = I n .
Analogamente, ( B −1 ⋅ A −1 ) ⋅ ( A ⋅ B ) = ( B −1 ⋅ ( A −1 ⋅ A)) ⋅ B = ( B −1 ⋅ I n ) ⋅ B = B −1 ⋅ B = I n .
Logo, o produto é invertível.
I3. ( A t ) −1 = ( A −1 ) t .
Semelhança de Matrizes
Duas matrizes A, B ∈ Mat n (R ) são semelhantes quando existe uma matriz invertível P∈ Mat n (R )
tal que B = P −1 AP .
0 1 1 0
Exemplo: As matrizes e são semelhantes.
1 0 1 − 1
2 − 1 13 13 1 0 13 1
0 1 2 − 1
e P = − 1 2 . Assim, 1 − 1 = − 1
⋅
−1
Considere P = 3
⋅ .
1 1 3 3 3
2
3 1 0 1 1
4. Matriz Ortogonal
Uma matriz quadrada A de ordem n invertível é denominada ortogonal quando A −1 = A t .
cos θ − senθ
Exemplo:
senθ cos θ
5. Matriz Normal
Uma matriz quadrada A de ordem n é dita normal quando comuta com sua matriz transposta, isto é,
A ⋅ At = At ⋅ A .
6 − 3
Exemplo:
3 6
10
Operações Elementares
São operações realizadas nas linhas de uma matriz. São consideradas operações elementares:
0 0 1 5 1 5 1 5
1
Exemplo: 2 4 L1 ↔ L3 2 4 L2 ← L2 1 2 L2 ← L2+(-1)L1 0 − 3
1 5 2 0
0 0 0 0 0
0 0 1 5
Exemplo: A matriz 2 4 é equivalente a matriz 0 − 3 , pois usando somente operações
0
1 5 0
elementares nas linhas da primeira matriz foi possível transformá-la na segunda.
7 1 0 3 2 0 0 5 1 − 2 0 5
1 2 3 1 0 0
0 1 0 5 0 0 3 1 0 1 4 0
Exemplos: 0 1 0
0 0 2 6 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1
0 0 0 − 1 0 0 0 0 0 0 0 0
11
Escalonamento por Linha de uma Matriz
Dada uma matriz qualquer, é possível obter uma matriz equivalente por linhas a esta matriz na forma
escalonada:
Exemplos:
1 2 3 1 2 3 1 2 3
1) 4 5 0 − 3 − 6 L3 ← L3 + (−7) L1
6 L2 ← L2 + (−4) L1 0 − 3 − 6
7 8 9 7 8 9 0 − 6 − 12
1 2 3
L3 ← L3 + (−2) L2 0 − 3 − 6
0 0 0
0 0 2 0 1 2 0 1 2 0 1 2
0 3 0 0 3 0 0 0 − 6 0 0 − 6
2) L1 ↔ L3 L2 ← L2 + (−3) L1 L4 ← L4 + L1
0 1 2 0 0 2 0 0 2 0 0 2
0 − 1 3 0 − 1 3 0 − 1 3 0 0 5
0 1 2 0 1 2 0 1 2
0 0 1 0 0 1 0 0 1
L2 ← ( − 6 ) L 2
1
L ← L + ( −2) L L ← L + ( − 5) L
0 0 2 3 3 2
0 0 0
4 4 2 0 0 0
0 0 5 0 0 5 0 0 0
Exemplo: Nos dois exemplos anteriores o posto das matrizes é igual a dois.
1 2 2 −1 0 2
−1
Exemplo: Seja A = 3 1 0 . A matriz inversa é A = 3 1 − 6 .
1 1 1 − 2 −1 5
12
1 2 2 1 0 0 1 2 2 1 0 0
3 1 0 0 1 0 L2 ← L2 + (−3) L1 0 − 5 − 6 − 3 1 0 L3 ← L3 + (−1) L1
1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1
1 2 2 1 0 0 1 2 2 1 0 0
0 − 5 − 6 − 3 1 0 L2 ↔ L3 0 − 1 − 1 − 1 0 1 L2 ← (−1) L2
0 − 1 − 1 − 1 0 1 0 − 5 − 6 − 3 1 0
1 2 2 1 0 0 1 2 2 1 0 0
0 1 1 1 0 − 1 L3 ← L3 + 5L2 0 1 1 1 0 − 1 L1 ← L1 + (−2) L2
0 − 5 − 6 − 3 1 0 0 0 − 1 2 1 − 5
1 0 0 −1 0 2 1 0 0 −1 0 2
0 1 1 1 0 − 1 L3 ← (−1) L31 0 1 1 1 0 − 1 L2 ← L2 + (−1) L3
0 0 − 1 2 1 − 5 0 0 1 −2 −1 5
1 0 0 −1 0 2
0 1 0 3 1 − 6
0 0 1 − 2 − 1 5
1 2
Exemplo: Considere a matriz A = .
0 3
A redução da matriz A à matriz identidade é:
1 2 1 1 2 1 0
L 2 ← L 2 L 1 ← L 1 + ( −2) L 2
0 3 3 0 1 0 1
Aplicando em I n a mesma seqüência de operações:
2
1 0 1 1 0 1 −
L 2 ← L 2 1 L 1 ← L 1 + ( −2 ) L 2 3
0 1 3 0 0 1
3
3
2
1 −
Assim, a matriz 3 é a inversa da matriz A.
0 1
3
13
2. Cálculo do Determinante
A qualquer matriz quadrada A podemos associar um certo número real denominado determinante
da matriz.
Notação: det A ou A
b) O determinante da matriz fica multiplicado pelo escalar não nulo k quando todos os elementos de
uma certa linha forem multiplicados por k.
d) O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.
O cálculo do determinante de uma matriz quadrada, utilizando-se operações elementares nas linhas
da matriz, consiste em encontrar uma matriz triangular equivalente por linha à matriz dada,
respeitando-se as propriedades de determinantes acima.
Exemplos:
0 1 5 0 1 5 1 − 2 3 1 −2 3
1) det 3 − 6 9 = 3 det 1 − 2 3 = (−3) det 0 1 5 = (−3) det 0 1 5 =
2 6 1 2 6 1 2 6 1 0 10 − 5
1 −2 3
(−3) det 0 1 5 = (−3) ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ (−55) = 165
0 0 − 55
2 3 −4 1 11 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5
2 0 0 − 3 20 0 − 3 0 − 2 4 7
2) det = ( −1) det = (−1) det =
1 1 − 2 − 5 23 −4 1 0 1 0 11
0 1 2 3 01 2 3 0 1 2 3
1 1 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5
0 1 0 11 0 1 0 11 0 1 0 11
det = det = (−1) det =
0 −2 4 7 0 0 4 29 0 0 2 − 8
0 1 2 3 0 0 2 − 8 0 0 4 29
1 1 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5
0 1 0 11 0 1 0 11
(−2) det = (−2) det = (−2) ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 45 = −90
0 0 1 − 4 0 0 1 − 4
0 0 4 29 0 0 0 45
14
3. Resolução de Sistemas
Outra aplicação de operações elementares é na resolução de sistemas, que será visto com detalhes
no próximo capítulo.
Exercícios
a−b b + c 8 1
1) Resolva a equação matricial = , indicando os valores para a, b, c e d.
3d + c 2 a − 4 d 7 6
2 − 1 3 8 − 3 − 5 0 − 2 3
2) Considere A = 0 4 5 , B = 0 1 2 , C = 1 7 4 e k = 4 . Verifique se:
− 2 1 4 4 − 7 6 3 9 9
a) ( A ⋅ B ) ⋅ C = A ⋅ ( B ⋅ C )
b) k ⋅ ( B − C ) = k ⋅ B − k ⋅ C
c) tr ( A + B ) = trA + trB
d) tr ( A ⋅ C ) = trA ⋅ trC
1 2
3) Seja A = . Indique uma matriz quadrada B de ordem 2 não nula tal que A ⋅ B = 0 2×2 .
3 6
2 1
4) Seja A = . Resolva a equação matricial A ⋅ X = I 2 , onde X = ( x ij ) 2×2 .
1 1
1 2
6) Seja A = . Encontre A n .
0 1
3 0
7) Verifique que a matriz é uma raiz do polinômio f ( x ) = x 2 − 2 x − 3 .
8 − 1
2 0
8) Considere A = .
4 1
a) Indique a matriz A 2 − 2 ⋅ A + I 2
b) A matriz A é invertível? Em caso afirmativo, indique A −3 = ( A −1 ) 3 .
1 0
9) Mostre que as únicas matrizes quadradas de ordem 2 que comutam tanto com a matriz
0 0
0 1
quanto com a matriz são múltiplas de I 2 .
0 0
1 2
10) Determine todas as matrizes de ordem 2 que comutam com a matriz .
− 2 1
15
1 2 5 0
11) Sejam A = e B = . Verifique a igualdade ( A ⋅ B ) t = B t ⋅ A t .
3 − 4 − 6 7
12) Mostre que se a matriz quadrada A for invertível e A ⋅ B = A ⋅ C então B = C . (Lei do Corte)
2 − 1 3 1
13) Sejam A = 1 0 2 e B = 2 . É possível calcular X, na equação A ⋅ X = B ?
0 0 1 3
15) Seja A uma matriz de ordem n tal que a matriz ( A t ⋅ A) é invertível. A matriz A ⋅ ( A t ⋅ A) −1 ⋅ A t é
simétrica? E idempotente?
cos θ − senθ
16) Mostre que a matriz é uma matriz ortogonal.
senθ cos θ
1 0 0
1 1
17) Determine a, b e c de modo que a matriz 0 seja ortogonal.
2 2
a b c
18) Mostre que a soma de duas matrizes simétricas é também uma matriz simétrica.
20) Se A e B são matrizes simétricas que comutam entre si então a matriz B ⋅ A 2 também é simétrica?
Justifique.
23) Em uma pesquisa onde foram consideradas 3 marcas de refrigerante, Gelato, Delícia e Suave, o
elemento a ij da matriz abaixo indica a possibilidade de uma pessoa que consuma o refrigerante i
passar a consumir o refrigerante j. O elemento da diagonal principal representa a possibilidade de
uma pessoa que consuma um determinado refrigerante permaneça consumindo o mesmo
refrigerante.
16
Gelato Delícia Suave
Gelato 0,8 0,1 0,1
Delícia 0,4 0,5 0,1
Suave 0,6 0,2 0,2
a) Qual a possibilidade de uma pessoa que consumia o refrigerante Gelato passar a consumir o
refrigerante Suave? E a de quem consumia Suave passar a consumir Gelato?
b) Escreva a matriz que indica a possibilidade de se mudar de marca após duas pesquisas.
1 2 − 4
24) Verifique se a matriz − 1 − 1 5 é invertível. Em caso afirmativo, indique a matriz inversa.
2 7 − 3
1 2 − 1
25) Para que valores de a a matriz 0 1 1 admite inversa?
1 1 a
1 3 0
26) Dada a matriz A = 2 5 − 1 . Indique a matriz ( A | I 3 ) e determine A −1 .
0 1 2
1 3 − 3
−1
27) Dada a matriz A = 0 − 1 2 . Indique a matriz A.
1 − 2 1
1 1 1
28) Determinar o valor de a a fim de que a matriz 2 1 2 seja invertível.
1 2 a
1 − 2 4 3 0 1
29) Calcule o determinante das matrizes 2 −3 5 e 2 4 6 .
3 −4 6 − 4 1 2
30) Sabendo que A é uma matriz quadrada de ordem n e que det A = 5 , determine:
a) det(3 ⋅ A)
b) det A t
c) det( − A)
d) det A 2
a −1 5
31) Encontre todos os valores de a para os quais det = 0.
0 a + 3
17
Respostas
1 − 1 25) a ≠ −2
4) X =
− 1 2
1 2n − 11 6 3
6) A n = −1
0 1 26) A = 4 − 2 − 1
−2 1 1
1 0 1
0 12 12 2
1
8) a) b) 8
1 2
4 0 − 7
2 1 27) A = 3 3 − 13
1 5 − 1
6 6 6
x y
10) ,x,y ∈ R 28) a ≠ 1
− y x
− 4
29) 0 e 24, respectivamente.
13) Sim, X = 0
3
14) a) X = B −1 ⋅ A −1 ⋅ C 30) a) 3 n ⋅ 5
b) X = ( A −1 ) t b) 5
c) X = B 5 se n for par
c)
d) X = B ⋅ A −1 ⋅ C ⋅ A − 5 caso contrário
e) X = ( A −1 ⋅ B ⋅ A) t d) 25
15) Sim. Sim. 31) a = 1 ou a = −3
17) b = 22 e c = − 22 ou b = − 2
2
ec= 2
2
18
Apêndice A - Determinante
Permutações
Seja um conjunto finito A qualquer, uma permutação em A é qualquer função bijetora f : A → A .
Sendo n a cardinalidade do conjunto, existem n! permutações possíveis.
Exemplos:
1) Seja A = {a, b} e as bijeções abaixo:
a a a a
b b b b
A notação usual é:
a b a b
a b b a
Nesta notação matricial, a primeira linha indica os elementos originais e a segunda os elementos
reorganizados.
2) Seja A = {1,2,3} .
1 2 3 1 2 3 1 2 3
, e são três das seis permutações possíveis em A.
2 1 3 1 3 2 3 1 2
3) Seja A = {a, b, c, d } .
a b c d
é uma das 24 permutações possíveis.
b c d a
Se A for um conjunto munido de uma relação de ordem, as permutações podem ser classificadas como
permutações pares e permutações ímpares. Uma permutação é par quando o número de elementos -
dentre os elementos reorganizados - “fora de ordem” for par e é ímpar quando este número for ímpar.
Exemplos:
1) Seja A = {1,2,3} com a ordem numérica usual, isto é, 1 ≤ 2 ≤ 3 .
1 2 3 1 2 3 1 2 3
e são permutações ímpares e é par.
2 1 3 1 3 2 3 1 2
Além disto, às permutações pares é associado o sinal positivo e às ímpares o sinal negativo.
19
O Determinante
Dada uma matriz quadrada A de ordem n é possível fazer corresponder um certo número denominado
determinante da matriz A.
1 2 3
A partir da permutação ímpar associa-se o produto “ − a11 a 23 a 32 ” , tal que os índices linha
1 3 2
correspondem a primeira linha da representação da permutação, os índices coluna são obtidos da
segunda linha e o sinal negativo da classificação da permutação.
O determinante de uma matriz de ordem 3 é obtido a partir de todas as seis permutações possíveis no
conjunto de índices {1, 2, 3} classificadas e sinalizadas.
Genericamente, para uma matriz de ordem n, o determinante é o número obtido do somatório dos
produtos sinalizados de elementos a ij da matriz, combinados de acordo com as permutações do
conjunto de índices {1, 2,..., n}.
Exemplos:
1) det(6) = 6
− 1 0
2) det = a11 a 22 − a12 a 21 = ( −1).7 − 0.2 = −7
2 7
2 5 − 2
3) det − 1 0 4 = a11 a 22 a 33 − a11 a 23 a 32 − a12 a 21 a 33 + a12 a 23 a 31 + a13 a 21 a 32 − a13 a 22 a 31
0 1 0
2
1 1
= 2.0.0 − 2.4. − 5.( −1).0 + 5.4.0 + ( −2).( −1). − ( −2).0.0
2 2
= −3
20
Desenvolvimento de Laplace
Seja uma matriz quadrada de ordem n,
a11 a12 .... a1n
a a 22 .... a 2 n
A = 21
.... ... ..... ....
a n1 an2 .... a nn
2 5 − 2
Exemplo: Seja a matriz − 1 0 4 .
0 1 0
2
2 5
O cofator do elemento a 23 , isto é, de 4 é : ( −1) 2 + 3 . det 1 = ( −1).1 = −1
0
2
5 − 2
O cofator do elemento a 31 = 0 a31 é: ( −1) 3+1 . det = 1.20 = 20
0 4
Considere uma certa linha i fixada. O determinante da matriz A fica definido por:
n
det A = ∑ a ij ⋅ ( −1) i + j ⋅ det Aij
j =1
A expressão é uma fórmula de recorrência (faz uso de determinantes de matrizes de ordem menores)
conhecida como desenvolvimento de Laplace.
Este desenvolvimento pode ser feito fixando-se uma certa coluna j e a expressão passa a ser:
n
det A = ∑ a ij ⋅ ( −1) i + j ⋅ det Aij
i =1
Exemplos:
− 1 0
1) A = fixada a linha 2.
2 7
det A = a 21 ( −1) 2 +1 det A21 + a 22 ( −1) 2 + 2 det A22 = 2.( −1) 3 . 0 + 7.( −1) 4 . − 1 = 2.( −1).0 + 7.1.( −1) = −7
2 5 − 2
2) A = − 1 0 4 fixada a linha 1.
0 1 0
2
det A = a11 ( −1) 1+1 det A11 + a12 ( −1) 1+ 2 det A12 + a13 ( −1) 1+ 3 det A13
0 4 −1 4 −1 0
= 2 .1 . 1 + 5.( −1). + ( −2).1. 1
0 0 0 0
2 2
21
Fixando ainda a linha 1 para as submatrizes:
det A = 2.1.[0.( −1) 1+1 . det A11 + 4.( −1) 1+ 2 . det A12 ] +
5.( −1).[( −1).( −1) 1+1 . det A11 + 4.( −1) 1+ 2 . det A12 ] +
( −2).1.[( −1).( −1) 1+1 . det A11 + 0.( −1) 1+ 2 . det A12 ]
1 1
= 2.1.[0.1. 0 + 4.( −1). ] + 5.( −1).[( −1).1. 0 + 4.( −1). 0 ] + ( −2).1.[( −1).1. + 0.( −1). 0 ]
2 2
1
= 2.1.( −2) + 5.( −1).0 + ( −2).1. = −4 + 1 = −3
2
Propriedades
Considere A e B matrizes quadradas de ordem n e k ∈ R não nulo.
D1. Se A é uma matriz triangular superior (inferior) então det A = a11 a 22 ...a nn .
a11 a12 .... a1n
0 a 22 .... a 2 n
dem: Considere a matriz A = .
... ... ..... ....
0 0 .... a nn
Fixando a coluna 1 para o cálculo dos determinantes,
n
det A = ∑ a i1 ( −1) i +1 det Ai1 = a11 ( −1) 1+1 det A11 + a 21 ( −1) 2 +1 det A21 + ... + a n1 ( −1) n +1 det An1
i =1
a 22 a 23 ... a 2 n
0 a 33 ... a 3n n −1
11 ∑ a i1 ( −1)
i +1
= a11 det = a det Ai1
...................... i =1
0 0 ... a nn
a 33 a 34 ... a 3n
0 a 44 ... a 4 n n −2
11 22 ∑ a i1 ( −1)
i +1
= a11 a 22 det = a a det Ai1
...................... i =1
0 0 ... a nn
= a11 a 22 [a 33 ( −1) 1+1 det A11 + ... + a nn ( −1) n − 2 +1 det A( n − 2 )1 ]
= a11 a 22 ...a nn
Corolários:
i) det 0 n = 0
ii) det I n = 1
iii) Se A é uma matriz diagonal então det A = a11 a 22 ...a nn .
22
D7.Considere a matriz A e B a matriz obtida a partir de A por aplicação de operações elementares:
a) Li ↔ Lj : det B = − det A
Exercícios
1) Calcule o determinante usando permutações.
1 4 7
1 2
a) b) 2 5 8
3 4
3 6 9
23