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Aterramento elétrico = “} t Ks CLAMPER BéTiGHt or Luis Alberto Peon Cares Alberto Sot @ Hiefu Takayanagi Capitulo IV Aterramento para sistema de distribuigado ste capitulo abordard inicialmente os cobjetivos do aterramento de um sistema de distrbuigio, ficando para os préximos capitulos a abordagem das dietrizes para a elaboragio de projetos de ateramento de sistemas eétricos de dstibuiglo,em tenses de até345 kV. ‘A origem dos sistemas de distribuigdo de cenergiaclétrica etd assocladaaredesisoladas de terra, cujos indices de disponibilidade cotimizados redugio do envolvimento de eventuais falhas, por meio da desenergiaag3o manual do menor enim pela trecho necessirio & execusio dos reparos Contudo, a necessidade de provimento de condigBesadequadas de seguranga associada A progressva clevaso das tensées primirias utlizadas nesses sistemas (consequéncia da evolugdo das densidades de carga) passou «a exigir a utlizagao de sistemas primatios aterrados como forma de viabilizar solugies técnico-econdimicas para « protegio contra sobrecorrentes e sobretensdes. ‘Tendo em vista 0 provimento das condicdes adequadas de seguranca, 0 aterramento de um sistema de distribuigio deve ating, cumulativamente, os seguintes objetivos: a) viabilizar adequado escoamento de sobretensées, limitando as tenses trans- feridas 20 longo da rede, em consequéncia clas descargas de surtos dretas ou iniretas; b) garantir a seguranga dos usuitios do sistema por meio da imitago das diferengas de potencial entre condutor neutro ¢ a terra, resultantes da crculagio das correntes de desequilri; ©) garantie a eftividade do aterramento do sistema, limitando 0s deslocamentos do neuro por ocasido da ocorrencia de faltas & terra: «) assegurar a operagio ripida e efetiva dos dlispositvos de protegio de sobrecorrente, ra ocorréncia de fats & terra, limitando as tensdes resultantes da passagem das correntes decurto-citcuitos © outras condigies, como: > continuidade do fornecimento no caso cexpecitico ds sistemas MRT; > tensdes de transferéncia compativels, > minimizagao de flhas de cequipamentos por deficigncia de aterramento; > qualidade do fornecimento (por exemplo, valor e configuragio do aterramento dos pare-raos) A forma de se alcangar os objetivos anteriormente citados depende do tipo de sistema que se venha construir: Portanto, 4 elaboragdo do projeto especiico para aterramento de um sistema de distibuisio deve ser sempre precedida da definigio do tipo de sistema que se pretende implantar Face is miltiplas consoquéncias desta cescolha, dla deve ser baseada em anilise ‘técnico-econémica global em que sejam avaliadas as vantagens e desvantagens de cada tipo de sistema de acordo com as caracteristicas especificas da instalagio. Nesta anilise, devem ser contemplados todos os aspectos tecnicos envolvidos, desde a definigio de tensio suportivel de impulso até a especificagio © escolha de todos (0s materisis, equipamentos © estruturas necessrios, que sio sensivelmenteafetados pela definigio da distancia de escoamento dos jsoladores ¢ pela limitagio dos niveis :maximos de curto-cireuito. Os aterramentos dos dispositivos. de protesio contra sobretensio objet Viabiliar 0 adequado escoamento de ‘eventuaissurtes, garantindo a manutengio da confabilidade do sistema ¢ a seguranga dos usuirios de seus servos, [No que concerme & protegdo especifica do equipamento,o valor da resisténcia dos aterramentos nio tem maior infléaca Desde que especificados os dispositivos de protesio adequados ¢ utlizado condutor de aterramento nico, a limitagio do ‘comprimento das interligagies destes positives com o tanque do equipamento 4 suficiente & obtengio de adequado grau de protesio Entretanto, 0 valor de resisténcla oferecido pelo aterramento dos dispositivos de protegio fundamental para a determinagio da renga depotencialquedeve seestabelecer ‘entre os componentes do sistema eétrco ea terra, em fungdo da passagem da corrente de ‘contra sobretensio € ‘mpl nesta resistncia A dlevagio de potencial até o ponto de conexio do condutor de aterramento com © condutor neuto (atada também pela queda de tensio no condutor de descida) tansmitida para os ponts de uilizagi, ‘enquanto que a diferenca de potencial entre 0s condutoresfase no topo da estrutura ea tera (fetada também pela tensio residual dos dispostvos de_proteydo), deve se propaga ao longo do circuit primario. potenciai, 0s transmiides pelo condutor neutro devem garantie condiges de seguranga par os usuiios os transmitidos pelos condutores fase da rede prima devem ser infviores a0 valor da tensio supotivel de impulso das estraturas, de forma a evita disrupgio nos isladores, ue, no rao, si inclusive danifcados pela corrente de curto-circuito subsequente. Parao cileuo daselevagBesdepotenciais resiltantes das descargas de surtos, devem, ser estimados valores de resisténcia de Destes aterramento, de forma a permitir a definigao do seu valor limite, © valor méximo de resisténcia de sterramento deve cortesponder 30 maior ddos valores que vier a resultar em tensées no condutor neutro © nos condutores- fase, inferiores a limites previamente ‘estabelecidos, em fungio dos. critérios adotados para protesio contra sobretensoes. Nos préximos capitulos, falaremos sobre as metodologias adequadas eterminagio das condigdes minimas a serem satisfitas pel projeto do aterramento da rede de distrbuigdo de forma a atender, simultaneamente, a todas as caracterstcas Inerentesa cada tipo de sistema como: 8) Sistemas smultiaterrados > Sistema em que o condutor neutro, oriunde da malha de aterramento da subestagio, comum aos creuitos primério esecundério, aompanha toda trifsicas a quatro. fios, a rede primi, endo regularmente ‘conectado a terra, em pontos definidos, de modo aconstituir uma rede de terra continua ede baixa impedincia Convém que. conclitor neutro seja também inteligado ao neutto de outeos alimentadores, quando disponiveis, inclusive daqueles orgindrios de outras subestagdes. 25 by Sistemas tilisicos @ ts flos com neutro secundatio continuo > Nesse sistema o condutor neutro no interligado & malha de aterramento da subestago,fcando restrito a0 sistema secundério, correspondente. ‘io considerados como de neutro secundirio continuo aqueles em que o neutzo de baixa tens interliga todos os transformadores de distibuicio, 6) Sistemas trfisicos a ts fios com neutro secundirio descontinuo > Este sistema €idfntico ao sistema twillsico atts fios com neutro sectndirio continuo, onde nem todos ‘os neutros de baixa tensio dos diversos transformadores de distibuisio sio interligados. 4) Sistemas monofilares com retormo por terra - MRT > Sistemas providos de um tinico condutor-fase que alimenta um ou mais transformadores de distibuicio em que 0 retorno da corrente ¢ feito pelo soo, SO eee Prete

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