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Institui a Lei de Migragao. Congresso Nacional decreta: CAPITULO I DISPOSICOES PRELIMINARES Sesio I Disposigdes Gerais Art. 1° Esta Lei dispde sobre os direitos e os deveres do migrante do visitante, regula a sua entrada e estada no Pais e estabelece principios ¢ diretrizes para as politicas piiblicas para o emigrante. § 1° Para os fins desta Lei, considera-se: I — migrante: pessoa que se desloca de pais ou regidio geogréfica ao territério de outro pais ou regio geogrifica, incluindo o imigrante, o emigrante, o residente fronteirigo € © apatrida; II ~ imigrante: pessoa nacional de outro pais ou apitrida que trabalha ou reside € se estabelece temporaria ou definitivamente no Brasil; III — emigrante: brasileiro que se estabelece temporiria ou definitivamente no exterior; IV ~ residente fronteirigo: pessoa nacional de pais limitrofe ou apatrida que conserva a sua residéncia habitual em municipio fronteirigo de pais vizinho; V — visitante: pessoa nacional de outro pafs ou apatrida que vem ao Brasil para estadas de curta duragiio, sem pretensio de se estabelecer temporiria ou definitivamente no territério nacional; VI — apatrida: pessoa que nao seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislagao, nos termos da Convengao sobre o Estatuto dos Apatridas, de 1954, promulgada pelo Decreto n° 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro. § 2° Sao plenamente garantidos os direitos originarios dos povos indigenas ¢ das populagées tradicionais, em especial o direito 4 livre circulagdo em terras tradicionalmente ocupadas. Art, 2° Esta Lei no prejudica a aplicagao de normas intemas ¢ internacionais especificas sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomitico ou consular, funciondrios de organizagao internacional e seus familiares. Sesio II Dos Principios e das Garan S Art. 3° A politica migratoria brasileira rege-se pelos seguintes principios diretrizes: I-universalidade, indivisibilidade e interdependéncia dos direitos humanos; II = repiidio e prevengdo 4 xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de riminagaio; III — nao criminalizagao da migragio; IV = no discriminagaio em razo dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida em territério nacional; V — promogao de entrada regular e de regularizago documental; VI-acolhida humanitaria; VII — desenvolvimento econémico, turistico, social, cultural, esportivo, cientifico e tecnolégico do Brasil; VIII - garantia do direito a reuniio familiar; IX ~ igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante ea seus familiares; X — inclustio social, laboral e produtiva do migrante por meio de politicas piblicas; XI = acesso igualitério e livre do migrante a servigos, programas ¢ beneficios sociais, bens ptiblicos, educagio, assisténcia juridica integral publica, trabalho, moradia, servigo bancério e seguridade social; XII — promogao e difustio de direitos, liberdades, garantias e obrigagdes do migrante; XIII = didlogo social na formulagio, na execugdo ¢ na avaliagio de politicas migratérias e promogao da participagao cidada do migrante; XIV — fortalecimento da integragdo econémica, politica, social e cultural dos povos da América Latina, mediante constituigo de espagos de cidadania e de livre circulagio de pessoas; XV — cooperagao internacional com Estados de origem, de transito e de destino de movimentos migratérios, a fim de garantir efetiva protegdo aos direitos humanos do migrante; XVI — integragdo e desenvolvimento das regides de fronteira e articulagio de politicas piblicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteirigo; XVII — protegiio integral e atengao ao superior interesse da crianga ¢ do adolescente migrante; XVIII - observancia ao disposto em tratado; XIX ~ protegao ao brasileiro no exterior; XX — migragdo e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienaveis de todas as pessoas; dis XXI = promogio do reconhecimento académico e do exercicio profissional no Brasil, nos termos da lei; e XXII — repiidio a praticas de expulstio ou de deportagao coletivas. Art. 4° Ao migrante é garantida no territério nacional, em condigao de igualdade com 0s nacionais, a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a seguranga ¢ propriedade, bem como so assegurados: = direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econdmicos; I= direito a liberdade de circulagao em territério nacional; III ~ direito & reunio familiar do migrante com seu cénjuge ou companheiro € seus filhos, familiares e dependentes; TV — medidas de protegio a vitimas e testemunhas de crimes e de violagdes de direitos; V ~ direito de transferir recursos decorrentes de sua renda ¢ economias pessoais a outro pais, observada a legislagao aplicvel; VI direito de reuniao para fins pacificos; VII = direito de associacao, inclusive sindical, para fins licitos; VIII - acesso a servicos pilblicos de saiide e de assisténcia social e previdéncia social, nos termos da lei, sem discriminagio em razio da nacionalidade e da condigio migratéria; IX — amplo acesso a justiga e a assisténcia juridica integral gratuita aos que comprovarem insuficiéncia de recursos; X = direito a educagtio piiblica, vedada a discriminagio em razio da nacionalidade e da condig&o migratéria; XI — garantia de cumprimento de obrigagées legais e contratuais trabalhistas e de aplicagao das normas de protecao ao trabalhador, sem discriminagdo em raziio da nacionalidade e da condig&o migratéria; XII — isengio das taxas de que trata esta Lei, mediante declaragao de hipossuficiéncia econémica, na forma de regulamento; XIII - direito de acesso informago e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011; XIV ~ direito a abertura de conta bancéria; XV — direito de sair, de permanecer e de reingressar em tertitério nacional, mesmo enquanto pendente pedido de autorizagao de residéncia, de prorrogagao de estada ou de transformagao de visto em autorizagao de residéncia; € XVI = direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que Ihe so asseguradas para fins de regularizagio migratoria. § 1° Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serdio exercidos em observancia a0 disposto na Constituigtio Federal, independentemente da situagdo migratéria, observado 0 disposto no § 4° deste artigo, e nao excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil seja parte. § 2 Ao imigrante € permitido exercer cargo, emprego € fungao publica, conforme definido em edital, excetuados aqueles reservados para brasileiro nato, nos termos da Constituigao Federal. § 3° Nao se exigird do migrante prova documental impossivel ou descabida que dificulte ou impega 0 exercicio de seus direitos, inclusive 0 acesso a cargo, emprego ou fungaio publica. § 4° Aplicam-se ao visitante os direitos previstos no caput € nos incisos I, II, TV, YV, VI, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV deste artigo. CAPITULO II DA SITUACAO DOCUMENTAL DO MIGRANTE E DO VISITANTE Sesio I Dos Documentos de Viagem Art. 5° Sao documentos de viagem: I — passaporte; Il - laissez-passer; III — autorizagao de retorno; IV = salvo-conduto; V—carteira de identidade de maritimo; VI-carteira de matricula consular; VII = documento de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando admitidos em tratado; VIII - certificado de membro de tripulagao de transporte aéreo; ¢ IX = outros que vierem a ser reconhecidos pelo Estado brasileiro em regulamento. § 1° Os documentos previstos nos incisos I, Il, Ill, IV, V, VI e IX, quando emitidos pelo Estado brasileiro, sfio de propriedade da Unido, cebendo a seu titular a posse direta e o uso regular. § 2° As condigées para a concesstio dos documentos de que trata o § 1° serio previstas em regulamento. Seco II Dos Vistos Subsegio I Disposigdes Gerais Art. 6° O visto € 0 documento que dé a seu titular expectativa de ingresso em territ6rio nacional. Parigrafo tnico. O visto podera ser aposto a qualquer documento de viagem emitido nos padrdes estabelecidos pela Organizagéo da Aviacao Civil Internacional (Oaci) ou pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, nao implicando sua aposigio o reconhecimento de Estado, Governo ou Regime. Art. 7° O visto seré concedido por embaixadas, consulados-gerais, consulados, vice-consulados e, quando habilitados pelo érgo competente do Poder Executivo, por escritérios comerciais e de representagao do Brasil no exterior. Paragrafo unico. Excepcionalmente, os vistos diplomético, oficial e de cortesia poderdo ser concedidos no Brasil. Art, 8° Poderdo ser cobrados taxas e emolumentos consulares pelo processamento do visto. Art. 9° Regulamento dispora sobre: I — requisitos de concessio de visto, bem como de sua simplificagao, inclusive por reciprocidade; I —prazo de validade do visto e sua forma de contagem; IIL — prazo maximo para a primeira entrada e para a estada do imigrante ¢ do visitante no Pais; IV — hipsteses e condigdes de dispensa reciproca ou unilateral de visto e de taxas ¢ emolumentos consulares por seu processamento; 'V — solicitagao e emissio de visto por meio eletrénico. Pardgrafo tnico. A simplificagaio e a dispensa reciproca de visto ou de cobranga de taxas e emolumentos consulares por seu processamento poderao ser definidas por comunicagao diplomatica. Art. 10, Nao se concedera visto: I—a quem nio preencher os requisitos para o tipo de visto pleiteado; Il —a quem comprovadamente ocultar condigao impeditiva de concessao de visto ou de ingresso no Pais; ou III — a menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou sem autorizago de viagem por escrito dos responsaveis legais ou de autoridade competente. Art. 11, Poderd ser denegado visto a quem se enquadrar em pelo menos um dos casos de impedimento definidos nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45. Pardgrafo ‘nico. A pessoa que tiver visto brasileiro denegado sera impedida de ingressar no Pais enquanto permanecerem as condigdes que ensejaram a denegagao. Subsegio II Dos Tipos de Visto Art. 12. Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em territério nacional podera ser concedido visto: Ide visita; I temporario; IIL diplomatico; IV - oficial; V — de cortesia. Subsegao TIT Do Visto de Visita Art. 13. O visto de visita podera ser concedido ao visitante que venha ao Brasil para estada de curta durago, sem intengfo de estabelecer residéncia, nos seguintes casos: T—turismo; Il —negécios; Ill — transito; IV ~atividades artisticas ou desportivas; V — outras hipéteses definidas em regulamento. § 1° E vedado ao beneficidrio de visto de visita exercer atividade remunerada no Brasil. § 2° O beneficiario de visto de visita podera receber pagamento do governo, de empregador brasileiro ou de entidade privada a titulo de didria, ajuda de custo, caché, pro- labore ou outras despesas com a viagem, bem como concorrer a prémios, inclusive em dinheiro, em competigdes desportivas ou em concursos artisticos ou culturais. § 3° O visto de visita nao sera exigido em caso de escala ou conexaio em territério nacional, desde que o visitante nao deixe a area de transito internacional. Subsecio IV Do Visto Tempordrio Art. 14. O visto tempordrio poder ser concedido 2o imigrante que venha ao Brasil com 0 intuito de estabelecer residéncia por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipoteses: 1-0 visto temporario tenha como finalidade: a) pesquisa, ensino ou extensio académica; b) tratamento de satide; ¢) acolhida humanitéria; d) estudo; e) trabalho; ) férias-trabalho; g) pritica de atividade religiosa ou servigo voluntario; h) realizagao de investimento ou de atividade com relevancia econémica, social, cientifica, tecnolégica ou cultural; i) reuniao familiar; |) atividades artisticas ou desportivas com contrato por prazo determinado; Il — 0 imigrante seja beneficiario de tratado em matéria de vistos; III — outras hipéteses definidas em regulamento. § 1° O visto tempordrio para pesquisa, ensino ou extensao académica poder ser concedido ao imigrante com ou sem vinculo empregaticio com a instituigao de pesquisa ou de ensino brasileira, exigida, na hip6tese de vinculo, a comprovagao de formagao superior compativel ou equivalente reconhecimento cientifico. § 2° O visto temporério para tratamento de saiide poderd ser concedido ao imigrante e a seu acompanhante, desde que o imigrante comprove possuir meios de subsisténcia suficientes. § 3° O visto temporario para acolhida humanitéria podera ser concedido ao apdtrida ou ao nacional de qualquer pais em situagdo de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporeao, de desastre ambiental ou de grave violagio de direitos humanos ou de direito internacional humanitério, ou em outras hipoteses, na forma de regulamento. § 4° visto temporirio para estudo poderd ser concedido ao imigrante que pretenda vir ao Brasil para frequentar curso regular ou realizar estigio ou intercimbio de estudo ou de pesquisa. § 5° Observadas as hipéteses previstas em regulamento, 0 visto temporério para trabalho poderd ser concedido ao imigrante que venha exercer atividade laboral, com ou sem vinculo empregaticio no Brasil, desde que comprove oferta de trabalho formalizada por pessoa juridica em atividade no Pais, dispensada esta exigéncia se o imigrante comprovar titulago em curso de ensino superior on equivalente. § 6° O visto tempordrio para férias-trabalho poder ser concedido ao imigrante maior de 16 (dezesseis) anos que seja nacional de pais que conceda idéntico beneficio ao nacional brasileiro, em termos definidos por comunicagao diplomatica. § 7° Nao se exigiré do maritimo que ingressar no Brasil em viagem de longo curso ou em cruzeiros maritimos pela costa brasileira o visto tempordrio de que trata a alinea “e” do inciso I do caput, bastando a apresentagao da carteira internacional de maritimo, nos termos de regulamento. § 8° E reconhecida ao imigrante a quem se tenha concedido visto temporario para trabalho a possibilidade de modificagio do local de exercicio de sua atividade laboral. § 9° O visto para realizagaio de investimento poder ser concedido ao imigrante que aporte recursos em projeto com potencial para gerago de empregos ou de renda no Pais. § 10. Regulamento dispora sobre as demais hipsteses de concessao de visto temporario e sobre as especificidades de suas categorias, definindo condigdes, prazos ¢ requisitos. Subsegiio V Dos Vistos Diplomitico, Oficial e de Cortesia Art, 15. Os vistos diplomatico, oficial e de cortesia serio concedidos, prorrogados ou dispensados na forma desta Lei e de regulamento, Pardgrafo unico, Os vistos diplomatico e oficial poderio ser transformados em autorizagao de residéncia, o que imporiara cessagao de todas as pretrogativas, privilégios ¢ imunidades decorrentes do respectivo visto. ‘Art. 16. Os vistos diplomatico e oficial poderdo ser concedidos a autoridades funcionérios estrangeiros que viajem ao Brasil em missio oficial de caréter transitério ou permanente, representando Estado estrangeiro ou organismo internacional reconhecido. § 1° Nao se aplica ao titular dos vistos referidos no caput 0 disposto na legislagao trabalhista brasileira. § 2° Os vistos diplomatico e oficial poderdo ser estendidos aos dependentes das autoridades referidas no eaput. Art. 17. O titular de visto diplomitico ou oficial somente poder ser remunerado por Estado estrangeiro ou organismo internacional, ressalvado o disposto em tratado que contenha cléusula especifica sobre 0 assunto. Pardgrafo tinico. O dependente de titular de visto diplomatico ou oficial podera exercer atividade remunerada no Brasil, sob 0 amparo da legislagao trabalhista brasileira, desde que seja nacional de pais que assegure reciprocidade de tratamento ao nacional brasileiro, por comunicagao diplomatica. ‘Art. 18. O empregado particular titular de visto de cortesia somente poderé exercer atividade remunerada para o titular de visto diplomatico, oficial ou de cortesia ao qual esteja vinculado, sob 0 amparo da legislagao trabalhista brasileira. Paragrafo tinico. O titular de visto diplomatico, oficial ou de cortesia sera responsdvel pela saida de seu empregado do territério nacional. Seco IIL Do Registro e da Identificagao Civil do Imigrante ¢ dos Detentores de Vistos Diplomitico, Oficial e de Cortesia Art. 19. O registro consiste na identificagao civil por dados biogréficos biométricos, e é obrigatério a todo imigrante detentor de visto temporario ou de autorizagaio de residéncia. § 1° O registro geraré mimero tinico de identificagio que garantira o pleno exercicio dos atos da vida civil. § 2° O documento de identidade do imigrante sera expedido com base no ntimero ‘inico de identificagao § 3° Enquanto no for expedida identificagao civil, 0 documento comprobatério de que o imigrante a solicitou & autoridade competente garantira ao titular 0 acesso aos direitos disciplinados nesta Lei. Art. 20. A identificag’o civil de solicitante de refiigio, de asilo, de reconhecimento de apatridia e de acolhimento humanitirio podera ser realizada com a apresentagio dos documentos de que o imigrante dispuser. Art. 21, Os documentos de identidade emitidos até a data de publicagao desta Lei continuardo validos até sua total substituigao. Art. 22. A identificagao civil, 0 documento de identidade e as formas de gestdo da base cadastral dos detentores de vistos diplomatico, oficial e de cortesia atenderao a disposigdes especificas previstas em regulamento. __ CAPITULO III DA CONDIGAO JURIDICA DO MIGRANTE E DO VISITANTE Seciio I Do Residente Fronteirigo Art. 23. A fim de facilitar a sua livre circulago, podera ser concedida ao residente fronteirigo, mediante requerimento, autorizagao para a realizagaio de atos da vida civil. Pardgrafo ‘imico. Condiges especificas podertio ser estabelecidas_ em regulamento ou tratado. ‘Art. 24. A autorizagdo referida no caput do art, 23 indicaré 0 Municipio fronteirigo no qual o residente estaré autorizado a exercer os direitos a ele atribuidos por esta Lei. § 1° O residente fronteirigo detentor da autorizagao gozara das garantias e dos direitos assegurados pelo regime geral de migragao desta Lei, conforme especificado em regulamento, § 2° O espago geogrifico de abrangéncia e de validade da autorizagto sera especificado no documento de residente fronteirigo. Art. 25. O documento de residente fronteirigo sera cancelado, a qualquer tempo, se o titular: 1 =tiver fraudado documento ou utilizado documento falso para obté-lo; Il - obtiver outra condigao migratéria; III ~sofrer condenagaio penal; ou IV ~exercer direito fora dos limites previstos na autorizagio. Secao I Da Protegaio do Apatrida e da Redugio da Apatridia Art, 26. Regulamento dispord sobre instituto protetivo especial do apatrida, consolidado em processo simplificado de naturalizagao. § 1° O processo de que trata o caput serd iniciado tio logo seja reconhecida a situagdo de apatridia. § 2° Durante a tramitagio do processo de reconhecimento da condigio de apatrida, incidem todas as garantias e mecanismos protetivos e de facilitagao da inclusio social relativos 4 Convengo sobre o Estatuto dos Apatridas de 1954, promulgada pelo Decreto n° 4,246, de 22 de maio de 2002, a Convengiio relativa ao Estatuto dos Refugiados, promulgada pelo Decreto n° 50.215, de 28 de janeiro de 1961, e & Lei n° 9.474, de 22 de julho de 1997. § 3° Aplicam-se ao apatrida residente todos os direitos atribuidos ao migrante relacionados no art. 4°. § 4° O reconhecimento da condigio de apitrida assegura os direitos garantias previstos na Convengao sobre o Estatuto dos Apitridas, de 1954, promulgada pelo Decreto n° 4.246, de 22 de maio de 2002, bem como outros direitos e garantias reconhecidos pelo Brasil. § 5° O processo de reconhecimento da condigo de apatrida tem como objetivo verificar se 0 solicitante é considerado nacional pela legislago de algum Estado e poderd considerar informagées, documentos e declaragdes prestadas pelo proprio solicitante e por 6rgaos e organismos nacionais e internacionais. § 6° Reconhecida a condigio de apatrida, nos termos do inciso VI do § 1° do art. 1°, 0 solicitante ser consultado sobre o desejo de adquirir a nacionalidade brasileira, § 7° Caso o apatrida opte pela naturalizagdo, a decisio sobre o reconhecimento seré encaminhada ao 6rgio competente do Poder Executivo para publicagdo dos atos necessérios & efetivagao da naturalizagaio no prazo de 30 (trinta) dias, observado o art. 65. § 8° O apatrida reconhecido que nao opte pela naturalizagaio imediata terd a autorizagio de residéncia outorgada em carter definitivo, § 9° Caberd recurso contra decisdo negativa de reconhecimento da condigao de apatrida. § 10. Subsistindo a denegacao do reconhecimento da condig%io de apétrida, & vedada a devolugio do individuo para pais onde sua vida, integridade pessoal ou liberdade estejam em risco. § II. Serd reconhecido o direito de reunitio familiar a partir do reconhecimento da condigao de apatrida. § 12. Implica perda da protegao conferida por esta Lei: I-a rentincia; Il —a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condigao de apatrida; ou IIL — a existéncia de fatos que, se fossem conhecidos por ocasiio do reconhecimento, teriam ensejado decisao negativa. Segao IIT Do Asilado Art. 27. O asilo politico, que constitui ato discricionario do Estado, podera ser diplomatico ou territorial e ser outorgado como instrumento de protegao a pessoa. Pardgrafo tinico. Regulamento dispord sobre as condigdes para a concessao € a manutengio de asilo. Art. 28. Nao se concederé asilo a quem tenha cometido crime de genocidio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agresstio, nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto n° 4.388, de 25 de setembro de 2002. Art. 29. A saida do asilado do Pais sem prévia comunicagao implica reniincia ao asilo. Segaio IV Da Autorizagio de Residéncia Art. 30. A residéncia poderd ser autorizada, mediante registro, ao imigrante, a0 residente fronteirigo ou ao visitante que se enquadre em uma das seguintes hipdteses: Ia residéncia tenha como finalidade: a) pesquisa, ensino ou extensio académica; b) tratamento de saiide; c) acolhida humanitaria; 4) estudo; e) trabalho; f) férias-trabalho; g) pratica de atividade religiosa ou servico voluntario; h) realizagéo de investimento ou de atividade com relevancia econémica, social, cientifica, tecnolégica ou cultural; i) reuniao familiar; I —a pessoa: a) seja beneficidria de tratado em materia de residéncia e livre circulagao; b) seja detentora de oferta de trabalho; c) ja tenha possuido a nacionalidade brasileira e no deseje ou nao retina os requisitos para readquiri-la; d) tenha sido aprovada em concurso puiblico para exercicio de cargo ou emprego pubblico no Brasil; €) seja beneficiéria de refiigio, de asilo ou de protegao ao apatrida; f) seja menor nacional de outro pais ou apatrida, desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas fronteiras brasileiras ou em territério nacional; g) tenha sido vitima de trafico de pessoas, de trabalho escravo ou de violagao de direito agravada por sua condig&o migratéria; h) esteja em liberdade provis6ria ou em cumprimento de pena no Brasil; III - outras hipéteses definidas em regulamento. § 1° Nao se concederé a autorizagio de residéacia a pessoa condenada criminalmente no Brasil ou no exterior por sentenga transitada em julgado, desde que a conduta esteja tipificada na legislacao penal brasileira, ressalvados os ¢asos em que: I—a conduta caracterize infragao de menor potencial ofensivo; Il ~a pessoa esteja reabilitada, nos termos do art. 93 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Codigo Penal), em liberdade proviséria ou em cumprimento de pena no Brasil; ou III — a pessoa se enquadre nas hipéteses previstas nas alineas “b”, “e” e “i” do inciso I e na alinea “a” do inciso II do caput deste artigo. § 2° O disposto no § 1° nao obsta progresstio de regime de cumprimento de pena, nos termos da Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984, ficando a pessoa autorizada a trabalhar quando assim exigido pelo novo regime de cumprimento de pena. § 3° Nos procedimentos conducentes ao cancelamento de autorizagao de residéncia ¢ no recurso contra a negativa de concessio de autorizagao de residéncia devem ser respeitados 0 contraditério e a ampla defesa. Art. 31. Os prazos ¢ 0 procedimento da autorizagao de residéncia de que trata 0 art. 30 sero dispostos em regulamento, observado o disposto nesta Lei § 1° Sera facilitada a autorizaco de residéncia nas hipéteses das alineas “a” ¢ “e” do inciso I do art. 30 desta Lei, devendo a deliberacao sobre a autorizagao ocorrer em prazo nao superior a 60 (sessenta) dias, a contar de sua solicitagao. § 2° Nova autorizagao de residéncia poder ser concedida, nos termos do art. 30, mediante requerimento. § 3° O requerimento de nova autorizagao de residéncia apés 0 vencimento do prazo da autorizaco anterior implicard aplicagio da sango prevista no inciso II do art. 109. § 4° O solicitante de refiigio, de asilo ou de protes4o ao apatrida fara jus a autorizagao provisoria de residéncia até a obtengiio de resposta ao seu pedido. § 5° Poderd ser concedida autorizagdo de residéncia independentemente da situagdo migratéria. Art. 32. Poderdio ser cobradas taxas pela autorizagao de residéncia. Art. 33. Regulamento dispord sobre a perda e 0 cancelamento da autorizagao de residéncia em razio de fraude ou de ocultago de condi¢do impeditiva de concessio de visto, de ingresso ou de permanéncia no Pais, observado procedimento administrative que garanta 0 contraditério e a ampla defesa. Art. 34. Podera ser negada autorizagaio de residéncia com fundamento nas hipéteses previstas nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45 Art. 35. A posse ou a propriedade de bem no Brasil nao confere o direito de obter visto ou autorizagao de residéncia em territério nacional, sem prejuizo do disposto sobre visto para realizagao de investimento. Art. 36. O visto de visita ou de cortesia poderd ser transformado em autorizagao de residéncia, mediante requerimento e registro, desde que satisfeitos os requisitos previstos em regulamento. Segio V Da Reuniao Familiar Art. 37. O visto ou a autorizagao de residéncia para fins de reuniao familiar sera concedido ao imigrante: I— cOnjuge ou companheiro, sem discriminagao alguma; Il = filho de imigrante beneficiario de autorizagdo de residéncia, ou que tenha filho brasileiro ou imigrante beneficiario de autorizagao de residéncia; III = ascendente, descendente até o segundo grau ou irmao de brasileiro ou de imigrante beneficidrio de autorizagdo de residéncia; ou IV — que tenha brasileiro sob sua tutela ou guarda. Pardgrafo tinico. A concessio de visto ou de autorizagao de residéncia para fins de reuniao familiar poderd ser estendida, por meio de ato fundamentado, a outras hipoteses de parentesco, dependéncia afetiva e fatores de sociabilidade. CAPITULO IV DA ENTRADA E DA SAIDA DO TERRITORIO NACIONAL Segio I Da Fiscalizagio Maritima, Aeroporturia e de Fronteira Art. 38. As fungdes de policia maritima, aeroportuaria e de fronteira serio realizadas pela Policia Federal nos pontos de entrada e de saida do territério nacional. Pardgrafo unico. E dispensavel a fiscalizagdo de passageiro, tripulante e estafe de navio em passagem inocente, exceto quando houver necessidade de descida de pessoa a terra ou de subida a bordo do navio. Art. 39. O viajante deverd permanecer em rea de fiscalizagao até que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei Art. 40, Podera ser autorizada a admiss%o excepcional no Pais de pessoa que se encontre em uma das seguintes condigdes, desde que esteja de posse de documento de viagem valido: Ino possua visto; Il — seja titular de visto emitido com erro ou omissai Ill — tenha perdido a condig&o de residente por ter permanecido ausente do Pais na forma especificada em regulamento e detenha as condigSes objetivas para a concessio de nova autorizagao de residéncia; IV — seja crianga ou adolescente que esteja acompanhado de responsavel legal residente no Pais, desde que manifeste a intengiio de requerer autorizagio de residéncia com base em reuniio familiar; ou V — seja crianga ou adolescente desacompanhado de responsivel legal ¢ sem autorizagao expressa para viajar desacompanhado, independentemente do documento de viagem que portar, hipétese em que haverd imediato encaminhamento ao Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituigaio indicada pela autoridade competente. Pardgrafo tnico. Regulamento poder dispor sobre outras hipdteses excepcionais de admissio, observados os principios e as diretrizes desta Lei. Art. 41. A entrada condicional, em territério nacional, de pessoa que nao preencha os requisitos de admissio podera ser autorizada mediante a assinatura, pelo transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as despesas com a permanéncia ¢ com as providéncias para a repatriagao do viajante. Art. 42, O tripulante ou o passageiro que, por motivo de forga maior, for obrigado a interromper a viagem em territério nacional podera ter seu desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas decorrentes do transbordo. Art. 43. A autoridade responsavel pela fiscalizagao contribuira para a aplicagao de medidas sanitrias em consonancia com 0 Regulamento Sanitério Internacional e com outras disposigGes pertinentes. Segiio IL Do Impedimento de Ingresso Art. 44. 0 titular de visto ou a pessoa de nacionalidade beneficidria de tratado ou comunicagao diplomatica que acarrete dispensa de visto poderi adentrar o territério nacional, ressalvadas as hipéteses impeditivas previstas nesta Sega Art, 45, Poder ser impedida de ingressar no Pafs, apés entrevista individual e mediante ato fundamentado, a pessoa: 1—anteriormente expulsa do Pais, enquanto os efeitos da expulsdo vigorarem; I condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocidio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressio, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto n° 4.388, de 25 de setembro de 2002; III — condenada ou respondendo a processo em outro pais por crime doloso passivel de extradigdio segundo a lei brasileira; TV ~ que tenha 0 nome incluido em lista de restrigdes por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional; ‘V— que apresente documento de viagem que: a) no seja valido para o Brasil; b) esteja com o prazo de validade vencido; ou ©) esteja com rasura ou indicio de falsificagao; VI — que nao apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando admitido; VII — cuja razo da viagem nao seja condizente com 0 visto ou com 0 motivo alegado para a isengio de visto; VII — que tenha, comprovadamente, fraudado documentagdo ou prestado informagao falsa por ocasiao da solicitagao de visto; ou IX — que tenha praticado ato contrrio aos principios € objetivos dispostos na Constituigao Federal. Pargrafo tnico, Ninguém seri impedido de ingressar no Pais por motivo de raga, religiao, nacionalidade, pertinéncia a grupo social ou opinio politica 15 CAPITULO V . DAS MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSORIA Segio I Disposigdes Gerais Art. 46. A aplicagio deste Capitulo observard o disposto na Lei n° 9.474, de 22 de julho de 1997, e nas disposigdes legais, tratados, instrumentos e mecanismos que tratem da protegio aos apatridas ou de outras situagdes humanitérias. Art. 47. A repatriago, a deportagao e a expulsio serio feitas para o pais de nacionalidade ou de procedéncia do migrante ou do visitante, ou para outro que 0 aceite, em observaincia aos tratados dos quais o Brasil seja parte. Art. 48. Nos casos de deportagio ou expulsao, o chefe da unidade da Policia Federal poder representar perante o juizo federal, respeitados, nos procedimentos judiciais, 0s direitos 4 ampla defesa e ao devido processo legal. Sesio I Da Repatriagao ‘Art. 49. A repatriacdo consiste em medida administrativa de devolugdo de pessoa em situagao de impedimento ao pais de procedéncia ou de nacionalidade. § 1° Sera feita imediata comunicag&o do ato fundamentado de repatriago a empresa transportadora ¢ a autoridade consular do pais de procedéncia ou de nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o representa, § 2° A Defensoria Péblica da Unido ser notificada, preferencialmente por via eletrnica, no caso do § 4° deste artigo ou quando a repatriagao imediata no seja possivel. § 3° Condigdes especificas de repatriagao podem ser definidas por regulamento ou tratado, observados os principios e as garantias previstos nesta Lei. § 4° Nao seré aplicada medida de repatriago & pessoa em situagio de refiagio ou de apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou separado de sua familia, exceto nos casos em que se demonstrar favordvel para a garantia de seus direitos ou para a reintegrag3o a sua familia de origem, ou a quem necessite de acolhimento humanitério, nem, em qualquer caso, medida de devolugao para pais ou regidio que possa apresentar risco vida, a integridade pessoal ow a liberdade da pessoa. § 5° Comprovado 0 dolo ou a culpa da empresa transportadora, serfio de sua responsabilidade as despesas com a repatriagdo e os custos decorrentes da estada da pessoa sobre quem recaia medida de repatriagao. 16 Segaio II Da Deportacio Art. 50. A deportagio é medida decorrente de procedimento administrative que consiste na retirada compulséria de pessoa que se encontre em situag%o migratéria irregular em territério nacional. § 1° A deportacao sera precedida de notificagaio pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularizagio nao inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual perfodo, por despacho fundamentado ¢ mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informagdes domiciliares. § 2° A notificagao prevista no § 1° nfo impede a livre circulago em territério nacional, devendo o deportando informar seu domicilio e suas atividades. § 3° Vencido o prazo do § 1° sem que se regularize a situago migratoria, a deportagdo poderd ser executada, § 4° A deportagio nao exclui eventuais direitos adquiridos em relages contratuais ou decorrentes da lei brasileira. § 5° A saida voluntiria de pessoa notificada para deixar 0 Pais equivale ao cumprimento da notificagtio de deportagdo para todos os fins. § 6° O prazo previsto no § 1° poderd ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso IX do art. 45. ‘Art. 51, Os procedimentos conducentes A deportagio devem respeitar 0 contraditério ¢ a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito suspensivo. § 1° A Defensoria Publica da Unido deverd ser notificada, preferencialmente por meio eletrOnico, para prestag&o de assisténcia ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportagao. § 2° A auséncia de manifestago da Defensoria Publica da Unido, desde que prévia e devidamente notificada, nao impedird a efetivacao da medida de deportagaio. ‘Art. 52. Em se tratando de apatrida, 0 procedimento de deportagao dependera de prévia autorizagao da autoridade competente. Art. 53. Nao se procederd 4 deportagtio se a medida configurar extradiga0 nao admitida pela legislagao brasileira. Segiio IV Da Expulsio Art. 54, A expulsio consiste em medida administrativa de retirada compulséria de migrante ou visitante do territério nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. § 1° Poderé dar causa & expulsio a condenagio com sentenga transitada em julgado relativa a pritica de: 1 —crime de genocidio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressio, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto n° 4.388, de 25 de setembro de 2002; ou 11 crime comum doloso passivel de pena privativa ée liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocializacdo em territério nacional. § 2° Caberd autoridade competente resolver sobre a expulsiio, a duragio do impedimento de reingresso e a suspensao ou a revogacao dos efeitos da expulsio, observado 0 disposto nesta Lei. § 3° O processamento da expulsio em caso de crime comum nao prejudicara a progressio de regime, 0 cumprimento da pena, a suspensio condicional do processo, a comutagao da pena ou a concessio de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer beneficios concedidos em igualdade de condigdes ao nacional brasileiro. § 4° O prazo de vigéncia da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsiio serd proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca sera superior ao dobro de seu tempo. Art. 55, Nao se procederd a expulsio quando: Ia medida configurar extradigio inadmitida pela legislagao brasileira; Tl—0 expulsando: a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependéncia econdmica ou socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela; b) tiver cénjuge ou compankeiro residente no Brasil, sem discriminagao alguma, reconhecido judicial ou legalmente; ©) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde entio no Pais; d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no Pais hd mais de 10 (dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsio; ou ¢) houver, ao tempo do cometimento do crime, vivido no Brasil por mais de 4 (quatro) anos. Art. 56, Regulamento definira procedimentos para apresentag&o e processamento de pedidos de suspensio e de revogacdo dos efeitos das medidas de expulsio e de impedimento de ingresso e permanéncia em territério nacional. ‘Art. 57. Regulamento disporé sobre condigdes especiais de autorizagio de residéneia para viabilizar medidas de ressocializagio a migrante e a visitante em cumprimento de penas aplicadas ou executadas em territério nacional. Art. 58. No processo de expulsio serio garantidos 0 contraditério ¢ a ampla defesa. § 1° A Defensoria Publica da Uniaio sera notificada da instauragio de proceso de expulsfo, se nao houver defensor constituido. § 2° Caberd pedido de reconsideragio da decistio sobre a expulsio no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notificagdo pessoal do expulsando. Art. 59, Serd considerada regular a situagtio migratéria do expulsando cujo processo esteja pendente de decisio, nas condigdes previstas no art. 55. Art. 60. A existéncia de processo de expulstio nao impede a saida voluntiria do expulsando do Pais. Segiio V Das Vedagies Art. 61, Nao se procederd A repatriago, a deportagao ou a expulsio coletivas. Pardgrafo tinico. Entende-se por repatriagdio, deportago ou expulsio coletiva aquela que nao individualiza a situag%io migratoria irregular de cada pessoa. Art. 62. Nao se procederé repatriagdo, a deportago ou a expulsio de nenhum individuo quando subsistirem razSes para acreditar que a medida poderé colocar em risco a vida ou a integridade pessoal. CAPITULO VI . DA OPCAO DE NACIONALIDADE E DA NATURALIZACAO Seco I Da Opgao de Nacionalidade Art. 63. O filho de pai ou de mae brasileiro nascido no exterior e que nao tenha sido registrado em reparti¢ao consular poderd, a qualquer tempo, promover ago de opgo de nacionalidade. Paragrafo tnico. O érgio de registro deve informar periodicamente a autoridade competente os dados relativos 4 opeao de nacionalidade, conforme regulamento. Segiio I Das Condigées da Naturalizagio Art. 64, A naturalizagao pode ser: I- ordinaria; Il - extraordinéria; III — especial; ou IV - proviséria. Art. 65. Seré concedida a naturalizagdo ordindria aquele que preencher as seguintes condigdes: I ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II ter residéncia em territorio nacional, pelo prazo minimo de 4 (quatro) anos; TI — comunicar-se em lingua portuguesa, consideradas as condigdes do naturalizando; e TV — niio possuir condenagao penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. Art. 66. © prazo de residéncia fixado no inciso I do caput do art. 65 sera reduzido para, no minimo, | (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condigdes: I~ ser originario de pais de lingua portuguesa; Il ter filho brasileiro; Il ~ ter cénjuge ou compankeiro brasileiro ¢ nao ester dele separado legalmente ou de fato no momento de concessao da naturalizagao; IV ~ ser natural de Estado-Parte ou de Estado associado ao Mercado Comum do Sul (Mercosul); V —haver prestado ou poder prestar servigo relevante ao Brasil; ou VI-recomendar-se por sua capacidade profissional, cientifica ou artistica. Pardgrafo tinico. O preenchimento das condigdes previstas nos incisos V e VI do caput sera avaliado na forma disposta em regulamento. Art. 67. A naturalizag3o extraordindria ser concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil hé mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenagiio penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira. Art. 68. A naturalizagdo especial poderd ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situagdes: I — seja cénjuge ou companheiro, ha mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Servigo Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a servigo do Estado brasileiro no exterior; ou Tl ~ seja ou tenha sido empregado em misstio diplomitica ou em repartigao consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos. Art. 69. So requisitos para a concesso da naturalizagdo especial: I~ ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; Il — comunicar-se em lingua portuguesa, consideradas as condigdes do naturalizando; e III — nao possuir condenago penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. Art. 70. A naturalizagtio proviséria poder ser concecida ao migrante crianga ou adolescente que tenha fixado residéncia em territério nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e devera ser requerida por intermédio de seu representante legal. Pardgrafo tinico. A naturalizago prevista no caput sera convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim 0 requerer no prazo de 2 (dois) anos apés atingir a maioridade. Art. 71. O pedido de naturalizagdo sera apresentado e processado na forma prevista pelo érgio competente do Poder Executivo, sendo cabivel recurso em caso de denegagio. § 1° No curso do processo de naturalizag%o, 0 naturalizando poder requerer a tradugdo ou a adaptagao de seu nome lingua portuguesa, § 2° Ser mantido cadastro com 0 nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior. 20 “Art. 72. No prazo de até I (um) ano apés a concessao da naturalizagio, deverd 0 naturalizado comparecer perante a Justiga Eleitoral para o devido cadastramento. Segiio IIL Dos Efeitos da Naturalizacio Art. 73. A naturalizagiio produz efeitos apés a publicagao no Diario Oficial do ato de naturalizagio. Art. 74. O brasileiro por opgdo ou o naturalizado que cumpriu com suas obrigagdes militares perante pais de nacionalidade anterior fara jus ao Certificado de Dispensa de Incorporagiio. Segao IV Da Perda da Nacionalidade ‘Art. 75. O naturalizado perder a nacionalidade em razio de condenagao transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do § 4° do art. 12 da Constituigio Federal. Pardgrafo tinico. O risco de geragao de situagao de apatridia seré levado em consideragao antes da efetivagao da perda da nacionalidade, Segio V Da Reaquisigo da Nacionalidade Art. 76. O brasileiro que, em razio do previsto no inviso I do § 4° do art. 12 da Constituigio Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, podera readquiri-la ou ter 0 ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo drgao competente do Poder Executivo. CAPITULO VII DO EMIGRANTE Segio I Das Politicas Publicas para os Emigrantes Art. 77. As politicas piblicas para os emigrantes observardio os. seguintes principios e diretrize: 1 — protegao e prestagtio de assisténcia consular por meio das representagdes do Brasil no exterior; Il = promogaio de condigdes de vida digna, por meio, entre outros, da facilitagao do registro consular e da prestagio de servigos consulares relativos as areas de educagao, satide, trabalho, previdéncia social e cultura; 21 III — promogao de estudos e pesquisas sobre os emigrantes e as comunidades de brasileiros no exterior, a fim de subsidiar a formulagao de politicas publicas; IV — atuagio diplomética, nos ambitos bilateral, regional e multilateral, em defesa dos direitos do emigrante brasileiro, conforme o direito internacional; V —agdo governamental integrada, com a participagdo de Srgios do governo com atuagio nas dreas teméticas mencionadas nos incisos I, II, III € IV, visando a assistir as comunidades brasileiras no exterior; e VI — esforgo permanente de desburocratizacio, atualizagdo e modernizagio do sistema de atendimento, com o objetivo de aprimorar a assisténcia ao emigrante. Seco IL Dos Direitos do Emigrante Art. 78. Todo emigrante que decida retornar ao Brasil com dnimo de residéncia podera introduzir no Pais, com isengio de direitos de importagio e de taxas aduaneiras, os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstancias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal e profissional, sempre que, por sua quantidade, natureza ou variedade, nao permitam presumir importagdo ou exportagdo com fins comerciais ou industriais. Art. 79. Em caso de ameaca a paz social e 4 ordem publica por grave ou iminente instabilidade institucional ou de calamidade de grande proporgao na natureza, deverd ser prestada especial assisténcia ao emigrante pelas representacOes brasileiras no exterior. Art. 80. © tripulante brasileiro contratado por embarcag&o ou armadora estrangeira, de cabotagem ou a longo curso e com sede ou filial no Brasil, que explore economicamente o mar territorial e a costa brasileira tera direito a seguro a cargo do contratante, valido para todo o periodo da contratagéio, conforme o disposto no Registro de Embarcagées Brasileiras (REB), contra acidente de trabalho, invalidez total ou parcial morte, sem prejuizo de beneficios de apélice mais favoravel vigente no exterior. CAPITULO VIII DAS MEDIDAS DE COOPERAGAO Secao I Da Extradigao Art. 81. A extradig&o ¢ a medida de cooperagao internacional entre 0 Estado brasileiro ¢ outro Estado pela qual se concede ou solicita a enttega de pessoa sobre quem recaia condenagao criminal definitiva ou para fins de instrugao de processo penal em curso § 1° A extradigdo serd requerida por via diplomatica ou pelas autoridades centrais designadas para esse fim. 2 § 2° A extradig&io e sua rotina de comunicagtio sera realizadas pelo 61 competente do Poder Executivo em coordenag&o com as autoridades judiciérias e poli competentes. ‘Art. 82, Nao se concederd a extradigaio quando: I- 0 individuo cuja extradigio ¢ solicitada ao Brasil for brasileiro nato; II — 0 fato que motivar 0 pedido nfo for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente; III — 0 Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar 0 crime imputado ao extraditando; IV ~a lei brasileira impuser ao crime pena de prisdo inferior a 2 (dois) anos; V — 0 extraditando estiver respondendo a processo ou ja houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido; VI ~a punibilidade estiver extinta pela prescrigio, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente; VII - 0 fato constituir crime politico ou de opiniao; VIII ~ 0 extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juizo de excegao; ou IX ~ 0 solicitante for beneficidrio de refiigio, nos termos da Lei n° 9.474, de 22 de julho de 1997, ou de asilo territorial. § 1° A previsio constante do inciso VII do caput nao impediré a extradigaio quando 0 fato constituir, principalmente, infrag4o & lei penal comum ou quando o crime comum, conexo ao delito politico, constituir o fato principal. § 2° Cabera a autoridade judiciéria competente a apreciagaio do cariter da infragao. § 3° Para determinago da incidéncia do disposto no inciso I, sera observada, nos casos de aquisigao de outra nacionalidade por naturalizagao, a anterioridade do fato gerador da extradigao. § 4° O Supremo Tribunal Federal poder deixar de considerar crime politico o atentado contra chefe de Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocidio e terrorismo. § 5° Admite-se a extradigo de brasileiro naturalizado, nas hipéteses previstas na Constituigdo Federal. ‘Art. 83. So condigdes para concessio da extradigaio: I = ter sido 0 crime cometido no territério do Estado requerente ou serem aplicdveis ao extraditando as leis penais desse Estado; e II — estar o extraditando respondendo a proceso investigatério ou a processo penal ou ter sido condenado pelas autoridades judiciérias do Estado requerente a pena privativa de liberdade. Art. 84. Em caso de urgéncia, 0 Estado interessado na extradigo poder, previamente ou conjuntamente com a formalizagdo do pedido extradicional, requerer, por via diplomatica ou por meio de autoridade central do Poder Executivo, pristio cautelar com © objetivo de assegurar a executoriedade da medida de extradig&o que, apos exame da 2B presenga dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, devera representar 4 autoridade judicial competente, ouvido previamente 0 Ministério Paiblico Federal. § 1° O pedido de prisio cautelar deveré conter informagdo sobre o crime cometido e devera ser fundamentado, podendo ser apresentado por correio, fax, mensagem eletrnica ou qualquer outro meio que assegure a comunicago por escrito. § 2° O pedido de pristio cautelar poder ser transmitido & autoridade competente para extradigao no Brasil por meio de canal estabelecido com o ponto focal da Organizacao Internacional de Policia Criminal (Interpol) no Pais, devidamente instruido com a documentagio comprobatéria da existéncia de ordem de pristo proferida por Estado estrangeiro, e, em caso de auséncia de tratado, com a promessa de reciprocidade recebida por via diplomatica. § 3° Efetivada a pristio do extraditando, 0 pedido de extradigao serd encaminhado autoridade judiciéria competente. § 4° Na auséncia de disposigao especifica em tratado, o Estado estrangeiro devera formalizar 0 pedido de extradigao no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data em que tiver sido cientificado da prisao do extraditando, § 5° Caso 0 pedido de extradigzio nfo seja apresentado no prazo previsto no § 4°, © extraditando devera ser posto em liberdade, nao se admitindo novo pedido de pristio cautelar pelo mesmo fato sem que a extradigdo tenha sido devidamente requerida. § 6° A prisdo cautelar poder ser prorrogada até o julgamento final da autoridade judiciaria competente quanto a legalidade do pedido de extradigao. Art. 85. Quando mais de um Estado requerer a extradigfo da mesma pessoa, pelo mesmo fato, tera preferéncia o pedido daquele em cujo territério a infragaio foi cometida. § 1° Em caso de crimes diversos, tera preferéncia, sucessivamente: I — 0 Estado requerente em cujo territério tenha sido cometido 0 crime mais grave, segundo a lei brasileira; II ~o Estado que em primeiro lugar tenha pedido a entrega do extraditando, se a gravidade dos crimes for idéntica; Ill — 0 Estado de origem, ou, em sua falta, o domiciliar do extraditando, se os pedidos forem simultaneos. § 2° Nos casos nao previstos nesta Lei, 0 drgaio competente do Poder Executivo decidird sobre a preferéncia do pedido, priorizando o Estado requerente que mantiver tratado de extradigao com o Brasil. § 3° Havendo tratado com algum dos Estados requerentes, prevalecerao suas normas no que diz respeito & preferéncia de que trata este artigo. Art. 86. O Supremo Tribunal Federal, ouvido 0 Ministério Publico, podera autorizar prisio albergue ou domiciliar ou determinar que o extraditando responda a0 processo de extradigtio em liberdade, com reteng&o do documento de viagem ou outras medidas cautelares necessarias, até o julgamento da extradigo ou a entrega do extraditando, se pertinente, considerando a situago administrativa migratéria, os antecedentes do extraditando e as circunstdncias do caso. 24 Art. 87, O extraditando poderd entregar-se voluntariamente ao Estado requerente, desde que o declare expressamente, esteja assistido por advogado e seja advertido de que tem direito ao processo judicial de extradigao e a protegao que tal direito encerra, caso em que o pedido sera decidido pelo Supremo Tribunal Federal. ‘Art. 88. Todo pedido que possa originar proceso de extradigio em face de Estado estrangeiro devera ser encaminhado ao érgio competente do Poder Executivo diretamente pelo érgio do Poder Judicidrio responsavel pela decisaio ou pelo processo penal que a fundamenta. § 1° Compete a 6rgaio do Poder Executivo o papel de orientagiio, de informagao e de avaliagio dos elementos formais de admissibilidade dos processos preparatérios para encaminhamento ao Estado requerido. § 2° Compete aos drgios do sistema de Justiga vinculados ao processo penal gerador de pedido de extradigdo a apresentag%io de todos os documentos, manifestagdes e demais elementos necessérios para 0 processamento do pedido, inclusive suas tradugdes oficiais. § 3° O pedido devera ser instruido com cépia auténtica ou com o original da sentenga condenatéria ou da deciso penal proferida, conterd indicagdes precisas sobre 0 local, a data, a natureza e as circunstancias do fato criminoso e a identidade do extraditando e sera acompanhado de cépia dos textos legais sobre o crime, a competéncia, a pena e a prescrigao. § 4° O encaminhamento do pedido de extradiga0 ao érgtio competente do Poder Executivo confere autenticidade aos documentos. Art. 89. O pedido de extradigo originado de Estado estrangeiro ser recebido pelo 6rgao competente do Poder Executivo e, apés exame da presenga dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, encaminhado @ autoridade judiciaria competente. Pardgrafo tinico. Nao preenchidos os pressupostos referidos no caput, 0 pedido seré arquivado mediante decisao fundamentada, sem prejuizo da possibilidade de renovacao do pedido, devidamente instruido, uma vez superado 0 dbice apontado. Art. 90. Nenhuma extradig’o sera concedida sem prévio pronunciamento do Supremo Tribunal Federal sobre sua legalidade e procedéncia, n&io cabendo recurso da decistio. Art. 91. Ao receber o pedido, o relator designard dia e hora para o interrogatério do extraditando e, conforme o caso, nomear-Ihe-4 curador ou advogado, se nao o tiver. § 1° A defesa, a ser apresentada no prazo de 10 (dez) dias contado da data do interrogatério, versara sobre a identidade da pessoa reclamada, defeito de forma de documento apresentado ou ilegalidade da extradigao. § 2° Nao estando o processo devidamente instruido, 0 Tribunal, a requerimento do érgao do Ministério Pablico Federal correspondente, poderd converter o julgamento em diligéncia para suprir a falta. 25 § 3° Para suprir a falta referida no § 2°, 0 Ministério Puiblico Federal tera prazo improrrogavel de 60 (sessenta) dias, apds 0 qual 0 pedido serd julgado independentemente da diligéncia. § 4° O prazo referido no § 3° serd contado da data de notificagaio a missio diplomatica do Estado requerente. Art. 92. Julgada procedente a extradig&io e autorizada a entrega pelo drgio competente do Poder Executivo, sera 0 ato comunicado por via diplomatica ao Estado requerente, que, no prazo de 60 (sessenta) dias da comunicagio, deveri retirar 0 extraditando do territério nacional Art, 93. Se o Estado requerente niio retirar 0 extraditando do territ6rio nacional no prazo previsto no art. 92, ser ele posto em liberdade, sem prejuizo de outras medidas aplicaveis. Art. 94, Negada a extradigao em fase judicial, nao se admitira novo pedido baseado no mesmo fato. Art. 95. Quando o extraditando estiver sendo processado ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime punivel com pena privativa de liberdade, a extradigao sera executada somente depois da conclusio do processo ou do cumprimento da pena, ressalvadas as hipdteses de liberagao antecipada pelo Poder Judicidrio e de determinagao da transferéncia da pessoa condenada. § 1° A entrega do extraditando sera igualmente adiada se a efetivagio da medida puser em risco sua vida em virtude de enfermidade grave comprovada por laudo médico oficial. § 2° Quando 0 extraditando estiver sendo processado ou tiver sido condenado, no Brasil, por infrago de menor potencial ofensivo, a entrega podera ser imediatamente efetivada. Art, 96, Nao serd efetivada a entrega do extraditando sem que o Estado Tequerente assuma 0 compromisso de: 1— nao submeter o extraditando a priso ou processo por fato anterior ao pedido de extradigaio; TI — computar 0 tempo da pristo que, no Brasil, foi imposta por forga da extradigéio; III — comutar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena privativa de liberdade, respeitado o limite maximo de cumprimento de 30 (trinta) anos; IV — no entregar o extraditando, sem consentimento do Brasil, a outro Estado que o reclame; V —nfio considerar qualquer motivo politico para agravar a pena; e VI — nao submeter o extraditando a tortura ou a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Art. 97. A entrega do extraditando, de acordo com as leis brasileiras e respeitado 0 direito de terceiro, sera feita com os objetos e instrumentos do crime encontrados em seu poder. 26 Paragrafo tnico. Os objetos ¢ instrumentos referidos neste artigo poderao ser entregues independentemente da entrega do extraditando. Art, 98, O extraditando que, depois de entregue ao Estado requerente, escapar & ago da Justica e homiziar-se no Brasil, ou por ele transitar, sera detido mediante pedido feito diretamente por via diplomatica ou pela Interpol e novamente entregue, sem outras formalidades. Art. 99. Salvo motivo de ordem publica, podera ser permitido, pelo drgio competente do Poder Executivo, o transito no territério nacional de pessoa extraditada por Estado estrangeiro, bem como o da respectiva guarda, mediante apresentagao de documento comprobatério de concessio da medida. Segao II Da Transferéncia de Execugao da Pena Art, 100. Nas hipéteses em que couber solicitagao de extradi¢ao executéria, a autoridade competente poderd solicitar ou autorizar a transferéncia de execuc&o da pena, desde que observado 0 princfpio do non bis Parégrafo tinico. Sem prejuizo do disposto no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cédigo Penal), a transferéncia de execugdo da pena seré possivel quando preenchidos os seguintes requisitos: 1-0 condenado em territério estrangeiro for nacional ou tiver residéncia habitual ou vinculo pessoal no Brasil; Il ~a sentenga tiver transitado em julgado; Ill —a duragao da condenaco a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo menos, I (um) ano, na data de apresentago do pedido ao Estado da condenagao; IV ~ 0 fato que originou a condenagao constituir infragaio penal perante a lei de ambas as partes; e V —houver tratado ou promessa de reciprocidade. Art, 101. O pedido de transferéncia de execugao da pena de Estado estrangeiro serd requerido por via diplomatica ou por via de autoridades centrais. § 1° O pedido sera recebido pelo érgdo competente do Poder Executivo e, apés exame da presenga dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, encaminhado ao Superior Tribunal de Justica para decisto quanto a homologacao. § 2° Nao preenchidos os pressupostos referidos no § 1°, 0 pedido ser arquivado mediante deciso fundamentada, sem prejuizo da possibilidade de renovagio do pedido, devidamente instruido, uma vez superado 0 dbice apontado. Art. 102. A forma do pedido de transferéncia de execugao da pena e seu processamento serio definidos em regulamento. Pardgrafo ‘nico. Nos casos previstos nesta Seco, a execugtio penal seri de competéncia da Justiga Federal. 27 Segaio II Da Transferéncia de Pessoa Condenada Art. 103. A transferéncia de pessoa condenada podera ser concedida quando 0 pedido se fundamentar em tratado ou houver promessa de reciprocidade. § 1° O condenado no territério nacional poder ser iransferido para seu pais de nacionalidade ou pais em que tiver residéncia habitual ou vinculo pessoal, desde que expresse interesse nesse sentido, a fim de cumprir pena a ele imposta pelo Estado brasileiro por sentenga transitada em julgado. § 2° A transferéncia de pessoa condenada no Brasil pode ser concedida juntamente com a aplicagao de medida de impedimento de reingresso em territério nacional, na forma de regulamento. Art. 104. A transferéncia de pessoa condenada sera possivel quando preenchidos 0 seguintes requisitos: 10 condenado no territério de uma das partes for nacional ou tiver residéncia habitual ou vinculo pessoal no territ6rio da outra parte que justifique a transferéneia; II~a sentenga tiver transitado em julgado; III — a duragao da condenagao a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo menos, I (um) ano, na data de apresentagio do pedido ao Estado da condenagao; IV — 0 fato que originou a condenagaio constituir infragao penal perante a lei de ambos os Estados; V —houver manifestagao de vontade do condenado ou, quando for 0 caso, de seu representante; € VI—houver concordéncia de ambos os Estados. Art, 105. A forma do pedido de transferéncia de pessoa condenada e seu processamento serio definidos em regulamento. § 1° Nos casos previstos nesta Sego, a execugo penal seré de competéncia da Justiga Federal. § 2° Nao se procederé a transferéncia quando inadmitida a extradigio. § 3° Compete ao Superior Tribunal de Justiga a homologagao da sentenga dos casos previstos nesta Segao. . CAPITULO IX DAS INFRAGOES E DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS Art. 106. Regulamento dispord sobre o procedimento de apurago das infragdes administrativas e seu processamento e sobre a fixagdo e a atualizagdo das multas, em observancia ao disposto nesta Lei. Art. 107. As infragdes administrativas previstas neste Capitulo serio apuradas em proceso administrative proprio, assegurados 0 contraditério e a ampla defesa © observadas as disposigdes desta Lei. 28 § 1° O cometimento simultaneo de duas ou mais infragdes importard cumulagao das sangdes cabiveis, respeitados os limites estabelecidos nos incisos V e VI do art. 108. § 2° A multa atribuida por dia de atraso ou por excesso de permanéncia poderé ser convertida em redugao equivalente do periodo de autorizagao de estada para o visto de visita, em caso de nova entrada no Pais. Art. 108. O valor das multas tratadas neste Capitulo considerara: I ~as hip6teses individualizadas nesta Lei; Il—a condigao econdmica do infrator, a reincidéncia ¢ a gravidade da infrago; III ~a atualizagao periddica conforme estabelecido em regulamento; IV -o valor minimo individualizavel de RS 100,00 (cem reais); V —0 valor minimo de RS 100,00 (cem reais) e 0 maximo de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para infrages cometidas por pessoa fisica; VI valor minimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e 0 maximo de R$ 1.000.000,00 (um milhio de reais) para infragdes cometidas por pessoa juridica, por ato infracional. Art. 109. Constitui infragaio, sujeitando o infrator as seguintes sangdes: I entrar em territrio nacional sem estar autorizado: Sangiio: deportagiio, caso nao saia do Pais ou nao regularize a situagtio migratoria no prazo fixado; II — permanecer em territério nacional depois de esgotado 0 prazo legal da documentagao migratoria: Sango: multa por dia de excesso e deportagio, caso nao saia do Pais ou nfo regularize a situagdo migratéria no prazo fixado; IIL deixar de se registrar, dentro do prazo de 90 (noventa) dias do ingresso no Pais, quando for obrigat6ria a identificagio civil: Sango: multa; IV ~ deixar o imigrante de se registrar, para efeito de autorizagio de residéncia, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, quando orientado a fazé-lo pelo drgao competente: Sango: multa por dia de atraso; V — transportar para o Brasil pessoa que esteja sem documentagao migratéria regular: Sangiio: multa por pessoa transportada; VI — deixar a empresa transportadora de atender a compromisso de manuteng&o da estada ou de promogio da saida do territério nacional de quem tenha sido autorizado a ingresso condicional no Brasil por nao possuir a devida documentagao migratoria: Sango: multa; VII — furtar-se ao controle migratério, na entrada ou saida do territério nacional: Sango: multa. Art. 110. As penalidades aplicadas serio objeto de pedido de reconsideragiio e de recurso, nos termos de regulamento. Pardgrafo tinico. Serdo respeitados 0 contraditorio, a ampla defesa ¢ a garantia de Tecurso, assim como a situagao de hipossuficiéncia do migrante ou do visitante. 29 CAPITULO X . DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 111, Esta Lei nao prejudica direitos ¢ obrigagdes estabelecidos por tratados vigentes no Brasil e que sejam mais benéficos ao migrante e ao visitante, em particular os tratados firmados no ambito do Mercosul. Art, 112. As autoridades brasileiras serao tolerantes quanto ao uso do idioma do residente fronteirigo e do imigrante quando eles se dirigirem a rgdos ou repartiges publicas para reclamar ou reivindicar os direitos decorrentes desta Lei. Art. 113. As taxas e emolumentos consulares sao fixados em conformidade com a tabela anexa a esta Lei. § 1° Os valores das taxas e emolumentos consulares poderao ser ajustados pelo 6rgio competente da administragao publica federal, de forma a preservar o interesse nacional ou a assegurar a reciprocidade de tratamento. § 2° Nao serao cobrados emolumentos consulares pela concessao de: I —vistos diplomaticos, oficiais e de cortesia; e II — vistos em passaportes diplomaticos, oficiais ou de servigo, ou equivalentes, mediante reciprocidade de tratamento a titulares de documento de viagem similar brasileiro. § 3° Nao serao cobrados taxas e emolumentos consulares pela concessio de vistos ou para a obtengao de documentos para regularizac&io migratoria aos integrantes de grupos vulneraveis e individuos em condigao de hipossuficiéncia econémica. § 4° Sao considerados grupos vulnerdveis os solicitantes de refiigio, os requerentes de visto humanitirio, as vitimas de trifico de pessoas, as vitimas de trabalho escravo, os migrantes em cumprimento de pena ou que respondem criminalmente em liberdade e os menores desacompanhados. Art. 114. Regulamento podera estabelecer competéncia para érgios do Poder Executivo disciplinarem aspectos especificos desta Lei. Art. 115, O Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cédigo Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte art. 232-A: “Promogao de migracio ilegal Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econémica, a entrada ilegal de estrangeiro em territorio nacional ou de brasileiro em pais estrangeiro: Pena — recluso, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1° Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econémica, a saida de estrangeiro do territério nacional para ingressar ilegalmente em pais estrangeiro. § 2° A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um tergo) se: I—o crime ¢ cometido com violéncia; ou Il —a vitima é submetida a condigao desumana ou degradante. § 3° A pena prevista para o crime ser aplicada sem prejuizo das correspondentes as infragdes conexas.” 30 Art, 116. Revogam-se as expulsées decretadas antes de 5 de outubro de 1988. Pardgrafo tnico. O drgio competente do Poder Executive dispord sobre os critérios para revogagao e escalonamento da vigéncia das medidas expuls6rias decretadas apés 5 de outubro de 1988. Art, 117. O documento conhecido por Registro Nacional de Estrangeiro passa a ser denominado Registro Nacional Migratério. Art. 118. Ser concedida autorizago de residéncia aos imigrantes que, tendo ingressado no territério nacional até 6 de julho de 2016, assim o requeiram no prazo de | (um) ano apés a entrada em vigor desta Lei, independentemente de sua situagdo migratéria prévia. § 1° Os imigrantes que requererem autorizagdo de residéncia nos termos do caput estarao isentos do pagamento de quaisquer multas, taxas e emolumentos consulares. § 2° O Poder Executivo editaré plano de regularizagio migratoria, com metas e indicadores para o efetivo cumprimento dos beneficios concedidos na forma do caput deste artigo. § 3° O imigrante com processo de regularizagiio migratoria em tramitagaio poder optar por ser beneficiado por esta Lei. § 4° A autorizagdo de residéncia prevista neste artigo nao implica anistia penal e nao impede o processamento de medidas de expulsdo e cooperagiio juridica relativas a atos cometidos pelo solicitante a qualquer tempo. § 5° Nao poderdo receber a autorizagdo de residéncia prevista neste artigo as pessoas cuja estada no territério nacional tenha como fundamento visto oficial ou diplomatico. § 6° A autorizagio de residéncia sera cancelada se, a qualquer tempo, verificar-se a falsidade das informagdes prestadas pelo imigrante. § 7° O processo de perda ou de cancelamento de autorizagaio de residéncia observaré as garantias de ampla defesa e contraditorio, podendo ser iniciado de oficio por autoridade competente do Poder Executivo federal ou mediante representacdo fundamentada, assegurado 0 prazo para recurso de 60 (sessenta) dias contado da notificagao da decisao. § 8° O procedimento referente ao requerimento de autorizagao de residéncia referido no caput serd realizado em etapa tinica, na qual serdio apresentados o requerimento e a documentagao complementar e realizadas a coleta de identificagao biométrica e a efetivagao do registro. Art. 119. O visto emitido até a data de entrada em vigor desta Lei poderd ser utilizado até a data prevista de expiragdo de sua validade, podendo ser transformado ou ter seu prazo de estada prorrogado, nos termos de regulamento. Art. 120. A Politica Nacional de Migragdes, Refiigio e Apatridia tera a finalidade de coordenar e articular agées setoriais implementadas pelo Poder Executivo federal em regime de cooperagdo com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, com participagaio de organizagdes da sociedade civil, organismos internacionais e entidades privadas, conforme regulamento. 31 § 1° Ato normative do Poder Executivo federal poderd definir os objetivos, a organizagiio e a estratégia de coordenacao da Politica Nacional de Migragdes, Refiigio & Apatridia. § 2° Ato normativo do Poder Executivo federal poderd estabelecer_planos nacionais € outros instrumentos para a efetivagao dos objetivos desta Lei e a coordenagao entre érgios e colegiados setoriais. § 3° Com vistas a formulagao de politicas piblicas, deverd ser produzida informagao quantitativa e qualitativa, de forma sistematica, sobre os migrantes, com a criagzio de banco de dados. Art. 121. Na aplicagao desta Lei, devem ser observadas as disposigdes da Lei n° 9.474, de 22 de julho de 1997, nas situagdes que envolvam refugiados e solicitantes de refigio. Art. 122. A aplicagio desta Lei nao impede o tratamento mais favoravel assegurado por tratado em que a Repiiblica Federativa do Brasil seja parte. Art. 123, Ninguém sera privado de sua liberdade por razdes migratérias, exceto nos casos previstos nesta Lei. Art. 124, Revogam-se: I-aLei n° 818, de 18 de setembro de 1949; € Il—a Lei n° 6.815, de 19 de agosto de 1980 (Estatuto do Estrangeiro), Art. 125, Esta Lei entra em vigor apés decorridos 180 (cento ¢ oitenta) dias de sua publicagao oficial. Senado Federal, em q de 17410 de 2017. Cae Primeiro Vice-Presidente do Senado Federal, no exercicio da Presidéncia ‘plps16-40Ssaneto(Substnutve a1, de2017-CD) ANEXO Tabela de Taxas e Emolumentos Consulares (art. 113) Wimaro ds rpo subenpo | lmerod® T natura dotmotumento | valor T00= Dacor Conese de pasion | as our seamen: sx0-pansapetecomum | 3303 sto de $0010 9990 Caneel de psp 100~ Documentos ‘biometric sem soecumetes | s30-panaponecamum | s104 bamerrcosen | ou 26n00 00=Doaumenios | 120 Pasapre — — de viagem diplomatico, ome one Gratut 100 Documentos | 139 Passaporte oficial 1301 Concesso Gratuito Sewage Conceifsen seta 100-pocumentos | 140-Passapote de ceptor 1 de viagem ‘emergéncia sao Decreto n® 5.978/2906 — co 0 100=Doaumerior | —150~Farapore rare Tanese de ptswOTE | gs ome de viagem. estrangeiro 23 biométrico Pee Tae de petra 100-bocumentos | _150-Pasapore pra Dlometicosen — de viagem estrangeiro a apresenta¢3o do cue eo TO9=DaaImeNtoe | sep snerpaur once de e705" | gous seamen | 360- taser pa 160 eae 15-070 9900 oneal de separ 100 documentos tlomtticosen sboametes | sco-tassraner | sco bamatrcosem | as. our 16000 0=Doaimentor | 170 Agog de viagem retorno ao Brasil ao ne eones 7O0=Cocumenor | THD- care de mat] — a de vagem onl 0-Vitoem deeamento ge viagem estrangeiro 220- Visto de visita 220.1 Concessio ou renovate do | Re _ ure 80,00 rane entrada besser 200=Visto om decurentode emma de | 39—visto tempor conceseioourenvit0d | oro pees (de 0a R$ ouro 1.000,00) 2nd prazo de entrada: ed rasa 200-Vito om deeumento ce ode anette ou enovartodo wagemenranger | 79; Yitodevsta(#e02 | a9 praodeentads | RS Ouro 12000 culaser poser : (reirocade™ aura) brs 32 200 =Visto em documento de 220 -Visto de visita (de 03 CConcessio ou renovegio do viagem esrangero ° 2203 prazo de entraca | RS-Ouro 100.00 ou laissez-passer > onwa 2000/00) (reciprocidade — Angola) bras oe ITEM = Conesto ou eee oe fo | 230—Visto temporsrio (de renovasio do prazo de Soe tito viimneccomaae | 98RSouro3.00000) | 7° | entrada Pesqise,ensino | *$~ m0 100 ae ‘ou extensdo académica brasil =v a VITEM = Cocesioo locumento Ge 230 — Visto temporario (de renovago do prazo de — veeigisetooner | 98RS0ur03.00000) | 7°? | estada=Tratamentode | *S~Owo 19000 brasileiro sate -teles \ITEM = Cones ou focumento de 230 Visto temporario (de renovagio do prazo de ne wagem estangero | ““oaRs ouro 00000) | 7303 stad Acoliea a ou lsserpsser td Aco brasil 200 Visto em documento de TEN Iv —Concessio ou vagemestangsto | 220 Wstotemporifo(ée | a5a4 | “Tenoagiodaprat de. | RS we 10000 ou laissez-passer ee ” estada ~ Estudo bras 200 Visto em documento de item v~Concesstoou viagem esrangeiro | 739- veto temporro se | 2305 | renovatdod prazede | R$ Ouro 100.00 ‘ou laissez-passer ° " estada - Trabalho: brasil 200 = Visto em ViTEW Vi— Conese os documento d€ | 35st emporio de renovasaodo pram de viagem estrangera | ee emo | 2306 estada~ RS ~ Ouro 80,00 ovloisser passer ’ Fériastrabalho— Nova brasileiro Zelda 200 Visio em ViTEM Vi~ Concessio ou ocumentode | 959_ brorogatio do pro de viagem estrangeiro | 780 Visto tempordrio (de 230.7 estada — Atividades RS — Ouro 100,00 a R$ ouro 1.000,00) ou lesecposer Teiosase servo brasietro veluntario VTE i ~Conceiso ou puaienen \reapea sp 230-Visto temporsto (de estada=investimentsU | ge Ouro ager estanaer | 9, ng ouro1.00000) | 398 | “Satiaade deretevanca | *S~ Ouro 10000 ee econdmia, lentes, — ‘tecnolégica ou cultural 200=Visto em documento de Tem —Concessfoou vigemesrangsio | 799-Wstotemporsio‘se | sa09 | Sanegiiodopram ae | RE Owo 10000 ou laissez-passer }@ RS ouro 1.000/00) estada — Reunigo familiar Bresiero 200—Vsto em focumento de Vite x- Concesséo ou viagemestangevo | 22Vstoremporiio(ée | sea. | pronogatodoprarade | RS Ouro 10000 ouloisserpaser : stage Tatados brasileiro 33 200- Vato er TEMA XI~ Conceste ou jocumento de | 230-Visto temporério (de prorrogacdo do prato de | pe _ viagem estrangeo | "54 R$ ouro1.00000) | 7927 | estada~ casos defriesem | *5~ Ouro 10000 ee ee regulamento asi 300= Visto em Gocumento de | 230-vistotemporito(de | yap.g5 | VIAM-Vistotemporitio | ge Oure 99 sagem estrongero | “9. RS our 1.00.0) : de capactagio medica , brasileiro 300= Visto em documento de srioide VICAM Visto temporério. viagem esrangero | 732 Vatotemporivo\se | 220.6 | paradependentedetivlar | R$—Ouro,00 ‘ou laissez-passer 0 . de VICAM basi 300= Visto em documento de 220~ Visto de vista (de 08 vivis—concessio oe ceonger® | “RS our0 1.00000) 7204 | (eeciprocdade— Agta) | **~ Owe 85:00 braslo 300= isto em ocumentode | 220-Vistode vista (de 0a vivis~Concessio viagem estangeiro | RS ouro1.000,00) 2208 | (reciprocidade—Esados | RS~ Ouro 160.0 ou laser passer Unidos) bras 700 = Visto om documento de item iv~Concesso viogum esrangsi | 729>Witotemerfa‘ée | pans | (ecpracidade fxs | RE Owe 16000 ou losserposser Unides) brasieiro 2G0= Visto em documento de | 230—Visto temporéro (de viagem estrangeiro: Q.a RS ouro 1.000,00) 230.13 eee RS - Ouro 250,00 eae (reciprocidade— Estados 1 lisex passer ay brasieiro 200 Visto em documento de | 230-Visto temporério (de Viren V, vil, eX! o vege evongsio | “oeRSouo20%009 | mnat | (Tage aages_| 8~O6o29000 ou liser passer ama] brasil 300= Veto em documento de viTEMv ~Concessdo vagemesrangro | 2rvstorempecta(ée | ays | ecpocage™ nano | RS—Our465,0 ov laissex- passer x Unio} brasileiro 300= Visto em documento de 220Visto de vista (de 0.2 vivis~concessio vam estar | 2 sete woo anc ee ose | ie Ome 11500 braslro 300= Visto em documento de | 230—Vitoterporii (de Mas erpstie= Vie Oa R$ ouro 1.000,00) 230.16 ™ R$ —Ouro 215,00 viagem estrangelro ou laise-passer brasileiro (reciprocidade = Reino Unido} 34 310 Registro de eee y rnascimento e expedicdo da Gratuito registro cv respectiva certidio Teginrode aaamenta ao0-atosde | 20~Celebracto de rena or carerae80 | 95 ou registro cull ‘casamento iin) ‘conculare expedicsoda | "S~ Ouro 20,00 respec cero Glebrato de csamento ao0-atosde | 20~Clebracto de repariesoconsiare | Gatuty ‘registro civil casamento 3202 expedig3o da respectiva eee ceria 20 fegio de dtoe 300 nos de | pedo da respective rato pee a certid’o 240 outros aa de 200 Atos de | ago expedite do Gratuite tn respectiva certiddo 300=mosde | 350~ Cerio accionah registro civil de atos de registro civil nel Guarda aerinaco cobraa de peste do Estado vencmentas de 440 Reconhecnento de tue onde A0-Atos | ssinaturaoulegszacode | gio | Gorantia demo de | Gratto a Servig TS} meant ° termo de compromisso com @ cata Eoondria aera, Dor aposertaor ou sin por forma ando dexna 110 Reconhecmento de dacimertos essa, aa 4o0-atos | ssnatur cu de ogaizagto Cadadocumentoeaté® | gow notariais de documento nao passado at maximo de 3 (tris) ee a rear cour documents ratios 8 resi pesioa Guano destnason decurmrto score, 410 Reconhecmento de aver ats 3 (és) 400-Atos | aeshatura ou degli Soementosreatios’ | ae Guna notariais de documento no pasado #103 mesma pessoa, 05 eae na epart conular documentos podera ser renidos em mag feta in is logan iano dertnad aout documento io ‘10-heconhecimento mmenconados sconhecimento ce anteriormente, dont 410.1 200-Atos | assnatre ou de eplnago pets, doman0a notariais de documento nao passado wo4! none ss03! " Recaro 2m) na repartiedo consular documento, na assinaturs ‘que no sejarepetids, ou pela legalizacio 40 reconhecimento natarlal 35 410~Reconhecimento de ‘Quando destinado a outros documentos nfo rmencionados anteriormente, dor 410.1 aon? 410.4, ¢ se howver mais de 3 (és) soo-nios | saturaoudelegngso doamentos domes | 56 ou notariais de documento no pasado at da mesma pessoa fisica ou Be Ouro 60,00) rovepurg corr iden rio miso recanhecrrerttara telendoseafeta mmedante ecnheiento ata dora maa ‘ae 400- As : pibentorma doamens |_R§=Ouo 1000 notariais A20- panica-iorma 20%) ‘escrito em idioma nacional por folha: Sion a ou 5.00 oe ries tae Piles form: decent to-net | ao-nibteoma | ana | "anatwemamane | AS=0io 3500 a adicional: 1s “ous 1000 Fa caincameo too-nios | 150-Aneneatode copndorarpare (ee | gg notariais cépias de documentos 430.1 documento for eserto em | RS— Ouro 10,00 idioma nacional) Fatale decane soo-nes | s80-Asteneatode condo oa ceprigio notariais cépias de documentos 4302 (se o documento for escrito eee enon nado Fatseads documento soo-nos | s20-Aueneapode cops raraptotseo | yg notariais cépias de documentos oe documento for eserto em | R6— Ouro 15,00 dora csonge) Parcatsdxan sor-nios | s30~Asteneagode cops foe aeprdo notariais cépias de documentos 04 (se o documento forescrito R$~ Ouro 10,00 ‘cmidom eangst) euro ar cans cu eas mos | siniabelceto coneponantedepentes ‘co-Aies | (Sraiosnstiesaa | na | dotsatnveremencsde | RS—cure 5.00 reparticSo consular, Ineluido o primero traslado servigo piblico, aposentadoria ou reforma 36 1440 ~ ProcuragSes ou substabelecimentos, Para os demais efeitos que ro os mencionados no nt ‘440.1, por outorgante (cobrado apenas um emolumento quando os utorgantes forem: marido fe mulher; mis 2 co: 400 NOs favrados nos livros da 4402 herdeiros para inventério | R§—Ouro 20,00 Indl o pre trsiado reprsentantesde pee ‘No caso do n® 440.1 (por 400- Atos eee ean ‘segundo traslade de ‘otal rocuragie ot repartigdo consular, ‘substabelecimento) eestor No caso don? 440.2 (por 400— Atos steteetedinacion, segundo trasladc de notariais repartico consular, Procurago ot incluido © primeiro traslado momma ae 1450-Sucessto soa | ae ice” | RS~Owo30,00 ‘Terma de aprovacia de Lastrg 150-sucessto 1502 | ‘Tesuamenoceraice | $—owro2000 respecte certo, t00-stos | 460~Eserturasregtros restosde tues © notariais de titulos e documentos. ee documentos da reparticao RS — Ouro 15,00 lexpedigdo da respectiva certiddo 37 460 ~ Eseriturase registros Escritura e registro de ‘qualquer contrato e ‘IE RG ure 2,000: 3% pelo que exceder {de R$ ouro 2.000 400 ~ Atos ae Toamas | “aevtoseancurencs’ | “2 | qgediiodsrespedva | xeASoue cero pel que exes de R$ ouro 000 1% eit de quasar] — pel primera cute documentes oie | "pagina 400-nios | 460-tscturaseregitios | ygo | deentturseregnrosde | AS—Ouro 2000 otras | “dethulose documentos Hulse documents da | porpdga reparsoe expediiods | —_‘adconak respctna cericso | R6Ouro 1000 Tegiir de quasqer | pla prea ‘outros documentos, em pagina: seo-nios | ae0-tscturaserepsvos | ggg | Momaestareeo,sotiro | RS-Owro25.00, otis | “de ttulase documentos ewes | saree sapere pean respectiva certic3o_ RS—Ouro 25,00 Porceriesadcoras dor foo-aies | 70 certdsesadtionts | 4701 | documentos reves ner | Ouro 1000 upon 450246) 500 Aesados 30 certificados '510—Certificado de vida R$ —Ouro 5,00 ‘conalres 520— Gaur ouor S00 Atestados ou |_atestads, cetficados ou eriiados | dedaragbesconelres, #$~-01101500 Consuares | Incshe ocertfcado de residenl WO Resiadosou | — S0- tepaleago de onions | document expec por 5 0uro 500 onsuares | autrdade baal iva de romano de 600 ~ Atos 610 Atosdenavegasto~ taplti, por madara de ae ers 101 | comand e expen de | "8-040 2000 respect certo Tegito provera de ernareagto,nomeaiio de soo-mos | Spit, ealeoao fasta (G00-K05 | g10-stosdenavesnsio- | gugag | cetrouanereerpeiso | soo 0000 att heros ‘Go respective gaseapore ~ cextraordinario de autoridade consular brasileira 38 Tsen¢io quando setratar de: a] navio com menos de 5 (cinco) anos de construcéo; ou (b)navio 600 ats ‘randato contr por referees | S!2-AtoRdenavesseto- | gigas | Ses denavenaio | Gratito raveeaio lemerteoganiaga¢ furconano no Bro (Glembaregto morta ou esmontad ques estne Srnaepaio de cabstagen won referentesa | S10-Atosdenavegacio— | 61g 19 | Vistoem diériode oordo | _RS—Ouro 10,00 were navepne Tergio quando setatarde crnareagio beste precedente de Agen cons Aes 610 ~ Atos de navegacio — destinada aos portos acume heros 61043 | paconais domo Ungua, | mR — ‘ou de abertura de didrio de tors quande do ait pros da embaeagio Tatas de 600= ats movimento havds na teerntess | 10~Atosdenovesneto- | gag | atedetrpuantes para | ®S~Our0 10,00 navepato catalan emtreado cu deeibarcado Feta ait do mea, | 810-Mardenneenso- | yay | moonrise | 55 oye oun veer co hai nevenosto ular Tego de contain de atetarert no ve de 600 Atos (Seow | roan denaversio | ging | eertraereios de | ge ono 00 aus heros tube documercos © expatica respective ceria Tego de pote iar rode 6000s (G00- | gxo-atosdenavesssto- | gags | enrtuaseresito=de | as our 3900 Diverse ture docmenas€ nvesaeio expec da respect ceri - inerogstoio smm=At | rom neosdenevesssto | gang | textmunteepedcto% | ae oicya00 Diver respec asd por nvesneto tester Tomes de erie 6o0-Atos : (octet | cro-atdonomeste | ging | eronpiodoremevo | gs owe an00 heros rete de noneaso, ot sevens perito nomead>_ Regio de vistors da ernbareagi ne ode iota ted 610~Atos de navegaco ~ escrituras e registros de Usghiancd) Diversos oe titulos e documentos eT) novesoo cexpedigao da respectiva certiddo 39 Registro provisorio de S00- Atos | G10 atos de navegasio— ebarcagioeexpeio de rere oweces sios | “Tread provsanoae, | 5 OH0200 navesasio propredade 300 = os , Col 20 vento de aoa | Deatéz00,aurenas) | ge ovo3000 embaragio toneladas naveqoeio = Atos racemes | Bainwniiode | gaoy | Semmsezotssen | a5 oyoenen navegaio 500 Atos 0 ~ Raina a refeentess | autordade consuiara | 6303, Aborto $= Ouro 10900 ravegorns | wateis de mareadorios 00 Atos, 30 Asistnca da Tar tra (wand pes referees | autordadeconsulara | 6302 | esspastenda plate | R$ Our 6000 navegagio | _istoras de mereadorias Toc ‘sit da avtoTdade soo-mos | 630-Asstnca cans em vend uo referentess | autordadeconsutara | 6303 20% avegaeao | vistorie de mereadoras bertencane Mearea de embereaao (sobre prego ievenda) Tessie da autoidade ‘600 - Atos 1630—Assisténcia da consular 2 aaa ou reerertesd | aitondadecontiors | ono |, ,Yenda deletes 20% averacso | vistors de mereadoras Ecirmesres aration avaaglo ou venta) Nacional para etrange, incsveo regres 00 Atos recep em dept dos retrensa | @O-Mudanasde | sao, | faptdacmbotoria em | 02M navesao aso de vende da mca sobre prego te vendo Debandei esargeira cots | geo-mutmasce | ggg | pomecontemensse | gay - andere 2 | "Comrade embargo peste (tule de insert) Tanga de banda nacional prs exarei, aos inclusive oregstrae 2 hemcasel 640~ Mudangas de cana | reeepstoem depésio dos one ee wanders pas do embercario, em cave de arenderen sobre prego co acrendamenteoual Bela mesma opeagic do 00 Atos tem 6203, ma de reteeness | @0-Mutonssde | io4 | anteraesvenriapers | 02% navesseio raGonal sobreo prego de larrendamento arual 40 "700 ~Isengdes de ‘emolumentos 70 = So sents de emolumentos, inclusive aqueles relatives & consulta, 05 vistos em documento de viagem estrangeiro ou de corganizagio de que o Brasil faca parte 700 Isengdes de ‘emolumentos 70 Sao isentos de emolumentos, inclusive aqueles rlativos& consulta, ‘0s vistos em documento de viagem estrangeiro ou de corganizacio de que o Brasil {aga parte no. Diplomaticos Gratuito 700 ~\sengoes de ‘emolumentos 70 = Séo sents de ‘emolumentos, inclusive aqueles relatives & consulta, ‘08 vistos em documento de viagem estrangeiro ou de organizagio de que o Brasil faga parte 70.13 VICOR JO-Membros da Tamia olimpice € paralimpica, aletas © voluntétios credenciados para o Rio 2016 Gratuito 100 — Isengbes de ‘emoluments TiO Sto isentos de aqueles relatos & consulta, (5 vistos em documento de viagem estrangeiro ou de ‘organizaca0 de que 0 Brasil faca parte no2 oficais Gratuito 700 Isengdes de ‘emolumentos Ti0= Sto isentos de emolumentos, inclusive aqueles relativos & consulta, ‘0s vistos em documento de viagem estrangeiro ou de corganizagio de que o Brasil faga parte 703 De cortesia Gratuito 700 Isencdes de ‘emolumentos 710 =Soisentos de ‘emolumentos inclusive aqueles relatives a consulta, os vstos em documento de Viagem estrangeiro ou de organizacio de que o Brasil faca parte 04 De vista ou temporitio, se concedidos attulares de passaporte diplomatico ou de servigo Gratuito 700 - Isencdes de ‘emolumentos 7i0— Sto Isentor de ‘emolumentos, inclusive ‘aqueles relativos 8 consult, (0s vistos em documento de viagem estrangeiro ou de ‘organizacao de que o Brasil faca parte nos Regulados por tratado que conceda a gratuidade Gratuito 4a 720 Sie Isentas de ‘rotamer 8 lezotgte ce ats Sooti a ertdaes 700~sengdesde | erieas,educaionis ou Gratuito baienianaunind de assisténcia social que so tear fstuctaos ou and tseno er reve enue 50= io ona To, as Bia, 9 pasamerto Distt reser ecs stb celeces ce emolumentos nos 730.1, Municipios, ou quando Gratuito emolumentos | documentos em que forem determinado por mandado are iota T0= Sho sents de manent — oomiseneesde | grotmenosros | va02_ | SPeowemonderstados | Gang semolumentos documentos em que forem ” pare 0=Sao erro . paguerto Asmistes dpm aoe mee a ‘emolumentos nos. 730.3 repartigées consulares Gratuito semolumentos documentos em que forem estrangeiras are sano Ds is naa cece oo-engiesde | Pagamentode || iresesanatas ns | getup cdments | yume nes docertos ee focamer - intervenham em carater Lamond oficial 0S wenionde Pagnett Acrgaigio dss yoo=teneesde | ratmenosnes | 7308 | uraas(owujenas | Grtuto sere documentos em que forem agéncias ane 739 = Sto eros pagnment create dos tsaos eomtereesde | groumenosnes | 7306 | “amereares(eesune | Gratuto semolumentos documentos em que forem agéncias oe Or repreerrie ie 130- sto eros Craonrtes oes po—enssesde | grotimenecmes | 7307 | "ysose7008, ne rato emolumentos documentos em que forem documentos em que rere itenettom en erdter al Forde wonstino ae aaa am oe ‘emolumentos nos 7308 Cede Gratuito emolumentos documentos em que forem: Jesenvolvimento (Bird) € a oesenvlmert sua agéncia 2 730 ~ Sho Kents de pagamento de (© Instituto de Assuntos oo~tenssde | ghchmenosnos | 7309 tuo de Asn sratuito ‘emolumentos documentos em que forem are 0S wend agamento de enotumentesnes decamestosem av eren owen | re A Ui oretton cratuio oirtoFeerte os imines ov ua

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