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indicader 404 Diane €.Papalia e Ruth Duskin Feldman verificador vocé é capaz de. Discus fatores que afetam _asdiferencasde génerona ‘depressioadolescente? D- ciraras tes principals causas demorte entre adolescentese Identifiar os fatores de isco para suciio do adolescente? Como o pensamentoe uso da linguagem na adolescéncia diferem da Infancia? operatrio-formal Segundo Faget, goal de- semvaventocogin,cxacrzto pula apse de persarem temas bstate, Emborao suiidio ocora em ndos os grupos énlcos, meninos note-amercancs natives aresen tam os maioes indices, e as meninas afro-americanas, os menores. Gay, lEsicas e ovens biseruais que apresentam alts tara de depressio também apresentam alts taxas de suicide tencatias (AAP Committee on Adolescence, 2000; Remafed et al, 1998} Jovens que tentam sucidio ou pensam nee tendem a ter histéricos de doenca emacional.Eles so mais propensos a serem perptradores ou vtimas de volénciae ater problemas na escola, aca d2micos ou comportamentais. Muios softeram maus‘ratos na infanca e tem graves problemas de relacionamento, Els tendem a desalrizarse, a senise desamparados ea ter pouco contol sobre 0s impulsos e uma Hhixa tolerdncia a frustracZo e a estresse, Esses jovens geralmente esto allenados dos pas endo tm ninguém fora da fara a quem recorer.€possivel que tenham tentadoo suid. antes ou tenham amigos ou membros da familia que o fizeram (Borowsky, Ireland e Resnick, 2001; Brent e Mann, 2006; Garland e Zigler, 1993; Johnson et al, 2002; NIMH, 19993; “Suicide Pat 1", 1996; Swi et a, 1991) 0 alcool esé envovido em metade dos sulctis de aalescentes (AAP Committee on Adolescence, 2000), Tlvez 0 fator fundamental sje uma tendéncia a agresividade impulsive, Esudos de imageamentoe de nectopsia dos ebro de pessoas que tentaram ou comple taram o suicidioidentfcaram dfs na fungdo executive, na avaliaao de isco e na resolugdo de problemas (Brent e Mann, 2006). Os fatores de proteglo que reduzem o isco do sulfdoincluem a lgacdo com a fafa e a escola, o bem estar emocional eo bom desermpento nos estudos (Borowsky etal, 2001), O suid dscutido também no Capitulo 19, DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do amadurecimento cognitivo [Nao apenas a aparéncia dos adolescentes ¢ diferente de quando eram criangas, mas eles também ppensam ¢ falam de maneita diferente. A velocidade do processamento de informacdo deles continua a ‘aumentar Embora o pensamento possa permanecer imaturo em alguns aspectos, multossdo capazes de raclocinar em termos abstratos e de emit julgamentos morals soisticados,além de poder planejar ‘o futuro de modo mais realist ESTAGIO OPERATORIO-FORMAL DE PIAGET Os adolescentes entram no que Plaget chamou de o nivel mais alto de desenvolvimento cognitivo ~ 0 operatério-formal ~ quando desenvolvem a capacidade de pensar em termos abstratos. Esse desenvolvimento, que geralmente ocorre por volta dos onze anos, thes proporciona uma maneira mais lexvel de manipular informagio, Nao mais limitados ao aqui e agora, eles conseguem entender 0 tempo histérico eo espaco extraterestre, Podem utilizar simbolos para representar outros simbolos (por exemplo,fazendo a letra X representar um numeral desconhecido)e, assim, aprender algebra e calcul, Podem apreciar melhor a metafor ea alegorie, assim, descobrirsigniicads mais profundos na literatura, Estdo aptos a pensar em termos do que poderia ser, ndo s6 do que é. Sao capazes de imaginarpossbilidadese sabern formule testarhipéteses. ‘A capacidade de pensar em termos abstratos também traz implicagdes emoctonas. Enquanto uma crianga pequena podia amar os pas ou odiat um colega,“o adolescente pode amar a liberdade ou ‘diar a explorago... O possvel eo ideal cativam tanto @ mente quanto os sentimentos”(H. Ginsburg, Oper, 1979, p. 201} Raciocinio hipotético-dedutivo Para avaliar a diferenca que faz o raclocinio formal, sigamos © progresso de uma crianca tipica ao lidar com um problema piagetlano cléssico, o problema do péndulo.' Mostrase & crianga, Adam, o péndulo — um objeto pendendo de um cordéo. Depois he é "fsa desrgdo de eferengas relacionadas dae ha abordagém 2o problema do péndulo€adapadn de Ginsburg e Opp, 1970 Desenvolvimento Humano 405 explicado como ela pode mudar qualquer um de quatro ftores: o comprimento do cordo, o peso do objeto, a altura de qual o objeto est suspensoe a quantidade deforca que ela pode usar para empur tar o objet. Pede-se entdo 2 ela que pense qual o fator ou a combinacio de fatores que determina a Velocidade em que o pendula oscil Quando Adam vé o péndulo pela primeira vez, ele ainda néo tem 7 anos e esté no estigio pré-opetattio. Incapaz de formular um plano para atacaro probleme, ele tenta uma solucdo de pols da outra na base da tentative erro. Primeiro ele coloca um peso leve num corddo longo e 0 empura;depol ele tena fazer asclar um peso maior nurpcordo cuto; em segulda ele remove ‘ peso, Seu método ndo s6¢ aledttio, mas ele também nab consegue entender nem relatar 0 que acontecet. Depois disso, Adam volte ter contato com o péndulo aos 10 anos, quando ele se encontrava no estégo operatdrio-concreto, Dessa vez ele descobre que variando o comprimento do cordao eo peso do objeto a velocidade de osilagéo do objeto é afetada. Entretanto, como ele varia ambos os fatres 20 mesmo tempo, néo consegue distinguir qual dels faz diferenca ou se ambos fazer. ‘Adam est diante do péndulo pela terceita vez aos 15 anos e dessa vez ele enirenta o problema sistematicamente. Ele elabora um experimento para tetar todas as hipdteses, variando um fator por ‘vez ~primeiro, 0 comprimento do cordao; depots, o peso do objeto; em seguda, a altura em que est suspenso;¢, finalmente, a quantidade de forga utilizada — cada vez mantendo os outros trés fatores constants, Asim, ele &capaz de verticar que apenas umn fator —o comprimento do cordéo — determi: na a velocidade de osclagio do péndulo, ‘Asolugio que Adam dé 2o problema do péndulo mostra que ele chegou ao estgio operatério formal, Agora ee ¢ capaz de raciocinio hipotético-dedutivo: ele pode desenvolver uma hipbtese e claborar um experimento para testa. Ble considera todas as relacdes que pode imaginare as testa sistematicamente, uma por uma, para elimina as flsase cheyar&verdadela. O racocilohipotético -edutiv Ie proporeiona um instrumento para resolver problemas, desde cansertar o caro da familia, a elaborar uma teotia politica O que provoca a mudanca pare oreiocinio formal? Paget atribuu essa mudanca a uma combi ‘naco de maturacto cerebral e expansio das oportunidades ambientas. Ambas sé essenciais: mesmo ‘que 0 desenvolvimento neuroldgio do jovem tenha avancado o suficiente para permit raciocinio formal, ele s6 poder realizé-lo com'a estimulacéo apropriada, Como acontece com 0 desenvolvimento operatério-concreto, a escolarizacio e a cult desem- penham um papel ~ como Piaget fnalmente reconheceu (1972). Quando adolescentes na Nova Gui 1né¢ em Ruanda foram testads em relaio 2o problema do péndulo, nenhum fi capaz de resalvéo, Por outro lado cians chinesas em Hong Kong, que tinham fequentadoescolsbrténicas,saramse {io bem quanto as norte americanas au europeas, Criancas em idade escolar em Java e no Pais de Gales também apresentaram algumas capacidades operacionais formas (Gardiner e Kosmitzki, 2005) ‘Aparentemente, 0 raciocinio formal € uma capacidade aprendida que no é igualmente necesséria ou lgualmente valorizada em todas as cultures. Saber quais perguntas fazer equals estratégas funcionam é fundamental para o racictno ipo tético-dedutivo. Quando fl soictado que 30 estudantes de 6* série urbanos de baixo desempenno Investlgassem os fatotes envolvidos na risco de teremoto, aqueles que receberam uma sugestao de ‘concentrarse em uma vardvel de cadaver fizeram inferéncias mais vidas do que aqueles que no receberam a sugestéo (Kuhn e Dean, 2005). Este resultado demonstra que o raciocinio hipotético Avaliaros ponts fortes ‘sponta fracas do estgio copertério-frmal de Piaget? ‘A pesquisa tem demonstrado que.os liberals S20 mais criativos que03 congervadores, mas queos conservadores sto mais felizes. Dang 207 Napa eo. 208 conhecimento dedratvo Connemento factual adqutdo ama _mnado na emda delong ras ‘conbecimento procedural aldaesadqidasarmazenadsna remade longa paz, ‘conhedmento conceal Enendentositepretatiosdgu dor amazendosna memdnsde longo prea culturals. Anos mais tarde, o préprio Paget “passou a considerar alho seu modelo anterior do desen: ‘volvimento do pensamenta infantil, sobretudo 0 operatrio-formal, pis nao captavao papel essencial da sieuagdo para influenciar e para lita... pensamento das criancas” (Brown, Metz e Campione, 1996, p. 152-153). Pesquisas neopiagetianas sugerem que 0s processas cognitives da crianca estéo Intimamenteligados @ conteidos especficos (sobre o que uma crianca esté pensando}, bem como a0 ccontexto de um problema ¢ as tpos de informagéo e pensamento que uma cultura considera impor- tante (Case e Okamoto, 1996; Kulin, 2006). ‘Além disso, a teoria de Piaget néo considera adequadamente avangos cognitivos como ganhos na capacidade de protessamento de informacio, acumulagéo de conhecimentoe especializagdo em. ‘reas espectficas e o papel da metacognicao, a consciéncia e a monitoracso dos pr6prios processos & cstratégias mentais(Favell tal, 2002). Esta capacidade de “pensar sobre o que se esté pensando” e, pottanto, de gerencia os processos mentals~em outras palavras, a intensiicacéo da funcdo executive ~ pode se o principal avanco do pensamento do adolescente, 0 resultado das mudancas ocorrendo no étebro adolescente (Kuhn, 2006), MUDANCAS NO PROCESSAMENTO DE INFORMAGAO ‘As mudancas na forma como os adolescentes processam a informagdo refletem o amadurecimento dos lobos frontais do cérebro e podem aludar a explicar os avancas cognitivos que Piaget descre- ‘yeu, Quais conexdes neurais definham e quals se tornam fortalecidas éaltamente correlacionado 3 cexperiéncia. Portanto, o progresso no processamento cognitive varla muito entre os adolescentes, (Kuhn, 2006) Pesqulsadores do processamento de informacéo Identificaram duas amplas categorias de mu: dangas mensurévels na cognigdo do adolescente: mudanca estruturale mudanca funcional (Eccles, ‘Wield e Byrnes, 2003}? Examinareros cada uma dels. (Mudanga estrutural Mudancas estruturafsna adolescéncia incluem (1) mudancas na capacidade dda meméria de trabalho e (2) a cescente quantidade de conhecimento armazenada na meméria de longo prazo. ‘A capacidade da meméria de trabalho, que aumenta rapldamente na tercelra infancla, continua ‘acrescer durante a adolescéncia, A expanséo da meméria de trabalho permite a adolescentes mais, ‘elhos lidar com problemas complexos ou decisées que envolvam informacées miltiplas. ‘Ainformagio armazenada na mem6rla de longo prazo pode ser declarativa, procedural ou con- celtua. © O conhecimento declarativo saber que...}consste em todo o contecimento factual adqu rido por uma pessoa (por exemplo, saber que 2 + 2 = 4 e que Juscelino Kubitschek construia Bafa). © Oconhecimento procedural ‘saber como...) consist em todas as hablidadesadquirids por uma pessoa, como ser capaz de muliplicare dvdr e de drgr um cro. © O conhecimento conceitual (“saber por que..”) € um entendimento de, por exemplo, por aque uma equaio algéoica continua sendo verdadeira se a mesma quatidade for adicionada ou subtraida de ambos 0s lads. Mudanga funcional Os pocessos para ober, manipulare rete informagio so aspectas funcional da cognigo. Entre esses estéo aprender, lembrare raciocinar, todos 0 quais melhoram durante @ adolescencia Enire as mudangas funclonals mals importantes estéo (1) um aumento continuo na veloidade de processamento (Kun, 2006} e (2) desenvolvimento adicional da funcfo executiva, ue inclui habldades como atenco seletiva tomade de decsfo, controle intitrio de respsta impulsivas gerenciamento da meméria de trabalho. Ess hablidades parecem desenvolvese em taxasvarivels (Blakemore e Choudhury, 2006). Em um estudo laborstoria, os adoescentesalcangaram um desert penho de nivel adulto a inibicSo de resposta os 14 anos, na velocidade de processamento aos 15 T psc as das prximassqtes&aseada em Eels etal, 2003 Desenvolvimento Humano 407 za memérla de trabalho aos 19 (Luna etal, 2004) Entretanto, as melhoras observadas em situagdes ‘aboratorials podern no refletr necessariamente a vida real, na qual o comportamento também de ppende de motivacdo e de regulacéo emocional. Como discutimos anteriormente neste capitulo, os julgamentos preciptados dos adolescentes podem estar relacionados 20 desenvolvimento imaturo do cérebro, permitindo que os sentimentos se sobreponham a raza DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM © uso da lnguagem peas criancas reflete seu nivel de desenbolvimento cognitivo. Criangas em dade escolar sio bastante competentes no uso da inguagem, masa adotescénciataz novos relnamentas. (© vocsbultio continua a crescer& medida que o conto de letra tornase mais adulto. Ente os 16 € 0518 anos, ojovem mésto conhece aproximadamente 80 mil palaras (Owens, 1996). Com ativento do pensamento abstrato, os adolescents podem defini ediscui absteagdes como amor, jstigae Werdade, Pasar a sat com mais frequénca termos como entretant, caso contri, de qualquer maneira, portato, na verdadee provavelmente para expres relaionamentosldgeos les tornam se mats conscientes das palavras como simbolos que podem ter mils significado, € tem prazer em usar tones, trocadihos emetéforas (Owens, 1996) Os adolescentes também se tomam mais hablidosos em assumir uma perspectiv social, aca acide de adaptar sua conversa 2o nivel de conhecimento e ao ponto de vista da outta pessoa, Essa capacidade ¢essencial para a persuaso e mesmo para conversa educa, linguista canadense Marcel Danes 1994) argumenta que a fala do adolescent constitul um dialeto proprio: o puberés, *odialet soil da puberdade” (p97). Como qualquer outtoe6digo ln sufstic, o puberts serve para fortalcer a identdade do grupo e para afastaros de fra (os adultes). © ‘Yocabulirioadolescente¢ caactrizado por réida mudanca, Embora alguns de seus termos tenham ena para odiscuso normal, os adolescents contnuam inventando novaspalavase significado o tempo too O vocabuléro pode ciferir por gner, etl, idade, repo geogréfca vizinhanca e tipo de escola (tabov, 1992}, e varia de um grupo para outro. “Malucos”e “sarados” envolvemse em diferentes ‘hos de ativdades, que consttuem os principals assuntos de suas conversa. Ess converses, por sua vez, conslidam laos dentro do gripo. Um esto dos padrdes de fala dos adolscentes de Naples, [tilla, sugere que aspectos semethantes podem surgir “em qualquer cultura em que a adolescéncia consttua uma categoria social distin” (Danes, 1994, p. 123). Conscientes de sua plate, os adolescentes fem uma lingua diferente com seus pares do que com os adultos (Owens, 1996) A ghia adolescente€ parte process de desenvolvimento de uma identidae separada independente dos pals e do mundo adult, Ao ctiaresss expressbes, 0s jovens usam sua recém descoberta capacidade de brincar com as palavas “para defini os valores, gostos @ preferénclasnicos de sua geracdo" (Elkind, 1998, p. 29) RACIOCINIO MORAL: TEORIA DE KOHLBERG ‘A media que as criancas acancam niveis cognitivos mais alts, elas tomam-se capazes de raclocinios ‘mals complexos Sobre questdes moras. A tendéncia delas ao altruismo e & empatia também auenta Os adolescentes so mats capazes que as criancas mais novas de adotar 0 ponto de vista de outta pes 0a, de soluclonat problemas socials, de lidar com relacionamentos interpessoalse de verem:se como setes socials. Todas essas tendéncias promovem o desenvolvimento moral Examninemos a teoria inovadora do raciocinlo moral de Lawrence Kohlberg, o trabalho influente {e Carol Gilligan sobre desenvolvimento moral em mulheres e meninas,e a pesquisa sobre comport ‘mento présocial na adolescéncia, Odilemade Heinz Uma mulher com cincer estd préxima da morte. Um farmactutico descobriu lum medicamento que os médicos acreditam que pode salvéta. O farmactultico esté cobrando 2.000 dolares por uma pequena dose ~ 10 vezes o que o medicamento custa para ele fabricar. O marido da ‘mulher doente, Heinz, pete dinheiro emprestato a todos os conkecidos, mas consegue reunir apenas 1.000 dlares. Ele implora ao farmaceutico para lhe vender 0 medicamento por 1.000 délares ou det -xat que ele pague orestante mais tarde. O farmacéutica recusa,dlzendo, “Eu descobr o medicamento verificador vocé é capaz de... D Gitar doistiposimportantes demudancas nas capacidades de processamento de infor ‘macéo dos adolescentes, ede dar exemplos de cada um? tdenticarascaracerstias ‘dodesenvolvimento dain: ‘guage dosadolescentes que refletem avangos cognitivos? © Expicarouso do puberés? Quais s80 os critérios que os adolescentes usam para fazer julgamentos morai 6 INC

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