Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introduo
Fraqueza ou privilgio, a arte irredutvel linguagem e aos conceitos (Gilson, p. 298).
Desde os fins do sculo XIV, em Florena, reivindicam para a nova pintura nascida de Giotto o status social de uma
arte liberal comparvel, por seu poder de criao e sua imaginao audaciosa, poesia.
1: A imitao
O platonismo condena a arte porque esta repousa na aparncia sensvel, na iluso e no erro, na imitao de uma Ideia.
1.1: A mimese
O arteso um bom imitador, na medida em que torna presente nos sentidos uma Ideia limitada.
A pintura uma certa maneira de produzir por imitao da Ideia, como a fabricao artesanal. Portanto, cumpre
distinguir a mimese, que prpria da imitao pictrica, da imitao artesanal.
Os artesos encarnam essa Ideia nos mltiplos objetos fabricados, e o pintor imita, por sua, a obra dos artesos; o pintor
est mais distanciado da cama, em sua verdade, do que o arteso. Portanto, o pintor imita o real, no como este , mas
como aparenta ser.
O poeta parece ter, com efeito, uma vasta competncia; ele canta maravilhosamente as belas canes, a coragem, a
nobreza do comando. Mas, tal como o pintor e o homem com o espelho, ele apenas produz simulacros de virtude.
Os quadros so como sonhos humanos para o uso de pessoas despertas; o quadro concebido como um simulacro de
um objeto fabricado pelo homem, ou como simulacro de um objeto natural criado por Deus.
O pintor, portanto, s poderia pintar aquilo que estivesse vendo? No poderia, o pintor, partir de uma Ideia?
Plato se recusa a admitir as conquistas do naturalismo, cuja verdade indissocivel da mentira que constitui sua
condio implcita; Plato condena, portanto, essa arte moderna cuja essncia a mimese, porque gera o sentimento do
real mas segundo um nico ponto de vista.