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Consideracées i gerais e estado-da-arte 1.1 Introducaéo Eeimeras conquistas tecnoldgicas ites, principalmente as relacionadas com apli- Eecoes relevantes em areas, tais como aerondutica, roespacial, petroquimica, na- al, bioengenharia, automobilistica, construgio civil, ¢ de artigos esportivos, entre is. Esta rangente, compreendendo desde os polimeros Butras, samente se t ram vidveis apés o advento dos compésitos estrutura ante ampla de materiais 6 ba orcad outros compésitos que incorporam mat com fib) s materials hibrid s metal/compésito € os concretos estrutu: metélica ou mi: riz. ceraimica. Por racteristica basica dos compésitos 6 combinar, a nivel macroscépico, pelo Bmenos, duas fases distintas denominadas de n i2.e reforco. Os compdsitos obtidos partir de reforgos continuos apresentam um excelente desempenho estrutural, con- erando-se a resisténcia e a rigidez especificas, Estes materi s silo muito resisten- Ea varios tipas de corrosao, se ¢ mparados &s ligas metilicas estruturais sfio bem Bis leves (por fatores superiores a até 4 vezes). No caso particular dos compésitos ono forcados com Fibras de ‘arbono (CRFC), estas atrativas caracteristicas 1994) mtém-se em temperaturas significativamente elevadas (Sava Embora a associacao do termo compésitos esteja ligada ds chamadas tecnologias e dispositivos oriundos desse material stio empregados em Smponentes utilizados em satélites; aeronaves e helicépteros; implantes ortopédi- B= ponta, nas quais pe Bs e odontolégicas biocompativeis; Je Formula 1; plataformas maritimas de leo; pontes; telescépios; instrumentos musicais; ¢ estruturas inteligentes em Compésitos estruturais: eténcia e tecnologia 2 — 9 geral, a origem desta importante classe de materiais remonta a incontaveis milhares madeiras, 08 o8s0s e os tecidos musculares sio exemplos fos naturals (Hull de anos, uma vez que notaveis em termos de eficién 1996). Nestes materiais também pode- te na forma filamentar, ¢ outra aglutinante (a matriz) transfiram esforgos mecfnicos entre si e trabalhem de forma integra a estrutural dos chamados comp distinguir uma fase de reforco, normalmen- a qual permite que os reforgos da, Em muitos casos, 6 possivel obter-se efeitos sinergisticos ao se combinar dife rentes materiais para criar compésitos, os quais, via de regra, apresentam proprieda- us constituintes possui isoladamente. Se reforgos remamente resistentes, rigidos ¢ leves ilizasse des especiais que nenhum individuais constituidos por filamentos fossem utilizados sem uma matriz. que os aglutinasse, protegesse ¢ os geometricamente, s6 poderiam ser empregados em componentes submetidos unica- teriais poliméricos, ceramicos ou mente a esforcos de traglo. Por outro lado, os m metilicos, tipicamente usados como m penho estrutural elevado em dois ou mais aspectos distintos. Ou seja, nao exibem entam rigidez , dese atriz, nao apresentam, isoladament sisténcia mecdnica e A corroséo, ou nao apr simultaneamente tenacidade a fratura aliada & baixa massa especifica. Intimeros tipos de compésitos sfo conhecidos por apresentarem altos indices de resistencia e rigidez por unidade 1s combinados de tragéo (ou com- de peso, mesmo quando so submetidos a e D em muitos casos (Hull, 1996; Levy, 1983). Uma diferentes tipos de matriz para a obtengao de um compésito ¢ ilustrada n silo), flexo e torcdo; elevado amortecimento estrutural; auséncia de corrosao metais; e boa tenacidade a fratura em muitos representago grdfica do conceito de se reforgar Figura 1.1 mbientes agressivos ao: idos a partir de matriz polimé: Se tomarmos como exemplo os compésitos ot 5 utilizadas a nivel comercial sao as rica, constatamos que as fibras de reforgo ma e carbono, fibra de vidro-E e fibras de aramida. Estas fibras conferem alta ponentes que as utilizam, Mais recentemente fibras de fibras rigidez ¢ resisténcia a cot polietileno de ultra-alta massa molecular ¢ fibras de co-poliésteres aromaticos (PBO) mponentes sujeitos a impacto. As matrizes poliméricas t@m sido utilizadas e1 (termorrigidas e termopl cm), so bem menos resistentes e rigidas que as fibras. Esta peculiaridade faz centem baixa massa especifica (~1g/ sticas), embora apr que as propriedades mecAnicas (tensdes de ruptura e constantes elisticas) do compésitos poliméricos utilizados em aplicacdes de engenharia sejam significativ (0 (@ngulo de direcionamento) das fibr mecnicas, como pelas fragdes volumétricas de seus cons- mente influenciadas tanto pela orienta em relagio as solicitagdes tituintes individuais, Tal dependéncia também ocorre nas propriedades higrotér rmica micas dos compésitos poliméricos, tais como condugao de calor, dilatacao e absorgao de umidade, entre outras (Gibson, 1994). Consig Bigara ll Representa Em decorréncia dos BB relacao aos materiais Beeesentam um grau de Ge etilicos aprese: BE brocess0s clissico Beets décadas. Por out Beat influenciadas por iat torna BB dificil e trabalhoso, g Bee do material compés Beeeiendo a um requisit Peseamente projetac Be para uma dada aplical Be Feauisitos de projeto) modelamen 12 Definicdes e Bem contexto bem amg Bee Entre os compésit Bend as diferentes clas Consideracdes gerais e estado-da-arte Matria } potimérica Mattie mmetélica Figura 1.1 kepresentac20 das comblnacdes possivels em Compésitos com matriz Cert mica, Metalica ¢ Polimérica Em decorréncia do exposto anteriormente, pode-se verificar que os compésitos, em relacdo aos materiais estruturais isotrépicos tradicionais (materiais metélicos apresentam um grau de complexidade inerente significativamente maior. Os materi ais metalicos apresentam propriedades bem definidas, repetitivas e previsiveis a partir de processos clissicos de fabricagao ja consolidados tecnologicamente ao longo de muitas décadas. Por outro lado, as propriedades dos compésitos sao significativa- mente influenciadas por um muimero de fatores e varidveis. Mas, se por um lado este fato toma o modelamento matemético do comportamento mecénico dos compésitos imuiis dificil ¢ trabalhoso, por outro pode possibilitar a liberdade de ajustar a manufa- tura do material compésito dotando-o de propriedades adequadas & necessidade, atendendo a um requisito especifico de projeto. Dessa forma, 0 compésito pode ser efetivamente projetado simultaneamente ao componente estrutural de que se neces- sita para uma dada aplicagio, dotando-o de propriedades tinicas, de forma a atender aos requisitos de projeto especificos exigidos. 1.2 Definicées e classificacao Em um contexto bem amplo, os compésitos podem ser divididos em naturais e sinté: ticos. Entre os compasitos sintéticos, que so 0 objeto principal deste livro, e consi- derando as diferentes classes relacionadas com a 1S opgoes de matriz, pode-se Compésttos estruturais:ciéncia e tecnologia enumerar uma série de outras classificagdes decorrentes dos tipos e arranjos dos reforcos existentes, conforme mostra esquematicamente o diagrama da Figura 1.2. umano tan no diagrama e pela Figura 1.2 que os reforcos em um compésito podem consistir-se de Os compésitos associados ao corpo ém so mostrad Obser fibras ou particulas. Caso o reforco seja na forma de fibras, pode-se dispé-Ias em feixes paralelos entre si, de modo a formar e orient multicamadas ou na forma de camadas isoladas ou com reforco multidirectional tém co tituem em um salto tecnolégico no sentido de se obter estruturas macigas de de i 0 reforgo em multidiregoes, minas. Os compésitos obtidos no ponto de partida as preformas téxteis e se grande volume e com propriedades ajustadas a aplicagio a que Compésitos CCompésitos reforgados com fibras Compésites reforgak Orientadas Mulla Gamada rica Muiticamadas (ore) Fibras curtas I | Unigiecional Aleatérias Orentadas | 1D Figura 1.2 Proposta de classificacao hierdrquica de compésitos sintéticos ¢ naturals. (Os compésitos com camadi Jadas podem ser subdivididos em compésitos com fibras continuas ou fibras curtas, J4 os compésitos multicamadas podem ser sub: divididos em: (i) compésitos laminados, onde um tinico tipo de fibra é utilizado na manufatura do compésito, mas que podem apresentar orientagGes definidas ¢ distintas tre as laminas; e (ii) 0s compésitos hibr jos, onde dois ou mais tipos de fibras de reforgo sio utilizados, ou o compésito é constitufdo de laminas metélicas intercaladas com laminas de compésito, Consideragdes gerais ¢ estado-da-arte Os compésitos obtidos com fibras continuas podem apresentar reforco unidire [Eeeal ou reforco bidirecional (tecidos). Nestes casos, 0 material é moldado de forma = em cada camada do compésito, a fase de reforgo é continua e dotada de uma Pttiacio preferencial. Casos particulares de laminas compésitas sao ilustrados esque. Beteamente na Figura 13. y (b) © (Reara 1.3 Laminas com reforco tipo: (a) unldirecional; (b) tecido bidirecional balanceado; (@ fibras picadas; e (d) manta continua, submetida a esforcos de tracao uniaxial Jongitudinas, Se considerarmos que os compésitos esquematizados na Figura 1.3 idos a partir de uma mesma matriz e de um tipo especifico de fibra, com ficas fragdes volumétricas nos quatro casos, e submetidos a esforcos de tragao udincis, podemos ilustrar suas diferengas em relagao & eficiéncia de com- Beetemento mecanico, Os compdsitos obtidos a partir de laminas reforcadas com fibras unidirecionais bidirecionais (Figuras 1.3a e 1.3b, respectivamente), tendem a ser muito icientes estruturalmente em relagao aos compésitos obtidos com fibras pica- Mantas continuas (Figuras 1.3c e 1.3d). No caso 1.3a, a resisténcia mecanica e Etec teriam maiores valores na direcdo longitudinal, em relacao ao caso 1.3) as resultados de resisténcia mecdnica e rigidez apresentariam valores interme- es Nos casos 1.3¢ © 1.3d, os valores de resistencia mecanica e rigidez seriam 1e nas situag6es anteriores. Entretanto, tal fato s6 se verifica para esforgos longitudinais. Se os esforgos fossem aplicados transversalmente, o mi Ssempenho ocorreria na situacao 1.3b, e os piores desempenhos, nos casos. 2c e 1.3d. Estas tendéncias indicam que a orientagao das fibras em relagio Compésitas estruturais: ciéncia e tecnologia esforgos aplicados, considerando-se o fato de serem continuas ou nao, influenci: ‘am significativamente nas propriedades mecdnicas dos compésitos. Desta forma, ar- ranjos distintos e combinagGes de fibras conferem aos compésitos diferentes caracte- risticas e propriedades. Outro fator determinante no desempenho de um compésito frente aos mais diversos tipos de solicitacées sfo as fragdes volumétricas de fibras (V;), matriz (V,,) (W,). Bs rimetros stio usados para quantificar os volumes percentuais de cada componente (fibras, matriz e vazios, respectivamente), em relagao ao volt me total de um compésito. Os valores de Ve V,,, em qualquer tipo de compésito, sio adotado, e, dentro de certos limites, po- determinados pelo processo de fabricaga dem ser controlados. Pode-se obter compésitos com valores de V,de até 70%/volum (Mathews e Rawlings, 1994). Deseja-s compésitos poliméricos, sejam menores que 1%/volume, pois os vazios sao prejudici- que 08 valores de V,, particularmente em ais ao desempenho mecanico dos compésitos, principalmente quando a resisténcia & fadiga 6 um requisito importante do projeto estrutural. Outra caracteristica marcante dos compésitos ¢ sua versatilidade quanto 20 argo espectro de propriedades fisicas, quimicas e mecénicas que podem ser obti is varias opgOes de refor infinito da das, pela combinagiio de diferentes tipos de matriz e p cos. O limite de combinagées para a obtengao de um compésito tende a imaginagao. 1.3 Caracteristicas principais dos materiais reforcados com fibras s diferentes tipos de compésitos apresentam caracteristicas bem diversas entre si € 08 seus usos, em diferentes aplicacdes, dependem de fatores, tais como desempe- nho ¢: rratural, prego ¢ disponibilidade das matérias-primas, e cadéncia do processo de fabricacdo, entre outros parametros, Atualmente, o desempenho estrutural dos compésitos sintéticos, em muitos aspectos, ainda supera o dos compésitos nat ais, Enitretanto, com a crescente necessidade de se resguardar o meio ambiente das int ‘as agressoes oriundas dos processos industriais, bem como minimizar a depen: déncia de recursos nao-renovavels como o petréleo, e assim efetivamente promover 0 desenvolvimento sustentavel, o uso de matérias-primas de origem vegetal, e portan- nos. Até ento, com raras excegoes, a m crescendo nos tiltimos to renovaveis, produgio de materiais sintéticos tem causado problemas ambientais, e 0 seu uso em jommpésitos, prineipalmente no que concerne as matrizes termorrigidas, tem contri buido para a geragao de um lixo que apresenta dificuldades de reciclagem. Por outr Bowel: Consideragdes gerais e estado-da-arte Fado, € notavel que materiais, tais como os ossos, os dentes, 0 bamibu ¢ varias espé- ies cle madeira, também apresentam cesemperhos mecinicos excepcionais em al uns aspectos, incluindo elevados indices de resistencia ¢ rigider especificos, e me- Tecem ser melhor estudados. Tais estudos, além de representarem uma esperanca Felativamente & solugio dos problemas ambientais existentes © a de escassez de Matérias-primas, podem contribuir com o proprio aperfeigoamento dos compésitos Sintéticos atualmente cxistentes. Em virtude de o espectro de aplicagies dos compésitos ser signiticativamente Amplo, os requisitos de desempenho estrutural e baixo custo, aiados & cadéncia de Producto, apresentam diferentes graus de importéncia nos distintos segmentos in Gustriais. Nas aplicagdes aeronduticas, aeroespaciais ¢ biomédicas o desempenho Sstrutural dos comporentes manufaturados em compésitos € de vital importancia, a0 Basso que os fatores econémicos envolvidos em sua utilizagao tém menor relevanecia Na industria automobilistica na construgao civil, por outro lado, esta situagao ten e a se inverter, ou seja, 0 baixo custo passa a ser um parimetro preponderante, Ponforme ifustrado na Figura 1.4. [construgio cit] [narnia aie Biomédica | Desempento estrutural | Figura 1.4 importancia relativa das necessidades de balxo custo e desempenho estrutural em componentes compésitos utilizados em d Industria Compésitos estruturais: ciéncia e tecr nte, a cadéncia de producao nos setores aeronsutico e aeroespa- Adicionalm ial € relativamente lenta, e permite o emprego de polimeros termorrigidos, a0 que na indtistria automobilistica e na construgéo civil normalmente sao neces: ura 1.5, Neste aspec icas ten- ssim, component arios (0 répidos e de alto volume, como mostra a Fi ciclos de produga to, os componentes manufaturados em compésitos pa aplicagées biome om a necessitar de uma cadéneia de produgao intermedidria, A para uso biomédic mntolégico, deve apresentar requisitos, como prego, taxa de product diferentes dos de uma viga de concreto estrutural reforgado com fibras de carbono para uso em construgo civil, por exemplo (Dean et al., 1998). como por exemplo pinos para implante o¢ 10 e desemperiho estrutural, ber Desempenho Estrutural | 7Biomedica Baixo Custo Construcéo Ci Custos, taxas de producdo e desempenhos estruturais relativos de componen biomécic tes obtides em compésitos empregacios na construgdo civil e na Muito embora as caracteristicas dos compositos possam variar significativament em fungio do tipo de aplicagao a que se destinam, muitos aspectos relevantes sai comuns a intimeros tipos de compésito. As relaghes entre ten particular, apresentam certas peculiaridades que sAo tipicas desta classe de materiais deformagies, er 1m materia isotrépicos, a aplicagio exclusiva de tensdes normals (6) s6 pr duz deformagies normais (€), € a aplicagio de tenstes de cisalhamento puro (1) s lares (). Assim, se um determinado elemento de volum provoca distorgoes metilico, como representado na Figura 1.6a for submetido a tragio longitudin Gdiregio X), os comprimentos de suas arestas vao se modificar, conforme n neamente, mente, a na Figura feeroespa- E20 passo edicas ten- mponentes fo, devem ural, bem i carbono componen B biomédica. Btivamente wantes hacoes, em (6) 56 pro: puro (1) si de volume pneitudinal je mostra a Consideragdes gerais ¢ estado-da-arte 9 Figura 1.6b; e, caso este fosse solicitado por tensdes de cisalhamento puro, os angu- los inicialmente ortogonais de seus vértices (contidos no plano X,Y) sofreriam distorcdes angulares. Entretanto, ao se tracionar um compésito, podem também sur- gir, simultaneamente, além das deformagies normais (¢), distorgdes angulares (7) tensdes de cisalhamento puro atuem neste tipo de material, podem ocorrer, eoncomitantemente, tanto distorgdes angulares como deformagdes normais, confor me se mostra na Figura 1.64. (@) Bloco de material (b) Vista lateral ap6s tragio isotropic re de tensoes simples (4) Compésito, vista lateral apés tragao simples Comparacao entre 0 comportamento mecanico de materials isotropicos, (a), (b) © (, © compésitos, @), submetidos a tensdes puras normais (0) ou de cisalha mento (2). 0 bloco compésito (d) & reforcado com fibras inclinadas em relagao Este fenémeno, peculiar aos compésitos que possuem fibras inclinadas em elacao as solicitagdes mecanicas, 6 devido a um acoplamento entre extensio ¢ SSalhamento (Levy Neto, 1991). Assim, os efeitos tipicos que as tensdes normals > cisalhamento via de regra produzem nos materiais isotrépicos, quando aplicadas Eeparadamente, isto é, ¢ isoladamente ou somente t, podem se superpor em certos Bios de compésitos, tomando sua anélise mais complexa Compésitas estruturais: ciéncia ¢ tecnologia 10 - Além do acoplamento tipo extenso/cisalhamento, em compésitos podem ocor rer outros tipos de acoplamentos, tais como (i) entre flexio e torcao; (ii) entre esto {gos de membrana e curvaturas de flexiio e torcio; e (iii) entre momentos fletores torgores e deformagées no plano médio de laminados. Os acoplamentos descritos 1 itens (ii) e Gili) sao inerentes aos compésitos de espessura delgada (placas) que né possuem um plano médio de simetria 1.4 Matérias-primas basicas ‘Tradicionalmente, o3 compésitos sintéticos tém se utilizado extensivamente das bras de vidro, fibras de carbono e fibras de aramida como reforgos, e dos polime termorrigidos (epéxi, poliéster, enslica, etc.) como matriz. As matrizes termoplistic ainda tém emprego restrito em compésitos, mas teriam a grande vantagem de pod rem ser recicladas. O setor industrial, nas ltimas décadas, investiu significativ: ‘mente em equipamentos de processo para utilizagao de matrizes predominantem te termorrigidas. Mais recentemente, muitos esforgos tém sido concentrados em pe quisas no sentido de se utilizar mais intensamente as matrizes termoplasti (poli-éter-éter-cetona, poliimidas, etc.), metalicas (aluminio, magnésio, titanio, et e cerdmicas (carbeto de silicio, mulita, ete.) e 0 concreto. As aplicagdes comerc destes compésitos, entretanta, ainda nao sio significativas. No ambito dos reforgos, as fibras de vidro-E apresentam Médulo de Elés' (B) de ~72 GPa, valor este proximo ao das ligas de aluminio estruturais. As fibras aramida (poliamida aromiatica, p. ex. o Kevlar 49° da Du Pont) tém Médulo Blas’ de ~130 GPa, sendo um pouco mais rigidas que 0 titdnio; e as fibras de carbono alta resisténcia, por exemplo, tém Médulo Eléstico maior que 230 GPa, sendo m rigidas que os agos em geral. As fibras de carbono so o tinico tipo de reforgo 4 dependendo da temperatura de tratamento térmico (500-2.500°C), podem apres tar um largo espectro de resisténcia & tragio e Médulo Eléstico. Adicionalme: estas fibras de reforco utilizadas em compésitos sto muito leves e apresentam mas especilicas proximas de: 2,5 g/cm? (vidro-E); 1,4 gem (aramida); ¢ 1,75 g/cm? ( bono). Fibras de carbono de ultima geracao obtidas a partir de piche mesofi: podem apresentar rigidez. superior ao aco por fatores de até 2 a 4 vezes, mas ai apresentam custo elevado. As fibras de reforgo sto comercializadas a um custo se situa entre US$10/kg e US$100/Kg, Dentre as matrizes termorrigidas, as resinas ep6xi tém maior custo, mas ay sentam propriedades mecAnicas e resisténcias ao calor e umidade ligeiramente s riores em relagiio &s resinas poliéster, e ambas sao de facil processamento. As r fendlicas tém baixo custo (-US$2/kg), mas seu processamento € mais trabalhoso, fre esfor i fletores e tos nos (Gees) que nio Sete das fi- polimeros fsticas de Elistico As fibras de =m apresen- malmente, fam massas 5 vem? (car Bete mesofisico uusto que mas apre iesamente supe- Bio. As resinas alhoso, pois Consideracdes gerals e estado-da-arte 1 Seorre grande eliminagio de voléteis durante consolidagio, mas nem por isso sto ienos importantes porque sdo utilizadas em estruturas que necessitam de alta resis FEncia ao calor ou mesmo como matrizes precursoras de compésitos Carbono Refor- sedo com Fibras de Carbono. A grande restrigo dos polimeros, sejam eles termo- plisticos ou termorrigidos, é a limitagao na temperatura por eles suportada em servi- (100 2300°C),e a baixa tenacidade a fratura (0,1-5 kim), que é significativamente Taferior aos agos em geral (> 50 ki/im?). Muitas das pesquisas atuais tém sido @irecionadas no sentido de utilizagao de matrizes metélicas e cerfmicas, para au- mento da temperatura de uso em servigo, € no sentido de utilizagéo de preformas imultidirecionais para aumento de tenacidade. 1.5 Aplicacées tecnolégicas © uso de compésitos em estruturas, e principalmente os reforgados com carbono, fem permitido uma significativa redugio no peso destas, bem como contribuido para melhorar as resisténcias & corrosio e a fadiga de uma infinidade de componentes de Seronaves de tiltima geragao, plataformas maritimas de petréleo, satélites, submari- ios, foguetes, veiculos automotores, trens de alta velocidade, de artigos esportivos omo as raquetes de ténis e tacos de golfe, e de implantes ortopédicos, entre outras Aplicagdes. Devido & multitude de variagdes possiveis na orientagao das fibras em Felacio as diregdes de solicitagao mecanica, o célcvlo estrutural e 0 projeto de coni- ;Ponentes manufaturados em compésitos tornam-se mais complexos, conforme deta- Thacio no Capitulo 9. Entretanto, o célculo de estruturas onde sao empregados outros fipos de materiais de engenharia, e principalmente os materiais isotr6picos, sio ca. S0s particulares simplificados da teoria macro e micromecanica de compésitos. Os objetivos principais do presente texto se prendem a: (1) discorrer sobre as Matrizes utilizadas na manufatura de compésitos; (ii) abordar os tipos de fibras uti Bzadas como materiais reforgantes ¢, (lil) 08 tipos ¢ caracteristicas de reforgos na forma de tecidos e preformas, (iv) discorrer sobre os principais processos de fabric’ 60 utilizados na producio de componentes em compésitos ¢ suas caracterfstic Basicas; (¥) abordar a interagdo fibra de reforco/matriz na forma de sua interface, Gi) abordar o comportamento eléstico dos materiais, como uma introdugio as (vii) feorias de micro e macromecanica, para o célculo e projeto de estruturas em eompositos. 1.6 Referéncias GHAWLA, KK. Composite materials: science and engineering. London: Springer- Verlag, 1987. 504p. io Compésitos estruturais:ciéncia e tecnologia GIBSON, RF. Principles of composite materials mechanics. New York: McGraw Hill, 1994. 425p. HULL, D.; CLYNE, TW. An introduction to composite materials. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1996. 326p. fechanics of composite materials, Washington, D.C.: Scripta Book MALLICK, PK. NEWMAN, 8, Composite materials technology: process and proper- ties, Munich; Hanser Publishers, 1990. 400p. TSAI, S.W. Composite design. Think composites, Dayton-USA, 1987, Graw Hill proper- Matrizes para compositos E 2.1 Matri 211 Matrizes termorrigidas 2il.1 Resina poliéster ZS poliméricas BS resinas de poliéster so uma familia de polimeros formados da reacao de dcidos Beeinicos dicarboxilicos e glicsis, que, quando reagidos, dao origem a moléculas de SPeeia longas lineares. Se um ou ambos constituintes principais sao insaturados, ou Bes, contém uma ligagio dupla reativa entre étomos de carbono, a resina resultante P msaturada. A reagao de sintese da resina poliéster é uma reagao de polimerizaciig Ber concensacdo em etapas, ou seja, a reagdo de um dlcool (base organica) com um. [SXo, resultando em uma reagdo de esterificacio, formando um éster e Agua, confor Be mostra a Figura 21 OH + HO-R, g* RC Faeura 2.1 Representacdo esquemitica da sintese de um éster insaturado, O grupo funcional [-CO0-] 6 0 grupo éster. A reagdo é reversivel e na prati Pailibrio ¢ deslocado na direcdo da esterificacao com eliminagao de 4gua do me Fier. Se a reacio se processar com um bidleool e um bidcido o produto resultante Setiaré com diversos grupos éster, dando origem a um poliéster, conforme mostra elecula da Figura 2.2, cujas unid des sio unidas entre si por ligagdes *éster Compésitas estruturais: iéncia e tecnologia 7 14 —on Figura 2.2 Representacdo esquemética de uma molécula de polléster insaturado. mecidas ao moldador na forma de um liquido viscos ivel (termorrigido) por meio de uma reacai As resinas de poliéster sao f e se transforma em um s6lido rigido infus ‘quimica exotérmica de polimerizagio ou cura. Entretanto, a cura de resinas de poliéste se processaria muito lentamente, porque as moléculas que a constituera tém pequen mobilidade, Conseqitentemente, a probabilidade de que duas insaturagées se aprox: mem o suficiente para dar origem as interligacdes intermoleculares € muito pequen Bsse problema é resolvido pela adic2o @ resina de poliéster de unidades monomé de baixa massa molar, fazendo com que a probabilidade de que as nterligagbe naior. No inicio da re insaturade intermoleculares ocorram seja consideravelmente Juplas ligaghes (insaturagées) sejam rompidas para que as interligagdes oco blema pode ser resolvido pelo aquecimento da resina, pela aplicagao 4 ou pela adigao de catalisadores e aceleradores de reagio. ( ‘am as insaturagoes no poliéster ou no rio que radiagbes eletrom radicais livres do catalisador at baixa massa molar, estiteno por exemnplo, para iniciar a reagao de polimerizag cadeia, a qual dé origem a um copolimero estireno-poliéster, formando assim uma req monémeros 4 tridimensional termorrigida, conforme mostra a Figura 2.3. | Radical ura Re L | fe ° A a srore> | f dou-cxbocct.c > 1b cH cH--0-CHI 1=CHLOCCH, RO. LC -cH-oH a Poléster Iniciador or ia ve | 1 ucutorcr,0-* @-cH= 0H, W cucu tho. f | { bgricrboccey.o}* OCH=0 Ee-on-6-0-(0H1)-0 bn 14,0R | — — unas eruzadas poliéster insaturado. Matrizes para compésitos Bquido viscoso Gees de uma reacio Bers de poliéster mem tém pequena bes se aproxi- = & muito pequena Bases monoméricas See ainterligacdes fees pels aplicacio de Bideres de reacio. Os mondmeros de Jimerizacio em sie assim uma rede radas cura de resinas de 15 adeia, nfo hé forn Como € uma reagao de adigao em acao de produtos adicio- Bais. Para cura a temperatura ambiente, o catalisador mais utilizado ¢ 0 per6xido Be metil-eti-cetona (MEKP), utilizado juntamente com os aceleradores naftenato Be cobalto (CoNap), ou dimetilanilina (DMA), na proporgio de 0 a 0,5% em mas D persxido de MEKP 6, na realidade, uma mistura de peréxidos, conforme mi PFigura 2.4, que possibilita variara reatividade do produto modificando as proporcdes Be cada componente. As resinas de Beclerador de tal forma que 0 sistema reativo seja obtid stra oliéster insaturado so comercializadas com pela mistura pré-acelera ador, e catalisador [ede de reagio e, portanto, o tempo de gel e a temperatura maxima atingida du. $5 com o catalisador. A quantidade de acele ontrola a veloci Fantc a reacdo. Na pratica, sistemas de cura A temperatura ambiente nao atingem [era total, sendo necessério efetuar uma pés-cura, a uma determinada temperatu- E> cum determinado tempo para completar a reagio, Ne 4 | ‘ | \ \ | | uc’ ‘o-oH 10-07 “uC | He, on | 2 no’ So. OH HO 00, HO 0-0, X y | yr p J He ‘OH HO’ ne oa LC, | Figura 2.4 srucuras molecuares de pevixidos componentes do caalsador de metiet Os grificos da Figura 2.5 mostram exemplos tipicos do efeito de quantidades > catalisador e acelerador no tempo de gel de resinas éster-vinilicas. Ocorre uma Feducao no tempo de gel, a medida que uma maior quantidade de acelerador ou Eetalisador ¢ adicionada & formulagao. A quantidades tipica de catalisador MEKP ilizada se limita a no maximo 2% em peso, e os tempos de gel sao usualmente EBeriores a 1 hora. O uso de aceleradores, dimetilanilina ou naftenato de cobalto, se lade inferiores a 0,5% em peso, em relagao ao total de resina nte Sstringem a quanti @illizada para evitar exotermia de reacio, As resinas formuladas para cura ambi [> ligeiramente instaveis e inibidores do processo de cura, em quantidades menores Compésitos estruturaisciénia e tecnologia _ 16 —— que 100 ppm, devem ser adicionados para prolongar 0 temo de vida durante estoca gem em termperatura ambiente. See Resina 411 10] 45% estren Breasted ag cot 7 ok Resneatt a0 feecectecal | ze ftenato de 4 = | £ K cate } =" 7 3 aaa [tore Mex 2 40 Qu 1 EKA. oe] [pence IN sis exe | al ~~ "2.0% el | 2,0% MEKP | [eco ee) gh oar 2 03 040s o 87 82 3 04 08 Naftenato de cobalt | sss Figura 2.5 Tempo de gel Quimica: (a) em funcdo da porcer tetikcetona (MEKP), fo) em funcae etilcetona T para uma formulaglo tpiea de resina éster vin DER 471-00 ragem de dimetilanilina e catalisador met fie naftenato de cobalto € catalisador met a quente, sao utilizados catalisadores sent 1 Para moldagem sob prensagem rlativamente long ‘a mistura 6 estavel por um tempo meio de um acréscimo de te sxovérmal duraga lizagio de aceleradores, © paixas temperaturas, Uma vez iniciada a reagio, por peratura, a mistura tem um tempo de gel, pois areagao de polimerizagiio 6 ada tém usualmente pouco tempo 4 Curas realizadas & temperatura eleva glicéis dispontveis, ha possibilid rretanto, fatores, €01 Como hé um grande muimero de dcidos € de se obter um grande numero de variagdes de resinas. Ent + de matéria-prima e facilidade de processamento, reduzem es5¢ nme Por outro lado, se fossem empregados apenas bidcidos insaturados na fabricai ‘oliéster, 0 espagamento entre as duplas ligagor vial frdgil e quebradigo. Sendo assim, € neces 0 bidcidos saturados cust s seria curto, res io que a de resinas de p tando em um mate Jésica do poliéster tenha em sua composica cadeia. Quanto maior a quantidade e quanto maic a resina de poliéster apés poli dos saturados mulagao bi atuam como extensores de proporcao de dcido saturad rizada, e menor encolhimento io, mais tenaz seré cura sera observado. Os acid = DER 411-Dow isador met alisador meti dores sem uti mnte longo a mo de tem- €exotérmica de duracio. possibilidade tores, como a fabricagio eurto, resul- aturados que Ester apés polime- aturados mais Matrizes para compositos Btados na sintese de resinas de poliéster sao 0 Acido ortoftélico (na forma de Betdrido) e seu isdmero, dcido isoftali cuja representagao molecular mostra- Be na Figura 2.6. Figura 2.6 estrutura molecular do ani do Malic (@) e do aeldo isoftaico 1), As resinas de poliéster ortoftalicas silo, em relagio as resinas isoftalicas, mais Heiss, tém tempo de gelificacao mais longo, tém menor resisténcia quimica, apre Sestan resisténcia ao impacto e a traglo menores e svio menos viscosas, Os Acidos insaturados mais utilizados na sintese de resinas de poliéster sfio 0 Redo maléico e seu isdmero, dcido maléico, conforme mostra a Figura 2.7. O fcido faleico € utilizado na forma anidra (anidrido maléico). A poliesterificagao em pre- Seaca de proprileno glicol faz com que o anidrido maléico se transforme em se Eamero, Acido tumarico, | ‘on | | ados na sintese de resinas poliéster (@) anidrido maléico, () acico maléico, (e) &ido fumario. Figura 2.7 Estruturas moleculares de anidridos util Acidos clorados sao também utilizados quando é neces G2 A chama e obter resinas auto-extinguive Baidrido tetracloro-ftélico e 0 Acido Piswra 2.8. 0 uso de resinas clorada: rio conferir resistén- Exemplos para esta aplicagao so o loréndico (écido HET), conforme mostra a como retardantes de chama tem sido descon- tudo, devido a estas produzirem vapores t6xicos durante a queima, Compésitos estruturais: ciéncia e tecnologia __ | a Lo Figura 2.8 Fstruturas moleculares do anidrido tetraloro‘ lic (a) fkdo hexacloréndtico (). de resina de poliéster afeta a maior Aescolha de um glicol adequado para a sintes tonacidade e as propriedades fisico-quimicas do polimero curado, Os slicéis de comprimento de cadeia molecular podem dar origem a poliésteres com mal tenaci dade. Entre 0s glicsis, o etileno glieal ¢ 0 propileno glicol se os mais utilizados, embora o etileno glicol apresente a tendéncia & cristalizacao por ser uma molécula 2.9. 0 propileno glicol, por sua vez, possui a cadeia jéster com maior resistén- simétrica, como mostra a Figura mais ramificada favorecendo a obtencio de resinas de poli acto, O repentil glicol dé origem a resinas de poliéster com boa resisténch cia ao imp a intempéries. ) HOCH OH —¢—c—01t i otf HCH, OH . Figura 2.9 Representagio molecular poliéster: (a) etileno glico, Ge glicdis mals utllizados na sintese de resinas 4 {B) propileno glicol, (¢) neo-pentil ghical. sm podem ser sintetizadas por meio ¢ ‘As resinas de poliéster insaturado tamibés falmente dcido metacrtlico, e ‘uma reagio de um Acido carboxilico insaturado, usu digicidil éter do bisfenol A (DGEBA). Estas resinas diferem de poliésteres insaturado ‘convencionais pelo fato de apresentarem somente uma insaturagso terminal, grupo hhiroxsicos pendentes, ¢ pela ausénecla de grupos terminals carboxitens & hideoxico sendo portanto menos susceptiveis de ataque quimico. A estrutura quite! tipiea de se tipo de resina, denominada de éster vinfica, ¢ representada ma Figura 2.10, doréndlico () Bester afeta a de maior maior tenaci Bes utilizados, ema molécula Eeaior resisten- resisténcia de resinas de wr meio de Beetacrilico, ¢ do insaturados Seminal, grupos hdroxilicos, compésitos e or oi = —!-0 enbi--cr-o-(O)-+O)-0 of 1-bi1~c1t-0- CH. L CH, Psura 2.10 Estrutura molecular de uma resina éster vinilica As resinas de poliéster insaturado tém resisténcia & tragao na faixa de 40 a 90 MPa, Fiédulo de elasticidade em tracao na faixa de 2 a 4,5 GPa, e deformacao de ruptura Be 3.5%. A resisténcia a compressao situa-se na faixa de 90 a 250 MPa. 21.1.2 Resinas epoxi As resinas epéxi silo termorrigidos de alto desempenho que contém pelo menos dois rupos epdxi terminais, conhecidos também como grupos oxirano ou etoxilina, por Molécula, Estas resinas sio matérias-primas em varios setores industriais, como a Beis cletroctetcnies, de embalagem, construgdo civil e transporte (Lee, 1967) As aplicagées de maior vulto incluem recobrimentos protetivos, adesivos, equipa: Mentos para indiistria quimica, compésitos estruturais, laminados elétricos e lncapsulados eletrénicos. Os maiores produtores mundiais de resinas epéxi atual- mente silo a Shell, a Dow Quimica e a Huntsman e respondem por aproximadamente 70% da producio mundi As resinas ep6xi mais utilizadas tém como base o diglicidil éter do bisfenol A (OGEBA), cuja estrutura basica é mostrada na Figura 2.11, e é sintetiza tir de Juma reagio entre a epicloidrina e o bisfenol-A (Bllis, 1993). ou Q r i \ —(O)-ocntcn Lo (O)-ocnd cu O-;-©) | Figura 2.11 rstrutura quimica de uma resina epéxi diglicidil éter do bisfenol-A (DGEBA), Arelacdo molar epiclorohidrina/bisfenol A pode variar de 10:1 até 1,2:1, produ- Zindo desde resinas liquidas até resinas sélidas na forma de oligémeros ou pré- olimeros. A estrutura consiste de grupos epéxi terminais ¢ uma unidade de repeti- S20 no meio. Como as unidades de repeti¢ao (n), que podem ser incorporadas & Molécula, variam, influenciam nas propriedades da resina, Compésitos estruturais:ciéncia e tecnologia 20 A Tabela 2.1 mostra uma comparagiio de propriedades e as variagdes na visco sidade que podem ser obtidas pela variagao do valor de 'n' de resinas epéxi, junta mente com as designacées comerciais atribuidas pelos principais fabricantes, Shell Chem, Co., Dow Chemical Co. ¢ Huntsman Intl ‘Tabela 2.1 Caracteristicas de resinas epoxi do tipo diglicidil éter do bisfenol A (DGBA) fh Pesoequivalente Viscosidadeou Shell Dow Hunesman médio em epéxi(EEW) pontodefusio (Epon) (eR) (Araldite) a 170-178 46 Pas 325 332 6004 0.07 180-190 70 Pas 6 330 6006 0.14 190-200 10-16 Pas 228 331 6010 230 450-550 e580" i091 6 6065 4.80 850-1000 95-105%C 004 664 6084 As resinas epéxi comerciais do tipo DGEBA sao na realidade misturas de oligomeros, ¢ as unidades de repeticao (1) podem variar de 0 a 25, podendo ser obtidas resinas liquidas de baixa viscosidade (O1). Andlises de jografia liquida de alto desempenho (HPLC) mostram que para uma resina ep6xi com massa molar aproximada de 300, as fragdes de oligomero correspondentes aos componentes com unidade de repetigao de n = 0, n = 1 e n = 2 representam cerca di 83.2%, 10% e 19 do peso molecular total respectivamente, para um valor médio de n 0,15 (Bauer ~ 1989) Resinas epéxi podem também ser obtidas com caracteristicas multif como por exemplo, as resinas glicidil éter de novolaca, glicidil de aminas trifuncionais ou tetrafuncionais, conforme mostram as Figuras 2.12 a 2.14. Estas resinas apresentam. alta viscosidade & temperatura ambiente (n>50 Pas), e permitem obter materiais com maior grau de reticulagio em relagdo a resinas do tipo DGEBA, fazendo com que te ham melhor desempenho a altas temperaturas. Estas resinas so utilizadas, na maioria, dos casos, para manufatura de pré-impregnados para indtistria aerondutica e espacial LD o-H.c—cn, [4 Triglcidll wrist bela 22 mostra w ss nas Figuras permite que pré ilidade a super jpriedades de Matrizes para compésitos na visco- xi, junta ates, Shell D JN \ q H,C—CH—H,c, A (DGRA) Hunisman (Arsidite) 6004 6010 6065 6084 misturas do ser obtidas Anilises de Sees ama resina cpoxi spandentes 20s tam cerca de édio de r ° 0 Me Figura 2.14 rriglicait wisthidrosifentty metano (THM ss multifuncionais, fi setinas trifuncionais nas apresentam nateriais com, pm que te ss, na maioria A Tabela 2.2 mostra pi Bo mostradas nas Figur Se ambiente permite que pré-impregnad © conformabitida: edades de resinas epéxi, cujas estruturas quimicas 2.12 a 2.14, A alta viscosidade destas resinas & temperatu- s destes polimeros tenham boa adesibilidade superficies complexas quando da moldagem e espacial Fabela 2.2 Propriedaces de resinas epdx multifuncionals, REPN, TEMDA ¢ TTHM, cujas estruturas moleculares so mostradas nas Figuras 2.12 a 2.14 REPN ToMDA Hm Peo cquvaterne em epéxi(EEW) ur 25 162 Miscosdade Pas) Sorc 35 20 = Vacosidade (Pas) 150°C 0.32 Compésitos estruturais: cléncia e tecnologia ‘Uma enorme variedade de agentes de cura é empregada no processamento dé resinas epéxi e estes sao adequados aos ciclos de processamento. 0 tipo de agent: “de cura ulilizado determina o tipo de reagao de cura que ocorre, influencia @ cinética d: teura eo ciclo de processamento (viscosidade em fungao do tempo) e a gelagao, que info afetar as propriedades do material curado. Os agentes de cura aminicos sto divididos em ami imaticas. As aminas alifticas, ver exemplos na Figura 2.15, so allamente reativis tim tempo de gel relativamente curto a temperatura ambiente (< 60 min), so liquide fe voléteis A temperatura ambiente. A massa equivalente em hidrogénio ativo para istileno triamina (DETA) é de 21, ¢ para o tetraetileno triamina (TETA) ¢ de 24 | | inas alifaticas e aminas aro (a) H.N—CH-CH-NH—CH;-CH-NH. Figura 2.15 Endurecedores de amina aliatica: (@) dletileno triamina triamina (TET) As aminas arométicas, ver exemplos na Figura 2.16, tém menor reatividad| faticas, necessitam de altas termperaturas de cura (150 ~ 180 °C smpo de utilize que as aminas ali Sao, portanto, endurecedores de cura a quente ¢ permitem longo tel Gao durante o processamento, Sao comercializados na forma de p6 ou flocos, © neces sitam ser fundidos antes da adigio & resina. O endurecedor DDM tem temperatur °¢ e massa equivalente em hidrogénio ativo de 50. O endureced °C e massa de hidrogénio ativo de 62. iar estgios de cura parcial com resinas ep6xi, sen de fustio de DDS tem temperatura de fusio de ~175 aminas arométicas podem for adequadas para a manufatura de pré-impregnados, CH, 9 — I\ iL =@) lea @ Hn fa ))—Nu, () HN \—s—<¢ -NE DIY , © Figura 216 tndurccedores de resinas epoxi do tipo amina aromatic: (@) 44° Diamir fifeniimetano (ODM), {b) diarsinodifenilsulfona (DDS). Os agentes de cura do tipo anidridos tém menor reatividade que as amit: ‘arométicas, possibilitam longo tempo de utilizagio durante 0 processo, tém ba sio relativamente longos. Em geral sio utilizados e jamina (BDM: exotermia € 0s ciclos de cura unto com aceleradores (1% em peso) do tipo benzildimetil con Esamento de Be de agente Be cinctica de fzelacio, que Baminas aro. Este reativas, pp sa0 lquidas pativo para o ©) tetractileno § reatividade $0 — 180 °C) Be de utiliza. os, e neces. femporatura endurecedor Bo de 62. As psxi, sendo 4 Diamino. be as aminas B. tem baix: Btilizados em Ba (BDMA). Matrizes para compésitos Bxemplos tipicos de anidridos utilizados como agentes de cura de resinas epéxi Bostrados na Figura 2.17. Figura 2.17 mndurecedores para resinas epéxi do tipo anidrido: (a) anidrido metil naico, (6) anldrido Italic. A estequiometria da mistura ep6xi/endurecedor é fundamental na definigao Bs propriedades a serem obtidas do sistema curado. Em principio, nao deve haver Benhum grupo epéxi ou agente de cura nao reagido apés completado o processo de Gara, objetivando obter propriedades otimizadas, A porcentagem de endurecedor a ser adicionada em cem partes de resina epéxi Bode ser calculada pela equacao: c0 69 1 Hativo). 100 % endurecedor = PEs eauivalente Hativo) 100 _ IEW resins A relagdo epéxi/endurecedor afeta, ap6s a cura, a transigo vitrea, 0 médulo elés. fico e a resistencia mecénica. A resisténcia 4 tragdo de sistemas ep6xi curados variam de 49 2 90 MPa, enquanto 0 médulo elistico varia de 2,5 a 6,0 GPa, com a deforma: Muptura variando na faixa de 1 a 6%. A resisténcia a compressio 6 de 100 a 220 M 2.1.1.3 Resinas fendlicas Assintese de resinas fendlicas é realizada pela utilizagao de uma mistura de formaldefdo fenol, conforme mostra esquematicamente a Figura 2.18, 0 formaldefdo ¢ bifuncional Pode formar duas ligagbes) e o fenol 6 trifuncional (pode formar trés ligagdes, em uma Besicao para duas posigées orto). A reagao completa dos dois produtos €, portanto, na Fazio molar de 3: 2. A Figura 2.19 mostra um grafico onde 6 mostrado 0 tipo de resina Fendlica obtido em fungao da razo molecular formaldefdo/fenol e qual massa molecular Sbticla apos a sintese. Como mostra o grafico, as resinas fendlicas so divididas em dois ipos: novolacas ¢ reséis. As resinas novolacas sao conhecidas como de dois estagios, Sendo normalmente sintetizadas com menor quantidade de formaldefdo (<0,88 mol Compésitos estruturas: ciéncia e tecnologia 24 —— formaldefdo/mol de fenol). Para 0 processo de cura é necessério a adiglo de um pro uto capaz de fomecer o restante de formaldefdo ou equivalente para a reagao. Invavia velmente, utiliza-se hexametileno tetramina (C;H,N,), que age como uma mistura de formaldefdo e aménia. O subproduto da reagio é normalmente aménia, ‘As resinas fendlicas do tipo resol sfio conhecidas como resinas de um estiigio © so sintetizadas com catalisadores baisicos e com formaldeido na quantidade necessiria para permitir reagao completa. A reagio ¢ interrompida com resfriamento logo que algumas ligagdes cruzadas esto presentes, o que representa umm risco se a reagao € levada a um ponto onde a resina toma-se sélida & temperatura ambiente. Por esse motivo, aplicagdes destas resinas geralmente utiliza solugées liquidas ou resinas parcialmente reagidas, a a aquecimento ~ 4.0 — us cana carina .0 ieoesouans ar aecome de fenol on ont one i" LA nso Cyan oor"O Se) O XX a“ eC iS Ss \cH.OH ~~ Son clon rsa toes resin tponavolca, shel soi aquecimento Lf agente nd aquecime _— | on 4O)— ax Ooo | cH cH ne () @) © O © 9 of dh hi gly x _A Qe Gow uf ou Figura 2.18 Diagrama esquematico da sintese e reagdes de cura de resinas fenélicas do ti resol e novolaca de um pro- ireacao. Invaria- ena mistura de fim estagio c sio Becessiria para fe ane algumas Bo élevada a um o, aplicagdes nte reagidas, ~~ | fusive esoltvel SS fenélicas do tipo Matrizes para comp6sitos 25 Os catalisadores sao componentes importantes na reagio de sintese de resinas $Eedlicas. Catalisadores écidos nado sao utilizados para resinas res6is porque nao per Bem acumulacdo de alcoois fendlicos e éteres dibenz gnais predominam BES resinas resbis (parcialmente reagidas). Catalisadores alcalinos so utilizados na BEitese de resinas novolacas, mas requerem a presenga de excesso de fenol para eprimir a acumulacao destes intermediérios, que devem ser removidos e reciclados BPesteriormente. As resinas fenclicas sio utilizadas para obtengio de compésitos Peaturais, com reforgo de fibras de vidro e carbono, devido ao caréter auto-extinguive Pees resinas so também muito utilizadas como matrizes precursoras de carbono, Pe 22, devido ao seu baixo custo e facilidade de processamento (Fitzer, 1981) icos, os 2-Loven 4 Rass sides Resbis— cura pala] © condanead insoles em agua Fazio molecular |apicagio decaior| Pr jo Salels om teoos formaldeido: fenol ae igue fas cals endios solvels em 2-50 Ata aeancade Solve Solwals coment base (esas ia) neal irae dorsal. oan a 0 D~ Baba tex ia idx B= Ata ter Aquosa ao" awn 2060 oss ico aoa a (Figara 2.19 Tipos de resinas fendlicas obtidas em funcio da razio formaldeido/fenol peso molecular resultante. 214 Resinas poliimidas e bismaleimidas fesinas de poliimida foram sintetizadas no inicio do século 20, mas foi somente na Seda de 1960 que se tornaram um produto comercial (Wilson, 1990). As resinas aidas utilizadas em compésitos podem ser classificadas de acordo com a reagao SF Polimerizacao utilizada na sintese, podendo ser divididas como poliimidas de con- i¢ao,e poliimidas obtidas por adigio, comumente chamadas de bismaleimidas, Compésitos estruturals: ciéncia e tecnologia 26 A caracterfstica marcante destas resinas € a alta estabilidade termo-oxidativa, devi- do a presenga de urna estrutura heterocéclica aromatica, Estas resinas tém boa inér cia quimica, entretanto, so atacadas por bases dilutdas e acidos inorganicos con tcontrados, Compésitos Obtidos com estas resinas podem ser utilizados a temperatu- tas de até 250 °C em uso continuo, e a temperaturas de até 400 °C emt utilizagao intermitente As pollimidas obtidas por condensaco so preparadas pela reagio entre dianidridos e diaminas via formagao de um precursor acido poliaminico. A impregna (ho de fbras de reforgo ¢ realizada dissolvendo 0 fcido potiaminico em solventes. & formagao de polimidas a partir de fcidos poliaminicos envolve imidizaglo com gers «fo de voldteis que podem provocar 0 aparecimento de vazios no compésito, abés Completado o processo de cura. A representagao tipica da molécula de uma poliimid: dde condensagio 6 mostrada nia Figura 2.20. As propriedades finais destas pollimida: podem ser alteradas pela escolha adequada das unidades de R ¢ R’ Figura 2.20 kstrutura molecular de uma politmida de condensact. As polimidas obtidas por adigao (hismaleimidas) podem ser submetidas a prc ismaleimidas como co-monémeros ou com di sina bismaleimida ¢ mostrada cesso de cura entre si, com outrs rminas. A representagao tipica da molécula de uma re Figura 6.21. Como nao utilizam solventes durante a impregnagio e nao sao gerade volitets durante o processo de cura, podem ser obtidos compésitos virtualmente liv de vazios. 0 processamento destas resinas 6, portanto, bastante similar ao utiliza jerando obviamente os diferentes patamares de temperatur de processo. As reacdes de cura de resinas bismaleimidas sao obtidas via a dur ligagao [> = 0) e, assim, como outras polimidas, apresentam uma estrutura com sarau de ligagbes cruzadas ¢ conseqtientemente apresentam fragilidade, A Tabela 2 mostra uma comparagio das propriedacles tipicas de resinas polimidas e bismaleimil para resinas ep6xi consid devi- Bn boa inér- Bnicos con- Stemperatu- entre impregna- Bolventes. A ® com gera- Pésito, apds pa poliimida poliimidas etidas a pro- fu com dia- mostrada na sao gerados fmente livres 20 utilizado temperatura pvia a dupla mra com alto A Tabela 23 smaleimida Matrizes para compésitos Figura 2.21 Representacio esquemdtica da molécula de resinas poliimidas J Tabela 2.3 Propriedades tipicas de resinas pollimidas ¢ bismalemida, Poliimida (condensaga0) ‘Bismaleimida Massa especie (glm’) 130-140 122 1.35 Resisténcawagio (MPa) 70 180 45-90 Médulo de elastildade (GPa) 35-40 30-45 Resisténca Nexo (MPa) 150 100 = 150 Mécllo em fexéo (GPa) 35 30-45 Deformasio derupsura(%) 0-60 15-60 Modificadores de resinas termorrigidas BS resin: das podem ser modifi ito para proporcionar uma maior Eecilidade de processamento quanto para alterar propriedades. Estes modificadores IPodem ser tanto na forma de particulas sélidas, como microesferas de vidro, silica Sbloidal e negro de fumo, quanto na forma Liquida, como os diluentes ¢ elastémeros ¢ Fermoplisticos. A adicao de modificadores de propriedades, é realizada tendo em vista aplica- Gees especificas. Nesse caso, tanto cargas particuladas, como, por exemplo, Muicroesferas de vidro ¢ negro de fumo, bem como agentes tenacificantes podem ser BBillizados. O negro de fumo, por exemplo, 6 utilizado para conferir condutividade Etmica c elétrica ao material a ser moldado. As microesferas de vidro destinam-se a Peitwir a massa especifica do material a ser moldado ou mesmo a aumentar a resis $acia & compressio (Shaw ~ 1993). De uma forma geral, a adigio de diluentes, reativos ou nao reativos, é um Brocedimento padraio quando sto utilizadas resinas de alta viscosidade (>5 Pa.s) ou Iesmo resinas sdlidas para processos de impregnagio de fibras de reforgo. Entretan- Compésttos estruturais: léncla e tecnologia __— 28 —— os deve ser evitada, e se estes materiais forem to, a adigao de diluentes nio-reativ« Jo processamento final de cura para nao com utilizados devem ser removidos antes ¢ promoter a qualidade do compésito a ser obtido Os ailuentes reativos quando adicionados a resinas epéxi tanto TeABEt entre si como co-polimerizam com a resina. Em qualquer circunstancis, diluentes ten. diem a reduzir a temperatura de transicfo vitrea (Te) de siseinae epéxi, mas podem. por outro lado, conferir tenacidade & fratura no matery al moldado. Os diluentes reativos Ae utlizagao mais comum s4o o n-butilglicidi éter (BGE) © 0 fenilglicidil éter (PGE), cus estruturas s80 mostradas na Figura 2.22, Estes materi sio mono-epoxt ckevern set utiizados de forma a no afetar significativamente o& propriedades da matriz a niveis aceitaveis para processamento. reduzir a viscosidade (@) #.0—CH,-CH,- CH-O—CH,-HO— CH. (b) « }—0—CH HC W ©) \ Trbutll glicall éter (BGE) € o fenilslcill€ Figura 2.22 Diluentes reativos (PGE) 1os os agentes tenacificantes, na forma de elastémeros Para compésitos avangad liquidas so geralmente forma \iquidos, sao de particular importancia. As borras ddas por copolimeros de palbutadieno acrilontria com tenninag carboxila (CTBN). ceuja representagio estrutural 6 mostrada na Figura 2 93, A formagao de uma estrutu ta heterogénea de uma solugao de elastémero e polimero termorrigido depende: 1) da va ilidade entre as fases, ¢ 2) da reatividade quimica dos dois constituintes. Du- wes de cada reagente aumentam ¢ as solubilidades separagio de fases, € a fase rante a cura, 08 pesos moleculat Tituas se reduzem e, consequentemente, OCOrre Torrachosa é precipilada, durante a gelagio, como particulas diseretas na matriz tenmorrigida (0,1 ~ 5 un). A reatividade quimica assegura a0 6 fase borrachos: a b matriz. que a envolve (Riew, 1976). 0 contetido em ‘2.27% em peso (Rowe, 1970). Umm aumento na tenacidade & fratura (Kye ou Gyo) € fungio 00 tamanho ¢ fragao volumétrica de particulas presentes, dstribuicho de tamanho das mesmas, te eatrutura qulmica da matriz.e da fase dispersa (Chan, 1984) torna-se quimicamente ligad: acrilonitrila no elastémero CTBN varia de 0 oN Figura 2.23. Representacto onde x5, Yel, 210 inado em carboxila (CTBN trutural para polibutadieno termi

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