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ANAIS ISSN 0100-1922 BIBLIOTECA NACIONAL Apresemtag80 eos: Vol. 115 1995 SUMARIO Colegio das ordens mais necessérias ou curiosas que se achavam dispersas e em confusdo na Secretaria do Governo do Rio de Janeiro, reduzidas a sua ordem natural. De 1597 a 1779. (Com apresentacto de ‘Marcus Venicio Toledo Ribeiro) ~ we 121 Glossério de codicologia e documentagao — Ana Virgintia Pinheiro... 123-213 ‘Seminério Internacional sobre Controle Bibliografico Universal sooo 215 = 290 Padrées de catalogagao da IFLA — Nancy R, John sa. 217 - 228 As ISBDs: 0 que so e como so usadas — Jolin D. Byrutn .. 229 - 240 [Names of persons: as recomendages da IFLA para compatibilidade internacional de nomes e registros bibliogréficos Frangoise Bourdor on . 241 - 253 Algumas questdes para cooperagio em andlise de assunto — Dorothy McGarry... 255 ~ 266 ‘© que é UNIMARC e como é usado — Alan Hopkinson ... 267 - 282 Problemas de implementacao do UNIMARC em CDS/ISIS — Alan Hopkinson ....00 283 ~ 289 Preciosidades do acervo: Inquisicao de Goa es 1 291 = 295 Relatorio da Presidéncia da Fundagao Biblioteca Nacional. 297-340 An. Bibl. Nac. | Rio de Janeiro ve 115 p 1-340 1995 Biblioteca Nacional (Brasil) Anais da Biblioteca Nacional — Vol. 115 (1995) — Rio de Janeiro: A Biblioteca, 1998. veil. :26om Continuagao de: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. ISSN 0100-1922 1. Biblioteca Nacional (Brasil). 2: Biblioteca Nacional (Brasil) — Catdlogos. 3. Manuscritos — Brasil. 4. Brasil — Hist6ria, 5, Brasil — Bibliografia, I. Titulo. CDD 027.581 Copyright@Fundacao BIBLIOTECA NACIONAL, Anais da Biblioteca Nacional, v. 115, 1995 Editor Marcus Venicio Toledo Ribeiro Conselho Editorial Carla Rossana C. Ramos, Eliane Perez, Elmer Corréa Barbosa e Marcus Venicio T. Ribeiro Design Gréfico Mauro Britto Graficos Adriano Renzi e Vivian Peuker Revisio José Bernardino Cotta e José Roberto Vieira Botelho Fotos Marcia Monjardim e Osério Mendes Amipliagdes Fotogrdficas Claudio de Carvalho Xavier Volume publicado em 1998 Fundagao BIBLIOTECA NACIONAL Departamento Nacional do Livro Avenida Rio Branco 219 Centro 20040-008 Rio de. Janeiro Tel.(021)262 8255 1.209/210 Fax(021)262 8255 1.336 dnl@bn br 5 Apresentagao Aregularidade da publicagéo dos Anais da Biblioteca Nacional é um desafio que se supera a cada novo ntimero. A exceléncia desta publicagdo de referéncia, que ao longo de seus cento e quinze volumes reuniu informagées preciosas sobre a mais importante biblioteca do Brasil e sobre o seu acervo, nos impée 0 desafio de modernizé- la sem descaracterizé-la; gradualmente vamos atualizando o projeto grafico desta centenaria publicagéo que comecou a circular em 1876. Os modernos processos de producdo exigem que facamos alteracdes, mas manteremos carater sdbrio e elegante, classico dos Anais. Até os ptimeiros meses do préximo ano, atualizaremos a colesdo, editando os miimeros correspondentes aos anos de 1996 a 1998, Neste ntimero, além do relatério da Presidéncia relativo ao ano de 1995, o leitor encontrard uma relacdo das diversas ordens régias referentes ao Rio de Janeiro no periodo de 1597 a 1779, preservadas na Divisio de Manuscritos do Departamento de Referéncia e Difusdo da Fundacdo Biblioteca Nacional. O trabalho, embora tenha sido preparado para publicagdo no inicio da década de 1980, nao chegou a ser editado, o que sé agora acontece, resultado de um esforgo conjunto do DRD e da coordenacao editorial do Departamento Nacional do Livro. ‘Também procede da Divisao de Manuscritos da Fundacao Biblioteca Nacional 0 Glossério de Codicologia e Documentacao, uma interessante e «itil compilagao de termos técnicos utilizados correntemente por profissionais da area de documentagao e afins. Certamente este trabalho da bibliotecaria Ana Virginia Pinheiro, da Divisao de Manuscritos, atenderé a uma grande demanda. No volume 114 dos Anais publicamos trés da seis palestras do Semindrio Internacional sobre Controle Bibliogrdfico Universal, promovido pela Federacao Internacional de Associagées de Bibliotecdrios e Bibliotecas (IFLA), em margo de 1993, na sede da Fundagio Biblioteca Nacional e na Fundagao Getilio Vargas, no Rio de Janeiro; neste volume reunimos outras seis palestras. Na seco Preciosidades do Acervo destacamos um outro documento custodiado pela Divisio de Manuscritos da Casa, este relativo ao Tribunal do Santo Oficio. O Regulamento das Mercés é uma relado de pagamentos efetuados a ocupantes de diferentes, cargos da organizacao administrativa da Inquisi¢do que, como assinalam os autores desta breve comunicagao, preparada pela equipe do convénio CONARQ, UERJ, FBN, nos permite hoje conhecer a importancia hierrquica dos membros do Santo Oficio. ‘Ao divulgar pecas do acervo e relatar as atividades administrativas anuais, os Anais cobrem a sua tradicional pauta, sempre com o propésito de preservar a meméria da instituicao, veiculando o seu acervo e a sua producao cientifica. Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 1998. Elmer C. Corréa Barbosa An, Bibl, Nac., Rio de Janeiro,115: 1995. Colegao das ordens mais necessdrias ou curiosas que se achavam dispersas e em confusado na Secretaria do Governo do Rio de Janeiro, reduzidas a sua ordem natural. De 1597 a 1779. Cédices 3, 4,1-7 An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121, 1995. 9 Apresentagao Integra 0 acervo da Divisdo de Manuscritos da Biblioteca Nacional, cédice 3,4,1-7, uma compilagéo de ordens régias portuguesas intitulada Colegao das ordens mais necessérias ou curiosas que se acham dispersas e em confustio na Secretaria de Governo do Rio de Janeiro reduzidas @ sua ordem natural. De 1597 4 1779. Trata-se de cépias oficiais e autenticadas, em sete volumes, precedidas de uma sinopse das ordens expedidas aos governadores do Rio de Janeiro e outras autoridades da capitania, com o titulo Indice das cartas régias, provisdes e mais ordens expedidas para o Rio de Janeiro, e finalizadas com mapas da ilha de Santa Catarina. Preparado por volta de 1789, como sugere a autenticacdo registrada no fim do primeiro volume — “Autenticado em 4/7/1789 pelo Oficial da Secretaria no impedimento do Secretério de Estado./ ass.:/ José P* Leo.” —océdice, segundo informa a Divisdo de Manuscritos, é proveniente de fundo pubblico, a Secretaria do Estado do Rio de Janeiro, mas a procedéncia é ignorada, uma vez que nao hé registro de sua entrada na Biblioteca Nacional. Ocorreu, sem diivida, antes de 1881, pois, como consta na Divisio, o cédice 3,4,1-7 integrou a Exposicao de Hist6ria do Brasil organizada naquele ano por Benjamim Franklin Ramiz Galvao, o historiador, educador e médico que dirigiu a Biblioteca Nacional de 1870 a 1882. No Catalogo da Exposigio de Histéria do Brasil (CEMB), cuja tiltima edigio foi publicada pela Editora da Universidade de Brasilia em 1981, 0 cédice tem os ntimeros 5.616, 2.935 e 2.989, os dois iltimos referindo-se a mapas da ilha de Santa Catarina, que estdo reproduzidos na p.121 © que se publica neste volume dos Anais da Biblioteca Nacional 6 a transcrigao apenas do indice, um instrumento extremamente importante para amplo universo de pesquisadores, dada a diversidade de assuntos a que as ordens se referem, praticamente tudo relativo a vida na Colonia. Que documentos legais algum andnimo e zeloso servidor puiblico retirou da disperséo e “confusao” ordenando-os de modo a facilitar 0 acesso as informagbes neles existentes? Todos, ou muitos daqueles, que faziam parte do expressive e, as vezes, intricado conjunto de ordens oficiais emanadas do Estado absolutista coma finalidade de regular as relagoes entre metrépole e colénia ¢ as intracoloniais, e sempre segundo a l6gica mercantilista e fiscalista que presidia a agao da Coroa. Como observa Raimundo Faoro, em Os donos do poder:'”Desde o primeiro século da historia brasileira a realidade se faz ese constréi com decretos, alvards e ordens régias.” No seu excelente A construgio do livro (1986), Emanuel Arauijo assinala que sio rarase de circulacao restrita no Brasil as publicagdes contendo repertérios sistematicos sobre os contetidos e caracteristicas formais dos documentos coloniais, com suas disposicdes protocolares e linguagem especifica? Cabe, em conseqiiéncia, identificar An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121, 1995. 10 para o leitor, ainda que sumariamente, a natureza desses documentos régios, 0 que faremos com base principalmente nas compilagées feitas pelo proprio Emanuel Aratijo, na obra citada. Segundo a ordem em que aparecem no cédice os documentos mais recorrentes s&o os seguintes: Lei —“Ato régio de objeto semelhante ao das cartas de lei (..), iniciava em geral pela formula: ‘Dom...etc. Fago saber a vés..’ (segue-se onome ou o cargo da autoridade), ou, ainda, explicitamente, ‘Dom...Faco saber aos que esta lei virem, que...’ ” Regimento— “Norma, guia, diretério, instrugdes que determinavam as obrigagies de um cargo, oficio ou comissao, dai designagdes como regimento ‘dos capitdes’, ‘dos pilotos’, 'dos governadores’, ‘do erério“(...)” Carta-régia — “Determinacao imediata do rei sobre algum direito singular (por exemplo, concessio de mercé lucrativa ou honorifica), comunicagio de negécios ou de ordens etc, dirigida a pessoa constituida em dignidade. Sua f6rmula inicial é facilmente reconhecivel (...): ‘Eu, el-rei, vos envio muito saudar’(..." Provisto — “Carta pela qual se conferiam cargos, oficios, mercés, dignidades, beneficios etc., com instrugées precisas. Havia tras espécies de provisio: — aemanada por particular e expressa autoridade do rei — aemanada por autoridade coloni — a emanda por tribunais com jurisdicao prépria.(..)” Alvard — “Ato do soberano que importava como rescrito de mercés, de eficdcia limitada a um ano a partir da data de sua expedigao. Todavia, como muitos alvaras encerravam determinagdes que ultrapassavam esse prazo, passou-se a adotar formulas como ‘e este me apraz que valha como carta de lei’ e semelhantes. Com o tempo chegou- se mesmo a dispensar tal formalidade, conferindo-se ao alvara, j4 no século XVII, a forga de uma verdadeira lei, dai as designagées ‘élvaré de lei’ ou ‘com forca de lei’(..)” Carta — “Em termos gerais, chamava-se ‘carta’, em sentido juridico- administrativo, a determinagao real imediata enderecada a certas autoridades do aparelho estatal. Na realidade, eram instrumentos legais amplamente utilizados pelos soberanos, e daf provém seus diversos aspectos, quer na destinagdo, quer no formulério. Algumas, como as de camara, de direita, de seguro etc,, se restringem as Ordenagies afonsinas e manuelinas.(...” Instrugao —Instrumento para orientar a execucao de leis ou decretos, Sao freqiientes também as ordens e provisdes do Conselho Ultramarino, érgi0 ctiado em 1642, logo apés a restauragéo da autonomia portuguesa. O Conselho Ultramarino centralizava as relagdes de Portugal com suas colénias, atuando como érgao consultivo da Coroa, em alguns momentos, com poder decisério. An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121 , 1995. 11 No preparo final deste indice, foram seguidos os critérios adotados pela Biblioteca Nacional para a edigao de textos histéricos: leitura conservadora dos fatos da lingua, com a atualizagao da ortografia e da acentuacao grafica. O indice foi transcrito e datilografado em 1982 pela Divisdo de Manuscritos da Biblioteca Nacional e, hoje, € publicado. Cabe, no entanto, uma observacao mais. Embora tenha recebido de seu organizador ou organizadores, no longinguo século XVIII, 0 titulo de “indice”, este documento, na forma original, assemelhava-se mais, pelo menos segundo a moderna conceituagao, a um sumdrio, isto 6, a enumeracao das principais divisdes e subdivises de uma obra (vide a respeito o Glossario publicado neste ntimero dos Anais). Os técnicos da Biblioteca Nacional que prepararam o “indice” para publicacdo, isto nos idos de 1982, transformaram a estrutura de sumdrio numa espécie de “indice cronolégico” por volume, ao reordenar algumas das “cartas...e mais ordens” encontradas supostamente fora da “ordem” cronolégica — fato que explica eventuais alteragdes na numeracéo em romanos existente no original. O's cabecalhos indicativos dos anos também nao estavam no original, tendo sido adicionados pelos que prepararam o documento. Talvez se 0 autor deste documento, que agora se tornou um instrumento de pesquisa, nao o tivesse chamado de “indice” (vide o Glossario), a polémica intervengao nao teria sido sugerida, inintencionalmente, aos funcionatios da Biblioteca Nacional e consumada. O episédio revela que a confusdo entre sumério e indice, tao freqiiente ainda hoje, é bem antiga. Marcus Venicio T. Ribeiro 1 - FAORO, R. Os donos do poder. A formagao do patronato politico brasileiro, 1° v. Porto Alegre. Globo, 1975. 2- ARAUJO, Emanuel. A construgao do livro. Rio de Janeiro, Nova Fronteira/Pré-Meméria/INL, 1986, pp. 236-40. An, Bibl. Nac., Rio de Janeiro, 115: 7-121 , 1995. 13 LIVRO 1° Index das cartas régias, provisbes, e mais ordens que foram expedidas da Corte aos diversos governadores do Rio de Janeiro, desde 1597 té 1700. (3, 4, 1/1-LXX) 1597 Lei dos Tratamentos. 16 set. I 1638 Regimento para a expedicéo da Bahia, dirigida a expulsar os holandeses do Estado do Brasil. 13 ago. 0 1644 Carta régia para se fazer a Fortaleza de Lage aplicando-se para as despesas da sua obra a metade do dinheiro do cunho das patacas. 2 ago. wm 1662 Carta régia para se ndo dar cumprimento as provisdes passadas pelo Desembargo do Pago, Conselhos da Fazenda, e Guerra, e que desta capitania, e das mais da sua jurisdigdo, sendo remetam papéis alguns, se ndo dirigidos pelo Conselho Ultramarino. 25 mai. Vv 1668 Carta régia para se dar execugo somente as ordens do Conselho Ultramarino, Secretaria de Estado, e Expediente. 18 set. v 1669 Regimento dado a Joao de Abreu Silva, quando veio para ouvidor do Rio de Janeiro. ‘11 mar. VI 1671 Carta régia para que os governadores e oficiais da Fazenda, e Guerra, se nao intrometam nas eleigdes das cdmaras, nem em nomear tesoureiros delas, e para obrigar a mesma cmara a fazer remessa todos os anos do que est4 determinado dos donativos, ¢ paz de Holanda, nfo o deixando de um ano para outro. 26 fev. Vil ‘An, Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121, 1995. 14 1672 Carta régia, para se nao consentir se vendam nos Portos das Conquistas as presas que se tomarem (a a outra as nagées inglesa, e holandesa, por ser rota a guerra entre ambas; e recomendando se guardem os capitulos dos Tratados que tocam a respeito do mimero dos navios de guerra que hao de entrar nos mesmos portos, e a ocasido em que o haviam de fazer. 2 mai. Vit 1674 Carta régia para no caso de virem ao Rio de Janeiro algtias pessoas que mandasse 0 cabo dos paulistas que se achavam nas cabeceiras do Rio Tocantins e Grao-Para com cartas para S.M. e amostras de alguns minerais, ou drogas Ihos fizesse logo remeter, dando também providéncia no caso de encontrarem inimigos no mar. 27 abr. IX Carta régia para o cabo dos paulistas que se achavam nas cabeceiras do Rio Tocantins, e Grao-Paré, mandar a $.M. dous homens da sua companhia, priticos, pelas vias do Paré, Maranhao ou Sao Paulo, com as noticias que tivesse assim das minas de ouro e prata, como de outros metais, e drogas, com a remessa das suas amostras. 27 abr. x Carta régia para o governador desta capitania do Rio de Janeiro mandar notificar 05 mestres, e senhorios dos navios que forem para o Reino para que nao dem passagem aos religiosos de Santo Antonio, sem Ihe apresentarem as licengas dos seus prelados, com aprovagéo do mesmo governador, pena de serem castigados como $.M. houver por bem. 28 abr. xi Carta régia para 0 cabo dos paulistas dar todo 0 crédito ao padre Anténio Raposo nos particulares que Ihe comunicasse, que nao fossem expressados na carta supra, recomendando-Ihe lhe tornasse arremeter o dito padre com as amostras dos minerais, drogas, carta do mesmo cabo, mapa ¢ relacdo de tudo © que conviesse dar noticia a Sua Majestade. 30 abr. XI Carta régia para o governador do Rio de Janeiro fazer logo seguir viagem para o Reino ao padre Anténio Raposo, ou outra pessoa enviada pelo cabo dos paulistas. 30 abr. XI Carta régia para o governador do Rio de Janeiro em que S.M. lhe avisa ter feito mercé aos viscondes da Asseca de Ua capitania de vinte Iéguas de terra, e a seu primo Joao Corréia de Sa de outras dez léguas das trinta da capitania que vagou pela deixacio que dela fez Gil de Géis, como obrigagao cada um de formar logo a sua custa a vila com igreja, casa da camara, e casas para trinta casais obrigando-se em termo de seis anos ter até cem vizinhos, e faltando a isto, ficar vago para a Coroa. Recomendando ao mesmo governador o saber se se satisfazem estas obrigacées e quando nao as cumpram, dar parte. 17 jul. xiv ‘1677 Regimento do governo do Estado do Brasil. 23 jan xv An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121 , 1995, 15 1678 Regimento para os governadores das Armas das Provincias. 1” jun. XVI Carta régia para serem os moradores do Rio de Janeiro conservados na posse de cortarem os mangues nascidos na 4gua salgada, onde chega a maré, nao obstante a ‘excomunhio publicada contra os ditos moradores a requerimento do reverendo reitor da Companhia, e impedimento dos religiosos de S. Bento, e que quando estes tivessem que requerer, o fizessem ordinariamente. 4 dez. xvi 1679 Regimento dirigido a D. Manuel Lobo, governador da capitania do Rio de Janeiro. 7 jan. XVIIE Carta régia para provedor da Fazenda do Rio de Janeiro mandar levantar Casa de Contos nos altos da alfandega para guarda dos livros, e papéis dela, aplicando para esta obra os sobejos que houverem; pagos os filhos das folha, nao estando aplicados para outra cousa, gastando nela cada um ano 500 cruzados. 22 mar. XIX 1680 Carta régia para D. Manuel Lobo, respeito a relagdo que este se meteu a SM. de tudo o que lhe tinha sucedido desde que saio do Rio de Janeiro até dar fundo na Ilha de S. Gabriel, e do mais que passou com os castelhanos de Buenos Aires, Ihe agradece, @ a Tropa o terem se impossado da mesma ilha, e dado principio a cidadela, recomendando-lhe ou continuar e prosseguir na conservagao dela, sem afroxar no intento até o tiltimo esforco, para 0 que ordenava-lhe enviassem socorros 0s governadores da Bahia, Parandbuco e Rio de Janeiro: trata também da conferéncia que hhouve entre o embaixador de Castela e comissérios de Portugal a respeito de quem pertencia a mesma ilha. 16 out. Carta régia para o governador da Bahia fazer remeter no patacho S. Luis, seis mil alqueires de farinha de guerra, para socorro da nova Colénia, com ordem para que ‘com qualquer aviso de D. Manuel Lobo de que os castelhanos intentavam desalojé-lo do sitio em que estava, o socorresse com tudo o que the fosse possivel de gente, mantimentos, e munigées de boca e guerra; ¢ lhe remetesse 0 sobejo das cartas para fornecer os soldados que as houvessem mister. 16 out. XXI Relagao do socorro de tropa, armamento, petrechos, municdes de boca e guerra, oficinas, oficiais para elas, e sementes para a Coldnia. 16 out. XXII Carta régia para em que Ihe agradece o bem que tinha procedido nas diligéncias do Real Servico e particularmente no que tinha obrado na ajuda da nova povoacao feita por D. Manuel Lobo no sitio de S. Gabriel, recomendando-lhea continuagao, e prontidao dos socorros. 16 out. XXII An. Bibl, Nac., Rio de Janeiro,115: 7-121 , 1995. 16 1682 ‘Aviso ao governador para que faca desvanecer a separacao das provincias de S. Bento, e do Carmo que os filhos do Brasil pertendiam fazer das provincias de Portugal; certificando-se que de nenhtfa maneira haviam de ser admitidos a requerimento algum sobre esta matéria. 26 jan. XxIV Provisdo régia para que as céngruas dos bispos durante a Sé Vacante, se repartam em trés partes; fa para os gastos das bulas, e ajudas de custo do bispo fucturo; outra, para as obras da igreja; e outra para o Bispo fucturo com ela compor a sua casa, com a adverténcia que se tiraré do monte maior a primeira parte, e do que restar se fagam as duas. 71 ago. XxV 1683 Carta régia em que se declara que costumando-se, havia alguns anos, rematasse 0 contrato dos dizimos com a condigao de que julgando-se que os religiosos que no mesmo estado possufam bens, eram isentos de os pagarem, se abateria dos contratadores no preco dos seus conctratos; e para no serem executados enquanto se dicidisse a questo, tinham alcancado provisao para reterem em sido preco dos mesmos conctratos, ndos6 deestimagao do que importariam os dizimos dos religiosos, mas muito maiores quantias: resolve SM.; se ndoadmita mais similhante condigéo; antes se fagam as rematagies sem ela, reservando 0s dizimos dos religiosos para se cobrarem pela Fazenda Real. 30 jar. XXVI 1684 Lei para que se nao possam carregar negros de Angola, Cabo Verde, S. Tomé, e mais conquistas, sem primeiro se fazer arqueacao em todas, e quaisquer qualidades de embarcacées que os hajam de conduzir, das toneladas que podem levar, determinando as pessoas que hao de ter intendéncia nesta matéria, as cabegas que hao de ser acomodadas em cada tonelada, mantimentos, aguadas, e outras providéncias para os negros virem com menos aperto, e mais bem tratados do que tinham sido até aquele tempo; fretes que devem levar os mestres das embarcagdes; e as penas impostas aos transgressores desta lei. 28 mar. XXVIII Carta régia para se dar a execucdo A lei seguinte, a respeito das condugées dos escravos de Angola, Cabo Verde, S. Tomé. 29 mar. XXVII IA citada lei se encontra no verbete XXVIII de 28 mar. 1684.] 1685 Carta régia para se ndo fundarem conventos nas partes ultramarinas, sem expressa ordem de SM. se dar conta ao mesmo senhor, dos que se tem fundado sem a tal licenga. 18 dez. XXIX An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121 , 1995. 17 1688 Carta régia para nas devassas gerais se preguntar pelos senhores que com crueldade castigam 08 seus escravos; e aqueles que o fizerem sejam obrigados a vendé-los a pessoas que Ihes dem bom trato; e outras providéncias a este respeito. 20 mar. XXX Carta régia a respeito dos castigos dos escravos. 23 mar. XXXI Carta régia para o governador do Rio de Janeiro, em que ordena SM. que nenhum navio saia desta capitania, sem levar certidao do ouvidor-geral, pela qual conste que chegou, e volta com capelao; encarrega ao mesmo governador, e ao bispo as suas consciéncias, para darem providéncia a respeito dos capelées para as embarcagoes que navegam pela costa, de tlas para outras capitanias; e trata sucessivamente dos capelaes que embarcam de Angola para esta capitania. 27 mar. XXXIL Carta para serem notificados ou capitaes, e mestres dos navios que partirem da capitania do Rio de Janeiro para o Reino, nao deixem desembarcar nos portos dele pessoa algtla, sem primeiro dar entrada, fazendo saber o estado da satide da sua gente com a pena combinada na mesma carta. 22 abr. XXXII Provisdo régia por que determina $ M. que por nenhum modo seja admitidoa lancar em contrato, oui renda pessoa algtia por si, nem por outrem que seja devedor de outro conctrato a Fazenda Real. 30 abr. XXXIV Provisdo régia para que os governadores das conquistas e ministros que nelas assistirem nao consintam que os povos lhes ponham seus retratos nas casas da Camara, nem em outra algtia parte publica, e que nas residéncias que deles se tirarem, se lhes. preguntard por esta carga, para se Ihes dar em culpa, 27 nov. XXXV 1689 Regimento do secretério do governo do Rio de Janeiro, dado a Francisco Monteiro Coelho. 15 jan. XXXVI Carta régia pela qual determina §.M. nao tenham efeito as ordens dos n*30 31, a respeito do castigo dos escravos, e que se observa o que as leis dispoem em comum. 23 feo. XXXVI 1690 Proviso régia por que S.M. ordena se ndo admitam mais traslados de justificagoes de servicos; mas que toda a pessoa que servir no Ultramar, e quiser ser despachado, seja obrigado a apresentar os papéis originais de seus servigos ao governador, para que ele com o ministro que ali se achar de maior graduagio fazerem aprovagao deles, e achando serem verdadeiros, os facam trasladar no livro de notas, a custa das partes, ¢ 0s remetam, coma sua aprovacao, ao Conselho Ultramarino por mao de seu secretério; e achando falsidades em alguns documentos se proceda a auto pronunciando, prendendo, e dando a apelacio e agravo; e para que isto conste aos pertendentes, se determina se mande fazer ptiblico por editais. 10 mar. XXXVI An. Bibl, Nac., Rio de Janeiro,115: 7-121 , 1995. 18 1691 Carta de aviso para que logo que chegar a frota, mandar-se um escrivao ver se todos os navios tem capelao e se s4o 0 mesmos com que sairam de Lisboa, se é clérigo, ou frade; e fazer-se a mesma deligéncia quando voltarem para o Reino; ¢ assim da chegada como da partida remeter certidao, tanto dos navios que chegaram com capelio, como dos que voltam com eles, com a pena imposta aos mestres que nao trouxerem capelaes. 10 fev. XXXDX Carta régia para que os cavalos que se houverem de embarcar para Angola, sejam mandados ver, ¢ examinar se sio capazes de servir, ¢ que sem este exame, se nao embarque. 13 feo. XL Provisao régia para se dar aos visitadores ordinarios do Rio de Janeiro, 0 que arbitrariamente se entender ser bastante para a jomada de ida e volta, quando forem de visita para o sul; e quando forem para as vilas do norte, ou recéncavo da cidade, se lhe arbitre quantia certa, conforme a distancia. 22 dez. XL 1693 Carta régia a respeito de se fazer a despesa com os enjeitados, dos bens do Conselho; quando nao hajam, possa a Camera impor tia contribuicao suave, para que dela haja de sair a importancia desta despesa 12 dez. XL 1694 Carta régia para que os tabelides tenham cada um seu livro destinado para registo dos papéis de servigos, e possam registé-los por destribuigéo. 18 jan XLUI Carta régia para que sucedendo nao se responder a algum negécio de que os governadores dao conta, a repitam pela Secretaria de Estado com a copia da primeira 30 jan. XLIV Carta régia para o governador do Rio de Janeiro no admitir nas capitanias da jurisdigo do seu governo bispos estrangeiros, antes faca toda a deligéncia de os remeter para o Reino e da mesma sorte os religiosos que entrarem nas conquistas, sem permiss&o de SM,;e que o ouvidor-geral da mesma capitania, entre pelas terras dos donatarios dela, executando em tudo as obrigacées de corregedor. 20 mar. XLV Carta régia para o governador do Rio de Janeiro dar fla severa repreensio aos oficiais da Camara por desobedecerem ao chamado do governador, para se ajustar 0 meio do imposto que se havia de estabelecer para sustento da Colénia. 8 nov. XLVI 1695 a respeito dos enterramentos dos escravos. 28 jart XLVI ‘An, Bibl. Nac., Rio de Janeiro,115: 7 - 121 , 1995.

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