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oni carn Te ae, A ra Dinos dete eed IMAUAD Bars Laps —Rende neo R) CEP 20241110 “els an 3em7a2 — Fae a) 379.700 een i: Nila de A/a es Agrnacieono 4 Puna Care Chagas iho de Amro {urease do sade do Rode ane pe, pelo api reid Snot Noon oo oe me "rats Re nro a le dei ‘Cam Tos ari hts ose Mars Lars Mase 208 {Roce ei |e Carmee Bee) ‘Soutno eric ‘ARESEITAGAO PARTE! APOSTAS TEORICO-POLITICAS PARA PENSAR 0 RIOD JANEIRO 1. AEGNES DE HSTORIIDADE: COMO SE ALIMENT DE NAARATVAS TENPORAS ATRAVES DO ENSNO DE ESTORIA Durval Muniz de Albuquerue Jini 2. PROGRAMA “ES00LA SEM PARTOO’ Uma aMERCA AeDUCAGAO EuANCPRDORA Fernando de Araujo Pema S. HSTORIA LOCALE ENSNO DE STOR: INTERROGAGAO DA EMCRUA EPESAUISA COMO PRINCIPO EDUCATWO ‘Marcelo Abrew PARTE 0 RO NARRADO POR DOCENTESEDISCENTES 4 ETRE O VIE 0 NARRADO: ‘SENTIDOS DE RIO DE JANERO EM AULAS DE HSTORIA Anu Maria Montero, Adviana Raljo Mariana Amorin 5. 1SSO NAO E HISTORIC? PROFESSORES DE HISTORIA NO RODE JANEIRO NTRE PERSPECIVASE NARRATVAS NAGONAS E LOCA SOBRE HHSTORIAE CULTURA AFRO-BRASLERAS Arica Araujo Perera e Thayara Siva de Lima ‘8. UMA CAA DE HSTORA LOCAL NAS MDS D0 PROFESSOR Helenice Aparcda Baste Rocka T-CAMNHOS DA HISTORIA AFRICANA EAFRO-BRASILERA: -AULAS DE CAMPO NO CAS DO VALONGO NO ENSINODE HSTORIA NNSDADE DO RODE JANEIRO ‘Monica Lima 8. ORIODEJanero em FOco: A FORMAGAO De PROFESSORES DE ASTORIA POR MEI os PRODUGAO De MATERIA DDATICOS OTA ‘Marla Albine Frias da Costa e Luisa da Fonseca Tevres 8 0s scrmbos oe wen x ooace: DE JANEIRO COMO ESPACD VIDO DOS TRABALHADORES Alssanira Nicademos 8 19 a 8 ww a) 1 ro MICHELE, Jules A fii, Rio de Janeiro: Zar, 1976. -MONTANARI, Missimo; FLANDRIN, Jean-Louis, Mistria da alimenao, Sto lo: Extagfo Liberdde, 1998 PLATAO El banque, Mads Gredos, 2015. RANCIERE, Jacques. Os nomes da Histria. Campinas: Pontes, 1994 REAL ACADEMIA ESPANOLA, Diionario manly Esra de la ena Madi: Espast-Calpe, 1950. SSERRES, Miche. lofi msi: les tles-nstrit, Rio de ane: Nova F 1993 WHITE, Hayden, Mets Hinériae a imaginaci histrice do steulo XIX. Sio Edusp, 1992 Tipo do dco: ensais sobre aera da cultura. 2. ed Séo Paul 2018 PROGRAMA “ESCOLA SEM PARTIDO”: UMA AMEACA A EDUCACAO EMANCIPADORA Fernando de Araujo Penna rs da cidade do Rio de Janeiro que compareceram 8 Audiéncia Plenisio da sus Cémara Municipal, no da 3 de dezernbro de 2015, dos. Um homem caracterizado como AdolT Hitler compareces acompanhade por pessoas que vestiam roupas que simulavam far 5 € ediua palavrano inicio do debate. O vereador que coordenava felizmente,nio Ihe concedeu a palavra,alegando que aquela era latva de um regime democriica, ¢ ninguém que fisssee apologia tum regime roralittio genocida poderia fazer uso da palavra naquele fentanto, nfo fois essa presen nefasta que surpreendeu os pro- plea, mas também as apresentagoes dos convidados a compor a aro debate sobre oema da audiénla: 0 programa "Escola sem Pat- ivo do presente texto 6 analisar por que as propostas do referido onstituem uma ameaga a qualquer projet educacional de cariter {gue dialogue com os alunos ea realidade nas quais eles esto Em outraspalavras, compreender porque as apresentagbesna au chocaram aqueles professors, ao pereeberem que, sendo aquele el aprovado, ndo poderiam nem discutir os temas aus pertnentes 0 cidade “Escola sem Parti” tem uma forte ligagfo com o Ri de Janet que fol um deputado estadual fuminense que teve a inicatva de GE _nup. era gobo com /aotca/enr-era/vreaor impede omen der de-aar-em-audencina-camars 16209790. css eh Malo 2 Dw no Annet Noss Jaen At ane a criélo, © deputado estadual Fivio Bolsomaro pedi ao coordenador do ‘mento Escola em Partido, Miguel Nagb, qu formulasse um prjeto com 1s suas propostas.” © Projeto de Lei n° 2974/2014? - que prope casio, fimbito do sistema de ensino do estado do Rio de Janeiro, do programa sem Partido foi apresentado por Bolsonaro AssembleiaLoyisltiva doe do Rio de Janeiro (Ale) no ia 15 de maiodo ano de 2014. O vereador dam cpio do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro,apresentou o mesmo projet, poucas adapraces, no dia 3 de junho de 2014 (PL 867/2014).'O estado. ‘municipio do Rio de Janeiro, portato, foram os primelros a conhecerproe de et propondo a eriaco do programa Escola sem Partido, e por Inkiat Familia Bolsonaro, Mas esses foram apenas os primeiros. Miguel Nagib, criador do movimento Escola sem Partido, no ano de 20 aproveitou o projeto formulado para a familia Bolsonare no Rio de Janeiro lisponitilizou-o no endereco eletronico do seu movimento, Ao clcar maf “Portama lei conta o abso da liberdade de ensinae” oviitante éeneamin «uma pg em que podem baixar os anteprojetos de le estadual e manic io ésurpresa, portanto, que projetos muito similares estejam tramitand diversas casas leilavas pelo Bras fora Projets de lel que propoem a «lo do programa Escola sem Partido tramitam em sete estados e no Dis Federal, alm de varios municipios. O deputado federal Iai (PSDB-DF) ap sentou © PL 867/2015, que propée a incluso, na Lei de Direries B Educagéo Nacional, do programa Escola sem Pati, Esse projeo, junto ‘outros as quai encontra-seapensado,'recebew um parecer postva da slo Permanente de Educacio da Cimara dos Deputados e continua tramit (© programa Escola sem Partido fl aprovedo em dois municipios (Santa Cf ‘ess em Sato 2016 rojo de et dponiel en: h/t ly goxt/spol 1S nebo ‘aabenSecedOeata 474 labedsdcahtosTaBDDehSeOpenDocinens. A ‘om So 206, Dipontel em: nepy/mailamarar gob APL/Leplatoy/sro 216 ‘obac235052579deO06he6/557 Sede asabnedsas cehooSoe 1 OpenDo Dione ems hup/escolasemparid ory/companent/cotetrie/2 une ‘ised/482- mall entra a tend dee Acao eo 2016 Disponive em: up//wncamar go propscoesNeb chad? (SoSTOSDESR Aceao em: Smo 3016 (© PL 867/205 ext apesado ao FL 7180/2014, jnto como PL 7261/2014 ¢ 1059/2015. Ver: hp /ncanara gare popes eb prop arto. ama Proponcao=GD5722 Aces Smal 2016, a4 Fema sh Po ‘Castelo-PR © Picui-PB) e no estado de Alagoas (Lei 7.800, de 5 de O16, que instiui, no imbito do sistema estadual de ensino,o progra- Livre") ent tem como objetivo analisaro programa Esco sem Partido, scomo referénciao projeto de Iei que tramita em ambito nacional, o PL {Fiz essa peo por acreditar que o impacto da inclusto do programa Partido na Lei de Diewizes e Bases da Educagio Nacional seria evido a todos os argumentos que serio apresentados no desen o do texto. Em apenas um momento, fo referéncia 20 anteprojeto el no enderesoeletonico do movimento, por se eratar da versio mais dentro da concepefo do dealizador do prejeto, Recor também, nas sétagdes de textos presents no sitio wwwescolasempartideorg, para compreender a proposta prcisamos conhecer as concepges do to que dou origem ae. Nessa pgina, podemos encontrar elementos ‘do movimento em pontos nos quais 0s peojetos de lel so omitsos am algumas das posturas mais radicas. Usilizarel, como referencal anise, a concep¢do da Educagioelaborada por Gert Besta, em dié- ibuigGes de Jacques Rancive DE REDUGAO DA ESCOLARIZAGAO A INSTRUGAO ‘CONSEQUENCIAS EDUCACIONAIS ‘Sto vedas, em salade aul, a pritica de doutrinago pica eide- bem camo 1 vleulario de coteids ou a relizacio de atviades ‘star em conflito com as conviebesreligiosas ou morais dos Hesponsiveis pelos extaantes (PL. 867/2015) tgo, com pequenas variagGes, esl em todas as versbes do projeto Sa o programa Escola sem Partido, e isso nio & sem razio, Esse j8O artigo que mais bem sintetiza essa proposta, por duas razbes: a sue se trata da proitgio de duas priicas que se atribuem 10s pro- segunda, devido a nacureza das dues prticas proibidas ~a “dou elkca¢ ideoldgica” e 0 “conflito com as convicgbes religiosas ou Pais”. Na presente secio, ter-me-ei primeita das dua prétcas, a préxlma seco, Bsa no Diol Eade de Ages no di 9 de miso 62016 Monaro ena me Rs Hens {A “doutrinago politica e ideolbgica", apesar de sero foco de todas as rlacoes do projeto de Iie da atuacio de movimento Escola sem Partido, 4 definida explictamente em nenhum dos artigas do projete. A aus ‘definigto a pritica que se quer probir jf aponta um gravissimo proble formulag do projeto de lei e um dos elementos da sua inconstitucio [a encontramos um texto chamado “Flagrando 0 dautrinador", que nada m @ do que uma radoe” As quais 08 alunos deve fzat atentos para que possam dene Aanonimamente. lista possui 17 ites, mas oprimeiro delestalvez sel om significa ‘Voce pode estar sendo vtima de doutrinardo ideolégica quando seu professor: = s desiafequentemente da matériaobjero da dsciptna para assurtos ‘eliclonidos ao occa politico ou internacional. (Dispnivel em: s/f ceicolasemprtid.ory/Magrando-o-douteinador. Aces er: 16 ab. 2018) # patente na citario a dissocacSo entre a “matéria objeto da discpling ‘0s “assunts relacionados a noticro politi ou internacional”. Falar sob {que estéacontecendo ne mundo ao redor da escola nfo seria part dataref professor c, quando cle o izes, extra se desviando da sua Fungo, que ensinara matéra. Segundo essa proposcio, a escolarzacdo deverialimicar ‘wansmiss4o de um conhecimento produzido em um outro espago, sem di com a realidade em que oaluno est inserido. Essa interpretacio & conti por um lvra que serve de referencia eSrico para esse movimento e€ um quatro lives citados na “biblioteca politicamente incorreta" do seu site: "Bl fessor nfo ¢ educador" de Atmindo Morir.’ livro spresenta como tese tral justamence a disociacao entre o ato de educa, que seria responsabili 4a familia eda religto, eo ato de instr, aque o professor devera se lin em sala de ala, (© programa Escola sem Partido propde, portant, um projeto de esc «40 completamente destcuio de qualquer crite educacional. A pergunta femos de nos fazer és sescolarnago poe realmente ser reduc ins ‘ou se mesmo essa proposta ni continuara tendo consequéncas educacom ‘Aor palkamene cera” et stud no cnt nor quedo dp init de endreso clewonco do ovens woresclsemparie cy eee 6 4 Ferweoe A Pane valores e representa hegeménicas nz nossa sociedade). Para er essa pergunta,recorrerel A dlscussto proposta por Gert Biesta so- dades da excoarizacSo.Biesta deende que. antes de debater as ie definico dos objetvos da ecoarizaco, seria proveitoo dlinear pana orentar essa discussio.O autor prope, como reeréncia para forma rellento sobre as fungi desempenhadas por qualquer sete onal. que seriam tes: qualifcaio, a socilizacio ea subjetivacto. no de qualfcao dos alunos oasise em proporcionsr “conhecimen- es eentendimento, e também quase sempre dsposicbese formas que hes peritam fazer agua cols” (Besta, 2012p. 818). A ends qualicago vai desde a preparaci para o mundo do trabalho até poles caltural.A segunda funcio €asocilizagio, qu se efere pela quai nos tomamos membros e pare de ordens soci, cultura [especiicas por mo da Educario" (biden). E importante reforat que que nenhuma edcasio €neutra, porque representa algo 0 faz especiica, Os objeivos de scilizago podem sr explictamente ps ou prem ser uma consequéncia ou fnalidade néo expliitada em eno presrtvo. A hima fngio€ da sbjeiago 40, no entaio, no sb contribu para a qualicago esoialzato, 3m impacta 0 que pedemos chamar de proceso de individagaio refi charar, processos de subjetivario de se tomar um sje. je desubjevacotlvex poss sec mas ber entendid comm opost he swingin. Nios watapeceament da inersSo dered che As ondens existences, mas das formas de ser que sugerem indepen ia desss orden; formas de serem que indviduondo &simplesmente ime de uma ordem mals abrangente (Bits, 2012, p 816-819) ivagio remete as formas de se que no podem ser enquadradas nas ts, mas remetem a procestos de formasio de uma eubjeivids- adage propria de cada um. © que esté em questio aqui so 0s subjetvidades que sto tornados possiveis em rezio de particulares sonfiguragbes educacionals”(Biest, 2012, p. 819). Entendo que ducacionais podem abrir espapos para que diferentes sub- Sam possivels ou podem limitar esses espaga eter como conse- tenativa de controle sobre as subjetividades fo dessas Tunes serve como um parkmetro pars vali como Sonfiguracdeseducacionais operam em cada wma dessas tes dimen EF proposta de escolrizaco que secundarze ou negue wma des- ECONOMICO NA EDUCAGAO E CONSIDERAGAO DO SABER PROFISSIONAL DO PROFESSOR ss tts nlo merece ser chamada de educaconal,apesar de ter conseqh nas dimentSes identifieadas (Bless, 2010, p. 73). S40 propostss asim q

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